Já há três candidatos para suceder a Centeno no Eurogrupo. Espanha, Irlanda e Luxemburgo na corrida

Paschal Donohoe e Pierre Gramegna irão juntar-se à ministra da Economia espanhola na corrida para substituir Mário Centeno no Eurogrupo.

O ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe, irá concorrer contra a espanhola Nadia Calvino para substituir Mário Centeno à frente do Eurogrupo, sendo que o anúncio oficial deverá ser feito durante esta tarde. A ministra da Economia espanhola anunciou a sua candidatura esta manhã através do Twitter, depois de o Governo a ter nomeado. Horas mais tarde, após Donohoe, também Pierre Gramegna, ministro das Finanças luxemburguês, anunciou que irá ser candidato.

A candidatura de Paschal Donohoe foi confirmada por fontes do Governo irlandês ao Politico (acesso livre, conteúdo em inglês), e, entretanto, o próprio também já fez o anúncio na sua página de Twitter. Donohoe assumiu o cargo de ministro das Finanças da Irlanda em junho de 2017 e o seu partido, de centro-direita, Fine Gael está na fase final de acordar um novo programa para um governo com o Partido Verde e o Fianna Fail.

Mário Centeno, que deixou, a 15 de junho, o cargo de ministro das Finanças em Portugal, anunciou no início do mês que estava de saída do Eurogrupo e que não se iria recandidatar para mais um mandato, sendo que o atual termina a 12 de julho. Centeno já fez a convocação de candidatos neste processo para a eleição de um novo presidente, que está prevista para 9 de julho.

Luxemburgo também entra na corrida

Após ter sido o primeiro país a ter a presidência do Eurogrupo, através de Jean-Claude Juncker, o Luxemburgo volta a candidatar-se ao cargo, agora com Pierre Gramegna, o atual ministro das Finanças do país.

O anúncio foi feito no Twitter onde o político disse que está “preparado” para ser candidato a presidente do Eurogrupo. “Os importantes desafios atuais requerem consenso e compromisso entre todos os membros da Zona Euro — pequenos ou grandes, sul ou norte, este ou oeste”, escreveu na sua conta, referindo que usará a sua experiência de 6 anos neste cargo, se vier a ser eleito.

(Notícia atualizada às 16h10 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autocarros na Grande Lisboa com reforço de 90% a partir de julho

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

A oferta de transportes públicos rodoviários na área metropolitana de Lisboa vai ser reforçada em 90% a partir de 1 de julho, comparativamente com o ano passado.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) decidiu reforçar em 90% a oferta de transportes, a partir de 1 de julho, em comparação com o mesmo período do ano passado, sobretudo nos autocarros que transportam passageiros para Lisboa.

A decisão foi tomada numa reunião do Conselho Metropolitano da AML, que tem funções como autoridade de transporte, na sequência da redução do número de autocarros desde meados de março, durante o confinamento provocado pela Covid-19.

De acordo com Carlos Humberto, primeiro secretário da AML, na reunião desta quinta-feira houve “um entendimento com os operadores” de transporte de que a partir de 1 de julho existirá um “reforço significativo da oferta” de transportes rodoviários, à volta dos 90% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

A partir de sexta-feira começará “a haver reforços pontuais, de acordo com aquilo que for o que é mais urgente e com aquilo que as empresas têm possibilidade de oferecer”, disse, salientando que a oferta “pode vir a ser ainda maior nalgumas linhas, nalguns percursos, em alguns horários consoante as necessidades”.

“A ideia é ter uma oferta de cerca de 90% e depois, em cima desses 90%, o reforço naquilo que vier a ser preciso. Do que conhecemos, e não quero generalizar, a maioria das linhas que trazem passageiros para a capital, Lisboa, são linhas que têm uma procura maior”, afirmou.

O responsável destacou ainda que tanto os autarcas como os operadores estarão “mais atentos” para ver quais dessas linhas exigem um “reforço adicional”, sem descurar outras que, não tendo como destino a capital, também necessitam desse reforço. “Temos de ver agora, linha a linha, tirando aquelas que são evidentes, aquelas em que é preciso um esforço adicional”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo pediu “auxílios de emergência e reestruturação” para a TAP, diz Comissão Europeia

O Governo queria outro caminho, mas diz que o tipo de apoio a conceder à TAP foi "imposto" pela Comissão Europeia. Bruxelas diz que a TAP já estava em dificuldades antes da pandemia.

São muitos os dedos que têm sido apontados à Comissão Europeia pelos critérios usados para determinar o tipo de apoios concedidos à TAP. Mas Bruxelas explica que, no final do ano passado, a companhia aérea já estava em dificuldades e que, por isso, não era elegível para o regime de apoios temporários criado devido à pandemia. O Governo pediu informalmente para ir por esse caminho, sabe o ECO, mas, para evitar mais demoras no processo, deu-se por “vencido” e aceitou os critérios da Comissão Europeia.

Neste tipo de ajudas do Estado, Bruxelas pode autorizar estes apoios através de dois mecanismos: auxílios estatais de emergência e à reestruturação ou auxílios estatais temporários e excecionais (um regime excecional criado para apoiar as empresas afetadas pela pandemia de coronavírus). Acontece que a Comissão Europeia encaixou a companhia aérea no primeiro ponto, por considerar que, a 31 de dezembro, a empresa já se encontrava em “dificuldades”, ou seja, que os problemas vinham de trás, mesmo antes de a pandemia aparecer.

Assim, de acordo com um porta-voz da Comissão Europeia, “a 9 de junho, Portugal notificou a Comissão da sua intenção de conceder um empréstimo de emergência no valor de 1,2 mil milhões de euros à TAP, ao abrigo das orientações da Comissão relativas aos auxílios estatais de emergência e à reestruturação”. “Cabe aos Estados-Membros notificar à Comissão medidas que envolvam auxílios estatais e determinar a base jurídica ao abrigo da qual uma medida pode ser e é notificada”. Bruxelas avalia depois essas medidas e a sua compatibilidade com as regras da UE.

Mas, de acordo com o Governo, a modalidade dos apoios foi uma imposição da Comissão Europeia. O ECO sabe que o Estado português “pediu informalmente” à Comissão Europeia para ser autorizado a apoiar a TAP ao abrigo dos apoios temporários. Contudo, Bruxelas negou. E, para evitar mais demoras no processo, tendo em conta a situação urgente em que a empresa se encontra, o Governo acabou por ceder. Tal como disse Pedro Nuno Santos esta quinta-feira, em declarações ao podcast do PS.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirmou que o plano de apoios a conceder à TAP foi uma imposição da Comissão Europeia. “Foi o único que foi aceite. Não fomos nós que o propusemos, foi a Comissão Europeia que o impôs”, disse, notando, contudo, que “os representantes do Estado (…) defenderam o recurso ao quadro temporário Covid”.

“Foi essa a opção que tentámos de início. Mas o entendimento da Comissão Europeia era de que a TAP era uma empresa em dificuldades em 2019 e, como tal, não podia recorrer a essa opção. Por isso a opção que está em cima da mesa é a única que a Comissão Europeia disse que estava disponível para a TAP“, continuou Pedro Nuno Santos.

O mesmo porta-voz da Comissão Europeia diz ainda que Bruxelas “avaliou a medida ao abrigo das suas orientações relativas aos auxílios estatais de emergência e à reestruturação, em conformidade com a notificação apresentada por Portugal“, acrescentando que se considerou que “a medida notificada estava de acordo com as condições estabelecidas nas orientações da Comissão relativas aos auxílios estatais de emergência e à reestruturação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lei para prospeção de lítio “brevemente” aprovada em Conselho de Ministros

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

O secretário de Estado da Energia disse que a lei que regulamenta as regras ambientais em sede de prospeção de lítio está “pronta” e “deve ser aprovada em Conselho de Ministros brevemente”.

O secretário de Estado da Energia afirmou esta quinta-feira que a lei que regulamenta as regras ambientais em sede de prospeção de lítio está “pronta” e “deve ser aprovada em Conselho de Ministros brevemente”, sendo posteriormente lançado o concurso público.

A lei está em aprovação, deve ser aprovada em Conselho de Ministros brevemente. Ela já está pronta e, como sempre dissemos, e como o senhor ministro tem dito, o concurso será lançado após a aprovação da lei”, referiu João Galamba.

Em declarações à Lusa, a propósito do debate “O papel dos municípios na descarbonização”, em que participa esta quinta-feira no âmbito da 15.ª Semana Europeia da Energia Sustentável, o secretário de Estado da Energia salientou que o lançamento do concurso público para atribuição de direitos de prospeção de lítio e minerais associados será efetuado “a seguir à publicação da lei”.“O concurso de lítio, como já dissemos, sairá quando a lei for publicada”, frisou.

Em declarações aos jornalistas, em fevereiro, o ministro do Ambiente afirmava que Boticas e Montalegre, no distrito de Vila Real, duas das nove áreas identificadas como tendo grande potencial para a pesquisa de lítio, já não iam ser incluídas no concurso público, por já existirem licenças de prospeção atribuídas.

À época, o governante referia que o concurso público só avançaria quando houvesse um decreto que reforçasse as regras ambientais em sede de prospeção, as maiores exigências ambientais e a partilha de ‘royalties’ (compensações financeiras) de exploração entre a administração central e as autarquias.

Em julho de 2019, o Governo decidiu “excecionar” o sítio Rede Natura 2000 Serra d’Arga do conjunto de áreas a integrar no concurso para a prospeção de lítio, mas o porta-voz do movimento SOS Serra d’Arga, Carlos Seixas, assegurou em janeiro que se mantém a pretensão de exploração mineira naquela serra.

Segundo a proposta de Orçamento de Estado, o Governo quer criar em 2020 um ‘cluster’ do lítio e da indústria das baterias e vai lançar um concurso público para atribuição de direitos de prospeção de lítio e minerais associados em nove zonas do país. Devem ser abrangidas as áreas de Serra d’Arga, Barro/Alvão, Seixo/Vieira, Almendra, Barca Dalva/Canhão, Argemela, Guarda, Segura e Maçoeira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Participadas da Indico Capital Partners levantaram 230 milhões em 2019

Um ano e meio depois da sua criação, maior fundo privado de capital de risco nacional conta com 10 participadas e investiu cerca de metade dos 46 milhões que gere. Participadas angariaram 230 milhões.

Stephan Morais, partner da Indico Capital Partners, em entrevista ao ECO24 – 16JAN19Hugo Amaral/ECO

Até janeiro deste ano, as investidas da Indico Capital Ventures — nas quais o fundo investiu cerca de 22 milhões de euros — levantaram um total de 230 milhões, 10 vezes mais do que o fundo investiu no seu primeiro ano de atividade.

Entre as dez investidas pelo fundo de capital de risco português estão a Barkyn, a Zenklub ou a Infraspeak, entre outras startups nacionais e estrangeiras.

“Até janeiro, o nosso investimento rondava os 22 milhões, cerca de metade do fundo. As nossas empresas, no ano passado, levantaram mais de 230 milhões, mais de 10 vezes o que investimos, o que levou a uma performance excelente do fundo”, detalha Stephan Morais, managing general partner da Indico Capital Partners, ao ECO.

Ainda que a pandemia esteja a desacelerar o investimento, a Indico Capital Partners acaba de anunciar que co-liderou uma ronda Série A na Barkyn, que viu as receitas triplicarem no primeiro trimestre deste ano.

“Há um mês que os nossos parceiros de Silicon Valley notam descidas significativas nas avaliações nos EUA, mas era uma bolha que tinha de acalmar de certa forma. Havendo menos disponibilidade financeira de alguns tipos de investidores, melhora a racionalidade do mercado. Há muitos investidores que não são profissionais e entram no mercado por euforia: nesse sentido, nota-se a saída destes ‘turistas do investimento’. Isso é positivo porque rebalanceia o foco do mercado”, assinala o investidor.

"Havendo menos disponibilidade financeira de alguns tipos de investidores, melhora a racionalidade do mercado.”

Stephan Morais

Managing general partner da Indico Capital Partners

Lançado em janeiro de 2019, o Indico Capital Partners anunciou um fundo de 46 milhões de euros para investir em startups tech, especialmente nos mercados de Portugal e de Espanha. O trabalho de campo está a ser feito há vários meses por Stephan Morais, ex-administrador executivo da Caixa Capital, Cristina Fonseca, cofundadora e acionista da Talkdesk, e Ricardo Torgal, ex-gestor de investimentos da Caixa Capital. É o primeiro fundo privado de capital de risco nacional e independente.

Em abril deste ano, a Indico anunciou ainda uma parceria com a Google: uma aceleradora com base em Lisboa. Por ano, a Indico seleciona entre 6 a 10 startups e investe 100 mil euros em cada uma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM investigou 138 operações e 9 auditoras no caso Luanda Leaks. Nada chegou ao Ministério Público

Supervisor dos mercados financeiros tem estado a analisar o caso que envolve a empresária angolana Isabel dos Santos. Não fez, no entanto, qualquer comunicação ao MP.

O caso Luanda Leaks, que expôs alegados desvios de dinheiro levados a cabo pela empresária Isabel dos Santos, levou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a investigar nove auditoras. No total foram supervisionadas 138 operações, mas nenhuma comunicação foi feita ao Ministério Público.

Entre as competências da CMVM está a supervisão dos auditores e o supervisor liderado por Gabriela Figueiredo Dias já tinha anunciado estar a conduzir investigações a auditoras envolvidas no caso Luanda Leaks. Os respetivos nomes nunca foram divulgados, mas o auditor responsável pelas contas do banco, a Deloitte, deverá estar na lista inicial da CMVM. Outros nomes que poderão estar envolvidos nos Luanda Leaks incluem a KPMG e a PwC. Já a McKinsey e a BGC deverão ficar de fora já que estão registadas em Portugal como consultoras e não auditoras.

Na apresentação do relatório anual da CMVM, esta quinta-feira, o supervisor fez um ponto de situação deste caso: foram investigadas 138 transações realizadas por 27 entidades auditadas por nove auditores. No total, foram 84 dossiês de auditorias. Acrescentou que não foi feita qualquer comunicação ao Ministério Público.

Estas ações que decorreram já este ano juntam-se às nove ações de supervisão presencial concluídas em 2019 (face a oito ações em 2018), tendo determinado o cancelamento do registo de alguns auditores. O principal foco da CMVM prende-se com o cumprimento dos requisitos de rotação dos auditores.

Já sobre a revisão do regime jurídico da auditoria, Gabriela Figueiredo Dias explicou que o supervisor espera resposta do Ministério das Finanças, o que não deverá demorar já que este é um processo que está “numa fase muito avançada”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Barkyn fecha ronda Série A de 5 milhões. Indico e All Iron Ventures lideram

Startup de entrega de comida personalizada para animais e assistência veterinária anunciou, no Collision from home. Ronda servirá para aumentar portefólio de produtos próprios.

A Barkyn, startup que entrega comida personalizada e disponibiliza assistência veterinária de 24 horas em Portugal, Espanha e Itália, acaba de fechar uma ronda de financiamento Série A no valor de cinco milhões de euros, anunciou a Indico Capital Partners, co-líder desta ronda de financiamento, no Collision from home.

O investimento servirá para expandir a oferta no mercado de comida e cuidados de animais, completando a transição de venda de produtos terceiros para a sua própria linha de ração e brinquedos.

A equipa da Barkyn já conta com 34 pessoas entre o Porto (sede) e Aveiro (pólo tecnológico).Barkyn

O financiamento foi co-liderado pela portuguesa Indico Capital Partners e pela All Iron Ventures, e contou ainda com a participação da Portugal Ventures e do fundo 200M.

“O mercado de animais de estimação está a expandir mundialmente sendo a categoria com maior crescimento online no setor de bens de consumo. Queremos proporcionar a experiência excecional da Barkyn ao maior número de famílias e aos seus animais de estimação criando uma grande marca que resolve a atual fragmentação de oferta de serviços no mercado de cuidado animal – numa entrega mensal, todas as necessidades do seu cão ficam resolvidas. Estamos a construir o futuro de comércio online com personalização e conveniência extrema”, esclarece André Jordão, CEO e cofundador da Barkyn, citado em comunicado.

Esta é a segunda vez que a Indico Capital Partners investe na Barkyn, depois de ter liderado a ronda seed 1,7 milhões (que foi aumentada, através do fundo 200M, até aos 2,8 milhões), anunciada em abril de 2019.

"Estamos a construir o futuro de comércio online com personalização e conveniência extrema.”

André Jordão

CEO e cofundador da Barkyn

“A empresa tem um caminho importante para fazer de transformação global para produto próprio, com receitas personalizadas. E portanto, cada vez faz menos sentido vender marcas generalistas que não são personalizadas. O propósito da empresa é dar a oportunidade aos donos dos cães de terem comida personalizada. Este investimento, tal como o anterior, foi na criação de receitas, que permitem que a especificidade de cada animal seja tida em conta em termos de raça, debilidades, idade”, explica Stephan Morais, managing partner da Indico Capital Partners, ao ECO.

Ainda que esta Série A esteja a ser preparada desde o final do ano passado, a pandemia veio “tornar os resultados da empresa ainda mais interessantes”, acrescenta Stephan Morais. “A Covid-19 veio acelerar a transformação digital já que, muitas vezes e, pela primeira vez, as pessoas compram coisas online. Esta transformação digital veio mudar a mentalidade dos consumidores”, sublinha o investidor.

A operar em Itália, Espanha e Portugal, a Barkyn tem como clientes mais de 40 mil famílias e os seus animais de estimação. Em 2020, a startup triplicou a receita no primeiro trimestre, quando comparado com o período homólogo.

Produzida sobretudo em Portugal e Espanha, a oferta da Barkyn tem aumentado a gama de produtos próprios, com receitas desenvolvidas pela equipa da startup. Outro serviço que tem crescido é o de assistência veterinária, disponível 24 horas por dia. “Estas experiências digitais ficam vencedoras e uma clara mais-valia para os donos. Trata-se de criar conveniência com apoio de 24 horas por dia”. Por isso, por agora a expansão da empresa passará por consolidar os mercados onde já tem presença e aumentar esta gama de produtos de marca própria.

É importante, quando se investe, conseguir encontrar a fórmula de atingir grande parte dos potenciais clientes, e isso não se pode fazer indo para muitos mercados diferentes.

Stephan Morais

Indico Capital Partners

“Esta ronda serve muito para completar essa transição porque o risco que se corre neste tipo de expansões é expandir demasiado rápido e angariar apenas os early adopters. É importante, quando se investe, conseguir encontrar a fórmula de atingir grande parte dos potenciais clientes, e isso não se pode fazer indo para muitos mercados diferentes. A nossa ideia é de que a Barkyn vá mais a fundo no sul da Europa, aumentando o seu portefólio de rações próprias e fazendo com que os clientes possam conhecer melhor o produto e a marca, que já se destaca pelo serviço muito conveniente e pelo packaging“, assinala ainda Stephan Morais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lóreal quer ser mais sustentável e respeitar os limites do planeta. Investe 150 milhões

Grupo está a alocar 150 milhões para enfrentar problemas sociais e ambientais. Até 2030 quer que 100% dos plásticos usados nas embalagens dos produtos sejam de fontes recicladas.

O Grupo L’Oréal anunciou esta quinta-feira o novo programa de sustentabilidade “L’Oréal for the Future”, que define as recentes ambições do grupo para 2030 no que respeita à sustentabilidade. Um investimento de 150 milhões para enfrentar problemas sociais e ambientais.

“A revolução sustentável da L’Oréal está a entrar numa nova era. Os desafios que o planeta está a enfrentar são inéditos e é essencial acelerar os nossos esforços para preservar um espaço operacional seguro para a humanidade. Fazemo-lo através das nossas operações comerciais e da nossa contribuição para a sociedade em geral. Sabemos que os maiores desafios ainda estão por vir e a L’Oréal permanecerá fiel à sua ambição: operar dentro dos limites do planeta”, explica Jean-Paul Agon, presidente e CEO da L’Oréal, em comunicado.

Até 2025, a L’Oréal quer alcançar a neutralidade carbónica ao usar 100% de energia renovável e até 2030 pretende que 100% dos plásticos usados nas embalagens dos produtos da L’Oréal sejam provenientes de fontes recicladas ou de base biológica.

Para além destas metas, o grupo reduzirá em 50% todas as suas emissões de gases de efeito estufa por produto acabado e pretende que até 2030, 100% da água utilizada nos processos industriais seja reciclada e reutilizada em circuito fechado.

Para sensibilizar os seus consumidores a fazerem escolhas mais sustentáveis, a L’Oréal desenvolveu um mecanismo de Rotulagem de Impacto Ambiental e Social do Produto, com escala de A a E, certificado por especialistas científicos independentes e validado por um auditor independente, que será implementado progressivamente em todas as marcas e categorias.

A primeira marca a implementar a nova metodologia, a partir deste ano, é a Garnier. Esta rotulagem será progressivamente estendida a outros países, marcas e categorias de produtos.

No âmbito deste novo programa de sustentabilidade, a L’Oréal Portugal acaba de assinar o Compromisso Lisboa Capital Verde Europeia 2020 – Ação Climática Lisboa 2030. Com esta adesão, a empresa assume o compromisso de desenvolver um conjunto de ações e medidas, ao longo dos próximos anos, em diferentes áreas como energia, mobilidade ou economia circular, como por exemplo a instalação de iluminação LED, equipamentos de energia solar, equipamentos para redução do consumo de água e a utilização de veículos elétricos na sua frota.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsas em recorde e economia em recessão? FMI alerta que “desfasamento ameaça recuperação”

Relatório de Estabilidade Financeira do Fundo Monetário Internacional aponta elevada incerteza face à recuperação das ações e não exclui um cenário de nova correção.

A forte ação dos bancos centrais tem sido determinante na resposta à pandemia, mas o dinheiro barato está a criar uma situação de desfasamento entre a economia real e os mercados financeiros. Enquanto os países caem em recessão, as bolsas seguem em alta e, nalguns casos, em recordes. Este desligamento põe em causa a recuperação, segundo alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“As medidas rápidas e sem precedentes dos bancos centrais foram um fator principal na recuperação do mercado”, começa por notar o FMI, no Relatório de Estabilidade Financeira divulgado esta quinta-feira. O fundo exemplifica para a reação dos mercados aos 2,3 biliões de estímulos anunciados pela Reserva Federal norte-americana, mas — mesmo em menor escala — foi também o caso para o programa de emergência do Banco Central Europeu (BCE) com 1,35 biliões de euros.

Na Europa, as bolsas viveram, entre janeiro e março, o pior trimestre desde 2002 devido ao surto de Covid-19, enquanto os juros das dívidas soberanas dos países do sul se agravaram para valores próximos da crise financeira com a pandemia a penalizar o sentimento dos investidores. Desde então, a tendência inverteu-se graças às redes de segurança dos bancos centrais globais e às primeiras medidas de desconfinamento.

O segundo trimestre deverá fechar positivo nas bolsas, mesmo com o mundo a preparar-se para a pior recessão desde a última guerra mundial. No World Economic Outlook divulgado esta terça-feira, o FMI mostrou-se ainda mais pessimista quanto à economia: vê o PIB mundial a encolher 4,9% em 2020, o do EUA 8% e o da Zona Euro 10,2% (ou seja, menos 2,7 pontos do que a previsão anterior).

"As expetativas do mercado sobre a extenção e profundidade do apoio dos bancos centrais aos mercados financeiros pode acabar por revelar-se demasiado otimista, levando os investidores a reavaliar — e reapreciar — o risco.”

Relatório de Estabilidade Financeira

Fundo Monetário Internacional

É essa diferença entre a realidade da economia e o sentimento que se vive nos mercados financeiros está a gerar preocupação ao fundo de Bretton Woods. “Este desfasamento entre mercados e a economia real levanta o risco de outra correção nos preços dos ativos de risco caso o apetite dos investidores pelo risco se dissipe, constituindo uma ameaça à recuperação”, refere o documento.

Segundo o FMI, há uma série de fatores que poderá espoletar uma correção no valor das ações e, consequentemente, aumentar o stress no sistema financeiro além do causado pela profunda recessão. “Por exemplo, a recessão pode ser mais profunda e duradoura que o esperado pelos investidores. Poderá haver uma segunda onda do vírus, que leve a mais medidas de confinamento“, aponta.

“As expectativas do mercado sobre a extensão e profundidade do apoio dos bancos centrais aos mercados financeiros pode acabar por revelar-se demasiado otimista, levando os investidores a reavaliar — e reapreciar — o risco”, explica o FMI, apontando ainda para fatores externos: “Um ressurgimento das tensões comerciais pode penalizar o sentimento de mercado, colocando a recuperação em risco e, finalmente, ampla e global agitação social causada pela crescente desigualdade económica poderá gerar uma inversão no sentimento”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AdC acusa Modelo Continente, Pingo Doce, Auchan e Bimbo Donuts de concertação de preços

Os comportamentos investigados terão durado durante vários anos, tendo-se desenvolvido, "pelo menos, entre 2004 e 2017", de acordo com a Autoridade da Concorrência.

A Autoridade da Concorrência (AdC) acusou três grupos de distribuição alimentar, Modelo Continente, Pingo Doce e Auchan, e um fornecedor de bolos, pães pré-embalados e substitutos do pão, de concertação dos preços em prejuízo do consumidor. As empresas terão alinhado os preços de venda ao público (PVP) dos principais produtos do Bimbo Donuts, através do relacionamento comercial com este fornecedor.

Os comportamentos investigados terão durado durante vários anos, tendo-se desenvolvido, “pelo menos, entre 2004 e 2017”, indica a AdC, em comunicado. A acusação agora adotada acresce aos três processos em relação aos quais a AdC adotou Notas de Ilicitude em 2019, que “foram afetados pela suspensão de prazos decorrente da declaração de Estado de Emergência em Portugal”.

A autoridade reitera que se esta conduta se confirmar é “muito grave”, tratando-se de uma prática “equivalente a um cartel, em que os distribuidores, não comunicando diretamente entre si, como acontece habitualmente num cartel, recorrem a contactos bilaterais com o fornecedor para promover ou garantir, através deste, que todos praticam o mesmo PVP no mercado retalhista”.

A prática “prejudica os consumidores por limitar a opção de escolha pelo preço”, explica a AdC. A Nota de Ilicitude, adotada em 24 de junho de 2020, não determina o resultado final da investigação, sendo que as empresas visadas poderão “exercer os seus direitos de audição e defesa em relação aos ilícitos que lhes são imputados e às sanções em que poderão incorrer”.

Depois da publicação desta notícia, a Bimbo Donuts reagiu à acusação da AdC. Em declarações citadas pelo Dinheiro Vivo, a empresa disse entender “que a acusação formulada não tem fundamento” e garantiu que “vai contestar vigorosamente a mesma”. Ainda assim, colocar-se-á “ao dispor” do regulador “para prestar todos os esclarecimentos necessários”.

(Notícia atualizada às 21h53 com reação da Bimbo Donuts)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pode o design gerar desconforto? Assim nasce a Pyros Collection, mobília feita com madeira queimada

São várias peças de mobiliário com um design moderno e nomes alusivos ao tema, como a mesa Ignis (incêndios), o banco Lacrimae (lágrimas) ou a mesa Devastio (devastação).

Já pensou ter em casa uma peça de mobiliário feira com madeira queimada? Para evitar que os incêndios que todos os anos acontecem em Portugal caiam no esquecimento, a ANP|WWF apresentou esta quarta-feira a Pyros Collection, um conjunto de peças de mobiliário desenhadas e produzidas pelo arquiteto Nuno Lacerda (CNLL Architects), a partir de madeira queimada.

“A Pyros Collection, uma ideia criativa da agência FCB Lisboa, pretende alertar os nossos governantes para o problema que persiste e incentivá-los a apostarem na prevenção”, explica a associação em comunicado. São várias peças de mobiliário com um design moderno e nomes alusivos ao tema, como a mesa Ignis (incêndios), o banco Lacrimae (lágrimas) ou a mesa Devastio (devastação).

Para Nuno Lacerda, autor multidisciplinar nas áreas da arquitetura, design e cenografia, esta coleção “é uma espécie de anti-design, apresentando um conjunto de peças que, em vez de gerar conforto, pretende gerar desconforto”.

Para assinalar o lançamento da coleção, a ANP|WWF enviou duas das peças da coleção Pyros — a cadeira Tenebrys (escuridão) e o banco Lacrimae (lágrimas) ao primeiro-ministro, António Costa, e aoministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.

“O objetivo é simples: incentivar as autoridades a olhar para os fogos de 2019 como incidentes planetários, que se vão repetir em Portugal, e a implementarem medidas de prevenção capazes de evitar, no futuro, tragédias de grande dimensão, como os super incêndios de junho e outubro de 2017, que tiraram a vida a 109 portugueses”, diz ainda o comunicado.

As peças estarão em exposição de 25 de junho a 11 de julho no átrio central do centro comercial Alegro Sintra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais seis mortes e 311 novos casos de Covid-19. 77,1% foram na região de Lisboa e Vale do Tejo

Nas últimas 24 horas, foram identificados 311 novos casos pelo coronavírus em Portugal, com o número total de infetados a subir para 40.415.

Portugal registou 311 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 40.415 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 0,78%. Nas últimas 24 horas morreram mais seis pessoas com a doença, de acordo com a última atualização ao boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem concentrado as maiores preocupações desde meados de maio, sendo que é já aquela com mais casos confirmados desde o início do surto. Foram identificadas 240 infeções nas últimas 24 horas nesta região, o que corresponde a 77,1% do total de casos confirmados no país até à passada meia-noite.

A nível regional, em termos absolutos, Lisboa e Vale do Tejo é então a região mais afetada, com 17.767 casos e 453 mortes, sendo que o Norte, um foco no início do surto, tem agora 17.372 casos e 815 mortes. Segue-se o Centro (4.055 casos e 248 mortes), o Algarve (574 casos e 15 mortes) e o Alentejo (409 casos e três mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 146 casos e 15 óbitos, enquanto a Madeira contabiliza 92 infetados.

Boletim epidemiológico de 25 de junho:

Do total de infetados, a maior parte continua a ser tratada no domicílio, sendo que 436 pessoas estão internadas (mais sete do que ontem), das quais 67 em unidades de cuidados intensivos (menos seis que no dia anterior). Há 1.524 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, enquanto mais de 31 mil estão sob vigilância das autoridades de saúde.

Em Portugal, já 26.382 pessoas recuperaram da doença, ou seja, mais 299 do que no balanço de quarta-feira. Quanto ao número de óbitos, há já 1.549 mortes registadas por Covid-19, isto é, mais seis do que no dia anterior.

(Notícia atualizada às 13h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.