Covid-19: Bicicletas partilhadas deixam de rolar por Lisboa. Câmara põe rede GIRA fora de circulação

No início da semana, a CML garantiu que "a adoção de medidas de desinfeção das bicicletas do sistema partilhado GIRA" permitiria manter o sistema em funcionamento.

A Câmara Municipal de Lisboa anunciou que a operação da Rede de Bicicletas Partilhadas de Lisboa – GIRA está “provisoriamente suspensa”. Os motivos para esta decisão são dois: a declaração de Estado de Emergência pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na quarta-feira, e também “tendo em conta a quebra de utilização verificada“.

Quanto aos passes GIRA ativos, a autarquia diz que será dada a prorrogação da vigência dos mesmos, “pelo período equivalente ao que durar esta suspensão”.

Esta decisão anula o que a Câmara Municipal de Lisboa tinha afirmado no início desta semana, quando garantiu que “a adoção de medidas de desinfeção das bicicletas do sistema partilhado GIRA” permitiria manter o sistema em funcionamento, “recomendando-se o estrito cumprimento das regras de higiene individual”.

No início desta semana, a EMEL, empresa municipal de estacionamento de Lisboa, tinha já a anunciado que vai deixar de cobrar parquímetros durante a semana e todo o dia durante os fins de semana e feriados até ao próximo dia 9 de abril. Além da suspensão do pagamento de estacionamento na via pública, a empresa decidiu também pelo estacionamento gratuito para residentes em parques da EMEL. Suspenso está também o bloqueamento de veículos, “mas será reforçada a fiscalização e remoção de veículos em infração”.

“Considerando que: uma maior imobilização dos cidadãos na cidade de Lisboa, conduz a um maior número de veículos estacionados, que em condições normais sairiam do local de residência, junto a casa dos residentes, e que muitos destes veículos de residentes não terão dístico; se regista uma quebra de procura o transporte público, não existindo, portanto, pressões significativas de estacionamento na envolvente do transporte público pesado em zonas residenciais […] A Câmara Municipal de Lisboa toma as seguintes medidas: suspensão do pagamento na via pública; estacionamento gratuito nos parques da EMEL dos veículos com dístico de residente válido; alargamento de todas as avenças noturnas de residente existentes nas concessões Empark para avenças 24h, ou seja, passa a ser possível ao titular dessa avença o estacionamento 24h sem custo acrescido”, explicou a autarquia em comunicado.

Nas ruas, as equipas de fiscalização da EMEL e a divisão de trânsito da Polícia Municipal continuarão, no entanto, a assegurar a fiscalização do estacionamento da cidade. “Os meios serão reforçados e alocados na manutenção de canais de circulação livres, incluindo veículos que limitem a circulação de outros veículos, em particular de emergência, acessos a propriedades incluindo garagens, ou qualquer infração que ponha em causa a segurança ou a livre circulação de pessoas e veículos”, acrescenta ainda o mesmo comunicado.

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Governador do Banco de Portugal defende emissão de eurobonds para responder à crise

O governador do Banco de Portugal considera que "não existe risco moral e o interesse é comum" pelo que a Zona Euro tem de avançar com a emissão de eurobonds.

O governador do Banco de Portugal considera que a Zona Euro deve utilizar a emissão de títulos de dívida comunitários, apelidadas de eurobonds, para ultrapassar a crise provocada pelo impacto económico do coronavírus. Num artigo de opinião publicado esta sexta-feira, no Jornal Económico, Carlos Costa argumenta que “não existe risco moral e o interesse é comum” a todos os países.

Perante a (quase) paralisação da economia a nível mundial, incluindo Portugal e a Zona Euro, os economistas já antecipam uma forte “pancada” no PIB, apesar de a incerteza limitar a capacidade de fazer previsões. Há várias instituições (Comissão Europeia ou bancos de investimentos) que dão como certo que haverá, no mínimo, uma recessão que terá impacto nas empresas e nos trabalhadores.

Assim, o governador do Banco de Portugal considera que é essencial que se atue tanto na procura como na oferta “por forma a salvaguardar os rendimentos e o potencial produtivo durante a duração da pandemia, garantindo que os empregos ainda estão disponíveis quando os trabalhadores regressarem do isolamento profilático e se iniciar a recuperação deste choque”.

Na Zona Euro, tal passa pela ação do Banco Central Europeu (BCE) mas também dos Estados-membros. “A política monetária está já proativamente em campo“, considera Carlos Costa, que faz parte do Conselho do BCE e na tomada de decisões, referindo-se ao novo programa pandémico de 750 mil milhões de euros. No total, tendo em conta as compras que já estavam ativas, o banco central fará aquisições de mais de um bilião de euros até ao final de 2020.

Mas os Estados também têm de utilizar a política orçamental e em força, como tem pedido a presidente do BCE, Christine Lagarde, nomeadamente dando garantias públicas aos financiamentos da banca à economia para “evitar o aumento do risco” e o “consumo de capital resultante de incumprimentos” no balanço dos bancos, considera o governador do Banco de Portugal, garantindo que “está a acompanhar o evoluir da situação em articulação com as autoridades competentes”.

É aqui que entra a emissão de eurobonds dada a necessidade de os Estados se endividarem para financiar os défices orçamentais. Para Carlos Costa, neste caso, “não existe risco moral e o interesse é comum”. Mais: “A causa não é idiossincrática, é transversal a todas as economias, e não tem origem em desequilíbrios da política económica“.

Já ontem o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, sinalizava que poderia vir a caminho algo novo: “Os países estão a tomar decisões fortes e estamos a explorar vias para intensificar a resposta política conjunta na UE”. Este sinal poderá estar relacionado com as apelidadas “coronabonds” (ou “eurobonds”, obrigações ao nível da Zona Euro com partilha de risco entre os países) que são admitidas pela primeira vez pelo Governo alemão.

Segundo a Bloomberg, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu ao seu ministro das Finanças, Olaf Scholz, para avaliar o tema, remetendo a discussão para o Eurogrupo. Ontem a agência de informação financeira também noticiou que o Governo alemão deverá deixar cair o travão constitucional à dívida pública no início da próxima semana, também algo inédito.

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Covid-19: Walmart quer contratar mais 150 mil trabalhadores até maio

Para responder ao aumento da procura, o grupo de distribuição norte-americano vai reforçar a equipa nos centros de abastecimento e distribuição. Os contratos serão em regime de trabalho temporário.

O grupo de distribuição norte-americano Walmart quer contratar 150.000 pessoas em regime part-time, até ao final de maio, para responder ao aumento da procura devido ao coronavírus. A empresa está à procura de profissionais para trabalhar nas lojas e nos centros de abastecimento e distribuição, avança a CNN (conteúdo em inglês, acesso gratuito).

Numa nota publicada na página oficial, a Walmart explica que, numa fase inicial, os contratos serão em regime temporário, mas podem vir a converter-se em contratos permanentes. Para conseguir contratar rapidamente, a empresa vai reduzir o tempo do processo de recrutamento de duas semanas para 24 horas.

“Sabemos que milhões de americanos, que normalmente estão empregados, estão temporariamente sem trabalho nesta fase e, ao mesmo tempo, sentimos uma forte procura nas nossas lojas. Queremos que as pessoas considerem a Walmart como uma forma de ganhar um dinheiro extra e prestar um serviço vital à comunidade“, sublinha na mesma nota o CEO da Walmart, Doug McMillon.

Mais de 500 milhões em bónus

A empresa adiantou ainda que, para premiar a “dedicação” e o “trabalho árduo” em tempo de crise, tem mais 500 milhões de dólares para distribuir pelos 2,2 milhões de trabalhadores que emprega em todo o mundo. Para os trabalhadores a full-time, o bónus será de 300 dólares — o equivalente a 277 euros –, e quem tem contrato a part-time vai receber 150 dólares, cerca de 140 euros, já no início do próximo mês.

Esta semana, a empresa de e-commerce Amazon anunciou que está a planear contratar mais 100 mil funcionários para os armazéns e entregas, numa altura em que regista um aumento no número de encomendas devido ao coronavírus. Por cá, também a Multipessoal anunciou que está à procura de trabalhadores para assegurar os serviços mínimos em cadeias de distribuição. Esta sexta-feira, o Lidl anunciou a contratação de mais 500 pessoas para reforçar as equipas das suas lojas e entrepostos, de norte a sul, de forma a “dar a melhor resposta possível aos cidadãos no atual contexto do país”.

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Ainda não é este mês que funcionários públicos recebem salários com aumento

Os funcionários públicos ainda não vão receber este mês os salários aumentados. O diploma foi promulgado, na quinta-feira, mas não deverá chegar a tempo do processamento das remunerações.

Os aumentos de dez euros para os salários mais baixos de 0,3% para todos os outros ainda não serão sentidos este mês na carteira dos funcionários públicos. O diploma que fixa essas atualizações foi promulgado, na quinta-feira, pelo Presidente da República, de acordo com o Ministério de Alexandra Leitão. Não deverá chegar, contudo, a tempo do processamento das remunerações deste mês.

No final de fevereiro, o Ministério da Administração Pública deu por encerradas as negociações com sindicatos, tendo ficado fechado um aumento de dez euros para os salários até 683,13 euros e de 0,3% para todas as remunerações mais elevadas, com efeitos retroativos a janeiro de 2020.

Na nota distribuída pelos jornalistas na primeira reunião dessa ronda negocial, o Governo adiantava que esperava proceder a esses acerto com o vencimento de março, mas, a dez dias do fim do mês, o diploma que estabelece essas atualizações ainda não foi publicado em Diário da República. Resultado: o processamento regular das remunerações já deverá ter acontecido (em circunstâncias normais acontece a meio do mês) e não incluiu esse reforço.

Por exemplo, no último ano, o decreto-lei que determinou o aumento do “salário mínimo” do Estado para 635 euros entrou em vigor a 21 de fevereiro, chegando demasiado tarde para ser tido em conta nos salários desse mês. “Quando o diploma entrou em vigor, a generalidade dos serviços já tinha terminado o seu processamento ordinário”, garantiu a então secretária de Estado da Administração e do Emprego Público.

Nessa altura, o Executivo deu, então, indicações para que se realizasse um processamento extraordinário, que acabou por abranger só os salários processados pela Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (cerca de 55 mil dos 680 mil funcionários públicos).

Face à pandemia de coronavírus que Portugal atualmente enfrenta, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) salienta, contudo, que as suas preocupações estão, neste momento, relacionadas com os direitos dos trabalhadores face a este vírus e não ligadas a esse assunto. “[Os aumentos] hão de vir quando vierem”, diz José Abraão. “A nossa luta sindical é contra o vírus”, frisa.

(Notícia atualizada às 12h35)

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CDS quer que empresas com quebra de 15% na faturação possam aceder ao “novo lay-off”

O CDS enviou ao Ministério de Siza Vieira 16 perguntas, entre as quais estão questões relacionadas com o novo lay-off. Os centristas defendem que o acesso a esse regime deve ser "menos exigente".

O novo regime de lay-off criado para apoiar as empresas face à pandemia de coronavírus está disponível apenas para aquelas que estejam em paragem total por rutura do abastecimento ou das encomendas ou para aquelas que registem uma quebra na faturação de 40% nos 60 dias anteriores ao pedido em comparação com período homólogo. Para o CDS-PP, esse critério é demasiado restritivo. O grupo parlamentar centrista propõe baixar essa redução para 15% na comparação trimestral ou para 20% na comparação com o mês homólogo.

“Na proposta apresentada pelo Governo referente ao lay-off simplificado consta um requisito obrigatório para a demonstração de 40% de quebra de faturação e muitas empresas não poderão cumprir este critério a curto prazo, podendo assim não ter recursos suficientes para manter a sua atividade e trabalhadores e gerando com isso mais insolvências e desemprego”, considera o CDS-PP, num documento enviado ao Ministério da Economia.

O grupo parlamentar sugere, assim, que o critério de acesso ao novo lay-off não seja a tal quebra “abrupta e acentuada” de 40%, nos 60 dias anteriores ao pedido por comparação ao mesmo período de 2019, mas uma redução de 15% por comparação com o trimestre homólogo ou uma redução de 20% por comparação com o mês homólogo.

O CDS-PP envia, consequentemente, a seguinte pergunta ao Governo: “Compreende o Governo que, atendendo à situação em curso, devem ser definidos critérios menos exigentes ao nível da aplicação do regime extraordinário do lay-off, nomeadamente ao nível da quebra da faturação (em valor inferior a 40%)?”

Na lista de 16 questões colocadas ao Ministério da Economia, o CDS-PP pergunta ainda ao Executivo se está a ponderar alargar este novo regime às empresas que minimizem a sua atividade porque têm “muitos trabalhadores em casa em isolamento profilático“.

Os centristas aproveitam também para questionar o Governo sobre as respostas que estão a ser pensadas para o comércio e serviços, depois da confederação que representa esse setor ter acusado o Executivo de “profundo desprezo” e de ter “aconselhado” os empresários a despedirem trabalhadores para reduzir custos, durante a pandemia.

“É preferível decidir apoiar as empresas logo num primeiro momento, mesmo que isso justifique um aumento de despesa para o Estado – porque isso evitará insolvências e desemprego – evitando uma despesa galopante em subsídios de desemprego“, remata o CDS.

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Revista de imprensa internacional

O coronavírus poderá custar 4.000 milhões à banca espanhola este ano. Já a Domino’s planeia contratar cerca de 10.000 trabalhadores para responder à pandemia.

A pandemia do coronavírus afeta vários setores, nomeadamente a banca. A fatura para os bancos espanhóis poderá chegar aos quatro mil milhões de euros, este ano. Por outro lado, há empresas que acabam por ver um aumento na atividade. É o caso da Domino’s, que tem nos planos contratar dez mil funcionários para lidar com a procura. Os efeitos desta pandemia na economia também preocuparam dois senadores norte-americanos, que, quando confrontados com informação sobre o vírus, decidiram vender ações. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Financial Times

Dois senadores norte-americanos venderam ações depois de receber informação sobre coronavírus

Dois senadores republicanos venderam milhões de dólares em ações pouco antes dos mercados dos EUA caírem em resposta à pandemia de coronavírus. Richard Burr, presidente republicano do comité de inteligência do Senado, e a esposa, venderam 1,7 milhões de dólares em ações a 13 de fevereiro, de acordo com divulgações do congresso. Kelly Loeffler, ex-executivo da Intercontinental Exchange que entrou no Senado este ano, vendeu até 3,1 milhões em ações durante três semanas até 14 de fevereiro.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Expansión

Coronavírus vai custar 4.000 milhões à banca espanhola este ano

A desaceleração da economia europeia devido à pandemia vai passar uma fatura pesada nas instituições financeiras, de acordo com uma análise realizada pelo Bank of America. Para todos os bancos europeus incluídos no relatório, o lucro bruto para 2020 pode ser de 91.423 milhões de euros, valor que compara com os 125.431 milhões esperados antes do início do surto, uma queda de 27%. No caso dos seis bancos espanhóis analisados (Santander, BBVA, CaixaBank, Bankia, Sabadell e Bankinter), o resultado bruto deste ano poderá cair quase 4.000 milhões de euros, de 25.112 milhões para 21.143 milhões, 16% a menos.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Le Figaro

Estado francês convida empresas a pagar bónus de 1000 euros a quem continuar a trabalhar

O ministro da Economia e Finanças francês colocou em cima da mesa a possibilidade de as empresas poderem pagar um bónus de mil euros não tributável, algo que poderá ser feito até 30 de junho. “Convido todas as federações, todas as empresas que têm um acordo de participação nos lucros, em particular nos setores vitais, a pagar este prémio de 1.000 euros, que é totalmente isento de impostos”, disse Bruno Le Maire.

Leia a notícia completa no Le Figaro (acesso livre, conteúdo em francês).

Reuters

Alemanha planeia fundo de meio bilião de apoio a empresas atingidas pelo coronavírus

A Alemanha está a planear um fundo de meio bilião de euros para apoiar as empresas em dificuldades de pagamento devido à crise do coronavírus, que poderá até injetar capital quando necessário. O fundo de cerca de 500 mil milhões de euros é feito à imagem do Fundo Especial de Estabilização de Mercado, criado pelo Governo alemão para apoiar bancos na época da crise financeira. O Governo está preparado para voltar a recorrer a esse fundo também se os bancos tiverem dificuldades.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

CNBC

Domino’s espera contratar cerca de 10.000 trabalhadores para responder à pandemia

A Domino’s está a planear contratar dez mil trabalhadores, numa altura em que mais pessoas recorrem à entrega de comida. A cadeia de pizarias procura motoristas de entrega, cozinheiros, representantes de serviço ao cliente, gerentes e motoristas de camião licenciados para os centros de cadeia de fornecimento. A necessidade varia de acordo com as lojas individuais. As entregas representam cerca de 55% do total de pedidos da cadeia.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Autarca de Paços de Ferreira anuncia a primeira morte no concelho. Vítimas mortais do coronavírus sobem para 5

Há oficialmente três mortes confirmadas com coronavírus, mas os autarcas de Ovar e Paços de Ferreira já anunciaram mais duas. Aumenta, assim, para cinco o número de vítimas mortais.

O número oficial de mortes confirmadas por coronavírus está em três, mas já dois concelhos se anteciparam à atualização diária da Direção-Geral da Saúde (DGS) e anunciaram mais duas vítimas mortais. Horas depois da autarquia de Ovar, foi a vez da autarquia de Paços de Ferreira.

Esta sexta-feira, o presidente da Câmara de Paços de Ferreira anunciou no Facebook que o concelho regista a primeira morte. “Com quatro registos positivos, faleceu ontem à noite no nosso concelho a primeira pessoa com diagnóstico de Covid-19. Expresso os meus sentimentos à família enlutada”, escreveu o autarca.

Ao ECO, uma fonte da Câmara de Paços de Ferreira adiantou que se trata de um homem de 64 anos, desconhecendo-se mais informações, inclusive sobre a freguesia onde morava. A mesma fonte explicou que esta manhã o autarca foi informado pelas autoridades de saúde de que faleceu uma pessoa oriunda de Paços de Ferreira.

Esta quinta-feira à tarde, o presidente da Câmara de Ovar também um anúncio semelhante. Foi através do Facebook que Salvador Malheiro deu a notícia. “É a primeira vítima em Ovar. Tive essa confirmação por parte da delegada de saúde”, disse o autarca, momentos depois, em declarações à RTP3. Ainda segundo o mesmo, a vítima era uma senhora entre os 80 e 90 anos e estava internada no Hospital de São Sebastião.

Com estes dois anúncios, aumenta, assim, para cinco o número de vítimas mortais com coronavírus no país. Até ao momento registavam-se três casos, dois na zona de Lisboa e um no centro do país.

Desde que apareceu, em meados de dezembro, o coronavírus já infetou mais de 245.000 pessoas em todo o mundo e o número de mortos ultrapassa já os 10 mil. Em Portugal contavam-se, esta quinta-feira, 785 casos confirmados, um número que deverá aumentar esta sexta-feira. Declarado como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no início deste mês, o vírus já se espalhou para mais de 170 países e territórios pelo globo.

(Notícia atualizada às 10h54 com mais informação)

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Empresas têxteis fabricam batas para o SNS

  • ECO
  • 20 Março 2020

Grupo de empresas de vestuário e confeção avançou para a produção de batas para os profissionais de saúde. Esta sexta são oferecidas as primeiras 200 ao Hospital de Guimarães.

Esta é a primeira bata de um conjunto de 200 produzidas por um grupo de cinco empresas de vestuário e confeção que vão ser entregues ao Hospital de Guimarães esta sexta-feira. É a resposta da Polopique, da Calvelex, da Lameirinho, da Riopele e da Paulo de Oliveira, cinco empresas que, entre elas, detêm valências de toda a fileira, dos fios aos têxteis-lar, passando pelos tecidos e confeção de vestuário, na luta à propagação do novo coronavírus Covid-19.

Estas empresas aceitaram o desafio da ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção para que as empresas da fileira têxtil e do vestuário colocassem os seus ativos e a sua capacidade instalada à disposição do Serviço Nacional de Saúde, disse ao ECO o presidente da Calvelex (e da Anivec), César Araújo.

As cinco empresas já alocaram os seus recursos técnicos, produtivos e também financeiros para produzir equipamentos de proteção individual, que serão disponibilizados aos hospitais do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

Além dos recursos tecnológicos e humanos, vem já a seguir uma nova produção de batas para outros hospitais públicos, nomeadamente em Lisboa.

Estas empresas estão igualmente a criar um fundo monetário para ser usado na aquisição das matérias-primas necessárias à produção destes equipamentos de proteção individual. “Estas empresas foram as primeiras a responder positivamente a este desafio mas outras estarão em condições também de o fazer. Esperamos que com o esforço de todos seja possível reduzir o impacto desta pandemia na nossa sociedade”, afirma César Araújo ao ECO.

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Petróleo recupera e já está acima dos 30 dólares

O barril de petróleo já vale mais de 30 dólares, em Londres, recuperando do tombo registado há dois dias. Na quarta-feira, o brent afundou para o valor mais baixo desde 2003.

Depois de na quarta-feira ter tocado em mínimos de duas décadas, o petróleo está agora a recuperar. Esta sexta-feira, o barril valoriza mais de 5%, em Londres, e já voltou a ultrapassar a barreira dos 30 dólares. Isto depois de ter conseguido a uma subida significativa (cerca de 15%), na quinta-feira.

O brent — negociado em Londres e referência europeia — sobe 5,55% para 30,05 dólares, após ter afundado para o valor mais baixo desde 2003 (24,52 euros) há apenas duas sessões. Já o crude WTI, em Nova Iorque, avança 6,19% para 26,78 dólares, depois de ter tocado em mínimos de 2002 com um trambolhão de 25%.

Face aos desenvolvimentos nas tensões entre os maiores produtores de ouro negro do mundo, o Senado norte-americano pediu à Arábia Saudita e à Rússia que parem guerra de preços e negoceiem em Washington, deixando claro que, caso contrário, Donald Trump poderá avançar com um embargo petrolífero a ambos os países.

Tal ajuda a explicar a recuperação em causa, mas os ganhos poderão ser temporários, uma vez que a propagação de coronavírus em todo o mundo está a agravar a volatilidade nos mercados, que reagem diretamente aos estímulos que vão sendo anunciados pelos bancos centrais. No Velho Continente, por exemplo, o Banco Central Europeu (BCE) já disse que irá “fazer o que for preciso” para proteger a Zona Euro, tendo anunciado um pacote de estímulos de 750 mil milhões de euros.

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TVI e diretor vão enfrentar julgamento no caso Banif

  • ECO
  • 20 Março 2020

O diretor da TVI e a própria estação de televisão vão a julgamento pelo crime de ofensa à reputação económica, na sequência de uma notícia falsa sobre o Banif.

Por considerar que a notícia de fecho do Banif divulgada pela TVI era “falsa” e acabou por provocar uma corrida ao levantamento dos depósitos, o Juízo de Instrução Criminal do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa decidiu levar a julgamento o diretor dessa estação de televisão, Sérgio Figueiredo, pelo crime de ofensa à reputação económica, adianta o Jornal Económico.

A própria TVI também vai a julgamento, por se entender que a divulgação da notícia em causa terá contribuído para precipitar o encerramento do banco. A estação televisiva, que não pediu instrução do processo, será julgada pelo mesmo crime de ofensa à reputação económica, que é punível com prisão até um ano e multa não inferior a 50 dias.

O processo diz respeito a uma notícia emitida pelo canal TVI 24, a 13 dezembro de 2015, que dava conta de que o Banif ia ser alvo de uma medida de resolução. O tribunal concluiu que esta, pela existência de indícios suficientes, “não correspondia à verdade, sendo, nesse sentido, uma notícia falsa”.

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Covid-19 já matou mais de 10 mil pessoas. Há mais de 245.000 infetados em todo o mundo

O novo coronavírus já se espalhou para mais de 170 países e territórios pelo globo. A Itália já superou a China em número de mortos.

O Covid-19 já infetou mais de 245.000 pessoas em todo o mundo e o número de mortos ultrapassa os 10 mil. O novo coronavírus, declarado como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde no início deste mês, já se espalhou para mais de 170 países e territórios pelo globo.

Pelo segundo dia consecutivo, a China não registou nenhum caso de transmissão local, de acordo com a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). O país onde foram identificados os primeiros casos deste vírus tem visto o número de novos infetados a descer, sendo que agora regista apenas casos importados.

A Europa tornou-se o epicentro do vírus, sendo o país mais afetado a Itália, que já superou a China em número de mortos, tendo registado um total de 3.405 óbitos. A seguir a Itália e a China, os países mais afetados são o Irão e Espanha, ambos com mais de 18 mil casos, no total. No Irão, o vírus já fez 1.284 vítimas mortais, e em Espanha 831.

A Alemanha é o quinto país com mais casos, 15.320, mas no que diz respeito ao número de mortes, 44, fica mais abaixo. Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quinta-feira o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

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Depois da Netflix, YouTube baixa qualidade para evitar falhas na UE

  • Lusa
  • 20 Março 2020

A Comissão Europeia tinha pedido à Netflix e outras plataformas de ‘streaming’ para adaptarem os serviços ao aumento da procura em altura de isolamento social pelo surto de Covid-19.

A plataforma digital de vídeos YouTube comprometeu-se esta sexta-feira a baixar a qualidade da transmissão na União Europeia (UE) visando o bom funcionamento do serviço durante o surto de Covid-19, dado o aumento da procura devido ao isolamento social.

“Por termos observado alguns picos de utilização, adotámos algumas medidas para ajustar, automaticamente, o nosso sistema para reduzir o uso da capacidade da rede”, o que significa que “vamos assumir, temporariamente, a definição padrão [na qualidade de transmissão] para o tráfego na UE”, indica fonte oficial da Google, empresa que detém o YouTube, numa nota.

O comunicado foi divulgado à imprensa em Bruxelas pelo gabinete do comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, e surge após uma reunião deste responsável com os presidentes executivos da Google, Sundar Pichai, e do YouTube, Susan Wojcick.

De acordo com a fonte oficial da Google, citada pela nota, regista-se por estes dias um maior acesso àquela plataforma para conexões entre internautas na UE e para aprendizagem à distância, isto “num período de incerteza” dado a crise relacionada com o novo coronavírus.

“Continuaremos a trabalhar com os governos dos Estados-membros e os operadores da rede para minimizar o congestionamento no sistema, além de oferecer uma boa experiência ao utilizador”, vinca a fonte na nota.

Por seu lado, Thierry Breton observa no comunicado que “milhões de europeus estão a adaptar-se às medidas de distanciamento social graças às plataformas digitais, que os ajudam no teletrabalho, no ensino à distância e nos tempos de lazer”.

“Saúdo bastante a iniciativa que a Google adotou para preservar o bom funcionamento da internet durante a crise Covid-19”, acrescenta o comissário europeu.

Na quinta-feira, também a plataforma digital de séries e filmes Netflix se comprometeu a reduzir, num mês, a qualidade da transmissão, para evitar o congestionamento do serviço numa altura de maior procura devido ao isolamento na Europa devido ao Covid-19.

“Dados os desafios extraordinários criados pelo novo coronavírus, a Netflix decidiu começar a reduzir as taxas de ‘bits’ [o fluxo de transferência] em todos os nossos serviços de ‘streaming’ na Europa por 30 dias”, indicava uma nota de imprensa divulgada pela Comissão Europeia.

A medida, adotada um dia depois de o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, ter conversado com o presidente executivo da plataforma, Reed Hastings, implica que “a Netflix reduza o seu tráfego na Europa em cerca de 25%, garantindo ao mesmo tempo um serviço de boa qualidade para os seus clientes”.

“Congratulo-me com a ação rápida da Netflix”, referiu Thierry Breton no mesmo comunicado, destacando o “forte sentido de responsabilidade e de solidariedade” de Reed Hastings.

Antes, na quarta-feira, a Comissão Europeia tinha pedido à Netflix e outras plataformas de ‘streaming’ para adaptarem os serviços ao aumento da procura em altura de isolamento social pelo surto de Covid-19, pedindo ainda às operadoras para evitar congestionamento da internet.

Devido à pandemia, foram vários os Estados-membros da UE que adotaram medidas para promover o isolamento social, tentando assim conter o surto.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

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