Como proteger as marcas nacionais?

Depois da polémica à volta da "inspiração" de Tory Burch em marcas e produtos nacionais, nesta Ecoolhunter talks analisamos como se podem proteger as nossas marcas.

Gerou-se uma onda de indignação nacional com a “inspiração” (ou falta dela) por parte de Tory Burch, a designer e empresária norte-americana que apresenta numa coleção produtos muito semelhantes à Camisola Poveira da Póvoa do Varzim e peças também próximas do design da Bordallo Pinheiro.

Cópia ou inspiração, os limites legais, a forma como devemos valorizar os nossos produtos e as nossas marcas encontrando também a fórmula para a viabilidade económica e por onde começar para proteger legalmente as marcas, são temas desta Ecoolhunter Talks que junta Mónica Seabra-Mendes, Especialista na gestão do luxo, Carlos Coelho, Presidente da Ivity Brand Corp. e Gonçalo Sampaio, Sócio da J.E. Dias Costa e Agente Oficial de Propriedade Industrial.

http://videos.sapo.pt/gIZwHdUiNGd6Jsogvw4h

 

 

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Governo ainda não entregou ao Banco de Portugal administração do Banco de Fomento

Os membros do órgão de administração do Banco Português de Fomento têm de ser submetidos ao crivo do Banco de Portugal e da Cresap. Mas ainda não foi enviado oficialmente nenhum nome.

O Banco Português de Fomento já existe há cinco meses, mas continua a funcionar com uma equipa interina. O ECO sabe que ainda não foi enviado nenhum nome para avaliação do Banco de Portugal, nem tão pouco da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap).

O recrutamento, seleção e avaliação dos membros do órgão de administração do banco de fomento está sujeito às regras legais aplicáveis às sociedades financeiras, especificamente no respeitante a requisitos de adequação previstos no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), mas também às normas legais aplicáveis aos gestores públicos, em especial as previstas no Estatuto do Gestor Público. São estes dois pontos, que constam do diploma que regula a atividade e funcionamento do Banco Português de Fomento e aprovou os respetivos estatutos, que forçam que os nomes escolhidos passem pelo crivo do regulador e da Cresap.

Apesar de já estarem escolhidos os nomes de Beatriz Freitas para o cargo de presidente executiva do banco e Vítor Fernandes para chairman, tal como o ECO avançou em primeira mão, nem estes nomes foram entregues formalmente ao Banco de Portugal.

O próprio ministro da Economia lembrou no Parlamento, a 10 de fevereiro, que “a nomeação de titulares para órgãos do Banco de Fomento está sujeito a fit and proper e à verificação de idoneidade pelas autoridades de supervisão nacionais e europeias”. Um esclarecimento que se colocou depois de os deputados atacarem a escolha de Vítor Fernandes, tendo em conta que passou pela administração da Caixa, BCP e do Novo Banco. “O doutor Vítor Fernandes tem uma carreira inteira na banca”, frisou Siza Vieira, relembrando que este não participou nas decisões de crédito da CGD que foram analisadas na comissão de inquérito.

O ECO questionou o Ministério da Economia e o BPF sobre a demora no envio do conselho de administração para as instituições que o devem supervisionar, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

A equipa do Banco de Fomento tem sido conhecida a conta-gotas, com os nomes envoltos em grande sigilo. Oficialmente a resposta tem sido de que “ainda não há qualquer nomeação e não haverá antes de a assembleia geral ter lugar”, mas, tal como o ECO avançou no início de janeiro, a equipa executiva já estava escolhida. No entanto, pelo menos um dos nomes dessa lista de quatro, encabeçada por Beatriz Freitas, já não consta.

As nomeações têm-se revelado difícil, porque muitos dos convites endereçados foram recusados, muitas vezes devido aos valores das remunerações, que são limitadas pelo Estatuto do Gestor Público, tal como o ECO já tinha revelado. Ninguém podia ganhar mais do que o primeiro-ministro (5.436,6 euros), a não ser que optasse pelo salário do seu lugar de origem ou tivesse uma autorização do ministro das Finanças. Para contornar esta questão, o Governo alterou o estatuto do gestor público para poder aumentar o salário dos administradores não executivos.

De acordo com a nova redação do estatuto do gestor público, cujo proponente é o ministério de Siza Vieira, os administradores não executivos passam a ver os seus salários limitados “em metade e em três quartos da remuneração fixa dos administradores executivos”, de acordo com o decreto lei publicado esta segunda-feira em Diário da República.

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CMS tem dois novos sócios: Diogo Pereira e João Leitão Figueiredo

Diogo Pereira, da área de Contencioso, e João Leitão Figueiredo, da área de TMC - tecnologia, media e comunicações, são os novos sócios da CMS Rui Pena & Arnaut.

A CMS Rui Pena & Arnaut aumentou as suas equipas de sócios e associados coordenadores com dois reforços, e a equipa de associados sénior, com doze elementos. Ao grupo de sócios da firma liderada por José Luís Arnaut juntam-se agora Diogo Pereira, da área de Contencioso, e João Leitão Figueiredo, da área de TMC – tecnologia, media e comunicações.

Já os novos associados coordenadores da CMS são Joana Brito Paulo, que integra a equipa de África Lusófona, e Henrique Peyssonneau Nunes, que integra a equipa de Imigração dentro da área de prática de Direito do Trabalho e Fundo de Pensões.

“Esta nomeação de novos sócios e associados coordenadores reflete o reconhecimento do profissionalismo, excelência e entrega dos advogados que fazem parte da equipa da CMS. É igualmente ilustrativo da aposta que fazemos nas nossas pessoas para que olhem para a CMS como o melhor local para construírem uma carreira de excelência”, nota José Luís Arnaut, managing partner da CMS.

Foram também promovidos mais doze associados sénior. São eles, António Menezes, de Público/Energia; Catarina Jorge, de Trabalho & Fundos de Pensões; Cláudia Antunes da Silva, de Contencioso; Celeste Campaniço, de Contencioso; David Luzia Apolónia, de Corporate; Diogo Mafra, de Corporate; Mafalda Silva, de Trabalho & Fundos de Pensões; Manuela Costa, de Contencioso; Miguel Almeida e Costa, de Trabalho & Fundos de Pensões; Sara Nolasco, de Trabalho & Fundos de Pensões; Sofia Costa Lobo, de Trabalho & Fundos de Pensões; e Tiago Magalhães, de Trabalho & Fundos de Pensões.

“Num ano especialmente complexo, e em que a CMS, para além de ter mudado para a Castilho 50, continuou a aprofundar a sua dinâmica internacional, não deixamos de demonstrar junto dos nossos clientes e parceiros que contamos com os melhores profissionais do mercado“, acrescenta José Luís Arnaut.

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Sandra Caria Santos é a nova associada coordenadora da GPA

A nova associada coordenadora da GPA, Sandra Caria Santos, tem centrado a sua prática profissional na área do Direito Bancário.

A GPA – Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados nomeou Sandra Caria Santos como nova associada coordenadora na área do Direito Bancário. A advogada junta-se assim à equipa de oito associados coordenadores já existente.

Com mais de 20 anos de experiência, Sandra Caria Santos tem centrado a sua prática na área do Direito Bancário, inicialmente a nível do contencioso e, nos últimos anos, coordenando uma equipa que apoia uma instituição de crédito nacional na contratação de financiamentos.

Sofia Gouveia Pereira, managing partner da GPA, manifestou o seu apreço pelo trabalho desenvolvido por Sandra Caria Santos enquanto associada, salientando “a capacidade da Sandra na gestão de equipas e clientes, bem como a solidez do seu percurso profissional, sempre alinhada com a missão da GPA – Teaming with our Clients. Building Trust.”

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João Marques integra Cerejeira Namora, Marinho Falcão

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão reforçou a equipa de Privacidade, Digital e Tecnologia com a contratação de João Marques.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão reforçou a sua equipa de Privacidade, Digital e Tecnologia com a integração de João Marques, enquanto of counsel. João Marques transita da Comissão Nacional de Proteção de Dados.

“A chegada do João é fruto do percurso que temos vindo a trilhar com uma resposta efetiva às necessidades do mercado e às solicitações dos nossos clientes que, mais do que nunca, procuram respostas que aliam a inovação, o digital e a tecnologia às soluções jurídicas”, nota Eduardo Castro Marques, sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão.

A sociedade tem vindo a apostar na área de Privacidade, Digital e Tecnologia nos últimos anos que se traduziu numa procura crescente nos inúmeros vetores de atuação. “Esta integração de um profissional de mérito e reconhecimento público assinalável vem reforçar o posicionamento estratégico outrora definido com o objetivo de continuar a acrescentar valor aos seus clientes, garantindo uma resposta transversal nos vários domínios”, refere a firma em comunicado.

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Dívida pública dispara para novo recorde de 274,1 mil milhões

A dívida pública, na ótica de Maastricht, acelerou 4,2 mil milhões de euros em fevereiro para os 274,1 mil milhões de euros. Subida "refletiu essencialmente emissões de títulos de dívida", diz BdP.

A dívida pública, na ótica de Maastricht (a que interessa a Bruxelas), subiu 4,2 mil milhões de euros em fevereiro para os 274,1 mil milhões de euros, um novo recorde, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). “Esta subida refletiu essencialmente emissões de títulos de dívida, no valor de 4,2 mil milhões de euros”, sinaliza a instituição.

Este recorde é assim atingido após a primeira emissão de dívida sindicada do ano, em fevereiro. Portugal financiou-se em 3 mil milhões de euros numa emissão de dívida de muito longo prazo que gerou forte interesse junto dos investidores: a procura superou os 40 mil milhões.

Apesar de ter mais dívida, o custo dessa dívida é cada vez mais baixo, devido aos juros mínimos no financiamento. Na emissão sindicada, a taxa de juro de pouco mais de 1% representou “uma poupança significativa para o país e para os contribuintes”, segundo sinalizou na altura o Ministério das Finanças.

O BdP dá ainda conta de que os depósitos das administrações públicas aumentaram 2,0 mil milhões de euros em fevereiro. “A dívida pública líquida de depósitos aumentou 2,2 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, para 248,8 mil milhões de euros”, segundo a nota de informação estatística.

O rácio da dívida pública portuguesa subiu de 117,2% do PIB em 2019 para 133,7% do PIB em 2020, um novo recorde provocado pela crise pandémica, acima do anterior pico de 132,9% em 2014. Para este ano, o Governo antecipava, no Orçamento do Estado para 2021, uma redução para 130,9% do PIB, mantendo-se a trajetória de redução da dívida nos anos seguintes. Contudo, o número deverá ser revisto em alta.

(Notícia atualizada às 11h50)

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Portugal quer até 4,25 mil milhões em dívida de curto prazo

O IGCP vai recorrer a leilões de dívida de longo prazo para obter financiamento, mas também a operações de curto prazo. Conta emitir até 4,25 mil milhões em bilhetes do Tesouro neste trimestre.

Portugal vai regressar em breve aos mercados para se financiar. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai recorrer a emissões de obrigações do Tesouro, mas também a bilhetes. Em dívida de curto prazo conta obter até 4,25 mil milhões de euros neste segundo trimestre do ano.

“O IGCP prevê emissões de obrigações do Tesouro através da combinação de sindicatos e leilões”, sendo esperadas colocações de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão. Estes leilões serão “realizados à 2.ª ou 4.ª quartas-feiras de cada mês”, nota o IGCP.

Além dessas operações, em que Portugal tem beneficiado de juros muito baixos, à boleia da “bazuca” do Banco Central Europeu, pretende manter operações de financiamento de curto prazo regulares, nas quais tem alcançado sucessivamente taxas negativas.

A primeira operação com bilhetes do Tesouro vai ter lugar a 21 de abril, com um leilão a três e 11 meses com o qual pretende encaixar até 1.250 milhões de euros, estando agendado outro idêntico para junho, com o mesmo valor indicativo.

Em maio, o IGCP conta realizar um leilão a seis e 12 meses, com o lançamento de novas linhas para estas maturidades, sendo que neste caso o montante máximo a emitir será até 1.750 milhões de euros.

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Tribunal condena Anacom e ameaça anular leilão do 5G

A Anacom foi condenada em dezembro a readmitir uma empresa ao concurso para fazer a plataforma do leilão do 5G. Mas a venda foi adiante e, se a Justiça mantiver sentença, processo pode ficar ameaçado.

O leilão do 5G está novamente envolto em polémica, depois de uma decisão judicial agora conhecida ameaçar anular todo o processo. Em causa está o concurso público lançado pela Anacom há um ano para escolher a empresa que ficaria responsável por desenvolver a plataforma para o leilão.

A ANO – Sistemas de Informática e Serviços, uma empresa que tinha concorrido ao referido procedimento, não concordou com a decisão do júri de excluir a sua proposta. Por isso, decidiu avançar contra a Anacom num processo interposto no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, na expectativa de ser readmitida.

O tribunal concordou. A sentença, a que o ECO teve acesso, foi proferida em dezembro de 2020 e, nela, a juíza Clara Ambrósio dá razão ao argumento da ANO de que não havia lugar à exclusão da sua proposta. Desta feita, julgou “procedente o pedido de anulação do ato de exclusão” da proposta da ANO e condenou a Anacom “a admitir os atos administrativos devidos no tocante à posição jurídica” da ANO no concurso público em questão.

Mesmo assim, a Anacom decidiu dar continuidade ao leilão. A operação dura há 54 dias e o valor das frequências na fase principal aproxima-se dos 270 milhões de euros. Uma fase inicial destinada aos “novos entrantes” já foi mesmo concluída, sabendo-se que a Másmóvil terá sido uma das vencedoras.

Facto é que, à data da decisão, o concurso público já tinha terminado há muito. Foi em março de 2020 que o presidente da Anacom, João Cadete de Matos decidiu adjudicar o desenvolvimento da plataforma eletrónica do leilão à Ubiwhere, uma empresa portuguesa de tecnologia com sede em Aveiro, liderada por Rui Arnaldo Costa e Nuno Ribeiro. A adjudicação do projeto foi feita por 119,8 mil euros mais IVA.

Esta, por sua vez, também já tinha estado nas notícias por causa do leilão do 5G. A Ubiwhere foi acusada pela Altice Portugal, concorrente no leilão, de ter ligações à Vodafone. No entanto, como o ECO noticiou em novembro, a empresa também tinha ainda ligações à própria Altice, tendo garantido publicamente ser “idónea” para desenvolver o referido software.

Face a tudo isto, a decisão do tribunal nortenho lança mais uma dose de incerteza sobre o leilão de frequências do 5G, numa altura em que têm sido sucessivos os pedidos de suspensão por parte das operadoras envolvidas, para além das muitas críticas contra o regulamento. A notícia desta sentença foi avançada primeiro pelo jornal i.

Anacom “discorda” e recorre da decisão

Contactada pelo ECO, a Anacom confirmou ter recorrido da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto.

“Nos termos previstos na lei e no exercício de um direito que lhe assiste, a Anacom apresentou recurso da decisão do tribunal administrativo de primeira instância, por discordar da mesma, pelo que, não tendo ainda a referida sentença transitado em julgado, não cabe, na presente data, proceder à execução da mesma”, afirmou fonte oficial.

No entanto, não é claro como poderá ser desatado este nó se a Justiça decidir manter a condenação, obrigando a Anacom a reabrir o concurso público. O desenvolvimento de um novo software poderia levar meses e a anulação do leilão em curso poderia abrir margem a forte litigância pelas operadoras, nomeadamente os “novos entrantes” que já compraram as frequências numa primeira fase, bem como a indemnizações.

Para já, a Anacom está confiante de que a sentença não vai afetar a venda das licenças para a quinta geração de rede móvel de comunicações. Fonte oficial do regulador das comunicações indica que, “se o tribunal de recurso mantiver a sentença de primeira instância, a Anacom analisará o acórdão que vier a ser proferido e, em função do teor do mesmo, avaliará a situação em concreto de entre as diversas alternativas legalmente previstas”.

Questionada, em concreto, se existe risco de o leilão vir a ser anulado, o regulador respondeu: “O atual leilão de 5G foi promovido para concretização do interesse público inerente ao mesmo, pelo que a Anacom assegurará, com base no quadro legal em vigor, a concretização do mesmo — donde o atual processo contencioso não afetará a tramitação e o resultado do procedimento do leilão”.

Redundância do leilão é o e-mail

A sentença da juíza Clara Ambrósio lança ainda alguma luz sobre o conteúdo das propostas apresentadas à Anacom e até sobre a própria plataforma em que decorre, atualmente, a venda das licenças do 5G.

Um dos aspetos centrais da litigância desencadeada pela ANO prende-se com uma exigência do caderno de encargos, relacionada com a estipulação de um mecanismo de redundância para que o leilão não tenha de parar em caso de falha na plataforma eletrónica.

Ora, a presumível inexistência de um sistema redundante esteve na base da exclusão da candidatura da ANO, mas também da vencedora Ubiwhere numa fase inicial. De facto, de acordo com a sentença, a adjudicação do contrato de desenvolvimento da plataforma foi atribuída a uma terceira concorrente, a OMIP (existia ainda uma quarta concorrente, a alemã Specure, mas a sua proposta foi excluída por vir em inglês, violando as regras do concurso).

O júri do concurso público defendeu, numa primeira fase, que a proposta da Ubiwhere não previa um verdadeiro mecanismo de redundância — se a plataforma falhasse, a opção seria continuar o leilão por carta ou retomar o mesmo num outro dia.

Porém, numa segunda análise, após requerimento da própria, o júri terá mudado de ideias, considerando que a proposta da Ubiwhere contemplava, na verdade, um sistema de redundância válido: o email. Será este, por isso, o atual mecanismo de redundância do leilão do 5G.

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Paula Amorim investe 10 milhões em hotel de luxo na Avenida da Liberdade

A empresária vai inaugurar um hotel de luxo em Lisboa, estreando-se, assim, no setor hoteleiro. JNcQUOI House deverá ser inaugurado no início de 2023.

A empresária Paula Amorim vai investir cerca de dez milhões de euros num hotel na Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde já espaços de restauração e de retalho, avança o Expresso. Mas, ao mesmo tempo, vai desfazer-se das três lojas de luxo que tem na mesma rua.

Vai chamar-se JNcQUOI House, está atualmente em construção e deverá ser inaugurado em 2023. De acordo com a informação adiantada por Paula Amorim ao Expresso, este boutique hotel terá 21 quartos e um “ambiente único e sofisticado”.

O ECO sabe que o Grupo Amorim Luxury é apenas arrendatário do imóvel, uma vez que o mesmo é propriedade do fundo holandês ProWinko. O edifício, localizado no número 189 da Avenida da Liberdade, foi outrora o Veneza Inn Lisbon, que entretanto encerrou portas. Uma vez concluído o hotel de Paula Amorim, o atual edifício laranja vai tornar-se azul, apurou o ECO, tal como mostra o esquema de imagens seguintes.

Em linha com esta abertura, o Grupo Amorim Luxury vai, em contrapartida, desfazer-se das três lojas de vestuário de luxo que detém na Avenida da Liberdade. A Fashion Clinic, no Forum Tivoli e ainda a Gucci, que abriu portas no verão de 2020, vai passar a ser assumida pela própria marca, enquanto o espaço da Dolce&Gabanna, que abriu ao público em abril de 2020, deverá passar para as mãos de uma “reputada marca de luxo internacional”, adiantou Paula Amorim ao Expresso.

Todos os membros do Clube JNcQUOI terão “acesso privilegiado a todos os espaços do Amorim Luxury”, onde se incluem as lojas, os restaurantes, o hotel e também a Herdade da Comporta, adiantou a empresária. A este investimento somam-se 22 milhões que o Grupo Amorim Luxury está a fazer na mesma avenida, sobretudo na moda e restauração. Por todo o país, em carteira, estão cerca de 450 milhões de euros em investimentos.

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OMS critica lentidão “inaceitável” da vacinação na Europa

  • Lusa
  • 1 Abril 2021

“As vacinas são a nossa melhor saída para a pandemia", refere o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, que destaca ainda que a situação na Europa é "a mais preocupante" dos últimos tempos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) criticou esta quinta-feira a lentidão “inaceitável” da vacinação contra a covid-19 na Europa, que enfrenta a “mais preocupante” situação epidémica em “meses”.

“O ritmo lento da vacinação prolonga a pandemia”, lamentou o braço europeu da organização das Nações Unidas, sublinhando que o número de novos casos na Europa aumentou fortemente nas últimas cinco semanas.

“As vacinas são a nossa melhor saída para a pandemia. Não só funcionam, mas também são muito eficazes na limitação de infeções. No entanto, a aplicação dessas vacinas está a decorrer a uma lentidão inaceitável”, disse o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, citado num comunicado de imprensa.

“Precisamos acelerar o processo aumentando a produção, reduzindo as barreiras à entrega da vacina e usando qualquer dose que tivermos em ‘stock’“, disse Kluge.

“Atualmente, a situação regional é a mais preocupante que temos observado há vários meses”, disse o responsável.

Na região da OMS na Europa, que inclui cerca de cinquenta países, incluindo a Rússia e vários Estados da Ásia Central, o número de novas mortes ultrapassou 24.000 na semana passada e está “rapidamente” a aproximar-se da marca de um milhão, segundo a organização.

O número semanal de novos casos chegou a 1,6 milhões. Há apenas cinco semanas, os números haviam caído para menos de um milhão, apontou a OMS.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2,8 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 128,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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UE exportou mais de 40% das vacinas contra a Covid-19 que produziu

Enquanto todas as doses da vacina contra a Covid-19 produzidas no Reino Unido e nos Estados Unidos foram para consumo doméstico, a UE exportou 42% das doses que produziu.

Mais de 40% das vacinas contra a Covid-19 produzidas na União Europeia (UE) foram exportadas, de acordo com os dados da consultora britânica Airfinity, o que corresponde a cerca de 46 milhões de doses. Por outro lado, todas as vacinas produzidas no Reino Unido e nos Estados Unidos foram para consumo doméstico.

Os dados foram divulgados pela economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, que escreveu no Twitter que “muito mais oferta [de vacinas contra a Covid-19] está a caminho, mas todos os países vão ter de partilhar”. A economista defende que é “essencial vacinar os mais vulneráveis ​​do mundo agora para o benefício de todos”, sendo que “a pandemia não acaba até que acabe em todos o lado”.

O Reino Unido terá produzido cerca de 16 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, que foram todas utilizadas no país. O país vai concentrar os esforços em vacinar toda a sua população adulta, para depois sim partilhar as vacinas excedentes com outros países, como a vizinha Irlanda, disse esta terça-feira o secretário de Estado dos Negócios britânico, Kwasi Kwarteng, à Sky News.

Mais de 30 milhões de habitantes do Reino Unido já foram vacinados com a primeira dose, sendo um dos mais rápidos do mundo, mas o Governo britânico tem como objetivo administrar a primeira dose em todos os adultos até o final de julho.

Já a produção nos Estados Unidos atingiu os 164 milhões de doses, também consumidas internamente, segundo os dados da Airfinity. O país encontra-se entre aqueles que já vacinaram mais pessoas por 100 habitantes (43,60 doses por 100 pessoas), segundo os dados da plataforma Our World in Data da Universidade de Oxford (de 29 de março).

Pela China, que também se encontra no top 10 dos países que mais vacinaram por 100 habitantes, o cenário das exportações é diferente. Entre as 229 milhões de doses produzidas no país asiático, quase metade (48%) foram exportadas. Pela Índia, cuja produção de vacinas contra a Covid-19 terá chegado aos 125 milhões de doses, 56% dirigiu-se a consumo doméstico.

Quanto à UE, 42% das 110 milhões de doses produzidas no bloco foram exportadas. O processo de vacinação tem motivado várias críticas, nomeadamente devido aos problemas nas entregas das farmacêuticas, pelo que a Comissão Europeia decidiu, na semana passada, reforçar o mecanismo de autorização de exportações de vacinas contra a Covid-19 para fora da UE.

Bruxelas introduziu os princípios da reciprocidade e da proporcionalidade no mecanismo, que passou também a abranger 17 países anteriormente isentos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou que este reforço surge numa altura em que “os Estados-membros enfrentam a terceira vaga da pandemia e nem todas as empresas cumprem o seu contrato” e em que a UE “continua a exportar vacinas em grande escala para dezenas de países”.

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Mercedes procura 100 profissionais para reforçar centro tecnológico em Lisboa

De acordo com o managing director da empresa, os objetivos de recrutamento para os próximos anos são "muito ambiciosos", revelando um "claro investimento" do grupo Daimler em Portugal.

A Mercedes-Benz.io quer expandir o centro tecnológico em Lisboa com o recrutamento de mais 100 profissionais para a equipa da capital portuguesa. Programadores de front-end e back-end, cloudops, engenheiros, solution architects, product owners, scrum masters e UX designers são algumas das funções em aberto.

Além destas, a empresa do grupo Daimler para o desenvolvimento de soluções tecnológicas de marketing e de vendas procura um chief technology officer e um profissional de recursos humanos sénior. Todas as vagas em aberto podem ser consultadas no site da empresa.

“Temos objetivos de recrutamento muito ambiciosos para os próximos anos, que são um sinal claro do investimento do grupo Daimler na cidade e no país”, afirma Alexandre Vaz, managing director da Mercedes-Benz.io, citado em comunicado.

"Temos objetivos de recrutamento muito ambiciosos para os próximos anos, que são um sinal claro do investimento do grupo Daimler na cidade e no país.”

Alexandre Vaz

Managing director da Mercedes-Benz.io

Com uma equipa que já conta com 200 profissionais, a Mercedes-Benz.io foi a primeira empresa do setor automóvel a construir um centro tecnológico em Portugal, em 2017, com a missão de internalizar e desenvolver as plataformas digitais de marketing, vendas e pós-venda da Mercedes-Benz, na área automóvel e a nível mundial.

“Abrir o hub de desenvolvimento tecnológico em Lisboa foi uma decisão baseada não apenas na disponibilidade e qualidade do talento na área tecnológica, pois Portugal tem excelentes escolas de engenharia em todo o país, mas também porque o país vive uma onda crescente de inovação e empreendedorismo que tem vindo a atrair talento de várias partes do mundo”, acrescenta Alexandre Vaz.

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