Governo ameaça com TC para travar aumento de apoios sociais

  • ECO
  • 26 Março 2021

Três diplomas aprovados pela oposição no Parlamento podem violar a lei-travão. Se Marcelo os promulgar, Governo ameaça recorrer ao Tribunal Constitucional.

O Governo ameaça recorrer ao Tribunal Constitucional (TC) para tentar travar três diplomas aprovados pela oposição na Assembleia da República, que reforçam apoios sociais à revelia do que o Executivo tinha estipulado no Orçamento do Estado (OE) para 2021, avança o Expresso (acesso pago).

Os diplomas em causa aumentam apoios a trabalhadores independentes e aos pais que fiquem em casa por causa do fecho das escolas, havendo ainda outro que reforça os direitos aos profissionais de saúde por vários meses. No entanto, podem violar a lei-travão por aumentarem a despesa pública acima do que estava previsto.

Segundo o Expresso, o caso estará a deixar Marcelo Rebelo de Sousa num dilema político. Por um lado, o Presidente da República também tem defendido mais apoios sociais. Mas, por outro, estará inclinado a concordar com o argumento que esgrimido pelo Executivo de António Costa.

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Hoje nas notícias: Novo Banco, apoios sociais e baterias

  • ECO
  • 26 Março 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo ameaça recorrer ao Tribunal Constitucional para travar o reforço de alguns apoios sociais aprovado em três diplomas pela oposição (e o Presidente da República estará inclinado a concordar). No dia em que o Novo Banco apresenta resultados, sabe-se que pode vir a pedir uma injeção de capital superior ao que chegou a estar previsto.

Governo ameaça com TC para travar aumento de apoios sociais

Três diplomas aprovados pela oposição no Parlamento, que reforçam apoios sociais, estarão a deixar o Presidente da República num dilema político. Segundo o Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa, por um lado, também tem defendido mais apoios sociais. Mas, por outro, o Governo estará a ameaçar recorrer ao Tribunal Constitucional (TC) por considerar que os diplomas da Assembleia violam a lei-travão e o Chefe de Estado estará inclinado a concordar. Em causa estão aumentos dos apoios sociais a trabalhadores independentes e aos pais que fiquem em casa por causa do fecho das escolas, bem como uma lei que aumenta os direitos aos profissionais de saúde durante vários meses.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Cluster das baterias vai nascer em maio

Se a Volkswagen vier a instalar uma fábrica de baterias em Espanha, Portugal passará a ser um dos poucos países da União Europeia sem uma unidade deste tipo de grande dimensão para o setor automóvel, um dos principais clientes destes componentes ao longo dos próximos dez a 15 anos. O tema vai ocupar o futuro cluster português das baterias, que nascerá em maio, mas ainda sem uma data precisa. Há mais de 40 entidades com participação confirmada neste grupo, que se baterá pela competitividade portuguesa.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Novo Banco vai ter injeção maior do que o previsto no Orçamento

O Novo Banco pode vir a pedir ao Fundo de Resolução uma injeção de capital superior aos 476 milhões de euros que chegaram a estar previstos no Orçamento do Estado para 2021. As necessidades de capital do banco poderão superar este limite e é possível que surjam novidades já esta sexta-feira, dia em que António Ramalho apresenta os resultados operacionais e financeiros de 2020. No entanto, antes de qualquer injeção, ainda falta resolver o impasse criado no Parlamento, que exigiu conhecer a auditoria do Tribunal de Contas à instituição antes de qualquer nova transferência.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Nelson de Souza admite desafios na execução do PRR

O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, admite que os prazos da disponibilização dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deveriam ser encurtados e acredita que chegam ainda durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (até junho). No entanto, admitiu desafios na sua execução. Notou ainda que “os fundos europeus não devem substituir ao Estado o que faz e deve continuar a fazer com o seu próprio Orçamento”.

Leia a entrevista completa no Jornal Económico (ligação indisponível)

Em três anos, só uma empresa foi banida de concursos públicos

Três anos passados da revisão do Código dos Contratos Públicos, apenas uma empresa foi condenada à pena máxima, por incumprimento contratual grave. Entrou assim na “lista negra” dos fornecedores proibidos de negociar com entidades públicas. A empresa é do setor das limpezas e tem sede em Leiria. Foi banida durante um ano, mas de qualquer forma nunca mais voltará a negociar com o Estado, pois está insolvente.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Dos automóveis aos computadores, várias empresas estão a ser afetadas pela escassez de chips

Várias empresas estão a ser afetadas pelos escassez de microchips. Da indústria automóvel aos computadores, sem esquecer os instrumentos óticos, são vários os setores que enfrentam constrangimentos.

O mundo está a assistir a uma crise mundial na oferta de chips, incluindo processadores e outros componentes semicondutores para a indústria automóvel e até para os computadores portáteis. Dos automóveis aos computadores, existem várias empresas portuguesas de diversos setores que estão a ser afetadas pela escassez de chips como o caso da Autoeuropa, Bosch, Inforlandia e JP Sá Couto.

A fábrica da Autoeuropa, uma das empresas que mais pesa no Produto Interno Bruto português, viu-se obrigada a parar a produção devido à escassez de chips. Irá produzir menos 5.700 automóveis devido à falta destes componentes eletrónicos. À semelhança da Bosch que também está a enfrentar constrangimentos devido a esta crise mundial na oferta de chips.

Em Portugal há um conjunto de empresas de componentes que já vê as suas produções afetadas por falta de componentes eletrónicos e não conseguem abastecer as linhas de produção, quer dos construtores, quer dos fornecedores de primeira linha”, diz o presidente da AFIA, José Couto, em declarações à RTP3.

A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) explica ao ECO que o aumento da procura de chips da indústria automóvel começou quando as linhas de fornecimento de semicondutores (localizadas essencialmente na Ásia, nomeadamente em Taiwan) já estavam sobrecarregadas por uma procura significativa de chips do setor da eletrónica de consumo, para telefones e infraestruturas 5G, novas plataformas de videojogos, e equipamento informático.

Na ótica da AFIA, a Europa tem que apostar no fabrico e investigação & desenvolvimento de chips, para não estar tão dependente da Ásia. “O setor automóvel a nível mundial é responsável por cerca de 10% da procura de semicondutores, na Europa esse valor sobe para 37%, adianta, explica o secretário-geral da AFIA, Adão Ferreira. Uma opinião partilhada pelo ministro da economia, Pedro Siza Viera, que destacou que “esta crise mostrou aos Estados-membros, empresas europeias e cidadãos de que estamos dependentes de cadeias de valor muito alargadas”.

Numa altura em que a falta de “chips” já está a pesar na economia, o ministro da economia Pedro Siza Vieira vai debater com outros ministros da UE sobre reduzir a dependência europeia de fornecedores externos. Pedro Siza Vieira, questionado pelo ECO acerca da escassez mundial de chips, disse que a UE deve encarar não só a falta imediata como deve promover a produção destes componentes no mercado interno.

Jorge Cabral, administrador do Ceiia e professor universitário do departamento Eletrónica Industrial da Universidade do Minho, corrobora a ideia do ministro da economia e destaca que “o maior problema, prende-se com o facto de não termos produção na Europa deste tipo de material, não temos um backup que possamos usar porque as fábricas estão quase todas na Ásia. Essa dependência sai muito mais caro à Europa que ter uma ou duas fábricas em condições para este chips que necessitamos”, destaca.

Ainda no setor automóvel, ao contrário da Autoeuropa e da Bosch, a PSA e a Fuso – fábrica do Tramagal – não estão a ser afetadas por essa mesma escassez de chips. “Temos consciência que existe uma crise global, mas neste momento, na nossa fábrica em Mangualde, não estamos a ser impactados por essa escassez. A nossa produção está a correr nominalmente e a produção prevista para este mês está a ser feita”, explica ao ECO fonte oficial da PSA.

“Os nossos fornecedores estão a conseguir fornecer todas as peças que nós precisamos para fazer os automóveis. Não temos nenhuma visão de paragem de produção, estamos a trabalhar normalmente”, destaca a mesma fonte da PSA.

À semelhança da PSA, a fábrica do Tramagal não está a ser afetada “severamente” por esta escassez. “Não estamos a ser afetados de forma severa, pelo que nos tem sido possível até ao momento evitar qualquer paragem”, explica ao ECO, presidente e CEO da Fuso, Jorge Rosa.

Empresa que produz os “Magalhães” está a ser afetada pela escassez de chips

A pandemia da Covid-19 fez disparar a procura por telemóveis e computadores face à necessidade de trabalhar remotamente. Com esta adesão em massa, vários componentes eletrónicos começaram a ficar escassos o que dificulta a produção e a montagem de equipamentos eletrónicos. Esta escassez está a afetar empresas da área de produção e montagem de computadores, como é o caso da JP Sá Couto e da Inforlandia.

A JP Sá Couto, empresa que produziu há mais de uma década os computadores “Magalhães”, está a sentir o impacto da escassez de chips. A empresa que conta já com 31 anos de existência conta ao ECO, que no jp group, à semelhança do que acontece com o mercado, estão a sentir o impacto desta escassez de “forma muito acentuada e com tendência de agravamento“. A dimensão deste problema “é, de facto, preocupante. Estamos há mais de 30 anos neste mercado e nunca tínhamos assistido a uma falta generalizada de componentes como agora“, destaca Jorge Sá Couto, presidente do grupo JP.

No primeiro trimestre do ano, a JP Sá Couto tinha em stock os componentes necessários para produção, uma realidade diferente dos dois semestres que se seguem. “Os próximos dois trimestres preveem-se muito complexos, uma vez que a escassez de diversos chips na indústria é bastante significativa, sendo expectável que o impacto tenha reflexos tanto a nível de vendas, como a nível de preços – cuja crescente subida é já superior a 25% do preço normal de mercado”, explica ao ECO, o presidente do grupo JP.

Todavia, mesmo com a “expressiva falta de componentes” a JP Sá Couto não teve qualquer paragem na produção e não prevê uma paragem. “O crescimento do mercado tem sido muito elevado e a nossa previsão para o presente ano é francamente positiva”, destaca Jorge Sá Couto.

A Inforlandia, uma das principais empresas de micro-informática em Portugal, está a sentir a escassez deste tipo de componentes. “É uma escassez a nível mundial e afeta toda a gente. Nós temos conseguido ultrapassar as dificuldades, mas tem sido muito mais difícil encontrar esse tipo de componentes. Está um bocado complicado de facto”, conta ao ECO a diretora de marketing da Inforlandia, Rosário Belchior.

Apesar das dificuldades, a diretora de marketing da Inforlandia, empresa que conta com 25 anos de história, adianta que essa escassez de chips, “não está a afetar a produção, neste momento”. “Nós temos muitos parceiros, como já estamos há muitos anos no mercado, e vamos procurando fontes alternativas e jogando com todos os fabricantes que temos em carteira. Vamos conseguindo colmatar dessa forma”, afirma Rosário Belchior.

Numa entrevista ao ECO, o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, repetiu o argumento que tem vindo a ser dado pelo Governo: há uma “escassez não só de computadores prontos como de componentes”. O governante explicou ainda que o problema é “internacional” e decorre da “procura mundial”.

No fim de semana, a imprensa internacional deu também conta da ocorrência de um incêndio numa importante fábrica de chips para a indústria automóvel, perspetivando-se o agravamento da crise de oferta face a uma acelerada procura.

Estamos a sentir o impacto desta escassez de forma muito acentuada e com tendência de agravamento (…) Estamos há mais de 30 anos neste mercado e nunca tínhamos assistido a uma falta generalizada de componentes como agora.

Jorge Sá Couto

Presidente do JP group

Para além da indústria automóvel e da informática, existem outras empresas de eletrónica que estão a sentir alguma escassez neste tipo de componentes, mas por agora estão a conseguir contornar a situação, como por exemplo a Konica Minolta, a Continental Advanced Antenna e o Ceiia.

“Esta escassez é algo global e acaba por afetar todas as empresas. Nós temos produção no Japão, na China e na Malásia e há um problema em trazer as coisas para o lado de cá porque existem outras prioridades. São problemas que temos que gerir, mas neste momento as cadeias de abastecimento estão normalizadas. Para já temos conseguido suprir aquilo que são as necessidades dos nossos clientes, sem dificuldades“, explica Vasco Falcão, diretor geral da Konica Minolta Portugal e Espanha. Acrescenta que, como têm uma gama de produtos muito extensa, conseguem “substituir determinado componente que esteja em falta por outro”.

Na Continental Advanced Antenna Portugal, o cenário é semelhante. Estão a conseguir fornecer as necessidades dos clientes, mas estão a notar que alguns fornecedores da indústria eletrónica, principalmente na Ásia estão com dificuldades em fornecer as quantidades todas. “Neste momento não temos nenhum impacto, temos conseguido com algum esforço e flexibilidade, mas temos conseguido fornecer os nossos clientes todos. Na fábrica em Portugal temos conseguido fazer face às necessidades dos nossos clientes”, conta Miguel Pinto, managing director da Continental Advanced Antenna.

À semelhança de Vasco Falcão, Miguel Pinto considera que esta escassez deve-se essencialmente ao aumento da procura e de alguma dificuldade logística em trazer esses componentes da Ásia para a Europa.

No Centro de Engenharia e Desenvolvimento – Ceiia, o cenário é diferente, não estão a sentir os efeitos da escassez de chips porque prepararam-se atempadamente. “Nós planeámos antes, sobretudo há um ano. Tínhamos um planeamento das necessidades e conseguimos esses componentes em fornecedores locais. Para o mercado em Portugal temos três ou quatro armazenistas que vendem online e esses ainda tinham stock para o que o Ceiia pretendia nesta fase pandémica. Tivemos que fazer uma preparação atempada na altura da produção do nosso ventilador e neste momento não vamos ser afetados por essa escassez”, explica o administrador Jorge Cabral.

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Páscoa será de confinamento. Portugueses estão impedidos de sair do concelho de residência até 5 de abril

Desde a meia-noite que não pode sair do concelho de residência sem uma das justificações previstas na lei. A proibição só será levantada dia 5 de abril, depois da Páscoa.

Aproxima-se o fim de semana da Páscoa e o Governo está determinado a evitar o aumento das deslocações que se verificou no Natal e Ano Novo. Por isso, de surpresa, antecipou a proibição de circulação entre concelhos para a meia-noite de sexta-feira.

Até à atualização da medida, o impedimento só entrava em vigor às 20h de sexta-feira. Mas se havia portugueses que planeavam viajar antes das 20h, o Executivo trocou-lhes as voltas: este ano, como no anterior, a Páscoa será de confinamento.

O que está, então, previsto? A medida é bastante simples, apesar de a forma como está apresentada na lei poder gerar alguma confusão: a partir da meia-noite de sexta-feira (isto é, já esta noite) e até 5 de abril, é proibido sair do concelho de residência.

O ECO confirmou esta interpretação com fonte do Executivo. São, efetivamente, 11 dias sem poder deixar o concelho do domicílio, salvo as exceções previstas na lei.

“É proibida a circulação para fora do concelho do domicílio […] a partir das 0h00 do dia 26 de março”, lê-se no documento publicado no Diário da República. Em relação às exceções, são as habituais, que se resumem em:

  • Deslocações para o trabalho, atestadas por declaração emitida pela empresa, compromisso de honra no caso de deslocações para concelhos limítrofes ao de residência ou declaração do próprio para empresários em nome individual;
  • Deslocações para o trabalho de profissionais de saúde, agentes de proteção civil, forças e serviços de segurança, titulares de órgãos de soberania, ministros de culto e diplomadas;
  • Deslocações de menores e acompanhantes para a escola, creche ou ATL;
  • Deslocações de estudantes para instituições de ensino superior ou outros estabelecimentos escolares;
  • Deslocações de utentes e acompanhantes para Centros de Dia;
  • Deslocações para formações, realização de provas e exames ou inspeções;
  • Deslocações para participação em atos processuais em entidades judiciárias ou notários, advogados, solicitadores e por aí em diante;
  • Deslocações para saída de território nacional continental;
  • Deslocações de cidadãos não residentes para locais de permanência comprovada;
  • Deslocações por outras razões familiares imperativas, designadamente partilha de responsabilidades parentais;
  • Deslocações para retorno ao domicílio.

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Groundforce tem de indemnizar TAP em 20% se contrato romper

Ativos da Groundforce passaram para a TAP, com opção de recompra no prazo de dois meses. Se mantiver o leasing mas não cumprir o contrato, tem de pagar rendas até ao fim do contrato e 20% extra.

Se a Groundforce não cumprir os termos do acordo com a TAP — incluindo uma prestação mensal de quase 462 mil euros — a companhia aérea pode cessar o contrato de aluguer dos equipamentos que comprou. E a empresa de handling não só terá de pagar as prestações em atraso e juros de mora, como também uma indemnização de 20%.

A operação de sale and lease back foi a solução encontrada entre as duas empresas para desbloquear 7 milhões de euros e pagar salários em atraso e impostos. Na prática, a TAP passou a deter a totalidade dos ativos da Groundforce, que agora os aluga (por 461.762 euros mensais mais IVA) para usar na atividade normal.

O contrato pode, no entanto, ser resolvido pela TAP se houver “incumprimento de qualquer umas das obrigações” da Groundforce, que podendo ser remediado, não o seja no prazo máximo de oito dias a contar do envio de uma interpelação ou de forma imediata, em caso de incumprimento de obrigações “insuscetíveis de sanação”, revela o contrato a que o ECO teve acesso.

Além do incumprimento, há uma série de outras razões que poderão abrir a porta a uma rescisão por iniciativa da TAP, como suspensão de atividade da Groundforce por mais de três meses, a venda da Groundforce a um outro acionista ou a ocorrência de uma situação substancialmente adversa. Se acontecer, “a resolução far-se-á por simples declaração do locador dirigida ao locatário por escrito”, refere o contrato.

Em caso de resolução, qualquer que seja o fundamento, a Groundforce fica obrigada a, “cumulativamente”, restituir os bens, pagar os alugueres, comissões e outros encargos ou despesas da sua conta vencidos e não pagos, “pagar a título de indemnização por perdas e danos uma importância equivalente a 20% dos alugueres vincendos sem prejuízo do direito à reparação integral por dano superior“, bem como pagar custos relacionados com a recuperação da posse, seguro ou reparação dos bens, juros de mora e ressarcir quaisquer danos e prejuízos decorrentes da mora.

Groundforce tem dois meses para decidir recompra dos ativos

Em causa está o contrato de aluguer de ativos como tratores, escadas, autocarros e todo o tipo de equipamentos utilizados na prestação de serviços nos aeroportos. Após a venda por 6,97 milhões de euros, o contrato refere uma opção de compra que pode ser exercida pela Groundforce até fim de maio. Para isso, a Groundforce tem de ter toda a sua situação fiscal regularizada e tem de pagar 6,57 milhões de euros. Ou seja, se o fizer no do mês já terá pago dois meses de aluguer (o primeiro pagamento será feito a 30 de abril) acumulando uma perda superior a 1,3 milhões de euros, entre as duas prestações e a diferença no preço dos ativos.

Se a Groundforce quiser mesmo recomprar os equipamentos e, mais tarde, voltar a vendê-los, a TAP tem direito de preferência no negócio. Isto aplica-se até julho de 2022, que é a data do fim do contrato, mas também da atual licença que permite à empresa prestar serviços de handling à companhia aérea.

Não é ainda certo qual o plano, mas a Groundforce está em dificuldades financeiras que não deverão permitir a recompra enquanto não for encontrada uma solução mais permanente, como o empréstimo bancário com garantias públicas. Por outro lado, a TAP pediu ao regulador licenças para poder realizar self-handling e, apesar de não estar previsto que o faça, o ministro Pedro Nuno Santos já disse que ter os equipamentos funciona como “salvaguarda” para a TAP. E, em última análise, poderá vir a vendê-los a terceiros.

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5 coisas que vão marcar o dia

O último dia da semana dá início a uma semana de proibição de circulação entre concelhos. Esta sexta-feira é também dia de resultados do Novo Banco.

A semana termina com o começo de uma proibição de circulação entre concelhos para os portugueses. Durante a semana da Páscoa, o objetivo é controlar as deslocações e ajuntamentos. Ainda esta sexta-feira, vão ser conhecidos dados sobre a capacidade de financiamento da economia e das famílias e ainda os resultados do Novo Banco.

Arranca proibição diária de circular entre concelhos

Começou esta sexta-feira à meia-noite a proibição diária de circular entre concelhos, terminando às 5h de dia 2 de abril. O Governo decidiu aplicar esta restrição durante a semana da Páscoa para evitar ajuntamentos entre pessoas, numa altura em que as famílias se costumam reunir. Esta proibição estava planeada começar apenas hoje às 20h, mas foi feita uma retificação esta quarta-feira, publicada em Diário da República, antecipando para a meia-noite.

INE publica contas nacionais trimestrais por setor

Esta sexta-feira vão ser conhecidas as contas nacionais trimestrais, por setor, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes dados, referentes ao quarto trimestre do ano, permite uma análise a todo o ano de 2020. Os dados do terceiro trimestre referem que a capacidade de financiamento da economia caiu para 0,9% do PIB, enquanto a das famílias aumentou para 4,3% do PIB. A taxa de poupança atingiu os 10,8%.

Novo Banco apresenta resultados de 2020

O Novo Banco publica as contas de 2020, juntamente com o pedido ao Fundo de Resolução. O banco liderado por António Ramalho chegou a setembro com prejuízos de 853 milhões de euros, com o resultado a ser penalizado pela pandemia, descontinuação do negócio em Espanha e reavaliação dos fundos de reestruturação. A meio do ano passado, o banco já dava conta de um pedido de 180 milhões, mas a fatura final será maior. O Governo inscreveu 476 milhões no Orçamento do Estado para este ano.

Rating da União Europeia e da Alemanha sob revisão

A União Europeia e a Alemanha estarão esta sexta-feira na mira das agências de rating. No primeiro caso, será a canadiana DBRS a fazer a avaliação, enquanto no segundo, da maior economia europeia, é a Standard&Poor’s. São ambas avaliadas no nível mais elevado, “AAA”, com perspetiva estável e não deverão sofrer alterações. Ainda assim, as agências de rating poderão alertar para o impacto económico e orçamental dos novos confinamentos.

Termina Conselho Europeu e Cimeira do Euro de Bruxelas

Termina esta sexta-feira a reunião, por videoconferência, dos chefes de Estado e de Governo dos Estados membros da União Europeia, presidida por Charles Michel, Presidente do Conselho Europeu. Neste encontro, os líderes Europeus discutiram as principais prioridades para o mercado único, a política industrial e a agenda digital. No final deste encontro haverá uma conferência de imprensa com Charles Michel e a presidente da Comissão.

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Da TSU aos recibos verdes, há apoios reforçados para empresas do turismo. Como funcionam?

Turismo tem sido um dos setores mais castigados pela crise sanitária e pelas restrições impostas de modo a conter a propagação do vírus pandémico. Governo reforçou, por isso, apoios a essas empresas.

A pandemia de coronavírus levou à imposição de restrições à mobilidade e até mesmo de confinamentos gerais, castigando de modo significativo o turismo. Esse setor tem sido, tudo somado, um dos mais prejudicados pela crise que o mundo atualmente atravessa. Por isso, o Governo decidiu criar condições mais favoráveis para as empresas nesta área de atividade no âmbito dos apoios que já têm estado disponíveis nos últimos meses. O apoio à retoma progressiva passa a garantir, assim, a dispensa de contribuições sociais a mais empregadores e até a medida desenhada para os trabalhadores independentes ganha agora um nova roupagem.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, por efeito da crise pandémica, as receitas do turismo afundaram 67% em 2020 e o número de dormidas tocou em mínimos dos anos 90 do século passado. Aliás, as empresas deste setor têm figurado entre as que mais recorreram aos apoios extraordinários, como o popular lay-off simplificado, que garantiu uma ajuda aos empregadores para o pagamento dos salários.

Com o país a viver um desconfinamento a conta-gotas, o Governo decidiu agora lançar um novo pacote de apoios à economia, tendo criado regimes especiais dentro dessas medidas com condições mais favoráveis para as empresas e trabalhadores do setor turístico, já que reconhece que essa área tem sido e continua a ser uma das mais afetadas pela pandemia e pelas restrições impostas para a conter.

Uma das medidas que ganha, a partir de agora, um regime especial para o turismo é o apoio à retoma progressiva. Em causa está o regime desenhado para suceder ao lay-off simplificado e que permite aos empregadores em crise diminuírem os horários de trabalho (até 100%), em função das suas quebras de faturação, recebendo da Segurança Social um apoio para o pagamento dos salários.

Até aqui, apenas as micro, pequenas e médias empresas tinham direito, no âmbito deste medida, à dispensa de 50% das contribuições sociais relativas à compensação assegurada ao trabalhador pela horas não trabalhadas; Mas o Governo decidiu tornar agora essas condições mais favoráveis para as empresas turísticas e da cultura.

Assim, a partir de agora, as empresas desses dois setores com quebras inferiores a 75% passam a poder beneficiar de isenção total das contribuições sociais relativamente à compensação paga ao trabalhador pelas horas não trabalhadas. Continuam, ainda assim, a ter de fazer esses descontos para a Segurança Social sobre a retribuição paga pelas horas trabalhadas, o que significa que este regime permanece menos favorável que o lay-off simplificado, que prevê isenção sobre a totalidade das contribuições sociais.

Por outro lado, as empresas do turismo e da cultura com quebras superiores a 75% têm direito à dispensa de 50% das contribuições sociais relativas também à compensação pelas horas não trabalhadas. Tal benefício já estava disponível para micro, pequenas e médias empresas, mas passa a estar disponível, pela primeira vez, também para os empregadores de grande dimensão.

Outra das medidas que o Governo decidiu “adaptar” às dificuldades do setor turístico, melhorando-a, foi o apoio extraordinário à redução de atividade económica de trabalhador independente.

Esta prestação foi reativada por ocasião do confinamento de janeiro, mas só estava disponível para os “recibos verdes” encerrados ou com atividade suspensa por imposição legal ou administrativa. Agora passa, contudo, a estar acessível também para aqueles que, não estando confinados, estão “em situação de comprovada paragem”. Isto desde que a sua área de atividade seja o turismo, a cultura, os eventos ou os espetáculos.

No referido pacote de apoios à economia, consta ainda o alargamento do lay-off simplificado, o lançamento do apoio simplificado às microempresas e a criação de uma nova edição do incentivo à normalização, medidas que não foram desenhadas especificamente para o turismo, mas podem favorecer este setor.

Por exemplo, o lay-off simplificado deixa de estar disponível apenas para os empregadores encerrados por imposição legal (isto é, confinados); Passam, assim, a poder aceder os empregadores em paragem total ou parcial superior a 40% resultante “da interrupção das cadeias de abastecimento globais, ou da suspensão ou cancelamento de encomendas, nas situações em que mais de metade da faturação no ano anterior tenha sido efetuada a atividades ou setores que estejam atualmente suspensos ou encerrados por determinação legislativa ou administrativa de fonte governamental”. Ou seja, um fabricante de cervejas, por exemplo, que fornecia um restaurante, se tiver quebras, passa a ter direito a este regime.

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IEFP vai pagar incentivo à normalização em falta até final do mês

O IEFP garante ao ECO que até ao final de março todas as empresas que aderiram ao incentivo à normalização e cumpram os requisitos para tal "terão recebido a totalidade do apoio".

O Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) assegura, em declarações ao ECO, que até ao final do mês de março todas as empresas que tenham pedido o incentivo à normalização da atividade e que cumpram os requisitos desta medida “terão recebido a totalidade do apoio”. A Ordem dos Contabilistas Certificados tem avisado que há empregadores que continuam à espera da segunda tranche deste apoio, mas sabe-se agora que deverão recebê-la até dia 31.

Lançado em agosto do último ano, o incentivo à normalização garantiu até dois salários mínimos por posto de trabalho aos empregadores que saíram do lay-off simplificado e voltaram à sua atividade “normal”, eliminando os cortes nos tempos de trabalho aos seus trabalhadores e deixando de ter apoios para o pagamento dos salários.

De acordo com a legislação, esse subsídio, na modalidade de dois salários mínimos por posto de trabalho, foi pago em duas prestações: A primeira no prazo de 10 dias úteis a contar da data de comunicação da aprovação do requerimento; E a segunda no prazo de 180 dias a contar do dia seguinte ao último dia de aplicação do lay-off simplificado.

Ou seja, para os empregadores que deixaram esse regime de apoio ao emprego no final de agosto, por exemplo, e pediram o incentivo, a segunda tranche deveria ter chegado no final de fevereiro deste ano. Ainda assim, a Ordem dos Contabilistas Certificados tem vindo a alertar para atrasos nesse pagamento, sublinhando que há empresas ainda à empresa da segunda transferência do IEFP.

Ao ECO, o Instituto garante agora que até ao final do mês todas as empresas “que cumpram os requisitos terão recebido a totalidade do apoio”. “O segundo pagamento implica que seja verificado o cumprimento das obrigações a que a entidade se encontra vinculada, nomeadamente a manutenção do nível de emprego e não fazer cessar contratos de trabalho ao abrigo das modalidades de despedimento coletivo, despedimento por extinção do posto de trabalho, despedimento por inadaptação, previstos nos artigos 359.º, 367.º e 373.º do Código do Trabalho, nem iniciar os respetivos procedimentos”, explica fonte do IEFP.

E adianta que, até ao momento, já foram pagos quase 388,8 milhões de euros ao abrigo desta medida, o que corresponde a 85% do valor aprovado. “Em 2021, já foram pagos 105 milhões de euros, dos quais 101 milhões foram a empresas com apoio na modalidade de duas RMMG [retribuições mínimas garantidas]”, detalha a mesma fonte.

O IEFP considera que assegurou “uma resposta rápida às empresas que se candidataram ao incentivo à normalização”. Ao ECO, fonte oficial diz que, “em menos de seis dias, 70% das candidaturas foram aprovadas”; Em menos de 11 dias, 62% das empresas receberam o incentivo; E, em menos de 20 dias, 87% das empresas tinham recebido o apoio.

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BCE critica propostas sobre desclassificação de documentos. Alerta para “efeito adverso”

Instituição de Lagarde considera que propostas do PSD e PAN para desclassificar documentos podem ter um “efeito adverso” na partilha de informação entre o Banco de Portugal e os outros reguladores.

O Banco Central Europeu (BCE) alertou o Parlamento para o “efeito adverso” que podem ter os projetos de lei do PSD e PAN sobre a desclassificação de documentos na partilha de informação entre o Banco de Portugal e os outros reguladores financeiros, como a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). E defendeu que contratos celebrados entre o Fundo de Resolução e os bancos (como do Novo Banco) devem continuar a manter em segredo informações confidenciais de supervisão.

A instituição liderada por Christine Lagarde já enviou o seu parecer aos deputados sobre as propostas que visam criar um regime jurídico de transparência de contratos e documentos conexos relativos a operações que impliquem o recurso a fundos públicos, como no caso da resolução do BES e a capitalização do Novo Banco através do Fundo de Resolução. E deixou várias críticas.

De acordo com os projetos do PSD e PAN, seria criado um regime através do qual o Parlamento, por resolução, poderia votar a desclassificação de documentos secretos e torná-los acessíveis a qualquer pessoa, à exceção daqueles que estão protegidos pelos segredos de Estado ou de Justiça.

Ainda que as propostas deixem o Banco de Portugal de fora do universo das entidades públicas às quais as futuras leis serão aplicáveis, o BCE nota que outras instituições com quem o supervisor se relaciona estarão dentro do perímetro, pelo que documentos, contratos e informações partilhados com estas entidades podem ser suscetíveis de desclassificação e divulgação pública.

E dá o exemplo do regulador dos mercados financeiros e de outros supervisores financeiros, com quem o Banco de Portugal poderá vir a ter limitações na partilha de informação. O supervisor liderado por Mário Centeno, ouvido no início do mês no âmbito do grupo de trabalho do Parlamento para concretização destas iniciativas legislativas, já tinha alertado para esta situação.

“A autoridade de supervisão competente pode trocar informações com outras autoridades, tais como autoridades nacionais responsáveis pela supervisão dos mercados financeiros, organismos de supervisão e a administração central”, diz o BCE no seu parecer enviado esta semana. Porém, “em qualquer destas situações, a troca de informações apenas pode ocorrer se a informação divulgada estiver sujeita a requisitos de sigilo profissional no mínimo equivalentes aos descritos no artigo 53.º da Diretiva 2013/36/EU”, lembra.

“Isto significa que, se a informação em questão a partilhar pela autoridade de supervisão competente for considerada como sendo inerente ou relativa a um contrato suscetível de ser tornado público por força dos projetos de lei, então a autoridade de supervisão competente já não poderia partilhar tal informação”, argumente o BCE.

O BCE também deixou uma observação com reparos ao facto de o Fundo de Resolução se encontrar dentro do âmbito da aplicação dos dois projetos de lei. Além de ser a autoridade de resolução bancária, com quem o Banco de Portugal tem uma relação muito estreita e há muita partilha de informação sensível e sujeita às regras europeias de sigilo, é este fundo que tem estado a capitalizar o Novo Banco por via do mecanismo de capital contingente acordado em 2017, recorrendo a empréstimos do Estado, e cujo contrato poderá ser tornado público caso as propostas legislativas do PSD e PAN sejam aprovadas.

Para a instituição com sede em Frankfurt, a divulgação pública de contratos como este com o Novo Banco, apesar de não constituírem documentação do Banco de Portugal, não poderá incluir informação confidencial de supervisão, “uma vez que a divulgação pública de tais documentos ou informações contrariaria obviamente o sigilo profissional tutelado pelo artigo 53.º da Directiva 2013/36/UE”.

“Por conseguinte, a divulgação pública de tais documentos ou informações constituiria uma clara violação do artigo citado, pelo que qualquer informação confidencial de supervisão constante de tais documentos terá de ser rasurada”, refere o BCE.

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Novo Banco faz póquer de prejuízos acima de mil milhões

Banco liderado por António Ramalho apresenta contas esta tarde. Desde 2017 que os prejuízos superam fasquia dos mil milhões de euros. E novo pedido ao Fundo de Resolução ultrapassa os 476 milhões.

O Novo Banco apresenta esta sexta-feira à tarde as contas de 2020 e os resultados vão ser novamente negativos. Desde 2017 que o banco reporta prejuízos acima dos mil milhões de euros. Se aconteceu o mesmo no ano passado, será o póquer para a instituição liderada por António Ramalho, que já tem preparado novo pedido ao Fundo de Resolução, que vai ser superior aos 476 milhões de euros inscritos no orçamento por parte do Governo.

O banco vai a caminho do quarto ano com perdas acima dos mil milhões (o tal póquer, que se usa quando se obtém quatro cartas iguais), depois de ter registado perdas de mais de 850 milhões de euros até setembro, com os resultados a serem penalizados por três fatores:

  • 727,7 milhões de euros de imparidades e provisões, em resultado da descontinuação do negócio em Espanha, e do agravamento do nível de incumprimento de alguns clientes (crédito a clientes, garantias e instituições de crédito), sendo 187,2 milhões de euros de imparidade adicional para riscos de crédito decorrentes da pandemia Covid-19;
  • 260,6 milhões de euros em “resultado da avaliação independente aos fundos de reestruturação. O Grupo continuará a monitorizar esta área à medida que o impacto da pandemia na economia portuguesa de torne mais claro”;
  • 26,9 milhões de euros de reforço da provisão para reestruturação.

O último trimestre de 2020 não terá corrido melhor, como demonstraram já os resultados dos outros grandes bancos nacionais, que, com o agravamento da pandemia na reta final do ano, tiveram de colocar mais dinheiro de lado para fazer face à severidade da crise pandémica.

Novo Banco acumula prejuízos de 7,9 mil milhões

Fonte: Novo Banco

3,5 milhões de prejuízos por dia

Mesmo antes da pandemia, o banco bom do BES nunca saiu do “vermelho” no que toca aos resultados no final do ano — chegou a ter lucro em trimestres. Desde o dia 3 de agosto de 2014, quando foi criado a partir da resolução do BES, o Novo Banco acumula prejuízos na ordem dos 7,9 mil milhões de euros, o que dá uma média de 3,5 milhões de euros de prejuízos por dia.

As perdas decorreram sobretudo do legado “tóxico” do BES: créditos em incumprimento e outros ativos e negócios que o banco teve de se desfazer também para cumprir o plano acordado em 2017 entre o Governo e a Comissão Europeia para a venda ao fundo Lone Star.

Desse plano decidido entre Lisboa e Bruxelas saiu o acordo de capital contingente de 3,9 mil milhões de euros, que tem sido usado para o Novo Banco fazer a limpeza do seu balanço. Este mecanismo obriga o Fundo de Resolução a compensar o banco a repor o capital sempre que as insuficiências para cumprir os rácios resultarem de perdas com um conjunto de ativos problemáticos.

Fundo de Resolução já injetou três mil milhões

Fonte: Novo Banco

Nessa medida, António Ramalho tem nova fatura a apresentar ao Fundo de Resolução por conta dos prejuízos do ano passado. Quanto será? As chamadas de capital ao Fundo de Resolução vão já nos 2.978 milhões, o equivalente a mais de 75% da “garantia pública que o Novo Banco tem aproveitado para “limpar” o balanço. Ainda há 912 milhões de euros disponíveis no acordo de capital contingente que durará até 2026 e a expectativa do Governo é que essa verba não seja totalmente utilizada.

O ministro das Finanças disse contar que o pedido fique abaixo dos 500 milhões. Em entrevista ao ECO no início do ano, o CEO do Novo Banco não se comprometeu com os 476 milhões que foram inscritos no Orçamento do Estado deste ano para o Fundo de Resolução injetar no Novo Banco. E o ECO sabe que será um pedido acima do valor fixado em sede do orçamento (mas que acabou por ser chumbado pelo Parlamento e ainda não há solução alternativa para o Fundo de Resolução fazer esse pagamento).

Nessa entrevista, Ramalho confirmou que 2020 marcou o virar de página de um banco em reestruturação para um banco a gerar lucros e sem necessitar de mais apoios do Fundo de Resolução. “Garanti, desde a primeira hora, duas coisas: que a reestruturação seria realizada até 2020, e que a partir de 2021 o banco já não absorve capital, é ele criador de capital. O que significa que espero que essa discussão [de novo pedido ao Fundo de Resolução] não se coloque.

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Testes à Covid vendidos nas farmácias vão ficar isentos de IVA

Os testes rápidos que vão ser vendidos nas farmácias e noutros locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica vão estar isentos de IVA, revela o Ministério das Finanças ao ECO.

Os autotestes de despiste à Covid-19 que vão passar a ser vendidos nas farmácias e noutros locais autorizados à venda de medicamentos não sujeitos a receita médica vão estar isentos do Imposto de Valor Acrescentado (IVA), pelo menos até ao final do ano, revela o Ministério das Finanças ao ECO.

A Lei 4-C/2021, de 17 de fevereiro, prevê que as “transmissões, aquisições intracomunitárias e importações de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro da doença Covid-19 que estejam em conformidade com os requisitos aplicáveis” estão isentas de IVA.

O Ministério das Finanças explica que esta isenção diz respeito não só à importação destes artigos dentro do espaço comunitário, mas será também aplicada à venda os autotestes nas farmácias e noutros locais autorizados à venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, uma vez que os testes rápidos são considerados dispositivos médicos de diagnóstico in vitro, dado que para a sua realização necessitam de um reagente. “Por força do disposto na lei 4-C/2021 de 17 de fevereiro, [os autotestes] encontram-se isentos de IVA até 31 de dezembro de 2021”, revela o gabinete do ministério liderado por João Leão.

Além dos testes, estão isentos de IVA “as transmissões, aquisições intracomunitárias e importações de vacinas contra a doença Covid-19 autorizadas pela Comissão Europeia ou pelas autoridades de saúde nacionais”, bem como “as prestações de serviços estreitamente ligadas com os dispositivos ou vacinas referidos nas alíneas anteriores”, aponta o diploma publicado em Diário da República.

Neste contexto, a isenção de IVA deverá permitir que estes testes tenham um preço mais reduzido, contudo os valores ainda não são conhecidos. De sublinhar que o Presidente da República abriu a porta ao controlo dos preços dos testes da Covid-19, por forma a evitar especulações e açambarcamentos, como se verificou no início da pandemia com as máscaras e geles desinfetantes. “Podem ser adotadas medidas de controlo de preços e combate à especulação ou ao açambarcamento de determinados produtos ou materiais, designadamente testes ao SARS-Cov-2 e outro material médico-sanitário“, lê-se no decreto assinado por Marcelo Rebelo de Sousa.

No início da pandemia, a elevada procura por máscaras e geles desinfetantes por parte dos portugueses, levou a que os preços desses artigos disparassem. Face a esta situação e por forma a evitar especulações, o Governo decretou a imposição de um limite máximo de 15% na percentagem de lucro destes artigos.

De sublinhar que esta isenção aplicada aos testes que serão vendidos ao público em geral contrasta com o que sucede, por exemplo, com as máscaras e os geles desinfetantes que são considerados equipamentos de proteção, pelo que estão atualmente sujeitos à taxa de IVA reduzida (6%).

Ainda não há testes à venda

Há cerca de duas semanas, o Governo autorizou a venda de testes rápidos de antigénio em farmácias e noutros locais autorizados à venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, como, por exemplo, parafarmácias e alguns espaços de bem-estar dos hipers e supermercados.

Estes testes permitem detetar possíveis casos de infeção por Covid-19 através da recolha de uma amostra de fluido das fossas nasais e cuja colheita é feita através de uma zaragatoa (mais pequena do que a utilizada nos testes PCR). Apesar de terem uma sensibilidade inferior aos testes de referência (os PCR), estes testes permitem obter resultados mais rápidos, entre 10 a 30 minutos, pelo que são aconselhados principalmente para rastreio comunitário.

Assim, com esta medida excecional, o Executivo deu “luz verde” a que estes testes possam ser feitos pela população em geral, sem supervisão de um profissional de saúde, como acontecia até agora. Contudo, apesar de Infarmed, INSA e Direção-Geral de Saúde já terem divulgado as orientações relativas à sua comercialização e sobre a comunicação dos resultados, os autotestes ainda não começaram a ser vendidos, já que o Infarmed ainda não publicou a lista sobre os testes autorizados.

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Carlos Mendes Gonçalves: “A gestão tem de ser feita pelos melhores gestores”

  • ECO
  • 26 Março 2021

Carlos Mendes Gonçalves, 55 anos, um dos finalistas do prémio Entrepreneur of The Year, tinha 15 anos quando fundou com o pai a empresa com o seu nome e que Portugal associa a festas e arraiais.

Pão, carne e mostarda. Poucas combinações gastronómicas estão mais presentes nas festas portuguesas do que esta e foi a pensar nisso que, há três anos, se deu o casamento entre os Santos Populares de Lisboa e a Paladin, produzida pela fábrica Mendes Gonçalves, na Golegã. A marca, património do imaginário nacional, já tinha nascido desse contacto das rulotes, das festas, e nada como um evento dessa envergadura, que atraía portugueses mas também estrangeiros à nossa Lisboa cosmopolita de hoje. É tudo o que tem a ver connosco, com o que prometemos – sabor”, diz ao ECO Carlos Mendes Gonçalves, fundador da empresa com os seus apelidos e finalista do prémio EY Entrepreneur of The Year.

Estão nos arraiais da capital como no Carnaval de Torres ou nas Bifanas de Torres Novas. “Tem a ver com a nossa mensagem, com sermos uma empresa portuguesa, na província, nada mais genuíno do que as nossas festas. Vamos alargando com essa matriz, o que seja nosso, mas não é o nosso por tradição bacoca, é tradição com mundo”, diz o gestor.

Carlos Mendes Gonçalves tinha 15 anos quando, em 1982, com o pai, começou o negócio de produzir, engarrafar e distribuir vinagre de figo de Torres Novas. “Fiz tudo, desde a construção até todas as tarefas de produção”, conta. “Era sócio e assinava”. Hoje, a Mendes Gonçalves está em todo o país, exporta e fatura 32 milhões de euros a partir da sua fábrica de 10 mil metros na Golegã. “Somos uma empresa de 350 trabalhadores numa terra de mil pessoas”, diz o gestor, orgulhoso e consciente da responsabilidade de gerir e manter a empresa.

Esta é a nossa terra e a decisão parece muito boa, pelas vias de acesso, por estarmos no centro do país, mas há 40 anos o centro estava bem mais longe do que está hoje”, refere Carlos Mendes Gonçalves. Recorda essa decisão primordial: “Fazer uma empresa na nossa terra, com a nossa gente. Nascemos uma empresa que quer fazer diferente, que não quer ser mais uma no mercado, quer fazer com os produtos da nossa terra, que sempre incorporou mais de 80% de produtos portugueses no seu fabrico, não é por moda nem por marketing”.

2004, o ano do campeonato europeu de futebol em Portugal, é um ano de viragem na história da Mendes Gonçalves: diversifica os produtos do seu portefólio – começa a produzir molhos (maionese, mostarda e ketchup).

A mudança começou a desenhar-se quatro anos antes com a aquisição da Paladin e a inauguração de uma fábrica de embalagens. “É com a embalagem que começa”, defende Carlos Mendes Gonçalves. “Tem um peso importante no nosso produto e na nossa promessa de inovação, de apresentar produtos diferentes”. Agora, “todos os anos lançamos vários produtos novos”. A própria Paladin renasceu em 2013.

Fazer uma empresa na nossa terra, com a nossa gente. Nascemos uma empresa que quer fazer diferente, que não quer ser mais uma no mercado, quer fazer com os produtos da nossa terra, que sempre incorporou mais de 80% de produtos portugueses no seu fabrico, não é por moda nem por marketing.

São também, uma empresa 100% familiar. “Familiar não só porque é propriedade de uma família, mas porque o nosso primeiro colega ainda cá está. Temos gente há 30, 20, 15. Temos pais e filhos, temos irmãos e nós próprios nos consideramos uma família”, explica. Não usam a expressão “recursos humanos”, mas “Família Mendes Gonçalves”.

Fundador e líder da empresa, Carlos Mendes Gonçalves, 55 anos, reconhece que o facto de serem uma empresa familiar é um desafio. “É o nosso principal foco que isso não seja um problema”, diz, e acrescenta: “Efetivamente as empresas familiares têm problemas de dimensão, não têm capacidade de crescer, outras vezes por problemas de sucessão acabam por perder o foco. São pouco profissionais. Na nossa administração temos um board [conselho] não executivo com pessoas de fora. É o desafio das empresas portuguesas, que se internacionalizaram, sendo familiares”.

Preocupa-o o problema da sucessão? “Nada”, responde sem hesitação. “Nós o que queremos fazer é separar a propriedade da gestão. A gestão tem de ser feita pelos melhores gestores. O que quer dizer é que a propriedade não pode pôr em causa o funcionamento da empresa tenham o apelido que tiverem. Temos de separar o lado emocional do lado funcional, é a melhor decisão até para a família. Se acontece uma desilusão, é uma desgraça para os filhos que têm um peso que não pediram nem querem”. Carlos Mendes Gonçalves tem três filhas, na empresa trabalha a mulher, no conselho de administração sentam-se pessoas da empresa e outros de fora.

Temos uma empresa que emprega 350 pessoas numa terra de 3 mil. Isto tem de continuar, a fazer isto ou outra coisa qualquer, mas gerido pelos melhores”, defende. “Sou primeira e segunda geração, mas não queremos deixar um problema. Isto não é obra de uma pessoa ou de dez, é de todos os que aqui trabalham”, nota.

A conversa conduz-nos até à sua formação académica. Carlos Mendes Gonçalves começou tão cedo que “não houve tempo” para ir à universidade. Mas, “faz falta”, diz, de novo sem hesitação. “Hoje, temos muita gente com capacidade e formação que preenche essa minha lacuna, que, rapidamente se percebeu, que fazia falta. Foi o conhecimento que nos trouxe à sociedade que temos hoje”, afirma. Um dos departamentos que nasceu com o crescimento da empresa foi o de investigação e desenvolvimento, com dez pessoas, onde se trabalham as relações com outras empresas e faculdades. No laboratório, testam-se em versão pequenina o que a fábrica produz em grande. “Equipamento de 2 mil quilos que ali temos a réplica com seis”, diz Carlos.

Nos seus quase 40 anos de história, sempre a crescer, a empresa galgou fronteiras. “Queremos internacionalizar a marca Paladin para países do Médio Oriente e África”, diz. “As grandes multinacionais são os nossos grandes concorrentes, sabíamos que tínhamos de ter uma mensagem diferente e preencher as lacunas que essas grandes empresas têm. Hoje somos fornecedores dos nossos grandes concorrentes”, conta. A consequência? “Puxam-nos para outros patamares de exigência. Fazem-nos evoluir e estar noutra divisão”.

Sem festas e arraiais, 2020 trouxe novos desafios à empresa. Antes do primeiro-ministro anunciar aos portugueses o confinamento, já a Mendes Gonçalves tinha enviado alguns dos trabalhadores para casa – 60 a 70 pessoas passaram a estar em teletrabalho. Na fábrica, criaram-se duas entradas e quatro turnos. “O medo foi substituído pela confiança”, considera. “Procurámos a todos os níveis preocuparmo-nos com as pessoas, não despedimos ninguém”.

Em paralelo com a fábrica Mendes Gonçalves, desenvolve o projeto Vila Feliz Cidade, que gostaria que “fosse uma fundação onde pudéssemos deixar este património, um projeto de sustentabilidade”. Para já, explica, “temos plantadas umas milhares de árvores – é de onde extraímos os pimentos picantes, biológicos – pois queremos evoluir para um sistema regenerativo. Não queremos apenas impacto zero, mas positivo.”

“Sou apenas um rapaz simples do campo”

Carlos Mendes Gonçalves diz que foi com “bastante surpresa, até pelos outros finalistas”, que recebeu a notícia de que faz parte dos finalistas da 8.ª edição do prémio EY Entrepreneur of The Year. “Toda a gente fica satisfeita de ver reconhecido o seu trabalho. Não é falsa modéstia, considero que sou apenas uma rapaz simples do campo que quis criar o seu trabalho”.

Carlos Mendes Gonçalves, António Oliveira (Oli – Sistemas Sanitários, António Carlos Rodrigues (Casais), Guy Villax (Hovione) e Rupert Symington (Symington) são cinco empreendedores finalistas deste prémio que anteriormente distinguiu Belmiro Azevedo (Sonae), Carlos Moreira da Silva (BA) ou António Amorim (Corticeira Amorim). O vencedor será conhecido em abril.

O EY Entrepreneur of The Year é considerado o mais antigo prémio de empreendedorismo a nível global. O galardão começou a ser entregue nos EUA em 1986. Seguiram-se edições regionais e nacionais nos mercados onde a EY opera. Atualmente é organizado em 145 cidades e mais de 60 países. Entre os vencedores estão gestores como Michael Dell (Dell Computers), Jeff Bezos (Amazon), Jeff Weiner (LinkedIn) ou Serguei Brin/Larry Page (Google).

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