Merlin vai dar mais 32 cêntimos em dividendos

A SOCIMI espanhola, cotada na bolsa de Lisboa, vai dar um dividendo global de 52 cêntimos aos seus acionistas, mesmo depois de ter visto os resultados encolherem no ano passado.

A Merlin Properties, a mais recente cotada na bolsa de Lisboa, vai dar aos acionistas um dividendo adicional de 32 cêntimos. Este montante aumenta após um ano de “excelente comportamento de negócio”, mas em que os resultados encolheram perante a ausência de extraordinários.

Depois de ter distribuído aos acionistas um dividendo de 20 cêntimos no ano passado, já com base na perspetiva de resultados para 2019, a empresa, que se estreou na bolsa de Lisboa em janeiro, vai agora dar mais 32 cêntimos, totalizando um dividendo de 52 cêntimos por ação, diz a SOCIMI, em comunicado.

Este montante terá ainda de ser aprovado em Assembleia Geral, que deverá ocorrer a 29 de abril. A empresa espanhola refere ainda “a sua estimativa de retribuição ao acionista referente ao exercício de 2020 por um mínimo de 244 milhões de euros“. Ou seja, acena já com mais 52 cêntimos com base nas contas de 2020.

Mais dividendos, mesmo sem extraordinários

Naquele que foi um ano de “excelente comportamento do negócio”, os resultados da SOCIMI encolheram para 563,6 milhões de euros, um valor que a empresa diz não ser comparável com o ano anterior devido ao ganho extraordinário obtido em 2018 com a venda do projeto Testa Residencial. Excluindo esta operação, o lucro líquido ascende a 212,5 milhões de euros, um aumento de 3,6%.

Ainda no ano passado, as receitas totais ascenderam a 530,6 milhões de euros, enquanto o EBITDA se fixou nos 425,5 milhões de euros. “Para este ano, esperamos que os arrendamentos se mantenham, já que alguns dos principais cilindros do nosso motor estarão em reabilitação”, como o edifício Monumental, em Lisboa, referiu o CEO da Merlin, Ismael Clemente, citado pelo El Economista (conteúdo em espanhol).

Carteira sobe para 12.751 milhões de euros

A empresa tem atualmente uma carteira de imóveis avaliada em 12.571 milhões de euros, um valor 5,9% superior ao registado em 2018. Recorde-se que, já por várias vezes, a Merlin referiu que um dos objetivos era aumentar a carteira em território nacional, que está atualmente avaliada em cerca de mil milhões de euros. O CEO, Ismael Clemente, referiu ter outros mil milhões para investir no imobiliário em Portugal até 2023.

E, no ano passado, acabou mesmo por aumentar a exposição em Lisboa, com a aquisição do edifício Art e a Torre Fernão Magalhães, no Parque das Nações, por 112,2 milhões de euros, e a sede da Nestlé, em Linda-a-Velha, por 12,5 milhões de euros.

No mercado de escritórios, a Merlin teve um “excelente ano de ocupação” (92,8%), enquanto as rendas médias subiram 7,3% para um “máximo histórico” na história da empresa. E, embora tenha sido em Barcelona onde as rendas mais aumentaram (19,5%), em Lisboa cresceram 11,2%, mais do que em Madrid (6%). No mercado de centros comerciais — onde detém o Almada Fórum, que comprou por 406,7 milhões de euros –, a ocupação fixou-se nos 93,3%.

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Novo Banco contrata detetives para seguir patrão da Ongoing

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2020

Nuno Vasconcellos deixou créditos de milhões de euros por pagar ao Novo Banco. Instituição está a fazer levantamento de bens associados ao ex-gestor da Ongoing.

O Novo Banco contratou equipas especializadas, nas quais se incluem investigadores privados, para fazerem o levantamento de todos os bens que possam ser associados a Nuno Vasconcellos, ex-gestor da Ongoing, revela o Correio da Manhã (acesso pago).

A informação recolhida irá servir de base a ações judiciais de cobrança de dívidas que a Ongoing deixou por pagar, créditos esses que o Novo Banco chegou a incluir no chamado Projeto Nata II, uma carteira de créditos do Novo Banco avaliada em 3,3 mil milhões de euros, mas cuja alienação foi travada pelo Fundo de Resolução.

A dívida da empresa de Vasconcellos, que entretanto rumou ao Brasil, ascendia a 493,5 milhões de euros. Contudo, a Ongoing fez saber que, em Portugal, tinha apenas disponíveis 7.500 euros para fazer face ao pagamento das dívidas reclamadas pelos credores, num valor de 1,3 mil milhões de euros.

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Coronavírus leva easyJet a cancelar voos de e para Itália

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

A companhia low-cost decidiu cancelar alguns voos com saída e com destino daquele país. Mas, para já, a decisão não abrange as ligações entre Itália e Portugal.

A easyJet vai cancelar alguns voos de e para Itália por causa dos casos do novo coronavírus detetados naquele país, que provocaram uma redução na procura e na taxa de ocupação dos voos, anunciou a companhia aérea britânica. As ligações com Portugal, para já, não vão ser afetadas, garante a empresa.

Numa nota divulgada esta sexta-feira, a easyJet diz que observou um abrandamento na procura e na taxa de ocupação dos voos para as bases no norte de Itália, onde o surto de Covid-19 já matou 14 pessoas e infetou pelo menos 400.

Para diminuir o impacto do Covid-19 nas contas da companhia, a easyJet adianta estar empenhada numa “gestão de eficiência operacional e de controlo de custos em diversas áreas do negócio”, que inclui cortes nas áreas administrativas, congelamento do recrutamento, promoções e aumentos salariais, oferta de licenças não remuneradas e interrupção de formações não obrigatórias e a realocação de aviões para o verão de 2020.

Estamos também a registar um abrandamento na procura nos restantes mercados europeus onde operamos. Como resultado, iremos cancelar alguns voos, principalmente os que entram e saem de Itália, enquanto continuaremos a monitorizar a situação, adaptando o nosso plano de voos para corresponder à procura do mercado”, refere a companhia área de baixo custo.

A empresa admite que ainda é cedo para determinar qual será o impacto do surto do Covid-19 para os negócios das companhias aéreas e do turismo e esclarece que continuará atenta a todos os desenvolvimentos, atualizando a informação junto de todos os mercados, sempre que se justifique.

“A easyJet está a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades e a seguir as diretrizes fornecidas pela Organização Mundial da Saúde e pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação para garantir a saúde e o bem-estar dos nossos colaboradores e clientes”, afirma, lembrando que tem um grupo de trabalho multidisciplinar que reúne diariamente para garantir a eficácia de todos os processos e políticas da empresa.

A companhia aérea low-cost diz ainda que os procedimentos que está a aplicar para lidar com doenças transmissíveis são semelhantes aos desenvolvidos durante a epidemia de SARS e outras emergências de saúde global. A easyJet tem várias ligações de Lisboa para Itália, nomeadamente com o aeroporto de Milão, mas já garantiu que estas não serão, para já, afetadas pelos cancelamentos.

O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios. Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Japão, Filipinas, Hong Kong e Taiwan. Na Europa, o Covid-19 já provocou mortes em Itália e França. Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infeção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

Ligações de Portugal com Itália não serão afetadas, por enquanto

Já depois da publicação desta notícia, a easyJet veio garantir que, por enquanto, os voos da companhia entre Portugal e Itália não serão afetados pelos cancelamentos e que a empresa está a acompanhar o evoluir da situação no norte de Itália.

Contactada pela agência Lusa, fonte da companhia aérea disse que o comunicado desta sexta-feira serve de alerta para um eventual cancelamento de voos de e para Itália, mas esclareceu que, por enquanto, as ligações com Portugal não estão abrangidas.

A nota foi emitida porque a empresa está cotada na bolsa e porque está a ser vivida uma situação anómala no norte de Itália, onde a empresa tem uma boa parte das suas operações, adianta a mesma fonte.

Em relação às ligações da easyJet com Itália a partir de outros aeroportos europeus, a mesma fonte disse que a companhia ainda não identificou voos a cancelar nem quando é que tal poderá vir a acontecer.

(Notícia atualizada às 8h57 com a informação de que, para já, os cancelamentos não afetam as ligações de Itália a Portugal)

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Bolsas acentuam quedas. Lisboa afunda com BCP a cair mais de 5%

Investidores estão assustados com o alastrar do coronavírus. Fuga às ações leva bolsas europeias a afundarem quase 3%. Lisboa segue a tendência com uma queda de quase 4%.

Bolsas europeias continuam a afundar. Mercados do Velho Continente registam quedas de 3% e 4%, com os investidores assustados pelo alastrar do coronavírus. Lisboa segue as fortes quedas das restantes praças, recuando quase 3%, com 17 das 18 cotadas em forte queda. Destaque para as empresas do setor da energia, mas também para o BCP que já cai mais de 5%.

Depois de fortes desvalorizações em Wall Street, a pressão vendedora continuou nos mercados asiáticos, levando a bolsa japonesa a registar uma queda de 3,67%. E o sentimento negativo continua a contagiar as bolsas, desta vez na Europa, com o Stoxx 600 a perder 4,16%. Os índices de Espanha, França e Alemanha seguem com perdas de 4% a 4,9%.

Bolsa de Lisboa afunda

Em Lisboa, os receios dos investidores quanto aos impactos que o alastrar da epidemia poderá ter tanto nas empresas como na economia em geral, está a ditar uma queda de 3,89% do PSI-20, que recua para 4.759,82 pontos. Nenhuma das cotadas escapa a esta nova razia que até à última sessão tinha já eliminado mais de cinco mil milhões de euros ao valor das cotadas nacionais.

O setor energético é o mais castigado na bolsa nacional. EDP e EDP Renováveis registam quedas de 4,43% e 3,85%, respetivamente, enquanto a Galp Energia está a perder 4,49% para 12,44 euros depois de ter afundado mais de 5% na sessão anterior. A petrolífera segue a tendência negativa dos preços do petróleo que afundam mais 3% nos mercados internacionais.

O BCP que está a cair 5,57% para os 16,30 cêntimos por ação, renovando mínimos. Também a tocar mínimos, neste caso de 2013, está a Nos que cede 2,63% para cotar nos 3,626 euros, enquanto a Jerónimo Martins, que proibiu os seus colaboradores de viajarem para a Ásia, está a recuar 3,57%.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h34 com mais informação)

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Hoje nas notícias: PSA, Novo Banco e Ongoing

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No último dia da semana há boas notícias para os trabalhadores da fábrica da PSA em Mangualde, que também vão ser abrangidos pelos bónus salariais que a empresa vai oferecer depois dos lucros recorde. Na banca, é notícia os lucros de 170 milhões que o banco “bom” do Novo Banco, mas também a equipa de detetives que a instituição contratou para seguir o ex-gestor da Ongoing.

Bónus da PSA vão chegar aos trabalhadores de Mangualde

O Grupo PSA vai dar mais dinheiro aos acionistas, depois dos bons resultados alcançados no ano passado. Ao mesmo tempo, a fabricante de automóveis liderada por Carlos Tavares prometeu um bónus para os trabalhadores, prémio esse que vai chegar também aos colaboradores em Portugal. “Os prémios são pagos quer na área comercial quer na industrial”, diz fonte oficial da PSA. Ou seja, chegarão também à fábrica de Mangualde. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Banco “bom” do Novo Banco com lucro de 170 milhões

O Novo Banco vai apresentar um prejuízo consolidado de cerca de 1.000 milhões em relação a 2019. É com base neste valor que a instituição liderada por António Ramalho se prepara para pedir mais 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução. Contudo, olhando apenas para o banco “bom”, a instituição deverá revelar um resultado positivo no valor de 170 milhões. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Novo Banco contrata detetives para seguir ex-gestor da Ongoing

O Novo Banco contratou equipas especializadas, em que se incluíram investigadores privados, para o levantamento de todos os bens que pudessem ser associados a Nuno Vasconcellos, ex-gestor da Ongoing que rumou ao Brasil. Em causa está a tentativa do banco recuperar parte das dívidas que a empresa deixou por pagar, créditos esses que chegaram a ser incluídos no Projeto Nata II, uma carteira avaliada em 3,3 mil milhões de euros. O Fundo de Resolução impediu a inclusão destes créditos na venda realizada. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Contas do PSD penhoradas por falta de pagamento a serralheiro

A história remonta a 2017, ano em que o PSD foi condenado a pagar 6.670 euros a um serralheiro por estruturas de cartazes para as eleições autárquicas em São Pedro do Sul, em Viseu. O partido queria que o candidato e o mandatário financeiro local assumissem a dívida, mas o Tribunal da Relação de Coimbra considerou que estes agiram com poderes de representação do partido. Agora, as contas do PSD estão penhoradas pelo facto de esse pagamento ainda não ter acontecido. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

Burla de dois milhões em apostas no Placard feita num café fechado

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa perdeu, em apenas quatro dias, cerca de dois milhões de euros. E tudo devido a um golpe. O caso aconteceu num café em Odivelas, depois de os donos decidirem vender as quotas da sociedade. Apareceram interessados que quiseram de imediato fechar negócio e, três dias depois, foram registados cerca de dois milhões de euros em apostas do Placard. O dinheiro acabou levantado da conta da empresa e, desde então, mais nada se sabe dos novos donos. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

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Contas do PSD congeladas por falta de pagamento a serralheiro

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2020

As contas dos sociais-democratas estão congeladas na sequência de serviços não pagos a um serralheiro numa campanha eleitoral de 2017 no distrito de Viseu.

As contas do PSD estão congeladas, na sequência de serviços não pagos a um serralheiro há cerca de três anos, avança o Jornal de Notícias. Em causa está um “calote” de quase sete mil euros, por estruturas de cartazes para as autárquicas no distrito de Viseu.

A história remonta a 2017, ano em que o PSD contratou um serralheiro para construir e montar duas estruturas metálicas com cerca de oito metros para as eleições autárquicas em São Pedro do Sul, explica o JN. Este profissional ainda montou várias estruturas suas e reparou outras do partido. Na hora de apresentar a conta, esta ascendeu a 11.207 euros. Mas apenas lhe foram pagos 3.537 euros.

O PSD queria que o candidatado e o mandatário financeiro local assumissem a dívida, mas o Tribunal da Relação de Coimbra considerou que estes agiram com poderes de representação do partido. Ficou, assim, decidido, que o partido teria de pagar 6.670 euros. Mas, até ao momento, esse valor está por liquidar e, na sequência disso, as contas do PSD estão atualmente congeladas.

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Covid-19 faz mais 44 mortos na China. São 2.858 a nível mundial

  • Lusa e ECO
  • 28 Fevereiro 2020

Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

O número de mortos na China continental devido ao coronavírus Covid-19 subiu em 44, para 2.788, com o país a registar 433 novos casos de infeção, fixando o total em 78.824.

Segundo os dados atualizados pela Comissão Nacional de Saúde da China, até à meia-noite de hOJE (16H00 de quarta-feira em Lisboa), entre os casos confirmados, 39.919 continuam ativos e 7.952 em estado grave.

Mais de 36.000 pessoas já receberam alta após superarem a doença.

A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 656.000 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infetados, entre os quais 65.000 ainda estão a ser acompanhados.

O número de pessoas suspeitas de estarem infetadas pelo novo coronavírus fixou-se em 2.308, detalhou a mesma fonte.

Na província de Hubei, o epicentro da epidemia, que acumula 84% dos casos e 96% das mortes, o número de novos casos fixou-se esta sexta-feira em 318, ao mesmo tempo que morreram 41 pessoas, a maioria em Wuhan, capital da província.

Entre os 36.829 casos atualmente ativos na província, 7.633 estão em estado grave.

Fora de Hubei foram reportados nove novos casos e 3 mortos devido ao coronavírus: dois em Pequim e um na região autónoma de Xinjiang, extremo noroeste da China.

A China soma 95% dos casos de infeção pelo novo coronavírus a nível mundial.

O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios. Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infeção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.

Esta sexta-feira, morreu um britânico que estava a bordo do Diamond Princess, navio onde trabalhavam os dois portugueses infetados, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

Também esta sexta-feira a OMS admitiu que o risco de impacto e de contágio está a aumentar, elevando o risco de “elevado” para “muito elevado” a nível mundial. “Aumentámos agora a nossa avaliação do risco de propagação do Covid-19 e do risco de impacto para um nível global muito elevado”, informou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa, em Genebra, na Suíça, citado pelo El Mundo (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Dada o aumento de número de casos de Covid-19, a União Europeia decidiu convocar uma reunião extraordinária com todos os ministros de saúde para 6 de março, avança a Reuters. Os ministros da saúde de todos os Estados-membros já tinham tido, no inicio de fevereiro, uma reunião extraordinária sobre o surto.

(Notícia atualizada às 16h45)

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Estivadores de Setúbal anunciam greves parciais em solidariedade com os de Lisboa

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

Trabalhadores decidiram poupar a Navipor, empresa que opera os navios que asseguram o transporte de automóveis produzidos na fábrica da Autoeuropa, em Palmela.

Os estivadores do Porto de Setúbal decidiram solidarizar-se com os estivadores de Lisboa e vão avançar com greves parciais a partir de 16 de março, mas poupam os navios da Autoeuropa, revelou à Lusa fonte sindical.

“Os estivadores da Operestiva, que trabalham para a empresa Sadoport, do grupo Yilport, decidiram fazer duas horas de greve ao primeiro turno e uma hora de greve ao segundo turno”, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Estivadores Atividade Logística (SEAL), António Mariano.

O sindicalista acrescentou que “os trabalhadores afetos à empresa Setulsete, que faz a cedência de mão-de-obra às empresas Tersado e Setefrete, vão fazer greve ao trabalho suplementar aos dias úteis”.

“Os trabalhadores decidiram, no entanto, pelo menos para já, poupar a Navipor, empresa que opera os navios que asseguram o transporte de automóveis produzidos na fábrica da Autoeuropa, em Palmela“, frisou o dirigente.

Segundo António Mariano, as greves parciais decididas hoje, em plenários realizados com os estivadores da Operestiva e Setulsete, em Setúbal, “não são apenas uma forma de solidariedade com os trabalhadores do Porto de Lisboa, mas também uma mensagem de que não aceitam a estratégia das empresas de Lisboa, que também estão em Setúbal”.

“Os estivadores de Setúbal não aceitam esta estratégia de encerramento das empresas de trabalho portuário existentes, para depois abrirem outras ali ao lado, com perda de direitos e regalias dos trabalhadores”, disse António Mariano.

Os trabalhadores do Porto de Lisboa iniciaram no dia 19 de fevereiro uma greve parcial ao trabalho para quatro empresas de estiva deste porto que subscreveram uma proposta de redução salarial de 15% e o fim das progressões de carreira automáticas.

No entanto, no passado dia 21 de fevereiro, os estivadores de Lisboa decidiram convocar uma greve total, de 9 a 30 de março, face à decisão das sete empresas de estiva de pedirem a insolvência da Associação Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa (A-ETPL), que cede mão-de-obra para a movimentação de cargas nos navios.

A assembleia-geral da A-ETPL decidiu, na semana passada, pedir a insolvência da associação, face à situação financeira da empresa e à alegada impossibilidade de encontrar soluções para a viabilização da referida empresa nas negociações com o SEAL.

O SEAL considera que “foram as próprias empresas de estiva que colocaram a A-ETPL à beira da insolvência, através de um processo de gestão danosa”, e lembra que o tarifário aplicado pela A-ETPL às empresas de estiva, que é definido pelas próprias empresas de estiva do Porto de Lisboa, não é atualizado há 26 anos.

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Bónus da PSA vão chegar aos trabalhadores de Mangualde

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2020

À conta dos lucros, a PSA aumentou o valor a distribuir em dividendos aos acionistas. Mas também vai dar bónus aos trabalhadores, incluindo os que tem em Portugal.

O Grupo PSA vai dar mais dinheiro aos acionistas, depois dos bons resultados alcançados no ano passado. Ao mesmo tempo, a fabricante de automóveis liderada por Carlos Tavares prometeu um bónus para os trabalhadores, prémio esse que, diz o Jornal de Negócios (acesso pago), vai chegar também aos colaboradores em Portugal.

Os trabalhadores do grupo em Portugal também receberão um bónus, confirmou fonte oficial da PSA. “Os valores ainda não foram definidos, mas serão muito interessantes”, referiu a mesma fonte, salientando, no entanto, que os prémios a distribuir variam consoante as geografias em que a empresa está presente, tendo em conta os diferentes salários praticados. Neste sentido, “serão inferiores” aos 3.500 e a 5.000 euros anunciados para França.

“Os prémios são pagos quer na área comercial quer na industrial”, acrescenta fonte oficial da empresa, ficando assim garantido que além dos colaboradores da empresa na rede de concessionários no mercado português estes bónus também vão chegar aos trabalhadores da fábrica que a PSA tem em Portugal, em Mangualde.

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Este atum tem propriedades medicinais. É uma invenção da Ramirez

"Tuna Functional" é a mais recente novidade que a Ramirez vai apresentar ao mercado. É um atum rico em ómega 3 que ajuda a preservar a saúde e a melhorar o bem-estar. Será lançado entre maio e junho.

Não é a primeira vez que uma empresa portuguesa aposta em produtos que fazem bem à saúde. Depois de a Delta ter lançado uma cápsula de café com propriedades medicinais, desta vez a inovação surge em versão conserva de peixe. A invenção é da Ramirez e é uma conserva de atum funcional que ajuda a preservar a saúde e melhorar o bem-estar.

“Criámos um produto funcional que melhora o estado de saúde e evita determinadas doenças. É um produto com alto teor de ómega 3 e temos estudos científicos que comprovam que através de um consumo diário de ‘Tuna Functional’ há, efetivamente, benefícios para a saúde”, explica Luís Avides Moreira, administrador adjunto da Ramirez.

O “Tuna Functional” permite reforçar, nos hábitos alimentares, a presença de ácidos gordos fundamentais, como o EPA e o DHA, que têm um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento do cérebro, na regulação da pressão sanguínea e, portanto, na prevenção da doença cardiovascular. Estes são também compostos bioativos importantes ao nível do sistema nervoso, da visão e da função cerebral.

O Tuna Functional é uma conserva de peixe que ajuda a preservar a saúde e melhorar o bem-estar. Enriquecido com ácidos gordos ómega 3, fundamentais ao organismo, beneficia o metabolismo e favorece o normal funcionamento de diversas funções do organismo” explica Débora Mota Teixeira, nutricionista do Centro de Nutrição Ramirez (Cenutra).

O produto está comprovado cientificamente e demorou cerca de um ano e meio a ser desenvolvido em parceria com a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade do Porto. O “Tuna Functional” será comercializado em Portugal entre maio e junho. Onde? Ainda está nos segredos dos deuses. “Faz parte da estratégia de lançamento, já definimos o caminho e será um produto que vai ser encontrado num local de distribuição diferente”, garante ao ECO Luís Avides Moreira.

A Ramirez conta com 167 anos de experiência, produz cerca de 50 milhões de conservas anualmente para os quatro cantos do mundo e está presente em mais de 55 mercados. Um dos objetivos da empresa é continuar a inovar, apostar em produtos diferenciadores, isto ao mesmo tempo que se prepara para entrar em novos mercados internacionais.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que o INE divulga os número do desemprego e as contas nacionais, a Frente Comum decide se haverá ou não greve na Função Pública face aos aumentos salariais propostos pelo Governo.

A semana termina com a Frente Comum a decidir se avança ou não com uma greve na Função Pública face aos aumentos salariais “ofensivos” propostos para este ano e com o Novo Banco a apresentar os resultados de 2019. Esta sexta-feira fica ainda marcada pelas eleições para os órgãos externos da Assembleia da República e pelos dados do INE: o desemprego e as contas nacionais trimestrais.

Como está a evoluir o desemprego?

O Instituto Nacional de Estatística divulga, esta sexta-feira, as estimativas mensais de emprego e desemprego relativas a janeiro de 2020. De acordo com os dados divulgados no início do mês, no último ano, a taxa de desemprego em Portugal caiu para 6,5%, recuando 0,5 pontos percentuais face a 2018. O Executivo de António Costa tinha, contudo, fixado como meta baixar o desemprego para 6,4%, no último ano, o que acabou por não acontecer. De notar ainda que nos últimos três meses desse ano a taxa foi mesmo superior à registada no trimestre anterior, tendo sido verificado um aumento que só “contra paralelo no quarto trimestre de 2011”.

INE publica contas nacionais

O Instituto Nacional de Estatística publica, esta sexta-feira, as contas nacionais trimestrais relativas ao quarto trimestre de 2019. Segundo a estimativa rápida divulgada há duas semanas, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,2% nos últimos três meses de 2019 (mais 0,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior) e 2% no conjunto do ano (menos 0,4 pontos percentuais do que em 2018). Este último desaceleramento é explicado, frisou o INE, pelo contributo menos intenso da procura interna face ao abrandamento do consumo privado.

Vem aí mais uma greve na Função Pública?

A Frente Comum (afeta à CGTP) promove, esta sexta-feira, um plenário nacional de dirigentes e delegados sindicais para discutir e aprovar uma ação de luta nacional contra os aumentos salariais “ofensivos” propostos pelo Ministério de Alexandra Leitão para os trabalhadores da Administração Pública. O Governo anunciou que irá aumentar em dez euros as remunerações até 683,13 euros e em 0,3% os demais salários, o que não foi bem acolhido pelos sindicatos. Aos jornalistas, a dirigente da Frente Comum, Ana Avoila, já garantiu que os protestos que sairão do plenário desta sexta-feira não serão inferiores em força à manifestação concretizada a 31 de janeiro pelas mesmas razões.

É dia de eleições no Parlamento

Esta sexta-feira é dia de eleições na Assembleia da República para os órgãos externos: dois juízes para o Tribunal Constitucional (TC); o presidente do Conselho Económico e Social (CES); sete vogais (e suplentes) para o Conselho Superior da Magistratura; três membros para o Conselho de Fiscalização para o Sistema Integrado de Informação Criminal; um vogal e um fiscal único para a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD); dois membros para o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa; e um membro para a Entidade Fiscalizadora do Segredo de Estado.

Novo Banco apresenta resultados

O Novo Banco apresenta, esta sexta-feira, os resultados verificados em 2019. Em antecipação, António Ramalho já adiantou, numa carta dirigida à Comissão de Orçamento e Finanças, que o último ano foi “um marco importante” na reestruturação da instituição. Ainda assim, o Novo Banco deverá ter registado novamente prejuízos significativos, uma vez que o Fundo de Resolução já anunciou que irá pedir 1.037 milhões de euros no âmbito do mecanismo de capital contingente.

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Jerónimo Martins proíbe viagens à Ásia. Retalhistas dizem estar preparadas para o covid-19

Viagens proibidas, teletrabalho, regras de higiene específicas, formação e protocolos internos. Estas são algumas das medidas das empresas de distribuição face ao aumento de casos de coronavírus.

Algumas das maiores empresas de distribuição em Portugal — Jerónimo Martins, Sonae, Lidl e Mercadona — e que operam também noutros países do mundo, garantem estar atentas às questões relativas ao coronavírus covid-19. Nas retalhistas, as medidas vão desde a proibição de viagens, na Jerónimo Martins, à implementação de medidas de higiene que previnam o contágio pelo vírus.

A dona do Pingo Doce, em resposta ao aumento de casos de covid-19, já proibiu os trabalhadores de fazer viagens à Ásia. Por outro lado, os trabalhadores que regressarem de um país considerado de foco, como Itália, são aconselhados a trabalhar a partir de casa. Nos três países em que o grupo Jerónimo Martins opera — Portugal, Polónia e Colômbia — não há casos confirmados de coronavírus, mas a empresa garante estar a seguir as recomendações das autoridades de saúde.

“Desde o início da crise do coronavírus”, que começou na China no final do ano passado, já matou 2.763 pessoas e infetou mais de 81 mil em todo o mundo, “as viagens profissionais à Ásia foram proibidas, tendo-se desaconselhado também as viagens a título pessoal. Uma vez que Itália é agora considerado um país foco, os colaboradores que regressam deste ou de qualquer país considerado de foco, devem ficar a trabalhar de casa até terminar o período considerado necessário para garantir que a pessoa não está infetada”, explica fonte oficial da retalhista ao ECO. “Foi, ainda, partilhada com os colaboradores informação sobre a propagação do vírus e os comportamentos preventivos a adotar“, acrescenta a mesma fonte.

Também o Lidl, que opera em 30 países, garante estar a “planear diversos cenários nos países onde está presente” para garantir que “as operações em entreposto e lojas estão asseguradas mesmo em circunstância especiais”, refere a empresa em comunicado. “Estamos a acompanhar o desenvolvimento da situação em cada país e, caso necessário, tomaremos as medidas necessárias para proteger colaboradores e clientes, em conjunto com autoridades nacionais e locais”, adianta ainda.

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A retalhista alimentar do grupo Schwarz já informou igualmente os trabalhadores de eventuais restrições em viagens, “assegurando que todas as medidas de higiene estão a ser cumpridas“.

Para responder ao avanço do coronavírus, também a Sonae “tem o seu plano de contingência preparado, e as suas medidas serão ativadas de acordo com o nível de risco concreto, quando e assim que se justifique”, avança fonte do grupo português à revista Pessoas. A dona das marcas Continente, Well’s, Maxmat e Go Natural garante que todas as suas empresas “estão a acompanhar atentamente a questão, nomeadamente as posições tomadas quer pelas organizações internacionais responsáveis, designadamente OMS e ECDC, quer pela Direção Geral de Saúde portuguesa”, acrescenta.

Na Mercadona, cadeia de supermercados de espanhola que entrou em Portugal o ano passado, “os serviços médicos de prevenção da Mercadona têm protocolos internos” e, por isso, a empresa não especifica os detalhes destas medidas.

Ainda assim, fonte oficial da retalhista assegura: “É nossa obrigação e responsabilidade estar em permanente contacto com as autoridades de saúde para seguir as instruções que nos indiquem”, sublinha ao ECO a retalhista. Em Espanha, já há casos confirmados nas ilhas Canárias, Madrid, Barcelona, Catalunha e Castéllon.

Isolamento, higiene e teletrabalho, aconselha DGS

Esta quinta-feira, a Direção-Geral de Saúde deixou recomendações específicas para as empresas, entre elas a necessidade de ter zonas de isolamento, regras de higiene específicas, evitar reuniões em sala e aconselhar os trabalhadores a ficar em casa, caso tenham viajado recentemente. Como alternativa, a DGS sugere reuniões por videoconferência e o reforço dos dispositivos tecnológicos de comunicação e informação.

A DGS alerta para a possibilidade de as empresas terem de se preparar para a ausência de grande parte da força laboral devido a doença. As empresas devem ainda disponibilizar equipamentos como máscaras e material desinfetante, que devem ser colocados em sítios estratégicos nos espaços de trabalho.

A epidemia tem feito tremer os mercados e tem colocado em alerta alguns setores, como o setor têxtil e das marcas de luxo. No setor têxtil, o coronavírus já ameaçou com total paralisação, já que 85% de toda a roupa consumida na Europa advém da China. De acordo com a Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC), esta epidemia vem acentuar uma Europa já “desequilibrada”, principalmente para as exportações, que têm vindo a sofrer com a guerra comercial entre EUA e China e com a saída do Reino Unido da UE.

Em França, o vírus já matou duas pessoas, a segunda confirmada esta quarta-feira. Na Europa, Itália continua a ser o país mais afetado, com 12 mortes confirmadas, e a preocupação concentra-se nas regiões da Lombardia e Veneto, onde já encerraram escolas, universidades, e desaconselham-se grandes ajuntamentos em locais públicos. Também já há casos confirmados na Grécia, Áustria, Suíça e Croácia e, esta quinta-feira, foi também confirmado o primeiro caso na América latina, no Brasil. Portugal continua imune ao vírus.

Em Portugal, a DGS registou 25 casos suspeitos de infeção e o único português infetado pelo novo vírus é um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, a sudoeste de Tóquio.

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