Bancos lucram 2,4 milhões de euros por dia em 2019

Novo Banco voltou a apresentar prejuízos acima dos mil milhões. CGD foi quem mais lucrou: 776 milhões. 2019 foi ano para limpeza de balanço e redução de atividade.

Os cinco principais bancos em Portugal lucraram 2,4 milhões de euros por dia em 2019, num ano em que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) viu os resultados dispararem com a venda de operações internacionais e o Novo Banco voltou a registar prejuízos acima dos mil milhões de euros. À exceção dos “espanhóis” Santander e BPI, o ano passado serviu sobretudo para limpar o banco.

No seu conjunto, CGD, BCP, Santander, BPI e Novo Banco tiveram lucros 874 milhões de euros, uma subida de 130% face a 2018. Mas este desempenho foi fortemente influenciado pelas contas do Novo Banco. Esta sexta-feira, António Ramalho anunciou prejuízos de 1.058,8 milhões de euros, impacto pela reestruturação e limpeza do legado do BES. Sem o Novo Banco, os quatros grandes bancos do sistema registaram lucros de 1.933 milhões de euros, o que representa uma subida de 8% em relação ao ano anterior.

Há fatores específicos que explicam os resultados de cada instituição. Por exemplo, o banco público viu o lucro disparar 57% para 776 milhões de euros no ano passado. Foi o melhor resultado em 12 anos para a CGD, à boleia sobretudo da venda dos bancos em Espanha e África do Sul. Por outro lado, o resultado líquido do BPI caiu 33% para 328 milhões de euros, explicado também por fatores não recorrentes — em 2018, tinha registado um lucro de 491 milhões por causa da venda do negócio de cartões e da posição na Super Bock (Viacer).

Com o Banco Central Europeu (BCE) a pressionar o negócio bancário, a margem financeira (diferença entre juros cobrados e os juros pagos) subiu quase 4% para 1.500 milhões de euros, com o BCP (8,7%) e o Novo Banco (19%) a registarem subidas expressivas. As comissões líquidas também subiram à volta de 2%. É um tema que tem preocupado o Parlamento, que se prepara para aplicar um travão às intenções dos bancos. As receitas líquidas com comissionamento ascenderam a 2.156,4 milhões de euros.

Os bancos estão contra a iniciativa legislativa que visa impor restrições na política de comissões bancárias. Sobre este assunto, Miguel Maya, presidente do BCP, lembrou que quando vamos ao restaurante, se nos oferecem o prato com entradas, sabemos que vamos pagar depois no prato principal ou na sobremesa, isto para lembrar que se há um serviço, ele tem de ser pago. António Ramalho (Novo Banco) diz que “de boas intenções está o inferno cheio” e alertou para a redução da qualidade do serviço.

No lado do balanço, o crédito a clientes decresceu no conjunto dos cinco bancos 0,6%, com o stock a quase estabilizar nos 194 mil milhões de euros. Os depósitos subiram 5% para 211,5 mil milhões de euros. O BCP, com a aquisição do EuroBank na Polónia, desempenhou um papel relevante: impediu a quebra maior nos empréstimos (que continua a ser pressionado sobretudo pelas vendas de carteira de malparado no setor) e contribuiu para o aumento dos depósitos.

No que diz respeito à qualidade dos ativos, 2019 foi ano de limpezas de balanços, em cumprimento das exigências dos reguladores. A CGD baixou o rácio de ativos não produtivos (NPE) de 6,7% para 3,9%, enquanto o BCP reduziu o rácio NPE de 7,6% para 5,3%. Os rácios mais baixos são do BPI (2,5%) e Santander (3,3). No Novo Banco, o rácio de NPL (crédito malparado) caiu para metade, baixando de 22,8% para 11,2%.

Além disso, os bancos voltaram a ficar mais pequenos em termos de agências e trabalhadores: foram eliminados 919 postos de trabalho e 95 balcões naquilo que é a atividade doméstica dos bancos. O BCP foi a exceção: registou a entrada de 109 novos colaboradores.

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Multicare prepara hot line para prevenir Covid-19

  • ECO Seguros
  • 28 Fevereiro 2020

O Grupo Fidelidade vai complementar o SNS, adaptando a sua plataforma disponível 24 horas por dia para esclarecer os seus clientes sobre coronavirus e encaminhá-los corretamente.

A Multicare, seguradora de saúde do grupo Fidelidade, está a informar que em complemento ao serviço telefónico SNS 24 (808 24 24 24) e digital do Serviço Nacional de Saúde, os clientes podem aceder à sua plataforma “Medicina Online” para esclarecimento de dúvidas relativas à prevenção do surto viral, Covid-19.

O Grupo Fidelidade acentua que este apoio é complementar às medidas e recomendações da Direção-Geral de Saúde, e que decidiu disponibilizar a sua plataforma “Medicina Online”, da Multicare para contribuir para a prevenção e potencial combate ao coronavírus Covid-19.

Esta plataforma está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, através do 808782424 ou do 215 556 073, quer se ligue de Portugal ou do estrangeiro, para todos os clientes da Multicare, que podem desta forma fazer uma consulta médica através do telefone, ou usando a vídeo-consulta. Poderão consultar médicos de Medicina Geral e Familiar disponíveis para fazerem uma avaliação clínica e dar todos os aconselhamentos necessários, respondendo a perguntas e tirando dúvidas relativas, quer às formas de prevenção, quer ao despiste de uma potencial infeção.

O serviço de Vídeo-Consulta está disponível através da App Medicina Online da Multicare, que pode ser instalada através da plataforma App Store para telefones com sistema operativo IOS e da plataforma PlayStore para telefones com sistema operativo Android. Após a instalação da aplicação estará disponível o agendamento da Vídeo-Consulta. Este serviço é gratuito.

De acordo com o protocolo estabelecido pela Direção-Geral de Saúde, os casos considerados suspeitos serão posteriormente redirecionados para a linha de apoio SNS 24.

A Fidelidade e a Multicare afirmam que “acompanharão escrupulosamente todas as indicações emitidas pela Direção-Geral de Saúde sobre esta matéria, adaptando continuamente os procedimentos de acordo com o evoluir da situação”.

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Coronavírus arrasa Wall Street. É a pior semana desde 2008

O S&P 500 desvalorizou pela sétima sessão consecutiva, tendo registado a maior queda semanal desde a crise financeira de 2008. Coronavírus assusta investidores.

Pela sétima sessão consecutiva, os mercados norte-americanos encerraram as negociações em terreno negativo. A rápida propagação do coronavírus e as consequências dessa epidemia na economia mundial continuam a preocupar os investidores e levaram Wall Street a registar a pior semana desde a crise financeira de 2008, de acordo com a Reuters.

Na sessão desta sexta-feira, o S&P 500 caiu 1,57% para 2.931,95 pontos. É preciso recuar até outubro de 2008, no pico da crise financeira, para encontrar uma semana mais negra (no que diz respeito à queda percentual) nas bolsas do que esta que agora termina.

E depois de ter registado a pior queda de sempre (em pontos), o industrial Dow Jones desvalorizou 2,05% para 25.238,74 pontos, esta sexta-feira. No vermelho, ficou também o tecnológico Nasdaq, que recuou 0,6% para 8.515,07 pontos. Para estes dois índices, esta também foi a pior semana deste outubro de 2008.

Os receios de que o coronavírus esteja perto de ser tornar uma pandemia está a assustar os investidores e a pressionar os mercados de todo o mundo. E apesar de Donald Trump ter garantido que o risco é “muito baixo” nos Estados Unidos, duas fontes citadas pela Reuters indicam que a Casa Branca está a ponderar forçar a expansão da produção de máscaras protetoras para ajudar na “luta” contra este vírus.

Esta quinta-feira, o presidente da Reserva Federal norte-americana adiantou, além disso, que o banco central irá agir “de forma apropriada” para apoiar a economia face aos riscos resultantes da epidemia de coronavírus. Ainda assim, Jerom Powell deixou claro que, por agora, a economia mantém a sua “boa forma”. “Os fundamentos da economia dos Estados Unidos continuam fortes“, disse, acrescentando que os riscos decorrentes do surto em causa serão monitorizados pela Fed.

“A incerteza que paira sobre os mercados só será aliviada quando chegar o sentimento de que o pior já passou“, explica o analista Quincy Krosby, da Prudential Financial Inc, citado pela Reuters.

Na sessão desta sexta-feira, destaque para a farmacêutica Mylan, cujos títulos caíram 7,98% para 17,19 dólares face ao coronavírus.

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Pharol passa de prejuízo a lucro. Ganhou 20,7 milhões em 2019

No último ano, a Pharol registou lucros de 20,7 milhões de euros à boleia, sobretudo, do que recebeu pelo acordo com a Oi.

Depois de ter registado perdas de 5,6 milhões de euros em 2018, a Pharol conseguiu melhorar o seu resultado líquido e arrecadar lucros, no último ano. Em 2019, a empresa registou um ganho de 20,7 milhões de euros, segundo indicou no comunicado enviado, esta sexta-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo sublinha a Pharol, este resultado positivo reflete, por um lado, “o ganho em empresas no montante de 35,7 milhões de euros relativo ao ressarcimento de danos no âmbito do acordo entre a Oi e a Bratel Sarl“.

Por outro, este resultado também espelha a perda de 11,6 milhões de euros decorrente da “redução do valor expectável de recuperação dos créditos sobre a Rio Forte”, bem como os 1,4 milhões de euros e 1,6 milhões de euros despendidos com fornecimentos e serviços externos e custos com pessoal, respetivamente.

No que diz respeito aos capitais próprios, a Pharol adianta que foi registado um recuo de 14,7 milhões de euros de 146,2 milhões de euros em 2018 para 131,5 milhões de euros, em resultado do resultado líquido positivo e da desvalorização da participação da Oi em 33,3 milhões de euros decorrente da desvalorização do Real e da queda da cotação da brasileira em bolsa.

E nos custos operacionais recorrentes, o recuo foi de 22%, em termos homólogos, para 4,2 milhões de euros. A empresa frisa que foi “possível manter a disciplina da contenção de custos e beneficiar de uma redução significativa na aquisição de serviços jurídicos relacionados com a posição no Brasil”.

No comunicado divulgado esta sexta-feira, o presidente da empresa salienta que a Oi — o principal ativo da Pharol — foi influenciada, em 2019, por uma “série de fatores externos e internos tendencialmente positivos”. Entre esses fatores, é apontada a renovação da conjuntura política e consequente recuperação nas áreas económicas.

“Internamente, a Oi concluiu um ambicioso programa de aumento de capital, chegou a acordo com a Pharol para abandono mútuo de diversos litígios e contingências em aberto, viu reconhecido pelo mercado um Plano Estratégico assente nas suas maiores capacidades e competências, rejuvenesceu a sua equipa dirigente e iniciou um processo de venda de ativos non-core, com realce para a da participação na Unitel, terminada já em 2020″, salienta-se.

Luís Palha da Silva frisa ainda, no que diz respeito à recuperação do crédito sobre a Rio Forte, que se registou uma “lentidão inultrapassável nas diferentes instâncias”.

“Durante o ano, a Pharol observou uma estrita disciplina de custos operacionais, com especial incidência nas despesas com pessoal e com serviços jurídicos, política essa que continuará a ser, em 2020 uma das nossas principais prioridades“, remata o presidente da Pharol.

(Notícia atualizada às 21h50)

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Centeno convoca ministros das Finanças da UE para discutir impacto do coronavírus

O presidente do Eurogrupo decidiu organizar uma conference call a 4 de março com os ministros das Finanças da União Europeia para coordenar uma resposta comunitária à epidemia do covid-19.

Para coordenar as respostas nacionais perante os desenvolvimentos do coronavírus, que já matou 2.858 pessoas, e infetou mais de 83 mil, Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo, decidiu organizar uma conference call a 4 de março com os ministros das Finanças da União Europeia.

A reunião vai contar com a presença dos ministros das Finanças não só da área do euro, mas também de Estados-membros que não adotaram a moeda única. O objetivo é não só fazer um ponto de situação dos desenvolvimentos recentes, mas também coordenar as respostas nacionais perante a epidemia do covid-19 que, só em Itália, já matou 21 pessoas, explicou Mário Centeno numa mensagem publicada nas redes sociais.

Em entrevista à Reuters, Centeno reconheceu que o coronavírus é um risco negativo para a economia, mas frisou que se trata de um “choque temporário” para a economia da zona euro. “Estamos prontos para agir se se tornar um evento menos temporário”, disse Centeno, explicando que está em contacto com os pares, avaliando a situação em permanência, uma avaliação que levou o presidente do Eurogrupo a convocar esta conference call.

Para já a principal preocupação a médio prazo é Itália, que já pediu a Bruxelas para que as regras do Pacto de Estabilidade sejam flexibilizadas para permitir que o Estado possa aumentar a despesa pública para fazer face ao combate do vírus. Esta era uma abertura que a Comissão já tinha demonstrado não para a Roma, mas para todos os Estados que viessem a necessitar.

Os impactos do covid-19 têm-se multiplicado não só ao nível dos mercados que vivem a pior semana desde outubro de 2008, mas também das empresas e da economia que não tardará em refletir o abrandamento de alguns setores, como é o caso do turismo. Sobre a mesa estão em análise “medidas setoriais”, por exemplo, se o setor do turismo for afetado nas férias da Páscoa, para além da inexistência das deslocações de chineses para a Europa nos últimos dois meses. Para já, alguns hotéis já denunciam cancelamentos, mas as companhias aéreas são as mais afetadas.

(Notícia atualizada)

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Cerveja Corona é vítima colateral do coronavírus

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2020

Um estudo recente indica que 38% dos norte-americanos não consumiriam em situação alguma cerveja da marca Corona. Porquê? Por causa da semelhança do nome ao coronavírus.

A cerveja Corona também está a sofrer com a propagação do novo coronavírus. De acordo com a CBS News, muitos têm sido os internautas a pesquisar, nas últimas semanas, sobre a relação entre a marca mexicana e a epidemia, e já 38% dos norte-americanos dizem que não consumiriam cerveja Corona “em nenhuma circunstância” face à semelhança do nome do vírus e da epidemia.

Com a propagação do coronavírus, muitos têm sido as empresas e negócios afetados, mas a mexicana Corona destaca-se. É que, neste caso, não está a ser afetada a cadeia de produção, mas as vendas, que têm recuado face à parecença entre o nome do vírus e da cerveja.

Nas semanas recentes, o número de pesquisas por “cerveja corona vírus” e “cerveja coronavírus” disparou, o que sugere que os internautas estão, de certa forma a ligar a bebida em causa à epidemia, adianta a CBS News.

Além disso, 38% dos norte-americanos que bebem cerveja já dizem que não consumiriam as bebidas da Corona “em nenhum circunstância”. Ainda assim, entre os clientes habituais da marca em questão, apenas 4% dizem estar a evitá-la.

A AB InBev, o grupo dono da Corona, estima que a epidemia já fez perder 260 milhões de euros em vendas, nos primeiros dois meses do ano. E na quinta-feira, o grupo anunciou que prevê “uma quebra de cerca de 10% no resultado operacional”, nos primeiros três meses de 2020.

Até ao momento, o coronavírus já provocou a morte de 2.858 pessoas, estando mais de 83 mil pessoas infetadas. Portugal continua, ainda assim, sem nenhum caso confirmado.

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Mais de 30% de passageiros cancelam voos para Milão

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

O surto de coronavírus levou mais de 30% dos passageiros a cancelar os voos marcados para Milão, na Lombardia, região mais afetada por esta epidemia.

Mais de 30% de passageiros cancelaram, nos últimos três dias, os seus bilhetes de avião para viajar para a cidade italiana de Milão, na região da Lombardia, a mais afetada pelo coronavírus.

“Tivemos 32,5% de cancelamentos nos últimos três dias“, disseram à EFE fontes da empresa que administra os aeroportos de Milão-Linate e Milão Malpensa.

Milão, considerada a capital financeira de Itália, está a sofrer as consequências do medo da disseminação do coronavírus, que teve origem na China e causou 21 mortes na Itália, segundo os últimos dados oficiais da Proteção Civil.

O Aeroporto Internacional Orio al Serio, em Bérgamo (Lombardia), também declarou que sofreu 30% de cancelamentos na última semana.

A Aeroporti di Roma SpA (ADR), controlada pela concessionária Atlantia e responsável pela administração dos aeroportos da capital italiana, explicou à EFE, apesar de estar ainda a recolher dados, que até ao momento conta já com menos 50.000 passageiros na região no último mês.

Itália é o país europeu mais afetado pelo coronavírus, especialmente as regiões do norte, e os aviões voam cada vez mais vazios, pelo que as empresas estão a reduzir os voos ou até cancelar certas rotas.

A associação italiana que representa os aeroportos do país (Assaeroporti) pediu calma e, em comunicado, afirmou que os responsáveis pelos aeroportos estão a gerir a situação atual com a máxima atenção.

A companhia aérea italiana Alitalia, em processo de falência desde maio de 2017, anunciou esta sexta-feira que cancelou 38 ligações nacionais e internacionais devido à menor procura.

Também a britânica easyJet informou que irá suspender voos para Itália devido à baixa procura e o International Airlines Group (IAG) avançou que não descarta fechar rotas para Itália se a crise se complicar.

Por sua vez, a Brussels Airlines reduziu os voos em 30% para destinos como Milão, Roma e Veneza até 14 de março, enquanto a Bulgaria Air suspendeu voos de e para Milão até 27 de março.

A companhia aérea húngara de baixo custo Wizz Air anunciou na quinta-feira que irá reduzir o número de voos da Bulgária para Itália até 11 de março e a Lufthansa e a Air France-Klm já estão também a sofrer o impacto de cancelamentos no mercado italiano.

Nos Estados Unidos, a Delta Air Lines explica no site oficial que os passageiros que compraram voos para Itália até 15 de março e desejem mudar o seu destino podem fazê-lo gratuitamente.

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Da moda ao futebol, até ao Salão Automóvel de Genebra. Coronavírus fecha portas aos grandes eventos

Eventos desportivos, semanas de moda, salões de automóveis, mobiliário e imobiliário, congressos de tecnologia e até eventos políticos estão a ser cancelados, adiados ou condicionados.

Os receios quanto à propagação do novo coronavírus — reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Covid-19 –, têm-se alastrado um pouco por todo o mundo. Embora a OMS insista que ainda não se pode falar em pandemia, os sinais de alerta fazem-se soar, com as autoridades de saúde a emitirem recomendações, os mercados a afundar, empresas a prepararem planos de contingência e grandes eventos a serem cancelados.

Eventos desportivos, semanas de moda, salões de automóveis, mobiliário e imobiliário, congressos de tecnologia até encontros políticos estão a ser cancelados, adiados ou condicionados pelos receios de contágio por um vírus que já fez milhares de vítimas em vários países, sendo a China, onde surgiu, o país com mais mortes registas.

Além dos eventos que já foram cancelados ou adiados, há ainda outros que continuam agendados, mas em que persistem dúvidas de que venham a acontecer, como os Jogos Olímpicos de Tóquio ou o Campeonato Europeu de Futebol.

Mobile World Congress

Foi dos primeiros eventos de grande escala a serem cancelados devido à ameaça do coronavírus. A grande feira de Barcelona dedicada à tecnologia do setor de telecomunicações móveis realiza-se há 33 anos e deveria decorrer entre 23 e 27 de fevereiro, mas após várias empresas terem desistido de participar, acabou por ser decidido o seu cancelamento a 12 de fevereiro.

Semana da Moda de Milão

A Semana da Moda de Milão não escapou à ameaça do coronavírus, com vários desfiles realizados à porta fechada e o cancelamento do último dia do evento: 24 de fevereiro. O desfile da estilista portuguesa, Alexandra Moura, foi um dos afetados pelo cancelamento no último dia do evento.

Semana da Moda de Xangai

Um desfile virtual a 30 de março, em conjunto com o grupo de comércio eletrónico Alibaba. Será desta forma que se celebrará a Semana da Moda de Xangai, evento cuja realização foi cancelada esta sexta-feira, 28 de fevereiro. O comité organizador prometeu “um evento de moda inovador” para o público em geral.

Conferência anual do Facebook

O Facebook anunciou a 27 de fevereiro que vai cancelar o seu maior evento anual: a F8. A conferência para developers deveria acontecer entre 5 e 6 de maio, em San Jose, na Califórnia. Os dois dias de conferência vão ser substituídos por sessões locais e “conteúdos vídeo difundidos em direto”, anunciou a empresa de Zuckerberg.

Salão Automóvel de Genebra

A organização do Salão Automóvel de Genebra, um dos principais eventos anuais do setor, confirmou a 28 de fevereiro o cancelamento da 90.ª edição, prevista para entre 5 e 15 de março. Tal surgiu depois de o governo suíço ter proibido, pelo menos até 15 de março, a realização de eventos que juntem mais de mil pessoas.

Salão automóvel da China

O Salão do Automóvel da China, também um dos maiores eventos internacionais do setor, foi adiado a 18 de fevereiro. A organização do Auto China 2020 indicou que o evento, previsto para decorrer entre 21 e 30 de abril próximo, em Pequim, foi adiado para data indeterminada.

Salão do móvel de Milão

O Salão Internacional do Móvel de Milão, o mais importante evento do design mundial, foi adiado a 25 de fevereiro. O evento deveria acontecer entre 21 e 26 de abril, mas a organização entendeu reagendá-lo para entre 16 e 21 de junho.

Expo de imobiliário MIPIM em Cannes

A maior feira de imobiliário do mundo — MIPIM — que se realiza em Cannes entre 10 e 13 de março mantém-se, com um reforço das medidas de saúde, deu conta a organização a 28 de fevereiro. Mas já houve várias empresas do setor a cancelarem a sua presença neste evento, como a CBRE, JLL, Savills ou a Cushman & Wakefield (C&W).

Reunião anual do parlamento chinês

O principal órgão legislativo da China decidiu adiar formalmente a reunião anual do parlamento, programada para começar a 5 de março devido à ameaça do coronavírus. Ainda não há data para a realização da reunião, mas a TV estatal chinesa avançou que não deveria demorar muito.

Arábia Saudita suspende peregrinações a Meca

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita anunciou a 26 de fevereiro a suspensão temporária da entrada de peregrinos que visitam a mesquita do profeta Maomé e os lugares sagrados do Islão em Meca e Medina. O Ministério também informou que a entrada no reino com vistos de turista está impedida a pessoas de países afetados pelo novo coronavírus.

Dalai Lama suspende compromissos

O líder espiritual budista, Dalai Lama, anunciou o adiamento de uma cerimónia de ordenação de novos monges e o cancelamento de todos os compromissos públicos até algo em contrário.

Feira do livro de Bolonha

A Feira do Livro Infantil de Bolonha, que reúne anualmente milhares de editores e autores de todo o mundo, foi adiada para entre 4 e 7 de maio por causa do surto de coronavírus em Itália, revelou a 24 de fevereiro a organização. O evento deveria decorrer entre 30 de março e 2 de abril.

Disneyland em Tóquio

A Disneyland de Tóquio encerra temporariamente entre este sábado, 29 de fevereiro, e 15 de março devido aos receios de disseminação do coronavírus deu conta o operador. A decisão resulta de uma recomendação do governo. Todos os parques temáticos da Walt Disney na Ásia ficarão assim de portas fechadas.

Digressão dos Green Day na Ásia

Os Green Day cancelaram a sua digressão pela Ásia “devido às preocupações relacionadas com a saúde e viagens relacionadas cm o coronavírus”, deu conta a banda norte-americana em comunicado a 28 de fevereiro. O trio promete anunciar as novas datas para a tournée que arrancava em março em Singapura e passava pela Tailândia, Filipinas, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul e Japão.

Campeonato Mundial de Atletismo de Nanquim

O Campeonato Mundial de atletismo Indoor que deveria decorrer em Nanquim, na China, entre 13 e 15 de março foi adiado devido à ameaça do Covid-19. Está previsto que venha a decorrer só em março de 2021.

Grande Prémio de F1 da China

O Grande Prémio da China de Fórmula 1 previsto para acelerar nas pistas de Xangai a 19 de abril foi adiado a 12 de fevereiro. A Federação Internacional do Automóvel (FIA), juntamente com a Fórmula 1, decidiram aceitar o pedido de adiamento da prova após uma solicitação oficial do promotor do evento, o Juss Sports Group.

MotoGP da Tailândia adiado

O Grande Prémio de motociclismo da Tailândia, marcado para 22 de março, foi adiado devido ao coronavírus. A notícia foi avançada um dia depois da abertura do Mundial de MotoGP, no Qatar, ter sido cancelada pelo mesmo motivo. A decisão afetou apenas a categoria rainha no Grande Prémio do Qatar, explicou a Dorna, empresa promotora do campeonato, em comunicado, já que as provas das categorias inferiores mantêm-se, uma vez que as equipas já estavam no país a realizar testes de pré-temporada.

Maratona de Tóquio

A 17 de fevereiro, a organização do evento anunciou que a Maratona de Tóquio 2020 será cancelada para os 38 mil corredores que compõem o público geral. Apenas a categoria de corredores de elite e atletas em cadeiras de roda irão participar: um total de 206 atletas.

Jogos de futebol italianos adiados

Em Itália, um dos principais focos de contágio do Coronavírus fora da China, os jogos de futebol também estão a ser afetados. Depois de anunciar que as partidas ocorreriam à porta fechada, a Liga italiana de futebol decidiu este sábado adiar o jogo Juventus-Inter de Milão, e mais quatro encontros da 26.ª jornada da ‘Serie A’, para 13 de maio, após a 36.ª ronda, devido ao Covid-19.

Meia-maratona de Paris

A meia-maratona de Paris, que deveria reunir 44 mil participantes a 1 de março foi cancelada. A decisão foi tomada a 28 de fevereiro, depois de o governo francês ter anunciado o cancelamento de “todas as concentrações com mais de 5.000 pessoas” em espaços fechados e alguns eventos no exterior.

Portugueses fora do Europeu de juniores de esgrima na Croácia

A Federação Portuguesa de Esgrima cancelou a participação oficial nos Campeonatos da Europa de juniores, em Porec, na Croácia, devido ao receio com a propagação do surto de coronavírus. Apesar de os Europeus se disputarem na Croácia, grande parte dos transfers eram feitos a partir de Veneza, no norte de Itália, onde se registam muitos casos de contágio. A competição arrancou a 22 de fevereiro e termina a 2 de março.

Em risco de não acontecer

Jogos Olímpicos do Japão

O Comité Olímpico Internacional (COI) explicou que os preparativos para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 decorrem como planeado, não apontando para a possibilidade de um cancelamento pelo menos para já. Mas diz que foi alterada a política de viagens dos funcionários, devido à epidemia do coronavírus. Apenas por três ocasiões a competição foi cancelada: em 1916, 1940 e 1944, durante as duas guerras mundiais.

Campeonato Europeu de Futebol

O pontapé de saída do Campeonato Europeu de Futebol de 2020 está marcado para 12 de junho no Stadio Olimpico em Roma, país onde o coronavírus está fortemente instalado. Mas até 12 de julho, dia do último jogo, 12 cidades de diferentes países europeus vão acolher jogos da competição. Mesmo tendo em conta essas circunstâncias, não há para já sinais de que o Europeu não decorra ou de possíveis constrangimentos.

(Artigo atualizado às 11h06, de segunda-feira, dia 2 de março)

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Fitch mantém rating de longo prazo da EDP e revê outlook para positivo

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

Agência Fitch manteve o rating de longo prazo da EDP em BBB- e reviu o outlook (perspetiva) da elétrica de estável para positivo.

A agência Fitch manteve o rating de longo prazo da EDP em BBB- e reviu o outlook (perspetiva) da elétrica de estável para positivo, foi comunicado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Fitch Ratings reviu esta sexta-feira o outlook da EDP, da EDP Finance B.V. e da EDP España de estável para positivo”, lê-se na informação remetida ao mercado.

Por sua vez, as notações de rating de longo prazo da EDP e da EDP Finance B.V. foram mantidas em BBB- (qualidade média de investimento) e de curto prazo em F3.

A Fitch também manteve em BB o rating para instrumentos representativos de dívida subordinada e as notações de rating de longo prazo da EDP España em BBB- e de curto prazo em F3.

“O outlook positivo reflete as expectativas da Fitch de uma melhoria sustentável das métricas de alavancagem e de cobertura de juros a partir de 2020, bem como o cumprimento dos objetivos do plano de negócios da empresa para 2019”, indicou a elétrica.

Na sessão da bolsa desta sexta-feira, as ações da EDP caíram 4,13% para 4,22 euros.

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Ramalho não diz se vai esgotar 3,9 mil milhões da garantia. “Não quero surpresas, nem boas”, diz

Novo Banco ainda tem 1.000 milhões de euros a pedir ao Fundo de Resolução ao abrigo do mecanismo de capital contingente. António Ramalho não diz se vai solicitar o dinheiro todo.

Com o pedido de 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução este ano, o Novo Banco tem ainda mais 1.000 milhões para solicitar através do mecanismo de capital contingente até 2026. António Ramalho não diz se vai esgotar toda a “garantia” pública que tem permitido fazer a limpeza do banco, apesar da insistência dos jornalistas. Ainda assim, lembra que é presidente de um banco e que “não quer surpresas, nem boas”.

“Também tenho sempre dito que esta reestruturação custa tempo e dinheiro. É uma frase que tenho dito insistentemente”, disse o presidente do Novo Banco, que registou prejuízos de 1.059 milhões de euros em 2019.

António Ramalho lembrou que nunca assumiu qualquer compromisso em relação à utilização dos 3,9 mil milhões de euros que o mecanismo de capital contingente prevê. Este mecanismo, criado em 2017 aquando da venda ao Lone Star, funciona como uma garantia para o banco: se perder dinheiro com um conjunto de ativos problemáticos, e essa perda resultar numa redução dos níveis de capital abaixo dos requisitos regulamentares, o Fundo de Resolução é chamado a injetar dinheiro para cobrir essa diferença.

Ramalho diz que tem sido “cauteloso” em relação a esta matéria, procurando sempre explicar o modo de funcionamento do mecanismo. E rejeitou adiantar qualquer valor sobre as futuras chamadas de capital ao Fundo de Resolução porque isso depende de um conjunto de variáveis.

Apesar disso, lembrou que é “gestor e presidente de um banco que não quer surpresas, nem boas surpresas”, acrescentado que o seu único objetivo é limpar o legado do BES.

Neste ponto, acrescentou que com estado avançado da limpeza do banco, o Novo Banco está perto do turnaround, algo que surgirá este ano. Já não falta saber o que temos de fazer, falta terminar o que temos de fazer”, disse.

Esta semana, no Parlamento, o presidente do Fundo de Resolução, Máximo dos Santos, disse que ficaria muito espantado se o Novo Banco esgotasse os 3,9 mil milhões, afirmando que o valor final “ficará razoavelmente abaixo” do limite do mecanismo.

Durante a conferência, António Ramalho disse depois de a instituição teve “uma década perdida” e sublinhou que os últimos três anos de limpeza do balanço lhe “permitem pensar que pode ter uma década muito positiva”.

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Interessados em comprar Novo Banco? “Muitos chegam atrasados”

António Ramalho diz-se "grato" por ver que há interessados na compra do Novo Banco. Lembrou que há três anos ninguém "soube, pôde ou quis" comprar a instituição.

Bankinter e BCP já revelaram que pretendem olhar para o dossiê Novo Banco quando a instituição for colocada no mercado. António Ramalho recebe o interesse com “grato prazer” porque demonstra que o trabalho está a ser bem feito. Ainda assim, lembra que há muitos que chegam agora “atrasados”.

O presidente do Novo Banco começou por dizer que um eventual processo de venda não lhe diz respeito, sendo um “assunto dos acionistas” e que o seu objetivo para este ano é “limpar o banco”. O Lone Star detém 75% da instituição, enquanto os outros 25% são detidos pelo Fundo de Resolução.

Ainda assim, António Ramalho vê com “grato prazer” o interesse já manifestado por Bankinter e BCP, que já disseram publicamente que vão olhar para o Novo Banco quando for colocado à venda.

Para António Ramalho, é um sinal de que está a fazer um bom trabalho na gestão do banco até porque, em 2017, quando o Banco de Portugal procurava um comprador para a instituição que nasceu da resolução do BES, mais “nenhum banco ou soube, ou pôde ou quis” comprar o Novo Banco. Em outubro de 2017, foi anunciada a venda ao fundo americano por 1.000 milhões de euros.

“Isto satisfaz a administração de um banco”, completou o presidente do Novo Banco. Isto antes de fechar o assunto dizendo que “há bastantes pessoas a chegar atrasadas”.

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PS quer ouvir presidente do Novo Banco no Parlamento

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

Depois de António Ramalho se ter mostrado disponível para explicar os resultados financeiros do Novo Banco, o PS pede uma audição, no Parlamento, do presidente da instituição.

O PS pediu esta sexta-feira a audição, no Parlamento, do presidente do Novo Banco para explicar os resultados da instituição, que registou prejuízos de 1.058,8 milhões de euros em 2019, uma diminuição face ao ano anterior.

Este pedido de audição, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, aconteceu no mesmo dia em que o banco apresentou resultados e três dias depois de o presidente do Novo Banco se ter disponibilizado, por carta, para dar explicações aos deputados.

Segundo António Ramalho, a divulgação das contas de 2019 são “um marco importante no processo de reestruturação encetado em 2017, dado ser o fim de um período em que o Novo Banco tinha de cumprir um conjunto alargado de compromissos que constam do acordo assinado entre o Estado Português e a União Europeia, por altura da sua operação de venda, o que dá a essa divulgação uma relevância especial”, de acordo com o texto da carta, citado pelo PS.

Segundo o texto do requerimento do PS, a “atividade recorrente do banco está a dar lucro, tendo apresentado um resultado líquido positivo de cerca de 177 milhões de euros, estando daqui excluídos os efeitos das imparidades relacionadas com o Banco Espírito Santo”.

Dessa forma, confirmam-se “as expectativas de ser necessário um novo recurso ao mecanismo de capital contingente, iniciado em 2017, no valor de 1.037 milhões de euros“, valor adiantado na comissão de Orçamento, na quarta-feira, pelo presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos.

Os socialistas alegam ainda que “a atividade recorrente do banco está a dar lucro”, com “um resultado líquido positivo de cerca de 177 milhões de euros”, de que se excluem “os efeitos das imparidades relacionadas com o Banco Espírito Santo”, e sublinham que os prejuízos dos últimos anos “estão diretamente relacionados com os ativos tóxicos que transitaram para o seu balanço”.

O Novo Banco registou prejuízos de 1.058,8 milhões de euros em 2019, uma diminuição face aos 1.412,6 milhões de euros verificados em 2018, divulgou esta sexta-feira a instituição liderada por António Ramalho.

De acordo com um comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição que sucedeu ao Banco Espírito Santo (BES) teve uma perda de 1.236,4 milhões de euros na atividade de legado e um ganho de 177,6 milhões de euros em 2019.

Com as perdas de 2019 conhecidas esta sexta-feira, desde agosto de 2014, quando foi criado para ficar com parte da atividade bancária do BES, o Novo Banco já acumula prejuízos de 7.036,3 milhões de euros.

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