Bolsa de Lisboa abre sem rumo. Galp pressiona, BCP contrabalança

Lisboa abriu a sessão sem tendência definida, oscilando entre ganhos e perdas. A condicionar o desempenho do PSI-20 está a Galp Energia, ao passo que o BCP impede maiores quedas. 

A bolsa de Lisboa abriu sem rumo definido, oscilando entre ganhos e perdas ligeiras. A pesar no PSI-20 está a Galp Energia, enquanto o BCP contrabalança o índice nacional.

Pela Europa, o Stoxx 600 recua 0,1%, a par com o francês CAC-40, espanhol IBEX-35 e britânico FTSE 100. Os mercados europeus estão a ser condicionados pelas perdas registadas em Wall Street na quarta-feira, depois de ter sido conhecido que o índice de preços no consumidor subiu 6,2% nos 12 meses até outubro, o maior avanço anual desde novembro de 1990.

Em Lisboa, o PSI-20 negoceia na “linha de água”, a cotar em 5.701,26 pontos. Sete das 19 cotadas registam ganhos, enquanto as restantes registam perdas. O setor petrolífero e o da pasta e do papel estão entre os mais penalizados.

A Galp Energia recua 0,73%, para 8,944 euros, num dia em que o barril Brent, referência para as importações nacionais, negoceia pouco alterado, a custar 82,61 dólares.

Do petróleo para a eletricidade, a EDP Renováveis recua 0,71%, para 22,52 euros, e a “casa mãe” EDP avança 0,34%, para 4,785 euros. Já a REN valoriza 0,60%, para 2,51 euros.

Já a Navigator recua 0,36%, para 3,288 euros, enquanto a Semapa cede 0,98%, para 12,12 euros.

Em contraciclo, a contrabalançar o PSI-20, estão os títulos dos CTT e do BCP. A empresa de correios avança 0,97%, para 4,165 euros, e as ações do banco liderado por Miguel Maya somam 0,95%, para 16,01 cêntimos.

Nota ainda para a Sonae SGPS, cujos títulos avançam 0,49%, para 1,017 euros, depois de a empresa ter passado de prejuízos de 4 milhões de euros a lucros de 158 milhões até setembro.

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Cinco caixas reclamam 4 milhões ao Crédito Agrícola por extinção de fundo de garantia

As caixas regionais de Leiria, Mafra, Torres Vedras, Chamusca e Bombarral reclamam a restituição de mais de quatro milhões com a extinção do fundo de garantia do Crédito Agrícola, em 2019.

A Caixa Central do Crédito Agrícola (CCAM) enfrenta uma ação de cinco caixas regionais (Leiria, Mafra, Torres Vedras, Chamusca e Bombarral), que reclamam mais de quatro milhões de euros relativos a contribuições antigas que fizeram para um fundo de garantia que a instituição extinguiu em 2019.

Na base da disputa está a extinção do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM) há dois anos, quando o Governo criou um único sistema de garantia de depósitos a nível nacional e os depósitos constituídos na rede de caixas do Crédito Agrícola passaram a estar cobertos pelo Fundo de Garantia de Depósitos (que dá cobertura aos depósitos dos outros bancos).

No âmbito desse diploma, ficou previsto que o FGCAM desapareceria e se tornaria num património autónomo a funcionar junto da Caixa Central.

A instituição liderada por Licínio Pina constituiu então a Associação – Fundo de Assistência do Crédito Agrícola Mútuo (FACAM), formada com o património que resultou da extinção do FGCAM e da qual seriam associadas as caixas regionais que integram o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Ou seja, deixando de fora as caixas de Leiria, Mafra, Torres Vedras, Chamusca e Bombarral, pois não fazem parte do SICAM.

Contudo, as cinco caixas fizeram contribuições para o anterior FGCAM há mais de 20 anos e alegam agora que, não sendo participantes da FACAM, teriam qualquer coisa a receber com a extinção do FGCAM, de acordo com o diploma que vigorava até à extinção do fundo de garantia.

Há cerca de três semanas, apresentaram uma ação no tribunal de Lisboa, reclamando a restituição de mais de quatro milhões de euros à Caixa Central, valor que resulta “da fração do ativo líquido da FACAM proporcional às suas contribuições históricas até à data em que se exoneraram do FGCAM”, em 1995 no caso da Chamusca e Bombarral e no início de 2000 no caso das restantes caixas.

Contactada pelo ECO, o Crédito Agrícola afirmou que a “Caixa Central e a FACAM não foram, até ao momento, citadas para qualquer ação judicial intentada por qualquer uma das CCAM fora do SICAM”.

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Boeing vai compensar famílias de vítimas de acidente na Etiópia

  • Lusa
  • 11 Novembro 2021

A Boeing vai compensar as famílias das vítimas do acidente do avião 737 MAX na Etiópia, que fez 157 mortos. Acordo não refere valores, mas as famílias poderão pedir a indemnização nos tribunais.

A Boeing aceitou compensar as famílias das vítimas do acidente do avião 737 MAX na Etiópia, que fez 157 mortos em 2019, de acordo com documentos entregues na quarta-feira num tribunal de Chicago, nos EUA.

“A Boeing está empenhada em assegurar que todas as famílias que perderam pessoas próximas em acidentes sejam plena e justamente compensadas”, disse o construtor aeronáutico norte-americano, em declarações à agência de notícias France-Presse (AFP).

“Ao reconhecer a sua responsabilidade, o acordo da Boeing com as famílias permite que as partes concentrem os seus esforços na determinação da compensação adequada para cada família”, acrescentou a empresa.

O acordo proposto na quarta-feira não refere valores, mas especifica que os jurados serão responsáveis por avaliar “montantes de compensação justos e razoáveis, com base nas provas apresentadas”. As famílias das vítimas poderão pedir uma indemnização nos tribunais norte-americanos.

Em 10 de março de 2019, o voo 302 da Ethiopian Airlines com destino a Nairobi despenhou-se num campo a sudeste da capital da Etiópia, Adis Abeba, seis minutos após a descolagem.

No acidente morreram 157 pessoas de 35 nacionalidades.

Este foi o segundo acidente em poucos meses envolvendo um modelo deste tipo. O primeiro ocorreu num voo da Lion Air, ao largo da costa da Indonésia, em circunstâncias semelhantes, em 29 de outubro de 2018, e resultou também na morte dos 189 ocupantes.

“Apresentamos as nossas mais profundas condolências às famílias de todos aqueles que perderam as suas vidas no voo 610 da Lion Air e no voo 302 da Ethiopian Airlines”, disse um porta-voz da Boeing, na quarta-feira.

“Desde os acidentes, a Boeing fez alterações significativas como empresa e na conceção do 737 MAX, para garantir que acidentes como estes nunca mais acontecem”, acrescentou a empresa.

O acidente na Etiópia provocou a pior crise na história do fabricante de aeronaves dos EUA, conduzindo à imobilização dos modelos 737 MAX em todo o mundo durante 20 meses.

Os aviões foram gradualmente autorizados a voltar a voar, a partir do final de 2020. Desde então, as companhias aéreas voltaram a pôr em serviço mais de 200 aeronaves deste tipo.

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Novo “fundo abutre” tem Novobanco e BCP na mira

  • ECO
  • 11 Novembro 2021

Fortitude Capital quer gastar até 500 milhões de euros em Portugal e vê no Novobanco e BCP dois ativos apetecíveis para uma possível operação de fusão.

Chama-se Fortitude Capital, quer gastar até 500 milhões de euros e vê no Novobanco e no BCP dois ativos apetecíveis para uma possível operação de fusão, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago), que caracteriza a sociedade como “fundo abutre” — isto é, fundos que sondam um determinado mercado à procura de negócios a preços de saldo.

Liderada por António Esteves — que irá gerir o fundo de capital de risco Fortitude Capital Special Situations Fund –, a Fortitude foi constituída em setembro de 2021 e conta com um capital social de 125 mil euros, segundo a informação disponibilizada no Portal da Justiça, de acordo com o jornal. O objetivo deste fundo é obter um capital mínimo de 250 milhões de euros e máximo de 500 milhões.

Apesar de não ter sido publicamente apresentado, o novo “fundo abutre” está a ser dado a conhecer ao mercado e vê na banca ativos apetecíveis. Sobre o Novo Banco, sublinha que tem um preço de “desconto” relativamente aos concorrentes europeus e que o Lone Star tem de permanecer no banco por mais alguns anos “para melhorar a rentabilidade e vender sem este desconto”. Já sobre o BCP, considera que é “o melhor banco de retalho” em Portugal, mas com uma “estrutura acionista que inclui potenciais vendedores”. Neste contexto, a Fortitude Capital admite uma possível operação de fusão das duas instituições, segundo o mesmo jornal.

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Uber processada por cobrar taxas de tempo de espera a pessoas com deficiência

  • Lusa
  • 11 Novembro 2021

O departamento de justiça dos EUA instaurou um processo contra a Uber por discriminar pessoas com deficiência, ao cobrar taxas enquanto os motoristas aguardam que os passageiros entrem nos veículos.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos instaurou na quarta-feira um processo contra a plataforma de transporte de passageiros Uber por discriminar pessoas com deficiência, ao cobrar taxas enquanto os motoristas aguardam que os passageiros entrem nos veículos.

As taxas por “tempo de espera” da Uber começam a ser aplicadas dois minutos após a chegada do motorista e são cobradas até que o carro comece a viagem.

Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, a Uber começou a aplicar estas taxas em algumas cidades em abril de 2016, mas acabou por generalizá-las por todo o país, notícia a agência AP.

No processo, aberto na quarta-feira no tribunal distrital federal dos Estados Unidos, no norte da Califórnia, a justiça afirma que a Uber está a violar a lei de proteção para as pessoas portadoras de deficiência (ADA, na sigla em inglês) ao não modificar as suas taxas para aqueles que possam necessitar de um tempo extra para entrar num carro daquela empresa.

A ação judicial salienta que a plataforma de transporte de passageiros cobrou as taxas mesmo quando sabia que o atraso era motivado por uma deficiência.

A Uber referiu na quarta-feira que está em diálogo com o Departamento de Justiça e que ficou surpreendida e dececionada com a instauração do processo.

“As taxas de ‘tempo de espera’ são cobradas a todos os utilizadores para compensar os motoristas após dois minutos de espera, mas nunca foram destinadas a clientes que estão a postos no seu local de recolha mas que precisam de mais tempo para entrar no carro”, sustentou a Uber, em comunicado.

A Uber acrescentou que faz parte da sua política reembolsar as taxas de “tempo de espera” para passageiros com deficiência sempre que alertarem a empresa.

Desde a semana passada, qualquer utilizador que comprove incapacidade terá as taxas automaticamente dispensadas, acrescentou.

A empresa com sede em São Francisco adiantou também que as taxas por tempo de espera cobradas aos passageiros é em média inferior a 60 cêntimos.

“Fundamentalmente discordamos que as nossas políticas violem a ADA e continuaremos a melhorar os nossos produtos para continuar a oferecer a todos a capacidade de se moverem facilmente nas suas comunidades”, destacou.

O processo pede ao tribunal que a Uber seja obrigada a mudar a sua política, a treinar os seus funcionários e motoristas e a pagar indemnizações por danos monetários a pessoas que estiveram sujeitas a taxas de ‘tempo de espera’ que violaram a ADA nos Estados Unidos.

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Ivo Rosa quer ser juiz desembargador

  • ECO
  • 11 Novembro 2021

O juiz Ivo Rosa quer ser desembargador e candidatou-se à Relação de Lisboa. Se for escolhido, poderá tomar posse em setembro do ano que vem.

O juiz Ivo Rosa candidatou-se ao Tribunal da Relação de Lisboa. A candidatura já foi admitida pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM), sendo que o juiz está entre os 80 candidatos a juízes desembargadores, avança o Observador (acesso pago).

O concurso vai decorrer entre fevereiro e abril do próximo ano e os resultados só deverão ser conhecidos em maio, noticia o mesmo jornal. Ivo Rosa é o candidato número 12.

Caso o juiz seja o escolhido, Ivo Rosa tomará posse na Relação de Lisboa em setembro de 2022, mas deverá manter a titularidade da instrução criminal em exclusividade do caso Universo Espírito Santo.

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Hoje nas notícias: “Fundo abutre”, comboios e Ivo Rosa

  • ECO
  • 11 Novembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O fundo de capital de risco Fortitude Capital quer gastar até 500 milhões em Portugal e vê no Novobanco e BCP dois ativos apetecíveis para uma possível operação de fusão. Na política, o comunista Jorge Cordeiro defende que “dar maioria absoluta ao PS seria premiar quem merece ser castigado”. A marcar o dia está ainda a notícia de que avarias recorrentes têm cortado a velocidade dos Alfa e Intercidades para metade. E Ivo Rosa quer ser juiz desembargador.

Fundo abutre faz mira ao Novobanco e BCP

Há um novo “fundo abutre” interessado em investir no mercado português. A Fortitude Capital quer gastar até 500 milhões de euros e vê como dois ativos apetecíveis o Novo Banco e o BCP, para uma potencial operação de fusão. Este tipo de fundos sonda o mercado à procura de negócios a preços de saldo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

“Dar maioria absoluta ao PS seria premiar quem merece ser castigado”

Jorge Cordeiro, membro da comissão política do PCP e um dos elementos da equipa de negociação do Orçamento do Estado (OE), acusa o primeiro-ministro de fazer bluff nas negociações e de se apropriar “indevidamente” de propostas do PCP, como o aumento extraordinário das pensões, medida que o PS tenciona incluir no programa eleitoral para as eleições antecipadas de 30 de Janeiro. “Andaram a fazer bluff e a fazer propostas que na prática sabiam que não iam aplicá-las, mas sobretudo usá-las e instrumentalizá-las no plano eleitoral e o caso das reformas é um deles”, realça Jorge Cordeiro, em entrevista ao Público e à Renascença.

Leia a entrevista no Público (acesso condicionado) e Renascença (acesso livre).

Avarias constantes cortam velocidade do Alfa e Intercidades a metade

Entre janeiro e 15 de outubro deste ano, o mecanismo de apoio à circulação ferroviária Convel registou 83 falhas, levando os comboios Alfa Pendular e Intercidades a terem de circular a metade da velocidade. O sistema já foi descontinuado e só deverá ser substituído por outro mais moderno em 2025.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Ivo Rosa quer ser juiz desembargador

O juiz Ivo Rosa candidatou-se ao Tribunal da Relação de Lisboa, segundo o Observador. A candidatura já foi admitida pelo Conselho Superior da Magistratura, sendo que o juiz está entre os 80 candidatos a juízes desembargadores. O concurso vai decorrer entre fevereiro e abril do próximo ano, sendo que os resultados só serão conhecidos em maio.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

Rede dos Comandos também atacava contas bancárias

Além do tráfico de diamantes, ouro e droga entre África e a Europa, a alegada rede de militares e ex-comandos também se dedicaria a assaltar contas bancárias de particulares, tanto em Portugal como em Espanha. Em causa estava o roubo de dados dos clientes através do método “phishing” (quando um site na internet ou email tenta fazer-se passar por um serviço legítimo). O plano passava por enviar emails semelhantes aos do Novobanco. No mesmo correio eletrónico, os criminosos faziam-se passar por funcionários do banco e pediam o código de acesso ao homebanking. Dezenas de pessoas terão sido vítimas da burla.

Leia a notícia no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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BCP fixa condições da emissão subordinada de 300 milhões

O banco emitirá 300 milhões de euros em dívida subordinada junto de "investidores institucionais europeus" com um "prazo máximo de 10,5 anos" e opção de reembolso antecipado, com algumas condições.

O BCP informou os mercados de que já “fixou as condições” da emissão de dívida subordinada no valor de 300 milhões de euros, uma operação dada a conhecer na terça-feira. Os títulos terão um prazo máximo de 10,5 anos, tendo o banco a opção de os reembolsar “a qualquer momento”, com algumas condições.

“A emissão, no montante de 300 milhões de euros, terá um prazo máximo de 10,5 anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco a qualquer momento nos seis meses seguintes ao final do 5.º ano e uma taxa de juro de 4%, ao ano, durante os primeiros cinco anos e seis meses (correspondendo a um spread de 4,065% sobre a média das taxas mid-swaps de cinco e seis anos)”, lê-se num comunicado.

O BCP acrescenta ainda que, “no final dos primeiros cinco anos e seis meses, a taxa de juro será refixada até à maturidade com base na taxa mid-swaps de cinco anos prevalecente nesse momento acrescida do spread“.

O banco liderado por Miguel Maya informou ainda que a emissão — realizada ao abrigo do Euro Note Programme e que “se espera que venha a ser elegível como fundos próprios de nível 2 — “foi colocada num conjunto muito diversificado de investidores institucionais europeus”.

“A emissão insere-se na estratégia do Millennium BCP de contínua otimização da sua estrutura de capital, de reforço de fundos próprios e da sua base de passivos elegíveis para o cumprimento dos requisitos de MREL”, isto é, requisitos mínimos de capitais próprios e outros, conclui a instituição.

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Após o pico da pandemia, inativos atingem valor mais baixo de sempre

O número de inativos disponíveis para trabalhar mas sem procurar trabalho disparou por causa das restrições da pandemia, mas já baixou para o valor mais baixo desde 2011, ano em que arranca a série.

Desde que a pandemia começou que o conceito de inativos voltou a ganhar importância na interpretação dos números do mercado de trabalho. O número de inativos disponíveis para trabalhar mas sem procurar trabalho disparou por causa das restrições da pandemia, mas já baixou drasticamente: no terceiro trimestre recuou para o valor mais baixo desde 2011 à boleia da retirada das restrições e da criação de emprego, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta quarta-feira.

No segundo trimestre de 2020, período já totalmente afetado pela pandemia, a taxa de desemprego diminuiu, em vez de aumentar, para os 5,7%. A surpresa instalou-se numa altura de crise económica, mas havia uma explicação estatística: as restrições impediam quem não tinha emprego de procurar trabalho, apesar de estarem disponíveis, pelo que não eram contabilizados como desempregados. Foi aí que as atenções viraram para a taxa de subutilização do trabalho.

Este é um indicador mais alargado da população desempregada, incluindo além desta também o subemprego dos trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis e, mais importante nesta altura da pandemia, os inativos disponíveis mas que não procuram emprego. Estes últimos são pessoas que podem ter ficado sem emprego por causa da crise, mas que não foram logo considerados desempregados por não procurarem ativamente emprego por causa das restrições.

Do primeiro trimestre de 2020 para o segundo trimestre, o número de inativos disponíveis mas que não procuram emprego disparou de 165,4 mil — um valor normal no pré-pandemia — para quase o dobro (311,7 mil), retirando leitura à taxa de desemprego (5,7%) desse trimestre. Com a retirada das restrições, o número foi encolhendo gradualmente até chegar aos 155,2 mil no terceiro trimestre deste ano.

Olhando para o indicador global da subutilização do trabalho, este passou do pico de 804,4 mil pessoas no terceiro trimestre de 2020 (alimentado tanto pelos desempregados como por inativos) para 642,4 mil no terceiro trimestre de 2021, o valor mais baixo desde 2011, ano em que a série do INE arrancou. São menos 162 mil pessoas. A taxa de subutilização do trabalho fixou-se nos 11,9%, também a mais baixa numa década e quase metade do que se verificou durante a crise da troika.

Subutilização do trabalho atinge valor mais baixo dos últimos 10 anos

A diminuição da subutilização do trabalho não é justificada inteiramente pelo menor número de inativos disponíveis, mas que não procuram trabalho. Isto é, não passaram todos para a população desempregada, a qual também é contabilizada neste indicador, tendo a criação de emprego sido capaz de absorver parte destes trabalhadores.

Isso é visível nos números da população desempregada e empregada. A população desempregada baixou para os 318,7 mil no terceiro trimestre de 2021, o valor mais baixo da década e inferior ao pré-pandemia (323,4 mil no terceiro trimestre de 2019), à exceção da “anomalia” do segundo trimestre em que foi de 278,4 mil (mas que é justificado pelo aumento dos inativos).

Ao mesmo tempo, a população empregada já recuperou da pandemia e até superou o nível pré-pandemia: atingiu no terceiro trimestre de 2021 os 4.878,1 mil, o valor mais elevado da década, acima dos 4.806,6 mil do terceiro trimestre de 2019.

O próprio INE fez neste destaque uma análise aos inativos, separando-os em dois grupos: um designado por “força de trabalho potencial”, que são os que estão à procura de emprego mas não disponíveis ou os que estão disponíveis mas que não procuram emprego; outro designado por “outra inatividade”, que agrega os restantes.

No terceiro trimestre, 30,2% daqueles que no segundo trimestre de 2021 estavam no grupo “força de trabalho potencial” transitaram para o desemprego, ou seja, passaram a cumprir os dois critérios — estar disponível e procurar emprego — e foram classificados como desempregados. Já 17,6% dos que, no segundo trimestre de 2021, estavam no grupo “força de trabalho potencial” transitaram para o emprego no terceiro trimestre.

Estes inativos referidos neste artigo fazem parte da população inativa, mas são uma pequena parte desta. A maior parte da população inativa refere-se a reformados, crianças e jovens estudantes, entre outros.

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YouTube oculta contagem de “dislikes” mas mantém o botão

  • Lusa
  • 11 Novembro 2021

Plataforma da Google decidiu ocultar a contagem de "dislikes" ("não gostos"), apesar de os utilizadores continuarem a poder usar o botão. Medida visa reduzir o assédio contra os criadores de conteúdo.

A plataforma de vídeos YouTube vai deixar de ter visível o número de dislikes (“não gostos”), embora o botão não desapareça, alteração que está a ser aplicada gradualmente desde quarta-feira e que pretende proteger os criadores de conteúdo contra assédios.

A decisão da empresa surge após uma experiência realizada há alguns meses com esta funcionalidade para perceber se as alterações podem ajudar a proteger da melhor forma os criadores de conteúdos contra “o assédio” e a “reduzir os ataques que alguns utilizadores organizam para aumentar o número de ‘não gostos’ em determinados vídeos”.

Nesta experiência, a rede social “escondeu” este botão, embora os utilizadores pudessem continuar a ver e usar a funcionalidade. O YouTube observou que, como não estava visível o número de “não gostos”, o botão foi menos usado. “Detetámos uma diminuição na utilização desse botão com a intenção de atacar um ‘youtuber’”, pode ler-se numa publicação no blogue oficial da Google, detentora da plataforma.

A rede social recebeu ainda comentários de pequenos criadores de conteúdos, ou recém chegados, a revelarem que eram vitimas de “aqueles comportamentos injustamente” e que os dados da experiência “confirmaram que, de facto, este tipo de práticas afeta estes canais em maior dimensão”.

Os criadores de conteúdos podem continuar a ver o número exato de “não gostos” através do YouTube Studio, juntamente com outras estatísticas sobre o desempenho da sua publicação. Já os utilizadores podem continuar a usar o botão para, entre outras coisas, indicarem aos criadores o que acharam de um vídeo em particular.

“Estamos cientes que talvez nem todos os utilizadores concordam com esta medida, mas acreditamos que esta vai beneficiar a plataforma como um todo”, destaca ainda a empresa.

O YouTube pretende criar “um espaço inclusivo e respeitoso onde os criadores tenham a oportunidade de prosperar e de se sentirem confiantes para expressarem as suas ideias”. “Este é apenas um dos muitos passos que estamos a tomar para continuar a proteger os criadores de assédio”, concluiu.

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Elon Musk vendeu ações da Tesla por quase mil milhões de euros

  • Lusa
  • 11 Novembro 2021

O CEO da Tesla vendeu ações da fabricante automóvel pelo equivalente a quase mil milhões de euros. Documento enviado à SEC mostra que a intenção de vender remonta a setembro.

O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, vendeu na segunda-feira ações do fabricante de veículos elétricos por 1,1 mil milhões de dólares (958 milhões de euros), após ter anunciado, no sábado, a intenção de vender 10% das ações.

De acordo com documentos apresentados na quarta-feira ao regulador do mercado dos EUA, a Securities and Exchange Commission (SEC), o homem mais rico do mundo vendeu cerca de 930.000 ações só na segunda-feira.

No sábado, Musk tinha sondado os seus seguidores na rede social Twitter sobre a eventual venda de 10% dos 17% que possui na empresa, o que lhe poderia render mais de 20 mil milhões de dólares (perto de 17,5 mil milhões de euros). Cerca de 57,9% dos 3,5 milhões de seguidos responderam a favor.

Na segunda-feira, na abertura de Wall Street, as ações da empresa caíram 7,2%, com o mercado a temer que Musk avançasse com a venda, desequilibrando a oferta e a procura das ações do fabricante de carros elétricos.

Por essa razão, as ações foram vendidas a um preço significativamente mais baixo do que teria acontecido sem o anúncio no Twitter, tendo o empresário perdido, no processo, várias dezenas de milhões de dólares em lucros não realizados.

O documento entregue à SEC revela também que o homem de negócios já tinha iniciado a venda em 14 de setembro, pelo que não decidiu com base no inquérito no Twitter.

No final da operação, Elon Musk ainda detinha 1,22 milhões de ações da Tesla e mais 170,4 milhões num trust (fundo fiduciário), com o valor total de 183 mil milhões de dólares (159,4 mil milhões de euros), ao preço de fecho de quarta-feira, de acordo com o documento entregue ao SEC.

Na segunda-feira, o fundador da Tesla exerceu também a opção de compra sobre 2,15 milhões de ações, o que lhe permitiu comprar o mesmo número de ações a 6,24 dólares cada, menos de 1% do seu valor atual.

Na terça-feira, a Tesla arrastou o Nasdaq, ao prosseguir a sua forte queda, de 11,99%, devido ao anúncio de Musk. Na quarta-feira, as ações voltaram a recuperar, fechando com uma subida de 4,34%.

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5 coisas que vão marcar o dia

Bruxelas divulga previsões de outono para a Zona Euro. INE atualiza a inflação. A REN apresenta as contas dos primeiros nove meses do ano. É o segundo dia do encontro dos hoteleiros no Algarve.

Bruxelas divulga previsões económicas de outono para a Zona Euro. O Instituto Nacional de Estatística (INE) atualiza o índice de preços no consumidor. É a vez de a REN apresentar as contas dos primeiros nove meses do ano. Os hoteleiros portugueses estão reunidos no Algarve. O Eurostat atualiza a evolução do número de óbitos em tempos de pandemia.

Bruxelas divulga previsões de outono

A Comissão Europeia atualiza as previsões para o andamento da economia. Com os Estados-membros a recuperarem do impacto da pandemia, a crise energética e de matérias-primas e um recrudescimento dos casos de Covid-19 na região poderão deitar por terra os progressos já realizados até agora. Em relação à economia da UE, as previsões económicas da primavera apontavam para um crescimento de 4,2 %, em 2021 e de 4,4 %, em 2022. A economia da área do euro deverá registar um crescimento de 4,3 % este ano e de 4,4 % no próximo ano.

Como evoluem os preços?

O INE atualiza o índice de preços no consumidor com dados relativos a outubro. Em setembro, Portugal registou uma taxa de inflação de 1,5%, estabilizando em relação ao mês anterior. É uma das taxas de inflação mais baixas na Zona Euro, que se tem vindo a debater, ainda assim, com taxas mais elevadas em mais de uma década, acima de 4%. Segundo o Banco Central Europeu, a alta da inflação deve-se a fatores temporários.

REN apresenta contas

A gestora a rede elétrica apresenta os resultados relativos aos primeiros nove meses do ano. A REN, liderada por Rodrigo Costa, fechou a primeira metade do ano com lucros de 39,5 milhões de euros, o que correspondia a uma descida de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.

Hoteleiros reunidos no Algarve

É o segundo dia do 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, subordinado ao tema “O Turismo tem Futuro”. O encontro dos hoteleiros decorre em Albufeira, no Algarve, até esta sexta-feira. Uma dos temas em cima da mesa será a recuperação do setor depois do impacto brutal da pandemia no turismo.

Eurostat atualiza evolução de óbitos

De acordo com o último balanço, a Europa registou 910 mil óbitos a mais entre março de 2020 e agosto de 2021, comparado com a média para os mesmos meses entre 2016 e 2019. O Eurostat atualiza este indicador relativamente a setembro de 2021, numa altura em que alguns países já começaram a observar um recrudescimento da pandemia.

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