Haitong: “Ações da EDP parecem muito baratas”

EDP desvaloriza em bolsa depois de resultados operacionais aquém do esperado. Ainda assim, o Haitong melhorou a avaliação da elétrica com estabilização das notícias dos EUA sobre as renováveis.

Para o Haitong, as ações da EDP EDP 0,00% parecem negociar a um valor baixo face à avaliação que fazem da elétrica portuguesa. A casa de investimento acabou de aumentar o preço-alvo do título em 3% para os 3,4 euros, conferindo-lhe um potencial de valorização de 18%. “A ação parece muito barata e as expectativas estão baixas: comprar”, dizem os analistas.

“Na sequência dos resultados de 2016, aumentamos o preço-alvo para os 3,4 euros por ação (+0,10 euros), refletindo um valor de mercado das subsidiárias em bolsa, mas também alguns ajustes na avaliação do negócio de produção e fornecimento nas estimativas da dívida”, argumenta o Haitong numa nota de investimento desta terça-feira. “Vemos a ação da EDP muito barata, os seus níveis de avaliação (deprimidas pela sua correlação com o risco soberano de Portugal” já descontaram em grande medida o sentimento negativo”, acrescenta.

A EDP desvaloriza esta terça-feira 0,66% para 2,851 euros, sendo uma das cotadas que mais pressiona o PSI-20. O índice de referência cai 0,08% para 4.631,11 pontos.

O Haitong considera que a cotação atual representa “uma oportunidade“. “Uma melhoria das notícias provenientes dos EUA deverá ajudar a subsidiária EDP Renováveis. Reiteramos a recomendação de compra, suportado por uma revisão em alta da avaliação para os 3,4 euros por ação”, referem os analistas.

Sobre a atividade norte-americana, o banco de investimento adianta que o fluxo de notícias dos EUA estabilizou nas últimas semanas, “nomeadamente com os comentários do secretário de Estado do Tesouro ao concordar com o fim previsto do PTC [n.d.r plano de incentivos fiscais à produção de energia renovável], o que foi interpretado pelo mercado como um sinal da nova administração de que não deverá proceder a muitas alterações na regulação do setor”.

A EDP registou uma subida de 5% dos lucros para os 961 milhões de euros em 2016, superando as projeções do mercado, uma evolução que se deveu sobretudo a um “efeito fiscal não recorrente”. O EBITDA, que exclui o impacto dos impostos, caiu 4%.

EDP volta a cair

 

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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OCDE: Portugal entre os países com maiores ganhos potenciais se investir em educação

  • Margarida Peixoto
  • 7 Março 2017

Portugal está entre os países da OCDE que maiores ganhos pode retirar se aplicar verbas orçamentais para reformar a educação e aumentar os benefícios para as famílias.

Portugal está entre os países que mais margem tem para progredir com a implementação de reformas estruturais na educação. O mesmo acontece com reformas para aumentar os benefícios para as famílias. A conclusão consta do relatório interino da OCDE, publicado esta terça-feira.

Se Portugal aplicar verbas do orçamento em reformas estruturais para melhorar o seu sistema de ensino, está entre os países que mais espaço tem para beneficiar de impactos positivos: tanto a nível de crescimento económico, como de aumento do rendimento dos mais pobres.

Se as reformas forem direcionadas para o aumento dos benefícios para as famílias, Portugal aparece destacado como um dos países que tem maior margem para progredir na redução das desigualdades.

Não é o único: a Grécia aparece igualmente destacada nestes dois parâmetros. Mas também surge como sendo dos países com maiores ganhos potenciais de reformas orientadas para aumentar a eficácia da governação.

Já Portugal não aparece destacado neste ponto, tal como também não consta no grupo dos países que pode retirar maiores ganhos potenciais do aumento do investimento público e em investigação e desenvolvimento, ou da redução dos subsídios públicos.

Este quadro da OCDE tem por base uma avaliação que dá conta da necessidade de os países fazerem um esforço maior por aplicar reformas estruturais que promovam o crescimento e que o torne mais inclusivo. Esta é uma das dificuldades identificadas pelo organismo liderado por Ángel Gurría, no relatório que deixa inalteradas as previsões de crescimento mundial para 2017 e 2018.

"Todos os países têm margem para reestruturar os seus gastos e políticas de impostos no sentido de um ‘mix’ mais amigo do crescimento e da igualdade, incluindo através do sistema de transferência de impostos.”

OCDE

Relatório interino, março 2017

“As iniciativas orçamentais devem redirecionar os gastos para investimentos que ajudem a ultrapassar as barreiras ao crescimento inclusivo de longo prazo, incluindo investimentos em infraestruturas soft, como é o caso da educação e investigação, juntamente com investimento em infraestruturas públicas”, defende a OCDE. E acrescenta: “Todos os países têm margem para reestruturar os seus gastos e políticas de impostos no sentido de um mix mais amigo do crescimento e da igualdade, incluindo através do sistema de transferência de impostos.”

As projeções da OCDE

A OCDE espera que a economia mundial cresça 3,3% em 2017 e 3,6% em 2018. Estas projeções estão inalteradas face às que tinham sido apresentadas em novembro de 2016. Contudo, a OCDE revê em ligeira alta o crescimento de economias como os Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Japão, Canadá e Reino Unido. Já para 2018 a maioria dos movimentos nas previsões destes países são no sentido de uma, também ligeira, baixa.

Para Portugal, o organismo não atualiza agora dados. No último relatório sobre a economia nacional, a OCDE apresentou uma previsão de crescimento de 1,2% para 2017 e de 1,3% em 2018 — números que estão abaixo das projeções do Executivo.

“Isto [as projeções atuais] vêm num contexto de um período de cinco anos em que a economia global tem estado numa armadilha de baixo crescimento“, avisa a OCDE. A consequência deste prolongamento de crescimentos contidos é um adiamento das opções de consumo e de investimento, promovendo-se uma contenção do PIB potencial.

Sair desta armadilha, “depende do impacto conjunto de escolhas de política macroeconómica, estrutural e de comércio, bem como na implementação concertada e efetiva de iniciativas já existentes”, frisa a OCDE.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 7 Março 2017

Nos EUA há alternativa ao Obamacare e uma nova interdição de entrada no país, e no centro da Europa uma nova visão para a UE. Saiba tudo o que marca esta terça-feira.

Dos Estados Unidos saem duas grandes novidades: Donald Trump voltou a assinar uma ordem executiva para impedir a entrada de cidadãos de certos países árabes nos Estados Unidos, mas noutros moldes, e os republicanos apresentam uma alternativa ao diploma de saúde que foi o principal sucesso de Barack Obama. Em Espanha, o crescimento económico não se reflete nos salários, e em França a direita é obrigada a ficar com Fillon como candidato. Leia aqui as seis histórias que marcam a atualidade mundial.

Bloomberg

Nova interdição de entrada de Trump é menos confusa

Algumas semanas depois de uma primeira interdição de entrada nos Estados Unidos aos cidadãos de vários países árabes que se revelou desastrosa, Donald Trump aprovou esta segunda-feira uma nova ordem executiva com várias alterações à anterior, entre elas já não incluir o Iraque nos países proibidos, e desta vez há um intervalo de dez dias para a ordem entrar em vigor, permitindo mais esclarecimentos. Para a Bloomberg, o novo método juntamente com a forma mais comedida com que foi apresentado o projeto é um reconhecimento tácito de que a primeira ordem executiva falhou. Leia a notícia completa na Bloomberg. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The New York Times

Plano de saúde que substitui Obamacare tem como base incentivos fiscais

Os republicanos do Congresso norte-americano revelaram a sua proposta para substituir o plano de saúde que foi uma das grandes bandeiras do mandato de Barack Obama, conhecido como Obamacare. Sem apresentarem custos nem estimativas de quantas pessoas o programa vai abranger, os deputados afirmaram que o novo projeto vai manter algumas das provisões mais populares no programa atual mas vai substituir a obrigação de ter um seguro por incentivos fiscais para o manter. Leia a notícia completa no New York Times. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Le Figaro

Fillon impõe-se como o candidato da direita francesa apesar de tudo

Após as declarações de Alain Juppé de que não voltaria a avançar para as presidenciais após ter sido derrotado nas primárias por François Fillon, o candidato sai reforçado, apesar do escândalo que tem abalado a sua candidatura. O comité político dos Republicanos (LR) decidiu no final da tarde de ontem voltar a reunir-se junto de Fillon, que tem descido nas sondagens e sido criticado amplamente por deputados tanto da oposição como do próprio partido. O medo é que um afastamento de Fillon possa radicalizar alguns dos seus eleitores e fazê-los votar na extrema-direita. Leia a notícia completa no Le Figaro. (Conteúdo em francês / Acesso gratuito)

El Economista

Recuperação do PIB espanhol não chega às famílias

Embora o PIB de Espanha esteja quase nos níveis anteriores à crise, a recuperação ainda não chegou aos rendimentos. Os últimos dados do INE espanhol mostram que os rendimentos caíram 5,5%. Embora tenham aumentado para os pensionistas, os jovens de entre 16 e 29 anos viram uma queda de 11,4% nos seus rendimentos entre 2008 e 2015, e a faixa etária entre os 45 e os 64 teve a segunda maior redução: o seu salário médio é agora 7,9% inferior. Leia a notícia completa no El Economista. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

The Straits Times

Malásia e Coreia do Norte impedem saída de cidadãos em crise diplomática

Pelo meio da crise diplomática gerada pela morte suspeita do irmão do líder da Coreia do Norte, que terá sido um homicídio apesar de o regime norte-coreano não o assumir, a Malásia e o país com o regime autocrático mais fechado do mundo estão a fazer os cidadãos um do outro reféns. Primeiro, Kim Jong Un decidiu que os cidadãos malaios não poderiam sair da Coreia do Norte, e o primeiro-ministro malaio Najib Razak respondeu com uma medida equivalente, impedindo a saída do país dos cidadãos norte-coreanos. “A nossa esperança é de que se encontre uma solução rápida”, acrescentou Razak. Leia a notícia completa no The Straits Times. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Deutsche Welle

Merkel apoia ideia de Europa a duas velocidades

Os líderes de Itália, França, Espanha e Alemanha encontraram-se em Versailles para discutir o futuro da Europa e saíram com uma resolução: regressou o conceito da Europa a várias velocidades, em que os países podem optar pelo nível de união económica ou de defesa que pretendem. A ideia é que os países mais próximos do centro da UE possam avançar mais rapidamente para maiores graus de unificação, enquanto os restantes têm a escolha de acompanhar já ou mais tarde esta união. Angela Merkel, líder da maior economia da Europa, assumiu apoiar a ideia: “Uma Europa a várias velocidades é necessária, caso contrário estaremos bloqueados”. Leia a notícia completa na Deutsche Welle. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Novabase dispara 5% com promoção ao PSI-20

Também a Ibersol regista um arranque de sessão positivo, depois de a Euronext ter decidido promovê-la juntamente com a Novabase ao principal índice acionista português.

As ações da Novabase estão em destaque esta terça-feira, depois de a revisão anual da Euronext ter colocado a tecnológica de novo na principal montra do mercado português, o PSI-20. Mas não vai sozinha. Também a Ibersol, que explora franchises na área da restauração, integra o índice de referência nacional a partir do dia 20 de março.

Com um disparo de 4,61%, a Novabase é mesmo a cotada nacional que mais brilha na sessão de hoje. Os títulos avançam para os 2,95 euros, a cotação mais elevada desde setembro de 2014, há cerca de dois anos e meio. No caso da Ibersol, que tem direitos de exploração das marcas KFC, Burguer King e Pizza Hut, as ações somam 1,05% para 14,5 euros.

A subida de divisão é encarada como positiva para ambas as cotadas, na medida em que a inclusão no PSI-20 traz mais visibilidade aos títulos, colocando-os no radar de fundos de investimento que seguem sobretudo índices de referência.

Novabase em máximos de dois anos e meio

“Trata-se de notícia positiva para os títulos pois a inclusão no índice PSI-20 aumenta visibilidade e poderá ajudar a aumentar a liquidez” de ambas as empresas, referiam esta amanhã os analistas do CaixaBI. Para o Haitong, a decisão da Euronext não tem impacto na avaliação que fazem da empresa.

"Trata-se de notícia positiva para os títulos pois a inclusão no índice PSI-20 aumenta visibilidade e poderá ajudar a aumentar a liquidez” de ambas as empresas.”

CaixaBI

Nota de investimento

“Contudo, poderá ser positivo para os títulos com os índices que acompanham o PSI 20 devem adicionar a Ibersol aos seus portfólios”, diz a equipa de research do Haitong.

“Marco” para a Novabase. Traz “visibilidade” à Ibersol

Para a Novabase, o regresso ao PSI-20 “significa um duplo reconhecimento”. “Por um lado, do resultado do trabalho dos mais de dois mil colaboradores da Novabase, neste período tão exigente na economia nacional e, por outro, do próprio setor das tecnologias de informação”, disse Luís Paulo Salvado, presidente da Novabase, ao ECO.

“Este setor é cada vez mais importante para a economia, com impacto transversal em todos os outros e, com a entrada da Novabase, passa a estar também representado no principal índice português. Após integrarmos o Tech40 da Euronext, que distingue as 40 empresas europeias que mais se destacam na inovação, este é mais um importante marco para a Novabase”, acrescentou Luís Paulo Salvado.

Novabase acelera na bolsa

Na Ibersol, a subida à primeira divisão europeia representa uma forma de conquistar “mais visibilidade”. Estamos “no principal mercado [da bolsa de Lisboa]” e isso traz “maior liquidez à ação”, salienta António Pinto de Sousa, vice-presidente da empresa de restauração, em declarações escritas ao ECO. “Mas em termos de negócio não altera nada”, sublinha.

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Filiais francesas são as que mais dinheiro geram em Portugal

  • Lusa
  • 7 Março 2017

Cerca de 12% das empresas estrangeiras implementadas em Portugal são francesas, sendo que 30% estão em Portugal há mais de 20 anos. E os franceses investiram dois mil milhões de euros em imóveis.

França lidera os países com filiais em Portugal que mais dinheiro geraram desde 2014, tendo destronado Espanha que se manteve no ‘top’ durante 14 anos, segundo o estudo “Marca Portugal: o contributo das empresas francesas”.

O estudo, que será hoje apresentado na 5ª Conferência Franco-Portuguesa, organizada pela Embaixada de França em Portugal, explica que, nos anos de assistência financeira a Portugal, Espanha perdeu força e reduziu em mais de 26% o investimento em Portugal, enquanto as empresas francesas em Portugal cresceram 2,5%, com os investidores franceses a mostrarem confiança no país continuando os seus investimentos.

Os dados de 2015 sublinham que em valor acrescentado bruto (VAB) “França lidera os três principais setores” – comércio, transportes e armazenagem e informação e comunicação – continuando a liderança espanhola no setor da construção e imobiliário.

“França é o primeiro contribuinte em valor acrescentado gerado, apesar de ter menos empresas que Espanha, o parceiro histórico”, lê-se no estudo.

"França é o primeiro contribuinte em valor acrescentado gerado, apesar de ter menos empresas que Espanha, o parceiro histórico.”

Estudo “Marca Portugal: o contributo das empresas francesas”

A análise centra-se também nas empresas francesas que estão no top 100 das empresas em Portugal, sendo a Meo, da Altice, que comprou em 2015 a PT Portugal, a primeira empresa francesa naquele ‘ranking’.

A esta somam-se outras da distribuição, como a Auchan, o Intermarche e a FNAC, prevendo esta última abrir pelo menos mais cinco lojas até 2018, num investimento que rondará os cinco milhões de euros, do setor automóvel, como a Faurecia, a Renault e a Peugeot, dos transportes, dando como exemplo a ANA, comprada pela Vinci, e dos serviços, como a Teleperformance e o BNP Paribas.

O documento reforça que França “mantém uma posição de topo na economia portuguesa” e, segundo informação de março de 2016, é o primeiro investidor estrangeiro em termos de investimento indireto, ocupando no entanto a quinta posição para os investimentos diretos. Em 2015, investiu oito mil milhões de euros.

Cerca de 12% das empresas estrangeiras implementadas são francesas, sendo que 30% estão em Portugal há mais de 20 anos.

Quanto à origem do capital, França é o segundo país mais relevante, depois de Espanha, sendo seguida pelos Estados Unidos, Alemanha e China, ocupando ainda as filiais francesas o segundo lugar – também depois da vizinha Espanha – em número de empresas, empregados e volume de negócios.

Portugal surge também como “a plataforma europeia ideal”, pois “além de fazer parte da União Europeia, tem uma fiscalidade atrativa, boas infraestruturas e uma boa relação qualidade/preço no que respeita à mão de obra”.

Por seu turno, “as filiais francesas oferecem boas condições de trabalho e espaço para inovação”, diz o estudo, mas ressalva que Portugal “pode ser mais atrativo se for mais flexível”.

A cultura, a qualidade de vida e a proximidade geográfica são os principais atrativos para os franceses, indica o documento, avançando que estes ocupam o terceiro lugar entre os turistas que visitam Portugal, número que atingiu os 1,3 milhões em 2016.

Além disso, existem mais de 5.000 reformados franceses em Portugal, sendo de lembrar que as pensões estrangeiras têm isenção de IRS durante dez anos.

Os dados revelam ainda que os franceses investiram dois mil milhões de euros em imóveis, sendo que dois terços deste valor só na região do Algarve.

Destaque o ecossistema emergente de ‘startups’ (novas empresas com rápido potencial de crescimento), que, segundo o estudo, “representa uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento de negócios através do digital e das parcerias”.

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Metro quadrado: Um palácio inovador

  • ECO + JLL
  • 7 Março 2017

Localizado em Viseu, o Palácio do Gelo Shopping é um destino de compras e de lazer com um conceito diferenciador, concebido para proporcionar experiências únicas aos seus visitantes.

O Palácio do Gelo Shopping criou um conceito inovador a nível arquitetónico, ao construir um edifício marcante, desenhado para que a sua diversificada oferta e os seus equipamentos de lazer possam ser usufruídos por toda a família, atraindo visitantes de todo o país e da vizinha Espanha.

Com mais de 73.500 m² de espaço comercial, 157 lojas, 26 restaurantes e 6 salas de cinemas, o Palácio do Gelo é um dos destinos de compras e de lazer mais completos do nosso país. A apenas 5 minutos do centro histórico de Viseu, reúne inúmeras características diferenciadoras que proporcionam uma das melhores “Shopping and Leisure Experiences”: excelente luminosidade interior, amplos espaços de circulação, zonas de estar de elevado conforto, espaço exterior com terraço e esplanadas, vista panorâmica sobre a serra da Estrela e envolvente e novos conceitos de entretenimento para toda a família. A JLL é responsável pela re-comercialização deste centro comercial em regime de exclusividade, tendo também a cargo a otimização e eficiência dos espaços em termos de ocupação de lojas novas ou já existentes.

Entre as principais lojas, contam-se os Cinemas NOS, Cortefiel, H&M, Fnac, Jumbo, C&A, AKI, Sportzone, Mango, Lion of Porches, Desigual, Salsa, Quebramar, Perfumes & Companhia, Women Secret, Gato Preto, Bo Concept, entre outras. Além disso, proporciona ainda aos seus visitantes uma piscina olímpica, Pista de Gelo, Bar do Gelo e o health club ForLife. Um parque de estacionamento coberto com 1200 lugares complementa a oferta do centro comercial.

Inserido na envolvente de vários polos residenciais e sociais, o Palácio do Gelo Shopping usufrui ainda da proximidade da Universidade Católica e do Instituto Politécnico de Viseu, numa localização verdadeiramente privilegiada.

Características do Palácio do Gelo Shopping:

  • 73.500 m² de espaço comercial
  • 157 Lojas
  • 26 Restaurantes
  • 6 Salas de cinemas
  • 1200 Lugares de estacionamento

Saiba mais sobre o Palácio.

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Bolsas no Superior vão ser para o curso todo

  • ECO
  • 7 Março 2017

O programa que vai ser apresentado hoje baseia-se num "contrato de confiança" para tornar os processos de renovação mais eficientes.

As bolsas dos estudantes do ensino superior vão passar a ser atribuídas para todo o curso, num novo programa que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vai apresentar esta terça-feira no Parlamento, avança o Diário de Notícias (acesso livre). A iniciativa caracteriza-se por “um sistema de confiança, onde se contratualiza por três anos com os estudantes, de forma que os processos de renovação se tornem mais eficientes”, afirmou Manuel Heitor ao jornal.

Atualmente, um aluno que comprovou que reunia as condições para ser bolseiro no seu primeiro ano tem de se candidatar novamente durante os restantes anos do curso, voltando a provar que pode receber as verbas. O processo é demorado, e Manuel Heitor quer que se torne mais rápido. “Sabemos que os estudantes que se tornam bolseiros tendem a manter-se bolseiros no seu percurso académico”, disse ao Diário de Notícias. “Em vez de estarmos a impor um sistema de desconfiança aos estudantes, em que estes só depois de certificados recebem, vamos estabelecer um acordo plurianual”.

A grande vantagem para os estudantes estará nos prazos de pagamento das bolsas, que poderiam ser reduzidos dos atuais 44 dias, em média, para serem pagos logo no momento da inscrição, nos casos da renovação automática, ou um mês depois da candidatura para quem o faz pela primeira vez.

Mas há critérios a cumprir: o estudante deve manter os pressupostos acordados, incluindo por exemplo um nível positivo de aproveitamento académico, sob pena de ter de devolver parte das verbas que recebeu.

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Grupo EDP dá terceira sessão negativa a Lisboa

EDP e Renováveis iniciam dia sem grande humor na bolsa, que cede terreno pela terceira sessão consecutiva. Nos estanca perdas das últimas sessões. Novabase dispara 4% com integração no PSI-20.

EDP e EDP Renováveis despertaram sem grande humor na bolsa de Lisboa, que perde terreno pela terceira sessão consecutiva. Enquanto isso, as ações da Nos, que estiveram em queda acentuada nas últimas sessões, estacam perdas. Do lado positivo, tanto a Ibersol como a Novabase assumem ganhos expressivos. A tecnológica dispara mesmo 4%. As duas cotadas vão subir de divisão, anunciou ontem a Euronext.

O PSI-20, o principal índice português, cai 0,14% para 4.628,36 pontos, pressionado sobretudo pelo grupo EDP. A EDP Renováveis perde 0,51% para 6,26 euros e a casa-mãe EDP desliza 0,91% para 2,84 euros. Outra nota de destaque vai para o BCP, cujas ações perdem mais de 1,5% apesar de o banco ter surpreendido esta segunda-feira o mercado com lucros de 24 milhões de euros.

Também as ações da Nos seguiam quase inalteradas nos 5,07 euros, estancando as perdas acentuadas das últimas duas sessões, perante a “falta de visibilidade” em relação às perspetivas da operadora liderada por Miguel Almeida, que na conferência de resultados com os analistas não apresentou novidades sobre a atualização do plano estratégico para este ano. Adicionalmente, a revisão em baixa do preço-alvo atribuído pelo Barclays criou nova fonte de pressão sobre o título.

Fora do índice de referência, a Ibersol e a Novabase terão um dia em que podem beneficiar com maior atenção dos investidores. Foram estas as duas cotadas selecionadas para integrar o PSI-20, que passará a ter 19 membros, anunciou ontem a Euronext. A Ibersol valorizava 1% e a Novabase acelerava mais de 4% no arranque da sessão.

“Trata-se de notícia positiva para os títulos pois a inclusão no índice PSI-20 aumenta visibilidade e poderá ajudar a aumentar a liquidez” de ambas as empresas, referiam esta amanhã os analistas do CaixaBI.

No plano europeu, a sessão arrancou com sentimento misto. As praças de Frankfurt e Paris negociavam em terreno negativo. Madrid mantinha-se ao nível de fecho da sessão anterior. Milão ganhava ligeiros 0,1%.

“Além dos desenvolvimentos em relação à política monetária nos EUA, um fator que tem influenciado significativamente o comportamento dos investidores nos últimos dias, a incerteza política continua a condicionar a atitude” dos investidores, justificam os analistas do BPI.

O Eurostat publica a meio da manhã a última atualização dos dados referentes à evolução da economia da Zona Euro no último trimestre do ano passado. Já antes os investidores ficaram a saber que as encomendas à indústria alemã caíram 7,4% em janeiro, a maior queda desde 2009, num sinal pouco positivo acerca do motor da economia da região da moeda única.

(Notícia atualizada às 08h34)

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Deco: Portugueses pagam 90 milhões de euros a mais em IMI

A desatualização do valor patrimonial tributário dos imóveis é o principal facto que justifica o pagamento de imposto em excesso, por mais de quatro milhões de imóveis, segundo os cálculos da Deco.

Pelo menos 90 milhões de euros. É quanto os portugueses, segundo os cálculos da Deco, terão pago em excesso de Imposto Municipal de Imóveis (IMI). Os números divulgados esta terça-feira têm como base simulações realizadas pela associação de defesa dos consumidores. A desatualização do valor patrimonial tributário dos imóveis estará na base desse excedente.

De acordo com os cálculos da Deco existirão mais de quatro milhões de imóveis que poderão estar a pagar IMI a mais, com a quantia do imposto cobrado a mais a ascender a mais de 90 milhões de euros, e a rondar, em média, os 254 euros por imóvel. A estimativa tem em conta simulações feitas através do www.paguemenosimi.pt, uma plataforma lançada pela associação dos consumidores há três anos onde é possível verificar se o montante de IMI a cobrar pelas Finanças se adequa ao valor do imóvel.

A Deco alerta que nem sempre o valor deste imposto que reverte a favor dos municípios “é justo”, um diferencial que resultará da desatualização do valor patrimonial tributário dos imóveis que é atribuído pelas Finanças. Um dos indicadores que contribui para esse valor é a idade do imóvel, o denominado coeficiente de vetustez. “Como os imóveis envelhecem todos os anos, o coeficiente deveria baixar, assim diminuindo o valor do imposto a pagar”, refere a organização. Para além disso, o valor de construção foi alvo de atualização em 2010, tendo o Governo fixado o mesmo nos 603 euros, mas a associação de consumidores explica que quem não viu o seu imóvel avaliado desde então, é natural que tenha este indicador ainda inflacionado. Mas existirão outras atualizações a fazer. No início do ano passado, os coeficientes de localização também foram revistos em todo o país. “Estas alterações podem afetar o valor patrimonial do imóvel e prejudicar os menos atentos”, salienta a Deco.

"A Deco entende que estes indicadores [usados no cálculo do valor patrimonial dos imóveis] deveriam ser atualizados automaticamente pelo Estado. Mas as Finanças só o fazem, quando o contribuinte o solicita formalmente e este só o pode fazer de três em três anos. O resultado é uma cobrança excessiva, ano após ano, que não é compreensível, nem aceitável.”

Deco

A Deco entende que estes indicadores deveriam ser atualizados automaticamente pelo Estado. Contudo, as Finanças só o fazem, quando o contribuinte o solicita formalmente e este só o pode fazer de três em três anos. “O resultado é uma cobrança excessiva, ano após ano, que não é compreensível, nem aceitável”, diz a associação de consumidores que pretende intervir junto das entidades responsáveis no sentido de alterar essa situação.

Há quatro anos que a Deco denuncia a falta de rigor na cobrança de IMI e exige que se atribua o valor justo a cada imóvel. “Não desistimos e pressionaremos novamente o Ministério das Finanças e a Assembleia da República para que se reveja esta situação, bem como a Associação Nacional de Municípios Portugueses, caso se confirme a mudança proposta na Lei-Quadro de transferências de competências em matéria de avaliação e reavaliação de imóveis para os órgãos municipais, para que garanta o máximo de igualdade e de justiça fiscal”, afirma a associação.

Entretanto, a Deco recomenda aos proprietários dos imóveis a realizarem simulações, imprimirem o modelo 1 do IMI e entregá-lo nas Finanças, solicitando a atualização do valor do imóvel, um pedido que é gratuito, mas que só tem efeitos no ano seguinte. Mais de 836 milhares de portugueses já usaram o simulador de IMI da Deco desde o seu lançamento em fevereiro de 2014.

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PSI-20: Promoção é um “marco” para a Novabase. Traz “visibilidade” à Ibersol

O PSI-20 tinha 17 empresas desde a saída do BPI. Na revisão anual conquistou duas cotadas. Novabase e Ibersol foram as eleitas pela Euronext. Uma promoção que ambas recebem com satisfação.

A OPA ao BPI afastou o banco do índice de referência da bolsa portuguesa. Se já só tinha 18… ficou com 17, mas agora vai ganhar duas novas cotadas, a Novabase e a Ibersol, passando a PSI-19. Uma promoção que traz novos setores à principal montra do mercado de capitais nacional, representando “um marco” para a tecnológica, mas também sendo vista como uma garantia de mais liquidez — fruto da maior “visibilidade” — para a dona de cadeias de restaurantes.

"A entrada no PSI-20 dá-nos mais visibilidade, porque estamos no principal mercado [da bolsa de Lisboa], e maior liquidez à ação.”

António Pinto de Sousa

Vice-presidente da Ibersol

Não tem sido fácil para a Euronext Lisboa “encher” o PSI-20. Há muito tempo que o índice de referência não tem as 20 cotadas que lhe dão o nome, sendo que a saída do banco ainda liderado por Fernando Ulrich deixou a gestora com um problema em mãos. Sem cotadas que cumpram a totalidade dos requisitos, a bolsa tomou a decisão de apontar a Novabase e a Ibersol para integrarem o índice a partir de dia 20 de março. E ambas agradecem a promoção.

A Ibersol, que tinha sido excluída do índice em 2003, vê a entrada no PSI 20 como uma forma de conquistar “mais visibilidade”, porque estão “no principal mercado [da bolsa de Lisboa], e maior liquidez à ação”, diz António Pinto de Sousa, vice-presidente da empresa de restauração, em declarações ao ECO. “Mas em termos de negócio não altera nada”, sublinha.

“Penso que para os investidores, de uma forma geral, é positivo” que a Ibersol passe a estar presente no índice de referência, beneficiando dessa visibilidade adicional sobre um negócio que não tinha, até agora, qualquer representação no PSI-20. E o mesmo acontece com a promoção da Novabase, uma tecnológica que esteve afastada do mercado principal desde 2013.

Após integrarmos o Tech40 da Euronext, que distingue as 40 empresas europeias que mais se destacam na inovação, este é mais um importante marco para a Novabase.

Luís Paulo Salvado

Presidente da Novabase

O regresso ao PSI-20 “significa para nós um duplo reconhecimento. Por um lado, do resultado do trabalho dos mais de dois mil colaboradores da Novabase, neste período tão exigente na economia nacional e, por outro, do próprio setor das tecnologias de informação”, diz Luís Paulo Salvado, presidente da Novabase, ao ECO, em declarações por escrito.

“Este setor é cada vez mais importante para a economia, com impacto transversal em todos os outros e, com a entrada da Novabase, passa a estar também representado no principal índice português. Após integrarmos o Tech40 da Euronext, que distingue as 40 empresas europeias que mais se destacam na inovação, este é mais um importante marco para a Novabase”, acrescenta Luís Paulo Salvado.

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Venda do Novo Banco já só depende de Bruxelas

  • ECO
  • 7 Março 2017

Está tudo acertado entre Governo, Banco de Portugal e o fundo Lone Star para a venda do Novo Banco. Falta apenas BCE e DGcomp darem luz verde à operação que vai manter o Estado no capital do banco.

Governo, Banco de Portugal e fundo norte-americano Lone Star já têm tudo acordado quanto aos termos de venda do Novo Banco, ficando a faltar apenas que as autoridades europeias, nomeadamente o Banco Central Europeu (BCE) e a DGcomp, deem luz verde à operação que vai permitir que o Estado se mantenha na instituição como acionista minoritário.

De acordo com o Público (acesso pago), o dia 17 de março é encarado como data mais provável para que o acordo de alienação do banco de transição seja finalmente selado.

Mas antes disso os responsáveis portugueses estão a desenvolver esforços para convencer as instituições europeias a dar o aval à presença pública no capital do Novo Banco e que autorizem que o Estado, um veículo público (possivelmente a Parpública) ou o Fundo de Resolução, a deter 25% do banco.

O cenário de manter o Estado no capital do banco, repartindo-se o risco entre capitais públicos e privados, conforme adiantou o ECO em primeira mão, surgiu depois de o Governo se ter recusado a prestar qualquer garantia estatal para eventuais perdas no “side bank”, porque teria implicações no défice. Partiu-se então para uma solução em que a maioria do capital terá de ser sempre do Lone Star para que o Novo Banco deixe de ser um “banco de transição”. É neste ponto onde decorre o essencial das negociações entre Portugal e as instâncias europeias.

Bruxelas sustenta que a venda tem de ser realizada a 100% para que o Novo Banco perca o estatuto de “banco de transição”. Do lado português é alegado, porém, que, com a maioria das ações nas mãos do privado, o “banco bom” que resultou da medida de resolução aplicada em agosto de 2014 ao BES perde esse rótulo.

Agosto deste ano é a data limite para que seja encontrada uma solução para o Novo Banco. Sem isso, o banco terá de ser liquidado.

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Função Pública: Progressões não deverão receber retroativos

  • ECO
  • 7 Março 2017

As carreiras da Função Pública vão começar a ser descongeladas em 2018, mas o Governo vai evitar pagar retroativos desde o momento em que o funcionário reuniu os requisitos para progredir.

Os funcionários públicos vão poder voltar a progredir na carreira a partir de 2018, embora haja dúvidas acerca dos moldes em que isso vai acontecer, mas o Governo não deverá pagar retroativos a quem já reuniu há vários anos as condições para subir de escalão. Segundo escreve o Jornal de Negócios (acesso condicionado) esta terça-feira, o Governo procurará travar a despesa, que chegaria a centenas de milhões de euros, ao não pagar estes retroativos que seriam “devidos”, dizem os sindicatos, a mais de 75% dos trabalhadores do Estado.

As progressões na Função Pública podem acontecer de forma automática, ou obrigatória, quando o trabalhador acumula dez pontos como resultado da obtenção de vários níveis positivos nas suas avaliações de desempenho anuais. Ao longo dos anos em que as carreiras estiveram congeladas, desde 2010, os funcionários públicos continuaram a acumular estes pontos e muitos estão já em condições de progredir logo que isso seja possível. O Governo comprometera-se a desbloquear essas progressões a partir de 2018, mas o custo é elevado. Segundo Ana Avoila, dirigente da Frente Comum, o congelamento das progressões poupa, por ano, 140 milhões de euros aos cofres do Estado.

Como forma de reduzir os custos da medida, o Governo pesa assim o não pagamento de retroativos às pessoas que reuniram as condições para progredir antes de 2017. O Público noticiou ontem também que outra estratégia que o Governo estará a considerar é uma alteração das regras das progressões, para serem baseadas em prémios e promoções e não numa subida “automática” de escalão quando o funcionário reúne os pontos necessários com as suas avaliações positivas. Uma iniciativa que, mesmo sem confirmação oficial do Governo, já foi amplamente contestada pelos sindicatos da Função Pública: a Fesap anunciou que pediria uma audiência com o Ministério das Finanças para esclarecer a questão, e Ana Avoila, da Frente Comum, considerou mesmo que a medida seria “ilegal”.

António Costa já disse aos jornalistas esta segunda-feira, sobre possíveis mudanças nas progressões, que estas acontecerão num enquadramento de diálogo com os sindicatos e que “é prematuro dizer como é que será a solução final”. O primeiro-ministro reconheceu, porém, que “a despesa, com certeza, tem de ser controlada”.

Ao ECO, Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, afirmou que ainda não conhecia nenhuma proposta do Governo no sentido de mudar as regras das progressões, mas que com base na notícia do Público poderia dizer que o BE é contra uma alteração que subverta as expectativas “legítimas” dos funcionários públicos. “O que não pode acontecer é [o Governo] mudar as regras a meio do jogo”, afirmou.

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