Metade dos hotéis devem estar fechados na próxima semana. Receitas caem 30% em 2020

  • Lusa
  • 20 Março 2020

“Entre abril e junho, a faturação será cerca de 20% da habitual, o que, no final do ano, [vai representar] uma quebra de 30%”, uma realidade agravada pela redução do tráfego aéreo, antecipa a AHP.

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estimou esta sexta-feira, 20 de março, que metade dos hotéis estejam encerrados na próxima semana e que, devido ao impacto da covid-19, a quebra na faturação atinja os 30% no final do ano.

“Entre abril e junho, a faturação será cerca de 20% da habitual, o que, no final do ano, [vai representar] uma quebra de 30%”, uma realidade agravada pela redução do tráfego aéreo, afirmou Raul Martins, em declarações à Lusa. De acordo com este responsável, as unidades hoteleiras vão ficar “no limite da viabilidade”, com uma difícil situação de equilíbrio, devido à redução do volume de negócios e da ocupação.

Conforme explicou Raul Martins, nos últimos tempos, a situação “agravou-se substancialmente”, com vários hotéis a encerrarem e os que permanecem abertos a registarem uma taxa de ocupação abaixo dos 15%. “É uma situação que prevemos que se mantenha até ao final da pandemia, o que, se compararmos com a China, durará três meses. Só no final de maio poderemos começar a registar a inversão desta tendência e antes de julho não estaremos a reabrir hotéis”, notou.

Apesar de ainda não ter os dados fechados, a estimativa da AHP aponta para que, até ao final da próxima semana, 50% dos hotéis estejam encerrados, com principal destaque para os distritos de Lisboa e do Porto.

As unidades que permanecem abertas já adotaram, há, pelo menos, duas semanas, medidas excecionais, como o reforço da limpeza, redução do horário e capacidade dos restaurantes e bares e controle da temperatura dos empregados e, pontualmente, dos clientes, referiu.

Caso seja detetado um caso de infeção, segundo as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), o cliente tem que ser confinado ao seu quarto até à chegada da ambulância. Até ao momento, apenas foi detetado um caso num hotel, na Madeira.

Já sobre as medidas adotadas pelo Governo para travar a propagação e o impacto do novo coronavírus, Raul Martins disse que estas “possibilitarão a manutenção da viabilidade das empresas”. Para o presidente da AHP, todos os apoios que o executivo e a banca puderem avançar, em termos de tesouraria, serão “muito importantes”.

Este responsável vincou também que o setor já está habituado a enfrentar crises, como a financeira, que decorreu entre 2008 e 2012, acrescentando que espera que esta, apesar de “mais forte e penalizante”, possa correr num menor período temporal. “Sendo num período mais curto, podemos voltar à normalidade, manter a viabilidade e impedir a falência de empresas de hotelaria“, concluiu.

Na quarta-feira, o Governo anunciou medidas de apoio às empresas que garantem aumento de liquidez próximo dos 9.200 milhões de euros, dos quais 5.200 na área fiscal, 3.000 na de garantias e 1.000 na contributiva.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira. O número de mortos no país subiu para seis. Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

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Guimarães vai cobrar taxa turística de 1,50 euros por dormida

  • Lusa
  • 20 Março 2020

O município de Guimarães aprovou uma taxa turística de 1,50 euros por dormida. A taxa vigorará durante os meses de maio a outubro e será cobrada pelas primeiras duas dormidas consecutivas.

O regulamento da taxa turística municipal de Guimarães, que fixa o pagamento de 1,50 euros por dormida no concelho, foi publicado esta sexta-feira em Diário da República.

Segundo o regulamento, a taxa vigorará durante os meses de maio a outubro e apenas será cobrada pelas primeiras duas dormidas consecutivas em empreendimentos turísticos ou estabelecimentos de alojamento local situados no concelho de Guimarães.

Só pagarão a taxa os hóspedes com idade igual ou superior a 21 anos. Ficam ainda totalmente isentos da taxa municipal turística hóspedes cuja estadia seja motivada por tratamentos médicos, uma isenção que se estende a um acompanhante. Para o efeito, deverá ser apresentado documento comprovativo de marcação ou prestação de serviços médicos ou documento equivalente.

Igualmente isentos ficam hóspedes portadores de deficiência, ou seja, que apresentem qualquer incapacidade igual ou superior a 60%, desde que apresentem documento comprovativo dessa condição.

Também não pagam a taxa hóspedes que se encontrem alojados em empreendimentos turísticos ou estabelecimentos de alojamento local por expressa determinação de entidades públicas, decorrente de declaração de emergência social ou da proteção civil.

Os clubes desportivos sedeados em Guimarães, durante a época desportiva, no quadro dos estágios de preparação para jogos de competições oficiais em que participem, ficam igualmente isentos.

No texto do regulamento, lê-se que, em 2018, o número de dormidas nos estabelecimentos de alojamento do concelho subiu de 178.429 em 2013 para 342.300.

A introdução da taxa turística surge “como meio de contribuição das despesas dos destinos, nomeadamente limpeza urbana, segurança de pessoas e bens, reforço das infraestruturas e equipamentos públicos, conservação do património local, reforço de transportes públicos e das condições de mobilidade, entre outros”.

“A implementação da Taxa Municipal Turística de Guimarães visa promover e garantir um conjunto de novas atividades e investimentos diretamente relacionados com o turismo, que acarretam despesas acrescidas, seja ao nível dos materiais e ações de promoção, da oferta cultural, artística e de lazer, seja as destinadas a prevenir e a mitigar a degradação e a sobreocupação, mormente nas áreas do concelho mais procuradas, face ao desgaste inerente à pegada turística’, no plano da segurança de pessoas e bens, da manutenção e qualificação urbanística, patrimonial, territorial e ambiental do espaço público, que requerem meios financeiros avultados”, acrescenta.

A taxa é tida, assim, como “um pequeno valor” a imputar a nacionais através de um pequeno valor a imputar a nacionais e estrangeiros que “comprovadamente” visitam o concelho com intuitos turísticos, “como contrapartida das utilidades públicas gerais e dos serviços municipais que lhes são concretamente propiciados e dirigidos e que são geradores das novas despesas”.

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BCE flexibiliza regras do crédito concedido pela banca para combater o Covid-19

A autoridade de supervisão bancária europeia anunciou, esta sexta-feira, a flexibilização das regras de supervisão que serão aplicadas aos empréstimos concedidos pela banca para combater o surto.

O Banco Central Europeu (BCE) lançou novas medidas de emergência para incentivar a banca a ajudar a economia real a recuperar do impacto da Covid-19. A autoridade de supervisão bancária europeia anunciou, esta sexta-feira, a flexibilização das regras de supervisão que serão aplicadas aos empréstimos concedidos pela banca, com garantias estatais, para combater o surto.

“O BCE apoia todas as iniciativas que tenham como objetivo oferecer soluções sustentáveis para os devedores temporariamente em stress no contexto do atual surto”, começa por dizer a entidade de supervisão. “Com este objetivo, o BCE introduziu flexibilidade de supervisão no tratamento de non-performing loans (NPL), em particular para permitir aos bancos beneficiarem plenamente das garantias e moratórias postas à disposição pelas autoridades públicas”, refere.

O Governo português apresentou um pacote de estímulos económicos para apoiar empresas e famílias a fazer face à pandemia do novo coronavírus, sendo que uma das sete medidas prevê a constituição de moratórias para créditos que visa apoiar o pagamento de prestações de empréstimos a quem caia em situação económica difícil devido à pandemia.

Em simultâneo, foi criada uma linha de crédito que totaliza 3,2 mil milhões de euros. Estes novos empréstimos são mais arriscados, dado que têm como objetivo exatamente apoiar quem está em dificuldades, mas como têm garantias públicas, terão um tratamento especial no que diz respeito às regras de avaliação de risco para os rácios de capital dos bancos. E se estes créditos entrarem em incumprimento irão beneficiar de tratamento prudencial preferencial nas provisões de perdas.

Por último, os supervisores vão “adotar total flexibilidade nas discussões com os bancos sobre a implementação de estratégias de redução de NPL, tendo em consideração a natureza extraordinária das condições de mercado”, explica o BCE.

Estas medidas anunciadas esta sexta-feira juntam-se a outras semelhantes já conhecidas na semana passada. Na altura, o BCE aliviou o cumprimento das exigências de rácios de capital por parte dos bancos da Zona Euro, num esforço para assegurar que as instituições financeiras vão continuar a financiar as famílias e empresas da região sem grandes preocupações regulatórias.

Novas operações para manter dólares e euros a circular

O BCE estima que o alívio de capital proporcionado totalize 120 mil milhões em capital CET1. “Esse alívio está disponível para os bancos absorverem perdas sem desencadear nenhuma ação de supervisão ou potencialmente financiar até 1,8 biliões de euros em empréstimos a famílias e empresas que precisam de liquidez extraordinária”, acrescenta.

Além destas medidas para a banca, o BCE espera apoiar o financiamento da economia através de um pacote de emergência que anunciou na quarta-feira à noite e que implica a compra de ativos públicos e privados no valor de 750 mil milhões de euros. Está, igualmente, a trabalhar em conjunto com outros bancos centrais para garantir a liquidez no mercado monetário.

Ainda esta sexta-feira, vários bancos centrais, incluindo o BCE, a Reserva Federal (Fed) norte-americana, o Banco do Japão e o Banco de Inglaterra, anunciaram uma nova ação coordenada para facilitar o acesso a dólares, através de operações semanais de financiamento em dólares com vencimento em 84 dias, que irão decorrer até, pelo menos, ao final de abril.

“Para melhorar a eficácia dos acordos de troca de divisas e fornecer financiamentos em dólares norte-americanos, estes bancos centrais concordaram em aumentar a frequência das operações com vencimento a sete dias de semanais para diárias”, indicaram em comunicado o BCE, a Fed, o Banco do Japão, o Banco de Inglaterra, o Banco do Canadá e o Banco Nacional Suíço.

Da mesma forma, o BCE abriu uma linha swap em euros com o banco central da Dinamarca. “O BCE e o Danmarks Nationalbank reativaram hoje [sexta-feira] um acordo de moeda (linha swap) e aumentaram o valor máximo a ser emprestado pelo Danmarks Nationalbank de 12 mil milhões para 24 mil milhões de euros. Este acordo permanecerá em vigor pelo tempo que for necessário. O objetivo da reativação é que o Danmarks Nationalbank forneça liquidez em euros às instituições financeiras dinamarquesas”, acrescenta.

(Notícia atualizada às 16h00)

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Covid-9. Galp oferece 29 ventiladores ao SNS, combustível ao INEM e energia às IPSS

A petrolífera mantém a rede de gasolineiras a funcionar e a entrega de garrafas de gás ao domicílio. Quanto à luz e gás natural, garante que não vai cortar o fornecimentos em contexto de pandemia.

Em comunicado, a Galp informou esta sexta-feira que vai disponibilizar 29 ventiladores a hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os primeiros oito ventiladores serão entregues no imediato e os restantes no decurso da próxima semana, e de acordo com as necessidades dos hospitais.

“Em resultado da escassez deste tipo de equipamentos, os ventiladores são de diversas tipologias, mas todos devidamente homologados com a certificação CE, para utilização imediata”, explicou a petrolífera.

Quanto às gasolineiras da marca, a Galp garante que a rede de postos está a funcionar praticamente na totalidade e sem constrangimentos de abastecimento, com incentivo ao pagamento eletrónico nos terminais das bombas ou via Mbway/contactless, sempre que possível. A rede de gás de garrafa (GPL) está igualmente operacional com entrega ao domicílio com reforço da higienização dos colaboradores e da distância de segurança de clientes.

Na luz e gás residencial e para empresas, a Galp garante que “não efetua cortes de fornecimentos em contexto de pandemia. Estamos solidários com os portugueses neste momento difícil que todos atravessamos”.

Além disso, a Galp disponibilizou também com efeitos imediatos acesso a combustível para os veículos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), incluindo as ambulâncias que transportam doentes infetados, assim como as viaturas das equipas que se têm multiplicado nas deslocações para recolha domiciliária de amostras para análise.

“Ao mesmo tempo que dá resposta a este acréscimo de missões resultantes da pandemia do Covid-19, o INEM continua a assegurar diariamente o funcionamento de serviços essenciais à população, como é o caso da emergência médica pré-hospitalar. Motociclos, ambulâncias, unidades móveis de intervenção psicológica, viaturas médicas, viaturas de intervenção em catástrofe e helicópteros do INEM mantêm a sua operacionalidade, envolvendo centenas de equipas todos os dias, visando assegurar o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica e a resposta às vítimas de acidente ou doença súbita”, explicou a empresa no mesmo comunicado.

No pacote de apoios da Galp soma-se ainda a oferta de um mês de consumo de eletricidade e gás natural para um universo de cerca de 500 Instituições Públicas de Solidariedade Social suas clientes, que inclui lares de idosos, centros de dia, casas de repouso e associações de reformados e pensionistas, jardins-de-infância, CERCIs, Santas Casas da Misericórdia, Centros paroquiais ou outros centros sociais. Este apoio energético pode ser ativado no período que a instituição achar adequada, sublinha a Galp.

À data já estão inscritas IPSS que representam mais de 26.000 beneficiários em 14 distritos de Portugal: Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

A Galp cedeu igualmente o seu espaço publicitário à Direção Geral de Saúde para divulgação das mensagens de prevenção à escala nacional relativas à Covid-19. Nesta cedência incluem-se mupis e outdoors, num total de mais de 2.500 posições da JC Decaux e da Cemark, além de espaços nos canais digitais num conjunto de sites de referência num total de 346.222 impressões. A campanha tem início esta sexta-feira, 20 de março, e decorrerá até 31 de março.

(Notícias atualizada)

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Lisboa suspende recolha porta-a-porta de papel e plástico. Ecopontos continuam operacionais

A Câmara Municipal de Lisboa decidiu suspender "temporariamente" a recolha porta-a-porta de papel e plástico, por "motivos do combate à pandemia". Não desmobiliza no cumprimento das metas ambientais.

A Câmara Municipal de Lisboa decidiu suspender temporariamente a recolha de material reciclável porta-a-porta, tal como papel e plástico, por “motivos do combate à pandemia”. A autarquia sublinha, no entanto, que a recolha de resíduos seletivos nos Ecopontos mantém-se.

Num comunicado, o município liderado por Fernando Medina esclarece que continua comprometido com “as metas ambientais mais ambiciosas” e que a suspensão temporária da recolha porta-a-porta de material reciclável “em nada altera esse compromisso”.

Além desta suspensão, também vai parar a “recolha seletiva porta-a-porta de vidro em entidades comerciais”. Já os resíduos indiferenciados passarão a ser recolhidos três vezes por semana, assinala a autarquia.

Quanto aos serviços de recolha a pedido, como de objetos volumosos ou resíduos de construção, também se encontram suspensos. Ao mesmo tempo, os Parques de Apoio à Higiene Urbana, para entrega de resíduos volumosos e/ou específicos “estão encerrados ao público”, informa a CML.

Em contrapartida, mantém-se a recolha seletiva de porta-a-porta de biorresíduos (resíduos alimentares e similares) “nas entidades comerciais e no projeto-piloto doméstico na Alta de Lisboa”, indica, assim como, a recolha resíduos seletivos nos Ecopontos de superfície e subterrâneos.

Perante esta decisão, a autarquia apela para que as famílias que tenham pessoas infetadas (ou sob suspeita) coloquem os resíduos “em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até 2/3 (dois terços) da sua capacidade”, sendo que estes sacos devem ser colocados “dentro de um segundo saco, também devidamente fechado, e depositados no contentor de resíduos indiferenciados”, conclui.

A medida foi tomada por forma a garantir a proteção da saúde pública dos trabalhadores envolvidos na recolha de lixo. Em Portugal, o número de pessoas infetadas com coronavírus passou para 1.020, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pela Direção Geral de Saúde. Até ao momento estão confirmadas seis vítimas mortais, mais três face aos últimos dados avançados.

(Notícia atualizada às 15h34 com mais informação)

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Estados Unidos cancelam emissões de vistos de entrada

  • Lusa
  • 20 Março 2020

Washington já tinha anunciado a suspensão de vistos comuns para “muitos países” dois dias antes, mas a medida tornou-se agora generalizada.

Os Estados Unidos suspenderam hoje as emissões de vistos comuns para todos os países, perante a crise sanitária causada pelo surto da doença covid-19, anunciou o Departamento de Estado.

“Todas os pedidos de vistos regulares ou vistos de imigração foram anulados”, a partir de hoje, disse o Departamento de Estado, através da conta da rede social Twitter.

Na medida do possível, embaixadas e consulados continuarão a emitir vistos de emergência“, acrescenta a mensagem, prometendo retomar os restantes serviços “o mais depressa possível”, mas sem fornecer uma data.

Washington já tinha anunciado a suspensão de vistos comuns para “muitos países” dois dias antes, mas a medida tornou-se agora generalizada.

Os Estados Unidos proibiram a entrada no seu território de estrangeiros vindos da maioria dos países europeus, encerram a fronteira com o Canadá hoje à noite e admitem limitar a circulação fronteiriça com o México.

Na conta de Twitter, o Departamento de Estado instou ainda todos os americanos a não saírem do país.

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Programa de Desenvolvimento Rural com execução e candidaturas alargadas

  • ECO e Lusa
  • 20 Março 2020

É também autorizada a apresentação de pagamentos intercalares “com faseamento da submissão da despesa e respetivo reembolso”.

O Ministério da Agricultura anunciou esta sexta-feira que, perante o impacto da Covid-19, decidiu prorrogar os prazos de execução dos projetos no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, bem como os de submissão de candidaturas.

“Dada a situação de emergência de saúde pública, causada pelo surto Covid-19, e tendo em conta os eventuais impactos na execução dos projetos, o Ministério da Agricultura informa das seguintes medidas relativas ao PDR 2020 – os prazos de execução física e financeira dos projetos, cuja data limite para fim de investimento ocorra entre 1 de março e 15 de junho de 2020, serão automaticamente prorrogados por três meses”, anunciou, em comunicado, o Governo.

De acordo com o ministério liderado por Maria do Céu Albuquerque, é também autorizada a apresentação de pagamentos intercalares “com faseamento da submissão da despesa e respetivo reembolso”.

Por outro lado, os prazos para a submissão de candidaturas, no âmbito dos anúncios que estão em curso, são alargados por 30 dias. “Caso tal venha a ser considerado necessário, estes procedimentos poderão ser revistos”, ressalvou o Ministério da Agricultura.

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Wall Street recupera. United Airlines dispara mais de 40%

Em mais uma sessão de alta volatilidade, as bolsas norte-americanas tentam uma recuperação ligeira. Empresas de viagens valorizam e as ações da United Airlines disparam mais de 40%.

As bolsas norte-americanas oscilam entre ganhos e perdas, em mais um dia de volatilidade nos mercados de capitais. Os sentimentos são mistos, com a mortalidade do novo coronavírus a atingir as 10.000 vítimas em todo o mundo, ao mesmo tempo que os estímulos dos bancos centrais trazem algum alívio aos investidores.

O S&P 500 já esteve a perder mais de 1%, mas tenta agora uma recuperação mais robusta, ganhando mais de 1,5%, a cotar nos 2.447 pontos. O mesmo se passou com o Dow Jones, que esteve a perder 0,38%, mas recupera agora acima de 1,8%. Apenas o tecnológico Nasdaq se tem mantido constantemente acima da linha de água, avançando 2,8%.

Uma das empresas que mais recupera é a United Airlines. Os títulos da companhia aérea disparam 41,09%, para 30,01 dólares, apesar de continuarem em mínimos de 2013. Também a empresa de cruzeiros Carnival Corporation tem sido uma das mais castigadas pela pandemia, mas avança 38% em bolsa, para 13,80 dólares por ação.

Em sentido inverso, algumas empresas de telecomunicações estão entre as que registam piores desempenhos. A Verizon desvaloriza 1,75%, para 52,65 dólares, enquanto os títulos da AT&T já esteve a afundar 8,15%, caindo agora 4,69%, para 29,69 dólares.

Perante a perceção de risco face à pandemia do coronavírus, os investidores também estão a comprar ativos de refúgio. O custo da onça de ouro ganha 1,22%, para mais de 1.497 dólares, enquanto o iene japonês valoriza face ao dólar.

(Notícia atualizada às 15h05 com bolsas a recuperarem)

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Contra a pandemia, 300 economistas dizem ao Conselho Europeu que “é tempo de eurobonds”

Grupo defende que, em vez de cada Estado-membro emitir a sua própria dívida pública para manter as economias a funcionar, a Zona Euro deveria adotar uma solução de partilha de risco.

“É tempo de solidariedade. É tempo de Eurobonds”. O apelo é feito por 300 economistas europeus, numa carta aberta ao Conselho Europeu, que consideram que a emissão de dívida pública comum aos países da Zona Euro é uma solução eficaz para financiar as medidas de travão ao impacto da pandemia de Covid-19.

“A crise do Covid-19 pode destruir a Zona Euro”, pode ler-se na carta, que Francisco Louçã (um dos economistas que assinou o manifesto) partilhou na sua página de Facebook. “Nenhum Estado membro deveria ter que recorrer a um bail-out ou assinar um novo memorando para acesso a fundos de emergência. Isto é uma crise europeia, exige uma solução europeia”.

O grupo defende que, em vez de cada Estado-membro emitir a sua própria dívida pública para manter as economias a funcionar, a Zona Euro deveria adotar uma solução de partilha de risco. E é isso que pede ao Conselho Europeu. “Precisamos de um instrumento comum de dívida para mutualizar os custos orçamentais no combate à crise. Agora é tempo de ação. É tempo de solidariedade. É tempo de Eurobonds”, defendem.

A ideia das Eurobonds tem mais de 30 anos, mas nunca avançou devido à oposição de países como a Alemanha. O tema voltou a estar em cima da mesa na reunião do Conselho Europeu extraordinário, realizado na terça-feira por videoconferência. Segundo a Bloomberg, foi lançado pelo italiano Giuseppe Conte, primeiro-ministro daquele que está a ser o país mais fustigado pela pandemia do Covid-19.

Mas pela primeira vez, houve abertura por parte da Alemanha. Aos jornalistas, a chancelar alemã Angela Merkel mostrou abertura para a hipótese, que durante a crise da dívida soberana tinha sido vista como uma linha vermelha pela Alemanha. Merkel solicitou ao ministro das Finanças alemão que analise a situação para que a Alemanha possa fazer parte desta potencial operação de emissão de dívida de vários países do euro. E remeteu o tema para a “reunião dos ministros das finanças”.

O grupo de economistas que defende a hipótese alguns dos mais reconhecidos especialistas europeus e norte-americanos. É o caso de Mark Blyth, Thomas Piketty, Gabriel Zucman, Giovanni Dosi, Alan Kirman ou Jean Paul Fitoussi. Inclui também dois portugueses, além de Francisco Louçã: Marina Costa Lobo e Amílcar Moreira.

Além destes, também o governador do Banco de Portugal é favorável à ideia. Carlos Costa considera que a Zona Euro deve utilizar a emissão de títulos de dívida comunitários para ultrapassar a crise provocada pelo impacto económico do coronavírus, argumentando que “não existe risco moral e o interesse é comum” a todos os países, num artigo de opinião publicado esta sexta-feira, no Jornal Económico.

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Iberdrola. Clientes podem pagar faturas de luz e gás de março e abril até ao final de julho

A empresa vai também flexibilizar o pagamento das faturas, mediante fracionamento dos valores faturados até 12 meses, sem cobrança de juros de mora.

Depois das recomendações da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e dos planos de contingência já avançados pela EDP, Endesa e Goldenergy, agora foi a vez da espanhola Iberdrola lançar um novo conjunto de ações com o objetivo de atenuar o impacto do coronavírus na vida dos seus clientes. Para isso, a elétrica suspende os cortes de energia e garante a continuidade do fornecimento de eletricidade e gás, reforça os canais de apoio digitais e implementa um plano de apoio ao pagamento das faturas.

Assim, a empresa informa que vai alargar o prazo de pagamento das faturas emitidas nos meses de março e abril de 2020 a um período de 90 dias (até fim de junho e julho, respetivamente), em substituição dos habituais 30 dias, para clientes residenciais. Vai também flexibilizar o pagamento das faturas, mediante fracionamento dos valores faturados até 12 meses, sem cobrança de juros de mora, aos clientes residenciais que o solicitem.

E vai ainda estender dos prazos de liquidação de montantes em dívida que cessariam em março até ao final do mês de abril, sem penalização de mora no atraso do pagamento, também para clientes residenciais.

Outra medida passa pela suspensão das já programadas interrupções de fornecimento de energia elétrica e de gás natural para clientes em Baixa Tensão Normal e Baixa Pressão (≤ 10.000 m3), de 13 de Março a 12 de abril de 2020.

“A satisfação dos clientes é o principal foco do trabalho da Iberdrola. No momento de emergência em que vivemos, a Iberdrola assume a responsabilidade de zelar pelo bem-estar, e segurança dos seus clientes. Para isso, sensíveis às dificuldades que as famílias portuguesas enfrentarão, a Iberdrola assume o compromisso de atenuar o impacto que possa advir do consumo de energia nas suas vidas, durante os próximos meses“, explicou a empresa em comunicado, acrescentando: “De acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde e da Direção Geral da Saúde em Portugal, a Iberdrola lança um plano de ações, onde, além de seguir as indicações da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, ativa medidas extraordinárias, com vista à minimização do impacto financeiro que pode resultar do atual panorama nas vidas dos seus clientes“.

No apoio ao cliente, todos os pedidos de informação ou solicitações deverão privilegiar os canais online, que foram reforçados. Já nos serviços de instalação e manutenção qualquer deslocação ficará restringida a situações consideradas urgentes.

“Todas as atividades de manutenção, visitas técnicas e instalações no âmbito de serviços prestados pela Iberdrola encontram-se suspensas por data indeterminada e serão realizadas em data futura. As inspeções às instalações de gás natural apenas se realizarão a clientes sem energia, com exceção de algumas zonas onde a inspeção apenas se realizará a clientes que viram o seu abastecimento interrompido”, refere o mesmo comunicado”.

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Salário do patrão do Pingo Doce subiu em 2019. Voltou a ganhar mais de dois milhões de euros

O total recebido subiu 8,8% face aos 1,9 milhões que Pedro Soares dos Santos tinha recebido em 2018. O salário médio dos trabalhadores do grupo aumentou 3%.

O salário do CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, aumentou no ano passado. O patrão da retalhista, que inclui a cadeia Pingo Doce, voltou ao restrito grupo de gestores que ganharam mais de dois milhões de euros. Entre remunerações fixas e variáveis, Soares dos Santos recebeu 2,07 milhões de euros.

O salário fixo do gestor fixou-se em 685 mil euros no ano passado, segundo revela o relatório e contas divulgado esta sexta-feira. Dividindo por 14 meses, o montante equivale a cerca 49 mil euros por mês. A este valor, acrescem ainda 1,08 milhões de euros de componente variável — atribuída e paga em 2019, na sequência da avaliação de desempenho no exercício de 2018 –, bem como 306.395,81 para o plano de pensões de reforma.

Feitas as contas, o salário fixo do líder do dono do Pingo Doce pagou 33% dos ganhos totais do gestor, com a remuneração variável e o contributo para o PPR a pagarem os restantes 67%. O total de 2,07 milhões de euros representa uma subida de 8,8% face aos 1,9 milhões que Pedro Soares dos Santos tinha recebido em 2018. O salário médio dos trabalhadores do grupo aumentaram 3% no mesmo período.

Este crescimento aconteceu num ano em que a Jerónimo Martins lucrou 433 milhões de euros, um aumento de 7,9% face ao alcançado no ano anterior. Além do CEO, também os trabalhadores receberam prémios graças a este resultado.

“Criámos 6.868 postos de trabalho, o que representa um aumento líquido de 6,3% comparativamente a 2018. Proporcionámos ainda 757 estágios em contexto real de trabalho nas diferentes companhias do grupo. Foram atribuídos 137 milhões de euros em prémios aos colaboradores, um aumento de 24% face a 2018, e 13.663 colaboradores foram promovidos, representando um aumento de 14% face a 2018″, refere ainda o relatório e contas.

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Graça Freitas recomenda 14 dias de quarentena a quem entrar em Portugal

A diretora-geral de Saúde anunciou que, a partir da próxima semana, "quem entrar em Portugal poderá ter de ficar em isolamento profilático durante 14 dias".

A diretora-geral da Saúde Graças Freitas recomenda uma quarentena a quem chegar ao país. No dia em que a Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou que o número de casos confirmados no país aumentou para 1.020, Graças Freitas referiu que, a partir da próxima semana, quem entrar em Portugal poderá ter de ficar em isolamento profilático durante 14 dias.

“Vamos lançar uma norma nova para os serviços se orientarem e a indicação genérica é que, quem entra em Portugal, deve ficar — ou vai ter de ficar — em isolamento profilático durante 14 dias”, anunciou a diretora-geral da Saúde. “Essa vai ser a indicação genérica. Dito isto, as autoridades de saúde competentes da região para onde as pessoas vão podem fazer uma avaliação mais fina do risco e tomar medidas que excecionem esta regra“.

Graças Freitas deixou, no entanto, em aberto se esta quarentena será ou não obrigatória, dizendo apenas que a regra será para entrar em vigor na próxima semana e que as autoridades de saúde terão liberdade para fazer a avaliação do risco, nomeadamente pelo destino de onde chega cada pessoa.

Portugal adotou medidas de controlo sanitário reforçado nos aeroportos, após uma reunião de ministros da Administração Interna da União Europeia, na segunda-feira. Divulgação de folhetos informativos, inquéritos epidemiológicos e observação visual dos passageiros que chegam a Portugal foram as medidas então anunciadas e que poderão ser reforçadas na próxima semana.

Foram cancelados voos (em especial de Espanha, Itália e China), mas as fronteiras aéreas portuguesas continuam abertas. O mesmo não acontece com as fronteiras terrestres e marítimas. Na mesma reunião de ministros ficou definido que os Estados membros podem decidir reintroduzir mecanismos de controlo de fronteira nas fronteiras internas da União Europeia, ou seja, no Espaço Schengen. Foi essa a decisão tomada por Portugal e Espanha com a reintrodução dos controlos terrestres nas fronteiras, onde existem agora apenas nove pontos de passagem terrestre.

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