Disparam encomendas de máscaras FFP2 nas fábricas portuguesas

  • ECO
  • 29 Janeiro 2021

Da parte das produtoras portuguesas, tem sido quase impossível dar resposta à totalidade das encomendas de máscaras FFP2.

Depois de países como a Alemanha e a Áustria terem tornado obrigatório o uso de máscaras FFP2 em situações de grande concentração de pessoas, como é o caso dos estabelecimentos comerciais e dos transportes públicos, empresas portuguesas que produzem esse tipo de máscaras têm vindo a relatar a existência de uma “procura maluca” pelas mesmas, segundo o Jornal Negócios (acesso pago).

Da parte das produtoras, tem sido quase impossível dar resposta à totalidade das encomendas, as quais têm vindo a crescer. Como relata Fernando Sousa, gerente da Betina Têxteis, chegou-se ao ponto de ter de se “recusar encomendas” e, quando tal não é feito, muitas vezes é necessário entregar uma quantidade de máscaras bem abaixo do que aquela que foi inicialmente requisitada.

Consequentemente, algumas das empresas que, de norte a sul do país, se dedicam à produção deste tipo de equipamentos de proteção individual detentores de uma maior capacidade de filtragem estão, assim, a planear investir ainda mais e reforçar as suas equipas, de forma a terem uma maior capacidade de resposta às solicitações que lhes chegam.

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Energia pressiona e Lisboa regressa às perdas

O PSI-20 está de volta às perdas depois de uma recuperação na última sessão. O setor energético continua a penalizar Lisboa.

Depois de ter recuperado na sessão anterior, a bolsa nacional está de volta às perdas. O PSI-20 está a perder mais de 1%, com a maioria das cotadas no vermelho, fortemente penalizado pelos pesos pesados, com destaque para o setor energético. Na Europa o sentimento é igualmente negativo.

O índice de referência nacional está a desvalorizar 1,16% para 4.799,12 pontos, depois de ter encerrado com ganhos na última sessão, ao fim de seis sessões consecutivas a cair. Entre as 18 cotadas nacionais, apenas a Novabase e a Nos estão a cotar no verde.

A pesar fortemente no desempenho da bolsa de Lisboa estão os títulos do setor energético. Destaque para a EDP Renováveis que diminui 1,09% para 22,65 euros, enquanto a EDP desvaloriza 1,15% para 5,138 euros. A REN está a deslizar 0,64% para 2,34 euros.

Ainda na energia, os títulos da Galp estão a cair 1,55% para 8,368 euros, no dia em que a petrolífera anuncia uma quebra de 9% na produção de petróleo no quatro trimestre do ano passado. Este desempenho observa-se ainda numa altura em que o preço da matéria-prima está em queda nos mercados internacionais.

Destaque ainda para o BCP, que segue a desvalorizar 2,38% para 0,115 euros, representando a atual maior descida. No retalho, a Jerónimo Martins recua 1,46% para 13,495 euros, enquanto a Sonae perde 1,85% para 0,665 euros. Este desempenho da retalhista nacional acontece um dia depois de a Sonae Indústria ter comunicado ao mercado um aumento de capital social de mais de 55 milhões de euros.

Comparando com o sentimento que se vive nas restantes praças europeias, Lisboa está em linha com as congéneres. A tendência atual é de perdas, com o Stoxx-600 a deslizar 1,48% para 397,42 pontos.

(Notícia atualizada às 8h21 com mais informação)

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Prorrogação das moratórias “só deve abranger clientes dos setores afetados”

  • ECO
  • 29 Janeiro 2021

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que a nova prorrogação das moratórias deve estar disponível apenas para os "clientes dos setores afetados” pela pandemia.

Esperava-se que fosse um ano de recuperação económica, o que levou os bancos a estenderem as moratórias até setembro de 2021. Mas com a terceira vaga da pandemia, o Presidente da República já fala numa nova prorrogação. Contudo, em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago), o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) defende que, a acontecer, este novo prolongamento “só deve abranger clientes dos setores afetados”.

Marcelo referiu no início de janeiro a possibilidade de se aliviar o prazo para pagar empréstimos por “três ou quatro anos” após o fim das moratórias bancárias, em setembro. Mas, sobre esta hipótese, Faria de Oliveira considera que “uma tal solução estaria condicionada à existência de condições de flexibilidade do quadro prudencial e contabilístico, semelhantes às que foram admitidas na primeira fase da crise”.

Contudo, “em qualquer caso”, continuou o presidente da APB, “eventuais ajustamentos às medidas em curso deverão ser dirigidos apenas aos devedores cuja atividade continue fortemente condicionada pela crise sanitária e pelas medidas adotadas para mitigar esses impactos”, ou seja, “só deve abranger clientes dos setores afetados”.

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Hoje nas notícias: Máscaras, moratórias e Novo Banco

  • ECO
  • 29 Janeiro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As fábricas já estão a sentir o aumento da procura por máscaras FFP2, depois de vários países terem proibido o uso de máscaras comunitárias em certos espaços. É ainda notícia o facto de o ministro da Economia ter assessorado a criação do Novo Banco, há sete anos, tendo estado envolvido ao mais alto nível, na altura enquanto advogado. Destaque ainda para os apenas sete pedidos de pré-reforma aprovados pelo Governo.

Fábricas já sentem enorme procura por máscaras FFP2

As produtoras portuguesas de máscaras FFP2, conhecidas por terem um grau de proteção igual ou superior a 94% e serem capazes de filtrar até as partículas de dimensões mais reduzidas, relatam a existência recente de uma “procura maluca” por máscaras deste tipo. Tal aconteceu depois de vários países terem proibido o uso das chamadas máscaras comunitárias em certos espaços. As empresas portuguesas responsáveis por esta produção estão agora a planear investir e reforçar as suas equipas para conseguir dar resposta a tantos pedidos. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“Nova prorrogação das moratórias só deve abranger clientes dos setores afetados”

Os bancos estenderam as moratórias até setembro de 2021, naquele que se esperava ser um ano de recuperação económica. Mas, para o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, esta nova prorrogação só deve ser dirigida “apenas aos devedores cuja atividade continue fortemente condicionada pela crise sanitária e pelas medidas adotadas para mitigar esses impactos”, ou seja, “só deve abranger clientes dos setores afetados”. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Governo só autorizou sete pedidos de pré-reforma

A pré-reforma é dirigida aos trabalhadores da Função Pública com idade mínima de 55 anos e que pretendem deixar de trabalhar, passando a receber, da parte do Governo, uma prestação mensal até chegarem à idade efetiva necessária para se reformarem. Até agora, foram recebidos 32 pedidos para tal, mas apenas sete deles foram aprovados, tendo estes últimos de aguardar pela confirmação da parte das Finanças. Os restantes pedidos que ficaram por aprovar estavam incompletos, o que comprometeu o seguimento do processo. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Siza Vieira assessorou criação do Novo Banco

A 4 de agosto de 2014, um dia depois de ter sido anunciado o fim do Banco Espírito Santo (BES), mais de uma dúzia de intervenientes reuniram-se para responder a uma série de questões sobre a criação do Novo Banco, como direitos sobre a Tranquilidade e dívidas que tinham sido emitidas pelo BES. Nessa reunião estava Pedro Siza Vieira, na altura sócio da Linklaters. Já era público que o atual ministro trabalhara no tema Novo Banco, mas não que a assessoria jurídica o levara a envolver-se ao mais alto nível. Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Ex-diretor do Private Banking do BPN condenado à prisão

José Viamonte de Sousa, ex-diretor do Private Banking do BPN, foi considerado responsável por uma burla no valor de 1,25 milhões de euros durante a realização de um negócio de venda de 41 quadros do artista Joan Miró. 17 anos após o sucedido, o bancário foi agora condenado a uma pena de sete anos e 10 meses de prisão, por motivo de burla e de branqueamento de capitais. A decisão foi tomada pelo Tribunal de São João Novo. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Produção de petróleo da Galp cai 9% no quarto trimestre

A petrolífera subiu ligeiramente nas vendas de produtos petrolíferos depois da quebra registada no terceiro trimestre e aumentou as vendas de gás natural a clientes.

A Galp registou uma quebra homóloga de 9% na produção de petróleo no quarto trimestre de 2020, sobretudo devido a Angola, de acordo com um comunicado da empresa enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O mercado penalizou a petrolífera em bolsa, já que os títulos abriram a cair 1,55%.

O trading update divulgado esta sexta-feira pela Galp Energia, SGPS, SA, no quarto trimestre, a produção petrolífera caiu para 111,1 mil barris por dia, o que representa uma quebra de 7,4% face ao trimestre anterior e de 9% em termos homólogos. Há um ano a empresa agora liderada por Andy Brown produzia 121,8 mil barros por dia. Este desempenho resulta da situação pandémica, mas também de “restrições operacionais e pela “concentração de atividades de manutenção planeadas”.

A empresa indica ainda que a produção líquida (netentitlement) – após o pagamento de impostos em espécie aos países em que produz e que revertem integralmente para os resultados da Galp – atingiu os 121 mil barris/dia, uma quebra de 10% relativamente ao período homólogo. Em Angola a quebra foi de 15% enquanto no Brasil foi de 10%. Mas, numa comparação trimestral a produção teve uma quebra maior no Brasil nos três últimos meses do ano.

Em termos de refinação, no quarto trimestre houve uma quebra de 11% nas matérias-primas refinadas refletindo “o abrandamento operacional em Matosinhos“, explica a empresa. Já a margem de refinação sofreu uma queda homóloga de 53%. A empresa optou por parar a produção em Leça da Palmeira por várias vezes no ano passado, tendo acabado por decidir fechar a unidade e concentrar todo o processo de refinação em Sines.

Ao nível das vendas de produtos petrolíferos aos clientes o tombo homólogo foi de 24%, o que representa uma ligeira melhoria face aos 30% registados no terceiro trimestre. Mas se a nível trimestral esta rubrica caiu 3% face ao terceiro trimestre, a venda de gás natural até subiu 9%, contudo, face ao quarto trimestre de 2019 teve também uma quebra de 24%. Já as vendas de eletricidade a clientes subiram 9% em termos homólogos. A empresa explica que estes dados “foram impactados pelo contexto económico adverso, derivado da pandemia”.

De acordo com o trading update no final de dezembro, a dívida líquida da Galp situava-se em 2,1 mil milhões, o mesmo valor registado no final de setembro, mas a empresa informa o mercado que o valor seria de 1,7 mil milhões de euros se for considerada a venda à Allianz, em outubro, da participação de 75% que a Galp tinha na Galp Gás Natural Distribuição, que será concluída durante o primeiro trimestre de 2021.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que se debate a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia no Parlamento, o INE divulga os dados do desemprego relativos ao último mês de 2020.

É dia de debate na Assembleia da República com a participação do Governo. Desta vez, é a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia que estará em discussão. Esta sexta-feira, o INE divulga os dados do desemprego relativos a dezembro, a Semapa anuncia os seus resultados de 2020 e a Galp Energia apresenta o trading update relativo ao último trimestre do ano passado. Além disso, a vacina da AstraZeneca deve tornar-se a terceira vacina contra a Covid-19 a ser aprovada na União Europeia.

Como está a evoluir o desemprego?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica, esta sexta-feira, os dados do desemprego relativos ao último mês de 2020, ano muito marcado pela pandemia de coronavírus. Em novembro, a taxa de desemprego fixou-se em 7,2%, valor inferior ao registado no mês anterior. Foi o terceiro mês consecutivo em que o indicador em causa registou quebras em cadeia. A taxa de subutilização do trabalho (na qual se encaixam os inativos) também caiu em novembro.

É dia de debate no Parlamento com o Governo

Esta sexta-feira é dia de debate na Assembleia da República com a participação do Governo. A sessão plenária será dedicada ao início da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que decorre no primeiro semestre de 2021. Deputados e membros do Governo irão discutir as prioridades estabelecidas nesse âmbito. O debate terá a duração prevista de cerca de 44 minutos e será aberto pelo Executivo, com uma intervenção de sete minutos.

Galp apresenta trading update

A Galp Energia apresenta, esta sexta-feira, antes da abertura dos mercados, o trading update relativo aos últimos três meses de 2020. No terceiro trimestre, a Galp tinha visto as vendas de produtos petrolíferos caírem 30% e as vendas de gás natural a clientes diretos recuarem 24%, face ao período homólogo. Ainda assim, as vendas de eletricidade tinham subido 14%, em relação ao terceiro trimestre de 2019.

Semapa anuncia resultados

A Semapa anuncia, esta sexta-feira, os seus resultados relativos ao último trimestre de 2020. Nos primeiros nove meses do ano, a papeleira verificou um recuo de cerca de 35% dos seus lucros, o que foi justificado pela crise pandémica. Nesse mesmo período, a Semapa registou um resultado líquido de 72,8 milhões de euros.

EMA decide sobre vacina da AstraZeneca

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) toma uma decisão, esta sexta-feira, sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca. As vacinas da Pfizer e da Moderna já receberam “luz verde”, podendo esta ser a terceira a ser aprovada no espaço comunitário. O ambiente entre a AstraZeneca e a Comissão Europeia tem estado crispado, após a farmacêutica ter sinalizado que vai diminuir as entregas contratualizadas devido a quebras na produção. Em resposta, Bruxelas tem frisado que tal não é aceitável.

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E-Redes estreia nova imagem com concorrência espanhola na mira na baixa tensão

Os concursos para as concessões de baixa tensão deverão ter lugar em meados de 2021. A EDP vai ter de enfrentar pela primeira vez a concorrência de empresas como a Endesa e a Iberdrola, por exemplo.

João Torres, o presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição, que a partir desta sexta-feira, 29 de janeiro, passa a chamar-se definitivamente E-Redes, identificou a renovação das concessões de rede em baixa tensão, que a empresa detém há 20 anos, como a primeira de quatro prioridades na agenda nesta nova fase de mudança de imagem, que será mais intensa em 2021.

A mudança de imagem — do tradicional vermelho vivo da EDP Distribuição para o novo amarelo e preto da E-Redes — será feita em três fases, com um investimento de dois milhões de euros, que terá impacto “neutro” para os consumidores, garante o responsável.

“Nós temos as concessões de 278 municípios em Portugal Continental, estarão a concurso num futuro próximo, não sabemos ainda quando, mas temos de nos preparar para vencer”, garantiu, optando por não se pronunciar sobre o atraso de quase dois anos por parte do Governo na organização dos respetivos concursos, que chegaram a estar previstos para 2019. “O atraso não foi por culpa nossa. Sempre estivemos disponíveis”, disse João Torres.

No final do ano passado, o Executivo criou um grupo de trabalho com os municípios (a quem pertencem as concessões originalmente), a ERSE e a DGEG para desenhar no espaço de poucos meses o caderno de encargos das novas concessões da distribuição elétrica em baixa tensão. Os concursos deverão ter lugar em meados de 2021.

A EDP tem agora ter de enfrentar pela primeira vez a concorrência de outras empresas que estão de olho nas concessões em baixa tensão, como já foi anunciado pela Endesa e pela Iberdrola, por exemplo.

Quanto à concorrência, claro que preocupa, sabemos isso, mas acredito nas capacidades que temos. Estou convencido que conseguimos bater a concorrência desde que se faça uma boa qualificação, se definam critérios”, disse o presidente do Conselho de Administração.

Sem referir a Endesa e a Iberdrola, sublinhou no entanto que não há concursos para baixa tensão em Espanha, França ou Itália: “A concorrência está nesses países e lá nós não podemos concorrer com eles, mas eles podem concorrer cá”.

No entanto, José Torres está confiante: “Temos uma história de melhoria de qualidade de serviço em todo o território, redução de assimetrias, proximidade com populações, com autarquias. Temos um currículo que nos faz olhar para os concursos das concessões com otimismo. O que pode falta à E-Redes é ser desafiada pela primeira vez. Vamos preparar-nos para ir a concurso. Não tem sido a nossa especialidade”.

Empresas receia que nova imagem possa facilitar burlas

O Presidente do Conselho de Administração está, no entanto, menos confiante com outra faceta da mudança de designação da EDP Distribuição imposta pela ERSE, para diferenciar as empresas do grupo EDP, no seguimento de novas regras europeias que impõem a separação de atividades nos mercados energéticos.

“É fundamental garantir que todos conheçam a nova marca E-Redes e a associem ao operador de redes”, afirmou João Torres, receando que a falta de conhecimento possa “causar confusão nos clientes” e facilitar as burlas, como realização indevida de cobranças, por exemplo. Por ano os colaboradores da empresas são responsáveis por efetuar 34 milhões de leituras de contadores, que comunicam aos comercializadores.

Até 29 de janeiro será alterada a imagem da marca nas iniciativas de alto impacto e visibilidade, como a comunicação escrita com clientes e entidades externas, a imagem do site e da aplicação móvel, do contact center e dos 23 postos de atendimento, adaptado o fardamento dos colaboradores (e não substituído por completo para travar custos) e feita a alteração da designação comercial e societária da empresa.

Até dezembro serão feitas alterações de visibilidade média, como a implementação gradual da nova imagem na frota automóvel. Para último ficará a sinalética dos ativos técnicos, como postos de transformação, entre outros.

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Há novos grupos prioritários no acesso à vacina. Sete perguntas e respostas sobre o acesso à vacinação

Numa altura em que a pandemia não dá descanso aos profissionais de saúde, o Governo quer acelerar o processo de vacinação e, por isso, reviu os grupos prioritários.

Portugal, à semelhança da Europa, está a tentar acelerar o processo de vacinação. Para tal, houve uma mudança nos grupos prioritários de acesso à vacina, como anunciou esta quinta-feira o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos. Assim, o Governo espera ter cerca de 810 mil portugueses com a vacinação completa (duas doses) em março. Quem são os novos portugueses a ser vacinados na primeira fase? Quando vão ser vacinados? O ECO preparou algumas perguntas e respostas sobre o processo de vacinação. A atualização ao plano de vacinação pode ser consultada no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Quem faz parte dos novos grupos prioritários que são vacinados na primeira fase?

Entre as pessoas que passam a estar incluídas na primeira fase de vacinação, encontram-se aqueles com mais de 80 anos, independentemente de terem, ou não, alguma patologia preexistente. Além do mais, também os titulares de órgãos de soberania, pessoas com altos cargos com funções no quadro do estado de emergência, responsáveis da Proteção Civil e responsáveis da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público.

Porque é que se criaram novos grupos prioritários?

As pessoas com mais de 80 anos, com ou sem comorbilidades, passaram a ser incluídas por duas razões. Primeiro, porque a evolução da pandemia tem-se agravado, sendo ainda mais importante proteger este grupo de risco, mesmo quando não têm outras doenças, evitando assim uma maior taxa de mortalidade. Segundo, para ir ao encontro dos objetivos da União Europeia “de até ao final de março vacinarmos 80% das pessoas com mais de 80 anos e os profissionais de saúde”.

Quanto à vacinação dos líderes e decisores políticos, os especialistas já vinham alertando há semanas que era algo que teria de acontecer, pois estas pessoas mantêm a funcionar as instituições democráticas, e consequentemente, o país e a sociedade. A ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, partilha desta opinião. A 19 de janeiro explicou ao ECO que a vacinação das altas figuras do Estado “é importante porque é preciso haver uma liderança num contexto tão difícil (…) é importante que estejam protegidos, porque se estiverem doentes ou limitados na sua atividade por isolamento, acaba por ser toda esta condução que fica prejudicada”.

Quantas pessoas vão ser vacinadas nesta fase?

A primeira fase de vacinação divide-se agora em cinco grupos. Importante relembrar que esta fase já começou, em dezembro. Já quase 74 mil pessoas tomaram as duas doses da vacina e 178 mil uma das doses necessárias, das quais 168 mil em lares ou cuidados continuados, segundo indicou esta quinta-feira o primeiro-ministro. Contudo, ainda há muitos portugueses para vacinar. No total, entre os cinco grupos, o Governo estima estes valores:

  • Profissionais e residentes em lares e instituições similares e profissionais e internados em unidades de cuidados continuados: 250 mil pessoas;
  • Profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes, dos contextos primários e profissionais essenciais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos, com destaque para órgãos de soberania: 300 mil pessoas;
  • Titulares de órgãos de soberania, pessoas com altos cargos com funções no quadro do estado de emergência, responsáveis da Proteção Civil e responsáveis da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público: 1.000 pessoas;
  • Pessoas entre os 50 e os 79 anos com patologias associadas (doenças respiratórias sob suporte ventilatório ou oxigenoterapia de longa duração, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, doença coronária: 400 mil pessoas;
  • Pessoas com 80 ou mais anos: 670 mil pessoas

Assim, o Governo espera que, na primeira fase, sejam vacinadas 1,621 milhões de pessoas.

Quando vão ser vacinados?

A vacinação já começou nos profissionais de saúde, nos lares e na rede de cuidados continuados. Esta semana também já 12 mil pessoas do grupo com mais de 50 anos com patologias associadas iniciaram a vacinação. As restantes deverão começar a ser vacinas nas próximas semanas.

Até ao final de março, o Governo espera ter cerca de 810 mil pessoas com a vacinação completa (duas doses tomadas) e 520 mil com a primeira dose tomada.

Há vacinas para toda a gente?

No total, Portugal tem quase 30 milhões de vacinas contratadas. Se a vacina da AstraZeneca for aprovada esta sexta-feira, Portugal deve receber, até ao final de março, 2.214 mil doses, segundo indicou esta quinta-feira Francisco Ramos. “Para atingir este objetivo [810 mil pessoas totalmente vacinadas] vamos precisar de 1.642 mil doses e 520 mil para iniciar a vacinação em 520 mil pessoas” explicou. Só será possível com as doses que o país deverá receber da AstraZeneca, uma vez que, entre a Pfizer/BioNTech e a Moderna, até ao final de março, estão previstas chegar cerca de 1.500 mil.

Há ainda a esperança que a vacina da Janssen seja aprovada no primeiro semestre (ainda sem data marcada), podendo estes valores aumentarem.

O resto da população será vacinado logo de seguida?

Não será tudo ao mesmo tempo. O plano de vacinação compreende ainda mais duas fases. Na segunda fase serão vacinadas as pessoas entre os 50 e 64 anos que tenham uma patologia de risco (numa lista mais abrangente do que a primeira fase, que inclui diabetes, obesidade e hipertensão arterial) e todas as pessoas com mais de 65 anos que ainda não tenham sido vacinadas. De acordo com o calendário inicial, a segunda fase deverá começar a partir de abril, mas as datas podem sofrer ligeiras alterações tendo em conta o ritmo de produção de vacinas.

Já a terceira fase contempla a restante população do país, sendo que os grupos nesta terceira fase poderão ser revistos consoante os calendários e ritmo de entrega das vacinas.

Como é feito o agendamento da minha vacina?

Para receber a vacina as unidades de vacinação irão contactar por SMS (preferencialmente), por chamada telefónica (quando acharem necessário ou não houver resposta ao SMS) ou por carta (quando não existirem contactos telefónicos disponíveis). O utente terá que responder se quer, ou não, tomar a vacina. De lembrar que a vacina não é obrigatória, mas é altamente recomendada para travar a propagação do SARS-CoV-2 (vírus que provoca a Covid-19).

Depois, o agendamento será realizado para a primeira data disponível a partir do quinto dia seguinte. Na véspera do dia agendado será enviada uma mensagem a lembrar que tem agendada a vacina. Este sistema entra em vigor na sexta-feira, 29 de janeiro, e será alargado a todo o país no dia 4 de fevereiro.

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Vacina da AstraZeneca deverá receber hoje “luz verde” a meio de “braço de ferro” com a UE

O regulador europeu deverá dar "luz verde" à vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford contra a Covid-19 hoje, numa altura em que o ambiente entre a farmacêutica e a UE está muito crispado.

Depois da Pfizer/BioNTech e da Moderna, esta sexta-feira a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) poderá aprovar a vacina que está a ser desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford, tornando-se na terceira vacina a ser aprovada no espaço comunitário. Nos últimos dias, o “braço de ferro” entre a farmacêutica e a União Europeia é evidente, após a empresa ter anunciado que vai reduzir as entregas contratualizadas devido a quebras na produção.

Na semana passada, a multinacional britânica avisou a Comissão Europeia que iria cortar em 60% as entregas de vacinas aos 27 estados-membros, para 31 milhões de doses, no primeiro trimestre de 2020, devido a problemas na sua linha de produção. Trata-se de uma redução considerável, já que o compromisso eram 80 milhões de doses até março.

A instituição liderada por Ursula Von der Leyen considerou as justificações insuficientes, referindo que “o novo planeamento não é aceitável para a UE”. O ambiente ficou ainda mais tenso, após a Comissão Europeia se ter deparado com detalhes do contrato assinado com a farmacêutica, que deveria ser secreto, expostos na imprensa, na sequência de entrevistas concedidas pelo presidente executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot. Por isso, Bruxelas apertou o “cerco” à farmacêutica, exigindo agora que o contrato seja divulgado na íntegra, revela o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol), e que a farmacêutica cumpra o contrato orçado em 336 milhões de euros. Ao mesmo tempo, tal como outros países europeus, a Comissão Europeia está a ponderar avançar com ações judiciais contra e farmacêutica caso o contrato não seja cumprido.

Além disso, a acentuar as crispações está o facto de a AstraZeneca dar prioridade ao Reino Unido na entrega de vacinas, justificando que o acordo com o país britânico “foi assinado três meses antes do negócio europeu. Portanto com o Reino Unido tivemos três meses extra para reparar todas as falhas que tivemos”, apontou Soriot. Em causa está um contrato assinado, em agosto do ano passado, pela Comissão Europeia com a AstraZeneca para aquisição de 300 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, com uma opção de compra de mais 100 milhões de doses.

Dado o corte significativo nas doses previstas, estes atrasos podem colocar em causa as metas estipuladas por Bruxelas para alcançar a imunização da população. A União Europeia previa vacinar 80% dos idosos e profissionais de saúde até março e 70% dos adultos até ao verão.

Face a este atraso, o coordenador da task-force, Francisco Ramos, responsável por delinear o Plano de Vacinação contra Covid-19 em Portugal veio, por diversas vezes, reiterar que o atraso da vacina da AstraZeneca/Oxford não comprometerá a primeira fase do plano português, que deverá terminar em abril, mas também não permite antecipá-lo. Não obstante, ainda não há dados concretos sobre o impacto que este atraso terá nas quantidades de vacinas a curto prazo disponibilizadas para Portugal, já que o processo “ainda está em discussão” a nível europeu, revelou o presidente do Infarmed, na conferência de atualização do Plano de Vacinação contra a Covid-19, esta quinta-feira.

Entre fevereiro e março, Portugal esperava receber 1,4 milhões de vacinas da AstraZeneca, mas dado estes percalços a última estimativa avançada por Francisco Ramos apontava para as 700 mil doses. Ainda assim, o responsável sublinhou que “é possível que esse número seja revisto em alta”.

Certo é que, em termos totais, a quantidade de vacinas da AstraZeneca disponibilizadas para Portugal não deverá sofrer alterações, mantendo-se nas cerca de 6,9 milhões de doses, com a “possibilidade de doses adicionais”, revela a nova atualização do plano. Pressupondo que esta vacina é aprovada esta sexta-feira, o Governo português espera receber 2.214.000 doses de vacinas (isto já contado com a Pfizer e Moderna) até ao final do primeiro trimestre. O objetivo do Executivo é ter “810 mil pessoas com vacinação completa no final de março e 520 mil com a vacinação iniciada”, isto é com a primeira toma da vacina, revelou Francisco Ramos.

Além da AstraZeneca, também a Pfizer advertiu para um atraso nas entregas. Assim, um dos grandes desafios que se coloca nesta altura, tal como noutros países europeus, é gerir a quantidade de vacinas disponíveis. Ao contrário de outros países europeus, Portugal optou por reservar algumas doses para que os cidadãos que já tivessem recebido a primeira dose, tivessem acesso garantido à segunda toma, no espaço de 21 dias.

Esta quinta-feira, o governo alemão veio desaconselhar a toma da vacina da AstraZeneca para maiores de 65 anos. Com uma eficácia média de 70%, mas que pode chegar aos 90% se as doses forem variadas, esta vacina é mais barata e também mais fácil de armazenar do que as concorrentes da Pfizer e Moderna, podendo ser conservada num frigorífico comum, o que torna a logística menos complicada na sua distribuição. De salientar, que a vacina da Moderna pode ser armazenada por seis meses a -20 graus para transporte e armazenamento de longo prazo, enquanto a da Pfizer requer temperaturas muito mais baixas para o armazenamento.

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Eleições no Montepio vão ter voto eletrónico pela primeira vez

Mutualista já prepara as eleições para os órgãos sociais que decorrerão no final do ano. Regras eleitorais preveem que candidatos tenham registo prévio da ASF e voto eletrónico aos balcões do banco.

A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) já começou a preparar as eleições para os órgãos sociais que terão lugar no final do ano. E perspetivam-se novidades nas regras de voto. Pela primeira vez, os associados poderão votar de forma eletrónica. É uma “inovação” há muito tempo pedida dentro da mutualista para travar a fraca afluência aos atos eleitorais, mas que surge num contexto importante da pandemia que está a impor sérias restrições na circulação das pessoas para travar a disseminação do vírus.

O mandato dos atuais órgãos sociais termina no final do ano. As eleições são aguardadas com expectativa face ao momento que vive a maior instituição mutualista do país, que gere poupanças de mais de dois mil milhões de euros de 600 mil associados.

Virgílio Lima, presidente da mutualista depois da saída de Tomás Correia, deverá entrar na corrida, embora ainda não tenha deixado qualquer indicação nesse sentido. De qualquer forma, da atual administração terá de sair uma lista candidata para garantir a continuidade da instituição, como preveem os estatutos. A oposição também já começou a posicionar-se, ao redor de Fernando Ribeiro Mendes, ex-administrador da instituição e que saiu derrotado nas últimas eleições.

Com vista às eleições que terão lugar em dezembro, a mutualista colocou em consulta pública o projeto de regulamento eleitoral. Há novidades importantes às regras eleitorais que decorrem dos novos estatutos. Por exemplo, com a extinção do conselho geral no final do ano passado, os associados terão agora de eleger os membros da nova assembleia de representantes.

Também há alterações na forma de votar em relação aos últimos atos eleitorais e que foram marcados por elevada abstenção. Passam a ser admitidas três formas de votação, e não duas como até agora: o tradicional voto presencial, o voto por correspondência e, pela primeira vez, também o voto eletrónico.

A votação eletrónica funcionará com adaptações, na medida em que os associados não poderão votar a partir de casa. Antes, será “efetuada nos locais onde a AMMG tenha representação associativa ou outros definidos pela comissão eleitoral”, prevê o projeto de regulamento eleitoral que foi elaborado por um grupo de associados. Isto é, os associados poderão exercer os votos nos balcões do Banco Montepio, que são o ponto de contacto da mutualista com os associados.

Para o efeito, a mutualista disponibilizará uma plataforma “que deverá garantir a autenticidade e caráter secreto do voto de cada associado eleitor bem como auditabilidade de todo o processo”.

Antes de finalizar a votação, o associado terá acesso às suas escolhas (haverá dois boletins: um para a eleição do conselho de administração e conselho fiscal e outro para a eleição da assembleia de representantes), podendo rever o seu sentido de voto. Confirmada a votação, é disponibilizado um recibo de voto em formato eletrónico.

O voto eletrónico poderá ajudar a combater a fraca adesão que a mutualista vem registando ao longo dos últimos anos. Nas últimas eleições, realizadas em 2018, votaram apenas 47 mil associados de num universo de cerca de 480 mil associados que poderiam exercer esse direito.

Apresentação de resultados da Associação Mutualista Montepio - 01JUL20
Virgílio Lima é presidente da AMMG desde dezembro de 2019, após saída de Tomás Correia.Hugo Amaral/ECO

Candidatos sujeitos a exame prévio do regulador

Também pela primeira vez os candidatos às eleições terão de ter um registo prévio do regulador, a Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Mas este exame prévio aplica-se apenas aos elementos que se candidataram aos dois órgãos mais importantes, o conselho de administração e o conselho fiscal, deixando de fora os membros da assembleia de representantes.

“Para efeitos do registo prévio junto da ASF, os candidatos interessados devem formar uma lista completa para cada um desses órgãos e solicitar diretamente à ASF o registo prévio dos candidatos, nos termos legais aplicáveis”, diz o projeto de regulamento eleitoral que estará em consulta pública até 12 de fevereiro.

Para se submeterem a exame do regulador, os candidatos terão antes de apresentar (até final de abril) uma certidão que ateste que os candidatos são associados e se encontram em condições de se candidatar e ainda um relatório de avaliação (contendo elementos como CV, registo criminal, etc) que será elaborado pela comissão eleitoral.

Antes de entrar em vigor, o regulamento eleitoral terá de ser votado pela assembleia geral de associados, que ainda não tem data prevista para a sua realização. Os associados ainda não votaram o plano e orçamento de 2021, pois a assembleia prevista para o final do ano passado foi adiada devido à pandemia.

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Provedora avisa que ainda há “muitos atrasos” superiores a um ano na atribuição de pensões

A Provedora de Justiça registou 618 queixas sobre atrasos na atribuição de pensões, no último ano. O número é inferior ao de 2019, mas continua a haver "muitos atrasos superiores a um ano".

Os atrasos nas pensões continuam por resolver. Fonte oficial da Provedora de Justiça indicou ao ECO que, no último ano, foram registadas 618 queixas sobre atrasos na atribuição de pensões por parte do Centro Nacional de Pensões, número significativamente mais baixo do que o registado em 2019. Ainda assim, “o problema subsiste, verificando-se ainda muitos atrasos superiores a um ano”, sublinha a mesma fonte.

Depois de Vieira da Silva ter falhado o plano de acabar com os atrasos das pensões no primeiro semestre de 2019, Ana Mendes Godinho comprometeu-se, numa audição na Assembleia da República em janeiro de 2020, a encontrar uma solução para esse problema. “A previsão que temos é de regularização da situação ao longo de 2020. Para isso temos uma task force criada com um conjunto de medidas”, disse a ministra do Trabalho.

Cinco meses depois, a ministra voltou ao Parlamento, tendo então revelado que o número de pedidos de pensões com mais de 90 dias tinha caído para menos de metade, face ao período homólogo.

Aos deputados, Ana Mendes Godinho assegurou que se tinha feito um reforço da capacidade de resposta, o que se refletiu num aumento de 25,8% dos processos concluídos e num recuo de 52,3% dos processos em instrução há mais de 90 dias. “A tendência tem sido de ganho de produtividade por parte do Centro Nacional de Pensões“, disse a governante, que não revelou o prazo médio de diferimento das prestações em causa.

Com 2020 já fechado, o ECO perguntou ao Ministério do Trabalho quantos pedidos de pensões estão, atualmente, há mais de 90 dias sem resposta e qual é agora o prazo médio de diferimento no Centro Nacional de Pensões (de modo a aferir se já se chegou aos tempos de espera normais, isto é, abaixo dos 90 dias), mas não obteve resposta.

Para verificar se os atrasos das pensões tinham ou não sido resolvidos em 2020, como prometera a ministra, o ECO questionou, então, a Provedora de Justiça sobre quantas queixas relativas a este assunto foram registadas, ao longo do último ano. De notar que estes atrasos têm sido um dos principais motivos de reclamações, ao longo dos últimos anos.

Embora os números relativos a 2020 ainda não estejam consolidados, fonte oficial de Provedora de Justiça adiantou ao ECO que foram abertos “12 processos (um por cada mês) e neles [foram] incorporadas cerca de 618 queixas sobre atrasos na atribuição de pensões por parte do Centro Nacional de Pensões, nomeadamente pensões de velhice, pensões antecipadas, pensões unificadas, pensões de sobrevivência e outas pensões por morte”.

Em comparação, no relatório de 2019 da Provedora de Justiça, indicava-se que, nesse ano, tinham sido registadas mais de 1.700 queixas sobre atrasos na atribuição de prestações sociais por parte do CNP, bem acima das 923 registadas em 2018. Ou seja, o número de queixas desta natureza registadas em 2019 foi significativamente inferior.

“Não obstante, o problema subsiste, verificando-se ainda muitos atrasos superiores a um ano“, salienta fonte da Provedora de Justiça.

Em fevereiro do ano passado, o secretário de Estado da Segurança Social avançou, em entrevista ao ECO, que o Governo tinha a intenção de, em dezembro, colocar “em produção” o sistema informático que permitia a automatização das pensões de velhice. O plano era que, em março de 2020, as pensões de invalidez já estivessem abrangidas por esse mecanismo, abrindo caminho para as demais. “É isso que me faz crer que vamos ter em 2020 um ano de viragem também muito importante a este nível das pensões”, disse Gabriel Bastos.

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Jorge Jesus testa positivo a Covid-19

  • ECO
  • 29 Janeiro 2021

O Benfica confirmou que o treinador Jorge Jesus tem Covid-19. Depois de sete testes negativos nas duas últimas semanas, os sintomas do novo coronavírus obrigaram a mais um teste que deu positivo.

O Benfica confirmou que o treinador Jorge Jesus tem Covid-19. Depois de sete testes negativos nas duas últimas semanas, os sintomas do novo coronavírus obrigaram a mais um teste que deu positivo. “Apesar de nas últimas duas semanas o treinador ter acumulado 7 testes negativos, exames complementares de diagnóstico efetuados durante o dia de ontem no Hospital da Luz indiciaram um comportamento típico de infeção originado pelo novo coronavírus. Nesse sentido, procedeu-se à realização imediata de um primeiro teste rápido – que deu igualmente negativo –, e de um PCR cujo resultado positivo foi conhecido já durante a madrugada“, revela o clube em comunicado.

O departamento médico do Benfica explica a sucessão de testes negativos nos últimos 15 dias. “Tratando-se de um caso atípico, de índole rara, há contudo evidência de situações similares em que, apesar de sucessivos testes negativos, o vírus é detetável somente ao fim de alguns dias, com o evoluir da infeção respiratória e o agravamento dos sintomas”.

O treinador do Benfica vai, assim, falhar o jogo com o Sporting. “Jorge Jesus vai estar em isolamento nos próximos dias, com o corpo clínico do Benfica a acompanhar o seu estado de saúde, que se encontra estável”.

Jorge Jesus é “apenas” mais um caso no Benfica. Quase todo o plantel da equipa principal já foi infetado com a Covid-19 e ainda na última jornada da Liga Nos, o Benfica não pôde utilizar dez jogadores.

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