S&P corta rating da TAP em três níveis devido à Covid-19

Agência atribuiu um rating de B, ou seja, no "lixo", à companhia aérea portuguesa por causa do coronavírus.

A Standard & Poor’s cortou o rating da TAP em três níveis devido ao impacto da pandemia de Covid-19. É a segunda agência de notação financeira a fazê-lo, depois de a Moody’s ter anunciado também um downgrade esta quinta-feira. Em ambos os casos está no nível de investimento especulativo.

A agência atribuiu um rating de longo prazo — que avalia a probabilidade de incumprimento da TAP — de B, com credit watch negativo — estava em BB-. Simultaneamente, a S&P reviu em baixa o rating da emissão de obrigações senior unsecured (375 milhões de euros com maturidade em 2024) para B, três degraus abaixo do rating atribuído em novembro.

“Esta revisão de rating insere-se num contexto sem precedentes de imposição de restrições governamentais à mobilidade das populações e rápida deterioração da conjuntura económica a nível mundial, em resultado da pandemia do vírus Covid-19, que afeta de forma particular todo o setor do transporte aéreo”, explica a TAP, em comunicado.

A operação da companhia aérea tem sido fortemente afetada pela pandemia de Covid-19. Restringiu as operações a apenas 15 destinos, deixando de operar nos restantes 75 em que operava até agora devido às restrições que os países estão a impor para travar a expansão do coronavírus. A decisão, que tem início a 23 de março, pode ser revista a qualquer momento e deverá durar até 19 de abril de 2020.

Pela mesma razão, esta quinta-feira, a Moody’s baixou igualmente vários ratings e a perspetiva da TAP, incluindo o de probabilidade de incumprimento, citando a exposição ao Brasil, Estados Unidos e Europa como agravante em pleno surto de Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meo, Nos e Vodafone preparadas para “horas de pico”, mas apelam à “utilização responsável” da internet

Num comunicado conjunto, as três principais telecoms portuguesas apela a uma "utilização responsável" da internet, mas dizem estar preparadas para "suportar as horas de pico".

As três principais operadoras de telecomunicações portuguesas — Meo, Nos e Vodafone — apresentaram ao Governo um plano para mitigar os impactos da pandemia do coronavírus. Num comunicado conjunto, apelam também à “utilização responsável da internet” para garantir o bom funcionamento das redes, ainda que garantam que estas “já estão dimensionadas para suportar as horas de pico” de tráfego.

“Os operadores têm vindo a reforçar a capacidade das suas redes, de modo a orientar essa capacidade para a geografia onde os utilizadores passam a estar, mais nas suas residências e menos nos centros de escritórios e empresariais”, salientam estas empresas. “As operadoras têm ainda tomado várias medidas no sentido de garantir que as suas equipas estão disponíveis, remotamente sempre que possível, e fisicamente quando estritamente essencial e viável, para assegurar a continuidade das operações”, referem.

Portugal está em estado de emergência e a generalidade da população é recomendada a permanecer em casa. Com milhões de portugueses a trabalharem remotamente, as empresas de telecomunicações “têm uma especial responsabilidade em garantir, na medida do possível, as condições de bom funcionamento dos serviços de comunicações, em particular a clientes e entidades críticas, bem como a proteção das operações em infraestruturas cruciais”, reconhecem as telecoms nacionais.

Além destas medidas e orientações, Meo, Nos e Vodafone comprometem-se a “assegurar que as funções críticas do Estado mantêm total conectividade”. Com efeito, garantem o reforço da rede “onde ele seja mais necessário”, mantendo para isso um “diálogo próximo com o Governo”.

Mas o plano apresentado pelas operadoras não se foca somente na integridade e na manutenção das redes de comunicações no país. As empresas instam o Governo à adoção de medidas que promovam a “contenção da expansão” do novo coronavírus. E avançam com um conjunto de seis propostas que vão da “suspensão de toda a atividade comercial presencial” à “promoção de uma maior racionalização da rede de lojas sujeitas à obrigatoriedade de abertura”, entre outras.

Na nota conjunta, estas empresas avançam ainda que “adotaram desde a primeira hora” práticas de “incentivo ao teletrabalho nas empresas”. Recordam que está em vigor uma oferta de 10 GB de tráfego de dados móveis a todos os clientes, particulares ou empresariais, que pode ser pedida até ao fim do mês e que se mantém em vigor por 30 dias contínuos.

No sexto e último eixo do plano remetido ao Executivo, Meo, Nos e Vodafone comprometem-se a “apoiar a comunidade”, assegurando “a manutenção de níveis de conectividade à comunidade”. “Os operadores têm também, através dos canais digitais de contacto, como o SMS e o email, informado e sensibilizando os clientes para que privilegiem a utilização dos canais digitais em detrimento dos canais presenciais”, apontam.

As telecoms concluem, indicando que, “dependendo da evolução” da pandemia do novo coronavírus, “estão ainda a articular medidas de reforço que possam contribuir para que o isolamento social permita, numa fase posterior, o mais rápido regresso à normalidade”.

Com Europa em teletrabalho, Netflix reduz qualidade

Milhões de cidadãos estão em modo teletrabalho na União Europeia, isolados nas respetivas casas, pelo que as redes de comunicações registam mais tráfego do que o habitual. A Comissão Europeia está atenta a esta questão, na pessoa de Thierry Breton, o comissário europeu para o mercado único.

Esta quinta-feira, Breton escreveu no Twitter que esteve à conversa por telefone com o líder da Netflix, Reed Hastings, sensibilizando-o para esta problemática. Considerando que as infraestruturas de telecomunicações “podem estar no limite”, o comissário recomendou todos os cidadãos a reduzirem a qualidade dos streamings de filmes e séries para o nível inferior, de forma a poupar largura de banda.

Ao final desta quinta-feira, a maior plataforma de streaming de conteúdos do mundo deu o braço a torcer, anunciando que vai baixar a qualidade do serviço na Europa por um período de 30 dias, de acordo com a BBC.

“Na sequência das conversações entre o comissário Thierry Breton e Reed Hastings, e tendo em conta os desafios extraordinários levantados pelo coronavírus, a Netflix decidiu começar a reduzir os bitrates em todos os streamings na Europa por 30 dias”, informou fonte oficial da empresa norte-americana.

Em linhas gerais, num streaming na internet, o bitrate influencia quão nítidos e fluidos são os vídeos. Ora, depois destas informações, também a Google adotou uma decisão semelhante para o serviço de vídeos YouTube.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h34)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia aumenta limite de ajudas estatais para 800 mil euros

A Comissão Europeia decidiu aumentar o limite das ajudas diretas dadas pelos Estados às empresas de 500 mil euros para 800 mil euros.

A Comissão Europeia decidiu esta sexta-feira, 20 de março, aumentar o limite das ajudas diretas dadas pelos Estados às empresas de 500 mil euros para 800 mil euros, por companhia. A medida foi anunciada pela vice-presidente executiva responsável pela concorrência, a dinamarquesa Margrethe Vestager.

Em causa estão as regras temporárias definidas que vão permitir ajudas de Estado — normalmente proibidas ou limitadas pelas regras europeias da concorrência — que estejam relacionadas com o impacto do coronavírus. O objetivo da Comissão Europeia é permitir que os Estados-membros assegurem “a disponibilidade de liquidez suficiente para todos os tipos de empresas e preservar a continuidade da atividade económica”.

Com as economias (quase) paralisadas, muitas empresas não estarão em funcionamento ou irão operar de forma limitada, o que poderá comprometer a sua capacidade para pagar dívida e salários, entre outras despesas, apesar de a sua situação financeira numa situação normal ser saudável.

As medidas de liquidez — em Portugal vão até aos 9,2 mil milhões de euros, cerca de 4% a 5% do PIB, tendo já sido pedida autorização a Bruxelas — deverão permitir as empresas “sobreviver” a este período sem entrar em falência. “O auxílio deve, por conseguinte, ajudar as empresas a resistir à contração e preparar uma recuperação sustentável”, escreve a Comissão Europeia.

“O impacto económico do surto de COVID-19 é grave. Precisamos de agir rapidamente para gerir o impacto no máximo das nossas possibilidades. E precisamos de agir de forma coordenada. Este novo Quadro Temporário permite aos Estados-Membros utilizar toda a flexibilidade prevista nas regras em matéria de auxílios estatais para apoiar a economia neste momento difícil“, afirmou Vestager.

Os cinco tipos de auxílios estatais permitidos

Este quadro temporário — que durará até ao final deste ano, mas poderá ser prorrogado — “reconhece que toda a economia da UE está a atravessar uma perturbação grave”. Contudo, “dada a dimensão limitada do orçamento da UE, a principal resposta provirá dos orçamentos nacionais dos Estados-Membros“. Assim, define cinco tipos de auxílios que os países podem dar às empresas:

1) Subvenções diretas, benefícios fiscais seletivos e adiantamentos: os Estados-Membros poderão criar regimes de subvenções que poderão ir até 800 mil euros para ajudar uma empresa a fazer face a necessidades urgentes de liquidez.

2) Garantias estatais para empréstimos contraídos por empresas junto de bancos: os Estados-Membros poderão fornecer garantias estatais para garantir que os bancos continuem a conceder empréstimos aos clientes que deles necessitem.

3) Empréstimos públicos subvencionados às empresas: os Estados-Membros poderão conceder às empresas empréstimos com taxas de juro bonificadas. Estes empréstimos podem ajudar as empresas a cobrir as necessidades imediatas para fundo de maneio e investimento.

4) Salvaguardas para os bancos que canalizam os auxílios estatais para a economia real: alguns Estados-Membros tencionam desenvolver as capacidades de concessão de crédito atuais dos bancos e utilizá-las como canal de apoio às empresas, em especial pequenas e médias empresas. O quadro deixa claro que esses auxílios são considerados auxílios diretos aos clientes dos bancos, não aos próprios bancos, e dá orientações sobre a forma de assegurar uma distorção mínima da concorrência entre os bancos.

5) Seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo: o quadro introduz uma maior flexibilidade quanto à forma de demonstrar que determinados países não são riscos negociáveis, permitindo assim que o Estado forneça um seguro de crédito à exportação a curto prazo, sempre que necessário.

Além destas ajudas de Estado, a Comissão Europeia relembra que os países podem “introduzir alterações de aplicação geral a favor das empresas (diferimento de impostos, concessão de subvenções ao trabalho reduzido em todos os setores, etc.), que não são abrangidas pelas regras em matéria de auxílios estatais”. No caso de Portugal, as medidas referidas já estão a ser implementadas.

Podem igualmente conceder indemnizações às empresas pelos danos sofridos e diretamente causados pelo surto de COVID-19″, acrescenta Bruxelas, argumentando que “esta medida pode ser útil para apoiar setores particularmente afetados, como os transportes, o turismo, a hotelaria e o comércio retalhista”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguradoras vão acelerar pagamentos de indemnizações

  • ECO Seguros
  • 20 Março 2020

Hospitais públicos e privados são prioritários na aceleração de pagamentos, afirma associação das seguradoras. Companhias estão abertas a serem flexíveis com segurados e prestadores de serviços.

Disponibilização das linhas de assistência a clientes, aceleração no pagamento de sinistros e disponibilidade para estudar dificuldades financeiras de clientes e prestadores de serviços são medidas que as empresas de seguros a adotar no seu contributo para a mitigação de alguns dos inconvenientes derivados da situação resultante do estado de emergência declarado pelo Presidente da República na passada quarta-feira, em consequência da pandemia Covid-19.

“As companhias estão a acelerar os pagamentos em caso de sinistro, em especial aos Hospitais, públicos e privados, contribuindo, assim, para a disponibilização de recursos financeiros necessários ao enfrentamento de previsíveis acréscimos de custos ou para fazer face a redução de receita”, diz a APS – Associação Portuguesa de Seguradoras, que representa 99% das companhias de seguros a atuar em Portugal.

As associadas garantem ainda a “disponibilidade para estudar, caso a caso, situações de dificuldade dos prestadores que regularmente colaboram com o setor e se vêm fortemente limitados na sua capacidade de trabalho, assim como de clientes relativamente ao pagamento dos prémios de seguro, adotando medidas flexíveis sempre que as circunstâncias o justifiquem e possibilitem.”

Realidade já notada, desde a última semana, é a mobilização das linhas de assistência das seguradoras aos clientes para esclarecimento de dúvidas e no apoio ao diagnóstico. A APS salienta ainda a disponibilidade das seguradoras para pagar os custos dos testes de Covid-19 no âmbito dos seguros de saúde, sempre que haja a necessária prescrição médica.

Companhias simplificam processos. “Cartas verdes” enviadas por email

A APS revela que estão a ser avaliadas neste momento, junto do Governo e do regulador, a “adoção de medidas legislativas ou regulatórias que assegurem a simplificação e flexibilidade de alguns procedimentos, em benefício dos clientes e beneficiários dos seguros, nomeadamente a simplificação do processo de emissão e envio das denominadas ‘cartas verdes’, associadas ao seguro obrigatório automóvel, permitindo o seu envio por meio eletrónico e a preto e branco”.

O comunicado refere igualmente que “as empresas de seguros vão respeitar e dar execução, de modo rigoroso e tempestivo, a todas as medidas adotadas no quadro do estado de emergência declarado e que tudo estão a fazer para manter a maior normalidade na área de subscrição, gestão de sinistros e na necessária assistência aos seus clientes, segurados e beneficiários.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Continental em Vila Real reduz força de trabalho para cerca de um terço por causa do vírus

A unidade industrial da Continental, em Vila Real, vai reduzir para cerca de um terço o número de colaboradores, a partir de segunda-feira. Capacidade de produção encolhe para 60%.

Depois de a Continental Mabor em Famalicão ter decidido suspender a produção, agora é a unidade industrial da Continental, em Vila Real, que vai reduzir a força de trabalho para cerca de um terço. A medida, que surge como resposta à pandemia, entra em vigor a partir da próxima segunda-feira por um período entre quinze dias a um mês, diz o diretor geral da Continental Advanced Antenna Portugal, Miguel Pinto, ao ECO.

“É uma medida temporária e integrada no plano de contingência da empresa. Vamos reduzir para 60% a nossa capacidade e estarão a trabalhar apenas um terço dos funcionários, como forma de minimizar o impacto e ao mesmo tempo garantir que a produção não pára. Temos que manter asseguradas as necessidades mínimas dos nossos clientes, porque existem fábricas que continuam a operar fora da Europa e nós temos que continuar a fornecer”, explica Miguel Pinto.

A Continental Advanced Antenna Portugal, que produz componentes para automóveis, é uma das maiores empregadoras privadas no distrito de Vila Real. Ao todo, a empresa conta com cerca de 570 funcionários.

Face à situação atual, Miguel Pinto, refere que neste momento a empresa já mandou alguns trabalhadores para casa em regime de teletrabalho e que vão enviar mais alguns de forma a evitar a propagação do vírus que já infetou mais de mil pessoas, em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mesmo antes do vírus, FMI já previa recessão em Itália

O FMI divulgou uma análise que fez à economia italiana antes do vírus e já antecipava uma recessão. O problema é ainda maior agora que o país é o mais afetado pelo coronavírus em todo o mundo.

A prioridade em Itália é resolver o problema de saúde pública, mas os italianos têm de se preparar para a recessão económica que vem aí. Segundo uma análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada esta sexta-feira, a economia italiana já iria entrar em recessão em 2020 mesmo antes do surto do vírus ter tornado o país no mais afetado neste momento.

O relatório (Country Report) foi preparado com a informação disponível até 28 de janeiro e, por isso, não tem em conta a (quase) paralisação da economia italiana cujo objetivo é conter a propagação do vírus para não sobrecarregar o sistema de saúde, o que já está a verificar-se. Esta é a “correta prioridade de curto prazo” que conta com a solidariedade do FMI que “expressa a sua simpatia aos italianos e às autoridades pelo elevado custo humano e económico da pandemia“.

No entanto, é possível concluir que — mesmo sem aquele que se espera que seja um grande impacto na economia — Itália já ia entrar em recessão em 2020 com uma contração de 0,6% do PIB, segundo as previsões do FMI. De igual forma, a taxa de desemprego, o défice orçamental e a dívida pública já iriam subir.

Numa nota técnica noticiada pela Bloomberg há duas semanas, também os técnicos da Comissão Europeia antecipavam uma recessão em Itália, a já a contar com o impacto do vírus. Segundo a Lusa, o instituto de investigação italiano REF Ricerche prevê que a economia vá contrair 8% no primeiro semestre do ano. E no Ministério das Finanças italianos já se trabalha com um novo número: uma contração anual de 3%, de acordo com a Reuters.

O Fundo elogia as respostas “resolutas” das autoridades, incluindo as “mais recentes medidas decisivas”, mas pede que haja ação “coordenada” a nível regional (Zona Euro) e internacional para combater os efeitos adversos da pandemia. Certo é que “o surto amplificou muito as incertezas e os riscos descendentes relativos às perspetivas futuras” da economia italiana.

Quando passar o problema de saúde pública, o Fundo considera ser necessário implementar um “pacote de medidas amplo para aumentar o crescimento potencial e melhorar a resiliência”, o que deverá incluir reformas estruturais para subir a produtividade e o investimento, uma consolidação orçamental “credível” a médio prazo para baixar a dívida pública e medidas para ajudar o setor da saúde a nível financeiro.

A equipa do FMI está a monitorizar a crise de saúde e irá continuar a trabalhar para avaliar o impacto e as respostas políticas em Itália e a nível mundial.

(Notícia atualizada às 14h26 com mais previsões)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 dita o fim da edição impressa da Playboy

Playboy não resistiu ao surto do covid-19 e anunciou que a revista vai deixar de ser editada em versão papel. A edição da primavera será a última do ano nos EUA.

 

O coronavírus ditou o fim da edição impressa da revista fundada há 66 anos por Hugh Hefner. A Playboy anunciou esta quinta-feira que a edição da revista vai passar a ser exclusivamente em versão digital.

“Face aos condicionamentos decidimos que a edição da primavera 2020, que chegará aos quiosques norte-americanos e em formato digital na próxima semana, será a nossa última edição impressa”, explica o CEO da Playboy Enterprises, Ben Koh.

“Na semana passada, à medida que se tornava cada vez mais clara a disrupção que o a pandemia do coronavírus causaria à nossa produção de conteúdos e à cadeia de distribuição, fomos forçados a acelerar uma conversa que andávamos a ter internamente”, escreveu Ben Koh, CEO da empresa Playboy Enterprises, numa carta aberta publicada na plataforma Medium.

O ano passado, a revista norte-americana deixou de ter uma periodicidade mensal nos EUA para passar a ser trimestral. Com a queda nas vendas e com esta pandemia que já infetou mais de 245.000 pessoas em todo o mundo, a revista fundada por Hugh Hefner passa a ser exclusivamente um conteúdo digital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Casos de coronavírus sobem para 1.020. Há seis mortos

  • ECO
  • 20 Março 2020

O número de infetados com coronavírus aumentou para 1.020, mais 235 do que esta quinta-feira. As vítimas mortais duplicaram para seis, anunciou a Direção-Geral de Saúde.

O número de pessoas infetadas com coronavírus passou para 1.020, um aumento de 235 face a esta quinta-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS). Até ao momento estão confirmadas seis vítimas mortais, mais três face aos últimos dados avançados.

De acordo com a informação oficial, dos 1.020 casos confirmados, 506 situam-se no norte do país, 361 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 106 no centro, 29 no Algarve e dois na zona do Alentejo. No que diz respeito às regiões autónomas, há um caso confirmado na Madeira e três nos Açores, tal como esta quinta-feira. Do total de casos “importados”, a maioria foram cidadãos que vieram de Espanha (31), seguindo-se França (24) e Itália (20).

O boletim epidemiológico divulgado esta sexta-feira aponta ainda para 7.732 casos suspeitos e 850 pessoas à espera de resultado laboratorial. Há 9.008 pessoas sob vigilância, nomeadamente por terem estado em contacto com pessoas infetadas pelo novo coronavírus. Contam-se ainda 126 internados, dos quais 26 estão nos cuidados intensivos. De todos os infetados até ao momento, cinco já recuperaram.

No que diz respeito às vítimas mortais, estas aumentaram para seis, o dobro das anunciadas pelas DGS esta quinta-feira. O autarca de Ovar anunciou esta quinta-feira um caso no concelho, seguido do autarca de Paços de Ferreira esta manhã, que anunciou outro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Plataforma de Media Privados defendem “medidas urgentes” para setor

  • ECO
  • 20 Março 2020

A Plataforma de Media Privados manifestou a sua preocupação perante a ausência de um programa de ação dirigido aos media, face aos impactos do novo coronavírus, e defendeu "medida urgentes".

O Governo apresentou um conjunto de medidas para mitigar o impacto económico do novo coronavírus nos diversos setores em Portugal. No entanto, apesar de encarar positivamente as medidas anunciadas pelo Executivo, a Plataforma de Media Privados (PMP), que reúne cinco grupos de média privados, apela para a criação de um programa dedicado aos media.

A Plataforma, que representa os grupos Cofina (que detém o Jornal de Negócios e a Correio da Manhã, entre outras publicações), Global Media (dono da TSF, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Dinheiro Vivo, entre outros), Media Capital (TVI, Rádio Comercial, entre outros), Público e Renascença considera que a atual crise “terá fortes impactos negativos em todo o tecido económico e social”, nomeadamente na queda de receitas, “os fortes acréscimos de custos, as dificuldades na produção, logística e distribuição de publicações”, aponta em comunicado.

Nesse sentido, a PMP considera que “se nada for feito” para apoiar os grupos de media, que pretendem “manter-se ao serviço de todos”, poderá estar comprometida a sobrevivência dos mesmos.

Perante isto, a plataforma pede “medidas urgentes” ao Governo, apontando que “não pode deixar de exprimir a sua surpresa e preocupação face à ausência de um programa de ação dirigido aos media“. E adianta: “Pelos profundos impactos da atual crise sobre o setor, não esperamos menos do que o previsto para os setores do turismo e da cultura”.

Apesar de encarar positivamente as medidas anunciadas pelo Governo no tocante à flexibilização das contribuições tributárias, registamos que nada é avançado para eliminar a situação de imoralidade fiscal de que beneficiam as plataformas e outros concorrentes globais instalados no nosso território“, aponta a PMP.

“A introdução de obrigações sobre estes atores permitiria, a um tempo, mitigar os efeitos orçamentais negativos da crise e introduzir decência no mercado, agora especialmente fragilizado”, prossegue ainda a Plataforma de Media Privados.

A plataforma refere ainda que o estado de emergência decretado pelo Presidente da República e em vigor até dois de abril “não deve colocar entraves ao funcionamento da cadeia de valor informativa, da produção à distribuição, incluindo a manutenção dos pontos de venda”, pois “não teremos forma de cumprir a nossa missão se tal não se verificar, e todos ficaríamos a perder“, alerta.

Por fim, a PMP “manifesta o seu total empenho na ultrapassagem da grave crise sanitária provocada pelo vírus covid-19”, referindo que os media portugueses “têm demonstrado uma abnegação sem reservas, não se furtando a riscos e sacrifícios no exercício da sua missão”.

Na quinta-feira, o Dinheiro Vivo noticiou que a PMP, constituída pelos grupos editoriais Cofina, Global Media, Impresa, Media Capital, Público e Renascença, vai pedir um plano de resgate para os media em Portugal para mitigar o impacto da pandemia do novo coronavírus.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM recomenda AG à distância. Pede cuidado às auditoras

Supervisor liderado por Gabriela Figueiredo Dias emitiu esta sexta-feira uma série de recomendações para limitar o risco gerado pelo surto de coronavírus.

A pandemia de Covid-19 está a obrigar a mudanças nos mercados financeiros e levou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a emitir recomendações sobre o que devem cotadas, auditoras e gestores fazer. Avisa os supervisionados que têm de continuar a comunicar informação relevante ao mercado (nomeadamente sobre o impacto do vírus), pede que as assembleias gerais de acionistas se realizem por teleconferência e que as auditoras tenham especial cuidado.

“A CMVM está a acompanhar em permanência e atentamente os desenvolvimentos decorrentes da pandemia do novo coronavírus (designado por Covid-19), em particular os seus efeitos sobre a evolução dos mercados nacional e internacional, e da atividade das entidades que operam no sistema financeiro, em particular as sujeitas à nossa supervisão, bem como os riscos para os investidores”, começa por explicar o supervisor, apelando a comportamentos “serenos, ponderados e informados”.

Nesse sentido, o supervisor liderado por Gabriela Figueiredo Dias diz estar a monitorizar os planos de continuidade de negócio dos supervisionados na adaptação ao teletrabalho, bem como a comunicação imediata da ativação de planos de emergência. “Esclarecer que os planos de continuidade de negócio devem assegurar a capacidade de cumprimento de todos os deveres legais e regulatórios, nomeadamente de reporte de informação e de salvaguarda dos direitos dos investidores”, sublinha.

Explica que situações de dificuldades de cumprimento dos reportes legais serão avaliadas individualmente. E avisa as empresas que têm de comunicar ao mercado o impacto atual e potencial da Covid-19.

“Os emitentes devem (…) divulgar logo que possível toda a informação relevante sobre os impactos do Covid-19 no seu negócio, situação financeira e desempenho económico“, avisa a CMVM, dizendo que este reporte pode ser feito no relatório financeiro anual de 2019. “A existência de informação de qualidade é essencial à boa formação de preços no mercado e mercados abertos são importantes para que os investidores possam continuar a investir, ter acesso a liquidez, reequilibrar carteiras e cumprir as suas obrigações”.

Acionistas em teleconferência e shortselling limitado

As recomendações sobre informação não passam só pela comunicação ao mercado, mas também pela auditoria. A CMVM pede aos auditores que implementem procedimentos e práticas que garantam a qualidade da auditoria. “Num período de apresentação de contas por essas empresas e entidades, importa assegurar que os auditores desempenham as suas atividades tendo em conta todas as circunstâncias relevantes e no cumprimento das normas aplicáveis”, alerta.

Numa altura de apresentação de resultados do ano passado, a CMVM recomenda que as assembleias gerais de acionistas decorram “recorrendo a meios telemáticos e que as interações preparatórias assentem na utilização de meios de comunicação eletrónicos e à distância, com vista a compatibilizar o exercício dos direitos dos acionistas com elevados padrões de segurança, saúde e bem-estar de todos os envolvidos”.

Do lado dos investidores, a CMVM já tinha comunicado que o supervisor europeu limitou o shortselling por considerar que as posições curtas poderão exacerbar a situação de crise. Fica agora aberta a porta a que este seja totalmente proibido, tal como já aconteceu noutros países. A CMVM diz estar a “avaliar numa base permanente a possibilidade de introduzir proibições temporárias de constituição ou de reforço de posições curtas sobre ações transacionadas no mercado nacional”.

Já no que diz respeito a grandes investidores, o supervisor quer ter mais informação dos gestores de ativos. Quer reforçar as obrigações de reporte de informação que seja vital à avaliação das consequências das circunstâncias decorrentes do Covid-19, nomeadamente aumentando a frequência do reporte de algumas obrigações, em especial no âmbito da gestão de ativos, sendo nestes casos requerida informação diária.

“Em linha com a posição publica da ESMA de 18 de março, [a CMVM vai flexibilizar] as obrigações de reporte das empresas de investimento e outras entidades obrigadas à comunicação aos repositórios de transações das operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização, adotando uma abordagem baseada no risco e proporcional”, aponta a CMVM.

(Notícia atualizada às 12h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lidl Portugal contrata 500 pessoas para responder à procura devido ao coronavírus

Face ao aumento exponencial da procura de bens essenciais devido ao coronavírus, a cadeia de supermercados alemã em Portugal, quer reforçar as equipas nas 258 lojas em todo o país.

O Lidl Portugal está a contratar 500 pessoas para responder ao aumento da procura e afluência nas lojas devido à progressão do novo coronavírus. O grupo quer aumentar as equipas nas 258 lojas e nos quatro entrepostos, de norte a sul do país.

Na mesma nota, o Lidl Portugal refere ainda que está em contacto com fornecedores para garantir o fornecimento de bens essenciais aos portugueses e está a reforçar as medidas de higiene e segurança em todas as lojas para minimizar os riscos de contágio.

“O Lidl quer fazer a sua parte para salvaguardar a economia, a criação de emprego em momentos como estes é fundamental. As equipas têm feito a diferença ao trabalharem arduamente para garantir que os portugueses encontram nas nossas lojas tudo o que procuram, mas esta é uma época sem precedentes e, por isso, precisam de mais ajuda”, sublinha Maria Román, diretora-geral de recursos humanos do Lidl Portugal.

Para reforçar as medidas de higiene e segurança, o Lidl disponibiliza gel desinfetante em todas as lojas e entrepostos, a limpeza de materiais e equipamentos e criou uma estrutura acrílica nas caixas de pagamento para reduzir o contacto físico entre os trabalhadores e os clientes. O Lidl colocou marcas no chão para assinalar a distância de segurança, na linha de caixa, e está a sensibilizar os clientes a optar pelo pagamento com cartão, através do sistema contacless ou MB Way, em vez de dinheiro.

“A empresa, consciente do seu papel na garantia do bem-estar social, está empenhada em unir esforços para não falhar com os portugueses“, sublinha o grupo em nota de imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa distribuidora do Pingo Doce está a contratar entre 200 a 300 pessoas

  • ECO
  • 20 Março 2020

A pandemia do Covid-19 provocou um aumento da procura nos sites de retalho. A empresa distribuidora do Pingo Doce está a contratar entre 200 a 300 pessoas.

Após ser decretado o estado de emergência como forma de contenção do Covid-19, os portugueses viram restringidas as suas saídas ao exterior. Apesar das idas aos supermercados continuarem a ser possível, a empresas de retalho tem verificado um aumento das compras nos sites online. A distribuidora do Pingo Doce procura entre 200 a 300 pessoas para responder procura, segundo avançou a TSF.

Face a este aumento, as empresas não têm mãos a medir e já ponderam contratar mais mão de obra. A Mercadão, que assegura as entregas ao domicílio do Pingo Doce, revelou que os pedidos “triplicaram” e assegura que vão reforçar a equipa com mais 200 a 300 pessoas, segundo a TSF.

“A nossa equipa tem cerca de 150 pessoas, contudo não é suficiente para fazer face aquilo que tem sido a procura extraordinário que estamos a registar”, referiu Gonçalo Soares da Costa, diretor executivo da Mercadão, à TSF. A Mercadão pondera ainda assegurar a distribuição dos pedidos através de plataformas como a Uber. Superfícies comerciais como Auchan e Continente também estão a sentir o impacto do Covid-19 nas suas plataformas online.

No Continente Online, o surto de coronavírus fez a procura quadruplicar e já só é possível agendar entregas para meados de abril. No Auchan, entrar no próprio site é complicado, já que 70 mil pessoas, em média, têm tentado fazer compras ao mesmo tempo. De notar que, mesmo em estado de emergência, os supermercados (físicos) mantém-se abertos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.