Com pormenores técnicos acordados, certificado verde digital está cada vez mais perto

Do código QR aos softwares a utilizar, os 27 chegaram a acordo quanto aos pormenores técnicos. Votação no Parlamento Europeu está para breve. Certificado deverá entrar em vigor ainda em junho de 2021.

Os 27 estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a acordo sobre as especificidades técnicas do certificado verde digital, também conhecido como certificado de imunidade, informou a Comissão Europeia em comunicado divulgado esta quinta-feira. A expectativa é que o certificado seja implementado em todo o bloco até junho deste ano.

A somar às especificidades acordadas, os países pertencentes à UE foram incentivados a implementar as soluções necessárias a nível nacional.

Os pormenores técnicos discutidos abrangem o código QR (para que estes possam ser lidos em toda a UE), o gateway da UE (que permite a partilha de chaves de assinaturas eletrónicas, para que a autenticidade dos certificados seja verificada em qualquer parte da UE, não sendo necessária a partilha de dados pessoais) e também os softwares necessários para emitir estes certificados (um modelo de verificação e um modelo para os cidadãos). Quanto aos softwares, cabe a cada país estabelecê-los a nível nacional, mas as referências europeias podem ajudar nesse sentido.

Para Stella Kyriakides, comissária europeia da Saúde, “este é um passo importante para tornar os Certificados Verdes Digitais uma realidade para os cidadãos até ao verão“. Citada no comunicado, a comissária indica que este certificado é crucial “para ajudar os Estados-Membros na luta contra a pandemia, permitindo ao mesmo tempo que os cidadãos exerçam os seus direitos de livre circulação de forma coordenada e segura”.

“Estas orientações, aprovadas por unanimidade pelos peritos nacionais, demonstram o empenho e a prontidão dos estados-membros”, disse também o comissário do Mercado Interno, Thierry Breton. “Do lado da Comissão, estaremos prontos até 1 de junho e prontos para os estados-membros se conectarem. Assim, podemos garantir que o sistema estará em funcionamento até ao verão“.

Segundo indica o comunicado, a votação no Parlamento Europeu estará para breve. Ainda assim, a parte técnica do processo terá de avançar ao mesmo tempo que o processo legislativo.

A proposta de um certificado verde digital visa uma abordagem comum ao nível da UE para combater a pandemia de Covid-19. Este certificado deverá funcionar de forma semelhante a um cartão de embarque para viagens e estará disponível em formato digital e/ou papel, terá um código QR para ser facilmente lido por dispositivos eletrónicos e será disponibilizado gratuitamente, na língua nacional do cidadão e em inglês, de acordo com a proposta da Comissão Europeia.

Este sistema compreende três tipos diferentes de certificados contra a Covid-19: um certificado de vacinação, um certificado de teste e um certificado de recuperação.

“Todos os cidadãos da UE têm um direito fundamental à livre circulação na UE e isto aplica-se independentemente de serem vacinados ou não. O mesmo princípio se aplica aos direitos dos nacionais de países terceiros que permaneçam ou residam nos Estados-Membros da UE e que tenham o direito de viajar para outros Estados-Membros. O Certificado Verde Digital facilitará o exercício desse direito, também por meio de certificados de teste e recuperação”, explica a Comissão Europeia no seu site.

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Lagarde promete comprar dívida a ritmo “significativamente mais elevado”. É “prematuro” desacelerar

O programa de compra de ativos do Banco Central Europeu não vai sofrer alterações, após ter sido reforçado na última reunião de política monetária.

O programa de compra de ativos do Banco Central Europeu (BCE) não vai sofrer alterações, após ter sido reforçado na última reunião de política monetária. O ritmo de aquisições será, ao longo de todo o trimestre, “significativamente mais elevado” do que nos primeiros meses do ano, tal como reafirmou agora apesar da pressão de alguns governadores. A presidente Christine Lagarde garantiu que os decisores políticos não discutiram sequer uma redução por ser “prematuro”.

“Na reunião de hoje [quinta-feira], o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu reconfirmar a orientação muito acomodatícia da sua política monetária“, anunciou a instituição liderada por Christine Lagarde, em comunicado, após o conselho de governadores desta quinta-feira. No último destes encontros, em março, o BCE anunciou que iria acelerar as aquisições mensais de ativos para um “ritmo significativamente mais elevado” no segundo trimestre devido ao agravamento da situação pandémica e ao segundo confinamento.

A decisão sobre o Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP, na sigla em inglês) — que tem atualmente 1,85 biliões de euros — não foi unânime e criou mesmo desconforto entre os governadores mais conservadores. Ainda assim, a aceleração aconteceu, levando o volume de compras para níveis próximos de julho do ano passado e assim continuará.

“Dado que a informação entretanto disponibilizada confirmou a avaliação conjunta das condições de financiamento e das perspetivas de inflação realizada na reunião de março dedicada à política monetária, o Conselho do BCE espera que as aquisições no âmbito do PEPP ao longo do atual trimestre continuem a ser conduzidas a um ritmo significativamente mais elevado do que nos primeiros meses do ano“, garantiu.

Questionada sobre se as críticas públicas tinham sido levadas para a reunião e se tinha havido algum debate sobre reduzir a compra de dívida, Lagarde respondeu que não, na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro. “Não discutimos nenhuma redução do PEPP porque é simplesmente demasiado prematuro. Não é uma questão de calendário, será dependente dos dados. Ainda há um grande caminho a fazer até que seja ultrapassada a ponte da pandemia“, afirmou.

Yields sobem apesar de garantias. BCE admite riscos para a economia

As yields das dívidas soberanas da Zona Euro reagiram às palavras de Lagarde em alta, apesar das garantias de que o banco central irá continuar a apoiar as condições de financiamento. As bunds alemãs a 10 anos agravaram o juro em 0,5 pontos base para -0,26%, enquanto Portugal viu uma subida na mesma ordem para 0,402%. Em Itália, houve um aumento de 1,5 pontos para 0,78% e em Espanha para 0,4%.

Os investidores poderão estar a assumir que a pressão dentro do conselho de governadores irá manter-se ou mesmo a focar-se nos alertas sobre a economia e inflação. Lagarde alertou que “o outlook económico de curto prazo mantém-se nublado pela incerteza relativo ao ressurgimento da pandemia e ao desenvolvimento das campanhas de vacinação”. Nesse horizonte temporal, os riscos para o crescimento da Zona Euro “continuam negativos”, mas a médio prazo o BCE já vê um “equilíbrio”.

Quanto aos preços, o BCE concluiu que a aceleração da taxa de inflação se deve a fatores temporários e que só após a pandemia poderá ser sustentado. Assim que o impacto da Covid-19 começar a diminuir, “a redução da folga apoiada pelas políticas monetárias e orçamentais irá resultar num aumento da inflação no médio prazo”, acredita a autoridade monetária.

Todos os instrumentos em cima da mesa. Revisão estratégica apresentada no outono

Sem mudanças, o BCE continuará assim a realizar aquisições líquidas de ativos ao abrigo do PEPP, no mínimo, até ao final de março de 2022 e, em qualquer caso, até considerar que o período de crise do coronavírus terminou. Irá fazê-lo “de forma flexível” de acordo com as condições de mercado e a fim de evitar um aumento da restritividade das condições de financiamento que seja incompatível com contrariar o impacto em sentido descendente da pandemia na trajetória projetada da inflação.

Depois desse horizonte tempo, o BCE continuará a reinvestir os pagamentos de capital dos títulos que atingirem as maturidades, pelo menos, até ao final de 2023. Em simultâneo com o PEPP, irá continuar a decorrer o anterior programa de compra de ativos, a um ritmo mensal de 20 mil milhões de euros. Estas compras líquidas decorrerão “enquanto for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas diretoras”.

O guidance da autoridade monetária é que a compra de dívida só termine “pouco antes” de decidirem começar a aumentar as taxas de juro diretoras. Para já, estas continuam em mínimos históricos: a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento em 0%, a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 0,25% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito em -0,50%.

Christine Lagarde garantiu que o conselho de governadores está constantemente a analisar a possibilidade de adotar novos instrumentos. A par dos instrumentos de política monetária, a francesa foi ainda questionada sobre a revisão estratégica, que o banco central anunciou ainda em 2019 e pretendia ver fechado ainda no ano passado, mas que resvalou devido à pandemia.

“É um projeto que está a absorver muito tempo do nosso staff no BCE e ao nível dos bancos centrais nacionais e esperamos ter os primeiros resultados no outono“, anunciou a presidente do BCE. Esta será a primeira revisão do género desde 2003 (ou seja, ainda antes da crise financeira que levou o BCE a implementar nunca antes vistas na Zona Euro) e a expetativa é que o exercício resulte numa redefinição da meta de inflação, um tema que é, há anos, alvo de críticas.

(Notícia atualizada às 14h55)

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Lucro da Bosch cai 64% em 2020 para 749 milhões com impacto da pandemia

  • Lusa
  • 22 Abril 2021

O lucro líquido do grupo alemão Bosch caiu 64% em 2020 para 749 milhões de euros, face aos 2.060 milhões de euros conseguidos em 2019, devido à pandemia.

O lucro líquido do grupo alemão Bosch caiu 64% em 2020 para 749 milhões de euros, face aos 2.060 milhões de euros conseguidos em 2019, devido ao impacto da pandemia, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela empresa.

A empresa explica que a pandemia da Covid-19 teve impacto nos resultados do grupo, com as vendas a caírem 6,4% em 2020, face a 2019 (4,3% após o ajuste para efeitos da taxa de câmbio), totalizando 71,5 mil milhões de euros.

No entanto, a multinacional alemã sinaliza “um ano de negócios melhor do que o esperado”.

Segundo o diretor financeiro (CFO), Stefan Asenkerschbaumer, citado num comunicado enviado pelo grupo, “a melhoria das vendas no segundo semestre do ano, bem como economias de custo significativas, ajudaram a amortecer o impacto da pandemia”, explica.

O grupo Bosch gerou um lucro de operações antes de juros e impostos (EBIT) de dois mil milhões de euros e a margem EBIT das operações atingiu os 2,8%, acrescenta.

O índice de capital próprio líquido permaneceu num nível elevado de 44%, enquanto o fluxo de caixa livre atingiu um nível recorde de 5,1 mil milhões de euros.

“A Bosch superou de forma positiva o primeiro ano da pandemia de coronavírus”, resumiu o presidente do conselho de administração da Bosch, Volkmar Denner, durante a apresentação dos resultados, referindo que a Inteligência Artificial e a eletromobilidade são o caminho a seguir.

Para este ano, a Bosch espera que a economia global cresça pouco menos de 4%, após uma contração de cerca de 3,8% no ano passado.

“Embora tenhamos tido um início confiante em 2021, a pandemia continua a representar riscos significativos”, explica Asenkerschbaumer.

O CFO acrescenta que a Bosch está particularmente ciente dos constrangimentos de mercado no setor automóvel, especialmente a elevada procura de semicondutores.

“Nesta profunda transformação, 2021 será um ano muito importante e desafiante para nós”, disse o responsável citado na nota, referindo que vê a empresa numa situação de liquidez satisfatória.

“A Bosch continua a desfrutar de uma estrutura financeira saudável e isso permitirá que se concentre em áreas de importância futura”, disse.

Por regiões, na Europa, as vendas do ano foram de 38 mil milhões de euros (5,1% abaixo do registado no ano anterior), na América do Norte, as vendas totalizaram 10,7 mil milhões de euros, representando uma queda de 15,5%.

Na América do Sul, os efeitos da taxa de câmbio tiveram um impacto particularmente pronunciado nas vendas, com 1,1 mil milhões de euros e as vendas recuaram 22,3% em relação ao ano anterior.

Na Ásia-Pacífico, incluindo outras regiões, a rápida e forte recuperação do mercado na China amorteceu os efeitos da pandemia do coronavírus, com as vendas a caírem apenas 2,6% para 21,7 mil milhões de euros.

Denner admite que a transformação da Bosch custará empregos por um lado, mas acrescentou que também trará novas perspetivas para os colaboradores, por outro.

Nas suas fábricas centrais, a Bosch está a adquirir competências de desenvolvimento e produção de sistemas a gasolina e diesel e a aplicá-las a novas tecnologias, como é o caso das células de combustível.

“Já preenchemos mais da metade dos nossos postos de trabalho relacionados com a eletromobilidade com colaboradores do setor dos motores de combustão”, disse.

Em 31 de dezembro de 2020, o Grupo Bosch empregava cerca de 395.000 colaboradores em todo o mundo, um número que reflete cerca de 3.100 pessoas a menos do que no ano anterior, representando uma queda de cerca de 1%.

O número de colaboradores diminuiu principalmente na Ásia-Pacífico.

Na Alemanha, o número de colaboradores permanece nos 131.800.

Em todo o mundo, segundo os dados da empresa, o número de investigadores e engenheiros aumentou de cerca de 600 para cerca de 73.200 e o número de técnicos de desenvolvimento ‘software’ também cresceu mais de 10% para cerca de 34.000.

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Portal da Transparência dos fundos europeus será lançado na próxima semana

Na próxima semana será lançado o embrião do Portal da Transparência, o qual deverá evoluir nos próximos meses para incluir informação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A primeira fase do Portal da Transparência vai ser lançada na próxima semana, anunciou o ministro do Planeamento, Nelson Souza, esta quinta-feira, numa conferência de imprensa para marcar a entrega da versão final do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) à Comissão Europeia. Para já, haverá informação de programas que já existem “em regime cruzeiro” e, numa fase seguinte, terá informação sobre o PRR.

“Temos vindo a cumprir, quase de forma religiosa, tudo o que temos anunciado e programado e ainda durante o mês de abril anunciaremos os moldes e o arranque do Portal da Transparência aplicado aos diversos fundos estruturais, incluindo o PRR“, afirmou o ministro do Planeamento aos jornalistas, referindo que haverá uma sessão de lançamento na próxima semana.

Numa fase inicial, o Portal da Transparência terá informação dos “programas que existem já em regime de cruzeiro” e irá contar com um “bloco informativo de caráter geral e descritivo” sobre o Plano de Recuperação e Resiliência. Para já, a informação relativamente ao PRR será “incompleta, ainda a zeros”, admitiu, mas no futuro será o “coração desse portal”, contando com informação sobre os projetos aprovados, os financiamentos concedidos e o nível de execução.

O Portal da Transparência é uma iniciativa conjunta da Agência para o Desenvolvimento e Coesão e a Agência para a Modernização Administrativa. Na semana passada, questionado pelo ECO, o Ministério da Modernização Administrativa explicava que “na primeira fase do projeto, o foco será a implementação da área de fundos europeus“, mas no futuro abrangerá mais áreas do setor público, nomeadamente “o Orçamento de Estado, contratação pública (com ligação ao base.gov.pt) e desempenho das entidades públicas”.

Quanto ao PRR, haverá um separador onde “será possível consultar informação sobre o destino dos fundos, os valores associados e os setores e populações beneficiadas, bem como a informação existente à data“. “O Portal da Transparência vai permitir o acompanhamento da implementação e execução dos vários programas operacionais, incluindo o Plano de Recuperação e Resiliência”, garantia o Ministério de Alexandra Leitão.

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António Simões vai ser o líder do Santander em Espanha

  • ECO
  • 22 Abril 2021

O português António Simões, que saiu do banco britânico HSBC há cerca de um ano, vai passar a acumular funções de responsável máximo pelos negócios do Santander na Europa e de country head de Espanha.

O Santander está a preparar a substituição de Rami Aboukhair como primeiro executivo do grupo em Espanha. De acordo com o jornal Expansión (acesso pago/conteúdo em espanhol), Aboukhair vai ser substituído pelo português António Simões, que é o responsável pelos negócios do banco na Europa.

O gestor português foi contratado no ano passado, depois da sua saída do britânico HSBC. O jornal espanhol adianta que Simões vai acumular as atuais funções de líder máximo da atividade na Europa com a de country head em Espanha.

Com esta decisão, o Santander pretende replicar na Europa o esquema de organização que já aplica nas outras áreas chave do grupo: América do Sul e do Norte. Nas duas divisões, o executivo que está à frente do país mais relevante da região (Sergio Rial no Brasil e Héctor Grisi no México) lidera toda a unidade.

Nessa medida, António Simões também vai assumir agora a primeira linha executiva de Espanha e continuará a coordenar toda a atividade no Reino Unido, Portugal e Polónia. Os três responsáveis máximos das regiões — Sergio Rial, Héctor Grisi e Simões — reportam ao conselheiro delegado, José Antonio Álvarez.

Em Portugal, o Santander é liderado por Pedro Castro e Almeida desde 2019.

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Diogo da Silveira nomeado chairman da Galp Distribuição

Nomeação decorre da compra da Galp Gás Natural Distribuição (GGND) pela Allianz Capital Partners.

Diogo da Silveira foi nomeado chairman da Galp Gás Natural Distribuição (GGND), uma nomeação que decorre da compra da empresa pela Allianz Capital Partners. Gabriel Sousa vai continuar como presidente da Comissão Executiva.

Na sequência desta operação entre ambas as empresas, a GGND elegeu Diogo da Silveira, ex-presidente executivo da Navigator, para o desempenho das funções de presidente do conselho de administração (chairman), informou a GGND esta quinta-feira, em comunicado. A decisão foi tomada pelos acionistas da GGND na passada sexta-feira, enquanto a função de presidente da Comissão Executiva continuará a ser assumida por Gabriel Sousa, que lidera a empresa desde 2015.

Com a entrada da Allianz Capital Partners como acionista maioritário, a nomeação de Diogo da Silveira marca um “novo ciclo” na GGND, que “dará continuidade às estratégias que tem vindo a implementar”. A empresa pretende, assim, “fortalecer a sua autonomia, reforçar o seu posicionamento na promoção da descarbonização e de soluções para a transição energética, realçando o papel da infraestrutura de gás e a sustentabilidade”.

Diogo da Silveira formou-se na École Centrale de Lille, em França e tem um MBA pelo INSEAD. Começou a sua carreira no grupo industrial japonês Shin Etsu Handotai, tendo sido ainda sócio da Mckinsey, vice-presidente executivo da Sonaecom, membro do conselho de administração da Sonae Indústria e CEO da Oni Telecom em Portugal e Espanha. Na última década foi ainda CEO da Açoreana Insurance Company.

A Allianz Capital Partners acordou em outubro de 2020 a compra de 75,01% do capital da GGND, à data detido pela Galp, refere o comunicado. A operação foi formalmente concluída em 24 de março de 2021. Os restantes acionistas são o consórcio MEET (constituído pelas empresas japonesas Marubeni e TohoGas), com 22,5% do capital, e a Galp, que mantém uma posição de 2,49%.

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Economia mantém ritmo do desconfinamento pós-Páscoa

Após o impulso dado pelo desconfinamento pós-Páscoa, a economia manteve o ritmo na semana passada, de acordo com o indicador do Banco de Portugal.

O indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal mostra que a economia portuguesa manteve o mesmo dinamismo na semana passada, face à semana que se seguiu à Páscoa em que o país deu mais um passo no desconfinamento.

Economia estabiliza na terceira semana de abril

Fonte: Banco de Portugal.

Na semana terminada a 18 de abril, o indicador diário de atividade económica (DEI), assim como a taxa bienal correspondente, apresentaram variações próximas das observadas na semana anterior“, revela o Banco de Portugal esta quinta-feira.

Apesar de diário, o DEI é apenas publicado à quinta-feira, com dados até ao domingo anterior. Com efeito, a 18 de abril, o último dia para o qual foi apurado o DEI, o crescimento (e não queda, como nos meses anteriores) homólogo do indicador foi de 12,7%. Quanto à média móvel semanal, o último valor é o de 15 de abril: uma subida homóloga de 24,3%.

Uma vez que a comparação homóloga já é feita com um período marcado pelo primeiro confinamento provocado pela pandemia, o Banco de Portugal decidiu fazer um novo gráfico em que compara o DEI atual com o acumulado de dois anos para tentar atenuar esse efeito. “Assim, obtém-se a variação da atividade entre um determinado dia num ano face ao mesmo dia dois anos antes“, explica. A taxa bienal também estabilização, de acordo com o banco central.

Fonte: Banco de Portugal.

É expectável que a economia volte a dar um salto no DEI da próxima semana quando for divulgada a atividade registada esta semana na qual quase todo o país avançou com o desconfinamento, abrindo as instalações interiores dos restaurantes, os centros comerciais e a cultura, por exemplo.

Este novo indicador divulgado este ano pelo banco central incorpora diversas séries de informação, como o tráfego de pesados de mercadorias nas autoestradas, o tráfego de correio nos aeroportos nacionais ou as compras efetuadas com cartões bancários. O impacto da pandemia gerou uma maior necessidade de recurso a este tipo de indicadores económicos de divulgação mais frequente, como é o caso do DEI. Isto acontece porque um dos mais relevantes, o Produto Interno Bruto (PIB), é apenas apurado e divulgado trimestralmente.

A próxima divulgação do DEI está marcada para 29 de abril. “Refira-se que os valores do DEI podem ser revistos devido a revisões da informação de base ou à incorporação de nova informação, em particular referente ao tráfego de veículos comerciais pesados e carga e correio desembarcados, que têm um desfasamento de divulgação superior”, ressalva o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 12h07 com mais informação)

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A inovação na função financeira e fiscal

  • ECO + EY
  • 22 Abril 2021

Rui Henriques, Global Compliance & Reporting, Tax Technology & Transformation Leader da EY, explica as dimensões essenciais para a inovação do processo de transformação da função financeira e fiscal.

A inovação tecnológica de modelos de negócios e mercados globais hipercompetitivos estão a impulsionar os negócios a uma velocidade sem precedentes.

A inovação é um fator cada vez mais decisivo para potenciar modelos de revenue e redução de custos e, por isso, encarado como uma prioridade para muitas empresas. E ao nível da função financeira/fiscal as empresas precisam de testar as vantagens que as diferentes soluções tecnológicas podem permitir, como, por exemplo:

  • A robótica de processos ajuda a automatizar a recolha e tratamento de dados;
  • IoT minimiza o volume de documentação física;
  • A inteligência artificial, que se está a vulgarizar-se, permite correlacionar dados e trabalhá-los em profundidade;
  • O blockchain que, conciliando as suas capacidades transacionais com as capacidades cognitivas da inteligência artificial, permitirá automatizar muitas transações e o seu reconhecimento financeiro e fiscal;
  • A análise de big data já permite uma melhor tomada de decisão, incluindo análise preditiva.
Rui Henriques, Global Compliance & Reporting, Tax Technology & Transformation Leader da EY

E as empresas não estão sozinhas na busca da inovação: as autoridades fiscais também estão a inovar (em muitos casos a liderar o processo) e adotar rapidamente iniciativas de transformação digital.

"Para estar preparada para o futuro, a função financeira/fiscal precisa de acolher uma mentalidade empreendedora e uma pré-disposição para experimentar novas tecnologias, novas maneiras de fazer as coisas e novas maneiras de pensar os processos contabilísticos e fiscais, novas maneiras de fazer as coisas e novas maneiras de pensar os processos contabilísticos e fiscais.”

Rui Henriques

Global Compliance & Reporting, Tax Technology & Transformation Leader da EY

Uma das grandes mudanças que estamos a assistir é que as autoridades fiscais estão tendencialmente a evoluir para exigências de compliance em tempo real ou quase em tempo real. E subsequentemente, podem, então, utilizar data analytics, inteligência artificial e blockchain para desenvolver perfis de risco sofisticados, sinalizar possíveis problemas de auditoria e identificar casos de maior risco para uma investigação mais profunda.

Historicamente, os dados contabilísticos têm sido o ponto de partida para o compliance fiscal. Esse luxo não vai existir no futuro. A informação contabilística e fiscal será tendencialmente partilhada em tempo real (ou quase) com uma necessidade enorme de garantir harmonização, validação e qualidade dos dados.

Todas essas forças colocam a inovação no topo da agenda dos CEOs e CFOs de empresas visionárias e, por sua vez, na agenda da função financeira e fiscal.

Para estar preparada para o futuro, a função financeira / fiscal precisa de acolher uma mentalidade empreendedora e uma pré-disposição para experimentar novas tecnologias, novas maneiras de fazer as coisas e novas maneiras de pensar os processos contabilísticos e fiscais.

"A base da função financeira / fiscal de ontem foi a especialização técnica. Hoje, os conhecimentos tecnológicos e a capacidade de suportar uma visão holística do negócio são cada vez mais essenciais.”

Rui Henriques

As empresas sempre tiveram de pensar em como fazer coisas novas e de novas maneiras, mas a tecnologia e o ritmo de mudança aceleraram ao ponto em que as empresas precisam igualar essa taxa de mudança. E a pandemia acentuou a pressão sobre o ritmo de mudança. Para isso, cada função dentro da empresa também precisa considerar como a tecnologia e as novas abordagens a impactam.

A função financeira / fiscal, como guardiã e fonte de grande parte dos dados que permitem a gestão de uma organização, pode, tendencialmente, assumir um maior protagonismo, não apenas de apoiar as iniciativas de inovação da empresa, mas todas as mudanças em torno da agenda digital. E para esse desígnio, uma cultura financeira e fiscal que apoie a inovação, incluindo uma mentalidade de try-fail-refine, é essencial.

A base da função financeira / fiscal de ontem foi a especialização técnica. Hoje, os conhecimentos tecnológicos e a capacidade de suportar uma visão holística do negócio são cada vez mais essenciais.

Por isso, a inovação do processo de transformação digital desta função em particular pressupõe o desenvolvimento de seis dimensões chave:

  • Compreender a tecnologia disponível para aproveitar big data, usar data analytics para visualizar e controlar os dados relevantes para efeitos financeiros e fiscais para permitir tomadas de decisão rápidas e uma eficaz gestão de riscos;
  • Desenvolver competências de IT dentro da função financeira/fiscal para alavancar futuras tendências e aplicações tecnológicas;
  • Compreender a natureza das análises que as autoridades fiscais (e outros stakeholders) estão a desenvolver e, promovendo o trabalho conjunto das áreas financeira, de IT e outras áreas de negócio, desenvolver processos que permitam compliance em tempo real, e, simultaneamente, assegurar a capacidade de avaliar os dados de maneira proativa;
  • Promover linhas de comunicação fortes com as demais funções de negócio da empresa;
  • Desenvolver uma forte cultura de inovação dentro da função financeira / fiscal, predisposta à inovação permanente e com uma cultura de try-fail-refine;
  • Obter suporte de CEO/CFO para investimentos necessários em tecnologia, demonstrando que os benefícios tangíveis e intangíveis associados para a organização terão um pay back indiscutível.

O desafio para as empresas e para a função financeira/fiscal de hoje é ser ágil o suficiente para antecipar a imprevisibilidade do futuro e fazê-lo rapidamente, com enfoque na garantia de qualidade dos dados e sua análise, já que o compliance vai ser tendencial e crescentemente assegurado pela tecnologia/IT.

Para saber mais sobre Tax & Finance, visite a página da EY. Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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Morais Leitão em destaque nos prémios Iberian Lawyer Labour Awards 2020. Veja aqui todos os vencedores

A firma liderada por Nuno Galvão Teles levou para casa quatro prémios nos Iberian Lawyer Labour Awards 2020. Veja aqui todos os vencedores.

A Morais Leitão foi a grande vencedora dos Iberian Lawyer Labour Awards 2020, levando para casa quatros troféus: o de Labour Law Firm of the Year, o de M&A and Employment-related Issues Law Firm of the Year, o de Litigation Lawyer of the Year, atribuído ao sócio Luís Miguel Monteiro, e por fim o de Sports Law Lawyer of the Year, entregue ao sócio Paulo Rendeiro.

Cinco escritórios foram premiados com dois troféus: Abreu Advogados, pelo Thought Leadership entregue a Carmo Sousa Machado e pelo Criminal Employment Law Firm of the Year; Linklaters, pelos prémios Lawyer of the Year em Industrial/Trade Union relations e M&A and Employment-related Issues entregues a Marta Afonso Pereira; PLMJ, pelo troféu Non-contentious/Advisory Lawyer of the Year atribuído a Tiago Cortes e Top Management Law Firm of the Year, a SRS Advogados, pelos prémios Law Firm of the Year em Industrial/Trade Union Relations e Non-contentious/Advisory e a Vieira de Almeida, pelos prémios Law Firm of the Year em Litigation e Restructuring/Reorganizations.

Os Iberian Lawyer Labour Awards são uma iniciativa que visa reconhecer as sociedades de advogados que mais se distinguem na área de laboral, pela experiência e prestígio das equipas que se dedicam à prática jurídica neste setor.

Veja aqui a lista de vencedores

Labour

  • Law Firm of the Year – Morais Leitão
  • Lawyer of the Year – Benjamim Mendes (DLA Piper ABBC)
  • Thought Leadership – Carmo Sousa Machado (Abreu Advogados)

M&A and Employment-related Issues

  • Law Firm of the Year Morais Leitão
  • Lawyer of the Year Marta Afonso Pereira (Linklaters)

Litigation

  • Law Firm of the YearVdA
  • Lawyer of the Year Luís Miguel Monteiro (Morais Leitão)

Industrial/Trade Union Relations

  • Law Firm of the YearSRS Advogados
  • Lawyer of the YearMarta Afonso Pereira (Linklaters)

Restructuring/Reorganizations

  • Law Firm of the YearVdA
  • Lawyer of the Year Susana Afonso (CMS Rui Pena & Arnaut)

Sports Law

  • Law Firm of the Year 14 Sports Law
  • Lawyer of the YearPaulo Rendeiro (Morais Leitão)

Top Management

  • Law Firm of the YearPLMJ
  • Lawyer of the Year Manuel Ferreira Mendes (Costa Pinto Advogados)

Non-contentious/Advisory

  • Law Firm of the Year SRS Advogados
  • Lawyer of the YearTiago Cortes (PLMJ)

Social Security

  • Law Firm of the Year CRS Advogados
  • Lawyer of the YearPedro Ulrich (CTSU – Deloitte Legal)

Agency Relationships

  • Law Firm of the Year CCA Law Firm
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Comissão de acompanhamento do PRR “tem toda a legitimidade para fazer todo o tipo de recomendações”, garante ministro

O ministro do Planeamento diz que a comissão de acompanhamento presidida por António Costa Silva "tem toda a legitimidade para fazer todo o tipo de recomendações que ajudem a corrigir o tiro".

A comissão de acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) presidida por António Costa Silva “tem toda a legitimidade para fazer todo o tipo de recomendações que ajudaram a corrigir o tiro” da execução do plano. A garantia foi deixada pelo ministro do Planeamento, Nelson Souza, numa conferência de imprensa para marcar a entrega da versão final do PRR à Comissão Europeia. Esta semana, em entrevista ao Jornal de Negócios, Costa Silva tinha dito que a comissão deveria poder travar projetos.

A comissão terá, como o próprio nome indica, “uma função de acompanhamento e de análise da evolução da execução” do PRR, começou por dizer o ministro do Planeamento, referindo que o seu papel será sinalizar “o que vai bem, o que vai menos bem e também identificar os casos que vai mal”. “Em função dessa análise, cabe com toda a liberdade emitir recomendações”, disse, sem querer comentar diretamente as declarações de António Costa Silva.

O autor da visão estratégia da recuperação pós-pandemia, um documento que antecedeu ao PRR, disse esta semana que a “comissão de acompanhamento do PRR deve poder travar projetos”. Além disso, “pode haver projetos que são executados, depois faz-se o balanço e podem ser corrigidos”, especificou.

O ministro do Planeamento admitiu também essa possibilidade: a comissão de acompanhamento “tem toda a legitimidade para fazer todo o tipo de recomendações que ajudem a corrigir o tiro, as medidas, a ter em atenção a determinados aspetos“, garantiu Nelson Souza, abrindo a porta a uma intervenção mais ativa por parte desta comissão presidida por Costa Silva. E elogiou o gestor, afirmando que a sua presença garante “logo à partida a esta comissão um posicionamento de grande independência e de grande capacidade de visão e de perspetivação e análise sobre os assuntos”.

Na versão final do PRR lê-se que “à Comissão Nacional de Acompanhamento, sede privilegiada para a parceria institucional, económica e social, cabe a verificação da execução do PRR e dos seus resultados, a promoção da sua adequada divulgação junto dos cidadãos, empresas e outras organizações, bem como a análise dos fatores que afetam o desempenho da execução, podendo propor recomendações“. São cinco as tarefas definidas:

  • Acompanhar a execução do PRR, desenvolvendo as iniciativas que considere oportunas, designadamente na esfera territorial, envolvendo os atores regionais e locais;
  • Acompanhar as medidas de informação, comunicação e de promoção de uma maior transparência, participando ativamente na definição dos modelos a utilizar;
  • Acompanhar os progressos na implementação do PRR e propor recomendações de melhoria dos mecanismos de implementação;
  • Emitir parecer sobre os relatórios semestrais ou anuais de monitorização apresentados pela estrutura de missão “Recuperar Portugal”, podendo efetuar recomendações;
  • Analisar os relatórios de avaliação de resultados e de impacto do PRR.

Em termos legislativos, o enquadramento legal será publicado em breve em Diário da República através de um decreto-lei que vai clarificar as competências de cada órgão da estrutura do PRR. Além da comissão de acompanhamento, haverá uma comissão de controlo e auditoria, presidida pela Inspeção-Geral das Finanças, e a estrutura de gestão “Recuperar Portugal”, que será presidida por Fernando Alfaiate, a qual ficará dependente do Governo.

Ponderação do custo-benefício é feita pelo Governo, diz Nelson Souza

É uma das críticas recorrentes feitas ao PRR: não existe uma avaliação custo-benefício dos projetos e investimentos previstos no plano. O próprio António Costa Silva, autor da visão estratégica que antecedeu o PRR, alertou para este problema: “Falta ao Plano de Recuperação e Resiliência um quadro macroeconómico que permita fazer uma análise custo-benefício“.

Questionado sobre este tema, Nelson Souza desvalorizou, argumentando que estas análises não se fazem numa folha de excel e através de fórmulas. “Essas questões também contam, mas não é só isso… É um conceito mais vasto, do contributo que dá para os objetivos da estratégia nacional“, explicou, assegurando que “essa ponderação é feita pelo Governo e foi feita antes de incluir as propostas no plano”.

“Esses investimentos já foram ponderados em termos de análise custo-benefício”, garante, referindo que o que for exigido em termos regulamentares será feito “em sede de implementação do plano”, ou seja, nas fases iniciais dos projetos. Nelson Souza assegurou que “quando for o caso, serão realizados esses estudos prévios, incluindo, quando necessário, essa análise de custo-benefício”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Endividamento da economia bate novo recorde e atinge 751 mil milhões

Endividamento dos agentes económicos (setor público, empresas e famílias) subiu quase 5,4 mil milhões de euros em abril.

O endividamento da economia voltou a subir em fevereiro. A dívida dos agentes económicos (excluindo os bancos) deu um salto de quase 5,4 mil milhões de euros para atingir um novo recorde de 751,4 mil milhões de euros.

“Em fevereiro de 2021, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 751,4 mil milhões de euros, dos quais 345,6 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 405,8 mil milhões de euros ao setor privado”, indica o Banco de Portugal esta quinta-feira.

O salto mensal de 5,4 mil milhões de euros (o maior em cerca de um ano) deveu-se ao incremento de 4,1 mil milhões de euros do endividamento do setor públiconaquele mês o IGCP realizou uma emissão sindicada de dívida a 30 anos no valor de três mil milhões, o que ajuda a explicar este número — e de 1,3 mil milhões de euros do endividamento do setor privado, explicou a instituição.

De acordo com o Banco de Portugal, o endividamento do setor público “refletiu-se, sobretudo, no acréscimo do endividamento face ao setor financeiro (2,4 mil milhões de euros) e ao exterior (dois mil milhões de euros)”.

Endividamento do setor não financeiro bate recorde

Fonte: Banco de Portugal

Contudo, “estas subidas foram parcialmente compensadas pela redução do endividamento face às próprias administrações públicas (200 milhões de euros) e às empresas (100 milhões de euros)”, revela o banco central.

Em relação ao setor privado, destacou-se a subida de 1,2 mil milhões de euros do endividamento das empresas. Este aumento correspondeu ao aumento do endividamento face ao setor financeiro (800 milhões de euros) e face ao exterior (300 milhões de euros).

(Notícia atualizada às 11h27)

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Jerónimo Martins mantém 50.º lugar e Sonae perde três lugares para 158.º no ranking de retalho

  • Lusa
  • 22 Abril 2021

No ranking anterior, a dona do Pingo Doce e o grupo que detém o Continente tinham subido cinco e uma posição, respetivamente, face à prévia avaliação. Líder do ranking é a norte-americana Walmart.

A Jerónimo Martins manteve o 50.º lugar e a Sonae perdeu três posições para a 158.ª posição no ranking global do retalho da Deloitte divulgado esta quinta-feira, que avalia o ano fiscal de 2019 terminado em junho de 2020.

No ranking anterior, a dona do Pingo Doce e o grupo que detém a cadeia Continente tinham subido cinco e uma posição, respetivamente, face à avaliação anterior.

A 24.ª edição do “Global Powers of Retailing’ identifica as 250 maiores retalhistas em todo o mundo, com base em dados disponíveis publicamente para o ano fiscal de 2019 terminado em junho do ano passado, e analisa o desempenho em diferentes regiões e setores de produtos.

O ranking é liderado, mais uma vez, pela norte-americana Walmart, seguida da Amazon – que edição anterior subiu para o ‘top 3’ -, que passou para o segundo lugar (aumentou uma posição), e da Costco Wholesale, que foi destronada pela empresa de Jeff Bezos.

O grupo alemão Schwarz manteve-se no quarto lugar, seguido das norte-americanas The Kroger e Walgreen Boots Alliance. A norte-americana Home Depot manteve o sétimo lugar, seguida da alemã Aldi, da norte-americana CVS Health Corporation e da britânica Tesco, que viram as suas posições inalteradas.

As receitas das 10 principais retalhistas mundiais somam 1,583 mil milhões de dólares (1,313 mil milhões de euros), representando 32,7% do universo das 250.

De acordo com o relatório, a Jerónimo Martins, que marca presença em Portugal (Pingo Doce e Recheio), Polónia (Biedronka) e Colômbia (Ara), manteve o 50.º lugar. Já a Sonae caiu três posições para 158.º lugar.

Em último lugar, na 250.ª posição ficou a alemã Norma Unternehmens Stiftung.

As receitas agregadas dos 250 maiores retalhistas ascendem a 4,85 biliões de dólares (4,025 biliões de euros) e quase dois terços (64,8%) têm operações no estrangeiro.

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