TAP: Ações serão vendidas aos trabalhadores a 10,38 euros

Os trabalhadores da TAP vão poder comprar 75.000 ações da companhia aérea a um preço de 10,38 euros, um desconto de 55 cêntimos face ao preço da privatização.

Há novos detalhes sobre a venda de 5% do capital da TAP aos trabalhadores. A oferta pública vai abranger 75.000 ações por 10,38 euros cada, mas só podem ser adquiridas por trabalhadores da companhia aérea com vínculo superior a três anos, bem como de todas as restantes empresas do grupo. É um preço nominal inferior aos 10,93 euros pagos pelo consórcio da Atlantic Gateway no processo de privatização, informou o Governo em comunicado.

A oferta começará após despacho do regulador dos mercados (CMVM) e vai prolongar-se por 20 dias úteis. A intenção do Governo é ter o processo concluído até maio. Após a venda, o Estado voltará a controlar 50% do capital da companhia, enquanto o consórcio privado ficará com 45% e incorporará o capital que, eventualmente, não for adquirido pelos trabalhadores.

"Se tudo correr bem, em meados de maio, podemos iniciar os procedimentos para o closing da operação.”

Guilherme W. d'Oliveira Martins

Secretário de Estado das Infraestruturas

“Estamos à espera que seja um sucesso”, disse à agência Lusa o secretário de Estado das Infraestruturas Guilherme W. d’Oliveira Martins. “Não há limites máximos por trabalhador” quanto à compra de ações, acrescentou. A CMVM deverá, nos próximos dias, emitir uma nota com mais explicações.

“Se tudo correr bem, em meados de maio, podemos iniciar os procedimentos para o closing da operação”, adiantou ainda o governante à Lusa, recordando que o negócio “só fica consolidado” com a aprovação da Autoridade Nacional da Aviação Civil. A venda de até 5% da TAP aos trabalhadores do grupo é um compromisso que faz parte do memorando de entendimento assinado entre o Estado e o consórcio de David Neeleman e Humberto Pedrosa, que comprou a empresa em meados de 2015.

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Comissão também já critica Dijsselbloem

  • Margarida Peixoto
  • 22 Março 2017

A comissária para a Concorrência Margrethe Vestager já criticou as declarações de Jeroen Dijsselbloem. E Portugal também já não está sozinho a defender o afastamento do presidente do Eurogrupo.

A Comissão Europeia já se juntou ao coro de críticas às declarações do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, sobre os países do sul da Europa. E Portugal também já não está sozinho a defender o afastamento do líder europeu: Matteo Renzi, ministro das Finanças italiano, defendeu que quanto mais depressa Dijsselbloem sair do cargo, melhor.

“Eu não o teria dito e penso que é errado”, disse esta quarta-feira a comissária para a Concorrência, Margrethe Vestager, numa conferência de imprensa em Bruxelas, citada pela Bloomberg.

Vestager referia-se aos comentários de Dijsselbloem numa entrevista a um jornal alemão, sobre os países em crise, do sul da Europa. “Como social-democrata, atribuo excecional importância à solidariedade. [Mas] também há obrigações. Não se pode gastar o dinheiro todo em álcool e mulheres e depois pedir ajuda”, disse Dijsselbloem.

"O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem perdeu uma ótima oportunidade para estar calado (…) Quanto mais depressa sair, melhor.”

Matteo Renzi

Ministro das Finanças italiano

“O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem perdeu uma ótima oportunidade para estar calado“, escreveu Matteo Renzi, ministro das Finanças italiano, no Facebook. O governante italiano considerou “estúpidas” as “piadas” de Dijsselbloem e defendeu que o presidente do Eurogrupo “não merece ocupar o cargo que ocupa”. E rematou: “Quanto mais depressa sair, melhor”. Renzi aproveitou ainda para recordar a sua proposta de introduzir primárias nos cargos de responsabilidade na Europa, um caminho para, no seu ponto de vista, reforçar a democracia.

O presidente do Partido Socialista Europeu, Sergei Stanishev, também foi duro nas críticas. “Com uma só frase, Dijsselbloem conseguiu insultar e desacreditar tantas pessoas e aumentar as divisões. As suas palavras são ofensivas tanto para os países do sul como do norte da Europa, mulheres e homens“, disse, numa declaração escrita, citado pela Lusa.

“É realmente uma vergonha que um representante da nossa família política contradiga a essência dos valores da unidade, respeito e solidariedade que são as fundações do projeto europeu”, frisou ainda, lembrando a celebração do 60º aniversário dos Tratados de Roma, agendada já para o próximo sábado, numa cimeira considerada determinante para o futuro da União Europeia.

Esta manhã, um porta-voz de Jeroen Dijsselbloem veio repetir parte do que o presidente do Eurogrupo já tinha dito ontem no Parlamento Europeu. Recordou que o comentário do ainda ministro das Finanças holandês (o seu partido sofreu uma pesada derrota nas eleições da semana passada) não se referia a nenhum grupo específico de países e que a mensagem “para todos os países da Zona Euro era que a solidariedade vem com obrigações”, disse, citado pelo Financial Times.

Ontem, quando foi confrontado pelo eurodeputados com as suas declarações na entrevista, o próprio Jeroen Dijsselbloem manteve o sentido do que tinha dito na entrevista. Como conta o EUobserver, questionado sobre se queria aproveitar para pedir desculpa, o ministro das Finanças holandês respondeu: “Não, certamente que não. Isso não foi o que eu disse”.

Um eurodeputado catalão, Ernest Urtasun, leu as suas declarações. Dijsselbloem respondeu: “Eu conheço as minhas declarações, saíram desta boca”. E continuou: “O que eu tornei muito explícito é que a solidariedade vem com fortes compromissos e responsabilidades, de outra forma a solidariedade não se mantém”.

“Não fiquem ofendidos, não se trata apenas um país mas todos os países. A Holanda também falhou em cumprir aquilo que tinha acordado. Não vejo [um conflito entre] regiões do Eurogrupo”, disse ainda, conforme acrescenta o Financial Times.

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Quem é Dijsselbloem, o holandês que revoltou os países do sul

Presidente do Eurogrupo, ministro das Finanças da Holanda e presidente do Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade. Quem é Dijsselbloem?

Uma declaração bastou para marcar a agenda política da semana:

A declaração é de Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês e presidente do Eurogrupo. A revolta é dos países afetados pela crise, sobretudo os do Sul da Europa, os tais que gastaram dinheiro em “bebidas e mulheres”. Em um dia, o homem que já tinha sinalizado que queria cumprir o mandato como presidente do Eurogrupo até janeiro de 2018 — apesar de, neste momento, e após as legislativas na Holanda, ser apenas ministro das Finanças interino –, conseguiu que, de todos os lados, viessem pedidos para que se demitisse.

Dentro das instituições europeias, o líder dos socialistas europeus, Gianni Pittella, diz que Dijsselbloem não é adequado para ocupar o cargo de presidente do Eurogrupo. Por cá, o próprio primeiro-ministro já se pronunciou, para dizer Dijsselbloem é “sexista, xenófobo e racista” e que, “numa Europa a sério, a esta hora já estava demitido”. Já Ernest Urtasun, eurodeputado espanhol, deixou a questão: “gostaria de saber se esta é a sua primeira declaração enquanto candidato para renovar o seu cargo de presidente do Eurogrupo”.

Afinal, e para lá do sexismo, xenofobia e racismo, quem é este homem que está a revoltar meia Europa? Economista e político, Jeroen René Victor Anton Dijsselbloem estou economia e agricultura nas universidades de Cork, na Irlanda, e de Wageningen, cidade holandesa onde vive atualmente.

Desde a década de 1990, já desempenhou várias funções no governo holandês. Hoje, quase a completar 51 anos, ocupa o cargo de presidente do presidente do Eurogrupo, desde janeiro de 2013. Em paralelo, é ministro das Finanças da Holanda e, desde 2013, é também presidente do Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Desde que assumiu a liderança do grupo de ministros das Finanças da Zona Euro, Dijsselbloem tem sido uma das caras mais visíveis da austeridade na Europa. As últimas críticas que deixou aos “países do sul” foram das mais explosivas, mas estão muito longe de terem sido as únicas. Ainda em janeiro deste ano, já o Governo português anunciava que o défice de 2016 vai ficar abaixo de 3% pela primeira vez na história do país, Dijsselbloem não se deixava encantar e deixava novos alertas a Portugal. “Não há espaço para complacência com Portugal”, “há riscos relevantes no médio prazo” e “a volatilidade nos mercados sublinha a necessidade de Portugal acelerar as reformas e de fortalecer os bancos”, dizia então o presidente do Eurogrupo. Nessa altura, contudo, foi mais brando: “isso está a ser feito neste momento. Penso que estão a tomar as medidas adequadas”.

Portugal tem sido apenas um dos alvos. Visto como o aliado da Alemanha dentro do Eurogrupo, o argumento de Dijsselbloem para países como a Itália ou a Grécia, independentemente da situação económica dos países, tem sido sempre o mesmo: contenção orçamental, contenção orçamental, contenção orçamental.

Uma das posições que mais controvérsia gerou foi a que adotou em relação ao Chipre, quando defendeu um resgate ao país, que acabou mesmo por ir para a frente.

Agora, sobra-lhe um futuro incerto. Não só pelas declarações polémicas que o colocaram em xeque, mas pelo desenrolar das eleições legislativas na Holanda, que deram a vitória ao partido do atual governo, mas com muito menos assentos parlamentares. Dijsselbloem é, neste momento, ministro interino, e é possível que venha a perder este cargo. Assim sendo, terá de ser substituído como presidente do Eurogrupo por outro ministro das Finanças da Zona Euro.

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Juros implícitos no crédito da casa voltam a cair. Estão já perto de 1%

A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a cair, tendência que se regista há já 31 meses. Em fevereiro, fixou-se em 1,018%, enquanto a prestação média ficou nos 237 euros.

É o 31º mês consecutivo em que os juros no crédito da casa estão a cair. Os dados revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma nova redução na taxa de juro implícita no crédito à habitação, que renovou um novo mínimo histórico de 1,018%. A prestação média vencida situou-se nos 237 euros pelo sexto mês consecutivo.

“A taxa de juro implícita no crédito à habitação continuou a diminuir face ao mês anterior, situação que se repete desde agosto de 2014. Em fevereiro, esta taxa fixou-se em 1,018%, menos 0,007 pontos percentuais” do que em janeiro, informou o organismo de estatística. Quanto aos novos contratos, celebrados nos últimos três meses, a taxa “passou de 1,771% em janeiro para 1,732% em fevereiro”, sublinha o INE.

Quando o destino do crédito é a compra de casa, que é a categoria mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos também recuou. Em fevereiro, era inferior em 0,008 pontos percentuais, situando-se nos 1,033%. Nos contratos de crédito celebrados para compra de casa nos últimos três meses, a taxa de juro implícita “passou de 1,746% em janeiro para 1,696% em fevereiro”, acrescenta o instituto.

Os juros implícitos no crédito à habitação são um importante indicador do esforço financeiro “assumido pelas famílias e pelo Estado no crédito à habitação”, divulgado todos os meses pelo INE. A trajetória de queda acompanha o rumo das taxas Euribor. Quer a três, a seis ou a 12 meses, a taxa cota em valores negativos devido ao valor de referência do BCE, fixado em 0% desde de março. A Euribor é o indexante associado à esmagadora maioria dos créditos para a compra de casa.

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EDP: Fundo do JPMorgan oferece 3.000 milhões pela Naturgas

António Mexia disse no início do mês que não havia nada em relação à Naturgas, mas em Espanha dão conta de uma oferta de um fundo do JPMorgan avaliada em 3.000 milhões de euros.

António Mexia afirmou ainda no início do mês que “não havia nada em relação à Naturgas”, mas o jornal económico Expansión adianta esta quarta-feira que a EDP EDP 0,00% tem em mãos uma proposta concreta do JPMorgan Infrastructure, que lidera um consórcio de investidores, avaliada em 3.000 milhões de euros pela distribuidora de gás espanhola.

Entre os investidores que integram o consórcio deste fundo do JPMorgan estão, entre outros, o fundo de pensões suíço Swiss Life, noticia ainda o mesmo jornal, que no mês passado indicava que a EDP estava a avançar para a venda da espanhola Naturgas, a segunda maior distribuidora de gás em Espanha, em paralelo com portuguesa Portgas.

De resto, a EDP até tinha mandatado os bancos para avaliar a alienação da operação de gás espanhola, dizia a Bloomberg em janeiro. Para os responsáveis da EDP, o negócio estava dependente das condições do mercado, dado que o Goldman Sachs tinha em curso a venda da Redexis e o resultado final desta operação iria ajudar a EDP a decidir se vendia ou não a Naturgas.

Em todo o caso, aquando da apresentação de resultados, António Mexia rejeitou as notícias sobre esta eventual operação, dizendo que “não há nada no que diz respeito à Naturgas”. “A Portgas foi classificada como ativo para venda. Sobre a Naturgas não há nada”, frisou Mexia no dia 2 de março, depois de a EDP ter apresentado uma subida de 5% dos lucros para 961 milhões de euros em 2016.

A concretizar-se a venda da Naturgas por 3.000 milhões de euros, o valor do negócio supera a avaliação que o Haitong atribiu à empresa de gás espanhola, à volta dos 2.100 milhões de euros. Nesse sentido, os analistas daquele banco de investimento consideram o negócio “positivo” para a elétrica liderada por António Mexia.

“É verdade que a Naturgas apresenta números em relação ao Opex e Capex melhores do que a Redexis e a Gas Natural (…) mas ficaríamos surpreendidos se isso é suficiente para justificar um prémio tão elevado (mesmo que os investidores de private equity possam estar a considerar custos de capital mais baixos pela Naturgas do que estimamos”, explica o Haitong.

As ações da EDP avançam 1,17% para 2,933 euros.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Anacom multa Meo em 120 mil euros. Operadora recorre

A Meo vai recorrer da coima de 120 mil euros aplicada pela Anacom por alegados incumprimentos na prestação de serviços através dos números "1820" e "1896".

A Meo foi multada pela Anacom por alegados incumprimentos na prestação dos serviços informativos “1820” e “1896”. A coima, no valor de 120.000 euros, foi aplicada à operadora pelo regulador das telecomunicações no passado dia 9 de fevereiro. A empresa decidiu recorrer para o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, informou esta terça-feira a Anacom em comunicado.

O número “1820”, a que a operadora chama de “o número que diz tudo”, é um serviço diversificado que presta informações sobre contactos, moradas, códigos postais, entre muitos outros. Já o “1896” é outro número do serviço informativo da Meo.

Parte dos problemas prendem-se com a alegada falta de informação sobre os custos das chamadas para estes números. No caso do “1896”, a Anacom acusa a Meo de “não ter publicado informação adequada e completa sobre o tarifário aplicável às chamadas” em “dois momentos distintos”. Além disso, em doze chamadas efetuadas para o call center, os operadores não terão prestado “informações objetivas e detalhadas” sobre o preço das chamadas efetuadas para esses números.

A terceira justificação da Anacom para a aplicação da coima à Meo é bem mais específica. O regulador alega que a Meo usou o número “1820” para promoção comercial de uma empresa com quem estabeleceu uma parceria”. A operadora terá mesmo “disponibilizado vouchers de desconto dos seus serviços, efetuando a sua publicidade e prestando informações que não eram comercialmente neutras”. É uma prática que vai contra as regras deste tipo de serviços, refere o regulador.

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“Dijsselbloem é sexista, xenófobo e racista”

António Costa criticou duramente as declarações de Jeroen Dijsselbloem sobre os países do Sul da Europa. Diz que "numa Europa a sério, a esta hora Dijsselbloem já estava demitido".

António Costa criticou duramente as declarações de Jeroen Dijsselbloem sobre os países do Sul da Europa. Diz que “numa Europa a sério, a esta hora Dijsselbloem já estava demitido”. À margem da conferência Football Talks, esta quarta-feira de manhã, o primeiro-ministro afirmou, em declarações à SIC Notícias, que “a Europa não se faz com Dijsselbloem’s”. Costa referiu-se ao atual presidente do Eurogrupo como um “lobo disfarçado de cordeiro”. Minutos depois, o Presidente da República, em declarações à RTP3, em Bruxelas, reafirmou a posição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que “falou em nome do Estado português”. “Portugal tomou posição, está tomada”, reagiu Marcelo Rebelo de Sousa.

“Estas declarações são inaceitáveis”, classificou o líder do Governo português, em reação às declarações de Jeroen Dijsselbloem que acusou os países como Portugal de gastarem dinheiro em “álcool e mulheres”. “O populismo não está só naqueles que têm coragem de o admitir”, atacou António Costa, afirmando que o político holandês “não pode ter nenhum cargo nesta União Europeia”.

“A Europa só será credível com um projeto comum no dia em que este senhor deixar de ser presidente do Eurogrupo”, afirmou António Costa esta quarta-feira, repetindo o apelo do ministro dos Negócios Estrangeiros feito esta terça-feira à noite. O primeiro-ministro exige que Dijsselbloem faça um “pedido de desculpas claro relativamente a todos os países que foram profundamente ofendidos com estas declarações”.

O líder do Executivo português defendeu que deve-se responder a estas “ameaças” com “maior unidade europeia”, afirmando que não se constrói essa unidade “estigmatizando os outros”. “Portugal não tem de receber lições nenhumas”, garantiu António Costa, elencando o défice mais baixo da democracia e um dos maiores saldos primários da UE como argumentos para defender que Portugal “honrou as suas obrigações”.

“Portugal também não dá lições aos outros”, disse Costa, referindo que tanto é preciso “admirar o esforço extraordinário” dos países nórdicos após a guerra mundial como os povos do Sul da Europa por conseguirem “corrigir a situação das suas finanças públicas com imenso sofrimento”. O primeiro-ministro defende que para haver regras comuns tem de haver também respeito comum.

António Costa diz que Dijsselbloem deve cessar funções “por razões naturais” dado que foi “esmagado nas últimas eleições na Holanda”. O primeiro-ministro argumentou que o euro tem “muitas ameaças”, sendo que é preciso estabilização e a fortificação da União Monetária. Costa elogiou o livro branco da Comissão Europeia e a realização da cimeira de Roma, onde vai ser assinada “a vontade comum dos 27 para continuarmos a construir a Europa”.

“Para que isso seja um gesto de convicção que a todos mobilize e para que seja credível tem de se traduzir em atos”, afirmou, referindo o caso de Dijsselbloem como o oposto disso: “Em vez de contribuírem para estabilizar o euro, aquilo que fazem é difundir valores contrários aos europeus e criar divisão entre os países”, atacou.

Questionado sobre uma das conclusões do boletim económico do Banco Central Europeu — onde o supervisor bancário europeu defendia a aplicação de sanções a Portugal por desequilíbrios macroeconómico excessivos –, António Costa referiu que essa é uma visão de um outro relatório da Comissão Europeia, cuja base está “assente em dados que estão bastante desatualizados relativamente ao que nos diz respeito, a Portugal”.

(Notícia atualizada às 11h27)

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Acionista chinês da TAP negoceia compra de arranha-céus em Nova Iorque

  • Lusa
  • 22 Março 2017

A torre, Manhattan's 245 Park Avenue, tem 158.000 metros quadrados e entre os seus inquilinos consta o fundo de investimentos JPMorgan Chase & Co.

O grupo chinês HNA, acionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul, está a negociar a compra de um arranha-céus em Nova Iorque por 2,21 mil milhões de dólares.

O valor, avançado pela imprensa estatal chinesa, seria um dos mais elevados de sempre pago por um edifício em Manhattan, o coração financeiro dos Estados Unidos.

A torre, Manhattan’s 245 Park Avenue, tem 158.000 metros quadrados e entre os seus inquilinos consta o fundo de investimentos JPMorgan Chase & Co.

Com sede na ilha de Hainan, no extremo sul da China, a HNA opera nos setores de aviação, indústria, turismo, logística e financeiro.

O grupo detém indiretamente cerca de 20% do capital da TAP, através de uma participação de 13% na Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway) e de 7% na Atlantic Gateway.

No ano passado, a firma comprou a distribuidora de tecnologia norte-americana Ingram Micro, por 6.000 milhões de dólares, e acordou pagar 1,3 mil milhões de euros pela Gategroup, a segunda maior empresa de “catering” de aviões do mundo.

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Recebeu uma mensagem do Montepio ou do BIC? Pode ter sido vítima de burla

Uma vaga de burlas está a usar o nome de bancos como o Santander Totta, Montepio e o BIC para roubar dinheiro aos clientes. Se recebeu e abriu, pode ter sido vítima de burla. Conheça as recomendações.

Uma simples mensagem pode fazer muitos estragos. A prova disso é a recente vaga de burlas digitais em Portugal, que coloca em risco os dados bancários das vítimas. Na última semana, foram várias as pessoas que confirmaram ter recebido mensagens suspeitas em nome de bancos como o Montepio e o BIC. Também recebeu? Pois bem: são falsas. O objetivo é roubar o seu dinheiro.

Geralmente, estes ataques são feitos por email. Mas agora, estão a ser realizados por SMS, que surgem espontaneamente, de um número desconhecido, solicitando uma qualquer ação urgente por parte do utilizador. Numa das mensagens em nome do BIC, que também chegou ao ECO, podia ler-se “Você tem uma nova transação para assinar. Valor: 305 euros. Data: 21/03/2017”, seguindo-se uma ligação para um site falso a simular uma página oficial.

Noutra das mensagens, citada pelo site de tecnologia PPlware e, desta vez, em nome do Montepio Geral, surgia indicado que o acesso do cliente estava “inativo” e solicitava-se uma “adesão obrigatória ao SMSCODE”. No final, uma vez mais, uma ligação para outra página suspeita.

A maioria destas mensagens terá sido enviada na terça-feira, 21 de março, mas este tipo de ataques não é de agora. O certo é que muitos dos destinatários nem sequer são clientes das instituições referidas. Trata-se de um tipo de ataque conhecido por phishing, em que os burlões tentam ludibriar as vítimas a fornecerem dados pessoais, tirando partido da credibilidade de certas marcas junto dos utilizadores, fazendo-se passar por elas.

No caso específico do BIC, a página falsa solicitava ao utilizador que introduzisse as credenciais de homebanking. Ao fazê-lo, ao invés de aceder à respetiva conta, o que o cliente está a fazer é a enviar aos atacantes esses dados pessoais. Os atacantes, depois, ficam com o caminho aberto para transferir o dinheiro para outra conta ou convertê-lo em bitcoin, a moeda anónima e digital. São apenas dois exemplos.

Recebi e cliquei na ligação. O que fazer?

Se também recebeu as mensagens, clicou e preencheu os seus dados pessoais, pode ter sido vítima de burla. É recomendável que contacte imediatamente o seu banco e, em último caso, as autoridades. Verifique o saldo da sua conta e vasculhe o extrato em busca de movimentos suspeitos.

Mantenha-se alerta, mesmo que tudo lhe pareça bem. Com os dados pessoais na posse dos burlões, o ataque final — isto é, o momento em que o dinheiro é roubado — pode surgir num qualquer outro dia ou hora. O melhor a fazer é mesmo recorrer à instituição bancária, que poderá alterar os dados da sua conta e, assim, impedir que terceiros acedam àquilo que é seu.

Prevenir é o melhor remédio

É difícil apurar quantas pessoas terão caído neste conto do vigário e, por norma, as autoridades não têm o trabalho facilitado no que toca a encontrar e responsabilizar os burlões. Assim, o melhor a fazer é sempre prevenir. O Banco de Portugal, por exemplo, está a par da existência deste tipo de ataques e, no início da semana passada, emitiu um comunicado com boas práticas para evitar problemas.

Entre as principais dicas, o regulador da banca recomenda que não se aceda a contas bancárias usando computadores públicos, que se protejam os dispositivos com um antivírus e que este esteja sempre atualizado. Outra recomendação é que e evite o uso de passwords óbvias, como “12345” (um clássico) ou a data de nascimento.

Acima de tudo, a principal recomendação é mesmo que se desconfie de qualquer página a partir do momento em que surge uma indicação suspeita, ou que a navegação não pareça normal. No caso das páginas falsas nas mensagens enviadas esta semana, o browser dava a indicação de que a página era “Insegura”. São estes detalhes que podem confirmar que algo não está efetivamente bem.

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Viaduto de Alcântara em risco. Trânsito cortado

  • Lusa
  • 22 Março 2017

A circulação rodoviária no viaduto de Alcântara está interrompida devido a um desvio num pilar que pode colocar a estrutura em risco. Comboios já circulam, mas devagar.

A circulação ferroviária já foi retomada, embora com limites. O trânsito automóvel continua cortado.Paula Nunes/ECO

O trânsito em Alcântara está interrompido desde as 8h00 devido a um desvio no pilar do viaduto de Alcântara que pode colocar a estrutura em risco, disse à Lusa fonte dos Sapadores Bombeiros de Lisboa. Além da circulação automóvel, também a de comboios (Linha de Cascais) teve de ser interrompida, por questões de segurança, porque a passagem dos comboios por baixo do viaduto “provoca vibração que pode aumentar o risco”.

A circulação ferroviária na entre Algés e Cais do Sodré foi, entretanto, retomada às 11h nos dois sentidos, embora com uma limitação de 10 Km/h neste troço, disse fonte da Câmara de Lisboa.

Os passageiros têm utilizado autocarros da Carris para a ligação entre Algés e o Cais do Sodré, devido ao perímetro de segurança montado em torno do viaduto. Em declarações aos jornalistas no local, o vereador da Proteção Civil, Carlos Castro, referiu, cerca das 9h40, que está a ser feita uma avaliação técnica do viaduto, após ter ocorrido uma “deslocação da estrutura”. Para assegurar o perímetro necessário de segurança ao viaduto de Alcântara encontram-se no local operacionais do Regimento Sapadores de Bombeiros e elementos da Polícia Municipal de Lisboa.

O acompanhamento da circulação rodoviária está a ser feito “quer pela equipa da Divisão de Trânsito da Polícia Municipal, quer pela Divisão de Trânsito da PSP”, indicou o vereador da Segurança e da Proteção Civil da Câmara de Lisboa.

As autoridades estabeleceram um perímetro de segurança no local.Paula Nunes/ECO

O trânsito na avenida da Índia – artéria localizada por debaixo do viaduto de Alcântara – está cortado, pelo que a circulação automóvel está a ser desviada para a rua da Junqueira. Na avenida de Brasília – artéria paralela à avenida da Índia e que também se localizada por debaixo do viaduto de Alcântara – o trânsito está a circular normalmente. “Na avenida da Índia, os carros não são permitidos circular deste lado interior da cidade. Junto do rio, está a decorrer a circulação normalmente”, referiu Carlos Castro.

Uma testemunha que se encontrava pelas 8h30 no interior do comboio que seguia com destino ao Cais do Sodré, que estava parado há cerca de 15 minutos entre Belém e Alcântara, disse à Lusa que o revisor informou os passageiros de que havia um problema no viaduto de Alcântara. “Além disso também fomos informados pelo sistema de som que devido a acidente havia uma perturbação prolongada na circulação ferroviária”, contou.

(Notícia atualizada às 11h13 com mais informação)

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Revista de imprensa internacional

Não é novidade nenhuma que existe desigualdade salarial, mas sabia que um CEO da praça financeira londrina recebe 386 vezes mais do que um trabalhador britânico que ganhe o salário mínimo?

Depois do referendo e uma substituição no Governo, a situação da banca italiana continua nas ruas da amargura e existe o receio de dois novos pedidos de resgate de bancos regionais choquem com as regras europeias. Em França, Fillon acrescenta uma polémica à investigação que está atualmente em curso: o candidato terá organizado um encontro entre Putin e empresários do setor petrolífero. Na Inglaterra, os milionários estão mais confiantes, mesmo com o Brexit.

The Guardian

Reino Unido: 386 vezes o salário mínimo = salário de um CEO

Os presidentes executivos das empresas britânicas presente na bolsa londrina (FTSE 100) ganham 386 vezes mais do que o salário mínimo nacional. Ou seja, os CEOs ganham, por ano, uma média de 3,5 milhões de libras, o que contrasta com 13.662 libras que resulta de 7,20 libras por hora. O alerta é feito pela organização Equality Trust que pede ao Governo para forçar as empresas a diminuir a desigualdade salarial. Numa altura em que a incerteza do Brexit pode também trazer pressões do lado da inflação, a Equality Trust pede a Theresa May para fazer do combate da desigualdade salarial uma das suas prioridades.

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Reuters

Itália testa regras bancárias europeias

Os italianos estão a planear dois resgates de bancos regionais, o Banca Popolare di Vicenza e o Veneto Banca. Estes planos são um dilema junto dos reguladores europeus que ainda estão a considerar se a situação do Monte dei Paschi é uma ajuda de Estado, apesar de o Banco Central Europeu já ter dado preliminarmente a luz verde. Ambos os bancos regionais italianos pediram, na passada sexta-feira, ao Estado para os recapitalizar, por precaução, um mecanismo que pode ir contra as regras europeias que visam proteger o dinheiro os contribuintes.

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Bloomberg

UBS vai cobrar taxas a milionários com dinheiro parado

O grupo suíço UBS vai passar a cobrar mais as contas com um valor superior a um milhão de euros (1,08 milhões de dólares). O banco quer aplicar uma taxa de 0,6% nas contas da moeda única. O UBS junta-se assim a uma lista de bancos que tem vindo a crescer na Europa em que os bancos passam o custo de ter o dinheiro “parado” para os clientes (já que o BCE tem uma taxa negativa de 0,4% para o dinheiro que os bancos “estacionam” na instituição). Este fator aliado ao aumento da regulação forçou o UBS a aumentar os custos de manutenção da conta, justificou o banco à Bloomberg. Os clientes que não queiram ser expostos a esta taxa têm de fechar a conta até ao final de abril.

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The Independent

Mais um escândalo para Fillon, desta vez com Putin

Segundo o jornal francês Le Canard Enchaîné, o candidato republicano soma mais um escândalo às suspeitas judiciais que já existem. Em causa está um alegado encontro que Fillon organizou entre empresários do ramo petrolífero e o presidente russo, Vladimir Putin, arrecadando por isso 50 mil euros. Esses encontros terão acontecido em São Petersburgo, em junho de 2015, à margem do Fórum Económico Internacional. Enquanto primeiro-ministro de Sarkozy, François Fillon recebeu Putin em Paris. O atual candidato à presidência francesa é contra as sanções que a União Europeia impõe à Rússia por causa do conflito na Crimeia.

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The Guardian

Brexit? Melhor para nós, dizem os milionários

Os milionários britânicos acreditam que vão ganhar ainda mais dinheiro com o Brexit. A conclusão é de um inquérito realizado pelo banco suíço UBS a mais de 400 gestores de património que tenham pelo menos um milhão de euros (800 mil libras). 78% dos inquiridos pensa que a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia vai ter um efeito positivo nos seus planos financeiros. O entusiasmo com o futuro dos britânicos após a saída do bloco verifica-se principalmente junto dos milionários mais jovens. Na faixa dos 18 aos 34 anos a percentagem sobe para 83%.

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Reservas bem cheias, petróleo em mínimos

As reservas de petróleo nos EUA aumentaram em 4,53 milhões de barris na última semana, segundo dados do American Petroleum Institute. Preço da matéria-prima atingiu mínimos do ano em Londres.

O preço do petróleo continua a cair. O valor da matéria-prima mantém a tendência de queda iniciada no início do mês e atingiu esta quarta-feira, em Londres, novos mínimos do ano. A pressionar estão as grandes reservas norte-americanas, com os dados a apontarem para um aumento dos stocks na ordem dos 4,53 milhões de barris só na última semana, segundo dados do American Petroleum Institute.

Em Londres, a referência para as importações nacionais, o barril já se negoceia muito próximo da linha de água, nos 50,78 dólares, uma redução de 0,35% que se soma à de 1,28% registada na sessão desta terça-feira. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate negoceia nos 47,96 dólares.

Fonte: Bloomberg

Segundo a Bloomberg, a especulação é de que o aumento das reservas norte-americanas acabe por ofuscar o corte na produção acordado no ano passado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Embora o cartel só vá decidir em maio se prolonga ou não esse abrandamento, haverá uma reunião esta quarta-feira no Kuwait entre ministros e oficiais de nações fora do grupo, que deverão debater como tem evoluído esse acordo histórico.

“No mercado há um certo receio de que se assista a um novo aumento substancial nas reservas [de petróleo]. No cômputo geral, é perturbador o que está a acontecer ao preço do petróleo e se surgir confirmação de um novo aumento no curto prazo, a tendência de queda vai provavelmente continuar”, disse à agência Michael McCarthy, estratego da australiana CM Markets.

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