Oh, là là! Os 11 restaurantes mais caros do mundo têm capital

  • ECO
  • 26 Agosto 2017

Entre os onze restaurantes mais caros do mundo, mais de metade estão na Europa -- quase todos em Paris. O luxo vai desde os 600 euros por duas pessoas a mais de 2.000 euros.

Na carta dos onze restaurantes mais caros do mundo, os preços começam nos 670 euros para duas pessoas e só terminam nos 2.790 euros. A capital de França é também a capital dos restaurantes mais caros, com o maior número de opções de luxo… mas não chega ao pódio.

O motivo para os preços altos nem sempre é a qualidade dos pratos, avisa o La Vanguardia, que revela o ranking. Prova disso mesmo é o restaurante mais caro do mundo não possuir três estrelas Michelin, a distinção mais alta.

11. Hôtel de Ville, Crissier, Suíça

O chefe Benoît Violier criou o restaurante, mas suicidou-se no início do ano passado. Agora é Franck Giovannini o responsável por manter as três estrelas Michelin que dão brilho ao restaurante. Entre as as especialidades estão o caranguejo e as alcachofras púrpuras picantes.

10. Saison, São Francisco, EUA

O Saison tem tantas estrelas Michelin quanto o Restaurant do Hôtel de Ville e um preço muito semelhante. A particularidade do restaurante de São Francisco são os ingredientes pois muitos proveem da própria horta do restaurante. Quem os põe no prato é o chefe Joshua Skenes.

9. Le Meurice, Paris, França

O primeiro parisiense da carta tem duas estrelas Michelin porque perdeu uma recentemente. Tal como o nome indica, o chefe responsável é Alain Ducasse, o detentor da maior cadeia de restaurantes de luxo do mundo, com mais de 20 espaços só no continente europeu – e mais representantes neste ranking As decorações querem lembrar o Palácio de Versailles. O polvo cozido ou a lagosta são os protagonistas na hora de sentar à mesa.

8. Arpège, Paris, França

Este restaurante nas margens do Sena estende as suas hortas por 2 hectares no centro da capital francesa. O chefe Alain Passard conseguiu as três estrelas Michelin e o prato que melhor as ilustra é o ouef à la coque.

7. Alain Ducasse au Plaza Athenee, Paris, França

Outro restaurante de Alain Ducasse na cidade do amor: este, um pouco mais caro, com menos opções para refeição — apenas 5 pratos — mas três estrelas Michelin.

6. Guy Savoy, Paris, França

No Guy Savoy, é o chefe que empresta de novo o nome ao restaurante. Da sua cozinha sai um prato bastante peculiar que já se tornou um marco do restaurante: a sopa de alcachofras e trufa negra. Pode ser saboreada dentro da Casa da Moeda parisiense, virada para o Rio Sena.

5. Joël Robuchon, Las Vegas, EUA

O chefe francês Joël Robuchon rumou até Las Vegas, onde a alta cozinha está em expansão, para inaugurar o quinto restaurante mais caro do mundo. O caviar de ostra, acompanhado por espargos e creme de couve-flor é o cartão de boas vindas.

4. Kitcho Arashiyama Honten, Quito, Japão

No Japão as estrelas Michelin são o apanágio de vários restaurantes. O La Vanguardia descreve os pratos do chefe Kunio Tokuaka como obras de arte para apreciar em simultâneo com a paisagem – o restaurante oferece vistas para o rio e para as colinas que o rodeiam.

3. Masa, Nova Iorque, EUA

O Masa serve sushi. O chefe MasaTakayama é dos mais reputados do mundo e consegue o último lugar do pódio dos mais caros para além das três estrelas Michelin. No restaurante, os clientes podem abrir o apetite a observar a preparação da refeição, com uma cozinha que permite o olhar dos mais curiosos.

2. Ultraviolet, Xangai, China

Um restaurante que vai para além da experiência gastronómica: a refeição vem acompanhada de efeitos sonoros e visuais para que todos os sentidos sejam estimulados – ao tato e olfato que permitem usufruir das iguarias junta-se a audição e a visão goza de efeitos mais complexos. O chefe Paul Pairet é o artista.

1. Sublimotion, Ibiza, Espanha

O restaurante mais caro do mundo só recebe 12 pessoas de cada vez. Durante três horas, para além da refeição, os clientes esperam entreter-se com óculos de realidade virtual, projeções 360º e luzes néon. A inovação estende-se a alguns pratos, que são preparados com técnicas experimentais.

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Parceira da Huawei paga viagens e estada a seis altos quadros do Estado

  • ECO
  • 26 Agosto 2017

Seis funcionários do Governo terão tido viagens e estada pagos na China, custos assegurados por um parceiro privado da multinacional tecnológica.

A multinacional Huawei terá pago viagens a altos cargos do Estado, avança este sábado o jornal Expresso [acesso pago]. Em causa estarão viagens e estada na China assegurados por uma empresa associada à Hauwei e não pela própria multinacional, adiantou entretanto o Expresso numa outra notícia publicada esta manhã, a seis funcionários dos Ministérios das Finanças e da Saúde, durante os dias 2 a 6 de junho de 2015. O custo das viagens e estadas terá rondado os 12.000 euros.

O caso, avançava o Observador a 16 de agosto, estaria a ser investigado pelo Ministério Público mas esta edição do Expresso dá mais detalhes. O MP terá começado a recolher elementos para investigação sobre o assunto no início de agosto.

As viagens pagas pela Huawei à China estão em investigação por significarem um valor acima dos 150 euros permitidos no Código de Conduta aprovado. Um dos envolvidos foi Nuno Barreto, adjunto do secretário de Estado das Comunidades, que viajou à China em janeiro deste ano, com estadia paga pela Huawei e que entretanto foi afastado pelo Governo.

O Expresso revela nesta edição os outros nomes, entre os quais estão Artur Trindade Mimoso, Nuno Lucas, Ana Maurício, Rui Gomes e Rute Belchior. A SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, confirmou ao Expresso a viagem, dizendo que se tratou de uma ação para “adquirir e partilhar conhecimentos sobre os recursos, modelos e estratégias diferenciadoras utilizados no âmbito da telemedicina” mas não esclarece porque não foi o Estado a assegurar os custos da viagem. Já a Hauwei, contactada pelo semanário, está “disponível para prestar, em sede própria, todos os esclarecimentos que venham a ser necessários”.

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Governo autoriza 14 novas centrais solares fotovoltaicas num investimento de 381 milhões

  • Lusa
  • 26 Agosto 2017

O Governo autorizou 14 centrais solares fotovoltaicas, sem custos para consumidores, e que traduzem uma capacidade instalada de 521 megawatts e um investimento estimado de 381 milhões de euros.

Segundo a informação do gabinete do secretário de Estado da Energia, neste processo, incluído na promoção de energias renováveis, as cauções pagas ao Estado pelos promotores totalizam seis milhões de euros.

O Governo informou ainda que há 46 pedidos de licenciamento que se encontram presentemente em fase de instrução na Direção Geral de Energia e Geologia, o que equivale a 1.106 megawatts de capacidade instalada e um investimento potencial de 995 milhões de euros.

Entre 1 e 15 de setembro decorre o novo período de licenciamento para projetos de produção em regime especial na Direção Geral de Energia e Geologia.

Portugal conta com 20.758 megawatts de capacidade instalada de produção de eletricidade, dos quais 5.313 megawatts correspondem a energia eólica e 291 megawatts são de origem fotovoltaica.

A parcela relativa à energia térmica e hídrica é de 8.287 megawatts e 7.108 megawatts, respetivamente. Os restantes 29 megawatts referem-se à geotermia.

A União Europeia definiu, através da Diretiva FER relativa à promoção de utilização de energia proveniente de fontes renováveis, o objetivo de alcançar, em Portugal, em 2020, uma quota de 31% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia.

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As 3 sombras de 2017 que vão abrandar a melhoria do défice

  • Marta Santos Silva
  • 26 Agosto 2017

O défice está melhor do que nesta altura em 2016, mas ainda se avizinham tempestades em 2017. A execução orçamental alerta para os três abalos que vão fazer com que o défice diminua menos.

As notícias do relatório de execução orçamental de julho de 2017 foram, numa visão geral, boas para o Governo: tal como tinha sido previsto nos três meses anteriores em que o défice se agravou, o efeito dos reembolsos antecipados do IRS acabou por se diluir e o mês de julho viu uma melhoria de mais de mil milhões em relação ao mesmo mês no ano passado.

O ministro das Finanças conta com os bons resultados de julho para colmatar problemas já previstos.Paula Nunes / ECO

No entanto, o Ministério das Finanças é o primeiro a reconhecer que esta melhoria, que coloca o défice orçamental até ao mês de julho 1.153 milhões de euros abaixo do do mesmo período em 2016, não é necessariamente para continuar ao mesmo ritmo nos próximos meses. No comunicado enviado às redações sobre os resultados da execução orçamental, a tutela reconhece que esta melhoria “permite acomodar o impacto de alguns fatores que, até ao final do ano, se irão traduzir num abrandamento do ritmo de melhoria do défice”. São três os fatores, dois do lado das receitas e um do lado da despesa, que no ano passado aliviaram o défice, e não se repetirão este ano.

Subsídio vai ser despesa pesada no natal

Do lado da despesa, o Governo conta com uma fatura pesada por ter alterado o perfil de pagamento do subsídio de natal dos funcionários públicos. Quando em 2016 esse foi feito em duodécimos, ou seja, como um pequeno acréscimo mensal ao salário de cada mês, este ano apenas 50% foi pago em duodécimosa outra metade será paga na altura habitual, o mês de novembro.

“A repartição do pagamento do subsídio de Natal na Administração Pública em 2017 está prevista no artigo 24.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para 2017”, reforça o relatório da Direção-Geral do Orçamento para julho de 2017. Em 2018, o rombo de final do ano deverá ser ainda maior, já que se prevê que os funcionários públicos recebam o subsídio integralmente no período previsto na lei.

O PERES não acontece de novo

A receita do PERES pode não ter sido tão grande como o Ministério das Finanças inicialmente anunciara, mas o Plano Especial de Redução do Endividamento ao Estado ainda permitiu que o Fisco arrecadasse pelo menos 510 milhões de euros. A diferença de contas é entre o Tribunal de Contas, que diz que o pagamento foi 40 milhões inferior ao número anunciado pelo Governo, e o Ministério das Finanças, que falara numa receita de 551 milhões.

“O valor total da cobrança em 2016 ao abrigo do PERES, apurado pela AT em março de 2017, é de 510 milhões de euros visto que a informação foi atualizada e foram identificados casos de incumprimento após a comunicação ao SEAF (Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais)“, explica o Tribunal de Contas no relatório divulgado em junho.

São menos 500 milhões de euros com que o Governo pode contar, do lado da receita, para colmatar o défice nos próximos meses até ao final do ano. No entanto, o ministro das Finanças garantiu, numa conferência de imprensa que se seguiu à divulgação dos resultados da execução orçamental, que a meta de 1,5% do PIB continua a ser para cumprir: “A melhoria é por de mais evidente”.

Pagamento do FEEF foi só uma vez

Existe outro fator onde o Governo deixa de poder contar com vários milhões em receitas. “O acerto de margens financeiras com a União Europeia que ocorreu no ano transato não se repetirá”, disse Mário Centeno aos jornalistas esta sexta-feira.

De acordo com o relatório da execução orçamental de dezembro de 2016, o défice beneficiou da “devolução pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), em dezembro de 2016, da margem pré-paga que foi retirada aquando do desembolso do empréstimo”. O empréstimo, feito pelo FEEF em 2011, tinha cinco anos de maturidade que venceram no ano passado.

O Observador escreveu em janeiro que o valor devolvido em margem pré-paga era de 264 milhões de euros — mais uma receita irrepetível em 2017. Assim, os valores bons da execução orçamental de julho não deixam de ser bons, mas o próprio Governo alerta: daqui para a frente, a melhoria do défice virá a abrandar.

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Jackson Hole agita sessão em Wall Street. Furacão preocupa

Dois dos índices fecharam com ganhos, enquanto o tecnológico Nasdaq encerrou com perdas ligeiras. Mercados reagem com volatilidade a Jackson Hole, mas é o furacão Harvey o que mais preocupa agora.

Enquanto o setor financeiro esteve sob pressão, os restantes índices norte-americanos terminaram a semana em terreno positivo, apesar da volatilidade criada pelos discursos dos banqueiros centrais em Jackson Hole, no Estado do Kansas. Especialmente o de Jannet Yellen, líder da Reserva Federal, que não seguiu o caminho que muitos investidores antecipavam.

Yellen afirmou que qualquer retirada de estímulos à economia será sempre “modesta” e alertou que nunca há certezas de que “novas crises não vão acontecer”. Contudo, disse haver razões para se “esperar que o sistema financeiro e a economia passem por menos crises e recuperem mais rapidamente de crises futuras”.

Neste contexto, o S&P 500, que chegou a ganhar 0,61%, encerrou a sessão com ganhos de 0,17% para 2.443,05 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avançou 0,14% para 21.813,67 pontos, beneficiando do comportamento das petrolíferas num dia de subida da matéria-prima devido ao furacão Harvey. Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq fechou a cair 0,09% para 6.265,64 pontos.

Com a conferência de Jackson Hole na reta final, as atenções dos investidores voltam-se agora para um novo assunto que está na ordem do dia pelos piores motivos. O furacão Harvey ganhou já a categoria 3 e dirige-se a grande velocidade para o Texas, devendo provocar estragos naquele Estado durante a madrugada desta sexta-feira. A zona costeira, voltada para o Golfo do México, alberga quase metade da capacidade de refinaria de petróleo dos Estados Unidos.

“Acreditamos que o impacto do furacão Harvey pode ser mais destrutivo para as reservas de petróleo e outros produtos nos Estados Unidos do que o mercado está atualmente a assumir”, disse Michael Cohen, analista do setor energético no Barclays, citado pela agência Bloomberg. A antecipar estes problemas, o preço do crude avançava 0,75% em Nova Iorque para os 47,80 dólares.

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Draghi alerta para riscos do proteccionismo na economia

  • Lusa
  • 25 Agosto 2017

Na conferência de bancos centrais de Jackson Hole, o presidente do BCE lançou alertas sobre o impacto negativo do proteccionismo.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, destacou que o protecionismo económico acarreta um “sério risco” para o crescimento sustentável da produtividade.

Esta afirmação foi feita durante o discurso de Draghi na conferência de bancos centrais de Jackson Hole (Wyoming, Estados Unidos), com o responsável a defender os mercados abertos e as instituições como a Organização Mundial de Comércio (OMC).

Segundo avança a agência de notícias espanhola Efe, com base no discurso distribuído em Frankfurt (cidade onde se localiza a sede do BCE), durante a sua intervenção, Draghi não fez referências explícitas sobre a taxa de câmbio do euro.

Por seu turno, Janet Yellen, presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, que já tinha hoje discursado no mesmo encontro de Jackson Hole, afirmou que o sistema financeiro norte-americano é “substancialmente mais seguro” graças ao reforço da regulação, advertindo ainda assim para a necessidade de não ser esquecida a “lição” aprendida com a crise de 2008.

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Like & Dislike: Mário Centeno, o Ronaldo das Finanças

Ronaldo fez o jogo da vida dele contra o Manchester em 2003 porque sabia que podia ser contratado. E assim foi mal acabou o jogo. Mário Centeno também está a jogar e já só pensa na Liga Europa.

Estávamos em agosto de 2003, no jogo da inauguração do atual estádio de Alvalade. O Sporting tinha um miúdo a jogar de seu nome Cristiano Ronaldo, com a camisola 28 e com um enorme potencial.

Ronaldo sabia que nesse jogo estava a ser observado por Alex Ferguson e todos os que gostam de futebol ainda se lembram do jogão que Cristiano fez nesse dia, ajudando à vitória de 3-1 do Sporting frente a um colosso do futebol europeu. Mal acabou o jogo, os responsáveis do Manchester United convidaram o craque português a assinar contrato.

Isto tudo para falar de execução orçamental. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, — que no mundo das finanças tem um estatuto parecido com o de Alex Ferguson no futebol, — há tempos terá dito numa conversa descontraída que Mário Centeno era “o Ronaldo das Finanças”. Na altura, o nome de Centeno já aparecia como um dos sondados para ocupar o lugar de Jeroen Dijsselbloem.

Mário Centeno tem a simpatia de Wolfgang Schäuble (como tinha por Gaspar) porque a Alemanha precisava de um caso de sucesso da austeridade corretiva na Europa e porque o atual ministro, mesmo estando num governo com as características da Geringonça, conseguiu controlar as contas públicas.

Por isso é que lhe entreabriu a porta da presidência do Eurogrupo. Mas Mário Centeno sabe que não será escolhido se o défice derrapar e, por isso, está a fazer o “jogo da sua vida” na frente orçamental para que possa conseguir a tão almejada transferência para um cargo de prestígio.

Por isso é que no ano passado deitou mãos a tudo o que mexia e não mexia — cativações, perdões fiscais, reavaliação de ativos e espremeu o investimento público — para fazer um brilharete e levar o défice para um valor histórico de 2%.

Para este ano prometeu 1,5% e, ainda o jogo vai a meio, Mário Centeno já veio dizer esta sexta-feira que está em condições de garantir que os números da execução orçamental lhe permitem cumprir o objetivo anual do défice. “A melhoria do saldo orçamental é por demais evidente”, diz o ministro com um ar de satisfação de quem acabou de marcar um golo do meio campo.

Os números até julho confirmam que, agora que se diluiu o efeito dos reembolsos do IRS, o défice regressou à trajetória descendente e o ritmo de crescimento das despesas baixou para 0,5% em julho, quando em junho tinham acelerado 1,6%. A economia está a ajudar, os estabilizadores automáticos — nomeadamente as contribuições para a Segurança Social — estão a funcionar e Mário Centeno vai bem encaminhado para fazer um bom jogo e impressionar Wolfgang Schäuble.

Pode-se dizer que não é muito inteligente estar a ufanar sobre as contas públicas na véspera da negociação do Orçamento do Estado. A esta altura do campeonato estão Jerónimo de Sousa e Catarina Martins a esfregar as mãos e a pensar… “se as coisas estão a correr assim tão bem, vais ter de abrir os cordões a bolsa”.

Mas Centeno não está sequer a falar para dentro, para a Liga Portuguesa ou para a Liga de Honra. Mário Centeno já só pensa na Liga Europa. E se baixar o défice é condição para chegar à presidência do Eurogrupo, Mário Centeno vai bem lançado. Por isto merece um Like.

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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Portugal pagou menos 175 milhões em juros à troika até julho

  • Lusa
  • 25 Agosto 2017

Portugal pagou 970,5 milhões de euros em juros à troika até julho. Os reembolsos antecipados ao FMI fizeram baixar a fatura.

Portugal pagou 970,5 milhões de euros em juros à troika até julho, menos 174,9 milhões de euros do que em igual período de 2016, devido à extensão da maturidade de parte do empréstimo e aos reembolsos antecipados ao FMI.

Os números hoje libertados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) relativos à síntese de execução orçamental dos primeiros sete meses do ano demonstram que houve um recuo homólogo de 15,8% nos juros pagos no âmbito dos empréstimos do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).

O Estado reduziu também o pagamento em comissões referentes ao PAEF para 11 milhões de euros até julho, menos 4,9 milhões de euros (30,8%) do que os 15,9 milhões de euros pagos até julho de 2016.

Considerando todos os instrumentos da dívida direta do Estado, Portugal pagou 4.871 milhões de euros em juros e comissões até julho, menos 1,1% do que os 4.923,8 milhões de euros pagos nos primeiros sete meses do ano passado.

“O decréscimo da despesa com juros e encargos da dívida direta do Estado (-0,9%) justifica-se, sobretudo, com a redução dos juros relativos aos empréstimos obtidos ao abrigo do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), na sequência da extensão da maturidade do empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e das amortizações do empréstimo do Fundo Monetário Internacional ocorridas no final de 2016 e no início de 2017”, indicou a DGO.

E acrescentou: “Destaque ainda para a diminuição dos juros associados a Certificados de Aforro (CA) e Certificados do Tesouro (CT), devido ao fim do pagamento de prémios extraordinários nas séries B e C de Certificados de Aforro, com impacto nos juros suportados desde abril“.

Em sentido inverso, “relevou o aumento dos juros com Obrigações do Tesouro, em virtude da alteração do seu perfil intra anual (com um peso maior dos juros a pagar a incidir nos meses de abril e julho), bem como dos juros associados a “Outros instrumentos”, em consequência do pagamento do primeiro cupão de uma série de obrigações emitida, em 2016, ao abrigo do programa ‘Medium Term Note'”, sublinhou a DGO.

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Turismo dá jackpot à Estoril-Sol. Dispara 20% para máximos de 15 anos

Disparo da cotação das ações da operadora de casinos acontece depois de ter quadruplicado os lucros no segundo trimestre do ano. Estoril-Sol dispara 300% desde o início do ano com ajuda do turismo.

Turismo dá jackpot à Estoril-Sol: ações disparam 300% em 2017.

As ações da Estoril-Sol dispararam em bolsa para máximos de 15 anos, depois de a operadora de casinos portuguesa ter visto o seu lucro quadruplicar na primeira metade do ano, perante o boom do turismo em Portugal, dizem os analistas.

Ainda que só tenham sido negociados pouco mais de 6.000 títulos, a Estoril-Sol acelerou esta sexta-feira 20,9% para 10,82 euros, tratando-se do valor mais elevado desde 2002. A média diária de negociação dos últimos seis meses é de apenas 1.000 papéis, pelo que foram transacionados seis vezes mais ações esta sexta-feira.

A operadora dona dos casinos do Estoril, Lisboa e Póvoa do Varzim apresentou ontem resultados bastante positivos. O lucro entre janeiro e junho deste ano aumentou 283% para 9,79 milhões de euros, com a receita de jogo a crescer 11% para mais de 100 milhões de euros. O turismo e o crescimento económico ajudaram.

Estoril-Sol em máximos de 15 anos

Fonte: Bloomberg

“É um negócio muito exposto à recuperação económica portuguesa que passou de gerar poucos ou nenhuns lucros num contexto de recessão gerar resultados positivos com perspetivas de manter o crescimento“, referiu ao ECO a equipa de research do BiG.

“No caso da Estoril-Sol, esta desalavancagem já foi concretizada há mais tempo, sendo que atualmente o grupo está a colher os frutos disso. A Estoril-Sol beneficia particularmente do boom do turismo em Portugal, o que deverá ajudar as receitas que se têm mantido estáveis ao longo dos últimos anos, apesar da melhoria dos resultados operacionais”, acrescenta o banco de investimento.

"A Estoril Sol beneficia particularmente do boom do turismo em Portugal, o que deverá ajudar as receitas que se têm mantido estáveis ao longo dos últimos anos, apesar da melhoria dos resultados operacionais.”

Equipa de research BiG

Turismo e apostas desportivas online

Entre janeiro e junho deste ano, as receitas turísticas totalizaram seis mil milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 21% face às receitas de cinco mil milhões do primeiro semestre do ano passado, devendo Portugal terminar o ano com novo recorde. Feitas as contas, os turistas estão a gastar 33 milhões de euros por dia em Portugal, segundo o Banco de Portugal.

Em termos operacionais, os hotéis e estabelecimentos já acomodaram mais de 26 milhões de dormidas de mais de nove milhões de hóspedes no primeiro semestre, aumentos de cerca de 10% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da atividade turística do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Além do turismo, a Estoril-Sol vai explorar um novo negócio como forma de alavancar ainda mais as receitas. No início deste mês, anunciou que entrar no setor das apostas desportivas online, que se juntam à sua oferta de jogo online que já disponibilizava.

Desde o início do ano, os títulos da Estoril Sol valorizam 300%, conferindo uma capitalização bolsista de 130 milhões de euros à cotada que opera no setor dos casinos. Apenas 5% do seu capital está disponível para negociação.

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Já há um condenado no caso das emissões da Volkswagen

  • Lusa
  • 25 Agosto 2017

James Liang, um dos envolvidos no caso das emissões poluentes da Volkswagen, foi condenado a mais de três anos de prisão e a uma multa avultada. Após a libertação pode ainda ser expulso dos EUA.

Um ex-engenheiro da Volkswagen, James Liang foi condenado esta sexta-feira em Detroit a quarenta meses de prisão e uma multa de 200 mil dólares (168 mil euros) pelo seu papel no escândalo das emissões poluentes em veículos diesel.

Segundo fonte judicial, após a libertação, Liang ficará sob vigilância durante dois anos e pode ainda ser expulso dos Estados Unidos para a Alemanha. James Liang, 63 anos, declarou-se culpado em setembro do ano passado e decidiu cooperar com a justiça para evitar uma pena maior. A pena máxima seria de cinco anos de prisão, mas a acusação pediu três anos de cadeia.

O advogado de Liang, Daniel Nixon, afirmou que a sua colaboração permitiu acusar outros responsáveis do grupo automóvel, incluindo Olivier Schmidt, detido no início do ano nos Estados Unidos e que também se declarou culpado, devendo conhecer a sentença em dezembro.

Em setembro de 2015, a Volkswagen admitiu ter equipado cerca de 11 milhões de veículos em todo o mundo com um dispositivo destinado a manipular as emissões poluentes. Nos Estados Unidos, o grupo teve de chamar para reparação 600 mil veículos e sete responsáveis da Volkswagen foram acusados. James Liang, que trabalhou no departamento de desenvolvimento de motores ‘diesel’, foi o primeiro a ser condenado.

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Inspeção do trabalho detetou 150 infrações na PT Portugal

O ECO teve acesso ao relatório da Autoridade para as Condições do Trabalho sobre a PT. Foram detetadas 150 infrações. Mais de 100 dizem respeito a trabalhadores sem funções e 12 são de assédio moral.

Inspeção do trabalho detetou 150 infrações na PT Portugal entre janeiro e julho.Thomas Meyer/Bloomberg

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) detetou 150 infrações na PT Portugal no âmbito das inspeções realizadas entre janeiro e julho. A informação faz parte de um relatório daquele organismo, a que o ECO teve acesso, e que dá como provados 102 casos de trabalhadores sem “ocupação efetiva”, assim como 12 casos de assédio, entre outros. O relatório foi pedido pela secretaria de Estado do Emprego.

Esta quinta-feira, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, já tinha falado do relatório, garantindo que o documento “confirma tudo aquilo que os sindicados e a comissão de trabalhadores da PT” têm vindo a denunciar. Agora, conhecem-se os detalhes: olhando para o miolo do documento, é possível verificar que, desses 150 casos, 124 deram origem a autos de notícia que deverão resultar em coimas entre 1,54 milhões de euros e 4,845 milhões de euros. Um deu origem a uma participação crime.

A primeira das queixas dizia respeito a existência de trabalhadores sem funções atribuídas. Assim, a autoridade identificou as pessoas em causa e realizou “77 visitas a 35 locais de trabalho a nível nacional” em 28 cidades portuguesas de norte a sul do país, “onde estavam aqueles trabalhadores”. Conclusão? Foram feitas cinco advertências à empresa e levantados 97 autos de notícia sobre este assunto.

Autoridade acusa PT Portugal de assédio

Era outra das principais queixas dos sindicatos: alegadamente, a PT estaria a recorrer a práticas de assédio moral e mobbing no processo de redução do número de trabalhadores. Segundo o relatório, um caso de assédio acontece quando se está perante “comportamentos repetidos, indesejados e humilhantes com potencial para causar danos na integridade moral da pessoa visada”.

“Neste âmbito, foram recolhidas evidências da existência de situações de assédio, tendo sido instaurados os competentes processos de contraordenação”, indica a ACT no relatório. Em causa estão 12 casos de assédio pelos quais a PT será responsabilizada.

A ACT avaliou ainda uma série de obrigações a que a PT está sujeita e acusa a dona da Meo de “não ter assegurado o cumprimento” das mesmas. Entre elas “adotar as medidas adequadas de proteção” dos quadros e “assegurar que a exposição aos fatores de riscos psicossociais não constitui risco para a segurança e saúde do trabalhador”. São fatores de riscos psicossociais, segundo a ACT, a existência de “exigências contraditórias e falta de clareza na definição de funções” ou “a falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador”, por exemplo.

Transferência de trabalhadores? Subsidiárias pagam coima até 6.500 euros

Outra das queixas dos sindicatos tinha a ver com os trabalhadores que, alegadamente, a PT estaria a transferir para outras empresas do grupo Altice e Visabeira (firmas como a Tnord e a Sudtel) como “forma encapotada” de as despedir. No entanto, quanto a isso, “a ACT analisou, caso a caso, a posição de todos os trabalhadores abrangidos” e não encontrou “matéria de facto” que motivasse a aplicação de coimas à PT Portugal.

Foram, ainda assim, detetados problemas da parte das empresas subsidiárias que receberam esses trabalhadores. Estas empresas estariam obrigadas a informar e consultar os funcionários da “data e motivos da transmissão”, das “consequências jurídicas, económicas e sociais para os trabalhadores” e das “medidas projetadas em relação a estes”.

“Foi constatado pela ACT que as empresas adquirentes [as que recebaram os funcionários da PT] não deram cumprimento integral a estas obrigações”, lê-se no relatório. Estas empresas foram, assim, objeto de coimas, “cujo valor mínimo e máximo total da moldura da coima associado às infrações é de 4.080 euros e 6.528 euros, respetivamente”.

Por fim, a inspeção do trabalho encontrou provas de infrações em diversas outras temáticas, como a “falta de pagamento pontual de retribuição” (motivou um processo contraordenacional e uma participação crime), a “reintegração de trabalhador após despedimento ilícito” ou a “vigilância da saúde no trabalho”, entre outras.

O ECO contactou a PT no sentido de obter um comentário. Contudo, a empresa garantiu ainda não ter sido notificada deste relatório e disse desconhecer o seu conteúdo, escusando-se a prestar comentários sobre esta matéria.

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Centeno diz que vai cumprir meta do défice: “A melhoria é por demais evidente”

Para o ministro das Finanças, os dados da execução orçamental nos primeiros sete meses do ano mostram que o Governo vai no bom caminho para cumprir a meta do défice orçamental para 2017.

A meta do défice para este ano é 1,6%. Depois de revelados os dados da execução orçamental até julho, o ministro das Finanças mostrou-se confiante em relação ao cumprimento desse objetivo. “A execução orçamental permite antecipar o cumprimento dos objetivos orçamentais para 2017. Pelo segundo ano consecutivo, o governo cumprirá os compromissos assumidos com a Assembleia da República e, através desta, com os portugueses”, declarou Mário Centeno.

“A melhoria do saldo orçamental é por demais evidente, dissipado o efeito de antecipação dos reembolsos fiscais”, comentou ainda a partir do Ministério das Finanças. Centeno falava depois de a Direção Geral do Orçamento ter revelado que o défice orçamental até ao mês de julho foi de 3.763 milhões de euros, 1.153 milhões abaixo do verificado no mesmo período de 2016.

Com este desempenho orçamental, o responsável pela pasta das Finanças diz que o Executivo dá assim “um contributo para a sustentabilidade das finanças públicas portuguesas e credibilidade da República enquanto emitente de dívida soberana“. “Desta forma e só desta forma será possível cumprir o programa do governo de reduzir de forma estrutural os custos de financiamento da República portuguesa”, frisou ainda.

Destacou que esta consolidação orçamental acontece “num quadro orçamental orientado para o crescimento inclusivo e para a criação de emprego de qualidade”. Ainda assim, deixou um alerta que deve merecer a atenção do Executivo: “Nomeadamente o perfil do pagamento do subsídio de Natal e o acerto de margens financeiras com a União Europeia que ocorreu no ano passado e não ocorrerá este ano”, especificou.

Centeno em três pontos

  1. Economia acelera receitas. Na sua intervenção, Centeno revelou que as receitas fiscais estão alinhadas com “a aceleração da atividade económica e com a criação de emprego”, traduzindo-se em crescimentos que ocorrem “num quadro de estabilidade fiscal tão importante para as empresas, para a confiança e para o investimento em Portugal”. Os dados da execução orçamental mostram que a receita do subsetor estado aumentou 4,4% até julho, acima da meta de 3% que está fixada no Orçamento do Estado para este ano. Mais detalhadamente, a receita bruta de IVA aumenta 7%, as contribuições para a Segurança Social avançam 6% e a receita de IRC que cresceu quase 19%.
  2. Estabilização da despesa refletindo as prioridades do Executivo. Do lado da despesa, Centeno sublinhou o quadro de consolidação orçamental por várias vezes, considerando que a estabilização “não deixa de refletir as principais escolhas do Governo”. Neste ponto, o ministro sublinhou o aumento do investimento público em 30% até julho, a “contenção da despesa com o pessoal, com um aumento praticamente nulo” e ainda o aumento da despesa global do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 4,5%. “São mais 231 milhões, o que revela bem a prioridade atribuída a este setor pela política deste governo”, indicou Centeno. Sinalizou ainda a redução da dívida não financeira das AP e a diminuição em 41 milhões de euros os pagamentos em atraso.
  3. Dívida desce para 127,7% do PIB. Face a este desempenho orçamental, o ministro das Finanças reforçou a previsão do Governo de reduzir o peso da dívida pública no PIB. “Passará de 130% em 2016 para 127,7% em 2017”, indicou Centeno. Disse que o aumento da dívida pública no primeiro semestre do ano “é compatível com esta trajetória anual”. Os dados do Banco de Portugal revelados mostram que a dívida pública atingiu os 132,4% do PIB em junho. O ministro diz que no terceiro trimestre as emissões de dívida vão igualar os reembolsos que estão previstos, o que vai significar já uma “ligeira redução do peso da dívida no PIB, aproximadamente um ponto percentual”. Já no quarto trimestre, adiantou ainda, será feito o reembolso de uma OT, no valor de 6 mil milhões de euros, aproximadamente 3,2 pontos percentuais do PIB, “garantindo-se assim até final do ano o valor de 127,7% do PIB”. 

(Notícia atualizada às 19h01)

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