Validação de faturas dá a contribuintes da categoria B mais 1,8 milhões no IVAucher

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2021

“Foi atribuído aos contribuintes com rendimentos de categoria B de IRS um reforço total de saldo IVAucher no valor de 1,8 milhões de euros", adianta o Ministério das Finanças.

A validação de faturas de restauração, alojamento e cultura após 24 de setembro e até 15 de novembro permitiu aos contribuintes com rendimentos da Categoria B acumular mais 1,8 milhões de euros de saldo no IVAucher.

Foi atribuído aos contribuintes com rendimentos de categoria B de IRS um reforço total de saldo IVAucher no valor de 1,8 milhões de euros“, disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças, sinalizando que o reforço chega a 37.500 contribuintes.

Este valor acresce aos 82 milhões de euros de saldo de IVAucher apurado em setembro na sequência das compras naqueles três setores efetuadas durante os meses de junho, julho e agosto.

O saldo acumulado por cada contribuinte no âmbito do IVAucher foi apurado até ao dia 24 de setembro. Porém, e para contornar o facto de haver empresas que se atrasam a comunicar as faturas ao Portal das Finanças, e de os contribuintes da categoria B terem de classificar as faturas (indicando se a despesa foi feita no âmbito da atividade) para que estas possam ser elegíveis para o programa, foi decidido considerar as faturas que estes classificaram após aquela data e até 15 de novembro.

Segundo a mesma informação do Ministério das Finanças, foram 400 mil as faturas classificadas após 24 de setembro, sendo estas “referentes a consumos nos setores do alojamento, cultura e restauração entre junho e agosto de 2021”.

Através do programa IVAucher a totalidade do valor do IVA acumulado pelos consumidores em compras na restauração alojamento e cultura durante os meses de junho, julho e agosto pode ser descontada em compras efetuadas nesses mesmos setores entre outubro e dezembro.

O valor reembolsado aos consumidores equivale até 50% da nova compra – caso o montante de que dispõe na sua conta IVAucher seja suficiente para tal – sendo este transferido de forma automática para a conta bancária.

Para usufruir do programa, os contribuintes têm de se registar na plataforma www.ivaucher.pt, sendo também aqui que podem depois consultar o seu saldo e os reembolsos já efetuados.

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EDP Renováveis e LS Electric chegam a acordo para desenvolver projetos na Coreia do Sul

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2021

"Esta aliança também vai permitir à EDP Renováveis contar com o apoio da LS ELECTRIC no envolvimento com as comunidades próximas dos locais dos projetos", explica EDP.

A EDP Renováveis chegou a acordo com a LS Electric, líder mundial de soluções inteligentes de energia, para a promoção conjunta de projetos de energia renovável na Coreia do Sul.

Em comunicado, a EDP, que detém 74,98% da EDP Renováveis (EDPR), refere que o memorando de entendimento agora assinado marca o início das negociações para o desenvolvimento de projetos de energias renováveis na Coreia do Sul, prevendo também a cooperação na oferta de produtos e soluções, tanto em projetos neste país asiático, como internacionais.

Esta aliança também vai permitir à EDPR contar com o apoio da LS ELECTRIC no envolvimento com as comunidades próximas dos locais dos projetos”, sustenta o mesmo comunicado.

A EDP acentua ainda que a parceria agora firmada é mais um sinal da ambição internacional da EDPR e do seu empenho em continuar a expandir a sua presença global e acelerar a execução de oportunidades no continente asiático.

Neste contexto, sublinha que “a Coreia do Sul já provou ser um ator chave na transição energética, uma vez que o seu Governo se compromete a atingir a neutralidade carbónica até 2050”.

Recorde-se que em junho, a EDPR e a Ocean Winds (OW) anunciaram durante o “South Korea-Spain Digitalization and Sustainability Business Forum”, a assinatura de um acordo de investimento não vinculativo de 100 milhões de dólares, através do qual pretendem desenvolver centrais solares fotovoltaicas e eólicas offshore de grande escala no país. O objetivo da EDPR é desenvolver um complexo fotovoltaico de 200MW em Goheung, província de Jeolla do Sul.

A EDPR é o quarto maior produtor mundial de energias renováveis. Em fevereiro, durante a conferência de imprensa para a apresentação do plano estratégico da energética da EDP para 2021-2025, o presidente executivo, Miguel Stilwell d’Andrade, anunciou que o grupo prevê um investimento de 1.200 milhões de euros, 5% do total previsto de 24.000 milhões até 2025, em novos mercados asiáticos, como, por exemplo, no Vietname, Coreia do Sul, ou Japão.

A LS Electric concentra a sua atividade na potência e automação e lidera a indústria de soluções inteligentes de energia a nível mundial. A empresa opera três centros de I&D na Coreia do Sul e um na China, quatro fábricas na Coreia do Sul e duas na China e uma no Vietname, detendo ainda 20 empresas e filiais em todo o mundo, incluindo nos Estados Unidos, Japão e Países Baixos. Entre os planos da empresa está a abertura de uma nova filial em Espanha para fornecer serviços de armazenamento de energia ao negócio da energia solar.

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OCDE avisa que Portugal deveria evitar subidas rápidas do salário mínimo

OCDE diz que Portugal deve evitar subidas rápidas do salário mínimo, poucos dias depois de ter sido confirmado aumento de 40 euros. Avisa também que Governo não deveria reverter reformas laborais.

Menos de uma semana depois de o Governo ter confirmado a subida do salário mínimo para 705 euros em 2022, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vem agora recomendar a Portugal que evite aumentos rápidos da retribuição mínima mensal garantida, uma vez que tal poderá reduzir as oportunidades laborais principalmente para os trabalhadores com menos qualificações.

“O Governo deveria evitar aumentos abruptos dos custos dos despedimentos, na medida em que isso poderia desencorajar a criação de empregos, e subidas rápidas do salário mínimo, uma vez que tal poderia reduzir as oportunidades laborais em particular para os trabalhadores pouco qualificados e contribuir para altos níveis de custos de trabalho, que são ineficientes, a longo prazo”, avisa a OCDE no “Economic Outlook”, relatório que foi divulgado esta quarta-feira.

No final da semana passada, o Governo confirmou aos parceiros sociais que a retribuição mínima mensal garantida irá subir, a partir de janeiro de 2022, para 705 euros. Em causa está um acréscimo de 40 euros, que se fará acompanhar de uma compensação de 112 euros por trabalhador para as entidades empregadoras. Essa contrapartida custará aos cofres do Estado, adiantou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, cerca de 100 milhões de euros, o triplo do que foi gasto com a compensação que foi concedida este ano às empresas.

No relatório publicado esta manhã, a OCDE mostra-se, por outro lado, contra a reversão das reformas laborais, avisando que tal poderá ser uma ameaça à sustentabilidade da recuperação económica. “É importante evitar a reversão das reformas do mercado laboral passadas, o que poderia minar a sustentabilidade da recuperação”, alerta a organização liderada por Mathias Cormann.

Ainda na semana passada, o Parlamento votou várias alterações à lei laboral propostas pela esquerda que iam no sentido de “combater a precariedade e reforçar os direitos dos trabalhadores“, limitando, por exemplo, a contratação a prazo e revertendo o polémico alargamento do período experimental que fez parte da revisão de 2019 do Código do Trabalho. Essas medidas acabaram, contudo, por ser chumbadas, com os votos desfavoráveis da direita e do PS, partido que as tinha viabilizado, na generalidade.

Por outro lado, no final de outubro, o Governo aprovou em Conselho de Ministros — a poucos dias da votação da proposta de Orçamento do Estado para 2022, que viria a ser reprovada — a Agenda do Trabalho Digno, pacote de alteração à legislação do trabalho que incluía nomeadamente a reposição do valor pago pelo trabalho suplementar a partir da 120º hora anual e a subida da compensação pela cessação dos contratos a termo.

Com a dissolução iminente da Assembleia da República, essa Agenda do Trabalho Digno não deverá, no entanto, chegar “ao terreno”, uma vez que teria ainda de passar pelo crivo dos deputados.

Num outro ponto, no relatório divulgado esta quarta-feira, a OCDE frisa que o reforço do regime de insolvência poderia reduzir os obstáculos ao sucesso da reestruturação de empresas viáveis e ao fim das empresas não viáveis. “Isto inclui facilitar procedimentos extrajudiciais, o que pode também aliviar o congestionamento dos tribunais face a um potencial disparo das falências”, explica a organização.

A OCDE sublinha, além disso, que alguma “realocação de atividades e empregos” é, provavelmente, inevitável, perante as mudanças nas preferências e nos comportamentos das pessoas, por força da crise pandémica, defendendo que as políticas deverão estar focadas estritamente nos empregos e nas empresas viáveis. “Ainda que sejam esperadas perdas de emprego significativas em certos setores, noutros haverá um aumento das vagas, cujo preenchimento poderá não ser fácil por efeito da desadequação entre os empregos e as competências dos trabalhadores. Essa realocação laboral pode ser facilitada pelo fortalecimento dos serviços públicos de emprego e por programas de qualificação”, lê-se no “Economic Outlook”.

Ainda sobre o mercado laboral, a organização liderada por Mathias Cormann prevê que o emprego irá “aumentar devagar, dado que muitos empregos foram protegidos por sistemas de retenção de emprego, e empresas responderam aumentando as horas de trabalho, pelo menos inicialmente”.

Na secção dedicada a Portugal, a OCDE inclui também previsões para o PIB nacional, que vê a crescer 4,8% em 2021, 5,8% em 2022 e 2,8% em 2023. A estimativa para este ano está em linha com o Governo de António Costa, mas a relativa ao próximo ano supera mesmo a projeção de João Leão.

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Inflação na OCDE deverá atingir o pico no final deste ano

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2021

"Projeta-se que a inflação nos preços ao consumidor deverá atingir o pico no final de 2021", lê-se no relatório divulgado pela OCDE. Em 2022, organização vê IPC a "moderar-se".

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que a inflação dos preços ao consumidor deverá atingir o seu pico no final deste ano, moderando-se depois durante 2022, segundo as previsões económicas divulgadas esta quarta-feira.

“Projeta-se que a inflação nos preços ao consumidor deverá atingir o pico no final de 2021, e depois moderar-se para níveis consistentes com as pressões subjacentes vindas do lento aumento dos custos do trabalho e da descida da capacidade em excesso no mundo“, pode ler-se no texto.

Assim, nas economias da OCDE “a inflação anual nos preços ao consumidor deverá cair para cerca de 3,5% no final de 2022, partindo de 5% no final de 2021, e abrandar para 3% em 2023”. A organização multilateral antecipa também que “a contribuição para a inflação dos preços ao consumidor vinda dos preços da energia deverá atingir o pico proximamente“.

Caso os aumentos de preços do petróleo e gás natural desde meados de 2020 não sejam revertidos, mais aumentos nos preços da eletricidade, gás, gasóleo de aquecimento e para o setor automóvel poderão ser esperados, dado que os preços das matérias-primas ficam refletidos nos contratos de longo prazo e os tetos dos preços regulados são aumentados”, considera a OCDE.

Mesmo assim, no entanto, sem “mais aumentos nos preços das matérias-primas, o maior impacto nos orçamentos familiares terá ocorrido no final do inverno de 2021”.

“Aumentos adicionais do preço dos combustíveis são possíveis, dados os níveis relativamente baixos de inventários, mas o cenário mais provável é que os constrangimentos na oferta que condicionaram a produção para baixo dos níveis pré-pandémicos sejam revertidos”, considera a OCDE.

A OCDE também antevê que “com o tempo, a procura também se vai ajustar às anomalias nos preços que surgiram”.

A instituição liderada pelo australiano Mathias Cormann aponta ainda que “uma fonte particular de risco para uma maior abrangência de pressões inflacionárias é a habitação”, já que “o elevado peso da habitação nos índices de preços significa que há margem para a inflação subir se as rendas começarem a crescer mais rapidamente”.

A OCDE também refere que as maiores expectativas de inflação, mercados de trabalho mais apertados e menos qualificações “podem todos acionar pressões maiores sobre os salários do que o projetado atualmente, levando a maiores aumentos de preços e margens de lucro espremidas“.

A recuperação económica mundial da pandemia de Covid-19 “continua a progredir” mas “perdeu ímpeto” e está a ficar “cada vez mais desequilibrada”, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), prevendo um crescimento global de 5,6% este ano.

Para 2022, a organização sediada em Paris prevê um crescimento de 4,5%, e para 2023 o valor do aumento desce para 3,2%.

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OCDE prevê recuperação do PIB português mais forte do que o Governo em 2022

  • Lusa e ECO
  • 1 Dezembro 2021

"A economia [portuguesa] deverá crescer 4,8% em 2021, 5,8% em 2022 e 2,8% em 2023", estima a OCDE. Projeção para 2022 supera a do Governo.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresça 4,8% este ano, à semelhança do Governo e Banco de Portugal (BdP), estando também otimista para os dois anos seguintes.

A economia deverá crescer 4,8% em 2021, 5,8% em 2022 e 2,8% em 2023. O PIB deverá ultrapassar o nível pré-crise só à volta de meados de 2022. O crescimento robusto é sobretudo fomentado pela procura doméstica, e será acelerado pela absorção de fundos da UE [União Europeia]”, pode ler-se nas previsões económicas da OCDE divulgadas esta quarta-feira.

A OCDE aponta ainda que “o aumento atual nos custos de produção, guiado essencialmente pelos preços da energia, não deverá fomentar substancialmente as pressões subjacentes aos preços”.

Os 4,8% de crescimento económico previstos para este ano alinham com as previsões do Governo e do BdP, e superam as do Conselho das Finanças Públicas (CFP), de 4,7%, bem como as da Comissão Europeia (4,5%) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), 4,4%, atualizando ainda as da própria OCDE, feitas em maio, que apontavam para 3,7%.

Quanto a 2022, a organização multilateral é mesmo a mais otimista, já que no próximo ano prevê um crescimento de 5,8%, quando o Governo aponta para 5,5%, a Comissão Europeia para 5,3%, o FMI e o CFP 5,1%, sendo também atualizada a anterior previsão da própria OCDE (4,9%).

Para 2023, as previsões da organização sediada em Paris, de 2,8%, apenas ficam abaixo das do CFP (2,9%), estando acima das do FMI (2,5%) e da Comissão Europeia (2,4%).

“A postura orçamental deverá permanecer de apoio no horizonte de previsões, sobretudo devido à considerável absorção das subvenções do Next Generation EU“, o programa de fundos europeus de reação à pandemia de Covid-19, antevê a OCDE.

A organização liderada por Mathias Cormann alerta ainda que “o rácio de crédito malparado, apesar de decrescente, está entre os maiores da Europa, o que é uma possível fonte de stress financeiro”.

“Já que alguma realocação de atividades e empregos é inevitável na sequência da crise de Covid-19, fortalecer os regimes de insolvência iria facilitá-las, permitindo à economia lidar melhor com um possível aumento de falências e crédito malparado”, sugere também a OCDE.

Este ano, o “PIB recuperou de forma mais forte que o esperado no segundo e terceiro trimestres de 2021, fomentado sobretudo pelo consumo privado, à medida que as medidas sanitárias mais restritivas foram removidas”.

“Tanto os dados da confiança dos consumidores como os das vendas a retalho sugerem uma forte recuperação continuada do consumo a curto prazo. O sentimento empresarial continua a melhorar, enquanto a indústria do turismo recupera rapidamente, apesar de o fazer a partir de níveis muito baixos“, refere a organização.

A OCDE sinaliza, por outro lado, que “a produção industrial abrandou moderadamente nos últimos meses, à medida que os custos de produção aumentaram fortemente, sobretudo devido aos preços da energia e constrangimentos na oferta, apesar de isto não se ter refletido muito nos preços ao consumidor”.

“O Governo também introduziu uma série de medidas para amortecer os efeitos negativos do aumento de preços devido ao aumento dos preços da energia, tais como subsídios para os agregados domésticos e para operadores de transporte público, bem como um controlo das margens de lucro das petrolíferas”, acrescenta ainda.

A OCDE prevê que o consumo “continue forte, ao passo que a taxa de poupança deve cair, à medida que a incerteza relacionada com a pandemia se esvai”.

“As exportações, atualmente ainda moderadas, vão ser lentas a recuperar totalmente, atingindo o nível pré-crise só no início de 2023, dado que o turismo deverá continuar a ser afetado por restrições à mobilidade entre fronteiras”, mas a OCDE antevê efeitos positivos caso as restrições sejam levantadas mais cedo.

“Um grande risco está relacionado com as falências, que podem ser mais prevalecentes que o esperado, danificando a estabilidade financeira e aumentando o desemprego. Isto pode seguir-se à retirada das moratórias bancárias, dado que a percentagem de negócios que aderiram em Portugal foi, de longe, o maior entre os países europeus”, alerta a OCDE.

Previsões são “sinal claro de credibilidade” do país, diz Governo

Em reação às previsões divulgadas esta quarta-feira pela OCDE, o Ministério das Finanças já veio dizer que tais projeções “confirmam a trajetória esperada de convergência com a
Zona Euro”.

Em comunicado, o gabinete de João Leão sublinha ainda que “estas previsões são um sinal claro da credibilidade que o país tem conquistado nos últimos anos e reafirmam a confiança que as instituições internacionais depositam no desempenho da economia portuguesa”.

Recuperação económica mundial perdeu ímpeto, diz OCDE

A recuperação económica mundial da pandemia de Covid-19 “continua a progredir” mas “perdeu ímpeto” e está a ficar “cada vez mais desequilibrada”, de acordo com a OCDE, prevendo um crescimento global de 5,6% este ano.

“A recuperação mundial continua a progredir, mas perdeu ímpeto e está a tornar-se cada vez mais desequilibrada. Partes da economia mundial estão a recuperar rapidamente, mas outras estão em risco de ficar para trás“, alertou também esta quarta-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, nas suas previsões económicas.

Os riscos estão situados “particularmente nos países de baixos rendimentos, onde as taxas de vacinação são baixas, e em empresas e trabalhadores em setores de contactos intensivos, onde a procura ainda está por recuperar totalmente”.

O ímpeto da forte recuperação depois da reabertura está agora a abrandar em muitos países, por entre constrangimentos na oferta, aumento dos custos de produção e os efeitos continuados da pandemia”, refere a OCDE.

A OCDE menciona inclusive “pressões na inflação mais fortes e duradouras“, que “emergiram cedo em todas as economias, numa altura pouco habitual do ciclo, e está a aparecer escassez no trabalho, apesar do emprego e das horas trabalhadas ainda estarem por recuperar totalmente”.

Para 2022, a organização sediada em Paris prevê um crescimento de 4,5%, e para 2023 o aumento desce para 3,2%, esperando-se que “os esforços de vacinação globais […] permitam uma retirada total de restrições nas atividades transfronteiriças no final de 2022”.

A OCDE aponta ainda à manutenção de “políticas macroeconómicas de apoio, condições de financiamento acomodatícias e menor poupança das famílias”, fatores que deverão “fomentar a procura e compensar ‘ventos contrários’ vindos da retirada gradual de medidas orçamentais relacionadas com a pandemia”.

Quanto aos riscos para as previsões, estes estão relacionados com a evolução da pandemia de Covid-19, com a inflação, com a reavaliação dos preços nos mercados financeiros, com as empresas, com a situação financeira dos mercados emergentes, com a China e com o comércio mundial.

Um grande risco negativo é que a velocidade da distribuição das vacinas e a eficácia das vacinas existentes seja insuficiente para parar a transmissão de variantes preocupantes da Covid-19, resultando na necessidade de vacinas novas ou modificadas, ou campanhas repetidas para dar doses de reforço”, considera a OCDE.

Quanto à inflação, esta “poderá surpreender em termos ascendentes”, forçando os maiores bancos centrais a “apertar a política monetária mais cedo e numa extensão maior que o projetado”.

“Tal resultado poderia vir de um número de fatores possíveis como disrupções prolongadas na oferta, um aumento nas expectativas de inflação, pressões no mercado de trabalho, ou caso os preços de uma larga gama de bens e serviços comecem a subir substancialmente”, alerta a OCDE.

A organização multilateral considera ainda que as condições favoráveis de financiamento verificadas em 2021, tanto em economias avançadas como em desenvolvimento, poderão aumentar as “vulnerabilidades a uma abrupta reavaliação de preços nos mercados financeiros”, mencionando ainda o caso da gigante imobiliária chinesa Evergrande, que pode “fazer disparar alterações no apetite pelo risco e abrandar o crescimento mundial”.

Nas empresas, a OCDE considera que “a dívida gerada pela crise de Covid-19 poderá ameaçar a recuperação de várias formas”, lembrando que “uma grande parte da dívida mundial empresarial não-financeira ainda está avaliada como ‘especulativa’ ou BBB, o rating mais baixo”.

“Um abrandamento inesperado do crescimento ou um forte aumento continuado nos custos de produção poderá ameaçar a capacidade das empresas pagarem os seus empréstimos e de renovarem a sua dívida”, alerta a OCDE.

Nas economias emergentes, “um recente aperto das condições de financiamento, dívida elevada e a deterioração dos balanços orçamentais tornam muitas economias de mercado emergentes vulneráveis a potenciais mudanças no sentimento mundial do risco”.

Na China, “os riscos de um abrandamento agudo aumentaram”, com eventos como a Evergrande a “salientarem os riscos continuados no mercado imobiliário chinês, com o potencial de grandes contaminações entre setores e fronteiras”.

No campo do comércio, “o aumento das tensões comerciais e pressões à volta de questões relacionadas com a soberania estratégica representam outro risco”.

A OCDE recomenda que a política monetária permaneça, “mas a tornar-se gradualmente menos acomodatícia”, e sugere que os apoios orçamentais devam “permanecer flexíveis e contingentes ao estado da recuperação”.

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Portugal em estado de calamidade. Dos testes às máscaras, estas são as novas regras para travar a Covid

Portugal regressa esta quarta-feira a situação de calamidade, com medidas mais apertadas. Da testagem ao teletrabalho, passando pelos certificados e pela máscara, saiba o que muda.

Face ao agravamento da pandemia, o Governo decidiu avançar com medidas mais apertadas de contenção da Covid-19. Portugal regressa esta quarta-feira a situação de calamidade, com a estratégia do Governo a centrar-se em três pilares: testagem obrigatória em vários setores, alargamento do certificado digital a diversas atividades e uso de máscara em espaços fechados. O teletrabalho passa a ser recomendado a todas as empresas.

Na semana passada, após o Conselho de Ministros, o primeiro-ministro enalteceu os resultados da vacinação ao nível de doença grave e morte por Covid-19, mas referiu que Portugal “não está tão bem” quanto aquilo que queria estar”, pelo que anunciou novas medidas de contenção.

Assim, a partir desta quarta-feira, haverá um reforço da testagem para vários locais. Nesse sentido, passará a ser obrigatório a apresentação de um teste negativo à Covid (PCR ou teste rápido de antigénio) ou, em alternativa, apresentação do certificado de recuperação para entrar em bares e discotecas, nas visitas a lares, nas visitas aos doentes internados em qualquer instituição de saúde, bem como “em todos os grandes eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados”, sejam estes de natureza cultural ou desportiva.

Quanto à validade dos testes, esta segue as mesmas regras que o certificado, isto é, 72h no caso de um teste PCR e 48h para o teste rápido de antigénio. A exigência de apresentação de um teste negativo à Covid, ou, em alternativa certificado de recuperação passa também a ser necessária para os voos com destino a Portugal “independentemente da nacionalidade” do passageiro, bem como do estado vacinal, bem como para as fronteiras terrestres e marítimas.

Assim, haverá controlos nas fronteiras e multas para quem não cumprir, sendo que para as companhias aéreas as coimas podem ascender aos 20 mil euros por passageiro ou entre os 300 a 800 euros para quem não apresentar um comprovativo de teste ou recuse fazer um dos testes referidos no caso das fronteiras terrestres. Fora desta obrigatoriedade, ficam os trabalhadores dos controlos transfronteiriços, bem como os cidadãos que venham dos Açores e da Madeira com destino ao continente.

Além disso, o certificado digital Covid (numa das três modalidades: vacinação, testagem ou recuperação) vai ser obrigatório para os restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, ginásios, casinos e eventos com lugares marcados “independentemente do dia da semana e do horário”, aponta a resolução do Conselho de Ministros, publicada em Diário da República. De fora, ficam os cafés e pastelarias e as esplanadas no caso dos estabelecimentos de restauração.

Por outro lado, o uso de máscara volta a ser obrigatório em todos os espaços interiores, com exceção de “indicação em contrário da Direção Geral da Saúde”, adiantou o primeiro-ministro, aquando do anúncio das novas medidas. Além disso, o teletrabalho passa a ser recomendado para todas as empresas, “sempre que as funções em causa o permitam”.

Paralelamente, para além destas medidas, Portugal vai arrancar o próximo ano com uma “semana de contenção”, com medidas ainda mais apertadas. Entre 2 e 9 de janeiro, o teletrabalho obrigatório, sempre que as funções o permitam, as discotecas fecham portas e o calendário escolar foi adiado, começando apenas a 10 de janeiro.

A resolução do Conselho de Ministros, que declara a situação de calamidade no âmbito da pandemia, esclarece ainda que todo o território continental permanecerá nesse nível de intervenção durante quatro meses, até às 23h59 horas de 20 de março de 2022, a menos que estas medidas sejam levantadas.

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Já há cancelamentos de jantares de Natal. Restauração fala em 30% de reservas canceladas

Hotéis e restaurantes já começaram a receber cancelamentos para jantares de Natal, sobretudo de empresas. Restauração diz que "situação é preocupante".

Aumento do número de casos, medidas mais apertadas e, agora, a nova variante do coronavírus. Muitos esperavam que este Natal fosse mais “normal” do que o do ano passado, mas o cenário acabou por piorar de repente. A pandemia está a agravar-se e o Governo tomou medidas para a controlar. Com isso, muitas empresas acabaram por cancelar os jantares de Natal que tinham marcado em restaurantes e hotéis, sobretudo na zona de Lisboa.

As restrições para quem planeia ir almoçar ou jantar fora ou ir a um hotel começaram esta quarta-feira. Agora, com a entrada do país em estado de calamidade, volta a ser obrigatório apresentar o certificado digital numa ida ao restaurante ou a um hotel. Isto, aliado ao aumento de casos de infeção nas últimas semanas, tem levado a cancelamentos de encontros de grupos, mesmo sem estar definida qualquer lotação quanto ao número de pessoas.

O Grupo Pestana tinha um mês de dezembro “relativamente forte” em termos de jantares de Natal de empresas. Mas os cancelamentos já começaram a aparecer. “Em jantares de Natal de empresas estávamos propriamente fortes. Mas tem havido alguns cancelamentos de reuniões e festejos de Natal que estavam a ser preparados“, diz ao ECO José Theotónio, CEO da cadeia hoteleira.

A maioria dos cancelamentos tem acontecido nos hotéis de Lisboa mas, ainda assim, o responsável nota que, por enquanto, “não é muito preocupante”. Relativamente aos jantares de Natal das famílias, também se contam alguns cancelamentos, mas não “em número elevado”.

O mesmo está a acontecer nos hotéis Vila Galé. Ao ECO, Gonçalo Rebelo de Almeida nota que “já houve um ou outro cancelamento, mas nada em grande escala”. “Não posso dizer que há [cancelamentos] em grandes dimensões, mas há alguns, sim”, acrescenta o administrador da cadeia hoteleira. Quanto a localizações, diz, um pouco por todo o país, com destaque para Lisboa, Coimbra e Alentejo.

Mas, nos restaurantes, a realidade é um pouco mais preocupante. Ao ECO, o presidente da Associação Nacional de Restaurantes (Pro.Var) nota que “todo este ruído à volta do aumento de casos e da nova variante trouxe um problema adicional: o grande número de cancelamentos”. Daniel Serra aponta para cerca de 20% a 30% das reservas de jantares de Natal de empresas canceladas.

O responsável afirma mesmo que, na restauração, ao contrário da hotelaria, “a situação é, de facto, preocupante”, com um em cada três jantares de Natal a serem cancelados. É um “problema transversal” a todo o país, com “maior incidência no Norte” porque, diz, “há um maior número de empresas e uma maior tradição de se fazerem jantares de Natal”.

Restauração antecipa dias “bem mais graves”

Com o número de casos de infeção a subir, sobretudo com o aparecimento da variante Ómicron, a restauração antecipa dias difíceis, embora espere que o Governo não agrave as atuais medidas. “Acreditamos que nos restaurantes há uma grande segurança porque há um esforço bastante grande dos empresários e clientes. O problema é que depois há um grande número de notícias que pressionam e criar incerteza”, diz Daniel Serra.

Apesar disso, o presidente da Pro.Var prevê que “os próximos dias sejam bem mais graves”, embora o setor tente transmitir que “a situação é de normalidade”. “Temos reforçado todas as medidas de segurança, nomeadamente com a questão dos grupos e privilegiando o afastamento”, nota.

Como se estes cancelamentos não bastassem, junta-se ainda a falta de apoios, como referiu no início do mês a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). Em declarações ao ECO, a secretária-geral da associação disse estar preocupada com a atual crise política, receando que “tudo possa servir de desculpa” para travar os apoios de que o setor necessita.

Esta terça-feira, em comunicado, a AHRESP salientou a necessidade de se prorrogar por mais um ano o período de carência da linha de microcrédito do Turismo de Portugal, pelo facto de este ser “um dos principais instrumentos de apoio à tesouraria” às empresas da hotelaria e da restauração. “É da maior urgência o reforço dos apoios à tesouraria”, refere a associação.

Do lado do Grupo Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida espera que o Governo não aperte ainda mais as medidas. “Não vejo razão nenhuma para um agravamento. As medidas atuais parecem equilibradas”, diz. Até porque “a situação é manifestamente melhor do que em dezembro de 2020” e, nessa altura, celebrou-se o Natal e o fim do ano nos hotéis.

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Lisboa cai 15 lugares no ranking das melhores cidades para expatriados

A capital portuguesa destaca-se pela qualidade de vida e facilidade em assentar, mas recua nos indicadores que medem a vida profissional e as horas de trabalho.

Lisboa tinha um lugar no pódio das melhores cidades para expatriados, no ranking elaborado pela InterNations, mas em ano de pandemia caiu 15 lugares para a 18º posição. Apesar de se destacar pela positiva na qualidade e no custo de vida, a capital portuguesa recuou para o fim da tabela no que diz respeito à vida profissional, com quase um terço dos expatriados descontentes com o horário laboral.

No Expat City Ranking de 2021, Lisboa está então no 18º lugar, entre 57 cidades do globo que foram analisadas. O melhor desempenho da capital é registado no índice que mede a facilidade de assentar (7º), sendo mesmo a cidade onde os expatriados se sentem mais em casa (80% contra 65% globalmente).

Além disso, Lisboa também apresenta um bom desempenho no Índice de Qualidade de Vida Urbana (12º), com os estrangeiros particularmente satisfeitos com o clima e opções de lazer. Quanto aos gastos, no índice que mede o custo de vida Lisboa fica em 10º lugar, mas quando se olha para as finanças e habitação, já cai para 28º.

O pior para os expatriados é mesmo a vida profissional, sendo que a capital portuguesa está classificada entre os 10 últimos lugares do Índice de Vida no Trabalho Urbano (50º), sendo que no ranking do ano passado figurava na 23º posição. As pessoas que escolheram mudar-se para Lisboa estão também insatisfeitos com as oportunidades de carreira locais (49% contra 33% globalmente) e 30% dizem estar descontentes com o horário de trabalho (o que compara com 16% globalmente).

Olhando para o ranking, que contou com mais de 12.400 entrevistados, é Kuala Lumpur, a capital da Malásia, que leva a “coroa”. Málaga e Dubai completam o pódio das melhores cidades para os expatriados, destacando-se pela qualidade de vida. Por outro lado, no fim da tabela encontra-se Roma (57º lugar), Milão, Joanesburgo, Istambul, Tóquio, Cairo e Paris.

Veja o top 10 das melhores cidades para os estrangeiros que decidiram mudar de país:

  1. Kuala Lumpur
  2. Málaga
  3. Dubai
  4. Sydney
  5. Singapura
  6. Cidade de Ho Chi Minh
  7. Praga
  8. Cidade do México
  9. Basileia
  10. Madrid

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Sporting alarga emissão de obrigações de 30 para até 40 milhões de euros

  • ECO
  • 30 Novembro 2021

A Sporting SAD enviou uma adenda ao prospeto do empréstimo obrigacionista, informando da decisão de aumentar o número máximo de obrigações a emitir para oito milhões.

A Sporting SAD decidiu aumentar o montante máximo da emissão de obrigações em curso de 30 milhões para 40 milhões de euros. A decisão anunciada ao mercado esta terça-feira, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, era uma opção prevista no prospeto inicial.

O clube tinha, a 18 de novembro, publicado na CMVM o prospeto da operação “Sporting SAD 2021-2024”, dando conta da intenção de colocar até 30 milhões de euros por via da emissão de seis milhões de obrigações, ao valor nominal de cinco euros.

Esta terça-feira à noite, a empresa enviou ao regulador dos mercados de capitais uma “adenda” ao prospeto, para informar da decisão de “aumentar o número máximo de obrigações” a emitir para oito milhões e, assim, “aumentar o respetivo valor nominal global para até €40.000.000”.

A Sporting SAD paga um juro fixo bruto de 5,25% ao ano. Há um valor mínimo de subscrição por parte do investidor: cada ordem deve referir-se a, pelo menos, 400 obrigações, ou seja, um investimento mínimo de 2.000 euros.

A 22 de novembro arrancou a subscrição das novas obrigações, que vencem em 2024. O período de subscrições termina a 6 de dezembro.

O novo empréstimo servirá para reembolsar o financiamento intercalar resultante de uma operação de titularização com a Sagasta Finance no valor de 26,7 milhões de euros – “a título de acréscimo do preço de compra e venda dos créditos” decorrentes do contrato de direitos televisivos que foi assinado com a NOS no final de 2015 -, feito agora para pagar o empréstimo obrigacionista de 2018 e cujo reembolso está agendado para a próxima sexta-feira, 26 de novembro. O restante será usado “para desenvolvimento da atividade corrente” da SAD sportinguista.

O Haitong Bank é o assistente, organizador e coordenador global do lançamento da operação financeira. As dez entidades contratadas para colocar as Obrigações Sporting SAD 2021-2024 foram, além do banco liderado por Wu Min, o Activobank, o BIC, o Millennium BCP, o Carregosa, o banco Best, o Caixa – Banco de Investimento, o Crédito Agrícola, a Caixa Económica Montepio Geral e a Caixa Geral de Depósitos.

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Mercadona é o supermercado com clientes mais satisfeitos, indica inquérito

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  • 30 Novembro 2021

É o resultado do inquérito anual da DECO PROTESTE realizado a mais de cinco mil consumidores e que revela ainda o que compram, quanto gastam e o que valorizam em 16 cadeias de lojas físicas e online.

As lojas físicas da cadeia Mercadona reúnem a maior número de clientes satisfeitos, segundo um inquérito realizado pela DECO PROTESTE aos seus subscritores no passado mês de julho. Imediatamente a seguir surgem as cadeias El Corte Inglés, Auchan, Aldi e Lidl. Já online, é o Minipreço que surge à frente no índice de satisfação, seguido de perto pelo Pingo Doce e pelo El Corte Inglés.

Que razões levam os consumidores a escolher um supermercado? Para 37% dos inquiridos, a escolha recaí em questões práticas, como a proximidade do local de trabalho e de casa. Os preços praticados nas lojas apenas seduzem 16% dos consumidores, e as promoções ou descontos, 9%. A cadeia Mercadona volta a destacar-se neste ponto, já que é a única onde a qualidade dos produtos é apontado como o fator que mais pesa na escolha do supermercado.

O inquérito dá ainda conta dos produtos que os portugueses optam por comprar fora dos supermercados, como por exemplo a carne, o pão, o peixe, a fruta e os vegetais, favorecendo, nestes casos, os talhos, as padarias, as peixarias e mercados, e as lojas tradicionais, respetivamente.

Neste inquérito anual da DECO PROTESTE participaram 5008 consumidores, que “ajudaram a definir o perfil de consumo dos utilizadores de supermercados” e indicaram “o que mais os satisfaz ou lhes agrada nos estabelecimentos onde fazem compras”, além dos “produtos mais adquiridos”, lê-se no site da DECO. Os resultados completos do inquérito estão disponíveis no site da DECO PROTESTE.

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Nova variante assusta Wall Street. Dow Jones cai mais de 1%

Os principais índices de referência norte-americanos registaram quedas superiores a 1%, com os receios com a nova variante e os alertas da Fed sobre a inflação.

Após um alívio na segunda-feira, Wall Street voltou a tremer com os receios relativos à nova variante do coronavírus. O CEO da Moderna sinalizou que as vacinas devem ser menos eficazes frente à Ómicron, fazendo aumentar as preocupações. Além disso, os investidores digeriram também as declarações do líder do banco central dos Estados Unidos, que alertou para a inflação e abriu a porta a uma aceleração da retirada de estímulos.

O presidente da Reserva Federal considerou que o aparecimento de mais uma variante pode arrefecer a economia e a contratação de trabalhadores, bem como aumentar a incerteza quanto à inflação, já que fatores que a impulsionam poderão continuar no próximo ano. Jerome Powell adiantou também que a aceleração da retirada de estímulos à economia será discutida na próxima reunião do banco central norte-americano.

Neste contexto, os principais índices de referência registaram quedas superiores a 1%. O financeiro S&P 500 perdeu 1,87%, para 4.568,02 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq caiu 1,52%, para 15.543,40 pontos. Já o industrial Dow Jones recuou 1,84%, para 34.487,81 pontos.

Nas quedas, destaque para a Moderna, que perdeu 4,36% para os 352,43 dólares, depois de o CEO ter alertado numa entrevista que as vacinas existentes deveriam ser menos eficazes contra a nova variante do que contra a Delta.

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Covid: Governo diz que controlo em estádios e discotecas é feito por privados

  • Lusa
  • 30 Novembro 2021

"As forças de segurança têm uma função genérica de controlo da legalidade e de qualquer problema, já hoje é assim”, afirmou Eduardo Cabrita.

O ministro da Administração Interna disse esta terça-feira que o controlo dos certificados de vacinação e testes nos estádios e discotecas é feito pelas entidades privadas e admitiu que o comportamento dos cidadãos ditará, ou não, o encerramento dessas atividades.

“Nos estádios de futebol e nas discotecas são os responsáveis dessas entidades. As forças de segurança têm uma função genérica de controlo da legalidade e de qualquer problema, já hoje é assim”, afirmou Eduardo Cabrita em declarações a jornalistas à margem da cerimónia de entrega do estandarte nacional da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) na cidade da Guarda, onde ficará o comando nacional desta força de intervenção.

As pessoas já hoje entram com vacinação no estádio de futebol e passarão a entrar com exigência de teste. As forças de segurança estão presentes, a força competente, mas não teremos as forças de segurança a fazer controlos sanitários na porta de nenhuma discoteca”, assumiu.

Eduardo Cabrita disse que “estarão presentes em todos os estádios de futebol, aí sim, estarão em todos, como estão sempre nos eventos de maior dimensão”, porque aquilo que o Governo quer é manter “essas atividades abertas”.

“Vimos já, por exemplo, na Alemanha que jogos importantes que se realizam nos próximos dias serão realizados à porta fechada. Depende da forma exemplar como os portugueses se têm comportado e deve-se exatamente ao sucesso da nossa estratégia de vacinação podermos continuar assim”, disse.

E acrescentou que as atuais medidas do Governo são “proporcionais, equilibradas, que correspondam a toda a precaução, limitando ao mínimo absolutamente indispensável aquilo que é o prejuízo das atividades económicas”.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira que a entrada nos espaços de diversão noturna vai estar sujeita à apresentação de teste negativo à covid-19, mesmo para vacinados, a partir de 01 de dezembro, estando discotecas e bares encerrados entre 02 e 09 janeiro.

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa, António Costa disse que o encerramento das discotecas e dos bares decorre na chamada “semana de contenção de contactos”.

A entrada nos bares com espaço de dança e discotecas, que abriram em 01 de outubro depois de encerrados cerca de 19 meses devido à pandemia, estava até agora cingida apenas à apresentação do certificado digital, que podia ser relativo a vacinação, recuperação ou de realização de teste negativo.

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