Hoje nas notícias: Fisco, reembolsos e Queiroz Pereira

  • ECO
  • 31 Maio 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No imobiliário, os norte-americanos da Discovery Land Company já fizeram a escritura de compra e venda e são, agora, donos do projeto turístico Costa Terra. Já em matéria de impostos, no primeiro mês de entrega do IRS, as famílias receberam, em média, um reembolso de 1.061 euros. O Fisco, por outro lado, vai começar na próxima semana uma megaoperação a casamentos e festivais de música. A ação vai durar três meses e tem como foco empresas e pessoas singulares que se dedicam a atividades económicas relacionadas com estes setores.

Fisco lança megaoperação a casamentos e festivais de música

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai começar, na próxima semana, uma megaoperação de inspeção a casamentos e festivais de música. A ação vai durar três meses e tem como foco empresas e pessoas singulares que se dedicam a atividades económicas relacionadas com casamentos. Na mira do Fisco estão empresas de catering e de animação, o aluguer dos espaços do evento, fotógrafos e floristas, revela uma ordem de ações de inspeção. Além do negócio dos casamentos, também os festivais de música vão ser alvo de inspeção, incluindo faturação de bilheteiras, contratos e pagamentos a artistas. Leia a notícia completa em Jornal Económico (acesso condicionado).

Reembolso médio do IRS supera os mil euros

No primeiro mês da entrega do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), as famílias receberam, em média, um reembolso de 1.061 euros. Os números do Ministério das Finanças mostram que o valor do reembolso médio ultrapassa o salário médio das famílias portuguesas que, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, ronda os 912 euros. Ao todo, durante o mês de abril, foram reembolsados cerca de 1,19 milhões de contribuintes, num montante de 1.260 milhões de euros. Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Americanos já são donos do projeto turístico da família Queiroz Pereira

Os norte-americanos da Discovery Land Company já são donos do projeto turístico localizado na freguesia de Melides, concelho de Grândola, Costa Terra. Com quatro quilómetros de frente de costa, o projeto era detido pela Semapa a holding da família Queiroz Pereira. Com a escritura de compra e venda já assinada, o grupo norte-americano tem pressa em avançar com o projeto. Os trabalhados de infraestruturação dos terrenos deverão começar já a partir da próxima semana. Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Estado não estava preparado para descongelamento de carreiras

O descongelamento da progressão das carreiras do Estado está a gerar problemas entre os funcionários públicos. O processo, que era pedido pelo setor da Administração Pública, começou em janeiro do ano passado e motivou 145 queixas à provedora da Justiça. O relatório anual da provedora de Justiça indica que houve, em 2018, 1.146 queixas relacionadas com direitos dos trabalhadores, um número que representa um decréscimo de 6% face ao ano anterior. Destes, 974 estão relacionados com relações de emprego público e, dentro desse universo, estão 145 queixas associadas ao descongelamento de carreiras. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Custo de comprar casa desce. Sobe no arrendamento

A aposta na construção no segmento de luxo tem vindo a reduzir a oferta de habitações destinadas à classe média. Por outro lado, também as taxas de juro estão, neste momento, em mínimos históricos, o que incentiva as famílias a adquirir imóveis. Neste cenário, o custo de comprar casa desce, mas aumenta no arrendamento. Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso condicionado).

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Costa: “Funcionamento deficiente” dos transportes “não é aceitável”

  • ECO e Lusa
  • 31 Maio 2019

Primeiro-ministro alertou que a vitória socialista nas eleições europeias não pode ser encarada como um "cheque em branco", mas como uma responsabilidade acrescida para o PS.

O secretário-geral do PS definiu esta quinta-feira como prioridades centrais na próxima legislatura o combate à corrupção e o investimento na qualidade dos serviços públicos, além da meta da dívida pública abaixo dos 100% em 2023.

Estes objetivos foram transmitidos por António Costa no discurso de abertura que fez perante a Comissão Política Nacional do PS, adiantando que irão constar no programa eleitoral do seu partido no capítulo sobre “regras de boa governação”.

Até 2023, se o PS voltar a formar Governo, na sequência das eleições legislativas de 6 de outubro próximo, segundo o líder socialista, as prioridades vão passar pelo “reforço da democracia”, com o aprofundamento da descentralização e combate à corrupção”, pela “manutenção” de um quadro económico de “contas certas”, pelo investimento na melhoria dos serviços públicos e pela valorização das funções de soberania.

Neste último ponto sobre a valorização das funções de soberania, António Costa observou que Portugal assume a presidência da União Europeia no primeiro semestre de 2021, em que terá as relações com África como tema central.

“Temos uma necessidade de reforçar a nossa democracia, o que significa prosseguir o processo de descentralização e aumentar os mecanismos de transparência e de combate à corrupção, sem o que a democracia é minada e a confiança dos cidadãos nas instituições é seriamente afetada”, salientou.

Para a próxima legislatura, António Costa destacou a necessidade de o país “manter as contas certas, continuando a ambição de Portugal ter uma política económica estável que lhe permita prosseguir uma trajetória com a União Europeia”.

“Devemos alcançar o objetivo a que nos propusemos de conseguirmos colocar a nossa dívida pública abaixo de 100% do Produto Interno Bruto (PIB) até ao final da legislatura”, em 2023, apontou.

Além da parte económico-financeira, o secretário-geral do PS sustentou que a prioridade na presente legislatura “passou pela recuperação dos direitos que tinham sido cortados a todos os trabalhadores da Administração Pública, repondo os seus rendimentos e carreiras”.

“Agora, considero imprescindível um reforço muito grande e significativo do investimento na qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos. Repostos os direitos é necessário avançar naquilo que é indispensável para melhorar a qualidade dos serviços públicos”, frisou.

Agora, considero imprescindível um reforço muito grande e significativo do investimento na qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos.

António Costa

Primeiro-ministro

Falando sobre as prioridades até ao final da presente legislatura, o líder socialista e primeiro-ministro começou por advertir que “o trabalho não está acabado” e que há problemas urgentes a resolver. “Fora do âmbito legislativo há um conjunto de responsabilidades que não podemos deixar de assumir como prioritárias, dando respostas a um conjunto de serviços cujo funcionamento deficiente não é aceitável. Temos de agir de forma a corrigir, seja nos transportes públicos, seja no Serviço Nacional de Saúde, seja quanto à prestação de serviços básicos como a emissão de cartões de cidadão e passaportes”, salientou.

Em relação aos eixos centrais do programa eleitoral do PS, que será aprovado em Convenção Nacional deste partido no dia 20 de julho, António Costa elegeu em primeiro lugar “o combate às alterações climáticas” e, logo a seguir, “o desafio demográfico”, quer através de uma “boa gestão” da política migratória, quer por via de medidas que proporcionem às gerações mais novas condições para a constituição de família.

Como terceiro eixo, António Costa referiu a transição para a sociedade digital, que classificou como essencial para a modernização da administração pública e do tecido empresarial.

“Mas aqui exige-se uma articulação muito grande de políticas de modo transversal. Exige-se investimento na educação dos jovens e de hoje, na formação profissional dos que se encontram no mercado de trabalho — gerações que necessitam de ser apoiados na sua reconversão e que precisam de proteção social, evitando-se que a transição para a sociedade digital possa aumentar as desigualdades, ou que seja um fator de concentração da riqueza”, acentuou.

Como quarto eixo central do programa eleitoral do PS, o líder socialista colocou “o combate às desigualdades em Portugal”.

“Combate às alterações climáticas, desafio demográfico, transição para a sociedade digital e combate às desigualdades são os quatro eixos estratégicos aos quais temos de responder”, acrescentou.

Costa avisa que vitória nas europeias não foi “cheque em branco”

António Costa alertou ainda que a vitória socialista nas eleições europeias de domingo passado não pode ser encarada como um “cheque em branco”, mas como uma responsabilidade acrescida para o seu partido.

“Acho que temos boas razões para estarmos confiantes, reconhecidos pela confiança que nos foi renovada, mas perceber bem que essa confiança que nos foi renovada não foi um cheque em branco. Foi mesmo uma responsabilidade acrescida que nós temos para concluirmos nesta legislatura o trabalho que ainda temos em curso, para responder às necessidades que os cidadãos sentem e de preparar com qualidade a próxima legislatura”, disse Costa na análise ao resultado das eleições europeias no discurso de abertura da reunião da Comissão Política Nacional do PS.

Num discurso em que fez uma especial saudação à sua secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, António Costa deixou ainda mais um recado aos membros da Comissão Política do PS.

Se hoje nos podemos orgulhar de podermos dizer que cumprimos tudo o que prometemos, é porque nos preparámos bem para saber o que podíamos prometer e estávamos em condições de cumprir.

António Costa

Primeiro-ministro

“Se hoje nos podemos orgulhar de podermos dizer que cumprimos tudo o que prometemos, é porque nos preparámos bem para saber o que podíamos prometer e estávamos em condições de cumprir. Essa confiança tem um valor imenso, não podemos abdicar dela e, na próxima legislatura, temos de voltar a provar que é possível”, acrescentou.

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Estado não estava preparado para descongelamento de carreiras na Função Pública

  • ECO
  • 31 Maio 2019

Houve 145 queixas à provedora da Justiça relacionadas com o descongelamento da progressão das carreiras dos funcionários públicos. Erros no ca´lculo dos novos salártios fizeram subir queixas.

O descongelamento da progressão das carreiras do Estado está a gerar problemas entre os funcionários públicos. O processo, que era pedido pelo setor da Administração Pública, começou em janeiro do ano passado e motivou 145 queixas à provedora da Justiça, segundo noticia esta sexta-feira o Público (acesso condicionado).

O relatório anual da provedora de Justiça indica que houve, em 2018, 1.146 queixas relacionadas com direitos dos trabalhadores, um número que representa um decréscimo de 6% face ao ano anterior. Destes, 974 estão relacionados com relações de emprego público e, dentro desse universo, estão 145 queixas associadas ao descongelamento de carreiras.

A provedora Maria Lúcia Amaral refere no documento que é estranho que “uma medida de natureza positiva para os trabalhadores da administração pública” causar “um relevante número de pedidos de intervenção”. Acrescenta que a razão prende-se com com o “intricado” regime jurídico em vigor e à dificuldade dos serviços em aplicarem a lei após sete anos de congelamento.

Mais de 390 mil trabalhadores da Função Pública receberam, com o salário de maio, que já chegou às suas contas bancárias, 75% da progressão que esteve congelada entre 2011 e 2017. O fim do congelamento da progressão nas várias carreiras da Administração Pública foi decretado no âmbito do Orçamento do Estado para 2018. A valorização salarial correspondente a esse salto na carreira não foi, ainda assim, entregue integralmente nessa ocasião, tendo sido dividida em quatro fases: duas em 2018 e duas em 2019.

Em causa estão os trabalhadores das carreiras gerais (que progridem com base nos resultados da avaliação), que somaram dez pontos na avaliação de desempenho ao longo do tempo em que as progressões estiveram congeladas ou desde então.

Funcionários públicos que cumpram este critério receberam 25% do acréscimo remuneratório em janeiro de 2018 e outros 25% em setembro do ano passado. Estiveram, assim, até abril a a receber metade do aumento devido. Somam-se ao salário de maio mais 25% do acréscimo remuneratório, que é a penúltima tranche do descongelamento salarial. A última chega em dezembro.

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Espanhola Nexo quer entrar em Portugal. Planeia ter dez residências para estudantes

A espanhola Nexo Residencias está a analisar o mercado português para entrar no segmento das residências estudantis. Para além de Lisboa e Porto, Braga e Coimbra são outras opções.

A espanhola Nexo Residencias poderá contribuir para amenizar o problema da falta de residências estudantis no país. Olhando para Portugal como um “mercado óbvio”, a empresa está a planear aterrar em Lisboa e no Porto, mas Braga e Coimbra também são outras opções. O objetivo é disponibilizar 4.000 camas já no próximo ano e “estar entre os primeiros operadores [de residências] do país”.

“Estamos muito motivados e animados com a entrada em Portugal, mas não é tudo fácil”, começa por contar ao ECO Christopher Holloway, managing director da Nexo Residencias em Espanha, propriedade da Global Student Acommodation (GSA). Há certos aspetos no país, como as leis, a cultura e o idioma, que requerem que esta entrada seja bem estudada e é por isso que a empresa já tem pessoas cá a estudar o mercado.

Dando voz à Nexo, Christopher quer “estar onde estão os estudantes”. E é nesse sentido que antecipa que as cidades em mira são o Porto e Lisboa, mas também Coimbra e Braga. Sobre o investimento estimado, o responsável prefere não falar, mas revela que a meta é disponibilizar mais de 4.000 camas em Portugal, o que representa a implementação de até dez residências para estudantes até 2021. “Gostaríamos de estar entre os primeiros operadores do país”, confessa.

Sobre a forma como pretende inaugurar essas residências, Christopher adianta que a empresa está “aberta às possibilidades que o mercado oferecer”. Isto é, reabilitar edifícios é uma hipótese, mas construir de raiz também: “Construir é favorável sempre que haja mercado e nós podemos fazê-lo de uma forma mais ‘verde’ e sustentável que outros. Mas também iremos estudar reabilitar edifícios existentes”. Além disso, a gestão de outras residências pode fazer parte dos planos.

Algumas das residências estudantis que a Nexo tem em Espanha

Questionado sobre o valor mensal das residências, o responsável espanhol não adiantou números. Contudo, fez questão de sublinhar que a empresa tem “consciência do modelo socioeconómico do país” e que cada produto está concebido para um mercado específico.

No site da Nexo, os preços das seis residências em Espanha — Madrid, Barcelona e Alcalá de Henares — começam nos 739 euros mensais, mas podem chegar aos 2.000 conforme a cidade e as condições. No geral, os quartos podem ser individuais ou duplos e podem ter casa de banho privativa. Incluem um serviço de refeições sete dias por semana, para além de uma limpeza semanal.

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Prazo para pagar primeira prestação do IMI acaba hoje

O prazo para pagar a primeira prestação do IMI termina esta sexta-feira. O pagamento pode ser feito no Multibanco, nos CTT, na app da AT, nas Finanças ou através de débito direto.

Termina esta sexta-feira o prazo para os proprietários de imóveis pagarem a primeira prestação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), cujo mínimo está fixado, a partir deste ano, nos 100 euros. E pela primeira vez, quem preferir pode pagar a totalidade do montante indicado na nota de cobrança, mesmo que o montante indicado na nota de cobrança exceda o teto mínimo indicado.

De acordo com o Orçamento do Estado para 2019, os prazos para o pagamento das várias prestações deste imposto foram estendidos, passando a primeira fatia a ser paga até ao final de maio. Até ao final de agosto, os proprietários que tenham a pagar um imposto superior a 500 euros devem proceder ao pagamento da segunda prestação, remetendo-se o pagamento da terceira prestação para novembro. Se o montante a pagar for superior a 100 euros, mas inferior a 500 euros, a segunda prestação não deve ser paga em agosto, mas em novembro.

Além das datas, também foram alterados os limites dessas prestações. Assim, o limite mínimo dessa primeira fatia baixou, este ano, de 250 euros para 100 euros, sendo agora possível dividir em duas prestações qualquer valor superior a uma centena de euros e inferior a 500 euros. É possível dividir o imposto em três prestações, por outro lado, sempre que o valor a pagar seja superior a esse último valor.

Este ano, mesmo os proprietários de imóveis com um valor de IMI igual ou superior a 100 euros podem, pela primeira vez, optar pelo pagamento não faseado do imposto, indicando a nota de cobrança duas referências de pagamento: uma relativa à primeira prestação e outra relativa à totalidade a pagar.

O pagamento quer da primeira prestação, quer da totalidade do imposto pode ser feito no Multibanco, nos CTT, na app de pagamento da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos Serviços das Finanças, nos vários bancos ou através de débito direto.

Recorde-se que o IMI incide sobre os prédios rústicos e urbanos, aplicando-se uma taxa de 0,8% sobre os primeiros e uma taxa entre 0,3% e 0,45% sobre os segundos. Nesse último caso, a taxa é fixada anualmente pelas autarquias.

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5 coisas que vão marcar o dia

Arranca a votação indiciária da polémica Lei de Bases da Saúde, no mesmo dia em que acontece a Assembleia Geral da CGD. Proprietários têm de pagar IMI até esta sexta e CDS apresenta programa eleitoral

No dia em que termina o prazo para pagar a primeira prestação do IMI, os deputados votam de modo indiciário a Lei de Bases da Saúde e o CDS apresenta o seu programa para as eleições legislativas de outubro. O INE deverá confirmar o dado que ditou a subida do fator de sustentabilidade e acontece a Assembleia Geral do banco público, que deverá aprovar o pagamento de dividendos ao Estado.

Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos

Os acionistas da Caixa Geral de Depósitos vão reunir-se esta sexta-feira em Assembleia Geral anual, sendo um dos temas a aprovar a entrega de dividendos de 200 milhões de euros ao Estado. O banco público recebeu autorização do Banco de Portugal, do Banco Central Europeu e da Direção-Geral da Concorrência para entregar essa parcela ao acionista único, um valor que o Estado já contava encaixar e que Paulo Macedo já tinha admitido que era “plausível”.

Discussão e votação indiciária da Lei de Bases da Saúde

A Comissão de Saúde vai discutir as propostas de alteração à Lei de Bases da Saúde, cujos temas quentes são as Parcerias Público Privadas (PPP) e as taxas moderadoras. Além disso, vai dar-se início às votações indiciárias da mesma. O processo não será fácil, dado que, tal como o Público adiantou, o Governo está convencido de que o Bloco de Esquerda não votará a favor da proposta da nova lei, numa altura em que já se sabe que o PSD não está disponível para viabilizar a aprovação do diploma.

Proprietários têm até hoje para pagar IMI

O prazo para pagar a primeira prestação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) acaba esta sexta-feira. Este ano, há duas novidades a ter em conta: o valor mínimo dessa primeira prestação desceu de 250 euros para 100 euros e quem preferir pagar a totalidade do imposto pode fazê-lo, mesmo se esse montante seja superior ao teto mínimo indicado. A segunda prestação do IMI (para impostos superiores a 500 euros) deverá depois ser paga em agosto e a terceira em novembro. O pagamento quer da primeira prestação, quer da totalidade do imposto pode ser feito no Multibanco, nos CTT, na app de pagamento da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos Serviços das Finanças, nos vários bancos ou através de débito direto.

CDS apresenta programa eleitoral para as legislativas

O CDS vai apresentar esta sexta-feira o programa eleitoral para as eleições legislativas, que acontecem em outubro, com definição das linhas e do contexto do mesmo. Esta apresentação ocorre antes das jornadas parlamentares do CDS, que acontecem a 3 e 4 de junho, e que serão dedicadas ao tema da saúde, e pouco menos de uma semana depois das Eleições Europeias.

INE confirma dado que ditou subida do fator de sustentabilidade

O Instituto Nacional de Estatística divulga, esta sexta-feira, as tábuas de mortalidade para Portugal 2016 – 2018, na qual se inclui a esperança média de vida aos 65 anos. O valor provisório desse indicador foi adiantado no final do último ano e ditou a subida para 14,7% do fator de sustentabilidade a aplicar este ano às novas pensões antecipadas. Este indicador permite, além disso, antecipar a evolução da idade normal da reforma, que se deverá manter no próximo ano nos 66 anos e cinco meses. De notar que a lei prevê vários regimes que permitem aos beneficiários escaparem tanto ao corte referido, como ao patamar etário mencionado, sendo possível a antecipação da reforma com menos ou até nenhuma penalização.

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Norte apela ao Presidente da República que contribua para corrigir desigualdades territoriais

Nuno Botelho foi reeleito presidente da Associação Comercial do Porto esta quinta-feira e apelou ao Presidente da República que acabe com as assimetrias regionais.

Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, apelou esta quinta-feira, ao Presidente da República que contribua para corrigir as desigualdades territoriais que afetam o norte do país. Perante o apelo Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que compreende como é importante dar voz à Associação, como é importante dar voz ao Porto, dar voz ao Norte. “Vi com este apelo uma preocupação com assimetrias, desigualdades a corrigir. Insuficiências e injustiças a combater. Anoto e registo esse apelo”, refere o Presidente da República.

Há 14 anos que a Associação Comercial do Porto não recebia um Presidente da República em visita oficial. Marcelo Rebelo de Sousa foi o convidado de honra da ACP e concedeu à associação, de forma simbólica, a atribuição do título de membro honorário da ordem do Infante D. Henrique. “Pela história que já fez merece o reitorado de reconhecimento dos portugueses, reconhecimento expresso por várias vezes mas hoje aqui confirmado”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Dizendo que “o Porto e o Norte não pedem nada. O Porto e o norte apenas exigem aquilo a que têm legitimamente direito“, Nuno Botelho defendeu que os partido políticos devem colocar a “questão da regionalização e a descentralização na agenda da próxima legislatura”.

Ao contrário do que acontece em toda a Europa, a macrocefalia portuguesa está a aumentar. O centralismo está a reprimir cada vez mais as regiões.

Nuno Botelho

Presidente da Associação Comercial do Porto

Para o presidente da ACP não se trata de uma questão Lisboa versus Porto mas sim de um problema nacional. Apela, por isso, para a “necessidade imperativa de transferir os centros de decisão para junto da economia real. Para o Algarve, para o Alentejo, para o Centro. Mas também, e claramente para o Norte. Trata-se sim de saber em que cidades são decididos e geridos os fundos”, evidencia.

Dá o exemplo de programas como o Compete, que continuam a ser geridos centralmente em Lisboa “quando é aqui que se encontram sediadas o maior número de empresas do nosso país”, constata o presidente da ACP.

Perante esta descentralização acrescenta ainda que o norte é a região onde o emprego mais cresceu nos últimos anos. “Somos uma região que é hoje responsável por aproximadamente 50% das exportações nacionais. Apresentamos uma balança comercial positiva, em que as exportações equivalem a 150% das importações”, conclui.

“Acreditar na Europa é prova de sensatez e de realismo”, diz Marcelo

No jantar que se seguiu à reeleição de Nuno Botelho como presidente da Associação Comercial do Porto, Marcelo Rebelo de Sousa regressou ao tema das eleições europeias e afirmou que “acreditar na Europa é prova de sensatez e de realismo”.

Marcelo lamenta a abstenção portuguesa, que atingiu os valores mais altos de sempre. Para o Presidente da República “é revelador” que os portugueses tenham sufragado de forma “contundente” a escolha europeia, “sobretudo num tempo em que tantos, de fora da Europa, tudo têm feito para a dividir e enfraquecer”, porque “ela própria, vezes demais, se encarregou de facilitar tais propósitos, desunindo-se no acessório, alimentando razões de queixa no crucial, pelo atraso e displicência, pela quase sobranceria no lidar com os europeus”, afirmou o Presidente da República perante uma assistência com mais de 300 personalidades, ligadas ao setor empresarial, autárquico, académico e económico, membros da Associação Comercial do Porto.

 

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Bicicletas da Uber produzidas em Portugal chegam a Lisboa. São 1.000 e mais modernas

Vão chegar à capital mais bicicletas vermelhas, mas ainda mais modernas. Suporte para telemóvel, painel frontal e novo sistema de segurança são algumas das novidades. E são portuguesas.

Numa altura em que são cada vez mais as empresas a apostar nos transportes alternativos em Lisboa, a Uber reforça a aposta nas bicicletas. A empresa vai trazer para as ruas da capital mais 1.000 Jump elétricas, só que estas serão mais modernas. Continuarão a ser vermelhas, mas terão novos acessórios. E são Made In Portugal.

Às 750 bicicletas elétricas que a Uber já tinha na capital, esta sexta-feira vão juntar-se outras 1.000. Mas estes novos modelos 5.6 têm a particularidade de terem sido “produzidos em Portugal”, assegura a empresa. Recorde-se que, a 1 de abril, a Uber revelou que tinha celebrado “uma parceria com uma fábrica portuguesa” embora sem revelar qual. Dois meses depois, as bicicletas chegam à rua.

Com esta as novas bicicletas serão ao todo 1.750 Jump espalhadas por Lisboa. Apesar de todas serem elétricas, os novos modelos 5.6 terão novidades:

  • QR Code

Contrariamente ao método antigo, em que era necessário um pin para desbloquear as bicicletas, agora o utilizador vai precisar apenas de ler o QR Code na aplicação da Jump para começar a andar. O QR Code vai ser lido no painel frontal;

  • Painel frontal

Localizado debaixo do guiador e na traseira da bicicleta, o painel frontal vai permitir ao utilizador colocar a e-bike em modo pausa ou reportar a necessidade de uma reparação;

  • Suporte para telemóvel

A Uber adicionou às bicicletas um suporte para o telemóvel, colocado junto ao guiador, “para que seja possível recorrer a GPS de forma mais dinâmica e sem necessidade de utilizar as mãos”;

  • Cable lock

Por último, o cable lock vai permitir uma mais flexibilidade ao prender a bicicleta a qualquer estrutura. A Uber trocou a barra em “U” por um cabo recolhível integrado na estrutura da e-bike, o que “tornará mais fácil o estacionamento seguro e ordenado nas zonas autorizadas para estacionamento de bicicletas disponíveis na cidade”.

  • Novo sistema de carregamento

E se antes era preciso recolher as bicicletas descarregadas para lhes dar mais bateria, agora isso já não vai ser preciso. Com o novo sistema, a Uber pode “transformar uma bicicleta sem carga numa pronta a usar em apenas alguns minutos”;

“A experiência de condução será ainda mais fiável, já que a partir de agora a bicicleta consegue auto-diagnosticar as falhas mais comuns. E com conectividade total, a nossa frota está mais inteligente e segura, já que utilizamos os dados de diagnóstico em tempo real de cada veículo para otimizar o seu desempenho com algoritmos que vão diretamente para a nossa cloud“, diz Ryan Rzepecki, cofundador e CEO da Jump, em comunicado.

Veja as novas bicicletas Jump

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Grupo que vai simplificar candidaturas de I&D do Portugal 2020 já está operacional

  • Lusa e ECO
  • 30 Maio 2019

O grupo em causa tem agora até dia 15 de julho para apresentar um primeiro relatório com propostas concretas de simplificação de resultados dos trabalhos desenvolvidos.

O grupo de trabalho para a simplificação de candidaturas de investigação e desenvolvimento (I&D), no âmbito do Portugal 2020, reuniu esta quarta-feira pela primeira vez para clarificar a metodologia e trabalho a desenvolver, indicou o ministro do Planeamento à Lusa.

“Esta reunião foi de lançamento e clarificação da metodologia e do trabalho a desenvolver”, avançou Nelson de Souza, em declarações à Lusa.

O grupo em causa tem agora até dia 15 de julho para apresentar um primeiro relatório com propostas concretas de simplificação de resultados dos trabalhos desenvolvidos. Até esta data, podem ainda ocorrer reuniões intercalares com outros organismos ou membros do Governo.

Neste primeiro encontro, para além do ministro do Planeamento, estiveram presentes o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, o ministro da Ciência, Manuel Heitor e três personalidades escolhidas para liderar o grupo — os professores Elvira Fortunato, António Cunha e José Manuel Mendonça.

Adicionalmente, estiveram presentes responsáveis de entidades como a Agência para o Desenvolvimento e Coesão (Ad&C), o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, a Fundação da Ciência e Tecnologia e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

“O papel destes organismos vai ser, nesta fase, o de estar e disponibilizar inteiramente para aquilo que os membros do grupo de trabalho entendam como necessário em matéria de opinião, apoio e suporte”, explicou Nelson de Souza.

Segundo o líder da pasta do Planeamento, a reunião decorreu “num consenso quase total em termos de objetivos”, esperando-se agora o aparecimento das propostas.

Queremos soluções simples para resolver problemas que muitas vezes parecem complexos, mas também, por vezes, se resolvem com soluções pragmáticas”, garantiu.

Este grupo de trabalho foi criado em 20 de maio e tem ainda como objetivo, conforme decretado num despacho publicado na altura, limitar “de modo significativo” o número de casos em que se recorre a meios externos, “estudando, designadamente, a viabilidade de constituição de um painel de peritos permanente”.

O Governo explicou também, no diploma, que na definição das prioridades de intervenção dos fundos comunitários do período 2014-2020, que identificou os principais constrangimentos e potencialidades, verificou-se a necessidade de reforçar a simplificação e desmaterializar procedimentos.

O objetivo final é o de aumentar a produção científica de qualidade reconhecida internacionalmente, privilegiar a cooperação e a internacionalização, estimular o investimento empresarial em investigação e desenvolvimento, e reforçar a transferência de conhecimento científico e tecnológico para o setor empresarial.

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Venezuela: FMI diz que contactos estão suspensos desde finais de janeiro

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

“O trabalho nesta área está suspenso desde finais de janeiro quando os acontecimentos políticos deram origem a questões sobre o reconhecimento do Governo”, adiantou um porta-voz do FMI.

O FMI assegurou esta quinta-feira que os seus contactos com o governo venezuelano estão “suspensos” desde “finais de janeiro” devido à crise política, pelo que não pode avaliar a “qualidade” dos dados divulgados recentemente pelo banco central do país.

“O trabalho nesta área está suspenso desde finais de janeiro quando os acontecimentos políticos deram origem a questões sobre o reconhecimento do governo”, adiantou um porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI) em comunicado enviado à Efe. O responsável adiantou que, até então, a instituição liderada por Christine Lagarde tinha estado “em contacto com as autoridades venezuelanas no âmbito da obrigação de todos os países membros apresentarem informação económica precisa e oportuna”.

O FMI reforçou em março que ainda aguardava a opinião dos países membros relativamente ao reconhecimento do governo da Venezuela, depois de o líder da oposição Juan Guaidó se ter autoproclamado, em finais de janeiro, presidente interino perante o que considera ser “usurpação” do poder por parte de Nicolas Maduro.

Guaidó recebeu o apoio dos governos de mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos, o Canadá e a maioria dos países da América Latina, enquanto a China e a Rússia mantêm o reconhecimento de Nicolas Maduro. O banco central da Venezuela quebrou, entretanto, o silêncio que manteve durante mais de três anos e informou na terça-feira que a inflação do país atingiu os 130.000% em 2018, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma contração de 22,5% no último trimestre do ano passado.

Os dados publicados pela instituição confirmam o processo de hiperinflação que a Venezuela atravessa, mergulhada numa profunda crise económica apesar de possuir as maiores reservas de petróleo do mundo.

“A publicação destes dados sobre o PIB e a inflação foi realizada pelas autoridades por sua iniciativa própria. Não podemos dar uma opinião sobre a qualidade dos dados, uma vez que não temos tido a oportunidade de fazer uma avaliação completa devido à ausência de contactos com as autoridades”, concluiu o porta-voz do FMI. Segundo as previsões do Fundo, a economia venezuelana deve registar uma quebra de 25% em 2019.

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Lucro da Altri sobe 12,5%. Receitas aumentam apesar da queda do preço da pasta de papel

Os lucros da empresa liderada por Paulo Fernandes subiram nos primeiros três meses do ano, assim como as receitas. Isto apesar de o preço de venda da pasta de papel continuar em queda.

A Altri registou um resultado líquido de 36,7 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um valor que aumentou 12,5% face ao mesmo período do ano passado. As receitas aumentaram, mesmo num período marcado pela continuação da queda preço de venda da pasta de papel.

No mesmo período, o EBITDA do grupo situou-se nos 75 milhões de euros, o equivalente a uma subida de 18% face ao ano passado, com a margem EBITDA a alcançar 35,9%, refere a Altri em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quinta-feira.

Já as receitas da papeleira aumentaram 19,6% para os 207,4 milhões de euros, mesmo num trimestre “em que se continuou a verificar a descida do preço de venda da pasta BHKP e no qual se realizou a paragem anual de manutenção da sua unidade da Figueira da Foz”.

Entre janeiro e março deste ano, a Altri produziu cerca de 262,3 mil toneladas de pasta de papel e, “apesar da referida paragem da Celbi, durante 15 dias, o volume de pastas produzidas aumentou cerca de 2% face ao trimestre homólogo de 2018”, refere a empresa. De toda essa quantidade produzida, 242,4 mil toneladas foram exportadas, o que se traduziu numa receita de 156 milhões de euros.

O investimento líquido realizado neste período foi de 22,9 milhões de euros, dos quais sete milhões foram relativos à construção da nova central de biomassa na Figueira da Foz.

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Teixeira dos Santos diz que Sócrates o alertou sobre escolha de Vara para a CGD

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

Ex-ministro das Finanças de José Sócrates diz que foi ele quem escolheu Armando Vara para a administração da CGD e que o antigo primeiro-ministro o alertou sobre as repercussões políticas da escolha.

O ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos disse esta quinta-feira em tribunal, no âmbito da Operação Marquês, que José Sócrates o tinha alertado para as repercussões políticas da escolha de Armando Vara para administrador da CGD, segundo fonte do processo.

Reiterando que foi ele quem escolheu Armando Vara para a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Teixeira dos Santos disse ao juiz de instrução que tinha sido alertado pelo ex-primeiro ministro José Sócrates sobre as repercussões políticas da escolha, algo que não tinha dito aos investigadores do Ministério Público.

Num depoimento de quase quatro horas, o ex-ministro das finanças ouviu do juiz muitas das perguntas com as quais foi confrontado na fase de inquérito da Operação Marquês e, segundo a mesma fonte, respondeu com algumas nuances a favor de Sócrates e ter-se-á lembrado de mais alguns pormenores sobre os assuntos que foram abordados.

Entre os temas falados constaram a adjudicação ao consórcio Elos (grupo Lena, arguido no processo) de um troço do comboio de alta velocidade (TGV) e sobre a escolha de Armando Vara, também arguido neste caso, para a administração do banco público.

A explicação para a escolha prendeu-se, segundo a testemunha, com a necessidade de um equilíbrio na administração da CGD, alcançado com a escolha de um elemento vindo de fora.

Teixeira dos Santos é uma das cinco testemunhas arroladas por José Sócrates para prestar esclarecimentos nesta fase do processo, apesar de ter sido uma das mais de 200 já inquiridas pelo Ministério Público na fase de investigação.

Na sexta-feira é a vez de Santos Ferreira, presidente da CGD entre 2005 e 2008 e depois do BCP até 2012, prestar depoimentos.

Sócrates está acusado de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada.

Entre outras imputações, o Ministério Público acredita que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da CGD ao empreendimento de luxo Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

Entre os 28 arguidos estão ainda Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.

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