COSEC quase duplica quota de mercado em seguros caução

  • ECO Seguros
  • 13 Julho 2020

A produção da companhia no segmento de seguro caução equivaleu a 54,3% de quota mercado em março. A empresa afirma que investimento e ação comercial permitiram quase duplicar a parte de um ano antes.

A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos alcançou “um crescimento de 80% nos Seguros Caução durante o primeiro trimestre deste ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado, num contexto em que este mercado registou um decréscimo de -35%,” anunciou a entidade sediada em Lisboa.

Referindo dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), e considerando a produção em seguro caução, a quota de mercado da COSEC “é agora de 54,3%, em comparação com os 22,3% registados no primeiro trimestre de 2019” indica a seguradora participada pelo banco BPI e a Euler Hermes.

Estes dados são resultado do investimento que a COSEC vem fazendo no seu portefólio de soluções de Seguro Caução, através do lançamento de novos produtos, mostrando também um reforço da ação comercial que Companhia vem desenvolvendo e que lhe permite uma posição de liderança e credibilidade”, afirma Maria Celeste Hagatong, presidente do Conselho de Administração da COSEC.

As soluções de seguro caução da COSEC permitem às empresas nacionais “garantir o bom cumprimento das obrigações assumidas perante o beneficiário da caução. É um meio para, em situações em que há imposição legal ou regulamentar, assegurar garantia de proteção do beneficiário perante incumprimento contratual e/ou financeiro de um tomador”, explica a entidade em comunicado.

A liderança de mercado não se esgota nas cauções. Segundo anunciou em junho a companhia de seguros de crédito, no período compreendido entre março e maio deste ano, as operações aprovadas no âmbito da Linha de Seguros de Créditos de Curto Prazo para países fora da OCDE com garantia do Estado, sob gestão da Cosec, atingiram 50 milhões de euros, potenciando exportações de 229 milhões, cerca de 7% das exportações portuguesas de bens e serviços destinados a mercados fora da União Europeia.

Nesses três meses, o número de pedidos submetidos pelas empresas portuguesas a esta Linha aumentou cerca de 47% relativamente ao mesmo período de 2019, em consequência da redução dos níveis de cobertura por parte das companhias de seguros de créditos comerciais, decorrente do aumento de risco causado pela pandemia do COVID 19 e da subsequente crise económica.

“Apesar do aumento da procura, e com a totalidade das equipas em teletrabalho, foi possível à COSEC reduzir o prazo médio de decisão em cerca de 40%, para 5,8 dias úteis desde a entrada da candidatura, em coberturas até 1 milhão de euros, limite de competência de decisão atribuída à COSEC nesta Linha”, explica a instituição.

Constituída em 1969, a Cosec gere um sistema de seguro de créditos com garantia do Estado português (SCGE). Atualmente, a COSEC apoia 450 empresas, e tem riscos assumidos de cerca de 380 milhões. No primeiro trimestre do ano, a COSEC emitiu apólices a inúmeros setores de atividade, nomeadamente, para a indústria farmacêutica, construção, energia e combustíveis.

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Acionistas da Azul votam acordo com Governo sobre a TAP a 10 de agosto

  • ECO
  • 13 Julho 2020

O acordo alcançado entre David Neeleman e o Estado português tem de ser aprovado pelos acionistas da Azul. Essa votação vai acontecer a 10 de agosto, em assembleia-geral.

O acordo alcançado entre David Neeleman e o Governo para a saída do empresário da TAP vai ser votado a 10 de agosto em assembleia-geral, avança o Expresso. Este acordo deverá ser assinado esta semana e falta agora receber a aprovação dos acionistas da Azul.

O acordo alcançado com o Estado português já recebeu “luz verde” do próprio acionista privado, David Neeleman, e da administração da Azul, a 2 de julho, mas tem ainda de ser assinado e aprovado em assembleia geral pelos acionistas da Azul. A assinatura deveria ter acontecido na semana passada, mas acabou por ser adiada para esta semana, diz o mesmo jornal.

Uma vez assinado, fica a faltar a votação por parte dos acionistas da Azul, que deverá acontecer a 10 de agosto. Contudo, mesmo antes dessa assembleia-geral, o empréstimo de até 1.200 milhões de euros por parte do Estado poderá entrar na companhia aérea nacional. Isto porque, segundo o Expresso, o acordo fica sujeito à verificação da condição da Azul de aprovar no prazo de 30 dias a renúncia à conversão em capital do empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros que concedeu à TAP em 2016.

O Governo acordou a saída de David Neeleman do capital da TAP, em troca de 55 milhões de euros, dos quais 10,6 milhões irão para a Azul. E uma das condições impostas pelo Estado foi que a Azul abdicasse de converter o empréstimo obrigacionista em ações, que vence em 2026.

(Notícia atualizada às 18h27 com mais informação)

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MPM Software renova site

  • ECO Seguros
  • 13 Julho 2020

Foram centralizados num único website todos os mercados em que a empresa opera, disponibilizando uma apresentação mais clara do posicionamento da MPM nas diferentes linhas de negócio.

A MPM Software desenhou e lançou um novo website global com a colaboração do The North Studio, empresa especializada no design de meios digitais. O novo design e tom de comunicação desta nova web “vem confirmar o posicionamento da MPM como uma empresa moderna e dinâmica de perfil marcadamente tecnológico”, diz a empresa em comunicado.

Entre outros aspetos, foram centralizados num único website todos os mercados em que a MPM opera, disponibilizando uma apresentação mais clara do posicionamento da MPM nas diferentes linhas de negócio a que dá resposta através das suas soluções.

Este novo website integra também o blog Mediação Inteligente, que é continuamente alimentado com conteúdos sobre temas atuais do mercado e artigos sobre áreas de interesse do setor segurador, tanto na versão em português como na versão em espanhol.

Segundo João Veiga, Country Manager da MPM Software Portugal, “este novo website, desenvolvido em colaboração com o The North Studio, representa um salto qualitativo em termos de comunicação com o mercado e irá oferecer uma excelente experiência de utilização a todos os visitantes do nosso website”.

Criada em 1990, a MPM é uma empresa tecnológica de soluções de gestão para a distribuição de seguros tem presença em 8 países, com mais de 160 profissionais que prestam serviços a mais de mil clientes e cerca de 20 mil utilizadores.

A MPM iniciou a sua atividade no mercado português em 1998 através de um acordo de distribuição com a Informática El Corte Inglés. Desde então mais de 400 licenças de software da MPM foram instaladas no mercado português, quer em distribuidores de seguros tradicionais como agentes e corretores, quer nos mais diversos tipos de distribuidores de seguros não-tradicionais como banca, grandes superfícies, retalho e eletrónica, distribuidores de automóveis e clubes de futebol.

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Governo mantém 19 freguesias em “estado de calamidade” e Grande Lisboa em “contingência” por mais 15 dias

O Governo vai também manter as regras determinadas para conter a propagação do coronavírus por mais 15 dias.

O país vai continuar em estado de alerta, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) em “estado de contingência” e as 19 freguesias mais afetadas da Grande Lisboa em “estado de calamidade”. A decisão é válida por mais 15 dias. A confirmação veio da Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, após uma reunião em São Bento com diversos autarcas destas regiões. Vão também manter-se as regras determinadas para conter a propagação do coronavírus neste período.

Embora o número de novas infeções nos concelhos mais afetados tenha diminuído, com a taxa de incidência do novo coronavírus a descer de 154 para 121 casos por 100 mil habitantes, a situação “ainda não nos deixa tranquilos para fazer outra avaliação”, disse Mariana Vieira da Silva, em declarações transmitidas pela RTP3.

“Não estamos em condições de atenuar o acompanhamento que temos feito em Lisboa”, reitera. Assim, também se mantêm em vigor as restrições impostas na Grande Lisboa, que incluem a proibição de venda de álcool nas estações de serviço, a proibição da venda de álcool depois das 20 horas e o encerramento da generalidade dos estabelecimentos às 20 horas (com a exceção, por exemplo, de restaurantes e supermercados).

A ministra sublinha também que, “em locais em que os níveis de incidência são mais elevados, é importante cumprir de forma ainda mais forte esta dimensão, em particular a dos ajuntamentos”. As limitações nos ajuntamentos são de cinco pessoas nas 19 freguesias, dez na AML e 20 no restante território nacional.

(Notícia atualizada às 18h30)

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Países da OPEP perderam 18% das receitas petrolíferas em 2019

  • Lusa
  • 13 Julho 2020

O preço do petróleo caiu e fez com que 13 países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo tivessem receitas das exportações 18% abaixo das registas em 2018.

A queda do preço do petróleo e a perda de mercados em 2019 fizeram com que os 13 países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tivessem receitas das exportações 18% abaixo das registadas em 2018.

Segundo os dados do Boletim Estatístico Anual divulgado esta segunda-feira pela OPEP, no caso da Venezuela, a queda chegou a 35%.

As receitas por exportação de petróleo dos Estados da OPEP caíram para 564.889 milhões de dólares, quando tinham ficado em 692.269 milhões em 2018.

O país que registou o maior recuo nas exportações foi o Irão, que passou de 60.519 milhões em 2018 para 19.233 milhões de dólares em 2019, uma queda de 68%, devido às sanções impostas pelos Estados Unidos.

No caso da Venezuela, outro país submetido a sanções dos Estados Unidos, as exportações passaram de 34.657 milhões de dólares em 2018 para 22.492 milhões de 2019.

A OPEP reduziu a sua produção em 1,86 milhões de barris diários em 2019, o que representa uma queda de 6%, enquanto os países fora da organização registaram uma subida de 1,3 milhões de barris por dia, o que equivale a um crescimento de 2,9%.

A descida nas exportações já representava um problema para as contas públicas dos países produtores antes da pandemia de Covid-19, que levou a procura mundial a descer para níveis inéditos.

Desde maio, a aliança OPEP+, formada pelos países que integram a organização e um grupo de 10 outros produtores, liderados pela Rússia, começou a aplicar cortes ainda maiores, de cerca de 9,7 milhões de barris por dia, para contrariar a queda na procura.

Ficaram isentos deste compromisso a Venezuela, o Irão e a Líbia, devido a quedas involuntárias das extrações causadas por sanções, crises económicas e conflitos armados.

O secretário-geral da OPEP, Mohamed Barkindo, assegurou hoje, durante a apresentação do relatório, que graças a este corte o objetivo de alcançar um “mercado equilibrado” está “mais perto”.

O comité da OPEP+, copresidido pela Arábia Saudita e Rússia, realiza na quarta-feira uma reunião por videoconferência para avaliar as condições de mercado e decidir a política de cortes a seguir.

Se nada for alterado, a redução vigente será moderada para 7,7 milhões de barris diários entre agosto e dezembro e 5,8 milhões entre janeiro de 2021 e abril de 2022.

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BCP sobe mais de 3% e impulsiona Lisboa. EDP trava ganhos

A bolsa nacional acompanhou a tendência positiva sentida na Europa, apesar de registar valorizações menos expressivas. A EDP travou os ganhos, no dia em que se soube que irá ser constituída arguida.

A bolsa de Lisboa registou ganhos ligeiros na primeira sessão da semana, num dia em que as principais praças europeias valorizaram mais de 1%. Enquanto o BCP impulsionou o índice nacional, ao subir mais de 3%, a energia travou ganhos mais expressivos, depois de desenvolvimentos no caso das rendas excessivas.

O índice de referência nacional, o PSI-20, subiu 0,18% para os 4.472,830 pontos. Das 18 cotadas, onze fecharam em “terreno” verde, três ficaram inalteradas e quatro registaram perdas. Pela Europa, o dia foi de ganhos, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a registar uma valorização de 1,06%. O francês CAC 40 avançou 1,81%, o espanhol IBEX 35 somou 1,26% e o alemão DAX subiu 1,38%.

Nos ganhos, destaque para o BCP, que avançou 3,14% para os 0,1984 euros. Nota também para as retalhistas Sonae e Jerónimo Martins, que somaram, respetivamente, 1,48% e 1,25% nesta sessão. Em “terreno” verde encontra-se ainda o setor da pasta e do papel, com a Navigator a valorizar 0,92% para os 2,19 euros.

BCP acelera 3% em bolsa

Já o setor energético sobressai nas perdas. Os títulos da EDP recuaram 2,47% para os 4,42 euros, depois de ser conhecido que a elétrica também irá ser constituída arguida no caso das rendas excessivas. Assim, o processo passará a contar com sete arguidos, incluindo António Mexia e Manso Neto. A EDP Renováveis caiu também, 0,29% para os 13,70 euros, enquanto a REN perdeu 0,20% para os 2,50 euros.

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Benfica capta 50 milhões de euros junto de 3.688 “adeptos”

Obrigações do clube foram compradas por investidores institucionais e de retalho, numa operação em que a procura ficou próxima de 70 milhões de euros. Encaixe vai servir para reforçar o plantel.

O Benfica emitiu 50 milhões de euros em obrigações a três anos, junto de 3.688 investidores institucionais e de retalho. A forte procura por nova dívida da linha “Benfica SAD 2020-2023” levou o clube encarnado a rever em alta o montante inicial que previa angariar. O encaixe financeiro será usado para reduzir a dependência da banca e para reforçar o investimento na equipa de futebol.

A procura por dívida atingiu 69,5 milhões de euros, acima do total emitido, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela Euronext. Aliás, logo no primeiro dia da oferta, o Benfica já tinha conseguido o total que previa colocar e veio, por isso, a rever em alta o montante.

“Esses investidores são, na maioria dos casos, pessoas que têm investido com regularidade”, disse o CEO do Grupo Benfica, Domingos Soares de Oliveira. A SAD financia-se no mercado de capitais há 17 anos. “O facto de termos ultrapassado logo no primeiro dia [o montante inicial da oferta] demonstra que estas pessoas continuam a confiar“, afirmou

O diretor financeiro apontou também para o “momento absolutamente único” causado pela pandemia. “A situação económica que vivemos hoje não é o momento ideal, mas sentimos que era o timing certo para avançar”, sublinhou.

A colocação acontece numa altura de stress e “demonstra o interesse dos investidores nacionais” por ativos portugueses, bem como que “o financiamento em mercado de capitais reforça a sustentabilidade financeira das empresas”, em momentos de crise, concordou a head of listing da Euronext Lisbon, Filipa Franco.

Procura foi 1,4 vezes superior à oferta

Fonte: Euronext Lisbon

A grande maioria (63,1%) dos investidores subscreveu até 5.000 euros, enquanto 3,5% ficou com mais de 50 mil euros, mostram os dados finais da operação. Cada obrigação foi emitida a valer cinco euros, sendo que o mínimo de subscrição era de 1.500 euros.

A liquidação e admissão à negociação acontecem na próxima quarta-feira, dia 15 de julho. Até atingir a maturidade a 17 de julho de 2023, estas obrigações vão render aos investidores um juro bruto de 4%.

“Podemos fazer investimentos adicionais para conseguir sucesso desportivo”

Com a revisão em alta do total da emissão, também aumentou o encaixe financeiro que o clube vai ter com a operação. Aos 50 milhões de euros são deduzidos 1,352 milhões de euros para comissões de organização e coordenação global, de colocação e respetivos impostos, bem como 210 mil euros para consultores, auditores e publicidade e outros 38,2 mil euros para custos com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a bolsa.

Ficam assim 48,4 milhões de euros que o clube vai usar para reforçar a equipa nos próximos anos. Domingos Soares de Oliveira referiu que o Benfica fica com uma “folga adicional” para “fazer investimentos adicionais para conseguir sucesso desportivo nas próximas épocas”.

O responsável do clube negou que se estivesse a referir à contratação do treinador Jorge Jesus — “Não confirmo contacto direto com o treinador Jorge Jesus”, disse –, mas falou num reforço do plantel. “Os nossos montantes de investimento nos últimos anos foram sempre robustos. Permite-nos enfrentar a próxima época de maneira tranquila”, rematou.

A pandemia terá um impacto entre 20 e 25 milhões de euros nas contas do clube este ano, sendo que, só em bilhetes, o Benfica perde um milhão de euros por cada jogo à porta fechada. A este montante acrescem merchandising ou negócios de jogadores.

Ainda assim, o CEO acredita que “é expectável que o mercado [de transferências de jogadores] se anime nos próximos meses” e garantiu: “não vamos entrar em processos de vendas com saldos”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h30)

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70% das despesas do Presidente da República foram com pessoal

No ano passado, a execução orçamental da despesa da Presidência da República fixou-se em 92%. O Tribunal de Contas deu parecer favorável às contas da Presidência.

Em que gasta mais dinheiro a Presidência da República? Mais de dois terços da despesa de Marcelo Rebelo de Sousa foram destinados a gastos com pessoal, de acordo com o Parecer e Relatório de Auditoria sobre a Conta da Presidência da República 2019, divulgado esta segunda-feira pelo Tribunal de Contas (TdC), que valida as contas.

A rubrica de despesas com pessoal totalizou, no ano passado, “cerca de 11,1 milhões de euros, 70% do total da despesa”, sinaliza o Tribunal de Contas. Em 2019, a despesa totalizou os 15,8 milhões de euros, “situando-se a execução orçamental em 92%”, acrescenta a entidade. Os gastos caíram 2%, face ao ano anterior, devido principalmente a quebras na “aquisição de bens e serviços” e na “aquisição de bens de capital”.

Quanto às receitas, estas fixaram-se nos 17,1 milhões de euros, em 2019, tendo aumentado 0,35% face ao ano anterior. O Orçamento do Estado foi a principal fonte de financiamento, seguindo-se as receitas próprias, o financiamento da União Europeia e o saldo da gerência anterior.

A entidade deu luz verde às contas da Presidência, apontando que, “com base na auditoria financeira realizada, o juízo do Tribunal de Contas é favorável”. Quanto às recomendações anteriores, oito no total, considerou que tinham sido “acolhidas” seis delas e “parcialmente acolhidas” duas. Estas duas dizem respeito à revisão do Protocolo de Colaboração com o Município de Cascais e à “agregação num inventário único da totalidade dos bens”.

O TdC deixa ainda três recomendações à Presidência, duas delas relativas aquelas anteriores que apenas tinham sido parcialmente completadas. A terceira é “prosseguir a revisão/atualização do Regulamento do Sistema de Controlo Interno e o desenvolvimento do subsistema da contabilidade de gestão, adaptados ao quadro legal correspondente ao SNC-AP [Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas]”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h25)

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Imunidade por anticorpos pode desaparecer em poucos meses, diz estudo

  • Lusa
  • 13 Julho 2020

Imunidade adquirida por anticorpos após a cura de Covid-19 pode desaparecer em alguns meses, o que implica a criação de uma vacina eficaz a longo prazo, diz a universidade de Leeds, no Reino Unido.

A imunidade adquirida por anticorpos após a cura de Covid-19 pode desaparecer em alguns meses, o que poderá complicar o desenvolvimento de uma vacina eficaz a longo prazo, sugere um estudo britânico divulgado esta segunda-feira.

“Este trabalho confirma que as respostas de anticorpos protetores em pessoas infetadas com SARS-CoV-2 (…) parecem decair rapidamente”, disse hoje Stephen Griffin, professor associado da escola de medicina da universidade de Leeds (Reino Unido).

De acordo com o especialista, “as vacinas em desenvolvimento devem gerar proteção mais forte e mais durável contra infeções naturais ou ser administradas regularmente”.

“Se a infeção fornecer níveis de anticorpos que caem em dois a três meses, a vacina potencialmente fará o mesmo” e “uma única injeção pode não ser suficiente”, afirmou ao jornal Guardian Katie Doores, autora do estudo.

O estudo, realizado por investigadores da universidade britânica King’s College London, ainda não foi validado pelo escrutínio de outros investigadores não envolvidos.

Os investigadores estudaram a resposta imunológica em mais de 90 casos confirmados (incluindo 65 por testes virológicos) e que demonstram que os níveis de anticorpos neutralizantes, capazes de destruir o SARS-CoV-2, o coronavírus que provoca a doença Covid-19, atingem o pico médio em torno de três semanas após o início dos sintomas, depois declinam rapidamente.

Segundo os exames de sangue, mesmo doentes com sintomas leves tiveram uma resposta imune ao vírus, mas geralmente menos do que nas formas mais graves.

Apenas 16,7% dos pacientes ainda apresentavam altos níveis de anticorpos neutralizantes 65 dias após o início dos sintomas, indica o estudo, que levanta dúvidas sobre a questão da imunidade coletiva, assente na ideia de que após uma alta percentagem da população ser infetada, a imunidade generalizada seria uma forma de erradicar a pandemia.

Especialistas apontam, no entanto, que a imunidade não se baseia apenas em anticorpos, o corpo também produz células imunes (B e T) que desempenham um papel na defesa da doença.

“Mesmo que não tenha anticorpos circulantes detetáveis, isso não significa necessariamente que não tem alguma forma de proteção, porque provavelmente possui células de memória imune que podem rapidamente entrar em ação para iniciar uma nova resposta imune se contrair o vírus novamente”, argumenta o professor de imunologia viral Mala Maini, consultor da University College London.

Até que mais informações sejam recolhidas, “mesmo aqueles com um teste de anticorpos positivo – especialmente aqueles que não conseguem explicar onde podem ter sido expostos – devem continuar a ter cautela, distanciamento social e uso de uma máscara apropriada”, adverte James Gill, professor clínico honorário da Warwick Medical School.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 569 mil mortos e infetou mais de 12,92 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.662 pessoas das 46.818 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Patrão da Tesla já é mais rico que Warren Buffett

A fortuna do CEO da Tesla ultrapassou a de guru de Wall Street, numa altura em que as ações da fabricante de carros elétricos atingem máximos em Wall Street.

A riqueza do fundador da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, ultrapassou a de Warren Buffett, conhecido como o “Oráculo de Omaha”, por causa das suas previsões certeiras nos negócios. Musk é agora a sétima pessoa mais rica do mundo, de acordo com o índice de multimilionários da Bloomberg, numa altura em que as ações da fabricante de automóveis elétricos têm vindo a valorizar.

A fortuna de Musk aumentou 6,1 mil milhões de dólares na passada sexta-feira, para 70,5 mil milhões, depois de os títulos da Tesla terem valorizado 11% para um máximo histórico, nota a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Esta segunda-feira, a tendência manteve-se e as ações continuam a dar ganhos ao fundador. Por outro lado, o património líquido de Buffett caiu no início dessa semana, graças a uma doação de 2,9 mil milhões em ações da Berkshire Hathaway para instituições de caridade.

Além de Buffet, Musk ultrapassou também Larry Ellison, cofundador e diretor executivo da empresa de tecnologia e informática Oracle e Sergey Brin, presidente da Alphabet e cofundador da Google, que tinha também já superado o “Oráculo de Omaha”, segundo o índice compilado pela Bloomberg.

Musk detém cerca de um quinto das ações da Tesla, que correspondem à maior fatia da sua riqueza atual, sendo o resto maioritariamente composto pela participação na SpaceX. Os títulos da fabricante de carros elétricos já subiram 269% este ano, tendência que se está a manter. Na abertura da sessão em Wall Street, sobem 13,35% para 1.748,74 dólares.

Ações da Tesla dispararam 270% este ano

Fonte: Reuters

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Compras online com cartão? Deve atualizar dados no banco até agosto

A partir do início de 2021, todos os bancos e prestadores de serviços de pagamentos vão passar a a ter de exigir a “autenticação forte” aos clientes para estes poderem fazer compras online com cartão.

As compras online com cartão vão passar a ser mais seguras a partir do início de 2021, ocasião em que todos os bancos e prestadores de serviços de pagamentos vão passar a a ter de exigir a “autenticação forte” por parte dos clientes. Mas para poderem continuar a fazer compras online com cartões a partir dessa data, o Banco de Portugal (BdP) recomenda aos clientes bancários que atualizem os deus dados junto do banco até agosto. Indica ainda que devem aderir às soluções de autenticação forte, idealmente até ao final de outubro.

Estas recomendações surgem num comunicado em que a instituição liderada por Carlos Costa se debruça sobre o plano nacional de migração para a autenticação forte do cliente no comércio eletrónico com cartão que foi divulgado esta segunda-feira.

“Este plano sistematiza as ações a desenvolver pelos bancos/prestadores de serviços de pagamento (emissores e adquirentes), comerciantes e consumidores, para que as regras de autenticação forte do cliente sejam aplicadas aos pagamentos com cartão no comércio eletrónico a partir de 31 de dezembro de 2020″, enquadra o regulador da banca.

Ao abrigo das novas regras de segurança nos pagamentos, “os intervenientes de mercado que não adotem as soluções de autenticação forte do cliente até 31 de dezembro de 2020 poderão ver-se impedidos de efetuar ou receber pagamentos com cartão em comércio eletrónico a partir daquela data“, alerta o regulador a esse propósito.

No caso específico dos consumidores, o BdP indica que o “Fórum para os Sistemas de Pagamentos alerta para a importância de estes atualizarem, até agosto, os seus contactos junto do respetivo banco/prestador de serviços de pagamento, nomeadamente o número de telemóvel”, já que esta será a ferramenta privilegiada na prossecução das regras de autenticação forte. Este fórum, recomenda ainda aos clientes bancários que, “idealmente até ao final de outubro, adiram à solução de autenticação forte disponibilizada pelo respetivo banco/prestador de serviços de pagamento”.

Recorde-se que as novas regras para a autenticação forte do cliente entraram em vigor em 14 de setembro de 2019, sendo que no caso específico das transações de comércio eletrónico realizadas com cartão foi dado mais tempo para a transição pera essa nova forma de autenticação. “A Autoridade Bancária Europeia, reconhecendo que os mercados nacionais não se encontravam preparados para a aplicação plena dos novos requisitos nesta data, permitiu que as autoridades competentes nacionais flexibilizassem, até 31 de dezembro de 2020, a supervisão dos novos requisitos de autenticação forte do cliente nas operações de comércio eletrónico com cartão”, recorda o regulador da banca.

Com a aproximação dessa data, o Fórum para os Sistemas de Pagamentos, organismo consultivo do BdP vem agora relembrar aos clientes bancários a aproximação dessa data e a necessidade de se prepararem para a nova forma de fazer pagamentos que entra em pleno em vigor no arranque do próximo ano.

De recordar que o reforço do mecanismo de autenticação obriga os prestadores de serviços de pagamento a pedirem aos utilizadores pelo menos dois elementos que provem a sua identidade. Os elementos pedidos têm de pertencer às três categorias de autenticação forte do cliente (conhecimento, posse e inerência), caso de palavra-passe, código enviado por SMS para o telemóvel ou impressão digital.

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BES: MP e BdP pedem manutenção de coima a Salgado no processo da compra de ações da ESFG

  • Lusa
  • 13 Julho 2020

Já a defesa de Ricardo Salgado pediu a absolvição, sublinhando que, nas suas alegações, tanto o MP como o BdP reconheceram que a acusação está “coxa”.

O Ministério Público e o Banco de Portugal pediram esta segunda-feira ao Tribunal da Concorrência que mantenha a coima de 75.000 euros aplicada ao ex-presidente do BES no processo da compra de ações da ESFG pelo Grupo Alves Ribeiro.

Nas alegações finais do processo em que o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, julga o pedido de impugnação da coima aplicada pelo Banco de Portugal (BdP) apresentado por Ricardo Salgado, tanto o supervisor como o Ministério Público (MP) consideraram ter ficado provada a responsabilidade dolosa do antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) na violação das normas que obrigavam a desconsiderar do cômputo de fundos próprios da Espírito Santo Financial Group (ESFG), em base consolidada, as ações adquiridas pelas ‘holdings’ do Grupo Alves Ribeiro (GAR) aquando do aumento de capital de 2012.

Já a defesa de Ricardo Salgado pediu a absolvição, sublinhando que, nas suas alegações, tanto o MP como o BdP reconheceram que a acusação está “coxa”, ao admitirem ser difícil identificar os factos concretos que correspondem a cada uma das quatro infrações imputadas ao arguido.

Adriano Squilacce afirmou que a decisão administrativa apenas contém uma “imputação genérica” relativa à alegada intervenção de Ricardo Salgado na operação de compra de ações da ESFG, sublinhando que o então presidente do BES não tinha qualquer função executiva no grupo que tinha sede no Luxemburgo.

O advogado de Salgado lamentou que o Novo Banco não tenha respondido aos vários pedidos feitos para que entregasse ao tribunal os documentos que comprovam quem aprovou os financiamentos concedidos às holdings do GAR para que estas adquirissem as ações da ESFG.

Squilacce afirmou igualmente que o ex-presidente do BES não teve qualquer intervenção na desconsideração das ações adquiridas por clientes que estavam identificados por códigos, sublinhando que o impacto destas e das do GAR no rácio de capital da ESFG era “praticamente nulo”, o que, alegou, demonstra que não havia qualquer motivação para violar a determinação do BdP.

O advogado do BdP João Raposo reafirmou a convicção de culpa de Ricardo Salgado, por ser o “gestor omnipresente” do grupo e por ter tido um “papel determinante na conceção e execução” da operação que levou ao financiamento do GAR pelo BES, em 50 milhões de euros, para aquisição de ações da ESFG em 2012.

Considerando que Salgado agiu de forma “livre, consciente e deliberada”, o mandatário do supervisor manteve a convicção de que o ex-presidente do BES atuou com “dolo direto”, pois conhecia o quadro normativo a que estava obrigado “e decidiu deliberadamente não o seguir”.

Antes, o procurador do MP Manuel Pelicano concluiu igualmente pela existência de um “juízo de culpa”, afirmando que Ricardo Salgado “não se pode queixar” do valor da coima única aplicada (75.000 euros), já que o limite máximo de cada uma das infrações é substancialmente superior, e lamentou a “falta de humildade” do arguido no depoimento que prestou ao tribunal na primeira sessão do julgamento, em novembro último.

A juíza Vanda Miguel indeferiu um requerimento apresentado por Adriano Squilacce que pedia a audição presencial de Ricardo Salgado, para declarações finais, a ter lugar no termo das medidas de contingência impostas pela covid-19, já que integra um grupo de risco, pretensão que mereceu a oposição tanto do MP como do BdP.

No seu despacho, a juíza afirmou que o tribunal cumpre todas as medidas de segurança da Direção-Geral da Saúde que permitem ao arguido depor, sublinhando não ser aceitável a suspensão dos autos indefinidamente, tanto mais que a defesa expôs nos autos a tese da não suspensão dos prazos para prescrição durante as medidas impostas pela pandemia.

O processo teve inicialmente um outro arguido, o ex-administrador da ESFG José Castella, que havia sido condenado a uma coima única de 50.000 euros, mas cujo pedido de impugnação foi dado como extinto devido à sua morte no passado mês de fevereiro.

A leitura da sentença está marcada para a próxima quinta-feira.

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