EDP valoriza mais de 6% e dá gás a Lisboa

A praça lisboeta arrancou a última sessão da semana acima da linha de água, com a EDP a brilhar. As ações do BCP valorizam mais de 2% e puxam também pela bolsa nacional.

A EDP é a estrela do arranque desta sessão. As ações da cotada liderada por António Mexia já sobem mais de 6% e puxam por Lisboa. E depois de ter renovado mínimos históricos, a bolsa de Lisboa já está a recuperar, com os títulos do BCP a somarem mais de 2%.

O índice de referência nacional, o PSI-20, está a valorizar 4,37% para 3.753,35 pontos, registando ganhos em linha com as demais praças do Velho Continente. O pan-europeu Stoxx 600 abre a subir 1,9%, o francês CAC 40 a somar 2,5%, o espanhol Ibex 3,9% e o alemão DAX a avançar 5,4%.

Apesar da pandemia de coronavírus, os investidores parecem estar menos pessimistas face aos estímulos anunciados pelos bancos centrais e pelos Governos. O BCE, por exemplo, já garantiu que irá “fazer tudo o que for necessário” para proteger a Zona Euro.

Por cá, a estrela é a EDP, cujas ações disparam 6,49% para 3,264 euros, depois de terem afundado para mínimos de 2019, na sessão de quinta-feira. Ainda na energia, os títulos da Galp Energia avançam 1,48% para 8,626 euros e os da EDP Renováveis sobem 2,54% para 9,3 euros.

Acima da linha de água, destaque ainda para as ações do BCP, que valorizam 2,59% para 0,103 euros. A registar ganhos mais expressivos estão os títulos da Altri, que somam 5,91% para 3,156 euros. Entre as papeleiras, os títulos da Semapa avançam 4,1% para 7,37 euros e os da Navigator sobem 4,02% para 2,018 euros.

No retalho, as ações da Sonae sobem 3,45% para 0,5245 euros, dois dias depois da dona do Continente ter proposto um aumento dos dividendos face ao crescimento do negócio no último ano. No mesmo setor, a dona do Pingo Doce está do outro lado da linha de água. Os títulos da Jerónimo Martins recuam 1,2% para 14,82 euros.

(Notícia atualizada às 8h30)

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Pandemia deixa supermercados online congestionados

  • ECO
  • 20 Março 2020

Com o aumento da quantidade de pessoas a fazer compras online, em alguns casos já só é possível agendar entregas para meados de abril.

Face à recomendação de isolamento social, os portugueses agora confinados em casa estão a fazer compras em massa nas plataformas digitais dos supermercados. Este pico da procura está, portanto, a causar constrangimentos nas entregas ao domicílio, escreve o Dinheiro Vivo (acesso livre).

No Continente Online, o surto de coronavírus fez a procura quadruplicar e já só é possível agendar entregas para meados de abril. No Auchan, entrar no próprio site é complicado, já que 70 mil pessoas, em média, têm tentado fazer compras ao mesmo tempo. De notar que, mesmo em estado de emergência, os supermercados (físicos) mantém-se abertos.

Os supermercados estão também a implementar medidas para garantir a segurança das equipas de entrega e dos clientes e diminuir o risco de contágio pelo novo coronavírus. Entre elas inclui-se realizar a entrega à porta, com pagamento antecipado e não no ato de entrega.

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Hoje nas notícias: TVI, Isabel dos Santos e Sonae

  • ECO
  • 20 Março 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O diretor da TVI também vai enfrentar o julgamento no caso Banif e Isabel dos Santos está “a travar” o fecho de contas do Montepio. O dia fica ainda marcado pelos testes de stress das marcas do grupo Sonae, pela disponibilidade de Frederico Varandas para ajudar na luta contra o coronavírus e pela corrida aos supermercados online.

TVI e diretor vão enfrentar julgamento no caso Banif

Por considerar que a notícia de fecho do Banif divulgada pela TVI era “falsa” e acabou por provocar uma corrida ao levantamento dos depósitos, o Juízo de Instrução Criminal do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa decidiu levar a julgamento o diretor dessa estação de televisão, Sérgio Figueiredo, pelo crime de ofensa à reputação económica. A própria TVI também vai a julgamento, por se entender que a divulgação da notícia em causa terá contribuído para precipitar o encerramento do banco. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

 

Fecho de conta no Montepio “preso” por Isabel dos Santos

Isabel dos Santos obteve um financiamento de quase 80 milhões de euros no grupo Montepio, e agora uma parte dos empréstimos estão em situação de incumprimento ou em reestruturação. A situação está a condicionar o fecho das contas da instituição de 2019, devido a divergências nos critérios de reporte no balanço da exposição à empresária angolana. A auditora PwC pede ao Montepio que crie uma provisão adicional para acomodar a dívida de Isabel dos Santos ao grupo em Portugal, mas também em Angola. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Sonae faz testes de stress às marcas

A Sonae já começou a fazer testes de stress à marcas do grupo para testar a resiliência do negócio aos diferentes cenários possíveis que poderão resultar da atual pandemia de coronavírus. “Estamos a testar cenários de contingência para tentar perceber as suas consequências. Mas estamos confortáveis sobre os próximos meses, graças a várias iniciativas de preservação de capital que mantemos em prática”, sublinhou o CFO do grupo, João Dolores, na conferência de apresentação dos resultados a analistas e investidores. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível).

Pandemia deixa supermercados online congestionados

Face à recomendação de isolamento social, os portugueses agora confinados em casa estão a fazer compras em massa nas plataformas digitais dos supermercados. No Continente Online, o surto de coronavírus fez a procura quadruplicar e já só é possível agendar entregas para meados de abril. No Auchan, entrar no próprio site é complicado, já que 70 mil pessoas, em média, têm tentado fazer compras ao mesmo tempo. Este pico da procura está, portanto, a causar constrangimentos nas entregas ao domicílio. De notar que, mesmo em estado de emergência, os supermercados (físicos) mantêm-se abertos. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

Varandas volta ao exército como médico durante surto

O Presidente do Sporting vai colaborar na luta contra a propagação de coronavírus em Portugal. “Já servi o país, hoje, vou voltar a fazê-lo enquanto o estado de emergência e voltarei sempre que Portugal precisar. Vamos. Vamos com tudo”, escreveu Frederico Varandas, no Instagram. O líder do leões acedeu, assim, ao apelo do Estado-Maior-General das Forças Armadas e mostrou-se disponível para ajudar na luta contra a pandemia em questão. De notar que Varandas é médico de profissão e capitão do Exército. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Fecho de contas no Montepio “preso” por Isabel dos Santos

  • ECO
  • 20 Março 2020

A auditora PwC pede ao Montepio que crie uma provisão adicional para acomodar a dívida de Isabel dos Santos.

Isabel dos Santos obteve um financiamento de quase 80 milhões de euros no grupo Montepio, e agora uma parte dos empréstimos estão em situação de incumprimento ou em reestruturação. A situação está a condicionar o fecho das contas da instituição de 2019, devido a divergências nos critérios de reporte no balanço da exposição à empresária angolana, avança o Público (acesso condicionado).

A auditora PwC pede ao Montepio que crie uma provisão adicional para acomodar a dívida de Isabel dos Santos ao grupo em Portugal, mas também em Angola. Tal exigência implica um reforço de imparidades, que levaria o banco a apresentar prejuízos. O banco poderá também não incluir as provisões e fechar com contas positivas, mas no relatório a auditora inclui um alerta sobre a análise e avisos.

Em causa estão créditos, negociados junto do banco, em Portugal, de mais de 65 milhões de euros, e junto do Finibanco Angola, de 10 milhões de euros. O Montepio contabilizava, no final de fevereiro, 40 milhões de euros de empréstimos à Nova Cimangola, presidida pelo marido da empresária angolana, Sindika Dokolo.

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ASAE fiscaliza lucro ilegítimo em bens necessários para prevenir coronavírus

  • Lusa
  • 20 Março 2020

Foram fiscalizados cerca de 28 operadores económicos, tendo sido instaurado um processo-crime pela prática de obtenção de lucro ilegítimo na comercialização de álcool gel.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) desencadeou uma operação direcionada para o combate ao lucro ilegítimo obtido na venda de bens necessários para a prevenção e combate à pandemia de Covid-19.

Segundo um comunicado da ASAE, enviado à agência Lusa esta quinta-feita, a operação incidiu nomeadamente em equipamentos de proteção individual e dispositivos médicos, como máscaras, luvas e fatos, assim como produtos biocidas designadamente álcool, gel e desinfetantes.

Como resultado da ação, que decorreu a nível nacional, adianta o comunicado, foram fiscalizados cerca de 28 operadores económicos, tendo sido instaurado um processo-crime pela prática de obtenção de lucro ilegítimo na comercialização de álcool gel e dois processos de contraordenação por práticas comerciais ilegais, estando ainda em análise documental cinco ocorrências, por suspeita de obtenção de lucro ilegítimo.

“A operação foi desencadeada por se ter verificado, nos últimos dias, oferta ‘online’ e em estabelecimentos fixos de vários produtos essenciais para combater a Covid-19 que mostravam subidas exorbitantes de preços”, refere o comunicado.

A operação foi desencadeada por se ter verificado, nos últimos dias, oferta ‘online’ e em estabelecimentos fixos de vários produtos essenciais para combater a Covid-19 que mostravam subidas exorbitantes de preços.

Comunicado da Asae

A ASAE acrescenta que, enquanto autoridade de fiscalização de mercado, vai continuar a “desencadear ações no combate à especulação”, garantindo ainda que os produtos que estão no mercado cumprem os requisitos, garantindo a concorrência leal e a segurança dos consumidores.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para quatro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou o estado de emergência na quarta-feira – aprovado pelo parlamento, depois de parecer favorável do executivo – que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que seja justificada.

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5 coisas que vão marcar o dia

Portugal vive mais um dia de pandemia do coronavírus, um tema que deverá marcar toda a atualidade. Entram em vigor as medidas do estado de emergência e o Governo tem nova reunião marcada.

A pandemia do coronavírus continua a dominar as notícias em todo o mundo. Por Portugal, entram em vigor as medidas concretas do Governo que concretizam o estado de emergência no país, sendo ainda um dia em que o Governo volta a reunir por causa do surto. Perto do meio-dia, as autoridades atualizarão o número de pessoas que se sabe terem a doença Covid-19, sendo já certo que o número de vítimas mortais irá subir com a notícia de mais um óbito em Ovar.

Governo publica decreto com medidas de emergência

As medidas anunciadas pelo Governo, que concretizam o estado de emergência decretado pelo Presidente da República, vão ser conhecidas com mais detalhe esta sexta-feira, quando for publicado o decreto que as regulamenta. Já se sabe que doentes com Covid-19 ou pessoas sob vigilância das autoridades de saúde terão de ficar obrigatoriamente em casa, sob pena de cometerem crime de desobediência. Estabelecimentos de atendimento ao público terão de fechar, salvo exceções.

Governo prossegue reunião do Conselho de Ministros

Depois do Conselho de Ministros desta quinta-feira, após o qual o primeiro-ministro António Costa anunciou também a constituição de um gabinete de crise para acompanhar a evolução da pandemia do coronavírus no país, o Governo prossegue a reunião num Conselho de Ministros extraordinário que terá lugar hoje. Está marcada uma conferência de imprensa para as 14h00.

DGS atualiza números da pandemia

À semelhança do que acontece desde o começo do surto em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) deverá emitir, por volta do meio-dia, o boletim epidemiológico com o número de casos de infeção pelo novo coronavírus registados no país. A última atualização apontava para 785 casos conhecidos. Na quinta-feira à tarde foi confirmada mais uma morte provocada pela doença, elevando para quatro o número de vítimas mortais do surto no país.

Volatilidade continua nas bolsas. E que caminho tomará o petróleo?

Espera-se mais um dia de alta volatilidade nas bolsas, à medida que os investidores vão encarando os riscos económicos da pandemia do coronavírus à escala global. Em foco estará também o petróleo: depois do afundanço na quarta-feira, o preço da matéria-prima disparou 25% em Nova Iorque na quinta-feira, a maior subida de sempre, provocada pela notícia de que os EUA se estejam a preparar para intervir no braço de ferro entre a Arábia Saudita e a Rússia, que levou os sauditas a acelerarem a produção de crude, precipitando o valor das cotações. Ainda assim, o crude continua a cotar abaixo dos 30 dólares.

DBRS avalia dívida pública portuguesa

A agência canadiana DBRS, que durante a crise financeira permitiu o acesso de Portugal ao programa de compra de ativos do BCE, tem nova avaliação marcada ao país para esta sexta-feira. Analistas sondados pela Lusa disseram não esperar mudanças no rating soberano português devido ao impacto económico da Covid-19.

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Coronavírus ameaça aumentos salariais futuros no Estado? Sindicato espera “bom senso” do Governo

Se o coronavírus levar a uma crise, os prometidos aumentos futuros da Função Pública ficam em risco? A Frente Comum espera "bom senso" do Governo. Lembra que essas atualizações têm ajudado a economia.

Os funcionários públicos tinham marcada uma greve para esta sexta-feira, mas a propagação de coronavírus em Portugal levou à suspensão desse protesto. Pode agora essa pandemia colocar em risco também os aumentos salariais já prometidos pelo Governo para os próximos anos? Em conversa com o ECO, o dirigente da Frente Comum garante que não aceitaria tal cenário e diz que espera “bom senso” do Executivo de António Costa.

Para este ano, o Ministério de Alexandra Leitão anunciou aumentos de 10 euros para os salários até 683,13 euros e de 0,3% para os demais trabalhadores do Estado. Aos jornalistas e aos sindicatos, o secretário de Estado da Administração Pública garantiu, contudo, que este era o início de um “novo ciclo de atualizações anuais” dos salários, prometendo aumentos em linha com a inflação no futuro.

A pandemia de coronavírus veio, no entanto, alterar as circunstâncias, colocando no horizonte até uma eventual crise, dizem os especialistas. Tudo somado, pode ou não essa promessa do Executivo estar em risco de ruir? Ao ECO, o dirigente da Frente Comum salienta que não aceitaria a inexistência de aumentos salariais e diz esperar “bom senso” por parte do Governo. “Uma coisa é certa: sempre que se aumentaram salários, houve melhoramentos da economia“, lembra Sebastião Santana.

O sindicato tinha convocado para esta sexta-feira uma greve contra os referidos aumentos de dez euros e de 0,3%. A propagação de coronavírus levou, contudo, à suspensão desse protesto.

“Nesta fase de contenção da infeção pelo novo coronavírus, tendo a Organização Mundial de Saúde declarado situação de pandemia, e dado o momento que se vive em Portugal, com o encerramento de um conjunto muito alargado de serviços públicos, a Frente Comum decidiu suspender a realização da Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública agendada para dia 20 de março, assegurando desta forma que os serviços funcionarão com a normalidade possível perante o quadro que se vive”, explicou a estrutura sindical. Dias antes, a Frente Comum já tinha adiantado que o protesto não incluiria trabalhadores da Saúde pelo mesmo motivo.

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Desconto no IMI: Senhorios têm até hoje para entregar declaração de rendas

Os senhorios com contratos anteriores a 1990, têm até hoje para entregar a declaração de rendas e terem um desconto especial no IMI, impedindo que este imposto supere o rendimento das rendas.

Se é senhorio com contratos anteriores a 1990 e quer aderir ao regime especial que limita o valor do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), saiba que esta sexta-feira é o último dia que tem para apresentar a declaração de rendas e ter um desconto neste imposto. Desta maneira, será possível impedir que o valor do IMI supere o rendimento das rendas.

Este regime abrange contratos de arrendamento anteriores a 1990 (habitacionais) ou anteriores a 1995 (não habitacionais), e que ainda não tenham transitado definitivamente para o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU). O objetivo é evitar que o valor do IMI, calculado com base nos novos valores patrimoniais tributários (VPT), supere aquilo que os senhorios recebem de rendas por ano.

Então, nos casos dos contratos abrangidos por este regime, independentemente do valor patrimonial que for calculado para o imóvel, o valor que será usado para calcular o valor de IMI será o total das rendas anuais recebidas, multiplicado por quinze (o chamado fator 15).

Isto aconteceu na sequência do processo de avaliação geral dos imóveis, em 2012, em que foi atualizado o VPT de mais de quatro milhões de casas. Nesse ano, criou-se, então, um regime que determina que, no caso dos imóveis abrangidos por esta reavaliação que se encontrem arrendados, “o VPT dos prédios com rendas antigas, para efeitos exclusivamente de IMI, não pode exceder o valor que resultar da capitalização da renda anual”.

Inicialmente, os senhorios que pretendessem aderir a este regime especial, tinham de apresentar a declaração de rendas entre 1 de novembro e 15 de dezembro e, em outubro do ano passado, uma mudança no Código de IMI alterou este prazo de entrega para 1 de janeiro a 15 de fevereiro. Contudo, no final de janeiro, voltou a haver um novo adiamento, tendo o prazo sido alterado para 1 a 20 de março. Ou seja, se quer ter um desconto neste imposto, tem até esta sexta-feira para apresentar a declaração de rendas.

Nessa declaração de rendas deve constar o valor da última renda e a identificação fiscal do inquilino. Os senhorios devem ainda anexar a participação eletrónica do contrato de arrendamento ou respetivo modelo 2, uma cópia do recibo de renda ou canhoto desse recibo relativo aos 12 meses anteriores à data da apresentação da participação.

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Coberturas dos seguros auto “intactas” em estado de emergência

  • ECO Seguros
  • 20 Março 2020

Fidelidade, Tranquilidade, Generali, Açoreana, LOGO, Ageas, Ocidental e Seguro Directo, Allianz e também a APS, confirmam coberturas do ramo automóvel inalteradas, apesar do estado de emergência.

Fidelidade, Tranquilidade, Generali, Açoreana, LOGO, Ageas, Ocidental, Seguro Directo e Allianz que em conjunto significam dois terços do ramo automóvel, descansam os condutores relativamente às suas apólices. Dizem que mesmo estando o país em estado de emergência, todos os seguros deste ramo se encontram com as coberturas intactas quer no que respeita à responsabilidade civil obrigatória, quer em coberturas adicionais ou facultativas, mais conhecidas por danos próprios.

A ASF tinha afirmado que a declaração do estado de emergência não alterava as proteções conferidas pela responsabilidade civil obrigatória, mas que, em coberturas adicionais, a manutenção da responsabilidade pela seguradora dependia dos contratos estabelecidos e se estas cobriam ou não sinistros ocorridos na sequência de incumprimento de uma disposição legal.

A APS – Associação Portuguesa de Seguradores, que representa 99% das companhias, declarou, entretanto, que “não estão previstas cláusulas de exclusão ou de limitação das coberturas por efeito da mera declaração do estado de emergência”.

Fonte da Fidelidade, líder de mercado no ramo automóvel com 24,5%, afirmou: “na leitura que fazemos, a simples declaração de estado de emergência não produz nenhum tipo de efeito na validade e eficácia dos seguros de responsabilidade civil automóvel, os quais permanecem válidos e eficazes (ou seja aptos a dar cobertura a qualquer acidente que se verifique nesse período) tal como se essa declaração não tivesse sido proferida”.

Quanto às coberturas facultativas, a Fidelidade sublinha que não existe apólice uniforme, mas que a situação se mantém: “A simples declaração de estado de emergência não produz nenhum tipo de efeito na validade e eficácia dos seguros de danos próprios, os quais permanecem válidos e eficazes (ou seja aptos a dar cobertura a qualquer acidente que se verifique nesse período) tal como se essa declaração não tivesse sido proferida, o que bem se compreende uma vez que a declaração do estado de emergência não constitui causa ou agravante de qualquer sinistro que possa ocorrer durante esse período”, conclui.

Também a Tranquilidade, Generali, Açoreana e LOGO, que em conjunto detêm cerca de 22% do mercado, confirmaram todos os seus seguros como válidos, afirmando a ECOseguros, que “no seguimento da declaração do estado de emergência, esclarecem que todas as coberturas contratadas pelos seus clientes no âmbito de um seguro automóvel se mantêm inalteradas durante este período (de estado de emergência).

Igualmente a Ageas Seguros, a Ocidental e a Seguro Directo, marcas do Grupo Ageas Portugal que detém 12% de quota de mercado no ramo automóvel, informaram que a declaração de estado de emergência, em “nada afeta a validade dos seguros de responsabilidade civil automóvel, no sentido em que continuam a estar cobertos quaisquer acidentes que se verifiquem durante este período. Todas as coberturas contratadas pelos clientes no âmbito de um seguro automóvel se mantêm inalteradas durante este período“, refere o grupo.

A Allianz, com um peso de cerca de 8% tem a mesma opinião: “Todas as coberturas contratadas pelos seus clientes no âmbito de um seguro automóvel se mantêm inalteradas durante este período de estado de emergência”, foi a sua resposta a ECOseguros.

(Notícia atualizada às 10:00 com informação sobre o grupo Ageas Portugal, às 10:20 com declaração da Associação Portuguesa de Seguradores e às 15.30 com esclarecimento da Allianz Portugal)

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Banco a banco, o que cada um está a oferecer às famílias e empresas por causa do vírus

Isenções de comissões nos canais digitais, moratórias e linhas de crédito, extensões de prazos de pagamento são algumas das apostas dos bancos para ajudar a travar efeitos do covid-19.

Não há dúvidas que a crise do novo coronavírus vai obrigar a muitos sacrifícios por parte das famílias e empresas, mas também vai colocar uma pressão substancial sobre a sua vida financeira. Para procurar minimizar o impacto dessa realidade, os bancos estão a procurar promover a utilização dos canais digitais, com a oferta de isenções. Mas também estão a limitar a pressão relacionada com os seus créditos atuais e a oferecer, no caso das empresas, linhas de financiamento para fazerem face aos efeitos do coronavírus sobre a sua atividade.

Face à necessidade de limitar ao máximo os contactos presenciais, estão nomeadamente a isentar comissões nas operações realizadas através dos canais digitais, sobretudo aos particulares, mas também às empresas e comerciantes.

Mas também estão a disponibilizar-se para flexibilizar os créditos e os respetivos critérios de cumprimento. A Caixa Geral de Depósitos, por exemplo, anunciou uma moratória de seis meses para os créditos pessoais, da casa e também aos financiamentos concedidos às empresas.

Os maiores bancos também estão a disponibilizar aos clientes empresariais acesso a linhas de financiamento específicas para combater os efeitos negativos do coronavírus sobre a sua atividade. Estão ainda a disponibilizar acesso aos seus clientes à linha Capitalizar covid-19 anunciada pelo Governo. Esta linha de 200 milhões de euros tem como principal objetivo reforçar o apoio ao nível da Tesouraria e Fundo Maneio para acomodar os impactos negativos decorrentes do surto.

Abaixo conheça em detalhe o que sete bancos estão a disponibilizar aos clientes particulares, empresas e comerciantes.

CGD dá moratória de 6 meses no crédito pessoal, à habitação e a empresas

O banco de capitais públicos deu o pontapé de saída para a disponibilização de moratórias de crédito que permitam aliviar os encargos das famílias e empresas neste período difícil devido à pandemia. Mas também disponibiliza-se a isentar comissões em determinadas circunstâncias, concedendo ainda vantagens sobretudo às empresas, neste período de crise.

Particulares

  • Relativamente aos clientes com crédito (habitação ou pessoal), a CGD avaliará a eventual carência de capital até 6 meses, mediante pedido dos clientes.
  • Para clientes com Contas Caixa, todas as transferências realizadas através dos canais digitais passam a ser gratuitas.
  • Clientes com conta na CGD que não sejam detentores de cartão de débito, a Caixa isentará a primeira anuidade.
  • Também todos os clientes com pensão até 1,5 vezes o salário mínimo nacional e os jovens até aos 26 anos estão isentos de comissões.

Empresas e comerciantes

  • A CGD vai aceitar reajustar os pagamentos das prestações mensais nos seus créditos de médio e longo prazo por um período até 6 meses.
  • Prolonga prazos de pagamento de financiamentos especializados em modelos de leasing para equipamentos mais atingidos pela atual crise por períodos adicionais de 12 meses.
  • Simplifica os mecanismos de prorrogação até 180 dias de todas as operações de curto prazo em vigor.
  • Para empresas ou entidades do setor da saúde e social (hospitais, clínicas, laboratórios, lares, bombeiros, entidades de apoio social, em geral), simplifica a decisão de prorrogação em 12 meses do prazo total de operações de leasing mobiliário que estejam em vigor e, em alternativa, introduzir períodos de carência até 12 meses.
  • Para o setor dos transportes, alarga o prazo de pagamento dos leasings sobre viaturas ligeiras e viaturas pesadas por períodos até 12 meses ou em alternativa introduz períodos de carência até 90 dias.
  • Para o setor de turismo alarga os prazos de vencimento até mais 5 anos, em função de avaliação pontual.
  • Cria linhas de crédito e reforça as atuais linhas para permitir às empresas a aquisição de equipamentos informáticos e de telecomunicações no sentido de incrementar os meios disponíveis para Teletrabalho.
  • Aumenta até 30% os limites de factoring.
  • Aos pequenos comerciantes, a Caixa isenta mensalidade de todos os Terminal de Pagamento Automático (TPA) com faturação inferior a 7.500 euros por mês até 31 de maio.
  • A CGD é um dos bancos que integra a linha Capitalizar Covid-19 que disponibiliza 200 milhões de euros de financiamento às Micro e PME para apoio de fundo de maneio e de tesouraria.

BCP isenta comissões de comerciantes com transações em multibanco

O Millennium BCP anunciou a 17 de março um conjunto de medidas para “apoiar os comerciantes a superarem esta fase crítica de diminuição da atividade económica, relacionada com a pandemia do coronavírus”. Entre as iniciativas encontra-se a eliminação da comissão mínima aplicada nas transações realizadas em TPA.

O objetivo desta isenção das comissões é incentivar os comerciantes a aceitarem mais transações multibanco, nomeadamente de baixos montantes, explicava o banco. As medidas de apoio “serão aplicadas por um período de três meses, até 30 de junho de 2020”.

Para os comerciantes que encerrem a atividade por dificuldades temporárias, o banco irá suspender a cobrança da mensalidade do TPA. Para além disso, o BCP irá também suspender a taxa de serviço ao comerciante por aceitação de pagamentos por MB Way, de forma a “evitar o manuseamento de moeda física”.

O BCP é também um dos bancos que integra a linha Capitalizar Covid-19 que disponibiliza 200 milhões de euros de financiamento às Micro e PME para apoio de fundo de maneio e de tesouraria.

Santander isenta todas as comissões nos pagamentos online

No passado dia 18 de março, o Santander anunciou para empresas e particulares, “um conjunto de medidas extraordinárias e temporárias“, destinadas a minorar os efeitos da pandemia Covid-19. As medidas estão em vigor durante pelo menos um mês, adianta a instituição liderada por Pedro Castro e Almeida

Particulares

O banco Santander diz que “isenta todas as comissões nos pagamentos online”, adiantando ainda que irá proceder à substituição de todos os cartões que não dispõem de tecnologia contactless sem a cobrança de qualquer encargo, de modo a fomentar a respetiva utilização nas compras presenciais.

Empresas e comerciantes

Os comerciantes também vão beneficiar de um alívio de encargos, já que o Santander suspendeu a cobrança da mensalidade dos POS e isenta também a aplicação de um valor mínimo sobre as transações efetuadas. “Para apoiar as transações ‘sem contacto’ o Santander suspende também a cobrança de todas as comissões do serviço MB Way no POS“, acrescenta a instituição financeira.

Também o Santander participa na linha Capitalizar Covid-19, que disponibiliza 200 milhões de euros de financiamento às Micro e PME para apoio de fundo de maneio e de tesouraria.

BPI isenta comerciantes de comissões nos terminais de pagamento

O BPI foca as suas atenções nas empresas e comerciantes. Com a instituição financeira liderada por Pablo Forero a disponibilizar apoios que incluem soluções de financiamento, isenções de comissões e mensalidades nos terminais de pagamento automático (TPA) para comerciantes e ainda o alargamento dos serviços nos canais digitais.

“O objetivo destas medidas extraordinárias é reduzir a pressão sobre a tesouraria das empresas, grandes e pequenas, de todos os setores de atividade, num contexto em que a sua atividade corrente — produtivo e/ou comercial — sofreu um impacto excecional, originando uma redução do volume de negócios”, explica o BPI.

As medidas são as seguintes:

  • Foi eliminada a comissão mínima nas transações realizadas nos TPA. Também foi suspensa a cobrança da mensalidade para os comerciantes que encerrem a sua atividade temporariamente — a isenção vigorará durante todo o período em que o estabelecimento estiver encerrado. “Estas medidas permitem apoiar um setor que enfrenta uma diminuição significativa da sua atividade económica e promover a utilização e aceitação de pagamentos eletrónicos”, diz o BPI.
  • Alargamento dos serviços para empresas nos canais digitais: o banco está a flexibilizar as formas de adesão ao homebanking de empresas e está a alargar os serviços disponíveis nesse canal.
  • O BPI também disponibiliza a linha Capitalizar Covid-19 que disponibiliza 200 milhões de euros de financiamento às Micro e PME para apoio de fundo de maneio e de tesouraria.

Novo Banco isenta comissões na net. Antecipa prestações da SS às empresas

Particulares

Desde o dia 13 de março que o banco liderado por António Ramalho disponibiliza um pacote de produtos e serviços “destinado a reduzir os riscos inerentes ao contágio” pelo novo coronavírus. Neste âmbito, o banco isenta temporariamente um conjunto de transações feitas pelos clientes através dos canais digitais. Concretamente, as transferências interbancárias, pagamentos de serviços, cash-advance e transferências MB Way.

Para facilitar a utilização de pagamentos eletrónicos em detrimento da utilização de dinheiro, o banco está também a isentar a primeira anuidade gratuita do cartão de débito para novos pedidos e para substituições, bem como a anuidade do cartão pré-pago (NB Pocket) para novos pedidos. Medidas são válidas até 30 de abril.

Empresas e comerciantes

Os comerciantes e pequenos negócios clientes vão ter isenção de custos do serviço de homebanking NBnetwork até 30 de abril, para novos pedidos. Estes também vão estar isentos de custos fixos nas transações efetuadas através de TPA, permitindo que aceitem pagamentos de valor reduzido sem custos acrescidos.

No que respeita ao crédito, são várias as iniciativas. O banco liderado por António Ramalho criou uma linha de conta corrente dedicada a apoiar os comerciantes e pequenos negócios afetados pelo Covid-19 (com isenção de comissões nos primeiros seis meses) e está também a alinhar com a linha de crédito Capitalizar Covid-19.

O banco também está a antecipar às empresas as prestações da Segurança Social, que atingem 70% do valor suportado com os seus salários. Esta solução garante às empresas uma liquidez imediata e consequentemente um acréscimo de liquidez de tesouraria e, sobretudo, reduzindo o risco de salários em atraso.

Às empresas de setores com maior dificuldade de tesouraria, o Novo Banco também está a prorrogar o prazo de pagamento das faturas até 90 dias dos produtos de Factoring. Em casos devidamente justificados, as empresas de certos setores poderão ainda beneficiar um período de carência de capital até 12 meses em contratos de financiamento de médio e longo prazo já em curso, e quando o serviço da divida esteja a devidamente assegurado.

Montepio apoia entidades da economia social

O Banco Montepio foca a sua atenção no apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) com a criação da “Conta Acordo”, uma linha de crédito para assegurar mensalmente as necessidades de tesouraria das instituições da economia social, antes de recebem os fundos estatais. Esta funciona como uma modalidade de descoberto autorizado na conta à ordem, à semelhança de uma conta ordenado para particulares, que pode antecipar a 100% os fundos estatais que estas entidades recebem mensalmente.

A adesão a esta conta permite ter plafond sempre disponível e a utilização e reposição do crédito utilizado em qualquer momento, de forma automática. Os montantes variam entre 200 euros e o valor máximo até 100% do subsídio recebido mensalmente.

BBVA isenta transferências online e de ordenados

Particulares

O BBVA em Portugal não cobra desde o dia 17 de março, “enquanto vivermos este cenário pandémico” comissões em todas as transferências realizadas através de canais digitais, por parte dos seus clientes.

Empresas

À semelhança dos particulares, o BBVA também está a isentar as empresas do pagamento de transferências, destacando a importância desta isenção nas transferências de ordenados.

Para as empresas, o BBVA diz que ainda que lançou uma linha de crédito de 10.000 milhões euros para as ajudar a “gerir o impacto financeiro que a atual pandemia do Covid-19 está a provocar na sua tesouraria”.

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Pacote do BCE contra o Covid-19 pode dar 17,6 mil milhões a Portugal

Programa de Compras de Emergência Pandémica pretende ajudar famílias, empresas, bancos e governos a travarem impacto do Covid-19. "Bazuca" do Banco Central Europeu tem mais um bilião até final do ano.

O Banco Central Europeu (BCE) quer travar o pânico que se está a criar nos mercados de dívida devido à pandemia de Covid-19 com uma injeção de dinheiro. O pacote de emergência, anunciado esta quarta-feira à noite, totaliza 750 mil milhões de euros, dos quais cerca de 17,6 mil milhões poderão ser para Portugal.

É um Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP, na sigla em inglês), que vai funcionar — pelo menos — até ao final de 2020, estando na “mira” da autoridade monetária da Zona Euro todas as categorias de ativos elegíveis ao abrigo do atual programa de compra de ativos, incluindo títulos de dívida pública e privada avaliados pelas agências de rating como investimento de qualidade.

Para a aquisição de ativos do setor público, a alocação benchmark entre jurisdição irá continuar a ser a chave de capital dos bancos centrais nacionais“, explicou o BCE em comunicado. Esta chave (que determina o peso de cada país no total do programa) é, para Portugal, 2,34%, o equivalente a cerca de 17,55 mil milhões de euros. O banco central compra apenas obrigações com maturidades entre um e 30 anos e, atualmente, Portugal tem 130.887 milhões de euros em títulos que preenchem estes requisitos, num universo de uma dívida superior a 251 mil milhões.

O BCE tem, no entanto, flexibilidade para ajustar os montantes e, por outro lado, tem de ter dívida disponível em cada país para comprar. “As aquisições no âmbito do novo PEPP serão conduzidas de forma flexível. Isto permite flutuações na distribuição dos fluxos de capital ao longo do tempo, entre classes de ativos e entre jurisdições“, sublinha a entidade liderada por Christine Lagarde, que decidiu incluir, por exemplo, todo o papel comercial.

Portugal é nono país com mais peso

Fonte: BCE

Bazuca tem um bilião de euros para gastar até ao fim do ano

Além da inclusão de papel comercial, há outra diferença deste programa face ao anterior. “Será concedida uma exceção aos requisitos de elegibilidade para títulos emitidos pelo governo grego para compras no âmbito do PEPP”, explicou o BCE sobre a Grécia, que tem sido excluída dos restantes programas de compra de ativos. O país irá representar 2,47% do total, cujo país com mais peso é (sem surpresa) a Alemanha.

Também os países que estão em quarentena obrigatória devido ao surto de Covid-19 — França (com 20,42%), Itália (com 16,99%) e Espanha (11,92%) estão entre os que têm maior peso. Este programa de emergência junta-se à compra de ativos já estava a decorrer e no âmbito do qual o BCE detém quase 41,8 mil milhões de euros em dívida portuguesa. Este irá continuará normalmente, mas com um alargamento anunciado na semana passada.

Na prática, o BCE poderá comprar, até ao final de 2020, mais de um bilião de euros em dívida dos países da Zona Euro: 20 mil milhões por mês no âmbito do programa que já estava a decorrer (num total de 180 mil milhões de abril a dezembro), a que acrescentem 120 mil milhões do reforço justificado pela pandemia e ainda os novos 750 mil milhões do pacote de emergência.

“O Conselho de Governadores do BCE está empenhados em desempenhar o seu papel em apoiar todos os cidadãos da Zona Euro a ultrapassarem estes tempos extremamente difíceis. Com esse objetivo, o BCE irá assegurar que todos os setores da economia podem beneficiar de condições de financiamento favoráveis que lhes permitam absorver este choque. O mesmo se aplica a famílias, empresas, bancos e governos“, garantiu.

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“Bial está a operar a mais de 100% com horas extra e fins de semana para não faltarem medicamentos”

Numa altura de pandemia global, o ECO foi bater à porta dos gestores que estão em teletrabalho em casa para uma conversa por telefone ou videochamada. O CEO da Bial foi o quarto.

O CEO da Bial está entre regime de teletrabalho e presencial, o que não o impede de gerir a empresa e assegurar a produção de medicamentos. António Portela é um dos muitos portugueses que está a trabalhar entre casa e a empresa e a fazer horas extras para assegurar a produção. É o quarto a ser entrevistado na nova rubrica diária do ECO chamada Gestores em teletrabalho.

Face a esta pandemia mundial, António Portela começa por explicar que está a adaptar a vida pessoal e profissional às circunstâncias: “Estou a trabalhar parte do tempo em teletrabalho e outra parte nas instalações da Bial, até porque temos muita gente trabalhar na empresa e precisamos de produzir os medicamentos”.

Perante a corrida às farmácias e os tempos que se avizinham, António Portela adianta que “as autoridades competentes têm-nos pedido para reforçarmos os stocks, nomeadamente de medicamentos mais essências”.

Face ao pedido e às necessidades, reforça que, “neste momento, estamos a operar a mais de 100%, estamos a fazer horas extraordinárias e fins de semana para conseguirmos garantir que aumentamos os nossos stocks em determinados medicamentos que sabemos que podem ser fundamentais em situações de crise”.

Face ao aparecimento do covid-19, António Portela explica que a Bial “ativou um plano de continuidade de negócios para situações como esta ou outras muito graves. Temos que garantir que funcionamos bem, assim como como toda a cadeia logística”. Garante que a grande responsabilidade da empresa “é garantir que continuamos a fornecer todos os outros medicamentos essenciais que as pessoas precisam”.

Estamos a operar a mais de 100%, estamos a fazer horas extraordinárias e fins de semana para conseguirmos garantir que aumentamos os nossos stocks em determinados medicamentos que sabemos que podem ser fundamentais em situações de crise.

António Portela

CEO da Bial

“Temos que garantir que conseguimos operar e que conseguimos fornecer medicamentos fundamentalmente com dois propósitos: temos que proteger as nossas pessoas e garantir que continuamos a produzir e a fornecer medicamentos às pessoas que precisam deles”. Explica que a situação é muito grave e que as pessoas estão muito preocupadas com o covid-19, mas que é importante não esquecer “que as pessoas continuam a ter outras doenças e precisam desses medicamentos”.

Tendo em conta que a pandemia já chegou a mais de 150 países, existe a necessidade de “garantir que existem medicamentos em Portugal, mas também em outros países como Espanha e Itália onde a situação é ainda mais grave”.

Para assegurar a produção, a Bial conta, neste momento, com os trabalhadores da fábrica, da área de qualidade e logística. “Os trabalhadores percebem que é uma situação de emergência e o esforço tem sido absolutamente inexcedível”, refere com orgulho António Portela.

Face às medidas de contingência, o CEO da Bial refere que “mais de metade dos colaboradores estão a trabalhar remotamente” e que o comerciais estão todos em casa desde a semana passada “porque, obviamente, não queríamos que eles estivessem em contactos com hospitais, nem centros de saúde”, explica. António Portela, refere ainda que foi uma medida para proteger os comerciais da Bial, “mas também porque percebemos que eles poderiam estar mais a estorvar que propriamente a ajudar nesta fase”.

A nossa grande responsabilidade é garantir que continuamos a fornecer todos os outros medicamentos essenciais que as pessoas precisam.

António Portela

CEO da Bial

Quanto ao futuro da economia, António Portela, destaca que tudo depende de quanto tempo esta pandemia durar. “Quanto mais tempo isto durar, mais vulneráveis vão ficar as empresas. É absolutamente necessário que as empresas consigam estar paradas sem quebrarem, porque se isto acontecer, a seguir vamos ter uma taxa de desemprego enorme”.

Espera que depois disto tudo não seja “um caos económico”. “Se não morrermos da doença, espero não morrermos da cura”, desabafa o CEO da Bial.

Considera que quem está a governar tem, neste momento, “decisões muito difíceis para tomar perante muitas indecisões”. Destaca que o Estado vai ter que apoiar as empresas, mas não vai conseguir fazer isso sozinho: “é um trabalho em conjunto com a União Europeia e vai ser necessário tomar medidas muito sérias e muitíssimo fortes para garantir que a economia, as empresas e as pessoas aguentem o máximo tempo possível uma situação que pode durar algum tempo“, alerta.

O CEO da Bial aplaude a onda de solidariedade que se tem formado e apela a todos para que “fiquem em casa perante este inimigo invisível. Somos nós que vamos conseguir travar, todos juntos, esta batalha”, conclui.

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