Zona euro mantém “crescimento estável,” diz a OCDE

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

As previsões para a economia europeia mantêm-se animadoras. A OCDE fala de um “crescimento estável” nos países membros e estende as previsões a toda a zona euro.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve esta segunda-feira a perspetiva de “crescimento estável” na atividade dos seus países membros e traçou igual cenário para a zona euro.

De acordo com os indicadores compósitos avançados hoje divulgados pela OCDE, que sinalizam possíveis alterações no ciclo económico nos próximos seis a nove meses, a média dos países membros manteve-se em julho, pelo terceiro mês consecutivo, nos 100,1 pontos.

A organização sinalizou uma semelhante manutenção da tendência de crescimento nos países da zona euro, particularmente influenciada pela França (com 100,6 pontos).

Na Alemanha, com 100,9 pontos, a OCDE indica um momento de “estabilização de crescimento”, e em Itália, com 100,4 pontos, a organização remete para um momento de crescimento. No Reino Unido, a economia mantém os sinais de abrandamento do crescimento, com 99,5 pontos.

A OCDE diz ainda esperar que o crescimento se mantenha estável nos EUA e que no Brasil e China se mantenham os sinais de crescimento da economia.

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Governo aprova incentivos fiscais para investimento de 48,1 milhões da Bosch de Braga

  • ECO e Lusa
  • 9 Outubro 2017

O Governo estima que este investimento de 48,1 milhões permita criar, até ao final de 2019, 464 novos postos de trabalho diretos e permanentes, dos quais 69 altamente qualificados.

O Governo aprovou a concessão de incentivos financeiros ao investimento de 48,1 milhões de euros da Bosch Car Multimedia de Braga, para aumentar a capacidade da sua fábrica e produzir novos produtos de multimédia automóvel, revela um despacho publicado esta segunda-feira.

“Dado o seu impacto macroeconómico, considera-se que o projeto reúne as condições necessárias à concessão de incentivos financeiros previstos para os grandes projetos de investimento”, lê-se no despacho assinado a 22 de setembro pelo ministro da Economia, Caldeira Cabral, e pelo secretário de Estado da Internacionalização, Brilhante Dias, hoje publicado em Diário da República.

Dado o seu impacto macroeconómico, considera-se que o projeto reúne as condições necessárias à concessão de incentivos financeiros previstos para os grandes projetos de investimento.

Despacho do Governo

Segundo o diploma, o Governo aprova a minuta do contrato de investimento, a celebrar entre a Bosch Car Multimedia Portugal e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep), que visa o aumento da capacidade da unidade fabril em Braga, para a produção e introdução no mercado de “produtos inovadores no domínio da multimédia automóvel”, nomeadamente sistemas de navegação e painéis de instrumentos digitais com recurso a tecnologias de última geração no processo de produção. Este investimento, além dos incentivos fiscais é também alvo de apoios comunitários. Em causa está um incentivo de 12,03 milhões de euros financiado pelo Feder através do programa operacional Compete.

“As soluções inovadoras a aplicar no âmbito do Projeto resultam de atividades de I&D realizadas intramuros ou em parceria com a Universidade do Minho e compreendem uma unidade central de gestão de infotainment com características claramente distintivas face à oferta preexistente no mercado internacional, bem como um sistema patenteado de direct bonding para painéis de instrumentos digitais com funções de assistência à condução que permitem alcançar melhorias significativas da mobilidade e da segurança rodoviária e representam uma inovação para o mercado internacional”, afirma o Governo no documento.

O projeto de investimento deverá, segundo a mesma fonte, resultar num aumento do volume de produção, no desenvolvimento de um novo processo produtivo, com impactos nessa região que o Governo considera positivos, destacando o aumento da riqueza gerada localmente, a criação indireta de postos de trabalho e o efeito de arrastamento, a montante e a jusante da cadeia de valor, sobre outras empresas nacionais, nomeadamente sobre os fornecedores de componentes plásticos, metálicos e eletrónicos.

“O Projeto da Bosch Car Multimedia Portugal contribui de forma relevante para a internacionalização e produção transacionável da economia portuguesa, prevendo-se um crescimento do volume de exportações, entre 2014 e 2019, de 424 para 686 milhões de euros”, afirmam os governantes naquele despacho.

O montante de investimento em causa ascende a 48,1 milhões de euros, segundo o despacho, prevendo-se com este projeto conseguir acumular desde 1 de janeiro de 2015 e até 2025 um volume de negócios de 7,3 mil milhões de euros e um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 1,1 mil milhões de euros.

O Governo, no despacho, estima ainda que este investimento permita criar, até ao final de 2019, 464 novos postos de trabalho diretos e permanentes, dos quais 69 altamente qualificados.

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Rui Rio apresenta esta quarta-feira a candidatura à liderança do PSD

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

O ex-autarca do Porto vai apresentar a sua candidatura à liderança do PSD, em Aveiro. O Conselho Nacional do partido reúne-se esta segunda-feira para decidir a data das eleições à presidência.

O antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio vai apresentar a sua candidatura à presidência do Partido Social-Democrata (PSD) na próxima quarta-feira num hotel em Aveiro, de acordo com uma nota enviada à comunicação social.

Rui Rio irá apresentar publicamente a sua candidatura à presidência do Partido Social-Democrata na próxima quarta-feira, dia 11 de outubro, que, tal como o candidato definiu, não será nem no Porto, nem em Lisboa”, é referido na nota. O anúncio será feito através de uma declaração pública, aberta aos militantes e à comunicação social, e terá lugar no Hotel Melia Ria, em Aveiro, pelas 18h30.

O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se esta segunda-feira para marcar as datas das eleições diretas para o cargo de presidente do partido e do Congresso que elegerá os novos órgãos nacionais, no ciclo pós-liderança de Pedro Passos Coelho. A reunião do órgão máximo dos sociais-democratas para decidir o calendário eleitoral do partido vai realizar-se num hotel de Lisboa, a partir das 21h, sem que, até agora, alguém se tenha apresentado publicamente como candidato à liderança do PSD e depois de vários dirigentes se terem afastado da corrida.

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes afirmou à SIC estar a ponderar a possibilidade de se candidatar à liderança do partido e escreveu um artigo no Correio da Manhã adiantando que está a trabalhar num programa para o partido.

Na quinta-feira à noite, o ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro anunciou que tinha decidido não se candidatar à liderança do partido “por razões pessoais e políticas”, que não precisou, e prometeu “total equidistância” em relação às candidaturas que viessem a surgir. Na sexta-feira, numa nota enviada à agência Lusa, foi a vez de o eurodeputado Paulo Rangel anunciar que não se iria candidatar à presidência ‘laranja’, “por razões familiares”, adiantando que também se iria manter neutro face a futuras candidaturas.

O antigo líder da Juventude Social Democrata (JSD) Pedro Duarte excluiu-se igualmente da corrida, no sábado, em declarações à agência Lusa. A 1 de outubro, na noite das eleições autárquicas, Pedro Passos Coelho assumiu a responsabilidade por “um dos piores resultados de sempre” do PSD e admitiu não se recandidatar à liderança. O PSD perdeu oito presidências de câmaras municipais face a 2013, ano em que tinha registado o seu pior resultado, ficando agora com 98 (79 sozinhos e 19 em coligação).

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Adesão à greve da ASAE ronda os 80%, diz sindicato

  • Lusa
  • 9 Outubro 2017

Os trabalhadores protestam contra a "intransigência do Ministério das Finanças" em renegociar as carreiras. Também pretendem alterações ao regime de horário e proteção dos riscos ligados às funções.

A adesão à greve dos trabalhadores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ronda os 80%, disse à Lusa uma fonte sindical, sublinhando que estes números mostram “um descontentamento muito significativo” dos inspetores.

Os números mostram “um descontentamento muito significativo” dos trabalhadores, porque “há muito tempo que se anda a negociar a carreira, sempre estiveram propostas em cima da mesa”, mas “a intransigência do Ministério da Finanças acaba por não criar as condições para que a negociação da carreira tivesse chegado ao fim com sucesso”, disse à agência Lusa José Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP). “Foi dado um passo no sentido de aplicar as carreiras de inspetores superiores mas é pouco, fica muito aquém das expetativas dos trabalhadores”, acrescentou José Abraão.

"Foi dado um passo no sentido de aplicar as carreiras de inspetores superiores mas é pouco, fica muito aquém das expetativas dos trabalhadores”

José Abraão

Dirigente da FESAP

Contactado pela Lusa, o presidente da direção nacional da Associação Sindical dos Funcionários da ASAE (ASF-ASAE), Bruno Figueiredo, avançou alguns dados a nível das unidades operacionais da periferia, nomeadamente em Castelo Branco e Mirandela. Dos oito inspetores da unidade operacional de Castelo Branco, sete estão em greve, disse Bruno Figueiredo, acrescentado que na unidade de Mirandela a adesão ronda os 90% e no Porto é de cerca de 80 por cento. Aludindo à concentração marcada para hoje junto do Ministério das Finanças, em Lisboa, Bruno Figueiredo disse que são esperados entre 100 a 120 inspetores, que representam cerca de metade do total de trabalhadores.

Os trabalhadores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica iniciaram hoje às 00:00 uma greve pela valorização do estatuto de carreira dos inspetores, entre outras reivindicações.Pedro Miguel Antunes, presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais da ASAE, referiu à Lusa que a greve se concretizou face à ausência de qualquer resposta do Ministério das Finanças às pretensões dos trabalhadores. Além da valorização da carreira, os inspetores da ASAE exigem um regime de horário de trabalho que reconheça o caráter de disponibilidade permanente e o reconhecimento e devida proteção dos riscos associados às funções.

Um procedimento justo na transição para a carreira especial de inspeção, melhores condições de aposentação e tratamento igualitário aos restantes inspetores dos órgãos de polícia criminal são outras das questões que os trabalhadores da ASAE querem ver resolvidas e que motivaram a greve.

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Governador diz que redução do malparado é importante para avanço da União Bancária

  • Lusa
  • 9 Outubro 2017

O Governador do Banco de Portugal sublinhou que a redução do crédito malparado na banca é importante para o avanço da União Bancária, nomeadamente o fundo de garantia de depósitos a nível europeu.

O Governador do Banco de Portugal disse esta segunda-feira que a redução do crédito malparado nos bancos é fundamental para que avance o sistema comum de garantia de depósitos a nível europeu, um dos pilares da União Bancária.

Carlos Costa fez hoje a abertura do XXVII Encontro de Lisboa entre bancos centrais dos países de língua portuguesa, tendo dedicado a intervenção à União Bancária europeia, processo ainda por concluir.

Sobre o terceiro pilar da União Bancária, o sistema de garantia de depósitos comum a toda a zona euro, Carlos Costa voltou a lembrar o ceticismo dos países do Norte da Europa neste campo, que fazem depender a concretização desse sistema da “redução do risco”, ou seja, querem reduzir o risco de incorrerem em perdas por situações de liquidação ou resolução de bancos noutros países.

“Há um equilíbrio [que tem de existir] entre partilha do risco e responsabilidade pelo risco. Eis porque a redução do crédito malparado ou NPL [sigla em inglês] é uma questão crítica do ponto de vista da União Bancária, determina a estabilidade dos sistemas e condiciona o ritmo da União Bancária”, afirmou o governador do Banco de Portugal.

Desde a crise financeira, que levou ao crescimento do crédito problemático, que o banco central tem vindo a chamar a atenção para a necessidade de os bancos reduzirem o crédito malparado, que pesa nos seus balanços e limita a capacidade de conceder novo crédito.

Em 2011, foi falada a possibilidade de avançar com um bad bank (banco mau), mas a pouca flexibilidade das finanças públicas, nomeadamente, inviabilizou essa solução, já que requereria uma espécie de garantia de Estado. Essa solução seria seguida, em moldes distintos, na Irlanda e em Espanha.

Assim, nos últimos anos, cada banco tem levado a cabo as suas próprias estratégias de redução de NPL (sigla em inglês de non-performing loans ou crédito malparado).

Recentemente o Governo influenciou a criação da plataforma de gestão de crédito entre BCP, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco, que ajuda a reestruturar créditos, mas que é visto apenas como mais um passo neste processo.

Nesta plataforma, os créditos reestruturados continuam nos balanços dos bancos.

A futura união bancária é composta por três pilares: o Mecanismo Único de Supervisão é o primeiro e já está operacional, a cargo do Banco Central Europeu (BCE), que supervisiona diretamente os principais bancos europeus, caso dos portugueses Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e Novo Banco.

O segundo pilar é o Mecanismo Único de Resolução e cabe-lhe a resolução e/ou reestruturação dos bancos em risco de bancarrota. O objetivo é de estar dotado com 55 mil milhões de euros até 2024, valor que virá das contribuições dos bancos. Terá ainda a possibilidade de se financiar nos mercados através de emissão de dívida.

Por fim, o terceiro pilar é o Fundo de Garantia de Depósitos comum. Esta parte do processo é que está mais atrasada, havendo muitas dúvidas sobre a sua concretização, com muitos países a colocarem entraves, como a Alemanha.

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Diogo Lacerda Machado pode voar da TAP para a frente da EDP

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

Diogo Lacerda Machado, atual administrador não executivo da TAP, é apontado como candidato à gestão executiva da EDP.

Diogo Lacerda Machado é o nome que se segue ao de Francisco Lacerda na lista dos potenciais novos presidentes para a energética nacional. As ligações do atual administrador da TAP ao grupo chinês HNA e à Geocapital, empresa do milionário chinês Stanley Ho, podem agradar aos acionistas chineses da EDP, avança o Jornal de Negócios (acesso pago)

No currículo, Diogo Lacerda Machado junta as ligações às chinesas HNA e Geocapital com a experiência profissional em Macau. A HNA é dona de 2,5% do capital da Atlantic Gateway, o consórcio que detém 45% da TAP. Por cá, é conhecido por ter renegociado a reversão da privatização da TAP, processo após o qual foi nomeado para o atual cargo de administrador não executivo. É também conhecida do público a amizade entre o gestor e o primeiro-ministro, António Costa.

O ECO tentou contactar Diogo Lacerda Machado, mas sem sucesso.

O nome de Diogo Lacerda Machado para suceder a António Mexia surge após Francisco Lacerda ter sido noticiado como hipótese pelo Expresso (acesso pago). A China Three Gorges, acionista chinesa da EDP, quer um substituto para Mexia de forma a eliminar as incertezas na empresa, após o atual presidente ter sido constituído arguido. Contudo, António Mexia já se mostrou disponível para permanecer no cargo, e acredita que seria a melhor escolha.

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VdA eleita melhor firma da Europa Continental pelo FT

Prémios foram entregues na quarta-feira à noite. Escritório fundado por Vasco Vieira de Almeida e liderado por João Vieira de Almeida ganhou prémio de sociedade mais inovadora na Europa Continental

A Vieira de Almeida & Associados (VdA) foi premiada, na quarta-feira à noite, como a firma mais inovadora da Europa Continental pelos Financial Times Awards de 2017.

Para além deste prémio, em que o escritório liderado por João Vieira de Almeida concorria com outros ‘grandes’ como PLMJ, Morais Leitão ou Garrigues, a sociedade de advogados foi ainda considerada a melhor firma de advogados na área de “Dispute Resolution”.

A cerimónia decorreu na quarta-feira, em Londres.

Após ter já sido eleita em 2013 e em 2016, a Vieira de Almeida (VdA) ganha agora o prémio, sendo a única firma portuguesa que consegue, por três vezes, arrebatar o prémio.

“Para este reconhecimento contribuíram várias iniciativas no campo da inovação, tanto ao nível do processo como do conhecimento, quer na área de gestão como na de “legal expertise”, onde a VdA foi nomeada em três categorias diferentes, em concorrência direta com as melhores sociedades internacionais”, segundo fonte oficial do escritório fundado por Vasco Vieira de Almeida.

A par deste prémio, a firma arrebatou ainda o prémio na categoria “Legal Expertise”. O prémio reconheceu, segundo a mesma fonte oficial, “a vitória histórica da VdA no Tribunal Europeu de Justiça com uma estratégia inovadora e com repercussões a nível europeu”.

A VdA esteve ainda nomeada para a categoria “Firma Mais Inovadora da Europa”, incluindo o mercado do Reino Unido, onde se encontram algumas das maiores e mais destacadas firmas do chamado ‘Magic Circle’ da advocacia de negócios.

Para João Vieira de Almeida, managing partner da VdA, “esta distinção, num mercado internacional que prima pela sofisticação e elevado grau de competitividade, tem um significado muito relevante, pois é uma conquista que valoriza a advocacia portuguesa e a equipara às melhores práticas europeias. É um motivo de orgulho ver o nosso país destacado também neste sector”.

 

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E o Nobel da Economia vai para Richard H. Thaler

Richard H. Thaler foi esta segunda-feira laureado com prémio Nobel da Economia. Recebe a distinção devido ao seu trabalho na área da "economia comportamental".

Richard H. Thaler, professor na Universidade de ChicagoWikimedia Commons

Richard H. Thaler foi esta segunda-feira laureado com o Prémio do Banco da Suécia para as Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, vulgarmente conhecido como Nobel da Economia, apesar de não ser atribuído pela Fundação Nobel. Thaler recebe esta distinção graças às suas “contribuições para a economia comportamental”.

“É um pioneiro em integrar psicologia e economia”, disse um dos membros do painel na apresentação do vencedor do prémio. Na base do trabalho deste investigador da Universidade de Chicago está a forma como o comportamento humano influencia a economia e os mercados, questionando a racionalidade dos agentes económicos.

Como foi explicado, uma das partes do trabalho debruça-se sobre como uma ação (stock) pode ser vista por um investidor como “uma conta”: se a ação ganhar valor, o investidor tende a vendê-la e a fechar essa conta. No entanto, o ser humano “tem aversão a perdas” e, por isso, se a ação perder valor, o investidor terá tendência em manter essa ação até, eventualmente, recuperar o seu valor… ou não.

O trabalho deste economista é descrito como tendo aberto o caminho para a chamada ciência da “economia comportamental”. “Tornou a economia mais humana”, disse um dos responsáveis. Em reação à atribuição do prémio, Richard H. Thaler foi questionado sobre qual a parte mais importante do seu trabalho. “A parte mais importante do meu trabalho, penso que tenha sido mostrar que os agentes económicos são humanos”, referiu.

Thaler tem 72 anos e é autor de várias obras na área da economia comportamental. Leciona na Universidade de Chicago, mas também passou pela Universidade de Rochester and Cornel, entre outras. “Investiga as implicações de afastar a ideia padrão na economia de que toda a gente é racional e egoísta em detrimento da possibilidade de que alguns agentes económicos possam ser, por vezes, humanos”, lê-se num perfil publicado pela universidade.

O prémio começou a ser atribuído em 1968 e distingue personalidades na área da ciência económica. A contar com Thaler, este galardão já foi entregue a 79 individualidades, mas apenas uma era mulher: Elinor Ostrom recebeu o prémio Nobel da Economia em 2009, juntamente com Oliver Williamson, pelos seus trabalhos sobre “governação económica”.

Este facto não passou ao lado da conferência de imprensa. Os responsáveis do prémio reconheceram-no, mas garantiram não existir um enviesamento ou preconceito em prejuízo do género feminino. A conferência terminou com um apelo a que se olhe mais para a ciência e investigação levadas a cabo por mulheres.

(Notícia atualizada às 11h24 com mais informações)

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

Há cada vez mais países a prepararem-se contra possíveis guerras com a Coreia do Norte. Alemanha limita número de refugiados. Em Espanha, houve bancos a cometer ilegalidades com as hipotecas.

Como se já não bastasse o clima de tensões na Catalunha, o país vizinho tem mais motivos para se preocupar, desta vez com os bancos. Na Alemanha, Merkel cedeu às pressões conservadoras e vai limitar o número de refugiados a entrar no país. Na Grã-Bretanha, os britânicos têm até domingo para gastar, ou trocar, as antigas moedas de libra.

Le Monde

Merkel aceita limitar o número de refugiados na Alemanha

A chanceler alemã aceitou limitar o número anual de refugiados a entrar no país, cedendo às várias pressões conservadoras que exigiam um endurecimento da sua política migratória, depois das recentes eleições parlamentares. “Queremos que o número de pessoas admitidas por razões humanitárias não ultrapasse os 200 mil por ano”, lê-se no acordo feito. O acordo foi fechado após dez horas de negociações entre Angela Merkel e o presidente da CSU, Horst Seehofer, e serão apresentados mais detalhes esta segunda-feira, numa conferência de imprensa em Berlim. Leia a notícia completa no Le Monde (Acesso livre, conteúdo em francês)

Bloomberg

Grã-Bretanha tem até domingo para gastar as antigas libras

A Grã-Bretanha vai despedir-se da tradicional moeda da libra esterlina, que vai ser atualizada para um modelo com características destinadas para evitar falsificações. A nova moeda entrou em circulação a 28 de março e vai passar a ser a única moeda de libra aceite a partir da meia-noite de 15 de outubro. Os cidadãos estão a ser aconselhados a trocar as moedas antigas nos bancos ou a oferecê-las a instituições de caridade. Até agora já foram entregues, nos últimos seis meses, mais de 1,2 mil milhões de moedas de libra. Leia a notícia completa na Bloomberg (Acesso condicionado, conteúdo em inglês)

The Telegraph

Coreia do Sul está a desenvolver tecnologia para controlar rede de eletricidade da Coreia do Norte

A Coreia do Sul está a desenvolver bombas de grafite, conhecidas também como “bombas apagão”, para controlar os sistemas de energia norte-coreanos em caso de um conflito militar entre os dois países. O país está a tentar aumentar as suas capacidades de defesa contra o país de Kim Jong-un e pensou nas bombas de grafite por não serem letais para os civis nas áreas circundantes. Os analistas acreditam que a tecnologia funcionará bem nas redes elétricas da Coreia do Norte, que deverão ser obsoletas e não isoladas. Leia a notícia completa no The Telegraph (Acesso livre, conteúdo em inglês)

El País

Supremo Tribunal de Justiça espanhol denuncia casos de abusos bancários nas hipotecas

Têm chegado ao Supremo Tribunal espanhol vários casos de entidades financeiras que exigem seguros de vida aos clientes para conceder hipotecas, mas que, após a morte dos mesmos, reivindicam a propriedade hipotecada sem esperar que os familiares possam continuar com os pagamentos. A situação foi denunciada pelo Supremo Tribunal depois de terem sido descobertas várias práticas dessas ilegalidades por todo o território espanhol. Francisco Marín Castan, presidente da Sala Civil do Supremo Tribunal, defende que “uma reforma legislativa é essencial” para evitar casos como estes. Leia a notícia completa no El País (Acesso livre, conteúdo em espanhol)

CNN Money

Moeda turca cai quase 7% face ao dólar por recusas de vistos

A lira turca caiu 6,6% esta segunda-feira face ao dólar, depois de a embaixada dos Estados Unidos na Turquia ter anunciado no domingo a suspensão temporária de emissão de vistos aos cidadãos turcos, para viajar para os Estados Unidos. Esta decisão foi justificada por “motivos de segurança”. “Para minimizar o número de visitantes na nossa embaixada e consulados, enquanto permanecer esta avaliação, suspendemos com efeito imediato todos os serviços de vistos, exceto os da imigração, em todas as instalações diplomáticas norte-americanas na Turquia,” lê-se no comunicado divulgado pela embaixada. Leia a notícia completa no CNN Money (Acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Presidente da Electrolux vai ganhar mais um cargo na Ericsson

A sueca de telecomunicações Ericsson nomeou Ronnie Leten como novo presidente da empresa, depois de Leif Johansson ter renunciado ao cargo após várias críticas dos investidores. Leten é atualmente presidente na marca sueca de eletrodomésticos Electrolux e esta decisão surge após várias pressões da acionista Cevian Capital, que tem criticado a estrutura acionista da Ericsson. Johan Forssell, diretor executivo da Investor AB, que detém 5,9% do capital da empresa, disse que o grupo “trabalhou de forma intensiva e construtiva nos últimos meses”. “Encontramos a pessoa certa para assumir o cargo de presidente da Ericsson”, acrescentou, referindo-se a Rennie Leten. Leia a notícia completa no Financial Times (Acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Catalunha à beira de perder mais quatro empresas

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

A Catalunha poderá estar à beira de perder a sede de mais quatro empresas. Desta vez, o grupo de infraestruturas Abertis e a imobiliária Colonial são algumas que discutem uma provável saída da região.

A Catalunha continua a perder o seu potencial de atração para as empresas. O grupo de infraestruturas de transportes e de telecomunicações Abertis e a imobiliária Colonial estão a considerar mudar a localização da sua sede. Fonte próxima avança ao El País esta segunda-feira que também a Celnex Telecom, empresa da qual a Abertis é acionista maioritária, poderá seguir as pisadas da mudança. Mais recentemente, a farmacêutica Grifols junta-se à lista de prováveis saídas

O conselho de administração da Colonial já reuniu para se pronunciar sobre a possível mudança de instalações. Já a Abertis fará uma reunião extraordinária esta tarde para estudar a sua deslocação para fora da Catalunha. A reunião vem no seguimento do seu maior acionista, a Criteria Caixa (pertencente ao CaixaBank), ter anunciado que passaria a sua sede para Valencia, enquanto o ambiente de instabilidade política se mantiver na Catalunha.

Tanto a Abertis como a Cellnex operam num setor ao abrigo do Executivo de Madrid, refere a mesma fonte. Ambas as empresas têm visto a sua segurança jurídica ameaçada pela possibilidade de Carles Puigdemont apresentar uma declaração de independência da região na próxima terça-feira, junto do parlamento catalão.

Fonte próxima da Grifols conta ao jornal que o seu conselho de administração poderá tomar as “medidas necessárias”, num cenário que pode “afetar o curso normal dos negócios ou a situação financeira da companhia”. A empresa ainda não reuniu o conselho para discutir quaisquer mudanças de instalações nem prevê fazê-lo. No entanto, o executivo mantém-se atento aos acontecimentos que dominam a Catalunha.

A Saba Insfraestructuras é vista pelos especialistas como outra empresa que também poderá cruzar as portas da Catalunha.

A agitação em direção à possível independência da Catalunha já custou à região a perda de, pelo menos, cinco empresas. Do setor bancário às farmacêuticas, a lista conta com nomes como a Oryzon, a Sabadell, o CaixaBank e a Gas Natural Fenosa. Algumas destas empresas constam do IBEX 35 e a sua mudança de instalações surge após a aprovação de Madrid de um decreto que vem facilitar o processo.

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CGTP endurece discurso e exige atualização anual de salários

Arménio Carlos disse, numa entrevista à SIC Notícias, que a atualização anual dos salários "é uma exigência" e que "necessariamente terá de aparecer" na proposta do OE2018.

Na reta final das negociações do Orçamento do Estado para 2018, o secretário-geral da CGTP aumenta a pressão sobre o Governo, sobretudo na questão da atualização anual dos salários dos trabalhadores da Administração Pública. Numa entrevista à SIC Notícias, Arménio Carlos apresentou a subida das remunerações como uma exigência, numa altura em que a Frente Comum, afeta à CGTP, já agendou uma greve geral para 27 de outubro.

“Inevitavelmente, o Governo vai ter de evoluir na sua proposta. Há uma questão de fundo que tem de ser considerada e que o Governo ainda não assumiu: o princípio do direito constitucional da atualização anual dos salários. Essa é uma proposta que não apareceu, essa é uma proposta que necessariamente terá de aparecer. Neste caso concreto não é uma esperança só, é uma exigência. Vamos ver”, disse à estação de Carnaxide.

Arménio Carlos defendeu ainda que “qualquer entidade patronal, seja pública ou privada, que não tenha em consideração a atualização anual dos salários dos seus trabalhadores é uma entidade patronal que não está a respeitar direitos fundamentais dos seus trabalhadores”. E acrescentou: “O Governo tem de dar o bom exemplo, tratar bem os seus trabalhadores e por esta via dar um sinal ao setor privado para que faça o mesmo. O aumento dos salários é sempre um investimento com retorno”.

PS está a acomodar-se ao poder

O líder da CGTP teceu ainda algumas críticas ao Governo, que insiste em não ceder nesta matéria. Questionado sobre se está desiludido com a atuação do executivo, Arménio Carlos indicou que já teve oportunidade de “dizer o que pensa” a António Costa, e reiterou: “O primeiro-ministro sabe que está à frente de um Governo que é minoritário, que precisa de acertar posições e consensos. Se quer dar sequência a um processo que foi saudado pela maioria dos trabalhadores, é preciso que não se esqueça que este processo é evolutivo. Não pode estagnar. Tem de dar sinais de avançar.”

Ora, face às sondagens favoráveis ao PS, os bons resultados conseguidos nas autárquicas, os dados económicos “interessantes” e os “sinais envenenados” vindos da Europa, Arménio Carlos largou a bomba: “No meio disto tudo, começa a haver aqui alguma acomodação ao poder”, atirou.

CGTP tem “mais margem de manobra” na Autoeuropa

O terceiro tema tratado na entrevista foi a questão da Autoeuropa. Questionado se o facto de a lista da CGTP ter pedido nas eleições para a Comissão de Trabalhadores (CT) não é um sinal de que as pessoas não queiram seguir a linha da CGTP, Arménio Carlos afirmou que os sinais são, na verdade, “em sentido contrário” a essa ideia.

“Alguns comentadores diziam que a greve na Autoeuropa era um suicídio, mas a greve na Autoeuropa já conseguiu duas coisas: primeiro, afirmar a dignidade dos trabalhadores, que têm razão. Segundo, dizer à empresa que a Autoeuropa que dizia que não mexia naquele horário que queria impor, mas já mexeu. Está a dizer individualmente aos trabalhadores que podem manter a semana de segunda a sexta, com os sábados sem imposição de os trabalhadores trabalharem, até abril de 2018. Não chega, mas já mexeu. E já mexeu porque houve greve”, disse.

A foi ainda mais além: “As eleições para a CT o que deram foi uma subida significativa do número de votos na lista que integrava dirigentes da CGTP. Passámos de cerca 600 votos para cerca de 1.000 votos. Entendemos que agora há mais margem negocial, até porque não há maioria absoluta de ninguém”, acrescentou.

Deixou, por fim, duas notas. A primeira é a de que “está provado que o carro se vai produzir em Portugal”. A segunda é a de que, é preciso começar a discutir com a Volkswagen a transição para uma realidade “em que os motores de combustão vão ser substituídos por motores elétricos”

“O que nós temos de fazer é o que os alemães já fizeram: um acerto entre a Volkswagen e o Governo em que, daqui a alguns anos, os carros a combustão sejam substituídos por carros com motores elétricos. E temos de Perguntar ao Governo o que já foi feito para perguntar à Volkswagen qual é o papel da Autoeuropa neste processo”, concluiu.

(Notícia atualizada às 10h16 com mais informação)

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Second Home vai investir mais de dez milhões para abrir segundo espaço em Lisboa

  • Lusa
  • 9 Outubro 2017

Abrir um segundo espaço em Lisboa. É esse o objectivo da aceleradora de empresas britânica Second Home. Em Lisboa, trabalham lado a lado desde multinacionais a startups nacionais.

A aceleradora de empresas britânica Second Home vai investir mais de dez milhões de euros num segundo espaço em Lisboa, revelou o cofundador Rohan Silva, que identifica maior potencial na capital portuguesa do que em Paris ou Berlim.

O espaço, aberto em dezembro de 2016 no primeiro piso do Mercado da Ribeira, em Lisboa, justificou, está “cheio desde o primeiro dia” e possui uma fila de espera de empresas e empreendedores interessados em ocupar uma secretária.

Second Home conta com um espaço para membros permanentes e outro para o modelo “roaming”, para pessoas que nem sempre estão no espaço.Paula Nunes/ECO

O novo espaço terá de ter uma área significativamente maior do que os atuais 1.300 metros quadrados, pois o objetivo é ter capacidade para manter empresas que estejam em crescimento.

“Atualmente, se forem precisas mais três pessoas, [as empresas] precisam de sair porque não há espaço adicional”, justificou, em entrevista à agência Lusa em Londres.

No ano passado, o investimento foi de “um montante de sete dígitos em euros”, mas para a nova localização, há permissão dos investidores para alocar um “montante de oito dígitos”, isto é, superior a dez milhões de euros, mas cujo valor exato recusou especificar.

“É um passo muito grande, mas mostra que a nossa experiência em Lisboa como sendo uma ótima cidade para fazer negócios e com uma resposta fantástica da comunidade criativa”, acrescentou.

Rohan Silva quer replicar em Lisboa o ambiente que existe na capital britânica, onde a Second Home abriu em 2014 numa antiga fábrica de alcatifas na zona este da cidade com 6.000 metros quadrados, entretanto renovada pelo ateliê de arquitetos espanhóis SelgasCano.

Os quatro pisos possuem tanto secretárias para membros individuais ou pequenas equipas como estúdios privados para empresas de até 50 funcionários. A Second Home diz ser mais do que um espaço de trabalho partilhado [coworking] e descreve-se como um “acelerador criativo” e um espaço cultural, que oferece concertos, sessões de cinema ou conferências.

“Não queremos dar apenas uma secretária num espaço bonito. Estamos a criar um sítio onde seja mais provável ser criativo e bem-sucedido. Temos um papel ativo em apresentar as pessoas umas às outras, em dar formação, para expor as pessoas a ideias e conselhos para crescerem”, enfatiza Rohan Silva.

Não queremos dar apenas uma secretária num espaço bonito. Estamos a criar um sítio onde seja mais provável ser criativo e bem-sucedido. Temos um papel ativo em apresentar as pessoas umas às outras, em dar formação, para expor as pessoas a ideias e conselhos para crescerem.

Rohan Silva

Cofundador da Second Home

Em Londres, as estatísticas recolhidas mostram que as empresas utilizadoras cresceram dez vezes mais rápido do que a média nacional e que 75% dos membros colaboram entre si em projetos profissionais.

Em Lisboa, trabalham lado a lado desde multinacionais, como a Volkswagen, a Mercedes ou a revista Vice, a startups nacionais, incluindo uma escola de surf e uma empresa de entrega de comida ao domicílio, mas a falta de espaço pode estar a limitar o crescimento dos utilizadores. “Não queremos olhar para trás e pensar que Lisboa só é boa para startups, e que para crescer é preciso mudar para Londres. É isso que precisa de mudar, passar desta “economia de startup” para uma economia de maior escala. É esse passo que a nova Second Home vai tentar dar”, afirmou.

Além de um segundo espaço em Lisboa, a Second Home vai abrir nos próximos meses mais dois espaços em Londres e tem planeada uma expansão para os EUA, em Los Angeles.

Empresas criativas preferem sair de Londres para Lisboa

Lisboa está à frente de Paris e Berlim na escolha de muitas empresas que estão atualmente em Londres, sendo vista como a “capital criativa do continente europeu”, afirma o cofundador da Second Home, Rohan Silva.

“As empresas internacionais e criativas querem Lisboa. Está muito à frente de Berlim e de Paris. Em parte devido à língua inglesa, que não existe em Paris. E depois, por causa do estilo de vida, como o surf e o clima, que é melhor do que em Berlim”, explicou. Há também a questão do custo de vida, que em Londres é muito elevado, e que está a levar muitas empresas a procurar alternativas.

“Para a comunidade criativa que está no Second Home em Londres, o principal problema é o custo do alojamento. O custo de vida é muito elevado. A falta de habitação em Londres é um problema maior do que o Brexit“, saída do Reino Unido da União Europeia, lamentou.

A expansão da empresa britânica para Lisboa aconteceu em 2016, dois anos depois do primeiro espaço em Londres, na sequência de umas férias na capital portuguesa, ainda antes de se saber que a Web Summit iria mudar-se para a cidade.

“Mesmo antes de abrir já dizia que Lisboa era uma cidade fantasticamente criativa e agora que abrimos continuo a dizer: ‘É uma cidade fantasticamente criativa e uma ótima cidade para fazer negócios e investir'”, disse. O antigo assessor do ex-primeiro-ministro David Cameron revela que só teve contacto com as autoridades portuguesas seis meses antes da abertura e que não beneficiou de incentivos fiscais, mas elogia o governo e a autarquia socialista.

 

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