Draghi: Subida do rating reflete “melhoria geral” da economia portuguesa

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse no Parlamento Europeu que a melhoria do rating da dívida nacional pela Standard & Poor's é o reflexo de uma economia portuguesa mais saudável.

Mario Draghi, o presidente do BCE, considera que a melhoria do rating atribuído à dívida pública portuguesa pela agência Standard & Poor’s reflete a melhoria da situação económica de Portugal e das reformas que têm vindo a ser feitas.

Draghi falava numa intervenção no Parlamento Europeu esta segunda-feira, em resposta a Pedro Silva Pereira. O eurodeputado socialista colocou questões acerca da influência do risco político nas opções do banco central ao nível da política monetária e pediu a opinião do líder do BCE acerca da recuperação da economia portuguesa, na sequência da revisão do rating da dívida nacional pela S&P para um grau de investimento.

Em resposta, Mário Draghi disse: “A revisão da Standard & Poor’s, no que toca ao rating português, reflete a melhoria geral do país e as reformas feitas por Portugal e, mais geralmente, traduz a melhoria da economia da Zona Euro, da qual todos os países beneficiam.” Depois, sublinhou: “É um auto-reforço. Se um país está bem, isso ajuda os outros. E os outros ajudam-no a ele.”

Esta foi a terceira intervenção de Mario Draghi no Parlamento Europeu este ano. O líder do banco central, na intervenção antes das perguntas dos eurodeputados, indicou: “Há um ano, estávamos aqui a discutir em conjunto o ritmo moderado da recuperação da Zona Euro. Estávamos a testemunhar um pequeno abrandamento e a sentir o impacto do referendo no Reino Unido. Ao longo dos últimos 12 meses, no entanto, a recuperação acelerou e alargou-se, suportada no evoluir da nossa política monetária.”

E acrescentou: “No geral, estamos a ficar mais confiantes de que a inflação irá eventualmente subir para níveis em linha com a nossa meta, mas também sabemos que um grau bastante substancial de acomodação monetária ainda é necessário para que o caminho ascendente da inflação se materialize.”

“Com isto em mente, iremos decidir mais tarde este ano um recalibrar dos nossos instrumentos que mantêm o grau de apoio monetário que a economia da Zona Euro ainda precisa para completar a sua transição para uma trajetória de crescimento equilibrado, caracterizada por condições sustentáveis de estabilidade dos preços”, indicou Mário Draghi.

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Instagram ganha 100 milhões de utilizadores em cinco meses

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Setembro 2017

O Instagram ultrapassa por largos milhões. tanto na utilização diária como mensal, o seu principal concorrente, o Snapchat.

É mais um marco ultrapassado pelas empresas de Zuckerberg. O Instagram atingiu a fasquia dos 800 milhões de utilizadores mensais, um aumento de 100 milhões de utilizadores relativamente a abril deste ano. Carolyn Everson, vice-presidente para o marketing global do grupo, divulgou num evento em Nova Iorque que a aplicação de partilha de fotografias conseguiu não só reunir mais utilizadores a acederem a esta no período de um mês, mas também em termos diários.

Citada pela CNBC, Everson garantiu que, em termos diários, a aplicação recebe 500 milhões de pessoas, um número surpreendentemente alto quando comparado com o da sua maior concorrente, o Snapchat. A aplicação dos dez segundos recebe 173 milhões de utilizadores ativos por dia.

A manter este ritmo, o Instagram está a caminho de igualar as estatísticas do seu irmão mais velho, o Facebook. Para além disto, o Instagram conta agora com mais de dois milhões de anunciantes, com quatro vezes mais produção de vídeo na plataforma que em 2016 e mais visualizações de vídeo também.

Estes números chegam numa altura em que o Facebook tem conseguido solidificar a sua posição no mercado das redes sociais, ultrapassando por largos números os seus principais concorrentes. Com a aposta nas suas quatro principais aplicações, Facebook, Messenger, Whatsapp e Instagram, a empresa tem conseguido manter os seus utilizadores ligados diariamente.

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Ricardo Reis: “Não vejo razões para estar muito eufórico com crescimento”

O economista Ricardo Reis prefere "não embandeirar em arco" com o desempenho da economia. "Temos de recuperar de um enorme buraco que criámos em 17 anos", explicou.

São boas notícias, não foram uma surpresa, mas não deixam o economista Ricardo Reis satisfeito. O INE reviu em alta o crescimento da economia portuguesa para 3% no segundo trimestre, mas o professor da London School of Economics não vê “razões para estar muito eufórico”.

“A economia está a recuperar, mas temos 17 anos de não crescimento para recuperar. Como tal, não há razão nenhuma para embandeirar em arco e para achar que estamos a ter uma performance fantástica”, referiu ao ECO Ricardo Reis, à margem de uma conferência do Banco de Portugal sobre gestão de riscos nos bancos centrais. “Não quero com isto minorar as boas notícias de que a economia está a recuperar”, disse ainda.

Reis considerou ainda que será preciso esperar cerca um ano para saber se se trata de um crescimento económico que é sustentável e mais duradouro porque “em termos de ciclos económicos não há ainda dados suficientes” para fazer essa análise.

Assim, só dentro de um ano é que “vamos ver se o crescimento é sustentável tendo em conta que não basta apenas crescer, mas temos de crescer acima da média europeia, e temos de crescer a um ritmo acelerado de forma a recuperar o enorme buraco que criámos nos últimos 17 anos”, referiu.

"A economia está a recuperar, mas temos 17 anos de não crescimento para recuperar. Como tal, não há razão nenhuma para embandeirar em arco e para achar que estamos a ter uma performance fantástica.”

Ricardo Reis

Economista

Orçamento? Mais do mesmo

A cerca de três semanas da apresentação do Orçamento do Estado para 2018, Ricardo Reis não espera grandes novidades. “Que seja este orçamento seja responsável e que continue comprometido com as metas europeias em termos de défice que temos de alcançar”, declarou o economista. “Espero que seja um pouco mais do mesmo”, disse.

Ainda assim, não deixou de apontar o que desejaria ver incluído na proposta orçamental: reforma do Estado e redução da carga fiscal.

“Embora não esteja à espera que isso aconteça, gostava que houve maior enfoque na redução do Estado e sobretudo na redução dos impostos que são muito pesados e na despesa muito ineficiente que continua a assistir-se”, considerou o professor de Economia.

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Ryanair já resolveu situação de 97% dos passageiros

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

Cancelamento de mais de dois mil voos nas próximas seis semanas já custou à Ryanair 25 milhões de euros. Situação de 3% dos passageiros ainda não está resolvida.

A companhia aérea de baixo custo Ryanair informou, esta segunda-feira, ter até processado mais de 305 mil remarcações ou reembolsos até domingo, resolvendo a situação a 97% dos seus clientes afetados por cancelamentos de voos.

Na sequência do cancelamento de 2.100 dos seus 103 mil voos programados para setembro e outubro, a companhia, em comunicado, informou que os restantes 3% (menos de 10 mil clientes) ainda não entraram em contacto com a Ryanair.

“Durante os últimos sete dias, a pontualidade da Ryanair melhorou para 96%”, acrescentou ainda a companhia, referindo que neste período foram cancelados apenas três dos 16.000 voos previstos.

Citado no comunicado, Kenny Jacobs, responsável do marketing da companhia, reafirmou o pedido de desculpas a “cada um dos 315 mil clientes, cujos voos foram cancelados durante este período de seis semanas em setembro e outubro”.

O dirigente solicitou aos clientes afetados que ainda não tenham contactado a empresa que o façam.

“Não procedemos a cancelamentos adicionais de voos devido ao ‘roster’ (planificação dos horários de pilotos e tripulação) e o índice de pontualidade até ao momento melhorou para os 96%, sendo que continuamos a trabalhar arduamente para solucionar esta falha de planeamento de horários”, acrescentou Jacobs, garantindo ter sido reforçada a equipa de atendimento ao cliente.

Há dois dias, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, informou hoje que o cancelamento de mais de 2.000 voos nas próximas seis semanas custou à transportadora cerca de 25 milhões de euros.

O’Leary, que falava no início da assembleia-geral da empresa em Dublin, advertiu que poderá obrigar os pilotos da Ryanair a suspender as férias para aliviar a pressão sobre o trabalho e reconheceu que os cancelamentos são fruto de um “fracasso significativo da direção” da transportadora quando marcou as férias dos pilotos.

Um amplo grupo de pilotos recusou um plano apresentado pela companhia aérea sediada em Dublin, no qual esta oferecia até 12.000 euros em troca do cancelamento da quarta semana de férias anuais e regresso ao trabalho.

A recusa dos pilotos foi acompanhada por uma série de pedidos para melhorar as suas relações contratuais com a transportadora. Muitos pilotos da Ryanair estão empregados como trabalhadores autónomos e os salários destes são mais baixos do que os das transportadoras concorrentes.

Ao ser questionado sobre a posição de alguns pilotos e a possibilidade que estes convoquem uma greve, o CEO afirmou: “Não sei como vão organizar uma greve. Não há sindicato (na Ryanair)”.

O’Leary revelou que a direção da Ryanair poderia oferecer “determinadas concessões” aos pilotos para abordar alguns dos pedidos apresentados, mas advertiu que “se se portarem mal, no fim não haverá presentes”.

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Uber pede desculpas “pelos erros cometidos” em Londres

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

A Uber pediu desculpa depois de os Transportes de Londres terem decidido não renovar a licença para operar na capital britânica. A empresa vai recorrer da decisão.

A Uber pediu desculpas “pelos erros cometidos” depois dos Transportes de Londres (TL) terem decidido não renovar a licença para a empresa continuar a operar na capital britânica.

Depois de, na passada sexta-feira, os Transportes de Londres terem anunciado que não iam renovar a licença da Uber para operar na cidade, a empresa avançou esta segunda-feira com um pedido de desculpas.

Na origem da situação está o facto de a empresa não cumprir características requeridas pelos operadores de alugueres de carro, nomeadamente no que diz respeito ao modo como reportam os crimes e na investigação dos antecedentes dos condutores.

Numa carta-aberta publicada no “Evening Standard”, o diretor-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, assumiu os erros, dizendo que “ao mesmo tempo que a Uber revolucionou o modo como as pessoas se movem nas cidades nos diversos pontos do mundo, é igualmente verdade que fizemos coisas mal nesse caminho”.

“Em nome de todos na Uber a nível global, peço desculpa pelos erros que nós cometemos”, acrescenta. A empresa adiantou ainda que vai recorrer da decisão dos Transportes de Londres, “em nome de milhões de londrinos, mas fazemo-lo com a consciência de que temos de mudar”. Ameaçou ainda levar a cidade a tribunal e já avançou com uma petição online que já conta com mais de 750 mil assinaturas.

Estas declarações surgem num tom mais humilde do que as proferidas pelo antecessor, Travis Kalanick, que foi afastado do cargo, a pedido dos investidores, na sequência do escândalo de abusos sexuais e após várias denúncias de uma cultura sexista vigente.

Sadiq Khan, o mayor de Londres, comentou que “obviamente, estou satisfeito por ele ter conhecido as questões que afetam a Uber em Londres”, salientando que, apesar de existir um processo legal em curso, “eu pedia aos TL para ficarem disponíveis para se reunirem com ele”.

“Não seremos perfeitos mas vamos ouvir as vossas recomendações; vamos procurar ser parceiros a longo prazo com as cidades nas quais operamos; e vamos continuar com o nosso trabalho com humildade, integridade e paixão”, disse Khosrowshahi.

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Energia segura PSI-20 acima da linha de água

A Galp e a EDP salvaram a bolsa. O petróleo está a disparar mais de 2%, numa altura em que se antecipa que a procura pela matéria-prima vai aumentar.

A bolsa de Lisboa fechou no verde, somando a terceira sessão consecutiva de ganhos. As subidas do setor energético permitiram que o PSI-20 fechasse acima da linha de água, num dia em que o petróleo está a valorizar mais de 2%.

O PSI-20 valorizou 0,06%, para os 5.313,09, com dez cotadas em alta, seis em queda e duas inalteradas. A contribuir para esta valorização esteve a Galp, que subiu 0,37%, para os 14,95 euros por ação. Isto num dia em que o barril de Brent, que serve de referência para o mercado nacional, está a disparar mais de 2,7%, numa altura em que se antecipa um aumento da procura pela matéria-prima.

Também a EDP esteve a impulsionar a bolsa, ao avançar 0,91%, para os 3,23 euros por ação. Isto no dia em que o jornal espanhol Cinco Días noticia que a China Three Gorges, acionista chinês da elétrica nacional, está reticente em relação a uma eventual fusão com a espanhola Gas Natural.

Do lado dos ganhos, destaque ainda para o setor do papel, com a Altri a ganhar 1,55% e a Navigator a somar 2,12%.

A impedir maiores subidas esteve o BCP, que perdeu 1,64%, para os 22,74 cêntimos por ação.

No resto da Europa, as principais praças negociaram indiferentes aos resultados das eleições na Alemanha e registaram poucas variações. O Stoxx 600 fechou a valorizar 0,24%.

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Défice recua 1.901 milhões de euros até agosto com a economia a ajudar

  • Margarida Peixoto
  • 25 Setembro 2017

Na primeira metade de 2017, a execução orçamental foi pressionada pelo diferente perfil de pagamento dos reembolsos de IRS, face a 2016. Agora melhora muito, mas o ritmo vai abrandar.

Mário Centeno, ministro das Finanças, tem demonstrado confiança no cumprimento da meta do défice de 1,5% do PIB.Paula Nunes / ECO

O défice orçamental no período de janeiro a agosto recuou 1.901 milhões de euros, quando comparado com os mesmos oito meses de 2016. O resultado foi revelado esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças, em antecipação à publicação do Boletim de Execução orçamental, da Direção-geral do Orçamento, que será publicado esta tarde.

De acordo com o Governo, o défice até agosto foi de 2.034 milhões de euros, um valor abaixo do que tinha sido registado até julho (3.763 milhões de euros). Para o resultado agora revelado contribuiu o aumento de 4,3% da receita e um crescimento da despesa de 0,4%. As Finanças adiantam ainda que o saldo primário engordou 2.087 milhões de euros, atingindo mais de 3,7 mil milhões.

A continuação desta tendência de melhoria dá confiança no alcance dos objetivos orçamentais definidos para 2017 e permitirá acomodar o impacto de fatores que se traduzirão num abrandamento do ritmo de redução do défice no quarto trimestre.

Ministério das Finanças

Fonte oficial

Sobre a evolução da receita, o Executivo destaca a coleta fiscal do Estado, que está a crescer 6%, o dobro do ritmo esperado no Orçamento do Estado para este ano. Esta é a evolução dos principais impostos:

  • IVA: cresce 7,2%
  • IRC: sobe 24,7%
  • Retenções na fonte do IRS: aumentam 4,2%
  • Contribuições para a Segurança Social crescem 6,2%.

Do lado da despesa, o Governo garante que está a ser feita uma “forte aposta no Investimento Público e no Serviço Nacional de Saúde.” A nota das Finanças explica que a “estabilização” da despesa primária face a 2016 se justifica pelo diferente perfil de pagamento do subsídio de Natal dos funcionários públicos e pensionistas (no ano passado era todo pago em duodécimos, enquanto este ano só é pago metade ao longo de 12 meses, sendo os restantes 50% no final do ano).

"A despesa do SNS cresceu 4,8%, sendo superior à soma das taxas de crescimento da despesa dos últimos dois anos.”

Ministério das Finanças

Fonte oficial

E faz questão de sublinhar que “A despesa do SNS cresceu 4,8%, sendo superior à soma das taxas de crescimento da despesa dos últimos dois anos.” Pedro Passos Coelho, em declarações em Leiria, este domingo, tinha acusado o Executivo de aplicar menos verbas para a Saúde do que as dedicadas pelo anterior Governo. “Se descontarmos os aumentos de salários, vemos que hoje está disponível menos dinheiro para a Saúde,” defendeu.

Ritmo de melhoria das contas vai abrandar

Contudo, este ritmo de melhoria das contas públicas não é para manter, avisa desde já o ministério liderado por Mário Centeno. “A continuação desta tendência de melhoria dá confiança no alcance dos objetivos orçamentais definidos para 2017 e permitirá acomodar o impacto de fatores que se traduzirão num abrandamento do ritmo de redução do défice no quarto trimestre,” lê-se na nota das Finanças, enviada às redações.

Centeno está a referir-se a três efeitos, com um impacto total de 1.500 milhões de euros:

  1. “O perfil do pagamento do subsídio de Natal, com 50% em novembro;”
  2. Do lado da receita, “a componente temporária do PERES;”
  3. E “o acerto de margens financeiras da União Europeia.”

No período de janeiro a julho o défice já tinha registado uma melhoria significativa face ao mesmo período de 2016, recuando 1.153 milhões de euros. Nessa altura, o ministro fez o mesmo aviso. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) também apontam para uma redução do défice, mesmo na contabilidade que interessa à Comissão Europeia (a ótica de compromisso). Segundo o INE, no primeiro semestre o défice foi de 1,9% do PIB.

Quanto à evolução da dívida comercial das administrações públicas, o Ministério das Finanças garante que esta se reduziu 328 milhões de euros em termos homólogos, mas assume que os pagamentos em atraso (a dívida vencida há mais de 90 dias) aumentaram 14 milhões de euros face ao ano passado. Os dados da DGO têm revelado um aumento dos pagamentos em atraso dos hospitais-empresa desde o início do ano.

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OE2017: Montepio alinha estimativa do défice com o Governo

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

O Montepio acredita agora que o Governo vai alcançar a meta de 1,5% de défice, após o INE ter divulgado os dados relativos ao primeiro semestre de 2017.

O Montepio melhorou esta segunda-feira a estimativa para o défice orçamental deste ano, acreditando agora que o Governo vai alcançar a meta de 1,5%, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado dados referentes ao primeiro semestre. Na sexta-feira, o INE divulgou que o défice orçamental do primeiro semestre representou 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e reviu em alta o valor do crescimento económico do segundo trimestre para 3% em termos homólogos.

Tendo em conta estes valores, e refletindo também as revisões que já tinham feito em junho, o Departamento de Estudos Económicos do banco Montepio decidiu rever “ligeiramente em baixa” a previsão de défice orçamental em 2017, de 1,7% para 1,5%.

“Trata-se de um valor em linha com o que passou a ser defendido pelo Governo no Programa de Estabilidade de 2017/21, publicado em 13 de abril (-1.6% no OE 2017), tratando-se de um resultado mais favorável do que o projetado pela Comissão Europeia (-1.8%, em 11 de maio), mas que passou a ser também o cenário da OCDE (07 de junho) e pelo FMI (em 15 de setembro)”, afirmam os analistas do Montepio.

Assim, e dadas as “boas indicações para a evolução do défice orçamental”, os analistas continuam a prever como “alcançável a meta do Governo de redução do défice dos 2% de 2016 para 1,5% em 2017”.

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Empregos da Nestlé em Cascais? “Ainda não há contrato assinado”

A Nestlé esclarece que ainda não foi assinado nenhum contrato no sentido da criação dos 1.200 empregos que vão ser anunciados pelo autarca de Cascais.

Os milhares de postos de trabalho a serem criados pela Nestlé, em Cascais, que serão anunciados pelo atual presidente da Câmara de Cascais, são por agora apenas uma possibilidade. Contactada pelo ECO, a multinacional suíça confirmou que “ainda não há contrato assinado nesse sentido”. A expansão da unidade está em fase de prospeção, não sendo certo sequer que seja naquele município.

De acordo com Carlos Carreiras, atual presidente da Câmara de Cascais e candidato pela coligação PSD/CDS, citado pelo Expresso, vai ser criado um espaço de serviços partilhados num novo complexo de escritórios e serviços, que irá nascer no lugar da fábrica de material elétrico Legrand. Ora, ao ECO, fonte oficial da Nestlé adiantou que esse centro, o Nestlé Business Services, já está em funcionamento, na sede da companhia, em Linda-a-Velha. Desde o segundo trimestre deste ano que esse espaço fornece serviços de apoio ao mercado ibérico.

Ao Expresso, Carlos Carreiras garantiu que todos os contratos associados a este projeto estarão assinados até ao final de setembro.

A expansão para um centro capaz de suportar toda a operação da Nestlé na Europa Ocidental está prevista, mas a sua localização ainda está em fase de prospeção, não sendo certo que se localize no município de Cascais. Os 1.200 empregos (600 numa primeira fase e 600 na segunda) anunciados poderão, também, vir a ser criados, mas, no momento, ainda não há nada em concreto.

Segundo o presidente da autarquia de Cascais, o novo projeto da Nestlé seria feito em parceria com a NOVA School of Business & Economics. “Não tem nada a ver com a NOVA”, esclareceu a fonte da Nestlé ao ECO, que referiu uma possível confusão com o programa “Nestlé Fora da Casca”, esse sim fruto da ligação entre as duas instituições.

O complexo referido faz parte de um projeto de reestruturação imobiliário, na Quinta da Alagoa, em Carcavelos, que envolve um investimento de 50 milhões de euros. Este projeto envolve outras empresas, sendo a a Nestlé aquela que tem maior expressão no complexo.

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Mercados provam da maçã envenenada. Wall Street cai com a Apple

Wall Street abriu no vermelho, tal como a "grande maçã". A gigante tecnológica prolonga o ciclo de quedas que a assombrou durante toda a semana passada. As políticas de Trump também desencantam.

O Nasdaq é o índice norte-americano que mais cai no arranque da semana. A gigante tecnológica Apple abre a semana a cair — o que não é uma surpresa, uma vez que os novos iPhone também não tiveram o dom de surpreender. Trump não ajuda: o anúncio de um corte “dramático” nos impostos às empresas lança preocupações sobre a maior economia do mundo.

Desde o pico do dia da apresentação, as cotações da Apple já caíram 7,14%. As quebras foram inverteram apenas na sessão de dia 15 de setembro, para depois voltar à mesma tendência. Esta segunda-feira a queda é de 0,02% para os 127,13 dólares por título. O Nasdaq sente o peso da “grande maçã” e abre a cair 0,35% para os 6.404,66 pontos.

O S&P 500 e o industrial Dow Jones também arrancaram a semana no vermelho, embora as descidas não sejam tão pronunciadas. O S&P 500 cai 0,12% para os 2499,20 pontos e o Dow Jones perde 0,13% para os 22.320,47 pontos.

Wall Street não está otimista, não só sobre o futuro de grandes empresas como também da economia. Esta semana deverão conhecer-se alterações à política fiscal dos EUA, avança a Bloomberg. Esperam-se “cortes dramáticos nos impostos às empresas”, de 35% para 20%, com o objetivo de promover o crescimento, diz o executivo. Também a classe alta e média terão um alívio na carga fiscal.

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Elisa Ferreira: “União Bancária ainda é um copo meio vazio”

Sem qualquer comentário em relação à polémica entre Carlos Costa e Mário Centeno, a vice-governadora sublinhou que a Zona Euro precisa de aprofundar a União Bancária porque está exposta a riscos.

Para Elisa Ferreira, a União Bancária ainda é “um copo meio vazio” que deixa a Zona Euro exposta a “inconsistências severas” que limitam a sua capacidade de responder a futuras crises financeiras na região.

A vice-governadora do Banco de Portugal, que falava sobre as lições da crise para os bancos centrais, indicou que o único caminho para o bloco da moeda única passa por aprofundar a integração financeira para garantir “um alinhamento apropriado dos interesses” entre os vários agentes do mercado, incluindo quem tem o poder de decisão, como os bancos centrais. O que não acontece neste momento, prossegue.

“A estabilidade financeira continua a ser maioritariamente uma preocupação e responsabilidade nacional, apesar da capacidade muito mais limitada [de um país] de utilizar as ferramentas nacionais para a salvaguardar”, explicou a Elisa Ferreira.

Assim, com apenas meio caminho feito na União Bancária, “persistem inconsistências severas” na Zona Euro, sublinhou a responsável.

Elisa Ferreira declarou ainda que as fundações da arquitetura financeira da região da moeda única”não são ainda suficientemente robustas para resistir ao impacto de uma futura crise”. Considerou que deve haver uma “reinterpretação do tratado do Mecanismo Europeu de Estabilidade” para o tornar mais eficaz na garantia de estabilidade financeira.

Numa apresentação dedicada à situação financeira na Zona Euro, Elisa Ferreira não teceu qualquer comentário acerca da polémica entre o governador do Banco de Portugal e o Ministério das Finanças. Carlos Costa disse esta manhã que há uma tentação de reduzir a independência dos bancos centrais que não é exclusiva de Portugal, isto numa altura em que o Governo prepara uma revisão profunda ao sistema de supervisão financeira. “É lamentável”, disse ao ECO uma fonte do Ministério das Finanças.

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Petróleo supera os 58 dólares. Toca máximos de 2015

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

O barril negociado em Londres ultrapassou a fasquia dos 58 dólares, perante os sinais da OPEP e da Rússia de que o excedente da matéria-prima poderá estar próximo de ter um fim.

Os preços do petróleo seguem em forte alta dos dois lados do Atlântico, registando ganhos de 2,8%. No caso do Brent que é negociado em Londres, está em máximos de julho de 2015. O avanço das cotações acontece depois de a OPEP ter afirmado que está a tentar anular o excesso de “ouro negro” no mercado, ao mesmo tempo que o mercado teme novas disrupções no fornecimento em resultado do voto dos curdos à independência do Iraque.

O barril Brent, de Londres, negoceia atualmente nos 58,37 dólares por barril, depois de ter negociado nos 57,83 dólares, o valor mais alto registado desde o dia 3 de janeiro deste ano. Já o crude valoriza 1,13%, para os 51,23 dólares por barril.

Cotações do petróleo em alta

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus parceiros, estão a conseguir implementar mais de 100% dos cortes acordados no último mês, enquanto as reservas de combustíveis ficaram “massivamente drenadas”, afirmou o secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, na passada sexta-feira, em Viena.

Por outro lado, países produtores como é o caso da Rússia, já manifestaram a sua disponibilidade para prolongar os cortes na produção além de março de 2018, visando ajustar a oferta à procura e equilibrar os preços no mercado.

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