PLMJ é a sociedade de advogados que mais aparece nos media

A PLMJ foi a sociedade de advogados mais referenciada pelos media nos primeiros meses de 2021, em parte pelo caso Football Leaks. VdA e Abreu seguem na tabela.

Um recente estudo da CARMA, multinacional especializada em Media Intelligence e Análise de Informação de Media, revelou que a PLMJ foi a sociedade de advogados mais referenciada pelos media nos primeiros meses de 2021. No top 3 ficaram ainda a Vieira de Almeida (VdA) e a Abreu Advogados.

O relatório da CARMA monitorizou todas as sociedades de advogados em Portugal e chegou a um ranking com o top 10 das sociedades mais mencionadas nos media nacionais. A PLMJ atingiu o top da tabela, com 25% do volume de artigos, e conseguiu que os artigos que a referenciaram alcançassem a maior audiência entre todos as restantes firmas. A reabertura dos processos judiciais mediáticos Football Leaks/Luanda Leaks, viraram de novo os holofotes dos media e trouxeram maior mediatismo ao maior escritório de advogados do mercado.

Em segundo lugar na tabela ficou a VdA, como um volume de artigos publicados a rondar os 16%, seguida pela Abreu Advogados (10%), Linklaters (10%) e a Morais Leitão (9%).

Fonte: Industry Media Outlook – Legal – Portugal – 1º Trimestre 2021 – CARMA

“Num setor extremamente competitivo e com casos cada vez mais mediáticos, que expõem cada vez mais os profissionais da área jurídica, as sociedades de advogados comunicam cada vez mais sobre as diversas áreas do direito“, refere a CARMA.

Já o meio de comunicação que publica mais artigos sobre o setor é o ECO/Advocatus, seguido pelo MSN Portugal, Jornal Económico, Observador e Executive Digest.

O relatório aponta ainda que no primeiro trimestre de 2021 o tema da Covid-19 continuou a dominar em todos os setores da economia, mas existiram outras histórias que marcaram a advocacia.

Entre elas estão os apoios do estado às famílias e empresas e a legislação que os regula que foram alvo de análise e pareceres das mais variadas firmas, a reabertura dos processos judiciais mediáticos Football Leaks/Luanda Leaks, viraram de novo os holofotes dos media para empresas como o Novo Banco e a Doyen e trouxeram maior mediatismo à PLMJ e à Linklaters. Já os Chambers Europe Awards 2021 foram também um dos assuntos transversais à maioria das sociedades de advogados.

“A assessoria das sociedades de advogados em negócios de grandes empresas nacionais e internacionais tornaram-nas mais mediáticas e neste primeiro trimestre do ano são de destacar a admissão à bolsa da Greenvolt, a OPA à Semapa, a aquisição da Chocolates Imperial pela Valor, a venda da participação da Impresa na Vasp e na Lusa, entre outras”, refere a CARMA.

De acordo com o managing director da CARMA em Portugal & África, Luís Garcia, “tem-se notado um grande crescimento do mercado da advocacia em Portugal e uma aposta das grandes sociedades em trabalhar a sua comunicação e reputação, alavancando o desenvolvimento dos seus negócios”.

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Vendas a retalho e emprego animam Wall Street

Os dados das vendas a retalho registadas em março e os números do emprego estão a puxar os mercados norte-americanos para o verde. Resultados do setor financeiro também dão alento aos investidores.

Wall Street arrancou a penúltima sessão da semana em “terreno positivo”, com os investidores animados face à evolução dos números do desemprego nos EUA — as inscrições tocaram no nível mais baixo desde o início da crise pandémica — e à forte recuperação das vendas a retalho em março, o que está a reforçar o sentimento de esperança em torno da retoma económica. Os resultados do setor financeiro também estão a dar alento.

O índice de referência dos mercado norte-americano, o S&P 500, segue a valorizar 0,37% para 4.139,76 pontos. Também no “verde”, o industrial Dow Jones avança 0,17% para 33.788,53 pontos e o tecnológico Nasdaq sobe 0,9% para 13.989,23 pontos.

Depois de, no início da semana, o sentimento em Wall Street ter sido penalizado pela decisão das autoridades norte-americanas de suspenderem a administração da vacina da Johnson&Johnson contra a Covid-19, os investidores voltaram a ganhar algum alento com os dados fortes das vendas a retalho — depois do Governo norte-americano ter distribuído mais apoio pelos cidadãos –, que reforçam a expectativa de uma retoma económica forte.

A contribuir para esse otimistas está a evolução do desemprego — na última semana, soube-se estar quinta-feira, as inscrições tocaram no nível mais baixo desde o início da crise — e os resultados trimestrais apresentados pela banca.

Depois do Goldman Sachs, do Wells Fargo e do JPMorgan, esta quinta-feira foi a vez do Bank of America e do BlackRock apresentarem os seus números (animadores) relativos ao período entre janeiro e março de 2021. Os títulos da BlackRock somam 2,25% para 820 dólares. Por outro lado, os títulos do Bank of America recuam 3,43% para 38,54 dólares.

Na sessão desta quinta-feira, destaque também para as ações das cotadas tecnológicas, que estão a recuperar das perdas registadas na quarta-feira. Os títulos da Apple valorizam 1,84% para 134,46 dólares, os da Microsoft avançam 1,17% para 258,58 dólares, os do Facebook sobem 1,18% para 306,39 dólares e os da Amazon somam 1,34% para 3.377,62 dólares.

Ainda no setor tecnológico, as ações da Dell disparam 5,07% para 97,44 dólares, depois da Evercore e da Credit Suisse terem revisto em alta os seus preços-alvo para as ações da empresa.

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Já foram entregues mais de 2 milhões de declarações de IRS

Já se atingiu a fasquia das 2 milhões de declarações de IRS entregues à Autoridade Tributária, cerca de duas semanas depois de arrancar o prazo.

Duas semanas depois de arrancar o prazo, já foram entregues mais de 2 milhões de declarações do IRS à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Os contribuintes estão a submeter as declarações a um ritmo rápido, já que esta fasquia foi atingida ligeiramente mais cedo do que na campanha do ano passado.

São já 2.090.860 as declarações submetidas até esta quinta-feira, 15 de abril, segundo os dados que constam no site do Fisco. A campanha do IRS arrancou oficialmente a 1 de abril, mas, tal como em anos anteriores, já foi possível simular e entregar no dia 31 de março. O prazo estende-se até 30 de junho.

Este ano são também mais as pessoas que estão abrangidas pelo IRS automático, com a funcionalidade a chegar a mais 250 mil contribuintes. Pela primeira vez, alguns trabalhadores independentes também terão acesso a esta funcionalidade, que deixa, assim, de estar disponível apenas para trabalhadores por conta de outrem e pensionistas.

A AT já liquidou até agora 73.155 das declarações de IRS entregues e destas, 54.492 deram origem a reembolsos no valor de 51,1 milhões de euros, segundo os dados do Ministério das Finanças divulgados esta quinta-feira. Estes números traduzem-se num reembolso médio da ordem dos 990 euros.

Entre estas primeiras liquidações há ainda 4.500 notas de cobrança e 14.163 situações em que não há lugar nem a reembolso nem ao pagamento de imposto.

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PRR terá um impacto de 22 mil milhões na economia

Ministro das Finanças revelou que é graças ao Plano de Recuperação e Resiliência e às perspetivas positivas do plano de vacinação que vai ser possível Portugal crescer 4% este ano e 4,9% no próximo.

O ministro das Finanças revelou que, até 2025, o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) vai ter um impacto de 22 mil milhões de euros na economia.

Na apresentação das linhas gerais do Programa de Estabilidade esta quinta-feira, João Leão sublinhou que é graças ao impacto positivo do PRR, mas também do plano de vacinação, que a economia nacional vai crescer 8,9% nos próximos dois anos: 4% este ano e 4,9% no próximo.

“Sem perder de vista a sustentabilidade das contas públicas”, João Leão frisou “o forte impulso que o PRR” dará ao desempenho da economia” e lembrou que este instrumento “tem dimensões muito importantes de reforço da capitalização das empresas e de investimento do setor privado e também do setor público”

Na conferência de imprensa onde fez uma breve apresentação do Programa de Estabilidade 2021-2025, o ministro das Finanças lembrou ainda que “o PRR tem um impacto positivo nas contas externas do país”.

A estimativa de 22 mil milhões tem como limite o horizonte temporal do Programa de Estabilidade 2021-2025, mas este impacto até poderá ser maior já que o PRR tem de ser executado até 2026. Mas, o capítulo específico do Plano referente a este impacto ainda não é conhecido já que o Executivo optou por apenas o revelar após a apresentação dos Programa de Estabilidade que será entregue esta tarde na Assembleia da Republica.

O PRR, que prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções, tinha uma estimativa inicial de impacto positivo, em outubro quando foi conhecida a primeira versão, de 0,4 pontos percentuais no Produto Interno Bruto (PIB) do país só este ano. Apesar de o país ainda não ter acesso a estas verbas, o orçamento do Estado dispõe de um mecanismo que permite a antecipação de verbas e assim alavancar os investimentos.

O Banco de Portugal, por sua vez, também já fez os cálculos e apontou para um impacto da “bazuca” entre 1,1% e 2,0% no Produto Interno Bruto (PIB) até 2026. A instituição liderada por Mário Centeno alertou contudo para os “fatores de incerteza inter-relacionados que podem condicionar os resultados apresentados”, nomeadamente questões de implementação e governação do Plano.

No documento final que será entregue em Bruxelas na segunda-feira, de acordo com o ministro do Planeamento, haverá um capítulo específico sobre o impacto macroeconómico do PRR.

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Mais pequena e com rendas acessíveis, torre da Portugália tem luz verde da Câmara de Lisboa

A Câmara de Lisboa aprovou as alterações feitas ao projeto da torre no quarteirão da Portugália, em Lisboa. Edifício será mais pequeno e terá um hotel e habitação de renda acessível.

Muito se tem escrito sobre o famoso quarteirão da Portugália, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa. Os planos iniciais previam uma torre de 60 metros mesmo no centro da cidade, mas perante a polémica o projeto a acabar mesmo por ser chumbado pela Câmara de Lisboa (CML), tal como o ECO noticiou na altura. Agora, a proposta foi reformulada e a altura da torre diminuiu para menos de metade, prevendo-se ainda um hotel e casas de renda acessível, tal como exigido pela autarquia. Esta quinta-feira, o projeto acabou por receber “luz verde” da CML, sabe o ECO.

A história remonta a maio de 2019, quando foi noticiado pela primeira vez que um fundo alemão tinha intenções de investir cerca de 40 milhões de euros no “Portugália Plaza”, um projeto que previa a construção de quatro edifícios, entre os quais uma torre com 60 metros de altura, distribuídos por 16 pisos, mesmo no coração da capital. Em cima da mesa estava uma proposta para 85 apartamentos, 16 escritórios e espaços de cowork, uma zona comercial, 413 lugares de estacionamento para automóveis e 99 para motas.

Não tardou até se instalar a polémica entre moradores da zona e arquitetos, que apontavam o dedo à volumetria do projeto e ao seu enquadramento naquela zona. Foi criado mesmo o movimento “Stop Torre 60m Portugália“, que afirmava ser “inaceitável” e uma “agressiva interferência no sistema de vistas da cidade” aquele tipo de construção. “A construção (…) cria uma violenta área de sombras sobre as ruas e casas circundantes”.

Projeto inicial do Portugália Plaza, na Avenida Almirante Reis.D.R.

O projeto foi depois mudado, passando para 49 metros de altura, e recebeu “luz verde” do Departamento de Urbanismo da CML. Mas, em julho de 2020, a autarquia acabou por chumbá-lo em reunião camarária, tal como o ECO noticiou na altura. “Percorrido este processo de análise (…) e a ponderação dos contributos dos que participaram no debate público, bem como as opiniões de especialistas independentes, (…) os serviços de Urbanismo entendem que o projeto deve ser indeferido”, lê-se no site da autarquia.

Entre os incumprimentos apontados na altura para este chumbo estavam o facto de que “o edifício não constitui efetivamente um remate de quarteirão”. Ainda assim, o projeto ainda podia ser viabilizado, desde que fosse reformulado e cumprisse algumas condições. Uma delas era que “as cedências obrigatórias para compensação ao município deverão ser em habitações para renda acessível, a transmitir em propriedade plena à CML”.

Projeto reformulado após chumbo. Altura cai para menos de metade

Entretanto, o projeto foi reformulado para atender às exigências de Fernando Medina. Assim, de acordo com a nova proposta a que o ECO teve acesso, naquela área de 6.739,77 metros quadrados propõem-se construir edifícios com uma altura máxima de 23,26 metros: oito pisos acima do solo e dois na cave, destinados a estacionamento. Em causa está uma área total de “24.976,17 metros quadrados de superfície de pavimento”.

O Projeto de Informação Prévia (PIP) divide-se em duas parcelas: a norte e a sul. Da primeira fazem parte a Cervejaria Portugália e a antiga Fábrica de Cerveja, que os promotores pretendem reabilitar e ampliar. Além disso, está prevista a construção de dois novos blocos destinados a habitação, comércio e serviços, lê-se na memória descritiva do projeto. Por sua vez, para a parcela sul, está prevista a construção de um edifício constituído por dois blocos destinados também a habitação, comércio, serviços e turismo.

Assim, o projeto prevê a construção de 86 a 97 apartamentos T1 a T4 (numa área total de 9.471,99 metros quadrados) e um hotel com 132 a 165 quartos e 35 a 40 apartamentos turísticos, numa área total de 7.096,45 metros quadrados (nesta zona há ainda a possibilidade de se construir uma residência estudantil). Estão ainda previstos 5.060,39 metros quadrados para comércio e 3.167,3 metros quadrados de serviços.

E, tal como exigido pela CML, o projeto prevê a possibilidade de “ser constituída habitação para arrendamento acessível dentro ou fora da parcela”, numa área total de 1.066 metros quadrados, lê-se na memória descritiva. Estas unidades serão afetas ao Programa de Renda Acessível da autarquia. Haverá ainda 2.434 metros quadrados de espaços verdes e cai, assim, a ideia de implementar no projeto uma creche.

Projeto aprovado com votos a favor do PS e PSD

Na passada quinta-feira, o PIP do projeto foi levado a reunião de Câmara, mas acabou adiado a pedido dos vereadores do PCP, que defenderam que o relatório da participação pública deveria ser tornado público. O vereador do Urbanismo da autarquia, Ricardo Veludo, admitiu essa possibilidade, mas, citado pela Lusa, disse “não compreender a necessidade de mais discussão pública”.

Hoje, uma semana depois, o tema foi novamente a reunião de câmara, tendo acabado por receber “luz verde”, com os votos a favor dos vereadores do PS e PSD, a abstenção do CDS e os votos contra do Bloco de Esquerda e do PCP, apurou o ECO. Contudo, o relatório de participação pública [com participações dos habitantes de Lisboa] acabou por não ser revelado, como explicou ao ECO Ana Jara, vereadora do PCP.

“Este processo suscitou uma participação pública que bateu recordes e recebemos o projeto sem ter a informação dessa participação“, disse, referindo desconhecer de que forma é que o projeto responde às participações que recebeu. “A CML poderia ter respondido dessa forma, devolvendo o projeto a quem nele participou”, mas isso não aconteceu. O ECO questionou a CML sobre este relatório, mas até ao momento de publicação deste artigo não obteve qualquer resposta.

Este processo suscitou uma participação publica que bateu recordes e recebemos o projeto sem ter a informação dessa participação.

Ana Jara

Vereadora do PCP na Câmara de Lisboa

Outro dos motivos que explicam o voto do PCP tem a ver com os 25% de área que serão destinados a turismo e com as consequências para a zona envolvente. “Um projeto turístico com esse enquadramento não nos parece que possa fazer sentido numa avenida tão importante”, afirma Ana Jara. “A nossa crítica tem a ver com esse alheamento [por parte da CML] das questões de planeamento daquele pedaço de cidade”.

Por sua vez, o Bloco de Esquerda justifica o voto contra com três argumentos: “Ser mais um hotel numa cidade que já mostrou precisar de investimentos mais diversificados; não haver equipamento social, nomeadamente a creche, numa zona que precisa e que vai ter mais densidade populacional e o facto de as pessoas não terem sido ouvidas, apesar da polémica inicial“, disse fonte oficial dos bloquistas ao ECO.

A abstenção do CDS tem a ver com o facto de o partido já ter denunciado “o atentado urbanístico que foi a primeira versão com uma torre de muitos andares”. Ao ECO, o vereador João Gonçalves Pereira acrescenta: “A nossa pressão fez a Câmara e o promotor recuarem para termos menos altura do edificado e menos construção. Vamos ter algo mais equilibrado com o contexto urbanístico da zona“. O partido vai apresentar uma proposta de alteração para que o licenciamento tenha de ser aprovado em reunião de Câmara.

Já o PSD justifica que “esteve na primeira linha para travar a torre da Portugália”. Ao ECO, o vereador João Pedro Costa afirma que “a solução agora apresentada é equilibrada, permite o atravessamento e o acesso a um logradouro de uso público e a um equipamento de utilização coletiva e reabilita as instalações da Portugália”.

Atual estado do Quarteirão da Portugália, na Avenida Almirante Reis.CML

Por trás deste projeto está o Fundo Imobiliário Fechado Sete Colinas, criado em 2016, e pertencente a um grupo de investimento alemão com uma vasta carteira de investimentos imobiliários em Lisboa. A coordenar todos os projetos deste fundo — incluindo o quarteirão da Portugália — estava a Essentia. Mas isto até ao chumbo da CML. Depois disto, tal como noticiou o ECO em setembro do ano passado, a Essentia foi dispensada pelos alemães.

Na altura, como explicou ao ECO José Gil Duarte, CEO da Essentia, este despedimento tinha a ver com o facto de o investidor querer “diminuir a intensidade dos investimentos”, “não se justificando uma equipa tão transversal e completa”. Depois disso, a Essentia avançou mesmo com um processo de despedimento coletivo. Para a substituir, o fundo contratou a empresa Lace Investments Partners.

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Advogados obrigados a trabalhar presencialmente sem regras de segurança anti-Covid

Advogados são obrigados a esperar em salas exíguas, sem ventilação natural e algumas sem luz natural. DGAJ mantém a regra de escalas presenciais. OA e Bloco de Esquerda já se manifestaram contra.

Os advogados estão a ser obrigados a trabalhar presencialmente nos tribunais — no que às escalas de defesas oficiosas toca — apesar de algumas instalações não terem as condições de segurança exigidas pela DGS para a prevenção da pandemia. “No local Criminal e Juízo de Instrução, por exemplo, chegam a estar seis a oito advogados na sala, o que não permite sequer garantir o distanciamento”, explica uma advogada, numa denúncia enviada à Advocatus.

Desde o início do confinamento que a Direção-Geral de Administração da Justiça permitia aos advogados inscrito no sistema de Acesso ao Direito a não obrigatoriedade de estar presencialmente nos tribunais, desde que, mal fossem chamados, comparecessem “no mais curto espaço de tempo”. Esta regra foi sendo renovada sucessivamente, mantendo-se em vigor até ao dia 5 de abril, último dia das férias judiciais da Páscoa. Nesse dia, a DGAJ fez saber que não iria manter essa medida. Decisão que não agradou a classe.

Segundo comunicado do Conselho Geral da OA, “efetivamente, os inúmeros surtos da Covid-19 ocorridos nos Tribunais demonstraram que os mesmos são lugares inseguros em relação à propagação do vírus. Por outro lado, o Ministério da Justiça apenas se preocupou em proceder à vacinação de magistrados, não fornecendo vacinas aos advogados e funcionários, não existindo assim a proteção que se impunha para uma reabertura segura dos Tribunais”.

A Ordem dos Advogados transmitiu esse seu entendimento à DGAJ mas a opinião da mesma foi a de que a atual situação da pandemia “não justificava a prorrogação por mais tempo deste regime de escalas presenciais”, pelo que não aceitou prorrogar novamente este regime. “Infelizmente por isso os Tribunais irão voltar precipitadamente ao anterior regime de escalas presenciais no Sistema de Acesso ao Direito e Tribunais (SADT). Recomenda-se, por isso, que os colegas que se desloquem a Tribunal tomem o máximo cuidado relativamente a qualquer situação de risco”, concluía o mesmo comunicado.

Contactado pela Advocatus, o bastonário Luís Menezes Leitão garantiu que “a OA teve ocasião de comunicar à Diretora-Geral da DGAJ a nossa frontal oposição a esta alteração, que é da sua exclusiva responsabilidade”, adiantando que já pediu uma audiência urgente à Ministra da Justiça sobre este assunto.

Também o Bloco de Esquerda — numa questão enviada à Ministra da Justiça — considera que “tal decisão não teve em conta a falta de condições de acolhimento na larga maioria dos tribunais de todos os advogados em escala presencial. Só a título de exemplo, a escala presencial do Juízo Local Criminal de Lisboa é composto por oito advogados e a do Juízo de Instrução Criminal de Lisboa inclui sete advogados, sendo que as respetivas salas são exíguas, sem ventilação natural e algumas sem luz natural sequer”, explica o documento a que a Advocatus teve acesso. “Cumpre perguntar de que forma será possível cumprir as regras de distanciamento numa sala de cerca de 2×3 m2, durante várias horas, onde se encontram sete ou oito advogados? A exposição dos advogados ao risco de contágio que resulta da incompreensível recusa de manutenção do Ofício-Circular n.º 15/2020 da DGAJ deve, por isso, ser corrigida com a maior brevidade possível”, dizem os bloquistas.

 

 

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Tribunal decide a favor da CPAS em caso sobre contribuições mensais

Uma beneficiária da CPAS intentou uma ação contra a CPAS para ver reduzido o montante de contribuição mensal. Mas o Tribunal do Porto considerou a ação improcedente.

O Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto julgou improcedente uma ação administrativa intentada por uma advogada quanto à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), que pretendia ver reduzido o montante de contribuição mensal do 5.º escalão contributivo . Os advogados e solicitadores pagam, em média, mensalmente, no mínimo cerca de 251 euros para a CPAS, independentemente do que ganham de ordenado.

Entre os argumentos apresentados pela beneficiária da CPAS estava que as contribuições para a CPAS deveriam ser calculadas com base nos rendimentos efetivamente auferidos pelos respetivos beneficiários, tendo em conta o princípio da capacidade contributiva, uma vez que as contribuições têm natureza idêntica às da Segurança Social. E por não atender ao real rendimento da autora e por violar o princípio da capacidade contributiva, a beneficiária considera que provoca ainda uma desigualdade manifesta entre os beneficiários, violadora do principio da igualdade.

O Tribunal do Porto considerou que o sistema de previdência da CPAS é instrumento que resulta de “ato legislativo legítimo e respeitador da Constituição, não violando o princípio da igualdade tipificado na lei”. O juiz entendeu ainda que o sistema também não viola o princípio da capacidade contributiva, “uma vez que não se trata de um imposto”.

Outros dos pontos referenciados pela beneficiária foram que ao “impôr uma presunção inilidível de rendimento como base para o cálculo da contribuição, o art.° 799 do Regulamento da CPAS viola o disposto no art.° 73° da Lei Geral Tributária (LGT), que dispõe que as presunções consagradas nas normas de incidência tributária admitem sempre prova em contrário“, lê-se na sentença que a Advocatus teve acesso.

Mas na decisão proferida no final do mês de março, o Tribunal refere que o sistema de contribuição para a CPAS não viola o artigo da LGT, pois o rendimento convencionado não significa a imposição de uma presunção inilidível de rendimento, sendo compatível com a liberdade de escolha de escalão contributivo e condição de sustentabilidade do sistema de previdência.

Por fim, a beneficiária alegou ainda que o ato impugnado é nulo por ofender os direitos fundamentais ao emprego e à dignidade da pessoa humana e que justifica-se o exercício do direito à “resistência fiscal”, consagrado no artigo 103.º, n.°3, da Constituição, face à obrigação tributária que sobre si impende.

A sentença esclarece ainda que não há direito de resistência fiscal nestes casos, por não estarem reunidos os requisitos legais constitutivos deste mecanismo de oposição à cobrança.

Recentemente um relatório do Grupo de Trabalho, que estudou a sustentabilidade da CPAS, concluiu que este mesmo sistema de previdência tem uma sustentabilidade por 15 anos. Segundo o mesmo documento — que ainda não está finalizado mas cujas conclusões o ECO/Advocatus teve acesso e que conta com membros da Ordem dos Advogados e da própria CPAS — as dívidas das contribuições para este sistema de previdência, entre março e julho de 2020, ultrapassaram os 600 mil euros. A CPAS fez ainda 125 acordos de pagamento das contribuições em prestações neste período, para que os advogados pagassem a contribuição a prestações.

De acordo com o mesmo documento, entre maio e junho de 2020, foram aceites 538 pedidos de advogados que pediram para reduzir o escalão, de forma a pagar um valor mais baixo de contribuição e 611 pedidos de pagamento em prestações. Atualmente, no mínimo, qualquer advogado tem de pagar 251 euros à CPAS, independentemente do valor que ganhem ao final do mês. Mas houve também 200 advogados que pediram a redução de escalão que não foram aceites por não preencherem os requisitos necessários, na sua maioria beneficiários já com dívida de contribuições e também alguns beneficiários reformados ou com inscrição cancelada ou suspensa.

Referendo para decidir sobre CPAS marcado para dia 30 de junho

No próximo dia 30 de junho vai ser realizado um referendo que vai decidir o sistema de previdência dos mais de 35 mil advogados: manter a atual CPAS como obrigatória ou poder optar entre esta e o regime geral da Segurança Social.

Em Assembleia Geral, realizada no dia 26 de março, os advogados aprovaram eletronicamente o referendo, numa reunião em que votaram 5465 advogados: 3523 advogado a favor (71%) e 1384 contra (28%).

A discussão sobre o regime de previdência social dos advogados tem sido recorrente ao longo dos anos, mas face ao período de estado de emergência que o país enfrentou, intensificou-se. Durante este período os tribunais estiveram encerrados impedindo que os advogados tivessem direito a qualquer apoio social por parte da CPAS.

Uma vez que os advogados não descontam para a Segurança Social, mas antes para a CPAS, estes profissionais não têm direito aos apoios do Estado. Face à pandemia Covid-19, a OA por várias vezes alertou a direção da CPAS para a adoção de algumas medidas, de forma a garantir o apoio aos beneficiários. Ainda assim, a Caixa de Previdência recusou-se a isentar os associados.

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Cuatrecasas assessora aquisição da empresa proprietária da “Deeply” à Sonae Fashion

A equipa da Cuatrecasas foi constituída por João Mattamouros Resende, sócio da área de societário e M&A, e pelos associados Francisco de Almeida Viegas e João von Funcke.

A sociedade de advogados Cuatrecasas assessorou juridicamente a entidade que adquiriu à Sonae Fashion a empresa Bright Brands Sportsgoods, proprietária da marca de surf “Deeply”, especializada no retalho e marketing de fatos de mergulho e vestuário técnico de surf.

“A Sonae Fashion, entre vários candidatos, selecionou o investidor assessorado pela Cuatrecasas em particular devido ao seu compromisso de continuar a fornecer produtos de excelência da marca “Deeply”, com um plano de negócios focado na inovação, criação de valor e internacionalização da marca”, refere a firma em comunicado.

A equipa da Cuatrecasas foi constituída pelo sócio da área de Societário e M&A João Mattamouros Resende e pelos associados da mesma área João von Funcke e Francisco de Almeida Viegas.

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Morreram duas pessoas com Covid-19. Há mais 501 infetados

Desde o início da pandemia já 829.358 pessoas ficaram infetadas com SARS-CoV-2, das quais 16.933 morreram.

O boletim epidemiológico desta quinta-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que há mais 501 casos e dois óbitos por Covid-19. Desde o início da pandemia já 829.358 pessoas ficaram infetadas com SARS-CoV-2, das quais 16.933 morreram.

Já recuperaram da doença 787.011 pessoas, mais 542 que na quarta-feira. Quanto aos casos ativos, houve um ligeiro decréscimo (menos 43), para um total de 25.414.

Entre os casos ativos, a maioria encontra-se a recuperar em casa, mas estão ainda 423 pessoas hospitalizadas (menos 24 que no dia anterior) e 109 nos cuidados intensivos (menos sete).

Boletim de 15 de abril

As duas mortes registadas no boletim desta quinta-feira ocorreram no Norte. Mais nenhuma região registou óbitos nas últimas 24 horas. Os dados da DGS mostram anda que Lisboa e Vale do Tejo registou 188 novos casos, o Norte 156, o Centro 73, o Algarve 32, o Alentejo 21, os Açores 16 e a Madeira 15.

O boletim epidemiológico dá, por fim, conta de mais 642 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 19.046 pessoas nesta situação.

(Notícias atualizadas às 14h43)

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Apoio do Estado às empresas supera os três mil milhões de euros

O ministro das Finanças calcula que o apoio a fundo perdido do Estado às empresas vá superar os três mil milhões de euros este ano.

O ministro das Finanças, João Leão, disse esta quinta-feira que o apoio a fundo perdido que o Estado está a dar às empresas, nomeadamente através do lay-off simplificado, irá superar os três mil milhões de euros este ano, aumentando “substancialmente” face ao apoio dado em 2020. Este valor corresponde a cerca de 1,5% do PIB, considerando o Produto Interno Bruto no final do ano passado.

Numa conferência de imprensa em que fez uma breve apresentação do Programa de Estabilidade 2021-2025, Leão disse que o Governo está a dar “apoios massivos às empresas”, quer cobrindo custos fixos como os salários quer outros custos. A convicção do ministro das Finanças é a de que “estes apoios vão aumentar de forma substancial face ao ano passado“, superando os três mil milhões de euros a fundo perdido.

Além destes apoios diretos relacionados com o segundo confinamento no início deste ano, o ministro recordou também o impacto positivo do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) nas empresas. “O PRR também tem dimensões muito importantes de reforço da capitalização das empresas e do investimento do setor público e privado“, acrescentou.

Leão adiantou que o PRR vai ter um “poderoso efeito” na economia portuguesa (22 mil milhões de euros ao longo de cinco anos), mas há outros investimentos públicos que também vão dar uma ajuda nos próximos anos. Ainda antes de o PRR chegar ao terreno, haverá outros investimentos que contribuem para um crescimento expressivo, garantiu. A expectativa do Governo é que o investimento na economia portuguesa cresça 8% e que as exportações de bens e serviços subam 7,9% no próximo ano.

O ministro das Finanças reconheceu que o ambiente atual ainda é de “incerteza”, mas argumentou que o plano de vacinação permite dar “perspetivas positivas” para a economia europeia. O crescimento de 9% em 2021 e 2022 é “muito robusto” e permite que a economia fique um ponto percentual acima do nível de 2019 no final do ano passado. Este cenário do Executivo “é muito semelhante” ao de outras instituições que fazem previsões para a economia portuguesa.

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Presidente do SIRESP demite-se do cargo

  • ECO
  • 15 Abril 2021

O presidente do SIRESP, Manuel Couto, ter-se-á demitido do cargo, pouco mais de um ano após a nomeação. Invoca "razões pessoais", segundo o Diário de Notícias.

O general Manuel Couto terá renunciado ao cargo de presidente da empresa que gere o SIRESP, a rede de comunicações de emergência do Estado. A notícia foi avançada pelo Diário de Notícias, que não identifica a fonte da informação.

O jornal refere que o pedido de demissão já estará na posse do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, invocando “razões pessoais” para justificar a saída. A mesma deverá ocorrer ainda em abril, pouco mais de um ano depois da nomeação.

O Estado controla a totalidade do capital do SIRESP desde 2019, sendo que a Altice Portugal e a Motorola têm um contrato para prestação de serviços de gestão da rede. Esse contrato termina no próximo dia 30 de junho de 2021.

O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, disse na quarta-feira ainda não ter sido contactado para falar sobre o SIRESP depois do fim desse contrato, acreditando que a rede irá “acabar” depois desse período.

O Governo criou um grupo de trabalho para decidir o futuro do SIRESP, que terá concluído um relatório em fevereiro deste ano. No entanto, desconhece-se o seu conteúdo.

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Relatório sobre serviço postal universal deverá estar concluído até final do mês

  • Lusa
  • 15 Abril 2021

Contactada pela Lusa sobre o tema, fonte oficial do ministério liderado por Pedro Nuno Santos disse que o "grupo de trabalho está a terminar os seus trabalhos" neste âmbito.

O relatório do grupo de trabalho criado pelo Governo para analisar a evolução do serviço postal universal (SPU) deverá estar “concluído até final do presente mês”, disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Infraestruturas.

Em 18 de fevereiro, foi anunciado, por despacho do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, a criação de um grupo de trabalho para “proceder à análise da evolução” do serviço postal universal.

Contactada pela Lusa sobre o tema, fonte oficial do ministério liderado por Pedro Nuno Santos disse que o “grupo de trabalho está a terminar os seus trabalhos, estimando-se que o relatório esteja concluído até ao final do presente mês”.

De acordo com o despacho, o grupo de trabalho tem como objetivo “proceder à análise da evolução do serviço postal universal, nos termos da Lei Postal, bem como avaliar a necessidade de introdução de ajustamentos no âmbito do SPU e as obrigações do respetivo prestador, tendo na máxima conta que a prestação daquele serviço constitui um instrumento essencial de coesão social e territorial”.

O contrato de concessão do serviço postal universal dos CTT, que estava previsto terminar no final de 2020, foi prorrogado por um ano, até 31 de dezembro de 2021.

“O Governo considera adequado proceder à criação de um grupo de trabalho constituído por representantes do Governo, com o objetivo de proceder à análise da Lei Postal e às necessidades de serviço universal no território nacional cujo resultado dos trabalhos constituirá a base da elaboração do caderno de encargos do procedimento de designação do futuro prestador do serviço postal universal”, adianta o despacho.

O grupo de trabalho é constituído por um representante do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, que presidirá, e um representante do Ministério das Finanças, que poderá ser tecnicamente assessorado por um ou mais representantes da Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom).

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