Covid-19: Frente Comum exige medidas imediatas para garantir 100% do rendimento

  • Lusa
  • 19 Março 2020

O apelo ao Governo é de que tome imediatamente medidas que garantam a manutenção a 100% dos rendimentos e as condições de saúde e de segurança no trabalho face à pandemia da Covid-19.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública exigiu esta quinta-feira que o Governo tome imediatamente medidas que garantam a manutenção a 100% dos rendimentos e as condições de saúde e de segurança no trabalho face à pandemia da Covid-19.

Em comunicado, a Frente Comum, estrutura da CGTP, sublinha “a importância decisiva e crucial dos trabalhadores da Administração Pública no combate à pandemia provocada pela Sars-CoViD-2, o novo coronavírus”, e reivindica medidas que reforcem os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores.

“A Frente Comum exige que o Governo tome imediatamente as medidas que garantam a manutenção a 100% dos rendimentos dos trabalhadores, as condições de saúde e segurança no trabalho, bem como medidas que, a médio prazo, protejam a classe trabalhadora”, afirma a estrutura sindical.

Entre as exigências estão “o impedimento da interrupção de serviços de bens essenciais (água, luz, gás, comunicações), suspensão de despejos, prorrogação das prestações sociais que terminem durante este período, proibição de despedimentos e todas as medidas que protejam e defendam os trabalhadores e os seus direitos”.

Segundo a Frente Comum, apesar de estarem “na linha da frente” da resposta ao combate à atual situação provocada pelo novo coronavírus, os trabalhadores da Administração Pública têm sofrido “múltiplas violações dos seus direitos”.

“Não estão a ser garantidas as condições de proteção individual e de saúde e segurança para o exercício vital das suas funções em todos os serviços, nomeadamente nos serviços essenciais”, diz a estrutura sindical.

Há ainda “serviços que estão a recusar” o apoio financeiro dirigido aos pais que têm de ficar em casa com os filhos menores de 12 anos devido ao fecho das escolas, sobre o qual existe também “problemas na interpretação” do decreto-lei que o define.

Além disso, refere a Frente Comum, “continua sem se conhecer qualquer solução para os trabalhadores que, tendo filhos menores, não terão qualquer apoio ou suporte legal para as faltas que inevitavelmente ocorrerão durante o período de interrupção letiva prevista para a Páscoa”.

A Frente Comum refere também que “não foi assegurada qualquer medida de proteção social para os trabalhadores que têm a seu cargo ascendentes” e que em muitos serviços essenciais “está a ocorrer a suspensão de horários flexíveis” atribuídos ao abrigo da lei da parentalidade.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira.

O número de mortos no país subiu para quatro, com anúncio da morte de uma octogenária em Ovar, feito pelo presidente da câmara local, horas depois de a DGS ter confirmado a existência de três vítimas mortais até às 24:00 de quarta-feira em Portugal.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

O boletim divulgado pela DGS assinala 6.061 casos suspeitos até hoje, dos quais 488 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 8.091 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje.

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Covid-19. Siga as dicas ambientais da Quercus para a quarentena

Famílias portuguesas reféns do coronavírus produzem mais resíduos urbanos e gastam mais eletricidade, gás e água.

Não é por estarmos fechados em casa, em regime de teletrabalho e isolamento social, que as preocupações ambientais devem ficar esquecidas. Aliás, devem mesmo ser reforçadas.

Em quarentena, compramos mais, consumimos mais e produzimos mais resíduos. Vemos multiplicar os sacos de lixo, temos as máquinas de roupa e de loiça a trabalhar quase sem parar. Resultado? Mais resíduos urbanos e um maior gasto de eletricidade, gás e água.

A pedido do Capital Verde, do ECO, a Quercus deixa “algumas dicas de eficiência de recursos enquanto estivermos em isolamento social”. Conheça no vídeo 10 conselhos para poupar o ambiente e a carteira.

http://videos.sapo.pt/QFD5cck9WUtvkzNwt3bL

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Analistas não esperam mudanças no rating a Portugal pela DBRS

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Três analistas ouvidos pela Lusa não esperam que a DBRS, na sua pronúncia sobre o rating a Portugal que será conhecida na sexta-feira, altere as suas perspetivas, muito devido à Covid-19.

Três analistas ouvidos hoje pela Lusa não esperam que a DBRS, na sua pronúncia sobre o rating a Portugal que será conhecida na sexta-feira, altere as suas perspetivas, muito devido aos acontecimentos inesperados associados ao Covid-19.

“Acho que neste momento não há visibilidade para uma agência de rating proceder já a esse tipo de revisões em baixa, porque não sabe em concreto qual o nível de implementação das medidas que venham a suceder”, disse à Lusa Filipe Garcia, da IMF – Informação de Mercados Financeiros, sobre as medidas de combate aos efeitos económicos da pandemia de Covid-19.

Para Filipe Garcia, a DBRS “deverá manter tudo como está e fazer um comentário de que mal haja mais visibilidade, possa alterar alguma coisa, se for o caso”, considerando que uma revisão já seria uma antecipação exagerada.

Também Nuno Mello, da corretora XTB, não espera uma alteração da DBRS, dado que “os pressupostos que levaram a agência de rating a elevar o rating da dívida portuguesa na última revisão, nomeadamente a descida do défice e da dívida portuguesa, mantêm-se enquanto não saírem novos dados que reflitam a situação económica atual”, relacionada com a pandemia de Covid-19.

A longo prazo, no entanto, Nuno Mello considera que os ‘ratings’ deverão refletir “um aumento da dívida pública, a uma derrapagem nas contas públicas, desaceleração económica e também aumento do desemprego” provenientes dos efeitos económicos associados ao novo coronavírus.

Já Pedro Amorim, da corretora Infinox, afirmou que “as agências de rating, devido à situação mundial, não vão deteriorar o rating de todos os países, por uma questão de estabilidade do mercado“.

“Se o fizessem, seria uma queda gigante nas obrigações portuguesas e não só”, considerou, lembrando que as agências “têm a sua capacidade de flexibilização para não prejudicarem mais o mercado”.

A DBRS irá pronunciar-se na sexta-feira sobre o rating da dívida pública portuguesa, depois de na semana passada a Standard and Poor’s ter mantido inalteradas as avaliações a Portugal, com o rating em ‘BBB’, em nível de investimento, e a perspetiva positiva.

Em 17 de janeiro deste ano, a Moody’s manteve a notação financeira de Portugal em ‘Baa3’, acima de ‘lixo’, e a perspetiva em positiva, sendo assim a única agência de ‘rating’ a deixar a dívida de longo prazo de Portugal apenas um nível acima da categoria de não investimento.

Em 22 de novembro de 2019, a Fitch tinha mantido o rating em ‘BBB’, o segundo nível da categoria de investimento, com perspetiva positiva. Em 4 de outubro, a agência de notação financeira canadiana DBRS melhorou o ‘rating’ da dívida soberana de Portugal de ‘BBB’ para ‘BBB alto’, com perspetiva estável.

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Tancos: Mais um processo adiado na Justiça devido ao Covid-19

O debate instrutório do processo Tancos foi adiado pelo magistrado Carlos Alexandre, por tempo indeterminado. A razão é a pandemia do Covid-19.

Mais um processo adiado na Justiça portuguesa devido à pandemia Covid-19. Após o debate instrutório da Operação Marquês ter sido suspenso, o juiz Carlos Alexandre adiou sem nova data o debate instrutório do processo Tancos.

O anúncio foi dado pelo magistrado através de um despacho que chegou esta quinta-feira aos advogados. Vários advogados envolvidos no processo já tinham alertado o juiz, através de requerimentos, que o debate de instrutório implicaria que estivessem na mesma sala mais de 100 pessoas, indo ao desencontro das recomendações da Direção-Geral de Saúde.

Com sete dos 23 arguidos em prisão preventiva, este processo inseria-se na exceção dada pelo Conselho Superior de Magistratura, que só permitia que prosseguissem os casos que pusessem em causa direitos fundamentais. Ainda, Carlos Alexandre considerou que não estavam reunidas as condições para continuar a fase processual.

Segundo o juiz, dadas as “circunstâncias que publicamente são conhecidas, que motiva até o senhor Presidente da República a convocar o Conselho de Estado, para ponderar uma proposta de Estado de Emergência vejo-me forçado a reconhecer que tais circunstâncias não se alterarão, seguramente, até dia 2 de abril, pelo que dou sem efeito as datas consignadas e adio sine die, lê-se no despacho divulgado pelo Observador.

Uma vez que a medida de coação dos sete arguidos está a terminar, Carlos Alexandre informou o Ministério Público que seriam necessárias alterações às medidas de coação.

Segundo a acusação do Ministério Público, a recuperação do armamento furtado dos paióis de Tancos, em junho de 2017, deve-se a um “verdadeiro pacto de silêncio entre Azeredo Lopes e os arguidos da GNR, PJM e que todos criaram sérios obstáculos à descoberta da verdade material”.

Azeredo Lopes demitiu-se do cargo a 12 de outubro de 2018.

Nove dos 23 arguidos do processo de Tancos são acusados de planear e executar o furto do material militar e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O inquérito de Tancos investigou o furto, em 28 de junho de 2017, e as circunstâncias em que aconteceu a recuperação de grande parte do material militar, em 18 de outubro do mesmo ano.

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Após três dias de fortes quedas, petróleo dispara. Barril chegou a subir 35%

Senado norte-americano pediu a Riade e Moscovo que terminem a guerra dos preços. Se não acontecer, autorizou o presidente Donald Trump a impor um embargo petrolífero a ambos os países.

O preço do petróleo regista fortes ganhos, após um selloff de três dias consecutivos que levou a matéria-prima a mínimos de duas décadas. O barril chegou a valorizar 35%, esta quinta-feira, nos mercados internacionais, mas continua a negociar abaixo da fasquia dos 30 dólares.

A recuperação está associada, por um lado, a uma correção do mercado depois de na última sessão os preços terem caído para o valor mais baixo desde 2002. Por outro, foi ainda causado pelos desenvolvimentos na guerra entre os maiores produtores de petróleo do mundo. Arábia Saudita e Rússia — que alinhavam há mais de dois anos numa estratégia conjunta para o mercado petrolífero — entraram num conflito, que arrisca inundar o mercado de petróleo, numa altura de perturbações na procura.

O Senado norte-americano pediu aos dois países que parem a guerra de preços e anunciou que vai intervir. Riade e Moscovo foram convidados a negociar em Washington, mas caso não cheguem a acordo, o Senado norte-americano autorizou o presidente Donald Trump a impor um embargo petrolífero a ambos os países.

Neste cenário de incerteza, tem sido a volatilidade a marcar as negociações. O Brent negociado em Londres sobe 15% para 28,48 dólares por barril e o crude WTI dispara 25% para 25,41 dólares. Mas chegou a disparar um máximo de 35% durante a negociação.

“Após o tombo de ontem [quarta-feira], os investidores estão a voltar ao mercado porque estão a antecipar cortes de produção no futuro. Mas estes não são suficientes para apagar o impacto na procura que o mercado vai assistir em abril e maio”, explicou à Reuters Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, sobre o efeito do surto de coronavírus.

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Anacom suspende leilão do 5G por tempo indeterminado por causa do vírus

Depois de ter parado a migração da TDT, a Anacom decidiu suspender todo o processo do leilão de frequências para o 5G, a pedido das três principais operadoras de telecomunicações.

A Anacom decidiu suspender o processo do leilão de frequências para o 5G, a pedido das três principais operadoras. A decisão é justificada com “a atual situação de exceção em que Portugal se encontra” e com “todos os constrangimentos que daí resultam”. Não há data para a retoma deste dossiê.

“A Anacom decidiu, por motivo de força maior, suspender a consulta pública sobre o projeto de regulamento do leilão” do 5G, bem como a “audiência prévia” e a consulta pública sobre a alteração dos direitos que já eram detidos pela Dense Air. Na prática, a decisão abrange todo o processo do 5G, sendo que a suspensão “produz efeitos a 19 de março e vigora até ao seu levantamento”, refere a Anacom, num comunicado.

Segundo o regulador, Meo, Nos e Vodafone pediram esta medida, invocando os efeitos da pandemia do coronavírus que levou à declaração do estado de emergência no país. Estas empresas “relevam ainda que a situação poderá agravar-se e referem o impacto de toda esta situação na capacidade de resposta dos mais diversos intervenientes”.

Assim, “a Anacom acolheu os argumentos apresentados, pois reconhece que a pandemia de Covid-19 representa uma situação absolutamente excecional, de ameaça grave contra a saúde pública”, refere a mesma nota.

A suspensão do leilão do 5G acontece depois de a Anacom, em articulação com a Meo, ter decidido suspender o processo de migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) que estava em curso, também devido à pandemia do coronavírus. Esta operação visava libertar a faixa de frequências necessária para a transição do 4G para o 5G, que se espera que seja a quinta geração de rede móvel de comunicações.

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Uber Eats remove taxas de entrega até 3 de abril

Depois de ter deixado de cobrar taxas de entrega à hora do almoço, Uber Eats acaba agora com todas as taxas de entrega até 3 de abril.

A Uber decidiu suspender as taxas de entrega do serviço Uber Eats até 3 de abril, uma resposta à declaração de estado de emergência, anunciada esta quarta-feira pelo Presidente da República.

“Perante a situação que está a ser vivida no mundo e em Portugal, e dada a declaração de estado de emergência no país feita pelo Sr. Presidente da República, o Governo português decidiu limitar a circulação de pessoas e fechar grande parte dos espaços comerciais, incluindo restaurantes. Contudo, a entrega de refeições ao domicílio continua a ser permitida em Portugal e, por isso, o Uber Eats manterá a sua operação em funcionamento normal”, justifica a empresa, em informação enviada aos jornalistas.

A empresa detalhou ainda que, “para estar mais perto dos utilizadores e apoiar os restaurantes”, removeu as “taxas de entrega para todos os pedidos, a qualquer altura do dia, até 3 de abril”.

A Uber tinha anunciado que retiraria as taxas de entrega nos serviços da Uber Eats durante a hora do almoço. Agora, estende a medida a todos os pedidos.

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Apifarma admite “falhas pontuais”, mas diz que não está em causa falta de medicamentos

Apesar de admitir situações "pontuais" de falta de produtos nas farmácias portuguesas, a Apifarma assegura que "não está em causa o abastecimento de medicamentos às populações".

A Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica admite “faltas pontuais” de produtos nas farmácias, mas reitera que não “está em causa o abastecimento de medicamentos às populações”. Entidade apela a uma “responsabilização acrescida” na compra de medicamentos.

Em comunicado, a associação pede que os portugueses “adotem uma atitude responsável” na compra de medicamentos e outros produtos de saúde, por forma a evitarem a “aquisição de produtos de saúde em número superior às suas reais necessidades”.

A entidade que representa a Indústria Farmacêutica assegura que “ativou, desde a primeira hora, os necessários planos de contingência”, permitindo ultrapassar o “choque inicial” provocado pelo encerramento temporário das fábricas estrangeiras e, que, “entretanto, começaram a reabrir”, assinala.

Nesse sentido, a Apifarma assegura que “não está em causa o abastecimento de medicamentos às populações”. Ainda assim, admite situações “pontuais” de falta de produtos nas farmácias portuguesas, mas que “têm sido minimizadas graças à adoção de medidas adequadas”.

Desde que o coronavírus chegou a Portugal, a 2 de março, é notório um maior afluxo dos portugueses às farmácias para comparem máscaras, geles desinfetantes e luvas. Dada a elevada procura, os preços aumentaram exponencialmente.

Esta quinta-feira, a Direção Geral de Saúde confirmou a existência de 143 novos casos de Covid-19 em Portugal, elevando de 642 para 785 o total de casos confirmados da doença. Número de vítimas mortais aumentou para quatro.

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Covid-19 faz mais uma vítima em Portugal. Quarta morte foi em Ovar

Segundo o presidente da Câmara de Ovar, existe mais uma vítima mortal do Covid-19 em Portugal. Casos continuam a subir num concelho em "estado de calamidade".

mais uma vítima mortal da pandemia Covid-19 em Portugal. A quarta morte foi registada no concelho de Ovar, confirmou o Presidente da Câmara do município, Salvador Malheiro.

É a primeira vítima de alguém de Ovar. Tive essa confirmação por parte da delegada de saúde”, explicou o presidente à RTP3. Segundo Salvador Malheiro, a vítima era uma senhora entre os 80 e 90 anos e estava internada no Hospital de São Sebastião.

O presidente afirmou ainda, em declarações à RTP3, que o número de casos confirmados no concelho, pela Direção-Geral de Saúde, é de 37, mas o autarca tem conhecimento de já cerca 50 infetados. “Mais cinco casos confirmados de uma família inteira, em São João de Ovar. Compreendo que quem está a gerir tudo isto não seja fácil”, referiu.

Na passada quarta-feira, o Governo decretou o estado de calamidade no município de Ovar devido à disseminação de Covid-19 no município.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou esta quinta-feira 143 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando de 642 para 785 o total de casos confirmados da doença Covid-19 em Portugal.

Segundo a informação oficial, dos 785 casos confirmados, 381 situam-se na região norte, 278 na região Lisboa e Vale do Tejo, 86 na zona Centro, 25 no Algarve e 2 na região do Alentejo. No que diz respeito às regiões autónomas, na Madeira há um caso confirmado e três nos Açores. Do total de casos “importados”, a maioria foram cidadãos que vieram de Espanha (23), seguindo-se Itália (17) e França (16).

O número de mortos provocados pelo novo coronavírus ultrapassou esta quinta-feira as 9.000 pessoas, segundo um balanço da agência France Presse compilado esta manhã a partir de fontes oficiais.

Desde o início da pandemia, em dezembro do ano passado, 217.510 pessoas foram infetadas com Covid-19 em 157 países e 9.020 morreram.

(Notícia atualizada às 19h12)

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Empresas continuam a operar, mas têm de proteger trabalhadores

O Governo vai permitir que as empresas continuem as suas operações desde que cumpram as recomendações da DGS e que garantam a proteção dos trabalhadores.

A implementação do estado de emergência por parte do Governo vai permitir que a maior parte das empresas que não têm atendimento ao público, como fábricas, continuem a operar, mas estas vão ter de assegurar o cumprimento das recomendações das autoridades de saúde e proteger os seus trabalhadores.

Na conferência de imprensa desta quinta-feira, 19 de março, após uma longa reunião do conselho de ministros, o primeiro-ministro, António Costa, revelou quais as medidas concretas que vai aplicar tendo em conta a declaração de estado de emergência feita ontem pelo Presidente da República, após a aprovação na Assembleia da República. Por exemplo, o atendimento ao público fecha exceto nas áreas essenciais e idosos e doentes ficam obrigados a manter-se em casa.

Quanto às empresas sem atendimento ao público, a regra geral é que podem continuar a trabalhar. Ou seja, “devem manter a sua atividade normal”, exceto nos casos como o de Ovar onde foi declarado o estado de calamidade. No entanto, estas empresas terão de cumprir as recomendações da Direção-Geral da Saúde quanto ao distanciamento social e as medidas de higiene do local de trabalho, protegendo a saúde individual dos seus trabalhadores.

“Todas as empresas que se pretendam manter em laboração têm de assegurar os níveis de proteção”, afirmou o primeiro-ministro, referindo que as empresas em questão têm de adquirir os bens de proteção individual. António Costa revelou também que “as cantinas e refeitórios manter-se-ão em funcionamento mas terão de cumprir as normas especiais que existem sobre higiene e afastamento social“. No caso dos estabelecimentos comerciais que ficarem abertos devem atender ao público “à porta ou ao postigo”.

Questionado pelo ECO sobre se vai ser assegurado o acesso das empresas a esses bens, o primeiro-ministro respondeu que o Estado não é produtor de bens de proteção individual pelo que as empresas terão de recorrer ao mercado onde “há um conjunto de empresas, até nacionais, que estão a produzir [esses bens]”. E deu o exemplo do Estado que também está a adquirir esse material para os profissionais de saúde, cuja proteção é a prioridade neste momento.

E repetiu: “Todas as empresas que pretendam manter-se em laboração têm de assegurar os níveis de proteção individual adequados à respetiva atividade de forma a que a proteção dos seus trabalhadores não seja posta em causa“, pediu Costa aos empresários.

Reunidos no Palácio da Ajuda, onde há mais espaço para evitar a proximidade física entre os governantes, o Executivo assume desta forma os poderes alargados que lhe foram conferidos pelo decreto do Presidente da República, aprovado no Parlamento esta quarta-feira, com vista à contenção da pandemia do coronavírus no país. “A preocupação é assegurar a máxima contenção e o mínimo de perturbação”, justificou o primeiro-ministro, António Costa, numa conferência de imprensa no final da reunião.

(Notícia atualizada às 19h com mais informação)

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Guterres alerta para risco de milhões de mortes por causa do vírus

  • Lusa
  • 19 Março 2020

"Se a propagação do novo coronavírus não for travada, especialmente nas regiões mais vulneráveis, morrerão milhões de pessoas", alerta o secretário-geral da ONU.

O secretário-geral da ONU, António Guterres avisou esta quinta-feira que se a propagação do novo coronavírus não for travada, especialmente nas regiões mais vulneráveis, morrerão milhões de pessoas.

“Está demonstrado que o vírus pode ser contido. Ele tem de ser contido”, disse Guterres, numa conferência de imprensa em que pediu a ajuda de todos para ser possível parar a pandemia.

O secretário-geral das Nações Unidas disse que os governos devem coordenar-se à escala global para conseguirem uma resposta à emergência sanitária e à iminente crise económica mundial.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Espaços de trabalho flexíveis e mais digitais atraem mais talento

Os locais de trabalho do futuro têm de ser mais flexíveis e adaptados à realidade da era digital. Só assim as empresas podem otimizar processos, tornar-se competitivas e atrair talento, defende a IDC.

O futuro competitivo pertence às empresas que souberem tirar partido da transformação digital, da inteligência artificial e machine learning, transformando-se em espaços de trabalho mais flexíveis e digitais. Esta transformação passa por dar recursos a quem trabalha na empresa, adequando-os à individualidade e às necessidades de cada trabalhador.

Esta é uma das conclusões do estudo“Intelligent Digital Workspaces: Enablingthe Future of Work”, da consultora IDC sobre o futuro do trabalho. De acordo com as suas conclusões, ainda há barreiras que impedem as empresas de transformarem os espaços de trabalho em locais mais flexíveis e digitais, e de responder às exigências atuais da força de trabalho.

“Ao nível organizacional e dos trabalhadores, a transformação digital exige que as tecnologias de informação deixem para trás formas de pensar, já obsoletas, sobre como os profissionais trabalham com computadores, software, dados, e repensá-lo num contexto de um espaço de trabalho digital e inteligente”, sublinha Phil Hochmuth, enterprise mobility and client endpoint management da IDC.

Além dos espaços de trabalho inflexíveis em termos tecnológicos, a IDC defende que a liderança muito hierarquizada e rígida, a limitações de atração de talento e a existência de redes de privacidade e segurança desajustadas, são ainda barreiras para a transformação do trabalho.

"A evolução dos ambientes de trabalho nas primeiras duas décadas deste século, não são ágeis, nem dinâmicas o suficiente para permitir que os negócios prosperem, muito menos que continuem a ser competitivos.”

Intelligent Digital Workspaces: Enabling the Future of Work

IDC

A necessidade de tornar os espaços de trabalho mais digitais e flexíveis aumenta à medida que a transformação digital das empresas começa a integrar o ADN de toda a organização e a ter impacto na cultura organizacional. De acordo com a IDC, um dos princípios das organizações deve passar pela transformação “dos trabalhadores num motor de produtividade que faz crescer o valor de negócio”. Para isso, é necessário conseguir atrair e reter o melhor talento e isso só será possível se os indivíduos e as equipas trabalharem em ambientes de trabalho flexíveis, ágeis e tecnológicos, refere o mesmo estudo.

“A evolução dos ambientes de trabalho nas primeiras duas décadas deste século não é ágil nem dinâmica o suficiente para permitir que os negócios prosperem, muito menos que continuem a ser competitivos”, lê-se no estudo.

Espaços de trabalho digitais inteligentes

“O espaço de trabalho digital inteligente é um espaço onde as pessoas, a informação, o conteúdo, a comunidade e o contexto se cruzam com as soluções tecnológicas que os trabalhadores precisam para executar as suas funções”, lê-se no relatório. E qualquer setor e espaço de trabalho que já tenha incorporado a tecnologia digital pode fazer esta transição, defende a IDC.

Neste paradigma de trabalho digital inteligente, o trabalhador é quem está no centro de toda a transformação, destaca o estudo.

As empresas que se tornem digitais e inteligentes e que saibam integrar os conceitos como a IA (inteligência artificial) e machine learning vão ser mais consistentes. Por consequência, o trabalho vai ser mais fluido e colaborativo. Com a ajuda da IA e do machine learning, os processos são automatizados e otimizados, pois será possível distinguir que tarefas podem ser executadas pelas máquinas e pelo trabalhador.

Neste paradigma, o espaço de trabalho contribui para uma maior concentração dos trabalhadores e aumenta a capacidade de aproveitar as oportunidades à medida que vão surgindo.

"Computadores com sistema Windows podem servir para a maioria, mas não para os criativos ou software developers. Tablets low cost ou adaptados ao sistema Android podem ser suficientes em trabalhos de backoffice ou de atividades transacionais, mas para empresas de retalho direto com o cliente, ou serviços bancários, só servirá o iPad mais recente.”

Intelligent Digital Workspaces: Enabling the Future of Work

IDC

De acordo com a IDC, o contacto dos trabalhadores com a tecnologia fora do local de trabalho e a sua integração no seu dia-a-dia vão aumentar as expectativas relativamente ao que a sua empresa pode oferecer. Por parte das empresas, a solução passa por saber disponibilizar estes meios e tornarem-se mais tecnológicas para continuarem a garantir a atração e retenção de talento.

Adaptar a tecnologia

A IDC aponta ainda que a integração da tecnologia deve ser feita de forma cuidada e, acima de tudo, personalizada. Será através dos dispositivos digitais que os trabalhadores vão interagir com o espaço de trabalho e, por isso, cada trabalhador deve ter à disposição ferramentas adequadas às suas necessidades e à sua forma de trabalhar, dependendo do setor em que se insere.

Assim, a empresa deve saber adequar os dispositivos (PC, tablet ou smartphones) e os sistemas de interface (iOS, Android, Windows, Mac, Chrome, Linux), às características de cada trabalhador.

A tecnologia dará à empresa a possibilidade de remover as barreiras que impedem o fluxo de trabalho; de melhorar o acesso à informação para quem trabalha remotamente e dá a oportunidade aos profissionais que precisarem de trabalhar à distância.

“Computadores com sistema Windows podem servir para a maioria, mas não para os criativos ou software developer. Tablets low cost ou adaptados ao sistema Android podem ser suficientes em trabalhos de backoffice ou de atividades transacionais, mas para empresas de retalho direto com o cliente, ou serviços bancários, só servirá o iPad mais recente”, alerta a IDC.

A IDC lembra ainda que os espaços de trabalho flexíveis e digitais poderão contribuir para a atração e retenção de talento, e ser fundamentais para os processos de onboarding. Da mesma forma, podem vir a definir o grau de lealdade e na produtividade do novo trabalhador na empresa.

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