Contratação pública por ajuste direto não deve ser casuística

  • Lusa
  • 29 Outubro 2020

O presidente do Tribunal de Contas defende que os casos de contratação pública por ajuste direto não devem ser tratados de forma casuística, mas enquadrados no Código dos Contratos Públicos.

O presidente do Tribunal de Contas defendeu esta quinta-feira, no Parlamento, que os casos de contratação pública por ajuste direto não devem ser tratados de forma casuística, mas enquadrados no Código dos Contratos Públicos.

Estão previstas algumas situações [na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2021] em que a Administração Pública poderá contratar por ajuste direto. O Tribunal tem entendido que os casos de contratação pública por ajuste direto deveriam ser enquadrados no Código dos Contratos Públicos e não tratados casuisticamente”, afirmou José Tavares, na sua intervenção inicial na comissão de Orçamento e Finanças.

Ainda segundo José Tavares, na sua primeira audição na Assembleia da República enquanto presidente do Tribunal de Contas, se o parlamento decidir manter essa opção, deverá então ser exigido o “dever de fundamentação do ato de adjudicação/escolha do adjudicatário”.

Quanto aos artigos incluídos na proposta orçamental que preveem a isenção da fiscalização prévia do Tribunal de Contas, defendeu o responsável que esses artigos deveriam ser consolidados num único artigo da lei. Além disso, acrescentou, esses contratos deveriam ser enviados posteriormente ao Tribunal de Contas.

“Seria conveniente consagrar a obrigação de enviar ao Tribunal cópia dos contratos abrangidos pelas isenções, no prazo de 30 dias após o início da sua execução, para efeitos de eventual fiscalização concomitante e sucessiva, de acordo com os critérios de programação definidos pelo Tribunal”, afirmou.

José Tavares tomou posse como presidente do Tribunal de Contas em 7 de outubro, tendo afirmando na cerimónia na Presidência da República que lutará por um tribunal “imparcial, isento e com altos padrões éticos” e que garanta o controlo da gestão dos recursos públicos, sejam nacionais ou europeus.

José Tavares (que antes de ser presidente era juiz conselheiro do Tribunal de Contas) foi nomeado pelo Presidente da República por proposta do primeiro-ministro, António Costa, que decidiu pela não recondução de Vítor Caldeira no cargo, alegando ter fixado com Marcelo Rebelo de Sousa a não renovação dos mandatos como princípio nas nomeações para cargos de natureza judicial.

A saída de Vítor Caldeira levantou dúvidas sobre se teria que ver com as críticas do Tribunal de Contas à proposta de lei do Governo feita em junho para a revisão do regime da contratação pública. Num parecer enviado ao parlamento, o Tribunal de Contas alertou para riscos de “práticas ilícitas de conluio, cartelização e até mesmo de corrupção” de medidas de simplificação da contratação pública.

Em declarações aos jornalistas, António Costa rejeitou qualquer relação entre a opção de não reconduzir Vítor Caldeira e as críticas do Tribunal de Contas à proposta do executivo. “Essa suspeita não faz o menor sentido. Há quatro anos que o atual presidente do Tribunal de Contas sabia qual era o dia do termo do seu mandato: em 30 de setembro de 2020. Não houve qualquer alteração”, disse.

Em 16 de outubro, a Assembleia da República aprovou, em votação final global, as alterações ao regime da contratação pública, depois de a proposta do Governo ter tido muitas alterações na especialidade (na comissão de orçamento e finanças), com origem sobretudo em propostas de PS e PSD (que consensualizaram posições).

O texto final inclui, por exemplo, a proposta de alteração do PSD que prevê “procedimentos de consulta prévia simplificada, com convite a pelo menos cinco entidades”, quando o valor do contrato for inferior a 750 mil euros. A proposta inicial do executivo admitia procedimentos simplificados para contratos até 5,3 milhões de euros, bem acima do atual limite de 150 mil euros previsto na lei.

Também incluída no diploma foi a criação de uma comissão independente para acompanhamento das medidas especiais de contratação pública (composta por quatro designados pelo parlamento e um pelo Governo), proposta pelo PSD.

Já a proposta do PSD que previa que, no caso da contratação por convite, os contratos não sujeitos a visto prévio deviam ser submetidos ao Tribunal de Contas até 30 dias após a celebração não foi avante.

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LinkedIn quer ajudá-lo a encontrar o emprego ideal para as suas competências

O LinkedIn lançou uma nova ferramenta interativa, a "Career Explorer Tool", para ajudar os candidatos a corresponder as suas competências com oportunidades de trabalho reais e ativas no LinkedIn.

Conseguir o emprego certo no futuro pode depender da forma como se adaptam as competências às necessidades do mercado de trabalho. Foi a pensar nisso que o LinkedIn decidiu lançar a ferramenta interativa “Career Explorer Tool”, para ajudar os candidatos a identificar as ofertas de emprego que melhor correspondem às suas competências. O objetivo é ajudar a preparar os candidatos para os trabalhos do futuro e combater o desemprego global devido à pandemia da Covid-19.

Simultaneamente, a ferramenta sugere formações disponíveis no LinkedIn, promovendo a requalificação de competências necessárias para os empregos do futuro.

O LinkedIn tem atualmente mais de 14 milhões de ofertas de trabalho ativas e prevê que, nos próximos cinco anos, surjam 150 milhões de novas oportunidades nas áreas tecnológicas. A nova plataforma interativa vai ajudar os utilizadores a identificar as competências necessárias no futuro.

“O caminho para um novo emprego nem sempre é claro. Há empregos que se encaixam muito bem, mas podem parecer fora de alcance, e outros para os quais nem sabe que tem competências. Estamos a colocar o poder da informação do LinkedIn nas suas mãos: descubra caminhos de carreira em potencial e veja como as suas competências correspondem a cargos reais”, lê-se na página oficial da ferramenta.

A Career Explorer Tool ainda só está disponível em inglês.

 

“Dar a quem procura trabalho uma visão clara sobre onde as suas competências os podem levar, abrirá um novo mundo de oportunidades de carreira. Os empregadores podem utilizar esta informação para apostar na requalificação dos seus trabalhadores para responder às crescentes necessidades no mundo digital, e os decisores políticos podem aproveitar estes dados para desenvolver programas de formação que criem economias mais resilientes”, sublinha Karin Kimbrough, chief economist do LinkedIn, em comunicado na a publicação oficial.

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Galp em mínimos de mais de uma década leva bolsa a cair 1%

As bolsas europeias não conseguiram sustentar os ganhos registados no arranque da sessão, estando a perder valor face à ameaça da Covid-19. Lisboa já cai 1%, pressionada por mais um deslize da Galp.

Foi sol de pouca dura. A bolsa nacional tinha entrado na penúltima sessão da semana a recuperar das perdas do dia anterior, mas inverteu a tendência e está agora a cair em torno de 1%. Só mesmo a EDP Renováveis impede uma queda mais expressiva, valorizando em reação aos resultados que divulgou esta quinta-feira.

Depois das quedas expressivas de quarta-feira, perante os renovados receios por causa do coronavírus, as bolsas europeias continuam sem dar sinal de alívio. Enquanto o pan-europeu Stoxx 600 perde 0,39%, o espanhol IBEX-35 recua 1,67%, o francês CAC-40 perde 0,80% e o alemão DAX cede 0,28%.

Em Portugal, o PSI-20 cai 0,98%, para 3.850,66 pontos, pressionado uma vez mais pelo fraco desempenho da Galp Energia. As ações da petrolífera caem 2,83%, para 6,668 euros, negociando em mínimos de mais de uma década.

Cotação das ações da Galp na bolsa de Lisboa:

Também o banco BCP contribui para o deslize da bolsa nacional, cedendo 1,42%, para 6,93 cêntimos por ação. Os CTT perdem 2,77% e a Navigator regista o pior desempenho de entre as cotadas, com uma queda superior a 3%.

Na energia, a EDP desvaloriza 0,65%, para 4,14 euros. Em contrapartida, a EDP Renováveis está a “salvar” a bolsa portuguesa de perdas superiores. A empresa de energia limpa ganha 2,33%, para 15,82 euros, depois de revelar lucros de 319 milhões de euros até setembro, uma queda de apenas 7% face ao ano passado.

Escreve-se assim mais um dia de quedas nas bolsas, perante a contínua propagação do novo coronavírus pela Europa e EUA. Os números de novas infeções diárias têm atingido recordes em vários países, tendo sido aplicados novos confinamentos e recolher obrigatório em alguns dos maiores países europeus.

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Caiado Guerreiro é o escritório que tem mais mulheres sócias

A igualdade de género já se começa a sentir nas firmas de advogados. Mas no cargo de topo (sócio) apenas existem 32,6% de mulheres.

A paridade de géneros nos mais diversos setores ainda não é uma realidade, mas com o avançar do tempo as desigualdades começam a diluir-se. Portugal aparece em 16.º lugar no Índice da Igualdade de Género 2020, abaixo da média da União Europeia, tendo evoluído 1,7 pontos percentuais desde 2017, revelou o Instituto Europeu para a Igualdade de Género. Nas sociedades de advogados ainda existe um grande fosse de género no acesso aos cargos mais altos, como o de sócios.

Segundo um estudo da revista Iberian Lawyer, em 2020, as mulheres representavam 52,3% da profissão jurídica. A publicação espanhola sondou várias firmas portuguesas sobre o número de sócios, advogados e associados e quantos eram do sexo feminino.

Em 2020, em 20 sociedades de advogados a operar em Portugal existiam 2.117 advogados, sendo 1.108 mulheres, ou seja, mais de metade do sexo feminino (52,3%). A liderar a tabela encontra-se a SRS Advogados, com uma percentagem de 65,2% (60 advogadas), face ao número total de advogados, de 92.

Próxima do topo da tabela ficou a GPA com 63,1% dos seus profissionais do sexo feminino. Em terceiro lugar surge a CCA com 32 advogadas, relativamente ao total de 51 advogados. No top 5 estão ainda a PRA e a Caiado Guerreiro, com 60,6% e 59% respetivamente.

Nos lugares mais cimeiros da advocacia encontra-se a Caiado Guerreiro com uma percentagem de 61,5% de sócias.

Fonte: Iberian Lawyer

No que concerne à paridade de género nos cargos de associado e counsel, 58,6% destes cargos em 2020 encontram-se ocupados por mulheres – 929 dos 1.585. Em primeiro lugar na tabela encontra-se a DLA Piper, com 27 associadas/counsel face ao número total de 38. Ou seja, nesta firma este cargo é ocupado 71% por mulheres.

Em segundo lugar está a SRS Advogados com 70% dos seus profissionais do sexo feminino, seguindo-se a Campos Ferreira, com 69,2%, a Sérvulo, com 68,9%, e a CCA, com 65,8%.

Fonte: Iberian Lawyer

Mas quantas mulheres ocupam os lugares mais cimeiros da advocacia? Entre os 494 sócios das 20 sociedades de advogados sondadas pela Iberian Lawyer, apenas 161 são do sexo feminino, ou seja 32,6%.

No topo da tabela encontra-se a Caiado Guerreiro com uma percentagem de 61,5% (oito sócias), face ao número total de sócios, de 13.

Próxima do topo da tabela ficou a GPA com 57,1% dos seus sócios do sexo feminino. Em terceiro lugar surge a SRS Advogads com 18 sócias, relativamente ao total de 32 sócios. No top 5 estão ainda a CCA e a Miranda, com 53,9% e 40% respetivamente.

Fonte: Iberian Lawyer

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BCE mantém juros e estímulos contra a pandemia, mas abre a porta a ajuste em dezembro

Na reunião de política monetária desta quinta-feira, os governadores da Zona Euro não fizeram alterações nas taxas de juro ou compras de ativos. Esperam por novas projeções económicas para o fazer.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu não fazer alterações nas taxas de juro de referência na Zona Euro ou nos programas de compra de ativos. Após reunião de política monetária desta quinta-feira, a instituição responsável pela moeda única lembra que, em dezembro, serão publicadas novas projeções económicas que irão permitir fazer ajustamentos.

“No atual ambiente em que os riscos estão claramente inclinados no sentido descendente, o Conselho de Governadores irá cuidadosamente avaliar a informação recebida, incluindo sobre as dinâmicas da pandemia, perspetivas de implementação de vacinas e desenvolvimentos da taxa de câmbio“, pode ler-se no comunicado do Conselho de Governadores que se reuniu esta quinta-feira.

A perspetiva dos analistas é que o agravamento do número de casos de Covid-19, e as medidas implementadas pelos países em reação, levem o BCE a reforçar estímulos no seu próximo encontro. A instituição liderada por Christine Lagarde irá nessa altura atualizar as projeções para a economia — atualmente estima uma recessão de 8% na Zona Euro este ano, antes de um crescimento de 5% em 2021 e 3,2% no ano seguinte — e admite corresponder à expectativa do mercado.

“A nova ronda de projeções macroeconómicas pelo staff do sistema europeu, em dezembro, irá permitir uma reavaliação minuciosa do outlook económico e do equilíbrio e riscos. Com base nessa avaliação, o Conselho de Governadores irá recalibrar os seus instrumentos, conforme seja apropriado, para responder à situação que se desenrola e assegurar que as condições de financiamento se mantêm favoráveis para apoiar a recuperação económica e contrariar o impacto negativo da pandemia nas projeções de inflação”.

Até lá, não fez quaisquer alterações aos instrumentos em vigor. O BCE vai, assim, continuar as aquisições no âmbito do programa de compras de emergência pandémica (PEPP) com um envelope total de 1,35 milhões milhões de euros. O plano atual é que as aquisições decorram até pelo menos ao final de junho de 2021 “e em qualquer caso até considerar que a crise do coronavírus está ultrapassada”. Depois disso, “o Conselho de Governadores vai reinvestir os pagamentos dos ativos que atinjam as maturidades até, pelo menos, ao final de 2022“.

Este programa decorre em simultâneo com o que já estava em vigor, no qual o BCE compra 20 mil milhões de euros em dívida por mês, tendo ainda disponível um envelope adicional de 120 mil milhões que pode usar até ao final do ano. Nem este programa nem as taxas de juro sofreram quaisquer alterações.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento continua em 0%, enquanto as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão em 0,25% e -0,50%, respetivamente. Com o objetivo de mitigar os efeitos do juro negativo nos depósitos, o BCE tem em vigor um sistema de escalões a aplicar ao “pagamento” dessa taxa. Por último, leva ainda a cabo uma série de empréstimos a baixos custos conhecidos como targeted longer-term refinancing operations (TLTRO).

(Notícia atualizada às 13h05)

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Bruxelas dá luz verde à compra do negócio de energias renováveis da Viesgo pela EDP

  • Lusa
  • 29 Outubro 2020

Comissão Europeia aprovou a aquisição da Viesgo Infraestructuras Energéticas de Espanha pela EDP de Portugal. Considera que a transação “não levanta preocupação em matéria de concorrência”.

A Comissão Europeia deu luz verde esta quinta-feira para a compra do negócio de energias renováveis da espanhola Viesgo pelo grupo da Energias de Portugal (EDP), considerando que a transação “não levanta preocupação em matéria de concorrência”.

Em comunicado, a instituição europeia aponta que “aprovou, ao abrigo do regulamento comunitário de Concentrações, a aquisição da Viesgo Infraestructuras Energéticas de Espanha pela EDP de Portugal”.

“A Comissão concluiu que a aquisição proposta não levanta preocupações em matéria de concorrência, dado o seu impacto limitado nos mercados em causa”, justifica Bruxelas na nota de imprensa.

O executivo comunitário refere ainda o grupo EDP como “o maior produtor, distribuidor e fornecedor de eletricidade em Portugal, com operações significativas no setor da eletricidade fora de Portugal, incluindo em Espanha”, enquanto a Viesgo “opera principalmente na produção e fornecimento de eletricidade a partir de fontes renováveis em Espanha e Portugal e na distribuição de eletricidade em Espanha”.

Esta transação foi examinada no âmbito do procedimento de análise das concentrações.

No passado dia 15 de julho, a EDP Renováveis informou ao mercado português ter chegado a acordo com os fundos geridos pela Macquarie Infrastructure e Real Assets para a compra do negócio de energias renováveis da Viesgo, com enterprise value de 565 milhões de euros.

Nesse dia, a EDP anunciou um aumento de capital em mais de mil milhões de euros para financiar a compra da espanhola Viesgo, segundo comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A transação da Viesgo será parcialmente financiada através de uma oferta pública de subscrição de 1.020 milhões de euros, um aumento de capital social com subscrição totalmente garantida até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP, com subscrição reservada a acionistas no exercício dos seus direitos de preferência e outros investidores que adquiram direitos de subscrição”, de acordo com informação remetida então à CMVM.

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Com regresso das ondas gigantes Nazaré proíbe acesso ao Farol para evitar multidões

  • Lusa
  • 29 Outubro 2020

Câmara e Capitania da Nazaré decidiram cortar o acesso pedonal à estrada do Farol, para conter a excessiva concentração de público que assiste às ondas gigantes e garantir condições de segurança.

A Câmara e a Capitania da Nazaré decidiram cortar o acesso pedonal à estrada do Farol, para conter a excessiva concentração de público que assiste às ondas gigantes e garantir condições de segurança, informou o capitão do Porto.

“O acesso pedonal vai ser proibido e vamos apelar à dispersão das pessoas concentradas junto ao Forte de S. Miguel para tentar reduzir os aglomerados”, disse à agência Lusa o comandante do Porto da Nazaré (distrito de Leiria), Zeferino Henriques.

Em causa está a presença de milhares de pessoas que hoje se concentraram nas arribas da praia do Norte, depois de ter sido anunciado nas redes sociais que se esperavam ondas gigantes, para quarta e quinta-feira.

O cenário “atrai muitos surfistas estrangeiros e portugueses para surfar na praia do Norte, e simultaneamente pessoas de vários países que se deslocam para assistir”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.

Porém, em ano de pandemia a afluência de público levanta problemas de segurança, já que “não é um evento, que depende de autorizações e normas das entidades de saúde”. Por outro lado, “é complicado, mesmo do ponto de vista legal, condicionar a circulação de pessoas, porque nem o país, nem a Nazaré estão fechados”, acrescentou Walter Chicharro.

Dada a afluência de milhares de pessoas, a Capitania do Porto da Nazaré empenhou para a praia do Norte todos os meios da Estação Salva-Vidas (para socorro no mar), da Polícia Marítima, para atuar em terra, e conta ainda com o reforço da PSP, dos bombeiros, da proteção civil municipal e de uma empresa turística privada, que dá apoio aos surfistas.

Ainda assim, o capitão do Porto manifestou “grande preocupação com eventuais quedas de pessoas na falésia” e, por outro lado, “com o cumprimento das normas neste contexto pandémico”.

Quer a capitania, quer os bombeiros estão a fazer alertas “em várias línguas, para que as pessoas usem a máscara” (obrigatória ao ar livre desde quarta-feira quando não possa estar assegurado o distanciamento) e “cumpram o distanciamento social e a etiqueta respiratória”, disse Zeferino Henriques.

O facto de se tratar de “um concentração espontânea” de milhares de pessoas e não “um evento programado e com regras específicas torna ainda mais importante apelar à responsabilidade de cada um para que cumpra todas as normas de segurança, quer em termos de segurança individual, quer da proteção em contexto pandémico”, sublinhou o responsável local da autoridade marítima.

As ondas gigantes na praia da Nazaré antecedem o período de espera para o campeonato de ondas grandes, previsto para o próximo mês de novembro.

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Pandemia trava subida dos preços das casas em quase todo o país. Só cinco municípios foram exceção

No segundo trimestre os preços das casas subiram 9,4%, o que mostra uma desaceleração do ritmo de crescimento. Ainda assim, houve cinco municípios a registar uma aceleração dos preços.

Os preços das casas subiram 9,4% entre abril e junho, contudo, esta evolução mostra uma desaceleração no ritmo de crescimento deste indicador. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano da habitação está agora nos 1.187 euros por metro quadrado. Ainda assim, houve cinco municípios a registar uma aceleração do crescimento dos preços de habitação.

Este preço mediano nacional de 1.187 euros por metro quadrado representa uma redução de 1,4% face ao primeiro trimestre deste ano, mas também mostra um aumento de 9,4% face ao segundo trimestre de 2019. “A evolução da taxa de variação homóloga entre o primeiro e segundo trimestre de 2020 — de 14,4% para 9,4% –, evidencia a desaceleração do ritmo de crescimento dos preços”, refere o INE.

Mas, apesar desta desaceleração nacional observada em quase todo o país, houve cinco municípios com mais de 100.000 habitantes a contrariar esta tendência, ou seja, onde o ritmo de crescimento dos preços continua a acelerar. Santa Maria da Feira viu os preços subirem 2,7 pontos percentuais (p.p.), à frente de Guimarães (7.2 p.p.) e do Porto (3,1 p.p.). Mais a sul, o Seixal observou uma aceleração de 2,7 p.p. e Oeiras de 1 p.p.

39 municípios superam média nacional. Lisboa está no topo

Entre abril e junho, período de forte impacto da pandemia, houve quatro regiões em que o preço mediano da habitação superou os 1.187 euros/m2 de média nacional: Algarve (1.807 euros por metro quadrado), Área Metropolitana de Lisboa (1.601 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (1.310 euros/m2) e a Área Metropolitana do Porto (1.196 euros/m2).

Numa análise mais detalhada, houve 39 municípios cujo preço mediano superou a média nacional. Como tem sido habitual, Lisboa está no topo com uma mediana de 3.376 euros por metro quadrado, à frente de Cascais (2.737 euros/m2), Oeiras (2.268 euros/m2), Loulé (2.240 euros/m2) e Albufeira (2.000 euros/m2). O Porto aparece na oitava posição com 1.905 euros por metro quadrado.

Em termos das freguesias das duas maiores cidades do país, em Lisboa, Santo António e Santa Maria Maior registaram os preços mais elevados — 5.550 euros/m2 e 5.111 euros/m2, respetivamente –, enquanto no Porto o destaque foram a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e a União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, com 2.708 euros/m2 e 2.354 euros/m2, respetivamente.

(Notícia atualizada às 12h03 com mais informação)

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José Miguel Júdice nomeado associado honorário de associação brasileira

O Instituto dos Advogados de São Paulo nomeou como associado honorário o fundador da PLMJ, José Miguel Júdice. Na lista dos 32 detentores da distinção, cinco são portugueses.

José Miguel JúdiceHugo Amaral/ECO

O Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) nomeou José Miguel Júdice, ex-sócio e fundador da sociedade de advogados PLMJ, como associado honorário. A nomeação foi aprovada na reunião da Diretoria e do Conselho no passado dia 28 de outubro.

O IASP é a mais antiga instituição jurídica brasileira e precursora da Ordem dos Advogados do Brasil e foi criado em 1874. Existem atualmente 32 pessoas com o estatuto atribuído a José Miguel Júdice, entre eles quatro portugueses: José de Oliveira Ascensão, José Gomes Canotilho, António Pinto Monteiro e Eduardo Vera-Cruz.

José Miguel Júdice entrou para o PSD em 1981, um ano após a morte de Sá Carneiro. Mais tarde, integrou o movimento interno do PSD, conhecido por ‘Nova Esperança’, de apoio a Cavaco Silva. Em 2007 e após 25 anos, desvinculou-se do partido. Foi sócio da maior sociedade de advogados portugueses — a PLMJ — fundada nos anos 70 e que conta atualmente com mais de 300 advogados.

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Fafe declara estado de emergência devido à “rapidez” da propagação do coronavírus

  • Lusa
  • 29 Outubro 2020

Concelho de Fafe declara estado de emergência municipal devido à “evolução grande” do número de infetados com o novo coronavírus e à “rapidez” da propagação, anuncia a autarquia.

O concelho de Fafe está em estado de emergência municipal devido à “evolução grande” do número de infetados com o novo coronavírus e à “rapidez” da propagação, anunciou o presidente da Câmara.

Em vídeo publicado nas redes sociais daquele município do distrito de Braga, o autarca Raul Cunha referiu que o concelho registou um aumento de 195 casos nos últimos sete dias, ascendendo agora a 567 o número de casos acumulados desde o início da pandemia.

Segundo Raul Cunha, Fafe está em 20.º lugar na lista dos municípios da região Norte com maior taxa de progressão da Covid-19.

Nunca tivemos, desde o início da pandemia, uma situação como a que estamos a viver”, sublinhou.

Na quarta-feira, a Comissão Municipal de Proteção Civil reuniu e decidiu declarar o estado municipal de emergência.

Decorrente desta nova realidade, os cemitérios do concelho já não vão abrir nos dias no fim de semana e na segunda-feira, ao contrário do que estava inicialmente previsto.

Raul Cunha disse que é necessário impedir a aglomeração de pessoas, considerando que este tem sido o principal fator de contágio.

Por isso, acrescentou, haverá aumento da fiscalização policial nas ruas.

A partir de agora, a Comissão Municipal de Proteção Civil começará a estar em “contacto permanente” para avaliar a evolução da situação e tomar, “com tranquilidade e rigor, as medidas que se vierem a revelar necessárias”.

“Sem nenhum alarmismo, mas com prudência”, acentuou.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.395 pessoas dos 128.392 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Setembro traz algum alívio na taxa de desemprego após três meses a subir

Desemprego recuou para 7,7%, ficando 0,4 pontos percentuais abaixo da taxa registada em acordo, indicam dados provisórios do INE.

Depois de três meses consecutivos a subir, a taxa de desemprego registou, em setembro, um recuo em cadeia para 7,7%, de acordo com os dados provisórios divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em causa está um recuo de 0,4 pontos percentuais (p.p.) face a agosto, mês em que a taxa se fixou nos 8,1%, confirmou o INE, esta quinta-feira. Desde junho que a taxa de desemprego não parava de aumentar, tendo recuado pela primeira vez em três meses em setembro.

Taxa de desemprego estava a aumentar desde junho

Fonte: INE

Em setembro, a população empregada aumentou 0,8% face ao mês anterior, tendo registado, ainda assim, uma quebra de 2,3% face ao período homólogo. Também em agosto a população empregada já tinha aumentado face ao mês anterior.

No que diz respeito à subutilização de trabalho, também há boas notícias: a taxa recuou 0,3 p.p. para 15,2%. Tal é explicado pela diminuição da população desempregada e pelo recuo do número de inativos disponíveis para trabalhar mas que não procuram emprego.

De notar que este indicador abrange não só população desempregada, mas também o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego. Durante os meses de confinamento, a procura ativa por emprego ficou prejudicada, tendo crescimento o universo de inativos, que nos meses mais recentes tem diminuído.

O INE salienta, nesse sentido: “Em setembro de 2020, a estimativa provisória da população inativa situou-se em 2.627,6 mil pessoas, tendo diminuído 0,8% (22,1 mil) em relação ao mês anterior”.

Na nota divulgada esta quinta-feira, o INE também confirmou os dados relativos a agosto. Nesse mês, a taxa de desemprego atingiu 8,1%, a população empregada aumentou 0,5% face ao mês anterior e a taxa de subutilização do trabalho situou-se nos 15,5%, ligeiramente acima de julho.

(Em atualizada às 11h40)

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Portugal regista 8.ª maior descida na carga fiscal na Zona Euro

A carga fiscal em Portugal desceu duas décimas em 2019. Peso dos impostos e das contribuições sociais caiu para 36,8% do PIB, abaixo da média da Zona Euro.

Portugal foi o oitavo país da Zona Euro onde a carga fiscal mais caiu no ano passado, com o peso dos impostos e das contribuições para a Segurança Social a cair para 36,8% do PIB, menos duas décimas face a 2018, ano em que atingiu um valor recorde nos 37%, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat.

A carga fiscal em Portugal estava abaixo da média da Zona Euro e da União Europeia, onde as receitas fiscais representavam 41,6% (igual a 2018) e 41,2% (descida de uma décima) do PIB, respetivamente.

A Bélgica foi o país onde a carga fiscal mais decresceu: caiu 1,2 pontos percentuais para 45,9% do PIB. Seguem-se Grécia e França, onde o peso dos impostos e contribuições sociais caiu oito décimas para 41,9% e 47,4%, respetivamente. Na Suécia, a carga fiscal também desceu oito décimas, mas os suecos não partilham a moeda única.

Do outro lado, Chipre foi o país do euro onde o peso dos impostos mais aumentou: subiu 2,1 pontos para 35,6% do PIB. A Dinamarca (fora da Zona Euro) também viu a carga fiscal aumentar consideravelmente, tendo registado uma subida de 1,8 pontos para 46,9%. Itália observou o terceiro maior aumento, com a taxa a subir sete décimas para 42,6% do PIB.

Variações na carga fiscal em 2019

Portugal com a 11.ª taxa mais elevada na Zona Euro

De acordo com o Eurostat, Portugal, com uma taxa de 36,8%, registava a 11.ª carga fiscal mais elevada da Zona Euro (com 19 membros).

O INE, que tem um método de cálculo diferente do Eurostat, revelou que a carga fiscal em Portugal ascendeu aos 34,7% do PIB no ano passado, um máximo histórico. Este ano, devido ao impacto da pandemia, a receita pública com impostos e contribuições para a Segurança Social deverá recuar para 33,9% do PIB, estima o Governo.

Lá por fora, e de acordo com o gabinete de estatísticas da Comissão Europeia, França (47,4%), Bélgica (45,9%) e Áustria (43,1%) eram os países da área do euro com as taxas mais elevadas. Já Irlanda e Letónia tinham as cargas fiscais mais leves, de 22,7% e 31,3%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 11h55)

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