IRS Automático eleito a “melhor iniciativa de 2017”

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) venceu um prémio da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI). O IRS Automático foi o galardoado.

O fisco português ganhou o prémio de “Melhor Iniciativa” deste ano com a implementação do IRS Automático. O galardão foi atribuído na semana passada pela APDSI, refere o comunicado do Ministério das Finanças enviado esta terça-feira. Entre as inovações do IRS Automático esteve a criação de uma nova aplicação para smartphones.

A 1 de abril de 2017, cerca de um terço dos agregados passaram a ter acesso ao IRS Automático, uma medida que estava prevista no programa Simplex. “Para os contribuintes que aderiram a esta medida, o prazo médio de reembolso do IRS foi reduzido para um máximo de doze dias após a confirmação da declaração e da liquidação provisórias, menos de metade do tempo face ao ano anterior“, garante o Ministério das Finanças em comunicado.

Segundo as Finanças, o IRS Automático será alargado a mais agregados no próximo ano.

Já em maio deste ano que as Finanças lançaram a nova app onde se pode consultar o estado da declaração de IRS, mas também onde se pode submeter o IRS Automático. A aplicação está disponível nos sistemas operativos Android e iOS. “A disponibilização desta nova App é mais um passo no sentido da modernização das formas de interação com os contribuintes, através do desenvolvimento de aplicações móveis que tornem mais fácil, cómodo e intuitivo o cumprimento das obrigações fiscais”, afirmavam as Finanças em maio.

O prémio foi entregue na conferência E-Government 2017 – A Transformação Digital do Estado e o Desenvolvimento da Sociedade.

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FMI: situação em Espanha “preocupante”. Apela a negociações

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

A poucas horas do encontro de Puigdemont no parlamento catalão, o FMI apela a uma negociação entre Espanha e a comunidade da Catalunha, sob o risco de "contágio" para toda a Europa.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu hoje que a situação em Espanha é “preocupante” devido às tensões políticas na Catalunha, e instou ambas as partes a “não atuarem de maneira precipitada” e a negociarem.

“A situação em Espanha é preocupante, já que causa muita incerteza tanto para a economia catalã, como para a espanhola”, sublinhou o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, na apresentação do relatório sobre as Perspetivas Económicas Mundiais (World Economic Outlook), hoje divulgado.

Obstfeld defendeu que as partes não devem “atuar de maneira precipitada, e devem negociar”, acrescentando que “há muitos benefícios potenciais para ambas as partes se o fizerem”.

Questionado sobre os possíveis efeitos desta crise para além do prolongamento da incerteza política em Espanha, o economista-chefe do FMI disse que “sim, haveria contágio ao resto da Europa”.

O FMI manteve a previsão de crescimento económico para Espanha nos 3,1% este ano, e aumentou a expectativa de expansão da economia para 2,5% no próximo ano.

O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, tem previsto hoje comparecer no parlamento catalão, numa sessão que servirá, oficialmente, para analisar os resultados e efeitos do referendo catalão, mas que poderá resultar na declaração formal e unilateral de independência.

O chefe da Generalitat (governo regional da Catalunha) tem agendada a presença a partir das 18:00 (menos uma hora em Lisboa) no parlamento regional, numa sessão plenária tem como ponto único na ordem de trabalhos a análise da situação política na região na sequência do referendo pela independência de 01 de outubro – que o Tribunal Constitucional considerou ilegal.

Ainda que não conste da ordem de trabalhos, Puigdemont poderá declarar unilateralmente a independência da Catalunha, tal como consta nos prazos inscritos na lei do referendo, também ela considerada ilegal pela justiça espanhola.

Já a antecipar uma declaração unilateral de independência, a associação pró-independência Assemblea Nacional Catalana (ANC) apelou a uma grande concentração de cidadãos perto do parlamento regional à hora do plenário.

As autoridades já instalaram um perímetro de segurança na zona – com uma vedação tripla – para proteger os deputados regionais.

Face a este cenário, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, reiterou que o executivo em Madrid “fará tudo o que for preciso”, com “mão firme e sem complexos” para impedir a independência da Catalunha.

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Madonna não encontra. É assim tão difícil comprar uma casa de milhões em Lisboa?

A rainha da pop está com dificuldades em encontrar o seu palácio em terras lusas. As agências imobiliárias especializadas em propriedades de luxo explicam ao ECO o que se passa neste mercado.

“Não consigo encontrar casa em Lisboa”: a voz da cantora Madonna fez-se ouvir pela segunda vez através das redes sociais, nas quais partilhou a dificuldade que sente em encontrar um novo lar na capital portuguesa. O ECO foi perguntar às agências: afinal, quais são os obstáculos que um milionário tem que ultrapassar até bater à porta da casa de sonho?

Madonna escolheu Lisboa para viver, mas para já, a rainha da pop está instalada num hotel. A procura que se estendeu por Sintra, pela Lapa e pelo Chiado ainda não parece ter dado frutos. Em meados de setembro, foi a primeira vez que a cantora publicou uma imagem que confirmava que ainda estava na demanda. No início desta semana, partilhou um vídeo de um passeio a cavalo pela praia com a descrição “Não consigo encontrar casa em Lisboa, mas pelo menos consigo encontrar um cavalo”.

 

A JLL, uma imobiliária especializada no segmento de luxo, explica que os novos empreendimentos são vendidos antes de concluída a obra e que o mercado do ultra-luxo — aquele no qual as preferências de Madonna provavelmente se inserem — “está sobreaquecido” pois “a procura excede em muito a oferta” e “há pouca oferta e mal há oferta esgota-se com muita facilidade”. Quando os pedidos são mais únicos e a dimensão fora do normal, as coisas complicam-se. “Acredito que a Madonna esteja à procura de um palacete, mas historicamente nunca houve muitos à venda”, justifica a JLL.

Em termos de preços, as variações são grandes. Por exemplo, na Lapa, uma das localizações que a cantora terá analisado, o preço médio por metro quadrado é de 5,5 mil euros. Mas este valor pode cair para 2.800/3.000 euros se o imóvel em causa tiver de ser alvo de remodelação, ou subir parta 7.000/8.000 euros se o trabalho de reabilitação estiver concluído. Se a escolha de Madonna assentar num palacete há ainda a considerar se o imóvel está ou não classificado e se a utilização que dele é feita já é destinada à habitação.

Existe variada oferta em fase de projeto, mas hoje em dia há dificuldade em encontrar imóveis novos ou reabilitados concluídos.

Castelhana Lisbon Real Estate

A pesar pode também estar o caráter de urgência com que a estrela pop pretende mudar-se. “Existe variada oferta em fase de projeto, mas hoje em dia há dificuldade em encontrar imóveis novos ou reabilitados concluídos” esclarece a Castelhana Lisbon Real Estate. A agência afirma mesmo que não existem à venda quaisquer palacetes que se insiram nesta última categoria.

A imobiliária Private Luxury atesta que “não são muitas as propriedades disponíveis” e “são mais os compradores do que as casas” mas ressalva que muitos são “especuladores e querem casas em saldo”. Desta forma, a agência defende que os próprios agentes imobiliários devem saber “trabalhar o mercado” que é “pequeno, de nicho” e onde apesar das condicionantes “existem bons negócios”. “Não somos Nova Iorque mas para lá caminhamos”, acredita o responsável, Filipe Lourenço. Atualmente, o portfolio da Private Luxury oscila entre sete a dez propriedades de luxo disponíveis para venda.

Os desejos dos clientes

A Private Luxury afirma que o principal fator é a localização. “Quanto mais central, mais difícil se torna”: Chiado, Avenida da Liberdade e Príncipe Real são as zonas mais requisitadas, mapeia JLL. A Avenida pela centralidade, pela luz e vegetação. No Chiado, St.ª Catarina é a rua que conquista maior devoção. O Príncipe Real é sobretudo “pela vida”: “é uma zona muito lisboeta”. Para quem procura não necessita de acessos tão imediatos, o Restelo e o Estoril são as opções mais cobiçadas. A Lapa terá mais palacetes, mas é menos reconhecida pelos clientes estrangeiros. “A procura tem vindo a aumentar e a alargar-se para além do centro de Lisboa, que é habitualmente a área de preferência — já chega a Alcântara, Marvila e até a Tróia e à Comporta”, refere ainda a imobiliária Castelhana.

A JLL destaca ainda duas características que são muito valorizadas pelos clientes que querem comprar em Lisboa. “Tanto portugueses como estrangeiros querem um pedacinho de rua”, pois querem aproveitar a luz e o clima. Depois, a vista: as sete colinas permitem “vistas deslumbrantes, ao contrário da maioria das cidades europeias, que são muito planas”. A Private Luxury acredita ainda que “singularidade, privacidade e conforto” são as qualidades que andam de mãos dadas e que permitem fechar negócio.

(Notícia atualizada com mais informação)

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À volta de Sintra

  • ECO + Via Verde
  • 10 Outubro 2017

Que é um dos locais mais encantadores de Portugal já se sabia. Mas Sintra é também um excelente ponto de partida para um roteiro que nos leva à descoberta do que a serra tem de melhor para oferecer.

Do Castelo dos Mouros, no centro da serra, ao Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa, siga-nos neste roteiro de um dia por algumas das principais atrações de Sintra, algumas das quais Património Mundial da Humanidade.

10h00 | Castelo dos Mouros

 

É a nossa primeira paragem neste roteiro e um dos monumentos que também integra a Paisagem Cultural de Sintra distinguida pela UNESCO. Edificado no século X pelos muçulmanos, o Castelo dos Mouros tinha como propósito servir de ponto de vigilância de toda a zona envolvente. Da fortaleza original apenas restam a base das torres e as muralhas. Estas últimas, serpenteiam serra acima e oferecem a quem tem coragem para as subir, um exercício que tem tanto de desafiante, como de belo. Lá do cimo, avista-se o Palácio da Pena e toda a vila de Sintra. Um alerta: para chegar ao ponto mais alto do castelo — a Torre Real — terá que galgar nada mais nada menos que 500 degraus. Não é para todos…

11h00 | Palácio da Pena

É impossível não o avistar na paisagem. Primeiro, porque se ergue no alto da Serra de Sintra. Depois porque as cores fortes se destacam no verde da montanha. O Palácio da Pena é Monumento Nacional há mais de 100 anos e Património Mundial da Humanidade da UNESCO desde 1995. Foi D. Fernando II que o mandou reconstruir em 1839 (era um mosteiro abandonado) e, uns anos mais tarde, acrescentar uma nova ala com o cunho do Barão de Eschwege que lhe atribuiu muitas características dos palácios da Baviera. A estas juntam-se elementos dos estilos manuelino e mourisco, entre outros. No interior do palácio, merecem uma visita atenta os aposentos dos reis, a sala de visitas e a cozinha real.

12h30 | Chalet da Condessa d’Edla

A construção resultou da paixão de D. Fernando pela Condessa d’Edla para quem quis construir um abrigo em plena Serra de Sintra. Inspirado nos chalets de madeira suíços, o espaço esteve durante muitos anos entregue ao abandono até ser recuperado e reaberto ao público há um ano. Todo o chalet está rodeado por jardins e vegetação muita rica, muita dela vinda de outros pontos do mundo.

14h00 | Quinta da Regaleira

É tempo de voltar a pegar no carro uma vez que daqui até à Quinta da Regaleira são cerca de 5 km. Se por acaso tiver iniciado o roteiro a partir do centro de Sintra, então até poderá fazer o caminho a pé. Não serão mais que 15 minutos seguindo pela estrada que vai para Seteais.

Ao adquirir o bilhete para o Palácio e à Quinta da Regaleira peça o plano guia e o mapa que o vão ajudar nesta visita. O Palácio é do início do século passado e foi um produtor de cacau que o mandou construir. O trabalho na pedra é típico do período neomanuelino e os pormenores tanto são visíveis no edifício principal como nos jardins, um dos maiores atrativos da Quinta. Cheios de labirintos, grutas, estátuas de figuras mitológicas e locais secretos, diz-se que o local poderá ter estado ligado a rituais maçónicos. No meio de tanto mistério, o destaque vai mesmo para o Poço Iniciático, uma espécie de torre invertida com 27 metros de profundidade. Para descer (ou subir) terá que ultrapassar nove patamares, cada um com 15 degraus. Uma experiência que tem tanto de fascinante como de assustadora.

16h30 | Convento dos Capuchos e Santuário da Peninha

Do palácio para o convento. São cerca de 8 km pela Estrada da Pena até chegarmos ao Convento dos Capuchos, escondido entre as pedras e a floresta. Este convento da Ordem de São Francisco é um exemplar humilde de construção religiosa. É também conhecido como Convento da Cortiça por ter sido usado este material na sua edificação e decoração. Pode ser visitado todos os dias, entre as 10h00 e as 18h00.

Mais 7 km de serra e chegamos a outro dos locais mais místicos da zona de Sintra – o Santuário da Peninha. Fica num dos pontos mais elevados da serra e por isso a vista é imponente, com o Cabo da Roca ao fundo. Mas já lá iremos. O Santuário é constituído pela ermida (abandonada) e pelo palacete datado do primeiro quarto do século passado.

17h30 | Cabo da Roca

Disse Camões que era “Aqui onde a terra se acaba e o mar começa”. Apanhando a Estrada do Cabo da Roca, em cerca de 20 minutos chega ao ponto mais ocidental do continente europeu — o Cabo da Roca. A localização exata (150 metros acima do nível do mar) está devidamente assinalada numa pedra colocada no promontório. Visitável é o farol mas apenas às quartas-feiras, entre 14h00 e as 17h00. Datado do século XVIII, é um dos mais antigos existentes na costa de Portugal.

Aproveite para ver o pôr do sol. Este pode bem ser o final perfeito para o roteiro em volta de Sintra.

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Reconhecimento facial da Apple deverá chegar aos iPads em 2018

Um analista com boas fontes na Apple antevê que os iPads profissionais a serem lançados em 2018 deverão incluir uma câmara TrueDepth para reconhecimento facial, à semelhança do iPhone X.

A Apple deverá lançar, em meados do ano que vem, novos modelos do iPad Pro com a mesma tecnologia de reconhecimento facial incluída no iPhone X, o telemóvel topo de gama da marca. A câmara TrueDepth que se espera que a empresa integre nos tablets deverá permitir o desbloqueio dos equipamentos de forma quase instantânea, olhando apenas para o ecrã. Os novos iPhones também não deverão escapar à tendência, mas isso só no final de 2018.

A informação foi avançada pelo site especializado MacRumors, que cita uma nota do analista Ming-Chi Kuo, da KGI Securities, conhecido pelas fontes que tem dentro da empresa. Na visão de Kuo, a empresa deverá incluir esta funcionalidade nos modelos profissionais do iPad que se espera que a Apple apresente em 2018, uma forma de tornar a experiência mais consistente com a do iPhone X.

Esta câmara especial, na parte frontal dos tablets, permitiria também um melhor desenvolvimento do ecossistema iOS, sobretudo ao nível de aplicações que possam vir a recorrer a esta tecnologia, aumentando ainda a competitividade da marca da maçã. Isto, num mercado cada vez mais saturado e competitivo.

Os iPhones lançados em 2018 também deverão incluir esta nova tecnologia, segundo o mesmo analista. A tendência também deverá alcançar mais marcas no campo do sistema Android. Atualmente, a Samsung é a grande concorrente da Apple neste jogo, incluindo o reconhecimento facial nos modelos S8 e Note 8, os telemóveis topo de gama da marca sul-coreana.

O iPhone X é um modelo premium do telemóvel da marca que foi lançado há pouco menos de um mês e que deverá chegar às lojas a 3 de novembro. É o único dispositivo da marca Apple com funcionalidades de reconhecimento facial, que permitem, além do desbloqueio dos aparelhos, a validação de pagamentos, entre outros. Já a gama dos iPads profissionais foi atualizada pela última vez em junho deste ano e prevê-se que a Apple volte a atualizar esta linhagem em meados do ano que vem.

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Sindicatos da PT/Meo queixam-se de “ambiente de stress global” na empresa

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

Num dia em que os sindicatos afetos à PT Portugal reuniram com a ACT sobre as infrações detetadas na Meo ao nível das condições de trabalho, mantêm-se as queixas de "stress global" na empresa.

As estruturas representativas da PT/Meo, que estiveram reunidas esta terça-feira com a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), continuam a queixar-se de “stress global” na empresa, desde logo no caso dos funcionários sem funções.

Falando à agência Lusa no final do encontro, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Portugal Telecom (STPT), Jorge Félix, afirmou que “todo o ambiente existente na PT é um ambiente de stress global e, portanto, os riscos abrangem a generalidade dos trabalhadores”, afetando-os “do ponto de vista psicológico e do ponto de vista mental”.

“A ACT está com uma grande atenção”, notou o responsável, frisando que a autoridade vai continuar a acompanhar os problemas laborais da empresa, desde logo a situação dos trabalhadores sem funções. Segundo Jorge Félix, estes funcionários — “que são cerca de 200” — estão a ser alvo de “assédio”, já que a empresa os está a convidar “para irem para casa sem prestar a assiduidade diária, com direito à retribuição e ao subsídio de almoço, portanto com todos os direitos remuneratórios, mas sem sequer estarem no trabalho”.

“O que nós pensamos é que estão a tentar ludibriar a ACT porque a ACT diz que vai continuar a sua ação inspetiva e de controlo”, justificou o sindicalista, apontando que a autoridade “vai chegar aos locais onde estão os trabalhadores sem funções e [eles] já não estão lá”. Como estão a trabalhar através de casa, “não vão penalizar a empresa, que já não vai pagar as coimas” por a ACT “ver muito menos gente parada e sem fazer nada”, acrescentou.

Contudo, o responsável referiu que isso vai “fragilizar mais a situação desses trabalhadores”. “Um trabalhador que esteja 90 dias afastado diariamente da sua atividade da empresa e, ao fim desse tempo, voltar à empresa, vem com um pensamento e com uma forma de estar totalmente diferente, mais fragilizado no que diz respeito a exigir um posto de trabalho com a sua categoria”, exemplificou.

Além disso, continuou, o funcionário fica “numa situação de maior possibilidade de chegar a acordo com a empresa para uma rescisão por mútuo acordo, até por um valor menos interessante”. “Pensamos que essa situação não está a ser feita por acaso”, sublinhou, observando que estão a ser convidados “quase todos” os trabalhadores sem funções.

Na reunião, também esteve em foco a situação dos 155 trabalhadores que foram transferidos para outras empresas fora do universo da PT/Meo, no âmbito da figura jurídica de transmissão de estabelecimento, a qual garante que estes colaboradores mantêm por 12 meses as regalias que tinham na operadora de telecomunicações. Sobre esta situação, a ACT defendeu-se “com as legislações e com os constrangimentos legais”, alegando que “foi tão longe quanto poderia ir”, disse o sindicalista.

A ACT continua a dizer que não vai negar nem confirmar, mas que não lhe compete a ela sequer julgar isso, têm de ser os tribunais e os trabalhadores através dos tribunais”, adiantou Jorge Félix.

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De Presidente a mentor. Hollande tem um novo trabalho

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

No seu primeiro ano como Presidente, Hollande tentou cortar as asas aos empreendedores, mas cedo aprendeu que mais vale juntar-se à festa. Agora está mais perto do que nunca do coração do ecossistema.

A vontade de fazer de França a “nação startup” é de Macron, mas Hollande também está a dar uma mãozinha. Depois de ter sido substituído na presidência francesa pelo seu antigo ministro da economia, François Hollande passa agora parte das suas segundas-feiras como mentor, na Station F, uma incubadora de startups suportada pelo milionário Xavier Niel.

“A tecnologia foi uma das minhas prioridades enquanto Presidente — faz sentido que esteja aqui”, sublinhou o político, citado pela Bloomberg. Durante algumas horas por semana, os empreendedores têm tido, assim, a possibilidade de conversar com o ex-Presidente. Crescimento, estratégia e financiamento são as áreas em que recebem orientação, sobretudo no que toca ao setor público. Hollande acrescenta, por isso, que “o que os empreendedores mais precisam não é de dinheiro, mas de alguém que os guie”.

No centro de Paris, a movimentação gerada Station F é apenas um dos sinais de um “ecossistema em florescimento a nível internacional”. Na primeira metade do ano, o Reino Unido foi superado por França, no que diz respeito ao levantamento de capital de risco, reporta o relatório da Dealroom.

François Hollande anda agora de mãos dadas com a inovação e no próximo mês visitará mesmo Lisboa para a Web Summit, conferência anual sobre tecnologia, mas a sua relação com o empreendedorismo nem sempre foi o melhor. Enquanto Emmanuel Macron, enquanto ministro da Economia, ajudava a promover a Station F, o ex-Presidente francês tentava lançar impostos sobre os milionários, uma medida que segundo o atual líder francês transformaria França numa “Cuba sem Sol”.

O diploma não foi em frente e Hollande cedo aprendeu a lição, acabando durante o seu mandato por aliviar a carga fiscal para a investigação, bem como por investir em campanhas para atrair talento e investidores para França.

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PCP congratula-se com “avanços” do Governo no OE2018

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

Os comunistas congratularam-se esta terça-feira pelos "avanços" do Governo em matéria de Orçamento do Estado, sobretudo no que toca a pensões e IRS.

O PCP congratulou-se esta terça-feira com os “avanços” por parte do Governo socialista sobre o aumento geral das pensões e alterações fiscais no IRS nas negociações que decorrem sobre o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018). “O avanço entretanto registado foi a disponibilidade do Governo trabalhar a partir desses critérios adiantados pelo PCP, estando ainda por definir aspetos de concretização da medida, em relação ao universo e aos termos de aplicação do aumento. Esses aspetos ainda não estão fechados”, disse o líder parlamentar comunista, em conferência de imprensa, no parlamento.

João Oliveira referia-se a “duas questões centrais: os aumentos não deviam ficar pelo que determina as regras da lei da atualização automática das pensões (crescimento do PIB e nível da inflação)” e “o critério devia ser de fixação de um mínimo de aumento de 10 euros, que tem um efeito mais relevante nas pensões mais baixas”.

“Também em relação à matéria fiscal tem havido alguns avanços na abordagem ao IRS, mínimo de existência e escalões. O PCP adiantou o valor (para o mínimo de existência, que define isenções ou reduções do imposto) de 9.350 euros (de rendimento anual coletável) ao que o Governo contrapôs o valor de 8.850 euros. Está ainda em discussão a fixação de um valor, mas há uma perspetiva aberta de avanço”, afirmou.

O deputado comunista revelou que, “em relação aos escalões, houve também o avanço na consideração de uma redução do IRS para os sujeitos passivos do segundo e terceiro escalões, em condições ainda por determinar, quer no limiar quer nas taxas”, sendo que o PCP propôs “um benefício de 300 euros no IRS” para o segundo e parte significativa do terceiro escalões e um “agravamento da taxa para os escalões mais altos, acima dos 80 mil euros”.

Sublinhando “a noção de que não há OE aprovados previamente nem que se possam dar como aprovados à partida”, João Oliveira vincou o “compromisso de exame comum com o Governo, que devia incluir quatro matérias essências: pensões, fiscalidade, direitos dos trabalhadores, investimento e funcionamento dos serviços públicos”.

O responsável do PCP salientou ainda outras medidas apresentadas pelo seu partido como o “aumento da derrama estadual para empresas que têm mais de 35 milhões de euros de lucros”, a “redução da taxa máxima do IMI para 0,4%”, assim como a “eliminação do Pagamento Especial por Conta e sua substituição por critérios adequados às Pequenas e Médias Empresas”.

O líder da bancada comunista reclamou ainda o “reforço do investimento público na saúde, educação, transportes, floresta, habitação e cultura, desejando que haja resultados também neste campo durante as negociações até sexta-feira ou, posteriormente, na discussão específica sobre a proposta de OE2018 do Governo.

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Ataque cibernético na Delloite chegou a mais de 300 clientes… incluindo o Governo dos EUA

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

As repercussões do ataque cibernético à Deloitte são superiores ao comunicado no mês passado. O ataque informático poderá ter chegado a mais de 300 clientes, incluindo o Governo norte-americano.

Afinal não foram “poucos” os afetados com o ataque informático à Deloitte no final do mês de setembro. Segundo o jornal The Guardian, a invasão dos hackers chegou aos emails de cerca de 350 clientes, entre os quais quatro departamentos do Governo norte-americano, as Nações Unidas, e atingiu a correspondência eletrónica de grandes multinacionais. Fontes próximas da empresa contam que esta ainda não tem a certeza completa da informação retirada no ataque.

Embora apenas seis clientes tenham admitido ser afetados pelo ciberataque, a mesma fonte afirmou ao jornal que a lista de lesados é mais extensa. Entre os quais encontram-se os departamentos de Estado, da Energia, da Segurança Interna e da Defesa do Governo norte-americano. Ainda nos Estados Unidos, foram afetados o Serviço de Correios, os Institutos Nacionais de Saúde, e os gigantes imobiliários “Fannie Mae” e Freddie Mac”. A lista de grandes empresas comprometidas pelo ataque continua, nomeadamente com a Fifa, três companhias aéreas, dois fabricantes automóveis multinacionais, companhias energéticas e empresas farmacêuticas.

O ataque informático à Deloitte foi primeiramente anunciado no final de setembro. A entrada dos hackers foi identificada em março, e os acessos datariam de outubro ou novembro do ano passado. O acesso teve lugar no escritório da Deloitte em Nashville (Tennessee), através de uma conta de administrador, dando acesso a toda a base de dados de emails. A empresa contou ao ECO que “poucos clientes foram afetados”. A Deloitte procedeu a um “extenso protocolo de segurança” e conseguiu apurar “de forma detalhada, qual a informação que estava em risco, o que de facto aconteceu e verificar que poucos clientes foram afetados”, afirmou.

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Wall Street sobe à boleia do otimismo do FMI

O Fundo Monetário Internacional melhorou as previsões mundiais de crescimento económico. Wall Street foi à boleia do otimismo do FMI e abriu a subir esta terça-feira.

A economia mundial está definitivamente a recuperar na ótica do FMI. A atualização do World Economic Outlook deu gás ao início da sessão em Wall Street. Um dos setores que mais está a valorizar é o da energia.

O Dow Jones está a valorizar 0,37% para os 22.844,88 pontos. Já o S&P 500 sobe 0,4% para os 2.555,03 pontos e o Nasdaq valoriza 0,41% para os 6.606,95 pontos.

Estas subidas registam-se após o relatório do FMI assinalar que praticamente 75% das economias estão em aceleração, o que prova que a recuperação económica está em curso. O Fundo prevê que a economia mundial cresça 3,6% em 2017 e 3,7% em 2018. Acresce que os mercados continuam expectantes face à reforma fiscal de Donald Trump.

Além do setor energético, uma das cotadas que mais sobe é a Wal-Mart cujas ações estão a valorizar 3,35%, depois de a empresa prometer aos investidores que as vendas online vão crescer 40% até 2019.

No final da semana, espera-se que os investidores fiquem com os olhos postos na época de divulgação de resultados do terceiro trimestre. Quinta-feira é a vez dos bancos começaram a revelar as suas contas: a JP Morgan Chase e o Citigroup são os primeiros. Seguem-se o Bank of America e o Wells Fargo na sexta-feira. Empresas como a BlackRock, a Samsung e a Domino’s também vão revelar resultados.

Antes disso, a Fed revela as minutas da última reunião esta quarta-feira. Além disso, alguns responsáveis da Reserva Federal têm discursos marcados durante esta semana, onde podem ser dadas mais pistas sobre os planos de Janet Yellen para o aumento a taxa de juro até ao final do ano.

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? Como Portugal compara com o resto do mundo, segundo as previsões do FMI

Em 2017 e 2018, como é que Portugal vai comparar com os países europeus, mas também com parceiros comerciais como o Brasil e Angola? Na atualização desta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional estabelece as previsões para a variação do PIB, a taxa de desemprego, a evolução da balança corrente e a inflação. No geral, tal como já tinha antecipado Christine Lagarde, os indicadores são revistos em alta, refletindo as melhorias registadas no primeiro semestre deste ano.

Numa altura em que o FMI está mais otimista face aos progressos económicos, que colocam Portugal entre os cinco países da zona euro com um crescimento mais rápido, em 2017, veja nestes gráficos como é a economia portuguesa compara com alguns países, segundo as previsões do Fundo.

Portugal

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Espanha

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Grécia

Fonte: Fundo Monetário Internacional.

Alemanha

Fonte: Fundo Monetário Internacional

França

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Itália

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Irlanda

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Brasil

Fonte: Fundo Monetário Internacional.

Angola

Fonte: Fundo Monetário Internacional. Sem dados relativos à taxa de desemprego.

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Xeque-mate a Kasparov? Pode tentá-lo no Web Summit em Lisboa

Melhor jogador do mundo vai jogar xadrez no Web Summit com dez adversários ao mesmo tempo. Pode tentar a sua sorte candidatando-se no site do evento.

Vai uma partida de xadrez com Garry Kasparov? Considerado o melhor jogador do mundo, o russo foi desafiado e vai jogar xadrez com dez participantes ao mesmo tempo no Web Summit, evento de tecnologia que decorre entre 6 e 9 de novembro, em Lisboa.

Se vai marcar presença no evento e gostaria de tentar um xeque-mate a Kasparov, pode inscrever-se no site do Web Summit. Basta preencher um pequeno formulário com dados pessoais como o nome, email ou número do bilhete de entrada para candidatar-se a ser derrotado pelo jogador russo.

Apenas jogadores amadores da modalidade poderão candidatar-se. Como ressalva, o Web Summit refere ainda que os adversários não poderão levar treinador ou qualquer tipo de assistência tecnológica.

O Web Summit tem lugar em novembro, no Meo Arena e na FIL, na capital portuguesa. Entre os oradores já confirmados encontram-se António Guterres (secretário-geral da ONU), que se junta a outros portugueses conhecidos internacionalmente como Carlos Moedas (comissário europeu), António Horta Osório (Lloyds), Luís Figo (ex-jogador de futebol) ou José Neves (Farfetch).

A organização do maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo vai contar com oito líderes mundiais, seis vencedores de prémios Nobel e cinco Comissários Europeus.

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