Espanha fecha todos os hotéis para conter o Covid-19

  • Lusa
  • 20 Março 2020

Há dias que os hotéis espanhóis estão praticamente vazios, com taxas de ocupação na ordem de menos de 10%. Agora, o Governo decidiu encerrá-los todos.

Espanha decretou o encerramento de todos os hotéis no seu território, para conter a propagação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A medida, publicada no Diário da República espanhol e confirmada pela agência francesa AFP, ordena “a suspensão da abertura ao público de todos os hotéis e similares, alojamentos turísticos e outros locais para estadias curtas”.

O encerramento durará sete dias, renováveis após avaliação do estado da situação.

Na quarta-feira, o diário espanhol El País informou que há dias que os hotéis espanhóis estão praticamente vazios, com taxas de ocupação na ordem de menos de 10%.

Espanha prepara-se para “os dias mais duros” de combate à epidemia, numa altura em que o número de mortos aumentou perto de 30 por cento nas últimas 24 horas.

Espanha é, atualmente, o quarto país mais afetado pela epidemia (e o segundo europeu, a seguir a Itália), que já causou 767 mortos no país, onde o número de infetados já ultrapassa os 17 mil, segundo os dados anunciados hoje pelo Ministério da Saúde.

Portugal já encerrou as fronteiras com Espanha, exceto para o transporte de mercadorias.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais (3.405 mortos em 41.035 casos).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. Já o número de mortos subiu para quatro.

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Fabricantes desligam os motores na América. Tesla carrega no “off”

  • Lusa
  • 20 Março 2020

Toyota, Volkswagen, Subaru e Tesla vão suspender temporariamente a sua produção na América do Norte devido ao coronavírus.

As fabricantes automóveis Toyota, Volkswagen, Subaru e Tesla vão suspender temporariamente a sua produção na América do Norte devido aos problemas causados pela propagação da Covid-19.

Estas empresas juntam-se à General Motors e à Ford que anunciaram na quarta-feira a suspensão de produção até o final de março.

A Toyota fechará as suas fábricas nos Estados Unidos, Canadá e México dois dias a partir de 23 de março, para garantir a saúde e a segurança dos seus funcionários e “devido ao declínio antecipado da procura do mercado relacionado ao impacto económico da pandemia de Covid-19”.

A fabricante japonesa afirmou em comunicado que aproveitará a pausa para “limpar completamente” todas as suas fábricas.

Um funcionário da Toyota na fábrica canadiana de Cambridge testou positivo, segundo os meios de comunicação social locais.

A Volkswagen suspenderá a produção por uma semana na fábrica de Chattanooga (Estados Unidos) até 29 de março e irá proceder à limpeza das instalações.

“Também usaremos esse tempo para avaliar futuros planos de produção e os desenvolvimentos do mercado”, explicou o fabricante alemão, adiantando que os seus funcionários continuarão a receber os salários durante a pausa.

A Volkswagen não comunicou o fecho da fábrica na cidade mexicana de Puebla.

A Subaru também fechará a sua fábrica em Indiana (EUA), onde são produzidos os modelos Outback, Ascent e Legacy, por uma semana a partir de 23 de março para limpar as instalações e ajustar a produção à procura.

Já a Tesla, que anunciou na quarta-feira que manteria a produção de veículos na sua fábrica Fremont (Califónia, EUA), embora com apenas parte dos seus funcionários, anunciou hoje que decidiu suspender as operações, igualmente a partir de 23 de março.

A produção da Tesla na fábrica do estado de Nova Iorque também será temporariamente suspensa, mas o fabricante continuará as operações em Nevada (Gigafactory), bem como na rede ‘supercharging’ (carregamento rápido).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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E se os EUA já estiverem em recessão? Bank of America diz que sim

  • Lusa
  • 20 Março 2020

Economia norte-americana vai “colapsar” no segundo trimestre do ano, com uma queda do PIB de 12%. Bank of America vê os EUA a contrair-se em 0,8%, em 2020.

O Bank of America avisou os seus investidores de que os EUA já entraram em recessão, devido à pandemia do novo coronavírus, mas antecipa que a paralisia económica vá ter uma curta duração.

“Estamos a declarar oficialmente que a economia (dos EUA) caiu em recessão, juntando-se ao resto do mundo, e que se trata de uma profunda queda em que se vão perder empregos, vai ser destruída riqueza e vai cair a confiança”, escreveu a economista Michelle Meyer, do Bank of América, em nota aos investidores divulgada pela estação televisiva CNBC.

O banco calcula que a economia norte-americana vai “colapsar” no segundo trimestre do ano, com uma queda do produto interno bruto (PIB) de 12%, e que no conjunto do ano a produção económica deve contrair-se em 0,8%.

“Apesar de a diminuição ser severa, cremos que vai ser de muito curta duração”, acrescentou Meyer.

A economia dos EUA, que tinha começado 2019 com um crescimento próximo dos 3%, acabou o ano passado com um crescimento trimestral de 2,1% e saldou o conjunto do ano com uma expansão de 2,3%, valor considerado modesto, mas que agora está ameaçado pela epidemia de Covid-19.

Nas suas previsões, o Bank of America considerou que no segundo trimestre do ano vão perder-se cerca de um milhão de empregos por mês, o que vai fazer com que a taxa de desemprego, que em fevereiro foi de 3,5%, se duplique, o que refletirá “a dimensão do choque económico” que esta a sofrer com o novo coronavírus.

A expansão do novo coronavírus já gerou o pânico nos mercados bolsistas mundiais, e no que respeita a Wall Street os índices Dow Jones e S&P500 já caíram 30% dos recordes que tinham estabelecido no mês passado.

O Bank of America não é a única entidade que vaticina uma forte queda do PIB nos EUA, uma vez que o banco JP Morgan calcula uma contração de 14% no segundo trimestre do ano.

As previsões do Bank of América não antecipam o início da recuperação económica até abril, após o que espera “um regresso muito lento ao crescimento, e com a economia a normalizar-se em julho”.

À medida que a economia continue a enfrentar um território desconhecido, Meyer adiantou que a salvação vai vir de uma ação agressiva.

“Quando à resposta política, na nossa opinião, não deveria haver um limite superior para o tamanho do estímulo”, disse.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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Governo suspense pagamento de TSU das empresas que estava marcado para hoje

  • Lusa
  • 20 Março 2020

Termos do adiamento das prestações e a definição das respetivas regras irão ser regulados, “não tendo as empresas de efetuar o referido pagamento amanhã [sexta-feira]”.

O Governo suspendeu o pagamento da Taxa Social Única (TSU) previsto para sexta-feira, dia 20, não tendo as empresas de efetuar o pagamento nesta data, informou em comunicado.

“Na sequência das medidas anunciadas pelo Governo de diferimento das prestações de Segurança Social, foi suspensa a data de pagamento, que terminava amanhã, 20 de março, das contribuições devidas à Segurança Social das empresas”, lê-se na informação divulgada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O Governo indica ainda que os termos do adiamento das prestações e a definição das respetivas regras irão ser regulados, “não tendo as empresas de efetuar o referido pagamento amanhã [sexta-feira]”.

Esta semana foram anunciadas medidas de apoio às empresas, caso de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas no montante total de 3.000 milhões de euros, destinadas aos setores mais atingidos pela pandemia de Covid-19, de uma moratória dos bancos no pagamento de capital e juros e da redução a um terço em março, abril e maio das contribuições das empresas para a Segurança Social.

Esta sexta-feira o Conselho de Ministros volta a reunir-se para debater as medidas de apoio social e económico às famílias e a setores de atividade como a atividade comercial ou restauração.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quinta-feira o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para quatro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou o estado de emergência na quarta-feira — aprovado pelo parlamento, depois de parecer favorável do executivo — que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que seja justificada.

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Cofina e Prisa rasgam contrato. TVI não muda de mãos

A Cofina e a Prisa comunicaram aos mercados que o acordo de compra e venda da Media Capital ficou sem efeito. Porém, acusam-se mutuamente pelo insucesso da operação.

Acabou o negócio da TVI. A Cofina comunicou aos investidores que o acordo de compra e venda da Media Capital, assinado com a Prisa, ficou sem efeito. Também a Prisa divulgou um comunicado a confirmar o fim do negócio. Mas as duas empresas responsabilizam-se mutuamente pelo insucesso da operação.

Ao início desta madrugada, a Cofina remeteu uma nota à CMVM apontando para o fim do contrato que tinha assinado com a Prisa, acusando o grupo espanhol de ter recusado renegociar a operação. A dona do Correio da Manhã tinha dado um prazo de “sete dias” aos espanhóis para voltarem à mesa das negociações. Mas, a Cofina alega que a Prisa não quis negociar e que, por isso, o contrato foi resolvido.

“Na falta de qualquer acordo relativo à modificação do contrato de compra e venda de ações representativas de 100% do capital social e dos direitos de voto da Vertix”, a “notificação de resolução do contrato produziu os seus efeitos“, escreveu a Cofina.

Segundo a Cofina, a “declaração de resolução funda-se, entre outros aspetos, numa inesperada e muito significativa degradação da situação financeira e perspetivas da Vertix e da Media Capital, especialmente agravadas pelo presente contexto de emergência causado pela pandemia Covid-19, e no comportamento da Prisa, que incorreu em violações contratuais graves e, por último, manifestou expressamente a intenção de não cumprir o contrato, o que afetou irremediavelmente a relação de confiança entre as partes”.

Com efeito, é neste sentido que a Cofina “transmitiu à Prisa o entendimento de que, mesmo no caso de a declaração de resolução vir no futuro a ser entendida como ineficaz, a concretização da aquisição prevista no contrato sempre dependeria da determinação final do valor da compensação devida à Cofina por força das referidas violações contratuais, a qual, nos termos gerais, deveria ser abatida ao preço contratualmente previsto”.

Em causa está um valor de dez milhões de euros que, apurou o ECO, está depositado numa escrow account — uma conta bancária controlada pelas duas empresas enquanto uma transação se encontra em andamento. Recorde-se que a Cofina considera que não tem de pagar este valor à Prisa como caução no negócio da compra da Media Capital, porque os mesmos “não são devidos”.

Ao final da manhã desta quarta-feira, surgiu a resposta da Prisa. Num comunicado, o grupo que controla a TVI também considera que “o acordo de compra e venda foi resolvido”, mas argumenta que esse é o resultado de a “Cofina ter voluntariamente violado as suas obrigações contratuais”, ao abortar o aumento de capital que iria financiar parcialmente esta compra. Acusa também a Cofina de nunca lhe ter comunicado qualquer “incapacidade de completar” esse aumento de capital “ou intenção de desistir da sua execução”.

Mais: a Prisa rejeita a ideia de que tenha recusado voltar a sentar-se à mesa das negociações, argumentando que, apesar de a Cofina lhe ter dado “sete dias” para negociar, o grupo “não apresentou à Prisa qualquer proposta para alterar o acordo de compra e venda”. “A Prisa tem sempre atuado de boa-fé ao longo deste processo e nega as declarações da Cofina sobre alegadas violações por parte da Prisa”, conclui a empresa liderada por Manuel Mirat.

Não são dados mais detalhes pela Prisa. No entanto, a dona da Media Capital já tinha informado o mercado de que tomaria “todas” as medidas “contra a Cofina” na prossecução dos interesses dos seus acionistas.

(Notícia atualizada às 12h23 com resposta da Prisa)

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Seguradoras espanholas privilegiam teletrabalho

  • ECO Seguros
  • 19 Março 2020

A patronal espanhola de seguros informou que as companhias estão a potenciar atendimento a clientes por meios eletrónicos e telefone. Cerca de 50 mil profissionais de seguros estão em trabalho remoto.

A Associação Empresarial de Seguro (Unespa) salienta em comunicado que as entidades do setor “contam com um nível de solvência que lhes permite fazer frente à situação”.

Depois do ‘Estado de Alarma’ decretado pelo governo espanhol no passado fim de semana, “as seguradoras estão a implementar protocolos de ação para manter a atenção aos segurados”, procurando conter a propagação do coronavírus (Covid-19).

“As prioridades das entidades são continuar a prestar serviços aos clientes e preservar a saúde dos seus trabalhadores”. Para compatibilizar a proteção do trabalhador com os cuidados aos segurados, “as instituições estenderam o trabalho remoto. Ao abrigo destes protocolos, a maioria dos mais de 50 mil empregados do setor estão atualmente a teletrabalhar a partir de suas casas” explica a entidade espanhola.

As seguradoras recomendam ainda que “as suas redes de distribuição atendam, na medida do possível, os clientes telematicamente. A utilização de canais telefónicos e eletrónicos de contacto nas comunicações entre cidadãos e companhias de seguros ajuda a reduzir o número de pessoas na estrada e, consequentemente, ajuda a limitar a propagação do vírus”, refere o comunicado da Unespa.

Com a declaração do Estado de Alarme, cerca de 48 milhões de cidadãos estão com restrições de circulação em Espanha. O regime de confinamento, isolamento ou de restrições de circulação já vigora em diversos países da Europa, nomeadamente Itália, Espanha, França e Bélgica, entre outros.

A indústria seguradora espanhola “tem um alto nível de solvência que lhe permite enfrentar a situação desencadeada pela pandemia da COVID-19. Especificamente, o setor excede em 2,4 vezes os requisitos dos regulamentos”, reitera a patronal.

Além disso, a Unespa reiterou que o Estado de Alarme não modifica as proteções oferecidas pelo seguro automóvel, tanto na sua forma de seguro para terceiros como no resto das garantias. “Esta declaração institucional foi feita como resultado do aparecimento de algumas informações incorretas nos meios de comunicação e redes sociais de hoje, nas quais a continuidade da proteção foi questionada”.

A Unespa reúne quase 200 companhias de seguros e resseguros que representam aproximadamente 98% do negócio de seguros no mercado espanhol.

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Banco CTT cresce 42% em produtos poupança e seguros

  • ECO Seguros
  • 19 Março 2020

Os produtos de poupança e seguros do Banco CTT contribuíram com cerca de 27 milhões de euros para os rendimentos operacionais em 2019.

Os rendimentos operacionais dos serviços financeiros do grupo CTT atingiram 34,1 milhões de euros em 2019, um crescimento de 7,3 milhões de euros (+27,2%) face a 2018. De acordo com a informação do grupo relativa ao exercício de 2019, “os produtos de Poupança e Seguros contribuíram com 26,9 milhões de euros para os rendimentos operacionais” na área de serviços financeiros, um aumento de 42,1% face ao ano anterior.

“Os rendimentos do Banco CTT atingiram 62,9 milhões de euros em 2019, um crescimento de 29,3 milhões de euros (+87,2%) face ao ano anterior, beneficiando do desempenho da 321 Crédito, adquirida em maio de 2019. Excluindo o efeito inorgânico da aquisição da 321 Crédito, os rendimentos ascenderam a 41,9 milhões de euros, (+24,5%) do que em 2018”, indica o comunicado do grupo.

O Banco CTT registou um crescimento de contas abertas para 461 mil contas (+113 mil que no final de 2018) o que “evidencia a forte capacidade de angariação de mais de 450 contas por dia, a par com a continuação do crescimento dos depósitos de clientes para 1.283,6 milhões de euros (+45,2%) e do crescimento da carteira de crédito habitação líquida de imparidades para 405,1 milhões de euros (+69,9%)”, detalha a instituição.

Os CTT fecharam 2019 com um lucro de 29,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 35,8% face a 2018, em resultado do aumento dos resultados operacionais da empresa de correios e banca. Os rendimentos operacionais registaram um aumento de 4,6% em 2019 face a 2018, para 740,3 milhões de euros.

Para João Bento, CEO dos CTT, os resultados apresentados “confirmam que os CTT estão a seguir a estratégia acertada, diversificando as áreas de negócio e sem perder de vista o correio tradicional. 2019 foi um ano de transição, com um novo impulso e um novo rumo para os CTT, que resultou num aumento do resultado líquido. Os principais indicadores económico-financeiros mostram um crescimento sólido, a 321 Crédito está a dar um importante contributo para os resultados do Banco CTT e acreditamos que teremos bons resultados com as alterações implementadas em Espanha”.

Integrando a atividade de serviços financeiros, os pacotes de seguros (habitação, família e saúde) e produtos poupança, entre os quais poupança-reforma (PPR) são distribuídos através de promotores em agências e canais do Banco CTT.

O relatório financeiro da empresa destaca o desempenho do banco dos correios, “suportado pela evolução orgânica e pelo efeito da incorporação da 321 Crédito, dos Serviços Financeiros e também da área de Expresso & Encomendas cujos crescimentos compensaram o decréscimo verificado no Correio e Outros”.

O resultado bruto de exploração (ebitda) dos CTT aumentou 12,2% face a 2018, para 101,5 milhões de euros, sobretudo devido ao crescimento orgânico e inorgânico do Banco CTT e também dos serviços financeiros.

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Presidente do BCE espera recessão considerável na Zona Euro

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Num artigo de opinião publicado em vários jornais, Christine Lagarde disse que com grande parte da atividade económica parada, resultado será a economia da Zona Euro “contrair-se consideravelmente".

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse esta quinta-feira esperar uma recessão considerável na zona euro devido ao impacto económico da pandemia de Covid-19.

Num artigo de opinião publicado em vários jornais, Christine Lagarde disse que com uma grande parte da atividade económica parada, o resultado será a economia da zona euro “contrair-se consideravelmente”.

Neste contexto, a presidente do BCE afirmou que é preciso uma “resposta ambiciosa, coordenada e urgente”, e que a instituição que lidera irá fazer “tudo o que for necessário no âmbito do mandato para ajudar a área do euro a atravessar esta crise”, uma vez que o “BCE está ao serviço dos cidadãos europeus”.

Uma frase que recorda a dita pelo ex-presidente do BCE Mário Draghi no pico da crise da dívida soberana em 2012, que contribuiu para resolver a crise e preservar o euro.

Lagarde destacou a necessidade de políticas públicas, referindo que, não podendo evitar a crise gerada, “podem, contudo, assegurar que o abrandamento não seja mais prolongado e profundo do que o necessário”, apoiando empresas e postos de trabalho.

“As políticas de saúde e orçamentais devem constituir o cerne desta resposta”, assinalou.

Ao mesmo tempo, referiu, a política monetária terá de “desempenhar um papel vital”, ao dar liquidez ao setor financeiro para que este dê condições de financiamento favoráveis para todos os setores da economia (Estado, empresas e famílias).

Na quarta-feira à noite, o Banco Central Europeu (BCE) aprovou um programa de compra de ativos no valor de 750 mil milhões de euros, numa tentativa de retomar os fluxos financeiros e conter o choque económico na zona euro da doença Covid-19, com muitas empresas a serem forçadas a suspender as suas atividades e mesmo ameaçadas de falência e trabalhadores com empregos em risco.

Esta injeção de liquidez (que representa 7,3% do produto interno bruto da Zona Euro) soma-se aos 120 mil milhões de euros em compra de ativos aprovados a semana passada, que não foram considerados suficientemente ambiciosos.

Lagarde justificou o Programa de Compra de Ativos por Pandemia com a deterioração das condições da economia e, logo, restritividade das condições de financiamento, desenvolvimentos que considerou que “comprometem a transmissão regular da política monetária em todas as jurisdições da área do euro e colocam em risco a estabilidade de preços”.

As compras de ativos serão feitas de forma flexível, com alterações na distribuição dos fluxos de compras ao longo do tempo, por classes de ativos e entre jurisdições. O programa durará, pelo menos, até final do ano.

O BCE decidiu ainda alargar a lista dos ativos de garantia elegíveis com que os bancos obtêm financiamento no banco central.

Lagarde realçou igualmente as medidas tomadas a semana passada pelo BCE de operações de refinanciamento a uma taxa de -0,75%, abaixo da taxa de juro dos depósitos, o que diz permitir “disponibilizar liquidez num montante que ascende a três biliões de euros”.

Ao mesmo tempo, as autoridades de supervisão bancária já facilitaram as regras de capital bancário, novamente para melhorar a concessão de empréstimos pelos bancos.

Apesar das medidas já tomadas, Lagarde afirmou que o BCE continua preparado para aumentar a dimensão dos programas de compras de ativos e tomar todas as opções e medidas “para apoiar a economia no contexto deste choque”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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Covid-19: Programa de licenças sem vencimento da TAP com 300 adesões

  • Lusa
  • 19 Março 2020

A transportadora indicou também que vai alargar o prazo dessas licenças para seis meses, sendo que até agora era de três meses.

O programa de licenças sem vencimento que a TAP lançou para fazer face ao impacto do surto de Covid-19 na sua atividade registou, até hoje, 300 adesões, revelou à Lusa fonte oficial da companhia aérea.

A transportadora indicou também que vai alargar o prazo dessas licenças para seis meses, sendo que até agora era de três meses.

No dia 6 de março a TAP abriu um programa de licenças sem vencimento a todos os trabalhadores do negócio da aviação, por um período mínimo de 30 dias e máximo de 90 dias, que abrangia os meses de abril, maio e junho.

Segundo um comunicado enviado pelos recursos humanos aos trabalhadores, a que a Lusa teve então acesso, o programa voluntário e temporário de licenças sem vencimento tem como objetivo “dimensionar a força de trabalho à atividade operacional atual“, que teve uma queda acentuada devido à propagação do novo coronavírus.

Os interessados em aderir ao programa, que abrange pilotos e tripulantes de cabine, devem inscrever-se, indicando o período pretendido, durante o qual os trabalhadores “mantêm o direito de facilidades de passagem, bem como o seguro de saúde”, lê-se no documento.

Todos os pedidos serão objeto de análise e decisão da comissão executiva“, alertaram os recursos humanos da TAP, realçando que “o pedido [de licença sem vencimento] não implica a aceitação automática do mesmo”.

A TAP admitia ainda que podiam ser equacionadas “prorrogações das licenças sem vencimento” além do período previsto, “se tal se verificar oportuno e necessário”.

A comissão executiva da TAP anunciou a implementação de medidas para reduzir e controlar custos, incluindo a suspensão ou adiamento de investimentos e de contratações e a “implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias”, segundo uma nota enviada aos trabalhadores.

“Vamos implementar um conjunto de iniciativas que visam controlar e reduzir custos como suspensão ou adiamento de investimentos não críticos, corte de despesas acessórias, renegociação de contratos e prazos de pagamento, antecipação de crédito junto de fornecedores, suspensão de contratações de novos trabalhadores, bem como a implementação de programas de licença sem vencimento temporárias”, referiu a comissão executiva liderada por Antonoaldo Neves.

A TAP cancelou também 3.500 voos e decidiu não renovar o contrato a prazo com 100 trabalhadores, que já foram notificados, confirmou hoje à Lusa fonte da transportadora aérea.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 231 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.350 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.250 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três, segundo a DGS.

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Nasdaq lidera recuperação em Wall Street. Investidores aplaudem bancos centrais

Os principais índices bolsistas dos EUA encerraram em alta, com os investidores a reagirem positivamente à atuação dos bancos centrais.

Após novo trambolhão na sessão anterior e um arranque negativo, o verde imperou em Wall Street. Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em alta, esta quinta-feira, com os investidores a darem algum crédito aos esforços dos bancos centrais e outras organizações no sentido de travar o impacto negativo da pandemia de Covid-19 na economia.

A maior recuperação coube ao Nasdaq que somou 2,3%, para os 7,50,58 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,48%, para os 2.409,5 pontos, e o Dow Jones avançou 0,95%, para 20088,55 pontos.

Esta recuperação acontece depois de a Reserva Federal dos EUA ter decidido abriu linhas de swap com bancos centrais em nove novos países para garantir que o sistema financeiro mundial dependente do dólar continue a funcionar.

Esta foi a mais recente de uma série de medidas tomadas pelo banco central dos EUA nas últimas duas semanas, incluindo a redução de custos de empréstimos para quase zero e o fornecimento de milhares de milhões de dólares em crédito barato.

Já o Banco Central Europeu prometeu na quarta-feira comprar 750 mil milhões de euros em dívida soberana até 2020.

“Os investidores ativos estão a usar isso como uma oportunidade para captar o que podem ser consideradas como ‘pechinchas’, porque ninguém tem muita certeza sobre como avaliar as ações neste momento”, disse Robert Pavlik, estratega-chefe da SlateStone Wealth, citado pela Reuters, face à reação dos mercados nesta quinta-feira.

Em forte alta, reagiram também as cotações do petróleo. O barril do “ouro negro” chegou a valorizar 35%, esta quinta-feira, nos mercados internacionais, mas continua a negociar abaixo da fasquia dos 30 dólares.

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Novabase vende Collab à sueca Netadmin por seis milhões de euros

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Novabase poderá ainda obter um ganho adicional (‘earn-out’) anual, por três anos, “dependente da performance da Collab".

A Novabase vendeu à sueca Netadmin System i Sverige AB a sua participação na Collab, num negócio que envolve o pagamento de seis milhões de euros, dos quais 4,37 milhões de euros dizem respeito à tecnológica, segundo um comunicado.

Na mesma nota, a empresa informa que “foi hoje celebrado entre, por um lado, a sua subsidiária Novabase Business Solutions, detentora de 72,45% das ações representativas do capital social da Collab e os restantes acionistas da Collab (entre os quais se inclui o Novabase Capital – Fundo de Capital de Risco, detentor de 17,75% das ações), enquanto vendedores e, por outro lado a Netadmin System i Sverige AB, enquanto compradora, um contrato de compra e venda da totalidade das ações representativas do capital social da Collab”.

As restantes ações estão nas mãos dos promotores individuais da empresa, que atua na área dos ‘contact centers’, segundo indicou à Lusa fonte oficial da Novabase.

O grupo detalha, no comunicado hoje divulgado, que “a concretização da compra e venda ocorreu também na presente data, com a entrega das ações contra o pagamento de parte do preço”, sendo que o “valor inicial acordado para a totalidade das ações dos vendedores é de 6 milhões de euros (correspondendo 4,347 milhões de euros desse preço à Novabase Business Solutions), do qual 4,5 milhões de euros foram pagos na presente data (correspondendo 3,26 milhões de euros deste valor à Novabase Business Solutions)”, referiu o grupo.

A empresa compradora irá reter os 1,5 milhões de euros remanescentes, sendo que a Novabase destacou que “o preço acordado estará sujeito a ajustamentos, nos termos do contrato”.

“Devido às cláusulas de ajustamento de preço positivo ou negativo acordadas pelas partes, não é possível estimar neste momento, com precisão, a contrapartida final que possa vir a ser obtida com a transação”, informou o grupo.

A Novabase poderá ainda obter um ganho adicional (‘earn-out’) anual, por três anos, “dependente da performance da Collab, nos termos definidos no contrato”, não sendo possível, de acordo com o grupo, “estimar na presente data o respetivo valor máximo ou mínimo”.

Apesar de todas estas variáveis, a Novabase estima que possa conseguir uma mais-valia “em consequência desta transação”, entre 100.000 euros e 800.000 euros, “desconsiderando o impacto, imprevisível na presente data, das condicionantes positivas e negativas da contrapartida final, bem como do potencial ‘earn-out’”, segundo o mesmo comunicado.

A Collab emprega atualmente cerca de 60 colaboradores e gerou uma faturação de 6,5 milhões de euros em 2019.

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Fotogaleria: Vírus deixa aeroporto a meio gás. Turistas deixam Lisboa a conta-gotas

Com o alastrar da pandemia, e depois de decretado o estado de emergência, os turistas que ainda se encontram em Lisboa tentam regressar ao país de origem. O ECO esteve no aeroporto Humberto Delgado.

Depois de decretado o estado de emergência nacional e suspensos os voos de e para fora do espaço europeu, o aeroporto Humberto Delgado em Lisboa vive debaixo de fortes medidas de prevenção da pandemia do Covid-19. A entrada no terminal das partidas é feita apenas por uma única porta (todas as outras estão encerradas) sob olhar atento da Polícia de Segurança Pública. Os passageiros que têm voo marcado entram a conta-gotas de modo a evitar grandes ajuntamentos junto dos balcões de check-in no interior do aeroporto.

No exterior, existem duas filas. Uma para os passageiros com voo marcado e confirmado. Outra para os passageiros que, devido à suspensão dos voos extracomunitários, viram o seu voo ser cancelado e esperam agora por uma solução para regressarem ao seu país de origem.

Um desses passageiros tenta encontrar uma solução para regressar ao Brasil mas a conjugação da pandemia com a suspensão dos voos e a falta de informação torna a tarefa difícil de resolver. O mesmo se passa com um grupo de passageiros angolanos que ficou sem voo de regresso para Angola. Nesta fila, há passageiros à espera desde a madrugada por uma alternativa.

O interior do terminal das partidas mostra um aeroporto a meio gás, porque com os voos a serem suspensos dia após dia, os balcões de check-in estão vazios assim como os balcões de atendimento das próprias companhias aéreas. Informações só por telefone ou email. Muitos espaços comerciais estão também encerrados.

Veja a fotogaleria abaixo:

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