Setor privado empregava quase tanto como o SNS em 2019

  • ECO
  • 4 Agosto 2021

O impacto da pandemia pode ter mudado este panorama, mas em 2019 os profissionais contratados pelo setor privado da saúde aproximavam-se do total de profissionais do Serviço Nacional de Saúde.

Antes da pandemia, em 2019, havia 125 mil profissionais de saúde empregados no setor privado da saúde, o que comparava com os 135 mil trabalhadores que na altura trabalhavam no Serviço Nacional de Saúde (SNS). No total, o setor privado da saúde gera 1.866,2 milhões de euros de remunerações anuais e 5.000,6 milhões de euros de valor acrescentado bruto. Estes números, citados esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias (acesso pago), englobam farmácias, clínicas e laboratórios, hospitais e indústria farmacêutica e a dos dispositivos médicos.

Estes dados constam da radiografia do setor privado da saúde realizado pela Dun & Brastreet/Informa a pedido do Conselho Estratégico Nacional de Saúde da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a qual deixa de fora centros de investigação e as seguradoras. “Reclamamos do Ministério da Economia é que nos veja como um setor de atividade e não apenas como um fornecedor do Estado“, diz Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

Para o responsável o setor privado da saúde ganhou peso e importância e deixou de ser apenas um fornecedor do Estado. Pensando no futuro, Gaspar exige que o Governo deve esforçar-se na estratégia nacional para promover o turismo médico, focando no mercado internacional. O objetivo é captar para Portugal os estrangeiros que querem fazer férias em destinos de cuidados médicos.

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Hoje nas notícias: TAP, EDP e Dielmar

  • ECO
  • 4 Agosto 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Esta quarta-feira os jornais dão destaque ao Estado que se irá tonar o único acionista da TAP e ao Ministério Público que descobriu que Manuel Pinho e António Mexia almoçaram mais do que uma vez por mês durante quatro anos alegadamente para alinhar os interesses da EDP. Nota ainda para a recusa dos maiores bancos portugueses em apoiar a Dielmar. A fechar, as novas fábricas da Repsol em Sines terão ligação à ferrovia nacional.

Estado vai tornar-se no único acionista da TAP este ano

O Estado português vai passar a ser o único acionista da TAP, depois de uma operação para limpar os prejuízos que ocorrerá ainda este ano e que irá envolver acionistas privados, pequenos investidores e trabalhadores. O plano implica ainda a aplicação total de 2.726 milhões de euros de dinheiro público no capital da companhia aérea. Este ano, o Estado já aplicou 462 milhões de euros na TAP SA, passando a deter 92% do capital da transportadora.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Maiores bancos portugueses recusaram apoio à Dielmar

Antes de apresentar o pedido de insolvência, a Dielmar pediu ajuda à banca para evitar a falência. No entanto, face à situação financeira da empresa (que estava desde 2019 capitais próprios negativos), os quatro maiores bancos portugueses recusaram o apoio. Em 2020, já em plena pandemia, a empresa viu-se afastada dos apoios das linhas Covid criadas pelo Estado por já ter as contas no vermelho ainda antes da pandemia. As empresas nesta situação são consideradas em dificuldade e, pelas regras europeias, não poderiam ser ajudadas pelos Estados.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Pinho e Mexia almoçaram mais do que uma vez por mês durante quatro anos

O Ministério Público (MP) descobriu que Manuel Pinho e António Mexia almoçaram mais do que uma vez por mês durante os quatro anos (entre 2006 e 2009), em que o gestor assumiu funções como presidente da EDP e, ao mesmo tempo, Pinho era ministro da Economia. A tese da investigação é que estes encontros serviam para alinhar os interesses da EDP, do Governo de José Sócrates e de Ricardo Salgado através do Grupo Espírito Santo (GES). Estes almoços fizeram parte do interrogatório feito pelo Ministério Público na semana passada a Manuel Pinho, tendo o ex-político negado todas as suspeitas e criado um site para fazer a sua defesa. É arguido no processo EDP por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Novas fábricas da Repsol em Sines terão ligação à ferrovia nacional

Num investimento de seis milhões de euros, a Infraestruturas de Portugal (IP) vai requalificar um ramal ferroviário de sete quilómetros para ligar as novas fábricas da espanhola Repsol em Sines à ferrovia nacional. Este projeto foi acordado entre as duas partes num protocolo em que a empresa energética se compromete a usar o comboio durante o período necessário para a IP amortizar o investimento feito. Esta requalificação da linha é “algo muito importante para a Repsol, que pretende exportar para Espanha”, diz Carlos Fernandes, vice-presidente da IP, em declarações ao Jornal de Negócios, assinalando que os calendários da IP e da Repsol, que vai construir duas fábricas de materiais poliméricos, estão coordenados.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Setor privado emprega quase tanto como o SNS

Antes da pandemia, em 2019, havia 125 mil profissionais de saúde empregados no setor privado da saúde, o que comparava com os 135 mil trabalhadores que na altura trabalhavam no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estes números englobam farmácias, clínicas e laboratórios, hospitais e indústria farmacêutica e a dos dispositivos médicos. Estes números constam da radiografia do setor privado da saúde realizado pela Dun & Brastreet/Informa a pedido do Conselho Estratégico Nacional de Saúde da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). “Reclamamos do Ministério da Economia é que nos veja como um setor de atividade e não apenas como um fornecedor do Estado”, diz Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias(acesso pago)

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Estes ténis são feitos de pneus, cortiça, palha de arroz e cana-de-açúcar

  • Capital Verde
  • 4 Agosto 2021

O novo modelo AG da marca de luxo Osklen foi desenvolvida para criar o menor impacto ambiental. Em cada par são reutilizados pneus, cortiça, palha de arroz, cana-de-açúcar, resíduos de algodão.

“Uma marca de luxo hoje não é nada sem uma visão clara e princípios. A ação e a consciência social e ambiental devem estar no coração de toda marca moderna na qual a estética e a estética se encontram e se fundem”. O mantra é de Oskar Metsavaht, fundador e diretor Criativo da Osklen.

Criada em 1989, a marca brasileira lançou recentemente um novo modelo de ténis a que chamou Osklen AG, e que, num único par de calçado desportivo, consegue combinar vários materiais mais amigos do ambiente. A criação surgiu no Rio de Janeiro e é feita com ingredientes sustentáveis com origem no Brasil.

“Não é de hoje que uma relação mais consciente com o planeta nos inspira na pesquisa e criação de produtos que possam ser uma opção mais sustentável para os nossos clientes. Há mais de 20 anos que nos dedicamos, de forma pioneira, ao propósito da sustentabilidade, incorporando o nosso estilo e design a produtos éticos que inspirem cada vez mais pessoas a adotarem uma vida mais equilibrada e consciente”, explicou Metsavaht, fundador e diretor Criativo da Osklen, em comunicado

Além de criar um menor impacto ambiental, o objetivo da marca brasileira passa por promover a economia das florestas e ajudar sociedades mais carenciadas no Brasil. O novo modelo “Osklen AG estimula a utilização de novos materiais sustentáveis, com garantia de origem, transparência, rastreabilidade e geração de lucros para as comunidades ribeirinhas e indígenas”, afirmou ainda Oskar Metsavaht, garantindo: “Para o desenvolvimento desta linha reunimos as melhores práticas socioambientais para criar uma sapatilha o mais sustentável possível”.

Para produzir cada par de ténis Osklen AG são reutilizados pneus, cortiça, palha de arroz, cana-de-açúcar, resíduos de fio de algodão e lona. A nova criação da marca contém um tecido conhecido por Eco Lona, feito a partir de algodão reciclado e fibras residuais misturadas ao algodão, e usa também couro bovino certificado com garantia de rastreabilidade.

O uso de algodão reciclado reduz a quantidade de água no processo de produção, ajuda a preservar os lençóis freáticos e evita a emissão de CO2. E a certificação do couro permite uma rastreabilidade total, garantindo que a pecuária não seja proveniente de áreas de desmatamento.

Na sola, a sapatilha tem uma combinação inovadora e exclusiva à base de materiais sustentáveis: 45% de látex natural da Amazónia (extraído de forma sustentável de seringueiras amazónica) e 10% a 20% de materiais reciclados como borracha reciclada, pó de pneu descartado, palha de arroz e cortiça. Já a palmilha é feita com material EVA verde, produzida com 70% de cana-de-açúcar plantada e cultivada no Brasil.

Diz a marca que a EVA verde captura 2,51 kg de CO2 por cada kg produzido, além de que 80% da energia usada no processo produtivo vem de fontes renováveis.

Em 2019, a Osklen comprou 44% do volume de látex produzido pela Rede de Cantinas – um projeto responsável pela produção e comercialização de ingredientes locais, atividade que ajuda a proteger mais de 8 milhões de hectares de terras indígenas e unidades de conservação ameaçadas pela desflorestação e pela extração ilegal de madeira.

“[A Osklen AG] simboliza a adoção de uma atitude a favor de uma vida mais sustentável, em que o consumidor pode assumir o protagonismo na mudança do perfil do consumo, tornando-o um ato em prol do desenvolvimento humano sustentável”, concluiu o fundador da marca.

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Depois de Israel, há mais países a dar reforço da vacina contra a Covid

O aumento de casos de infeção à escala global acentua o debate em torno de uma eventual reforço das vacinas contra a Covid. De Espanha a Israel, o que estão a decidir os países sobre este tema?

Com o aumento de infeções a nível global, associado em larga medida à variante Delta, o debate sobre eventuais injeções de reforço tem vindo a ganhar força. Se Israel deu o “tiro de partida” e começou a administrar doses de reforço, há também alguns países que já anunciaram que vão seguir-lhe os “passos” a curto prazo, isto apesar de o regulador europeu ainda estar a avaliar esta eventual necessidade. De Espanha a Israel, os que estão a fazer os países sobre este tema?

Esta discussão começou ganhar tração há cerca de três meses, depois de vários CEO das gigantes farmacêuticas, como da Pfizer e da Johnson & Johnson, terem vindo sugerir que os cidadãos vão precisar de uma injeção de reforço da vacina contra a Covid-19. Os especialistas ouvidos pelo ECO, em maio, não descartaram essa necessidade de reforço, mas sublinharam que é ainda “muito prematuro” avançar com certezas, dado que ainda não se sabe ao certo a duração da imunidade das vacinas, bem como se vão surgir outras variantes que vão obrigar a que sejam feitos alguns ajustes às vacinas que estão já a ser administradas.

Em Portugal, no final de julho, o regulador do medicamento afastou, para já, essa possibilidade, referindo que a “informação disponível até à data não permite concluir sobre a necessidade” de uma eventual dose de reforço. No entanto, no mesmo comunicado, o Infarmed informou que para essa possibilidade, bem como “o desenvolvimento de vacinas adaptadas a novas variantes”, Portugal assinou dois contratos com a Pfizer/BioNTech e com a Moderna, tendo em vista o fornecimento de mais de 14 milhões de vacinas contra a Covid-19. Além disso, está ainda previsto um outro contrato para 2023 com mais de 10 milhões de vacinas da Pfizer.

Também o regulador europeu já veio esclarecer que está “em contacto” com todos os produtores de vacinas para avaliar um eventual reforço, avisando que, neste momento, não há evidências suficientes para garantir que este seja necessário. Por seu turno, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera “desnecessário” este reforço, deixando duras críticas à “ganância” dos países mais ricos em relação ao processo de vacinação, dado que a escassez de vacinas continua a imperar nos países mais pobres.

Certo é que, apesar dos apelos das instituições de saúde mundiais, há já alguns países a sinalizarem que vão administrar doses de reforço. É o caso de Espanha, que anunciou a 23 de julho, que vai avançar com a administração de uma “terceira dose de reforço” das vacinas da Biontech/Pfizer e da Moderna. Também a Alemanha, revelou na segunda-feira, que aprovou a administração de uma dose de reforço da vacina para cidadãos de risco e idosos, medida que terá início a 1 setembro.

Ainda pela Europa, em França alguns cidadãos com comorbilidades de risco, como é o caso dos imunodeprimidos, doentes transplantados ou que estejam a fazer diálise, estão já a receber uma dose de reforço, sendo que as autoridades de saúde francesas aconselham a que haja um intervalo de quatro semanas, entre a segunda e terceira doses, de acordo com o Les Echos (acesso livre, conteúdo em francês).

A par com França e Alemanha, também o Reino Unido vai dar um reforço da vacina da Covid-19 a 32 milhões de cidadãos de risco com mais de 50 anos, a partir do início do próximo mês. Também a Hungria dá a partir deste mês a possibilidade de os cidadãos receberem uma terceira dose da vacina, segundo revelou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, aquando do anúncio de que a vacina seria obrigatória para os profissionais de saúde, citado pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). Mais cautelosas, Bélgica e Itália asseguram ter tudo preparado para um eventual reforço, mas ainda não tomaram nenhuma decisão definitiva.

Israel começou, no domingo, a administrar uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 aos maiores de 60 anos. Considerado um dos países pioneiros da vacinação e com 57% da população totalmente vacinada, o país liderado por Naftali Bennett volta a ser um modelo de teste para o reforço da vacinação contra a doença, e com o intuito de travar a disseminação da variante Delta.

Israel é, portanto, o primeiro país a começar a administrar uma dose de reforço a larga escala e esta medida, surge pouco tempo antes de a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos da América (EUA) aprovar a terceira dose do fármaco. Em declarações à CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês), Scott Gottlieb, antigo presidente da FDA, disse acreditar que as vacinas de reforço serão dadas a pessoas mais velhas e imunodeprimidas já em setembro ou outubro e assegurou que os EUA compraram vacinas suficientes para administrarem um reforço a toda a sua população.

Pela Ásia, a Indonésia está também a ponderar administrar uma dose de reforço aos profissionais de saúde que foram vacinados com duas doses da vacina da Sinovac, dados que os estudos apontam que os anticorpos desenvolvidos contra a doença, após a administração das duas doses da vacina chinesa vão decaindo com o tempo. Também a Tailândia já admitiu seguir os passos da Indonésia.

À semelhança de Portugal, o Japão também já acautelou a eventual necessidade de uma dose de reforço. No final de julho, o Ministério da Saúde nipónico anunciou que comprou 50 milhões de doses adicionais da Moderna, com entrega para 2020, segundo a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Afinal, qual é o maior banco do mundo?

Qual o maior banco do mundo? Depende de como se olha para a dimensão das instituições financeiras. Por valor de mercado, é americano, mas quando se olha para os ativos o campeão é chinês.

Há bancos, “banquetas” e “gigantes” do setor financeiro, um pouco por todo o mundo. Mas, afinal, qual é o maior banco à face da terra? Depende de como se olha para a dimensão das instituições, mas uma coisa é certa: não é europeu.

Muito mudou no setor financeiro desde o Lehman Brothers. O colapso do gigante de Wall Street, há mais de uma década, fez tremer as bases de todo o sistema, arrasando bancos um pouco por todo o mundo. Foi uma ferida que durou anos a sarar, deixando marcas num setor que nunca mais voltou à hegemonia de outros tempos.

Antes da crise financeira, a maior desde os “loucos” anos 20, a banca dominava o ranking das empresas mais valiosas do mundo, em termos de valor de mercado. Mas caíram em desgraça, cedendo lugar aos agora “gigantes” das tecnologias.

Apple, Microsoft ou Google, mas também Amazon e Facebook são líderes destacadas entre as maiores capitalizações, com as duas primeiras a estarem avaliadas em mais de dois biliões de dólares. Bancos? Nesta lista, o primeiro que aparece está bem longe do pódio. O JP Morgan não entra sequer no top 10.

O banco norte-americano é o campeão, entre os bancos, em termos de capitalização bolsista, estando avaliado em cerca de 460 mil milhões de dólares, à frente de um conterrâneo, o Bank of America, com uma capitalização em torno dos 320 mil milhões.

Ambos os bancos dos EUA batem o Industrial and Commercial Bank of China, que tem presença em Portugal, mas a instituição financeira chinesa arrasa-os quando se olha para este ranking pelo valor dos ativos.

Ranking dos bancos por valor dos ativos

Nota: Valores em biliões de dólares

O ICBC apresenta 5,11 biliões de dólares em ativos, liderando destacado neste indicador. Mas não é o único banco chinês neste top: aliás, todo o pódio é composto por instituições financeiras chinesas, enquanto o Bank of China surge na quarta posição. A fechar o top 5 surge o Mitsubishi UFJ Financial Group, o maior banco japonês.

Só depois surge, então, o JP Morgan, que fica à frente de dois colossos europeus. O BNP Paribas, de França, fica à frente da instituição britânica HSBC, sendo que mais abaixo no ranking há outra instituição francesa, o Crédit Agricole.

Quais são os hotéis mais caros do país? Quem são as personalidades mais influentes no TikTok? E os gestores mais bem pagos da nossa bolsa? De segunda a sexta-feira, todos os dias há um ranking para ver aqui no ECO.

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Empresas incentivam, mas não obrigam a vacinar preferindo testar muito

A vacinação é uma das principais armas para lutar contra a Covid-19. Em alguns países, empresas e Governos começam a torná-la obrigatória. Em Portugal, continua a ser apenas recomendada e incentivada.

Dos Estados Unidos a França, Governos e empresas começam a avançar com medidas que obrigam os trabalhadores a vacinar-se contra a Covid-19. Na Google e no Washington Post só regressa ao escritório quem já tem a vacinação completa. Em França, os profissionais de saúde são também obrigados a vacinar-se. E nas Filipinas nem sequer se pode sair à rua sem ter as duas doses da vacina. Em Portugal, as empresas ouvidas pela Pessoas não se identificam com estes cenários. A opção? Testagem mais frequente e incentivo à vacinação. Ter a vacina Covid não é requisito obrigatório no regresso ao escritório.

“Estamos a acompanhar as orientações da Direção Geral de Saúde e, neste sentido, neste momento estamos exclusivamente a apelar à vacinação e à auto-testagem, até porque nos termos das leis laborais, nomeadamente no que se refere a cuidados de higiene no local de trabalho, segurança e medicina no trabalho, bem como no âmbito da proteção de dados, é necessário um trabalho constante de adaptação aos constrangimentos decorrentes da pandemia, mas respeitando sempre a lei e os direitos dos colaboradores”, avança João Falcão, diretor de marketing do grupo Ibersol, à Pessoas.

“Acreditamos numa posição pedagógica e neste sentido temos vindo a sensibilizar os colaboradores para a importância da segurança coletiva como eixo fundamental na recuperação do setor e proteção do emprego. Dados recentes, tanto nacionais como internacionais, demonstram que a vacinação aumenta a proteção e reduz significativamente os riscos de doença grave, pelo que o Grupo Ibersol sublinha a importância da vacinação da população em geral como forma de proteção coletiva, quer na perspetiva dos colaboradores como dos clientes”, continua o diretor de marketing do grupo de restauração que gere cadeias como Pizza Hut, Burger King, Taco Bell ou Pasta Café.

Questionado sobre a possibilidade de avançar para a exigência do certificado de vacinação — como, lá fora, algumas empresas têm vindo a decidir — o responsável pelo marketing do grupo Ibersol diz que se está “a cumprir rigorosamente com as leis laborais e gerais”. “Neste momento a vacinação contra a SARS-CoV-2 não tem cariz obrigatório. Estamos, contudo, a aguardar pelas decisões das autoridades oficiais e evoluiremos nesta matéria em função das disposições legais que vierem a ser tomadas”, diz.

Acreditamos numa posição pedagógica e neste sentido temos vindo a sensibilizar os colaboradores para a importância da segurança coletiva como eixo fundamental na recuperação do setor e proteção do emprego.

João Falcão

Diretor de marketing do grupo Ibersol

“Se o enquadramento legal assim o determinar, procederemos em conformidade”, acrescenta João Falcão, salientando, contudo, que no grupo 40% dos colaboradores (cerca de 2.000 pessoas) estão na faixa etária dos 18 aos 25 anos, ou seja, só agora estão a iniciar o processo de vacinação, “ainda com uma percentagem muito baixa de vacinação”.

A Beta-i, por sua vez, não acredita sequer que seja preciso chegar ao ponto da vacinação obrigatória. A consultora de inovação diz que vai manter o regime de teletrabalho, pelo menos, até final do ano, continuando a adotar os cuidados necessários para manter a segurança da equipa, entre eles a verificação da temperatura para entrar no local de trabalho.

“As pessoas que usarem a nossa sede física terão que reservar uma vaga disponível, ao chegar ao escritório fazem sempre teste de febre e providenciamos caixas de auto-testes, máscaras e álcool e uma ficha de presença. Os lugares estão marcados para ocupação e as salas de reunião têm também que ser reservadas previamente. O espaço é limpo duas vezes por dia e temos dispensadores de álcool em todos os sítios”, explica Pedro Rocha Vieira, CEO e cofundador da Beta-i.

Já o offsite de verão, que a empresa costuma fazer de forma presencial, foi uma reunião em regime híbrido, que não implicou viagens e onde só entraram presencialmente os colaboradores com testes negativos dentro do prazo estipulado. “A Beta-i pagou os testes de todos os colaboradores.”

Sempre que necessário, o ManpowerGroup também recorre à testagem dos trabalhadores, seguindo as regras emitidas pela Direção Geral de Saúde. E, acima de tudo, incentiva a vacinação.

“A nossa principal preocupação será sempre a de continuar a privilegiar a saúde, o bem-estar e o conforto dos nossos colaboradores. Valorizamos e aconselhamos a que todos os que trabalham connosco sejam vacinados contra a Covid-19, mas sem impormos qualquer obrigatoriedade no que respeita a este tema”, avança Rui Teixeira, diretor de operações do ManpowerGroup Portugal.

Já no grupo Lisbon Project, a decisão foi tomada em concordância com os colaboradores. Com a adoção do teletrabalho como o formato permanente de trabalho na empresa, os escritórios passam a ser utilizados num sistema de hot seat no qual as equipas se reúnem para discutir projetos específicos. Nessas reuniões, “todos os colaboradores são previamente testados, sendo que, a totalidade da equipa pretende ser vacinada“, conta Ricardo Carvalho, CEO do grupo.

Por um lado, devemos respeitar o livre arbítrio de cada indivíduo, por outro, essa mesma liberdade não pode colocar em risco as liberdades de outros, muito menos quando tratamos de questões relacionadas com a saúde.

Ricardo Carvalho

CEO do grupo Lisbon Project

O líder encara este tema com uma “enorme complexidade”. “Por um lado, devemos respeitar o livre arbítrio de cada indivíduo, por outro, essa mesma liberdade não pode colocar em risco as liberdades de outros, muito menos quando tratamos de questões relacionadas com a saúde.”

“A seguir todas as regras aplicadas pelas autoridades locais”

No setor dos transportes, a Uber, que está presente em cerca de 70 países, diz estar atenta às decisões tomadas pelas autoridades locais. Para já, “a exigência de vacina está a ser aplicada aos colaboradores dos Estados Unidos da América e apenas para os que querem regressar ao escritório“, avança fonte oficial da empresa à Pessoas. “Nos outros países estamos a seguir todas as regras aplicadas pelas autoridades locais.”

Independentemente da “luz verde” do Governo para levantar o teletrabalho, a tecnológica decidiu estender o trabalho à distância até outubro de 2021. “Vamos estar constantemente a medir aquilo que são as práticas e recomendações das organizações de saúde pública e do Governo e, também, aquilo que nós consideramos importante dar aos colaboradores, do ponto de vista de flexibilidade e segurança.”

Também o Lidl assume a mesma postura no que toca à vacinação obrigatória. Sem avançar muitos detalhes sobre o tema, o retalhista alimentar diz que a sua prioridade, desde o início da pandemia, é “assegurar a proteção e segurança de todos os colaboradores e, igualmente, dos clientes”.

“Continuamos, diariamente, a acompanhar todos os desenvolvimentos desta pandemia, atentos ao evoluir da situação, para melhor respondermos aos desafios colocados, reforçando sempre a segurança e higiene”, refere fonte oficial. E relembra: “Dispomos de protocolos de contingência, garantindo que os colaboradores devem proceder no caso de suspeita ou confirmação de infeção por Covid-19. Os colaboradores podem também recorrer à linha do colaborador, que os ajudará no esclarecimento de dúvidas e acompanhamento.”

Vacinação obrigatória ganha adeptos nos EUA

Nos Estados Unidos, depois de o presidente Joe Biden ter admitido que tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória para todos os funcionários federais do país é uma possibilidade que “está a ser considerada”, as decisões começam a surgir no mundo corporativo. Washington Post, Google, Facebook, Netflix, Uber, Morgan Stanley… Os anúncios vão sendo feitos, uns atrás dos outros, um pouco por todos os setores, mas as big tech têm sido as primeiras a avançar com a medida.

A Google encabeçou as tecnológicas ao tomar a decisão de tornar obrigatória a vacinação para os funcionários que voltem ao escritório. Para já, a medida abrange apenas os escritórios dos Estados Unidos, mas o objetivo é estendê-la a outras regiões, avisou o CEO da companhia, Sundar Pichai. “Ser vacinado é uma das formas mais importantes de nos mantermos a nós e às nossas comunidades saudáveis nos próximos meses”, escreveu o Sundar Pichai numa comunicação enviada a todos os colaboradores, à qual o The New York Times teve acesso. E esclareceu que a obrigatoriedade da vacinação aplica-se aos escritórios nos Estados Unidos já “nas próximas semanas”, mas vigorará também noutras regiões “nos próximos meses”.

Por cá, quando contactada pela Pessoas, a companhia remete para o comunicado de Sundar Pichai: a “implementação irá variar de acordo com as condições e com a regulamentação local e não será aplicada até que as vacinas estejam amplamente disponíveis nesse mesmo local”. Sobre quando essa obrigatoriedade se poderá aplicar à equipa em Portugal não adianta detalhes.

À semelhança da Google, o Facebook — que planeia reabrir os seus escritórios com 50% da lotação até ao início de setembro e a capacidade total em outubro — quer os seus funcionários vacinados. “À medida que os nossos escritórios forem reabrindo, exigiremos que qualquer um que venha trabalhar em qualquer um dos nossos escritórios nos EUA seja vacinado. A maneira como implementamos esta política dependerá das condições e regulamentações locais. Continuamos a trabalhar com especialistas para garantir que os nossos planos de regresso ao escritório priorizam a saúde e segurança de todos”, refere o vice-presidente da rede social, Lori Goler, em comunicado.

Também a Netflix já implementou uma política que obriga à vacinação do elenco e equipa de produção de todos os conteúdos americanos. Quanto aos escritórios, a empresa não planeia a reabertura até que a maioria das pessoas seja vacinada, mas a empresa espera que os seus funcionários regressem após o dia do trabalhador, a 7 de setembro.

Embora sem recorrer à vacinação obrigatória, a Apple está a tomar outras medidas. A tecnológica prefere, pelo menos para já, restaurar a sua política de uso obrigatório de máscara na maioria das suas lojas nos EUA, tanto para os clientes como para os funcionários, mesmo que estejam já vacinados.

Em Wall Street, os grandes bancos de investimento estão a enviar uma mensagem aos seus empregadores para voltar ao escritório este verão, mas acompanhados do certificado de vacinação. No final de junho, o Morgan Stanley anunciou que apenas os funcionários vacinados teriam as portas do escritório abertas. Os restantes seriam obrigados a trabalhar remotamente.

Com uma postura menos rígida, o Goldman Sachs está a pedir aos seus funcionários que comuniquem o seu estado de vacinação, mas não faz do certificado de vacinação um requisito obrigatório para entrar no escritório. O JP Morgan pede o mesmo, mas apenas para realizar o registo num portal interno.

Vacina contra a Covid obrigatória para alguns setores

Embora em Portugal a vacinação seja voluntária — e continue a ser meramente recomendada na maioria dos países europeus — há cada vez mais países a torná-la obrigatória para alguns setores, como é o caso dos profissionais de saúde ou dos trabalhadores em lares.

Em Itália entrou em vigor em abril uma lei de emergência sanitária que prevê que “as pessoas que trabalham em estruturas socio-sanitárias, públicas e privadas, em farmácias e consultórios privados, estão obrigadas a ser vacinadas”. O objetivo passa por “proteger o máximo possível a equipa médica e paramédica e aqueles que estão em ambientes que podem estar mais expostos ao risco de infeção”, explicou o Governo de Mario Draghi, em comunicado, citado pela Reuters.

Também, no mês passado o Reino Unido seguiu os passos de Itália, anunciando que a vacina contra a Covid-19 passará a ser obrigatória para todos os funcionários de lares de idosos em Inglaterra. Esta medida ainda deverá ser aprovada, mas estima-se que entre em vigor já em outubro e terá um período de carência de 16 semanas (cerca de quatro meses). O Governo inglês está também a ponderar estender esta medida aos profissionais de saúde.

Mais recentemente, o presidente francês anunciou também que a vacinação vai passar a ser obrigatória a partir de 15 de setembro para todos os profissionais de saúde, incluindo todo o pessoal dos lares, hospitais e serviços administrativos. “Se não agirmos agora, o número de casos e hospitais vai aumentar”, afirmou Emmanuel Macron, numa comunicação ao país. O Chefe de Estado francês foi mais longe e chegou a admitir alargar esta obrigatoriedade a toda a população.

A Grécia tomou a mesma decisão, numa altura em que se regista uma subida de infeções no país associados à variante Delta. A partir de 16 de agosto, os funcionários de lares de idosos vão ser suspensos se não agendarem a vacina contra a Covid-19. O mesmo acontecerá aos trabalhadores de hospitais públicos e privados se não o fizerem, a partir de 1 setembro. “O país não fechará novamente por causa de alguns”, disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, acrescentando que “não é a Grécia que está em perigo, mas os gregos não vacinados”, alertou, numa declaração transmitida pelas televisões e citada pela Reuters.

Fora da Europa, nas Filipinas, que se depara com um dos piores surtos da Ásia, as pessoas que não forem vacinadas contra a Covid não terão permissão para sair de casa, anunciou o presidente filipino, Rodrigo Duterte. “Você escolhe, vacina ou prisão”, disse durante um discurso televisivo, na sequência de relatos de baixa afluência em vários locais de vacinação na capital, Manila. “Não me interpretem mal, há uma crise neste país. Estou apenas exasperado com o facto de os filipinos não prestarem atenção ao Governo”, acrescentou, citado pela CNN.

E pela Oceânia, mais precisamente nas ilhas Fiji, o lema é: “No jabs, no job“, o que significa “sem vacinas, sem emprego”. Quem não for vacinado contra a Covid-19 não vai poder trabalhar. Os funcionários públicos devem estar vacinados, pelo menos com a primeira dose da vacina, até 15 de agosto, sendo que serão despedidos se não receberem a segunda dose da vacina até 1 de novembro, de acordo com a AFP.

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Rola a bola no relvado. Mas quanto custa ver futebol na TV?

  • Carolina Bento
  • 4 Agosto 2021

O futebol está de volta. Já é possível ter público nas bancadas, mas os lugares não chegam para todos. Muitos terão de ver os encontros na televisão, mas terão de pagar por isso. Veja quanto.

Os amantes de futebol estiveram muito tempo longe das bancadas, fruto das medidas impostas pela pandemia. Agora já se vê uma “luz ao fundo do túnel”, com o novo programa de desconfinamento, mas ainda não é possível viver a euforia do futebol como antes da Covid-19. Apesar de os estádios já permitirem algum público, não há lugar para todos. Muitos terão, por isso, que continuar com lugar reservado no sofá para seguir os jogos das suas equipas, mas para isso é preciso pagar.

A bola começa a rolar nos relvados já esta quarta-feira, 4 de agosto, com o SL Benfica a disputar a terceira pré-eliminatória para a Liga dos Campeões com o Spartak Moscovo. Pode acompanhar o relato na Benfica TV (BTV) às 18h, em direto. Se estiver a pensar acompanhar o jogo e ainda não tiver a BTV, pode subscrever o canal por 9,90 euros por mês, nas principais operadoras: Nos, Nowo, Meo e Vodafone. Por outro lado, pode ver o jogo em direto na SPORT TV +.

E se o Benfica vencer? Os encarnados encaixam os milhões da Champions, mas os adeptos que queiram ver os restantes jogos terão de gastar mais alguns euros com outra subscrição.

É na Eleven Sports que serão transmitidas as partidas da liga milionária, sendo que o canal acabou de lançar um novo passe semestral que poderá ser subscrito por 59,94 euros (9,99 euros por mês). A adesão pode ser feita a partir de agora e até 30 de setembro. Este passe permite o acesso aos seis canais, com alta definição Full HD, catálogo On Demand (possibilidade de escolher os jogos que quer ver online, mesmo que já sejam antigos), e a opção de assistir em dois dispositivos em simultâneo.

A partir de setembro, contudo, há pacotes da Eleven que vão sofrer alterações nos preços, exigindo um esforço um pouco maior a quem quer ver o futebol, mas também os restantes deportos, como a Fórmula 1. O passe mensal fica mais caro: de 10,99 euros por mês passará a custar 11,99 euros, enquanto do passe anual vai aumentar 10 euros para 119,99 euros (9,17 euros por mês). Existe ainda um passe, válido durante 48h seguintes à adesão, que custa 6,99 euros.

Primeira Liga arranca mais barata na Sport TV

Esta semana é rica para os fãs de futebol. Na sexta-feira, 6 de agosto, começam os jogos da Primeira Liga, com o confronto entre o Sporting CP e o Vizela, às 20h15, na Sport TV 1. Bem a propósito, a Sport TV lançou algumas novidades, incluindo um novo canal, a Sport TV 6, e um modelo de subscrição. Este pacote é válido durante cinco dias, com 120 horas de acesso, com todos os canais Sport TV e NBA TV, Multiroom (em duas boxes em simultâneo). Durante cinco dias, o modelo fica a 14,99 euros.

Outra novidade que a Sport TV lançou recentemente foi o novo acesso HD com Multiscreen a 24,99 euros por mês (antes custava 29,99 euros), com fidelização anual e acesso a todos os canais SPORT TV e NBA TV. A modalidade Multiscreen permite acesso em várias plataformas, como a televisão, smartphone, tablet ou desktop, a partir da app Sport TV.

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Jacinto vai fornecer 200 carros de bombeiros à Roménia por 40 milhões de euros

O fornecimento destes veículos de perfil mais urbano será feito ao longo de três anos. Empresa receia aumento dos preços das matérias-primas e atrasos na entrega de componentes.

A Jacinto ganhou um concurso internacional, que pode chegar aos 40 milhões de euros, para fornecer 200 carros de bombeiros à Roménia.

“Ganhámos o concurso internacional e assinámos o pré-acordo para um contrato muito grande para a Roménia. São 200 veículos de combate às chamas”, conta ao ECO o diretor-geral desta média empresa familiar de Ovar, Jacinto Reis.

O fornecimento destes veículos de perfil mais urbano será feito ao longo de três anos. Mas tendo em conta os tempos de incerteza que se vivem, devido à pandemia de Covid-19, isso é um fator de risco. “Há sempre riscos associados ao aumento dos preços ou riscos de as empresas a quem se encomendam os componentes não cumprirem os prazos”, exemplifica.

O diretor-geral da empresa que concorre com multinacionais como a americana Oshkosh e a alemã Rosenbauer — empresas cotadas em bolsa, que faturam cerca de mil milhões de euros ao ano — reconhece que já sente constrangimentos logísticos, nomeadamente ao nível do fornecimento de componentes para acabar os produtos finais. “São produzidos noutros países e com as medidas de confinamento mais sérias isso gera atrasos de meses e pode levar a paragens de linhas de produção”, sublinha Jacinto Reis, recordando o caso da escassez no fornecimento de chips e semicondutores que já levou várias empresas a parar por alguns dias ou semanas.

“A MAN tem cerca de quatro mil chassis incompletos em parque por falta de componentes eletrónicos que são fornecidos pela Índia”, que se debate com mais de 30 mil casos diários de Covid-19.

Aos riscos de paragem por falta de componentes há ainda a subida dos preços das matérias-primas. As matérias-primas também enfrentam problemas de escassez, mas tornaram-se “num investimento muito apetecível”, como sublinhou recentemente Rafael Campos Pereira, vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). “Particularmente no mercado de futuros, os institucionais estão a comprar as matérias-primas como commodities, pelo que os nossos fabricantes agora também se veem obrigados a concorrer não só com fabricantes de outros países, mas com os próprios investidores”, explicou em declarações à Lusa.

Segundo o inquérito mensal da Associação Empresarial de Portugal, a indisponibilidade de matérias-primas e de produtos intermédios, aliadas às dificuldades nos circuitos comerciais por falta de contentores, são os “novos constrangimentos” apontados pelas empresas portuguesas.

Para Jacinto Reis “é bom ter vendas, mas o problema é efetuá-las”. “Andamos todos sem saber o que fazer”, desabafa.

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“Hipótese de um IPO da Sonae MC poderá ser explorada no futuro”, diz CFO da Sonae

Encaixe da venda de 25% da dona do Continente à CVC será usado para novos investimentos. "Seremos muito rigorosos na identificação de oportunidades e não temos pressa", garante João Dolores.

Não foi no IPO em 2018, devido às condições no mercado bolsista, foi agora. No primeiro dia de agosto, a Sonae anunciou o acordo para a venda de 24,99% da Sonae MC à CVC Capital Partners por 528 milhões de euros, acrescidos de um pagamento contingente diferido de até 63 milhões, num negócio que vinha a ser preparado nos últimos dois meses. Mas porquê agora e com que objetivo? E o que ganha em troca o gigante europeu do private equity?

“Através da entrada de um investidor estratégico como a CVC, atingimos muitos dos objetivos que tínhamos quando explorámos o IPO mas com condições mais atrativas para a Sonae, nomeadamente uma avaliação substancialmente superior e a possibilidade de contar com um acionista de referência que contribuirá com o seu know-how e experiência para o sucesso da empresa”, sublinha João Dolores, administrador financeiro (CFO) da Sonae, em resposta ao ECO.

A Sonae SGPS avançou a 4 de outubro de 2018 com um IPO de até 25% do capital, que avaliava a empresa entre 1,4 e 1,6 mil milhões, mas abandonou a operação no dia 11 perante a forte turbulência nos mercados. O mês terminaria como o pior para o índice S&P500 desde setembro de 2011. O negócio com a CVC avalia o retalho num intervalo entre 2,1 e 2,36 mil milhões. Ainda assim, João Dolores não afasta a venda de novas parcelas do capital em bolsa: “A hipótese IPO poderá ainda vir a ser explorada no futuro”. As ações da holding reagiram em alta na segunda-feira, mas acabaram por corrigir.

O “timing” e a avaliação foram elogiados pelos analistas. Quer a JB Capital Markets, quer o CaixaBank BPI assinalaram que o negócio avalia a Sonae MC acima do valor que era por eles atribuído. “Cristaliza parte do valor da unidade central da Sonae com uma avaliação atraente”, sublinha a primeira, acrescentando que “o momento não poderia ser melhor”, dado o impacto positivo da covid-19 no consumo de alimentos e o desempenho acima dos pares. A retalhista conseguiu um crescimento de 5,4% das receitas no primeiro trimestre e de 7,3% no EBITDA, em relação aos primeiros seis meses de 2020.

O que motivou o negócio?

O administrador financeiro da Sonae SGPS salienta que a “operação melhora a posição financeira do grupo”, isto é, permite encolher a dívida, que no final de junho era de 1,5 mil milhões. Mas esse não será o principal motivo, nem o destino final do dinheiro. A venda “permite que analisemos novas oportunidades de investimento com mais ambição e confiança”, explica.

"O que podemos assegurar é que seremos, como sempre, muito rigorosos e disciplinados na identificação e análise de oportunidades.”

João Dolores

CFO da Sonae SGPS

Nos tempos que correm ter 528 milhões parados em cash faz pouco ou nenhum sentido. Mas João Dolores não abre o jogo sobre os planos da Sonae: “É cedo para dizer exatamente onde iremos investir no futuro. O que podemos assegurar é que seremos, como sempre, muito rigorosos e disciplinados na identificação e análise de oportunidades e que não temos pressa. A Sonae tudo fará para se manter fiel ao historial de sucesso de criação de valor para os seus acionistas e restantes stakeholders“.

A Sonae fez uma conference call com analistas na segunda-feira para dar algumas explicações sobre o negócio. O analista financeiro António Seladas, da AS Independent Research, enviou uma nota aos clientes, onde dá conta do que foi dito e assinala que a empresa disse não ter planos para usar o encaixe em dividendos extra ou programas de compra de ações.

O reforço na Nos, onde a Sonae SGPS tem, direta e indiretamente, cerca de 33% do capital, é um cenário admitido por António Seladas. Recorde-se que a maior fatia (52,15%) é detida a meias com Isabel dos Santos, que tem as ações arrestadas. As ações dispersas no mercado (free-float) equivalem a cerca de 40%. No entanto, na conference call, o CFO afirmou que a empresa está “satisfeita” com as participações atuais na Sonae Sierra e na Nos.

Dividendo atrativo para a CVC

Para a CVC, o investimento permite ganhar exposição a uma retalhista que gera “cash flows” elevados e paga este ano 140 milhões em dividendos relativos aos resultados de 2020, o que tendo em conta a avaliação implícita no negócio com a Sonae equivale a uma rentabilidade de 6,6%. Uma yield difícil de encontrar no atual contexto de taxas de juro.

Na conference call, João Dolores referiu que existe uma política de dividendos definida para a Sonae MC, mas não adianta qual. “Não podemos comentar os termos do acordo efetuado entre as partes, que, compreensivelmente, é confidencial. O que poderemos afirmar é que a CVC terá os direitos habituais de um acionista minoritário com uma participação desta magnitude”, responde ao ECO.

"Não esperamos que esta transação represente qualquer constrangimento ou limitação à flexibilidade financeira da Sonae MC.”

João Dolores

CFO da Sonae SGPS

O CFO garante, no entanto, que a remuneração aos acionistas não irá criar entraves aos planos de investimento da dona do Continente. “Relativamente aos dividendos, não esperamos que esta transação represente qualquer constrangimento ou limitação à flexibilidade financeira da Sonae MC.”

Tal como a CVC espera valorizar a sua participação, João Dolores também acredita que “a experiência significativa que o novo parceiro tem nos mercados de retalho internacionais e a forma disciplinada como perspetiva a criação de valor a longo prazo podem traduzir-se em novas ideias que podem ser exploradas pela Sonae MC, contribuindo para o sucesso da empresa no futuro. A estratégia da empresa não irá mudar, mas a forma de a executar pode beneficiar muito do desafio e contributos do nosso novo parceiro.”

Aos analistas, o CFO admitiu a possibilidade de a CVC vir a desinvestir através de um IPO, mas acredita que a Sonae encontrou um parceiro de longo prazo para o retalho. A conclusão da operação está prevista ainda para o mês agosto, momento em que o private equity passará a ter representação no conselho de administração da Sonae MC.

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Turismo está com dificuldades em contratar apesar do desemprego

Ainda que o turismo tenha sido dos setores onde o desemprego mais cresceu, as empresas estão agora a ter dificuldade em recrutar trabalhadores. Escassez de pessoal pode por em risco retoma, avisam.

A crise pandémica fez tremer o mercado de trabalho. No turismo, foram mais de 101 mil os empregos destruídos, entre o primeiro trimestre de 2021 e o período homólogo de 2020, tendo sido este um dos setores mais castigados pela Covid-19. Ainda assim, e num momento em que já se adivinha alguma retoma, os empregadores confessam dificuldades em recrutar pessoal. O problema não é novo, mas pode por em risco agora a recuperação do setor e da economia nacional, avisam. Os salários baixos e a elevada precariedade explicam essa escassez de mão-de-obra, dizem os sindicatos. Mas também a “migração” dos trabalhadores para outras áreas, nos muitos meses em que as atividades turísticas estiveram “congeladas”.

Já em abril de 2020, a Organização Internacional do Trabalho reconhecia que a pandemia estava a ter um “efeito devastador” no mundo laboral. No turismo, o impacto foi “imediato e expressivo“, sublinhava a OIT. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, nesse setor, por força da crise sanitária e das restrições impostas em reação, foram destruídos mais de 101 mil empregos, entre os primeiros três meses de 2021 e o mesmo trimestre de 2020 (primeiro período a ser influenciado pela Covid-19).

Primeiro trimestre ficou marcado por quebra no emprego no turismo

Fonte: INE

Em causa está um recuo homólogo de 31,4% do emprego nas atividades ligadas ao alojamento, restauração e similares, que confirmam que o setor em causa tem estado entre os mais castigados pelo novo coronavírus.

Apesar de milhares de trabalhadores do turismo terem perdido, assim, os seus postos, os empregadores desse setor garantem agora que estão a ter dificuldade em recrutar pessoal, num momento em que, à boleia dos avanços na vacinação e do alívio das restrições, se adivinha alguma recuperação — aliás, quase 19% das ofertas captadas, em junho, pelos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional estavam ligadas ao alojamento, restauração e similares. “As empresas que estão a conseguir alguma retoma da sua atividade já iniciaram processos de recrutamento mas, estranhamente, têm-se deparado com muitas dificuldades em encontrar pessoas que estejam disponíveis para trabalhar nestes setores”, conta ao ECO a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

Também a Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) alerta para esse problema: “Não há pessoal para contratar“. E a Confederação do Turismo de Portugal sublinha que, já antes da pandemia, as empresas tinham “inúmeras dificuldades em encontrar pessoas para trabalhar“, problema que “seguramente irá regressar com a retoma”.

As empresas especializadas em recrutamento ouvidas pelo ECO pintam o mesmo cenário. “Os processos de recrutamento que a Adecco desenvolveu recentemente foram realizados com dificuldade, nomeadamente na procura, seleção e aceitação destes recursos”. E a Manpower Group põe o turismo no topo do pódio dos setores que “não conseguem encontrar talento com as competências procuradas”.

Na perspetiva dessa última recrutadora, as dificuldades têm como principal motor a transformação que o turismo viveu em função da própria pandemia. Hoje, há novos padrões de consumo, novos modelos de negócios, expectativas diferentes por parte dos clientes. A indústria transformou-se e, em consequência, também mudaram os perfis de trabalhadores desejados pelos empregadores.

Logo, há um “desencaixe” entre os trabalhadores do turismo que a Covid-19 atirou para o desemprego — que estavam adaptados aos contornos pré-pandémicos — e aqueles que as empresas procuram agora. “Hoje procura-se um misto de pessoas com skills técnicos, mas também comportamentais e tecnológicos. O resultado é um maior distanciamento entre os trabalhadores que detêm esse skillset particular e os que o não detêm”, sublinha Vítor Antunes, managing director da Manpower Group, em declarações ao ECO.

A Adecco acrescenta um outro motivo para o agravamento da escassez de mão-de-obra no turismo: a “migração” para áreas profissionais mais estáveis. “Os candidatos que possuem formação académica e experiência profissional na área do turismo, devido à pandemia, à instabilidade que o setor passou e à insegurança que sentem, têm procurado outras áreas de atividade, mostrando motivação para desenvolver competências em áreas profissionais completamente diferentes”, observa Joana Esteves, team leader dos Recursos Humanos da recrutadora.

Esse motivo também é indicado pela AHRESP, referindo que a inatividade das empresas turísticas — resultante das restrições impostas para conter a propagação do vírus pandémico — levou os trabalhadores a deslocarem-se para “outras atividades que, ainda assim, não foram tão afetadas”. “E isso pode significar que, no curto prazo, [esses trabalhadores] podem não ter condições de retornar [ao turismo] ou simplesmente não querem retornar“, acrescenta a associação.

A AHRESP sublinha, por outro lado, que a época de férias também pode estar a fazer “muitos adiarem o seu regresso”, ainda que este período coincida “precisamente com a época de maior procura e, logo, de maior necessidade de trabalhadores”. “Este ‘abandono’ da atividade turística suscita-nos grandes preocupações, uma vez que as pessoas são o ativo mais importante em qualquer atividade e em especial no turismo, e a formação e qualificação dos seus trabalhadores tinha vindo a ser uma grande aposta das nossas empresas, que agora correm o risco de perder este valioso capital humano, com reflexos na qualidade do produto turístico que temos para oferecer”, alerta a associação.

A APHORT adiciona uma outra justificação possível para a escassez de pessoal disponível: os entraves à migração decorrentes da crise pandémica. “Uma parte do emprego tinha origem na migração e essa, de momento, não existe”, salienta a referida fonte ao ECO.

Para o economista José Reis, da Universidade de Coimbra, motivos como a transferência de trabalhadores para outras áreas são “razoáveis” na justificação do “desencaixe” entre desempregados e vagas disponíveis, mas acompanham outros como as baixas remunerações praticadas no turismo português, a precariedade e o receio dos trabalhadores perante um setor marcado pela vulnerabilidade.

Dificuldade em recrutar? “Não acredito”

Enquanto os empregadores garantem que o recrutamento de pessoal para a fase da retoma não está a ser fácil, os representantes dos trabalhadores deixam claro que “não acreditam” que haja dificuldades nesse processo. Em alternativa, o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITESE) atira: “Acredito, sim, que as empresas estão com dificuldades em encontrar trabalhadores que no contexto atual tenham disponibilidade imediata pelas condições que são apresentadas. Há dificuldades de recrutamento quando não existe mão-de-obra disponível. Ela aqui existe, não tem é o mesmo ritmo e a mesma expectativa”.

Em declarações ao ECO, o sindicato lembra que, ainda antes da pandemia, a escassez de mão-de-obra era uma queixa frequente das empresas, embora, nas mesas negociais, essas mesmas empresas mantivessem “uma postura muito conservadora“. Já quanto ao presente e ao futuro, o SITESE frisa que milhares de trabalhadores estiveram em lay-off, outras centenas viram os seus contratos não renovados e muitos foram alvo de despedimentos. E tudo isso pesa nas escolhas no momento de regresso ao mercado de trabalho. “Trabalhadores a quem é pedido agora que se atirem de cabeça para a incerteza“, salienta o sindicato.

Os representantes dos trabalhadores explicam, além disso, que o retorno ao trabalho é agora sinónimo de um confronto entre uma prestação social e um salário. “Os trabalhadores têm que ter a certeza de que não se vão arrepender dessa escolha“, defende o SITESE. E acrescenta: “É fundamental transmitir segurança ao setor, para garantir que os vínculos propostos pelas empresas são estáveis e que os trabalhadores não receiam arriscar”.

A propósito desse confronto entre o regresso ao trabalho e os apoios sociais, o economista José Reis alerta que essas prestações não são um desincentivo ao retorno ao mercado, uma vez que o “desemprego voluntário é residual” e que o trabalho, “além do que significa em termos económicos, é um mecanismo de inclusão na sociedade“. “Parto sempre do pressuposto que qualquer pessoa, na sua relação com o mercado de trabalho, tem o desejo de ter emprego“, salienta, referindo, além disso, que os apoios hoje disponíveis nem são “muito generosos” para que a hipótese desse estímulo “à preguiça” seja colocada em cima da mesa.

Por outro lado, e em linha com este economista, o SITESE avisa que as baixas remunerações e a precariedade de vínculos devem ser também temas a ter em atenção na resolução da escassez de mão-de-obra que aflige os empregadores do turismo.

O que estão os empregadores dispostos a oferecer?

A Confederação do Turismo de Portugal é clara: as empresas terão de saber captar e reter talento e isso passa pela formação, qualificação e oferta de boas condições de trabalho.

Esses mesmos três focos são destacados pela AHRESP, que diz que o reforço da atratividade do emprego no turismo passa “necessária e essencialmente pela formação, qualificação e dignificação dos profissionais”. O objetivo, frisa a associação, é que as pessoas vejam nestas atividades “uma verdadeira aposta de carreira“. “O trabalho da AHRESP só estará concluído quando as famílias portuguesas ambicionem que os seus filhos prossigam uma carreira profissional nos setores do turismo”, adianta a mesma fonte.

Para esse fim, a AHRESP lançou, de resto, uma nova plataforma de recrutamento especializada nas áreas do turismo. Chama-se RISEHORECA e a associação espera que “ajude a colmatar algumas necessidades de recrutamento e seja um facilitador da oferta e da procura“.

A propósito da necessidade da aposta na formação, Bernardo Trindade, do Porto Bay Hotels & Resorts, diz, por sua vez: “Muitas das vezes temos dificuldade em recrutar, porque as pessoas não têm os níveis de formação“. E defende que, mesmo enquanto estão em casa, é preciso garantir que os trabalhadores vão reforçando as suas qualificações e competências.

As empresas especializadas em recrutamento acrescentam, por outro lado, diferentes prioridades a essa lista de pontos importantes para captar talento. A Adecco garante que os seus clientes estão preocupados “em querer dar alguma estabilidade profissional” aos seus trabalhadores; Por exemplo, através de contratos permanentes. E a Manpower Group cita o seu estudo “What Workers Want” para enumerar as cinco principais necessidades dos trabalhadores: remuneração, flexibilidade, desenvolvimento de carreira, desafio profissional e identificação com o propósito organizacional. “Fica do lado das organizações responder a este repto”, afirma Vítor Antunes.

Escassez de pessoal pode ameaçar retoma

A falta de mão-de-obra que corresponda às necessidades dos empregadores, nesta nova fase da pandemia, pode por em risco a recuperação do turismo e, em consequência, da economia nacional. Quem o diz são as associações que representam as empresas ligadas a essas atividades.

“Se não encontrarmos as respostas para o facto de termos 100.000 desempregados e, mesmo assim, continuarmos sem pessoas para trabalhar, esta falta pode comprometer uma retoma, mas também a qualidade do nosso produto turístico que era reconhecido como de excelência”, alerta a AHRESP, referindo que as pessoas são “o ativo mais importante em qualquer atividade”.

A CTP concorda: “Sem recursos, não é possível manter a oferta estruturada e o serviço de qualidade que nos caracteriza enquanto destino turístico”. Já a APHORT contraria e atira que acredita que o setor “vai ser capaz de se adaptar às circunstâncias, como já o fez tantas vezes”.

“Portugal precisa de um turismo forte, para garantir a sua retoma económica e compete a todos os agentes do mercado garantir que os desafios são ultrapassados”, acrescenta Vítor Antunes, da Manpower Group. E o economista José Reis salienta que o “turismo não vai ser o que era“. “Então que seja melhor. Mais criador de valor para a economia. É bom que crie mais valor, pague melhores salários que correspondam aos níveis de qualificação e serviços elevados”, defende.

Questionado sobre esta escassez de mão-de-obra no turismo, o Ministério de Pedro Siza Vieira enfatiza, por sua vez, que a pandemia veio “acelerar a urgência de transformação do paradigma da formação“, exigindo-se uma “aposta decisiva na qualificação dos recursos humanos“. “A Secretaria de Estado do Turismo está empenhada em valorizar as profissões do setor, dotando as empresas do conhecimento e instrumentos necessários para o efeito. Está ainda empenhada em garantir que existam as condições para captar recursos humanos com formação em outras áreas de conhecimento, como História, Biologia, Arquitetura, Literatura entre outras, e que poderão acrescentar valor em termos de experiência para o turista que nos visita”, detalha a mesma fonte governamental.

Os empregadores do turismo mantêm-se, por agora, atentos à evolução da pandemia e às restrições que a acompanham, que determinarão, por sua vez, o ritmo da procura, mas também a confiança que levará os trabalhadores a um eventual regresso ao mercado e aos postos disponíveis. Mantêm-se à espera de dias mais “solarengos”.

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Crianças com cancro, diabetes, obesidade entre as prioritárias para vacina contra a Covid-19

  • Lusa
  • 3 Agosto 2021

Na norma atualizada pela DGS estão ainda incluídas doenças neurológicas, que englobam a paralisia cerebral e distrofias musculares, e perturbações do desenvolvimento, como a Trissomia 21.

As crianças com idades entre os 12 e os 15 anos que tenham cancro ativo, diabetes, obesidade, insuficiência renal crónica estão entre as que devem ser vacinadas prioritariamente contra a covid-19, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A norma da Campanha de Vacinação Contra a COVID-19 atualizada esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) determina também como doenças prioritárias para vacinação a transplantação e a imunossupressão.

Segundo a norma, estão ainda incluídas doenças neurológicas, que englobam a paralisia cerebral e distrofias musculares, as perturbações do desenvolvimento, como a Trissomia 21 e perturbações do desenvolvimento intelectual grave e profundo. A doença pulmonar crónica, doença respiratória crónica, como asma grave e fibrose quística também estão entre as prioritárias.

As vacinas podem ser administradas nos menores desde que esteja presente quem tem a guarda do menor ou a pessoa a quem o menor tenha sido confiado.

“No caso dos adultos com incapacidade para consentir deve obter-se autorização do representante legal”, acrescenta a norma.

A DGS recomendou na sexta-feira a vacinação prioritária contra a covid-19 de crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades associadas, que possam conduzir a uma doença grave ou à morte, esclarecendo mais tarde que os menores sem doenças precisam de prescrição médica para serem vacinados.

A vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos, seguindo o plano de vacinação em curso.

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Apesar do risco da variante Delta, Obama prepara festa de aniversário com 500 convidados

  • ECO
  • 3 Agosto 2021

Celebração ao ar livre de Barack Obama, em Massachusetts, vai realizar-se numa altura em que se tem registado um aumento nas infeções de Covid-19 nos EUA, devido à variante Delta.

Barack Obama, que completa 60 anos, está a planear uma festa de aniversário ao ar livre com cerca de 500 amigos e familiares. A celebração do ex-presidente norte-americano ocorre numa altura em que a situação da pandemia nos Estados Unidos volta a levantar preocupações, devido à propagação da variante Delta do coronavírus.

Na festa, que se irá realizar esta sexta-feira na ilha de Martha’s Vineyard, em Massachusetts, vão também trabalhar aproximadamente 200 pessoas, segundo o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol). Os participantes foram convidados a vacinarem-se e a fazer um teste antes de viajar para a praia particular da festa.

Na lista de convidados de Obama constam nomes como Oprah Winfrey e Steven Spielberg. Já o presidente norte-americano, Joe Biden, não poderá comparecer ao evento, segundo adiantou um porta-voz da Casa Branca em comunicado, sem dar motivos para o antigo vice de Obama não marcar presença.

Segundo a imprensa norte-americana, na casa à beira-mar onde será realizado o evento haverá um “coordenador do coronavírus” para garantir que os convidados seguem os protocolos de segurança sanitária.

Após o aumento nas infeções, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) recomendaram, na semana passada, o uso de máscaras em multidões, tanto em locais públicos como em ambientes fechados, a todos os cidadãos, incluindo os vacinados.

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