Incêndios: 8 municípios já decidiram isentar de IMI os edifícios destruídos

O PSD propôs para o OE2018, mas a esquerda reprovou e remeteu para as câmaras. O ECO questionou as autarquias afetadas pelos incêndios: oito confirmam que vão avançar com a isenção.

Os cidadãos de Mortágua, Carregal do Sal, Vila de Rei, Vouzela, Seia, Lousã, Góis e Tondela cujos edifícios foram afetados pelos incêndios vão estar isentos de pagar IMI no próximo ano. A garantia foi dada por oito autarquias ao ECO. A ideia de isentar do pagamento de IMI os edifícios destruídos pelo fogo foi apresentada pelo PSD no Parlamento no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2018. No entanto, a medida foi reprovada pela esquerda. O PS e o Governo remeteram a decisão para as câmaras.

Entre as suas 75 propostas para o OE2018, o PSD apresentou uma medida para isentar as habitações, edifícios comerciais, industriais e de serviços afetados pelos incêndios do pagamento de IMI em 2017 e 2018. A medida foi rejeitada nas votações na especialidade do OE2018, mas o PSD acabou por avocar a proposta para voltar a discuti-la. No dia em que o Orçamento foi aprovado, os social-democratas esgrimiram argumentos com os socialistas.

De um lado, o PSD classificou o chumbo de “incompreensível”. “Completamente chocante foi que PS, PCP e BE se tenham juntado para chumbar a proposta do PSD para isentar de IMI as famílias e as empresas cujas casas e e edifícios foram destruídas nos incêndios”, atacou o deputado Leitão Amaro. “Com que cara querem cobrar impostos pelas cinzas que lá ficaram?“, questionou o social-democrata.

Com que cara querem cobrar impostos pelas cinzas que lá ficaram?

António Leitão Amaro

Deputado do PSD

Do outro lado, a bancada socialista desvalorizou a indignação. “Há incêndios florestais e IMI há décadas em Portugal e isso nunca ocorreu ao PSD antes”, afirmou Rocha Andrade, remetendo a decisão para os municípios por este ser um imposto municipal e, por isso, no âmbito da decisão das autarquias — “um princípio que deve continuar a valer”, na opinião do PS.

O Governo corroborou a ideia: “Desde este ano de 2017, por força do OE2017, os municípios passaram a ter competência para isentar de IMI quem bem entenderem através do regulamento próprio aprovado pela Assembleia Municipal”, justificou o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel.

Isenções vão até três anos

Até ao momento, oito câmaras confirmaram ao ECO que vão avançar com a isenção. O vice-presidente da autarquia de Mortágua explicou que a isenção de IMI para os edifícios afetados já foi aprovada em reunião de câmara e assembleia municipal. Os contribuintes de Mortágua cujos edifícios foram afetados pelos incêndios não vão ter pagar de IMI em 2018, 2019 e 2020.

Em Tondela, o presidente da câmara explicou que a deliberação ainda não foi tomada em reunião de executivo. Contudo, José António Jesus assegurou ao ECO que é o seu “propósito” avançar com a isenção do pagamento de IMI em 2018. “Em princípio a decisão será tomada na reunião de 12 de dezembro”, assinalou.

Em Seia, a câmara já tomou a decisão: “A Câmara Municipal aprovou a isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitações afetadas pelos incêndios”, explica fonte oficial, destacando que “incide sobre prédios urbanos devidamente licenciados e destinados a atividades económicas, de primeira ou segunda habitação“. A isenção é válida durante três anos. “Os contribuintes que irão ser abrangidos pela isenção de IMI estão identificados no levantamento dos danos e prejuízos provocados pelos incêndios que a Câmara Municipal efetuou, sendo que a isenção é emitida após a reabilitação urbanística e as obras em questão terão de ser objeto de licenciamento pela Câmara Municipal”, esclareceu a autarquia de Seia.

Em Vouzela, a deliberação vai acontecer em reunião de câmara a 4 de dezembro. Ainda assim, fonte oficial da autarquia assegura que “o município vai isentar de IMI as pessoas e as empresas cujos edifícios foram afetados pelos incêndios”. A duração da medida e quem será incluído será definido posteriormente.

Na Lousã, a isenção também avança. “No âmbito da delimitação de áreas de reconstrução urgente iremos isentar do pagamento das taxas previstas no Regulamento Municipal de Taxas e Compensações Urbanísticas”, anuncia fonte oficial da autarquia, referindo que o IMI está incluído nessas taxas. A medida já foi aprovada em reunião do executivo, mas ainda será votada na Assembleia Municipal. A autarquia esclarece que os serviços da câmara “já fizeram o levantamento dos imóveis afetados”.

Em Carregal do Sal, fonte oficial adianta que “está a ser preparada uma proposta para ser aprovada pelos órgãos deste município, no sentido de viabilizar isenção de IMI a pessoas e empresas cujos edifícios foram afetados pelos incêndios florestados ocorridos neste concelho nos dias 15 e 16 de outubro”.

Em Vila do Rei, a proposta já foi aprovada por unanimidade na assembleia municipal. A isenção de IMI será para os prédios rústicos que estão a ser reconstruídos e que foram total ou parcialmente afetadas pelos incêndios florestais de agosto. A medida aplica-se durante os próximos cinco anos.

Apesar de não ter confirmado, a Câmara de Penacova mostrou “abertura para a isenção do IMI às pessoas e empresas cujo edificado foi afetado ou destruído pelos incêndios de outubro de 2017”. O executivo camarário está neste momento a analisar o assunto de forma a adotar “medidas justas” para as vítimas.

Além disso, segundo a Rádio Renascença, Pedrógão Grande vai reduzir e compensar a fatura de IMI para os edifícios afetados, alegando que o município não tem autonomia para decretar isenções. A Renascença avança ainda que a Pampilhosa da Serra já decidiu avançar com a isenção de IMI.

Posteriormente à publicação deste artigo, o município de Góis esclareceu que já deliberou isentar de IMI no próximo ano “os proprietários de primeiras e segundas habitações das freguesias de Alvares, União das Freguesias de Cadafaz e Colmeal e Vila Nova do Ceira afetadas pelos incêndios de junho e outubro de 2017”, segundo fonte oficial da autarquia.

Óbidos não isenta. Marinha Grande ainda não decidiu

O município de Óbidos não vai avançar com a isenção, ainda que tenha sido afetado pelos incêndios deste ano. A autarquia explicou ao ECO que apenas um barracão é que ardeu, não existindo nenhuma habitação total ou parcialmente destruída pelo fogo. Uma situação semelhante à que se vive na Figueira da Foz, onde edifícios de empresas ou particulares não foram afetados. Em Alcobaça a situação é semelhante: “Tendo em conta que a área afetada pelos incêndios é maioritariamente florestal, a situação circunscreve-se praticamente a IMI rústico, de valor meramente simbólico”, respondeu o município.

Já o município da Marinha Grande ainda não decidiu. “O Município da Marinha Grande ainda não se pronunciou sobre essa matéria, indo fazê-lo apenas em sede de discussão da fixação de impostos para o ano de 2018”, explicou fonte oficial da autarquia. Ainda assim, a mesma fonte refere que a eventual redução ou isenção de IMI terá em consideração os incêndios de 15 e 16 de outubro. O mesmo acontece em Arouca onde a medida está a ser considerada.

O ECO contactou os executivos dos concelhos mais afetados pelos incêndios que destruíram várias zonas de Portugal, mas até ao momento só obteve as respostas referidas neste texto.

(Artigo atualizado a 26 de dezembro de 2017 com a resposta do município de Góis)

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Bolsa de Lisboa contraria quedas europeias à espera da Fitch

BCP, Jerónimo Martins, EDP: três pesos pesados do índice fecharam com ganhos de mais de 1%. Lisboa contrariou a tendência da generalidade das bolsas com os investidores à espera da Fitch.

Em dia de Fitch, a bolsa portuguesa recuperou. Quase todas as cotadas terminam a semana em alta enquanto os analistas esperam a luz verde da agência de notação financeira para a dívida nacional sair do nível de “lixo”.

O PSI-20 fechou a cotar nos 5.385,63 pontos, uma subida de 0,55%. O principal índice nacional estava a perder há duas sessões, 0,27% na quarta-feira e 0,51% na de quinta-feira. Os juros da dívida a dez anos até subiram, mas o risco de Portugal passou a ser inferior ao de Itália, isto no dia em que a Fitch poderá subir a notação, retirando-a de “lixo”.

O BCP, Jerónimo Martins, EDP, três dos pesos pesados do índice, puxaram pelos bons resultados. O banco fechou com uma valorização de 1,15% para os 26,30 cêntimos por título. A energética liderada por António Mexia subiu 1,07% para os 2,93 euros e a Jerónimo Martins disparou o valor das ações 1,23% para os 16,05 euros. A Mota-Engil também se destacou ao acelerar 1,14% para os 3,72 euros.

A nota negativa vai para a Galp Energia e para os CTT, com as maiores quebras da sessão. A empresa de correios terminou o dia com uma quebra de 1,50% para os 3,28 euros por ação. A cotada desvaloriza numa altura em que o Governo acaba de criar um “programa de trabalho” para reavaliar concessão do serviço postal da empresa. A Anacom, o regulador do setor, já veio apoiar esta iniciativa do Executivo reconhecendo a importância.

Já a Galp Energia destacou-se das restantes energéticas pela negativa. Caiu 1,02% para os 15,50 euros por título. Contrasta também com as cotações do barril de petróleo, que sobem 0,05% em Londres, referência para a Europa, e 0,53% nos EUA. Mantém-se perto da fasquia dos 65 dólares — hoje, o barril de Brent está nos 63,34 dólares.

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Contratação Pública e Concorrência discutidos na PLMJ

  • ECO
  • 15 Dezembro 2017

A sessão fez parte do ciclo de conferências "Direito em Perspectiva", organizado pela PLMJ.

A PLMJ organizou em Lisboa uma conferência sobre o tema “Contratação Pública e Concorrência: de mãos dadas ou de costas voltadas?”. O evento, que decorreu na passada sexta-feira, contou com a presença de mais de 100 pessoas. Entre os oradores participaram Pedro Marques Bom, diretor geral de Investigação da Autoridade da Concorrência, Nuno Cunha Rodrigues, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Fernando Oliveira Silva, presidente do conselho diretivo do IMPIC e João Canto e Castro, diretor da assessoria legal da direção de concessões da Infraestruturas de Portugal.

A sessão contou com uma abertura de Margarida Matos Rosa, presidente da AdC, e de Luís Pais Antunes, managing partner da PLMJ. Ainda da sociedade de advogados, estiveram também presentes os sócios Tiago Duarte, Sara Estima Martins e Ricardo Oliveira, e a associada Carla Machado.

A conferência da passada sexta-feira “conseguiu atingir o objetivo de sensibilizar as empresas participantes para uma matéria que a AdC considera uma prioridade de enforcement para os próximos ano”, diz Ricardo Oliveira, sócio coordenador da equipa de Direito Europeu e da Concorrência da PLMJ, citado em comunicado.

Segundo Sara Estima Martins, Sócia de PLMJ Direito Europeu e da Concorrência, “a conferência permitiu abordar as relações entre a contratação pública e a concorrência a partir das diferentes perspetivas dos vários oradores, o que encontrou reflexo numa audiência muito diversa, que incluiu empresas, entidades públicas e advogados.”

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Portugueses gastam mais em automóveis. Crédito dispara 29%

Em outubro, a quantia concedida aos portugueses em novos créditos ao consumo automóvel cresceu quase 30%. Contudo, esta não foi a única esfera em que o consumo nacional aumentou.

O montante dos novos créditos ao consumo automóvel cresceu 29,1% em outubro em termos homólogos, num total de 255 milhões de euros, segundo divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com os dados sobre a evolução dos novos créditos aos consumidores, o montante dos novos créditos ao consumo pessoal cresceu 15% para 273 milhões de euros, e o dos cartões de crédito e a descoberto subiu 11,9% para 95 milhões de euros.

Já o número de novos créditos ao consumo automóvel aumentou 21,7%, totalizando 18.104, enquanto os novos empréstimos ao consumo pessoal subiram 8%, para 40.460, e os cartões e descoberto cresceram 4,4%, para 74.817.

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S&P marca teste a Portugal para 16 de março

  • ECO
  • 15 Dezembro 2017

Standard & Poor's revela que primeira avaliação à dívida soberana portuguesa do próximo ano será publicada a 16 de março. Portugal enfrenta o segundo teste a 14 de setembro.

Depois de a DBRS revelar o seu calendário de avaliação da dívida portuguesa, agora foi a vez de a Standard & Poor’s anunciar que vai fazer o primeiro teste às obrigações do Tesouro no dia 16 de março. A agência de notação financeira que em setembro surpreendeu ao tirar o rating do país de “lixo” fará um novo exame depois do verão.

De acordo com o regulamento europeu, as agências de rating têm de adiantar, previamente, os dias em que preveem divulgar as avaliações sobre o risco de crédito dos países. Na quarta-feira, a DBRS fez investidores e economistas marcarem nas suas agendas os dias 20 de abril e 12 de outubro de 2018 como outras datas igualmente importantes para as contas nacionais.

Mas antes da DBRS, as atenções vão virar-se para a S&P. No próximo ano, Portugal enfrenta o primeiro teste da agência de notação norte-americana será a 16 de março. A segunda nota sobre a dívida soberana nacional será publicada a 14 de setembro.

A S&P foi a primeira das grandes agências a colocar a dívida portuguesa com grau de investimento, a 15 de setembro. Na última avaliação à dívida soberana portuguesa, a Standard & Poor’s considerou haver uma expectativa de crescimento económico sólido e consolidação orçamental adicional assim como a diminuição de riscos financeiros externos durante os próximos dois anos”.

Consulte aqui o calendário de publicação das avaliações da S&P para os soberanos europeus, em 2018.

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Incêndios: Agricultores têm até 22 de dezembro para concorrer à ajuda

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2017

O Governo dá mas uma semana aos agricultores afetados pelos incêndios para se candidatarem a ajuda financeira, pois "anomalias no acesso aos sistemas informáticos" interferiram no processo.

O Governo alargou até ao dia 22 de dezembro o período de candidaturas dos agricultores afetados pelos incêndios aos apoios no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).

Numa nota enviada à comunicação social, o Ministério da Agricultura, esclarece que decidiu estender o prazo de candidaturas (que terminava hoje) por mais uma semana, “atendendo a que se verificaram anomalias no acesso aos sistemas informáticos da Autoridade de Gestão do PDR2020 e do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, que impediram a submissão dos formulários do pedido de apoio e geraram outras dificuldades”.

A medida destina-se a todos os agricultores afetados pelos incêndios que ocorreram entre julho e outubro, que tenham registado prejuízos nas instalações de apoio à exploração, equipamentos, culturas permanentes ou animais.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, os níveis de apoio correspondem a 100% dos prejuízos para valores até cinco mil euros, 85% para valores até 50 mil euros e 50% para valores até 400 mil euros. No total, foi disponibilizado um montante global de 15 milhões de euros para dar resposta aos pedidos de apoio.

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Siemens aposta nos serviços cloud da Amazon

  • ECO
  • 15 Dezembro 2017

A parceria entre as empresas permitirá o desenvolvimento de uma nova versão de um software que permite ligar equipamentos industriais à "Internet das Coisas".

A Siemens anunciou uma parceria com a Amazon para acelerar o desenvolvimento da próxima versão do Mindsphere, um software que permite ligar equipamentos industriais à “Internet das Coisas”. O objetivo passa por chegar aos 1,25 milhões de equipamentos conectados no final do ano fiscal da Siemens, no próximo mês de setembro, avança a empresa num comunicado emitido esta sexta-feira.

O software Mindsphere foi lançado há cerca de um ano e já faz parte de aproximadamente um milhão de equipamentos. A plataforma, segundo explica a Reuters, permite que sejam recolhidas informações dos equipamentos industriais e utiliza-as para otimizar os processos de produção. A Siemens pretende chegar aos 1,25 milhões de equipamentos ligados à Mindsphere em setembro do próximo ano.

O serviço vai passar a estar disponível nos Amazon Web Services, expandido o software para os serviços na cloud desenvolvidos pelo retalhista multinacional. “Esta parceria junta a Siemens, líder mundial no mercado de automação industrial, com as soluções de cloud nº1 no mundo“, pode ler-se no documento.

Ao longo do ano fiscal de 2018, a Siemens garante um aumento no investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em 450 milhões de euros, passando por um gasto anual de 5,2 mil milhões para mais de 5,6 mil milhões de euros. Para o novo ano fiscal, a empresa destinou cerca de 500 milhões de euros em I&D. Na mesma área, a Siemens afirma ter registado 40.000 empregados em todo o mundo, dos quais 13.700 trabalham na Alemanha, cerca de 6.500 nos Estados Unidos, aproximadamente 2.700 na China e à volta de 6.800 operam na Índia.

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Com Centeno no Eurogrupo, Espanha vai apresentar candidato para o lugar de Constâncio no BCE

  • Lusa e ECO
  • 15 Dezembro 2017

Embora Mariano Rajoy não tenha avançado com um nome, o ministro da Economia espanhol Luis de Guindos é um dos possíveis candidatos à vice-presidência do BCE.

O presidente do Governo espanhol confirmou esta sexta-feira que Espanha vai apresentar candidatura à vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE), mas não adiantou se irá avançar com o nome do ministro da Economia, Luis de Guindos, para o cargo.

Na conferência de imprensa após o último Conselho Europeu do ano, Mariano Rajoy garantiu que a Espanha apresentará a sua candidatura, mas disse não estar em condições de dar nomes específicos neste momento. O primeiro-ministro espanhol já confirmou através do Twitter.

Questionado sobre se Espanha está a considerar apresentar uma mulher à vice-presidência do BCE, depois de o Parlamento Europeu ter pedido maior igualdade de género, Rajoy enfatizou que sempre teve isso em conta. “Nós sempre tivemos isso em consideração e continuaremos a ter, o que significa”, acrescentou, que Espanha pode “apresentar um homem ou uma mulher para a vice-presidência do BCE”.

Segundo a agência EFE, Mariano Rajoy disse que falou sobre o assunto com os outros líderes europeus, embora não na cimeira europeia que terminou hoje, e lembrou que Espanha não apresentou um candidato para presidir ao Eurogrupo, uma posição que foi ocupada pelo ministro das Finanças português, Mário Centeno.

O vice-presidente do BCE, o português Vítor Constâncio, abandona o lugar em breve e o nome do ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, tem sido apontado.

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CMVM admite que existe proteção “limitada” para quem investe em moedas virtuais como a bitcoin

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários admite, no relatório "Risk Outlook", que as "regras de proteção dos consumidores ainda são limitadas" no que respeita às moedas digitais.

As criptomoedas como a bitcoin são um risco financeiro. Por causa do vazio legal, os utilizadores continuam expostos a vários riscos operacionais. A análise é feita pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no relatório “Risk Outlook” de outono publicado esta sexta-feira. No mesmo documento, a CMVM admite que as regras de proteção dos consumidores relativas às criptomoedas “ainda são limitadas”.

Como o ECO noticiou esta quarta-feira, a CMVM está a contactar os bancos e as corretoras dada a euforia dos investidores à volta das moedas digitais, nomeadamente a mais famosa, a bitcoin. Neste momento, o regulador liderado por Gabriela Figueiredo Dias está a fazer uma ação de supervisão transversal junto dos bancos de investimento e corretoras a operar em Portugal e que vendem produtos financeiros associados à moeda digital. É o caso do Banco Carregosa e da corretora Orey.

No relatório “Risk Outlook” a CMVM assinala que “os principais fatores de riscos operacionais nas trocas [de moedas digitais] são as falhas de segurança, a fraude, o modelo de negócio e os riscos reputacionais”. O regulador alerta também para os riscos associados aos ataques tecnológicos aos servidores que ‘minam’ as moedas digitais. No entanto, os consumidores devem estar atentos principalmente aos “riscos de mercados”, ou seja, a uma “súbita” queda no preço destas criptomoedas.

Contudo, não parece haver uma solução a curto prazo para colmatar estes riscos. A CMVM escreve que as “regras de proteção dos consumidores ainda são limitadas” uma vez que os utilizadores das moedas digitais continuam expostos a uma grande variedade de riscos — principalmente os hackers e o perigo de novos investidores “subestimarem” os riscos das mudanças “súbitas” no valor das criptomoedas.

A CMVM admite que os reguladores “nacionais e internacionais lidam atualmente com os riscos das fintech” para produzir legislação que colmate os riscos específicos destes serviços financeiros tecnológicos. O relatório explica que, no futuro, poderão ser implementados sistemas de deteção e proteção que respondam às consequências dos riscos enunciados. “Embora não exista atualmente nenhuma evidência na materialização desses riscos nos mercado de capitais português“, diz, a CMVM refere que está a trabalhar para assegurar que as fintech tenham como objetivo o “melhor interesse” dos consumidores de serviços financeiros.

Na análise do relatório, as fintech estão a forçar uma “mudança rápida” nos mercados financeiros: ao mesmo tempo que criam oportunidades também aumentam os riscos para as empresas, consumidores e autoridades reguladoras. Em causa está a confiança no sistema e o aumento da complexidade dos sistemas na ótica do consumidor. A CMVM assinala que os ciberataques aumentaram, o que tem comprometido, em vários casos, a confidencialidade dos dados. Mas os riscos poderão também chegar à manipulação dos mercados através de operações entre fronteiras que dificultam a identificação dos utilizadores.

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Bicicletas partilhadas com novos tarifários e passe anual a sortear

  • Lusa e ECO
  • 15 Dezembro 2017

A rede de bicicletas partilhadas de Lisboa abre 2018 com novidades. A subscrição dos passes diários desce para um quinto do valor e no dia 17 de dezembro vão ser sorteados 100 passes anuais.

O sistema de bicicletas partilhadas de Lisboa conta com novos tarifários e menores tempos de espera entre viagens, avançou à agência Lusa a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL), que vai oferecer uma centena de passes anuais.

De acordo com a empresa, esta oferta de Natal “vai premiar utilizadores frequentes com a extensão da validade do passe anual até 31 de dezembro de 2019”. “De 10 em 10 viagens realizadas durante o dia 17 de dezembro, entre as 07:00 e as 24:00, por subscritores do passe anual, será oferecido um prolongamento do prazo de subscrição até final de 2019″, sendo que “a oferta será limitada a 100 utilizadores e a uma oferta por utilizador”, explicou a EMEL em comunicado.

Além desta medida, a empresa que gere a rede Gira vai aumentar a duração dos períodos de viagem para “45 minutos, em vez dos anteriores 30 minutos, para os passes anual e mensal“, enquanto no passe diário a viagem diminui de 60 para 45 minutos.

“Mantêm-se as três modalidades de adesão: o passe anual e o passe mensal, destinados apenas a residentes em Portugal e para utilizações frequentes; e o passe diário, vocacionado para turistas e para quem pretende experimentar o sistema sem compromisso”, acrescenta a EMEL.

Até ao final de março do próximo ano, mantém-se a “isenção de pagamento do primeiro período de viagem”. No caso dos passes diários, o “valor de subscrição será de dois euros por 24 horas” até à mesma data, e “inclui o primeiro período de 45 minutos”, enquanto “o segundo período terá um valor de dois euros”.

Até à data, as subscrições do passe anual e do passe mensal tinham um custo de 25 euros e 15 euros, respetivamente, enquanto o passe diário custava 10 euros. “A estes valores de subscrição do serviço acrescem as tarifas de utilização que têm como objetivo promover a utilização do sistema para viagens pendulares (casa-trabalho ou casa-escola), tipicamente de curta duração, por oposição às viagens de lazer”, explicou a EMEL em setembro.

Outra das novidades que resultam “da auscultação dos utilizadores” é a redução do tempo de espera entre viagens, que no caso dos passes anual e mensal “desce de 15 para cinco minutos”, e no caso do passe diário reduz dos 30 para os cinco minutos.

Já há passes aos milhares

 

Desde que a rede ficou disponível, a 19 de setembro, “foram realizadas mais de 26 mil viagens, e subscritos mais de dois mil passes“, elenca a EMEL, apontando que existem “43 estações distribuídas por algumas das principais artérias da cidade, incluindo a Alameda dos Oceanos, Avenida Fontes Pereira de Melo, Praça Duque de Saldanha, Avenida António Augusto de Aguiar, Avenida Duque de Ávila, Avenida da República, Avenida Barbosa Du Bocage, Campo Grande e Avenida do Brasil”. Segundo a empresa, Lisboa conta com 409 bicicletas disponíveis nas freguesias de Alvalade, Avenidas Novas e Parque das Nações.

No domingo de manhã será assinalada a abertura das novas estações na freguesia das Avenidas Novas, numa cerimónia que contará com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Fernando Medina (PS) irá utilizar as bicicletas partilhadas para um passeio entre o Largo Frei Heitor Pinto, em Alvalade, e a Praça Duque de Saldanha. Entre as 10:30 e as 13:00, aquela praça contará também com “inúmeras atividades para as famílias”, refere a nota.

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Moscovici vem a Lisboa discutir prioridades do Eurogrupo com Centeno

  • Lusa e ECO
  • 15 Dezembro 2017

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros apresentou as propostas da Comissão para a reforma e aprofundamento da União Económica e Monetária.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, vai reunir-se em Lisboa na próxima quarta-feira com o presidente eleito do Eurogrupo, o ministro Mário Centeno, para discutir as prioridades do fórum de ministros das Finanças da zona euro no primeiro semestre de 2018.

Fonte comunitária indicou esta sexta-feira à Lusa que Moscovici e Centeno acordaram por ocasião da reunião do Eurogrupo de 4 de dezembro passado, a da eleição do ministro português como sucessor de Jeroen Dijsselbloem, encontrarem-se antes do natal para uma troca de pontos de vista sobre as prioridades do Eurogrupo para os primeiros seis meses do próximo ano.

O primeiro-ministro António Costa, que participou hoje na “Cimeira do Euro” em Bruxelas, adiantou que, no quadro da discussão sobre o aprofundamento da União Económica e Monetária, e com base nas propostas da Comissão, “o Eurogrupo e o Ecofin irão prosseguir esse trabalho sob a liderança do novo presidente Mário Centeno,” e que “em março haverá uma nova reunião do Conselho, provavelmente no formato dos 19 membros da zona euro”. A reunião servirá para os líderes fazerem o ponto da situação e darem as orientações políticas para a prossecução dos trabalhos.

Lembrando que o objetivo é que em junho possam ser tomadas “decisões finais”, António Costa sublinhou que houve hoje na sala “uma vontade muito clara de todos de que esta matéria tem de ter uma condução política muito firme por parte do Conselho e que, portanto, não pode ficar confiada exclusivamente ao debate entre ministros das Finanças, porque o que está em causa em primeira linha são opções políticas, e essa é ao Conselho Europeu que cabe tomar”.

Mário Centeno inicia a 13 de janeiro de 2018 um mandato de dois anos e meio.

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Caldeira Cabral diz que “é preciso continuar a trabalhar” para contrariar desaceleramento económico

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2017

O ministro da Economia reagiu às previsões do Banco de Portugal à margem do II Encontro de Investidores da Diáspora.

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defendeu esta sexta-feira que é preciso “continuar a trabalhar” para contrariar as previsões de desaceleramento, a partir de 2019, do crescimento de Portugal.

“É nesse sentido que temos de trabalhar, não no sentido de alterar previsões mas de alterar a realidade“, referiu.

Caldeira Cabral reagia, assim, às projeções do Banco de Portugal (BdP) que apontam para que o PIB aumente 2,6% este ano e 2,3% no próximo, o que significa uma revisão em alta, mas desacelerando progressivamente o ritmo de crescimento até aos 1,7% em 2020.

No Boletim Económico de dezembro divulgado esta sexta-feira, o banco central antecipa que a economia portuguesa cresça este ano 2,6%, mais 0,1 pontos percentuais do que o esperado em outubro, e 2,3% no próximo ano, mais 0,3 pontos do que o estimado em junho, a última vez em que atualizou a projeção para 2018.

Caldeira Cabral disse que tem havido “várias revisões em alta” de instituições nacionais e internacionais, “que previam para 2017 um crescimento pouco acima de 1% e que foram revendo as previsões e estão hoje quase todas a prever 2,6 ou 2,7%”.

Para 2018, acrescentou, praticamente todas as previsões apontam para um crescimento acima dos 2%.

“Isto demonstra que as perspetivas sobre a economia portuguesa mudaram”, referiu.

Em relação às previsões de desaceleramento do crescimento a partir de 2019, o ministro diz que é preciso “continuar a trabalhar” para as contrariar.

Apelou ao empenho de todos, desde Governo, empresários, sociedade civil e trabalhadores, para que o país continue a crescer, garantindo assim mais emprego e a melhoria das condições de vida dos portugueses.

Caldeira Cabral falava em Viana do Castelo, à margem do II Encontro de Investidores da Diáspora.

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