Lucro da brasileira Embraer cresceu 35% no ano passado

  • Lusa
  • 8 Março 2018

Fabricante de aeronaves brasileira terminou último ano com lucro de 197,3 milhões de euros. Embraer diz que plano de fusão ou de criação de uma nova empresa com a Boeing continua em aberto.

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer terminou o ano de 2017 com um lucro de 795,8 milhões de reais (197,3 milhões de euros), um crescimento de 35,94% face ao ano anterior, segundo o balanço financeiro divulgado, esta quinta-feira.

No último trimestre do ano passado, porém, o lucro da Embraer caiu 82% em relação ao mesmo período de 2016, passando de 648,3 milhões de reais (160,7 milhões de euros) para 117,2 milhões de reais (29 milhões de euros).

Já o lucro líquido ajustado da companhia, que exclui impostos diferidos e itens especiais somou 899,4 milhões de reais (223 milhões de euros) em 2017, tendo sido obtidos 191,5 milhões de reais (47,5 milhões de euros) no quarto trimestre do ano passado.

A receita líquida da Embraer em 2017 foi de 18,7 mil milhões de reais (4,6 mil milhões de euros), valor que indica uma queda de 13% face aos 21,4 mil milhões de reais (5,3 mil milhões de euros) alcançados em 2016.

Segundo a fabricante de aeronaves brasileira, os principais fatores da queda foram “a valorização do real durante o ano e a queda do número de entregas dos jatos comerciais e executivos”.

No quarto trimestre, a receita líquida da empresa recuou 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando em 5,6 mil milhões de reais (1,3 mil milhões de euros), resultado também justificado pela companhia pela queda do número de entregas de aeronaves no período.

Em 2017, a fabricante brasileira informou que entregou 101 aeronaves comerciais e 109 executivas, sendo 72 jatos leves e 37 jatos grandes, atingindo a sua estimativa anual de entregas.

Para 2018, foram mantidas as estimativas de entregar entre 105 e 125 aviões executivos e entre 85 e 95 aviões comerciais.

A Embraer também mencionou no seu balanço financeiro que os planos de fusão ou de criação de uma nova companhia em parceria com a empresa norte-americana Boeing continuam em andamento.

“As negociações continuam em andamento e uma eventual estrutura estará sujeita à aprovação do Governo brasileiro, dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e das duas companhias. Não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar”, concluiu.

A empresa mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilómetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, arredores de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro critica aproximação ao PS. Abreu Amorim sugere pedido de desculpas a Rio

  • Lusa
  • 8 Março 2018

Na primeira vez que Rui Rio se juntou à banca social-democrata, Luís Montenegro deixou críticas à estratégia seguida pela direção do partido pela aproximação aos socialistas.

O ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro criticou, esta quinta-feira, duramente a estratégia seguida pela direção do partido na relação com os deputados e na aproximação ao PS, enquanto Carlos Abreu Amorim sugeriu a Rui Rio um pedido de desculpas.

A reunião do grupo parlamentar do PSD, que ainda decorre, começou com uma intervenção do presidente do partido, Rui Rio, na primeira vez que se juntou à bancada social-democrata, e que terminou sem palmas, ao contrário do que era habitual com o anterior líder, Pedro Passos Coelho.

De acordo com relatos feitos à agência Lusa, entre as intervenções mais duras contam-se, até agora, as de Luís Montenegro, Teresa Morais e Carlos Abreu Amorim.

Luís Montenegro, que já admitiu poder vir a candidatar-se à liderança, considerou que a estratégia de Rui Rio de aproximação ao PS “está a servir para branquear” a atitude do Governo no passado, dizendo que foram sempre os socialistas que não quiseram dialogar com o PSD.

“A posição de Costa é um insulto ao diálogo partidário”, afirmou Montenegro, considerando que o líder do PS e primeiro-ministro “anda a gozar” com o PSD. “O que o PS fará connosco é o que o PCP e o BE deixarem”, afirmou.

Por outro, o antigo líder parlamentar do PSD pediu a Rui Rio que seja capaz de motivar os deputados, considerando que estes não podem ser “convencidos à força” e frisou que a sua motivação será “o maior crédito” para o sucesso do seu caminho.

Por outro lado, Carlos Abreu Amorim, antigo vice-presidente da bancada do PSD, destacou a “atitude grandiosa” de Fernando Negrão na semana passada, quando o líder parlamentar pediu desculpas aos deputados por alguns excessos de linguagem e sugeriu ao presidente do partido que faça o mesmo.

Rio diz que reunião não podia ter corrido melhor

Sobre esta mesma reunião, o presidente do PSD, Rui Rio, disse, esta quinta-feira, não ver como é que “o encontro com a bancada pudesse correr melhor”, salientando as “muitas intervenções construtivas” durante as cerca de três horas e meia que durou o encontro.

“Eu disse [na quarta-feira], quando muito se houver é uma convulsãozita, para ser sincero não a notei, bem pelo contrário, notei uma reunião muito prolongada, com muitas intervenções, intervenções construtivas”, afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas no final da sua primeira reunião com o grupo parlamentar do PSD.

Perante as várias perguntas sobre críticas que lhe terão sido dirigidas, o presidente do PSD considerou que aconteceu aquilo que esperava: “Uma realidade dentro da sala e outra difundida para fora, já estava à espera, a reunião correu de forma absolutamente normal”.

Questionado se não ouviu críticas sobre a sua estratégia de aproximação ao PS – feitas pelo ex-líder parlamentar Luís Montenegro -, Rui Rio disse que o que ouviu foi “algum ceticismo relativamente à boa vontade” dos socialistas nos acordos com o PSD.

“Em 89 deputados cada um diz o que sente, não é por um dizer uma coisa que isso possa fazer regra. Naquilo que é o traço comum da reunião, eu não vejo como é que a reunião pudesse correr melhor, há lideres que gostam muito que se levantem todos a bater-lhe palmas, não é propriamente o meu estilo”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo quer que pelo menos 40% das chefias do Estado sejam mulheres

  • Marta Santos Silva e Lusa
  • 8 Março 2018

O Conselho de Ministros aprovou várias resoluções para reduzir a desigualdade de género nas listas a órgãos governativos e nos quadros dirigentes da Administração Pública.

O Conselho de Ministros aprovou uma resolução para que a Lei da Paridade passe a garantir que o sexo menos representado constitui 40% das listas aos órgãos governativos, em vez dos anteriores 33,3%, e também a exigir que no pessoal dirigente da administração direta e indireta do Estado exista um mínimo de 40% de pessoas do sexo menos representado.

Num comunicado publicado no site deste órgão, o Conselho de Ministros sublinha que os diplomas aprovados servem para “assinalar o Dia Internacional da Mulher”, reiterando “o compromisso do Governo na implementação de políticas públicas que promovam a igualdade e a não discriminação como condição de progresso e de desenvolvimento”.

Foi aprovada uma proposta de lei dedicada ao pessoal dirigente nos órgãos da Administração Pública, garantindo que o sexo menos representado esteja no mínimo presente em 40% relativamente ao oposto, em órgãos que incluem “os institutos públicos e as fundações públicas, os órgãos de governo e de gestão das instituições de ensino superior públicas, os órgãos deliberativos, executivos, de supervisão e de fiscalização das associações públicas profissionais e de outras entidades públicas de base associativa”.

Além disso, o Conselho de Ministros também aprovou a proposta de lei que altera a lei da paridade, estabelecendo-se que a lei se passa a alargar também às juntas de freguesias, e passa a ter um limiar de 40% em vez de 33,3%.

Foram ainda aprovadas duas resoluções, uma das quais aprova o Plano de Ação para a Prevenção e o Combate ao Tráfico de Seres Humanos 2018-2021. “Em vigor até 2021, este Plano tem em vista a melhoria do sistema de proteção, através de uma estratégia nacional abrangente, em linha com as orientações internacionais sobre esta matéria”, lê-se no comunicado. Em segundo lugar, foi aprovada em definitivo a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 – Portugal + Igual.

Governo abaixo da média europeia

Portugal tem a quinta menor percentagem de mulheres no Governo da União Europeia (UE), mas está acima da média comunitária na representação feminina no parlamento, revelou, esta quinta-feira, a Comissão Europeia.

O relatório de 2018 sobre a igualdade entre homens e mulheres, publicado pelo executivo comunitário para assinalar o Dia Internacional da Mulher, indica que, em novembro de 2017, o Governo português integrava apenas 16,7% de mulheres, uma percentagem que fica mais de dez pontos percentuais abaixo da média comunitária de 27,7%.

Neste ‘ranking’, Portugal é superado pela Hungria, cujo Governo não inclui nenhuma mulher, pelo Chipre (onde as mulheres representam 8,3% do total), pela República Checa (11,8%) e por Malta (13,3%). O país em que a percentagem de representação feminina é mais elevada é a Suécia (52,2%), seguindo-se a França (50%) e a Eslovénia (47,1%).

No entanto, de acordo com o relatório comunitário, Portugal encontra-se no polo oposto na representação parlamentar feminina, com 35,2% dos deputados com assento na Assembleia da República a serem mulheres.

O parlamento português é o oitavo, entre os 28 Estados-membros, na lista de países em que a percentagem de mulheres é mais elevada, sendo superado pela Suécia (46,1%), Finlândia (42%), Espanha (40,6%), Bélgica (38,7%), Dinamarca (37,4%), Eslovénia (35,6%) e Holanda (35,3%). A média comunitária é de 29,3%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicatos dos bancários querem aumentos salariais de 3%

  • Lusa
  • 8 Março 2018

Febase fez proposta de aumentos salariais de 3%, justificada com a inflação e os ganhos da economia. Sindicatos criticam "intransigência" dos bancos nestas negociações.

Os sindicatos ligados à UGT criticam, em comunicado, os bancos de “intransigência” nas negociações para aumentos salariais, que arrancaram esta semana e nas quais foram pedidos aumentos de 3% e as instituições propuseram 0,4%.

Esta terça-feira arrancaram as negociações para aumentos salariais entre os sindicatos da Febase – Federação do Setor Bancário e o grupo negociador dos bancos sobre “aumentos da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária”, não tendo havido acordo como já se esperava, segundo o comunicado disponibilizado no ‘site’ do Sindicatos dos Bancários do Norte (SBN).

A Febase fez na reunião uma proposta de aumentos salariais de 3%, justificada com a inflação e os ganhos da economia, por considerar que as instituições de crédito “também são beneficiárias, como se comprova nos sinais de grande recuperação que têm vindo a dar, percetível nos resultados apresentados”.

Já dos bancos a proposta foi de um aumento de 0,4%, que a Febase critica, referindo ser um “valor inaceitável (…) face à conjuntura atual do setor, em clara fase de recuperação”.

“Se é verdade que a situação do setor ainda não é a melhor, está neste momento a superar o período de crise pelo qual passou”, reitera o comunicado do SBN.

Os sindicatos ligados à UGT dizem ainda que ficaram surpreendidos com a postura de “intransigência” dos negociadores dos bancos, que não deram “quaisquer sinais que evidenciem predisposição para evoluir na proposta, antes pelo contrário, afirmando que a mesma está justificada na sua fundamentação”.

Com a proposta de 0,4%, o GNIC (grupo negociador dos bancos) argumenta que os encargos seriam bastante superiores e acrescido de pretensos 0,8% da massa salarial, refere o SBN.

Na reunião, os representantes dos patrões justificaram, ainda, segundo o comunicado, a impossibilidade de mais aumentos por não haver reflexos a curto prazo da negociação em 2016 no Acordo Coletivo de Trabalho na redução de encargos com pessoal e que os bancos terão mais custos com a implementação das novas normas europeias e digitalização do setor.

Já a Febase argumentou que os bancos “lucraram muito com as formações feitas pelos trabalhadores em horário pós-laboral, sem qualquer pagamento de horas”.

O comunicado do SBN termina a dizer que no setor bancário se vive um “clima de paz social” que “muito se deve aos Sindicatos da Febase, que sempre mostraram uma postura responsável e dialogante”, com os trabalhadores a mostraram “total compreensão pela situação que a banca atravessou e para a qual em nada contribuíram”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 8 Março 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

As mudanças implementadas pelo Governo no IRS em 2018 vão ter um efeito negativo na desigualdade em Portugal. A conclusão é dos técnicos da Comissão Europeia que alertam que medida vai custar mais. A Cisco assinou recentemente uma parceria com o Governo para acelerar a digitalização no país. Sofia Tenreiro, diretora-geral da empresa em Portugal, quer trazer novos investimentos.

A desigualdade em Portugal vai aumentar com o impacto das mudanças que o Governo decidiu fazer no IRS aprovadas no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), segundo as contas da Comissão Europeia. Bruxelas estima que essa reforma vá aumentar o coeficiente de Gini — a medida internacional de desigualdade numa economia –, o que implica uma maior redistribuição desigual do rendimento.

A Cisco está presente em Portugal há dez anos, através de centros de serviços de suporte internacional, e quer alargar os investimentos no país. Em entrevista ao ECO24, Sofia Tenreiro, diretora geral da Cisco Portugal, diz que tem a “ambição” de trazer para o país um centro de desenvolvimento da tecnológica norte-americana, à semelhança daquele que a Google vai inaugurar em Oeiras.

Portugal vai ser o único dos três Estados-membros que saíram da categoria de desequilíbrios macroeconómicos excessivos a receber uma carta da Comissão Europeia. Bruxelas quis dar um sinal positivo aos desenvolvimentos da economia portuguesa, mas quer ter a certeza que o país consolida essas melhorias.

A Pharol e a Société Mondiale, de Nelson Tanure, têm a sua posição no conselho de administração da Oi suspensa. Tal resulta de uma decisão da justiça brasileira que acatou o pedido feito pelo Ministério Público que pedia a retirada dos direitos políticos dos acionistas que participaram na assembleia extraordinária ocorrida a 7 de fevereiro, informa a Pharol em comunicado enviado à CMVM.

Recebem menos do que os colegas homens que desempenham trabalho igual, ocupam menos cargos de liderança nas empresas, a sua representatividade na política não corresponde à realidade social, a sua presença no espaço de debate e opinião fica aquém da paridade, estão mais sujeitas ao risco de pobreza ou exclusão social e são mais afetadas pelas crises internacionais. A lista da desigualdade de género pode continuar e até as mais ricas do mundo têm razão de queixa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sócia da SPS integra lista de árbitros do CAAD

  • ADVOCATUS
  • 8 Março 2018

Joana Ribeiro Pereira, sócia da SPS Advogados acaba de integrar a nova lista de árbitros do CAAD – Centro de Arbitragem Administrativa, em matéria administrativa.

Joana Ribeiro Pereira, sócia da SPS Advogados acaba de integrar a nova lista de árbitros do CAAD – Centro de Arbitragem Administrativa, em matéria administrativa.

O CAAD é a entidade, de âmbito nacional, autorizada para promover a resolução de litígios em matéria de Direito Público, nas áreas administrativa e tributária. Tem como fim servir o Estado, os cidadãos e as empresas com uma arbitragem inovadora e reconhecida a nível nacional e internacional.

Joana Ribeiro Pereira é sócia das áreas de Imobiliário, Urbanismo, Contratação Pública, Bancário e Contencioso. Faz parte da SPS Advogados desde 2003, e é sócia desde 2013.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dia da Mulher. Fique com o testemunho de seis advogadas

Neste dia Internacional da Mulher, em pleno 2018, desafiámos advogadas de várias sociedades a contar-nos o que este dia significa para elas e como está a advocacia em termos de igualdade de género.

Para o dia Internacional da Mulher, a Advocatus propôs a um grupo de advogadas de algumas das sociedades relevantes do mercado que fizessem uma reflexão sobre esta data, o que celebra e qual o estado da profissão em matéria de igualdade de género.

Desafiámos as seis advogadas a responder a três questões:

  1. Acha que ainda faz sentido, em 2018, existir o Dia da Mulher?
  2. Qual a sua perspetiva de ser advogada mulher? Vantagens, desvantagens? O que mudou?
  3. Diga três coisas que mudaria no que toca ao estatuto da mulher num escritório de advogados.

Fique aqui com as respostas:

Rita Trabulo, associada coordenadora de Corporate/M&A da CCA Ontier

1 – “Discutindo-se cada vez mais as questões de género é de facto uma pergunta que nos deixa a pensar. Se todas as pessoas, principalmente as que formam as gerações mais novas, soubessem o que está na origem deste dia talvez não precisássemos de ter um Dia Internacional da Mulher. Como se ouve frequentemente (e com uma certa razão) o “dia” da Mulher deve ser todo o santo dia do ano. Não deve ser um dia datado em que se distribuem flores no metro e são enaltecidas as mulheres que se vão destacando nas várias áreas e nos vários setores da nossa sociedade. Isto deveria ser feito naturalmente (desnecessariamente quanto à parte das flores), independentemente de se ser homem ou mulher. Ainda assim, talvez seja importante mantê-lo como um marco histórico para servir de reflexão, de conhecimento das lutas passadas e de projeções para o futuro.

2 -Confesso que se a primeira pergunta é difícil esta também não é nada fácil. Cada pessoa tem a sua personalidade e as suas características, certo? A diversidade é boa. As várias experiências e o crescimento pessoal de cada um, trazidos para o contexto profissional, permitem diversas perspetivas e abordagens, que beneficiam um trabalho final. As mulheres e os homens têm diferentes abordagens, como o têm as pessoas que vêm de países estrangeiros, do interior, de formações distintas, de vários contextos sociais e por aí fora.

Ainda assim, sente-se, por vezes, nos interlocutores, sejam eles homens ou mulheres, a preferência por um advogado homem a tratar determinados assuntos, exigindo da advogada-mulher um esforço maior para provar e dar a conhecer que dá plenamente conta do assunto. Felizmente, no mundo que me rodeia, isto tem vindo a mudar.

Ao falar-se em advogada mulher pensa-se, quase automaticamente, nas questões familiares, a advogada mulher e mãe que tenta coordenar a vida familiar e a vida profissional como se isso não acontecesse com os homens ou com outras profissões. Olhando à minha volta vejo de facto o malabarismo que as mulheres fazem entre o ser parte de uma família e o ser parte de um escritório, de uma empresa, do trabalho.

3 – O que tem vindo a mudar? A consciencialização de que não existem super-homens nem super-mulheres. Felizmente, no escritório onde estou mudaria pouca coisa e, por isso, para mim, mais do que mudar algo num escritório de advogados, é mais importante mudar duas coisas no mundo da advocacia atual:

  • Internamente: oportunidades iguais de progressão de carreira com remuneração correspondente;
  • Políticas de maternidade mais adaptadas à realidade socioeconómica em que vivemos (que, em bom rigor deveriam ser políticas de paternidade para ser mais “justa”);
  • A terceira coisa que mudaria… não a encontro… considerem-me como se vivesse num mundo (semi) ideal, mas, sob pressão, não consigo identificar nada mais que fosse só aplicável ao estatuto das mulheres.”

Susana Afonso, sócia do Direito do Trabalho da CMS Rui Pena & Arnaut

1 – “Sim, [ainda faz sentido existir o dia da Mulher], a mulher, independentemente da evolução social e do seu estatuto na sociedade, terá sempre um padrão de identidade que a tornará única e será sempre digno celebrar essa singularidade.

2 – As mulheres, por regra, têm maiores competências emocionais o que lhes pode trazer vantagens na profissão, sobretudo ao nível de negociações. Mas ser Advogada, ainda exige uma grande resiliência e capacidade de assertividade, sobretudo ao nível de progressão de carreira.

3 – Independentemente do género, há três coisas que determinam o estatuto de um advogado num escritório de advogados: competência técnica, competência relacional externa e interna: quem vence? Quem conseguir fazer magia com esta triangulação! As mulheres? Vencem, com mais determinação!”

Sofia Vaz Sampaio, advogada da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados

1 – “Faz e fará sentido [existir o dia da Mulher] enquanto forem cometidas atrocidades contra mulheres pelo mundo fora (e os exemplos são tantos), enquanto homens e mulheres não tiverem os mesmos direitos em todos os países, ou simplesmente enquanto na prática houver desigualdade salarial e uma desigualdade relevante nos conselhos de administração, nos parlamentos e, genericamente, em todos os lugares de chefia.

2 e 3 – Não tenho nenhuma perspetiva particular enquanto advogada mulher, não vejo que haja vantagens ou desvantagens a apontar, nem mudaria o que quer que seja no que respeita ao estatuto da mulher no escritório em que trabalho, pela simples razão de que não há propriamente um estatuto da mulher nem um estatuto do homem, mas apenas um “estatuto” do advogado. A questão não deve, por isso, centrar-se na perspetiva enquanto advogada (não é um problema específico duma determinada profissão ou dum determinado escritório ou empresa), mas na perspetiva enquanto mulher numa sociedade que, na base, se crê igualitária (porque apesar de tudo já não estamos a falar de direitos e deveres distintos), mas que ainda tem muito trabalho por fazer. Talvez seja, aliás, essa a razão pela qual é hoje difícil a discussão… tendo a sociedade dado tantos passos em tão “pouco” tempo (há umas décadas lutava-se pelo direito de voto e pela possibilidade de viajar sem autorização do pai ou do marido), subitamente é mais difícil explicar em que se traduz afinal esta desigualdade, sobretudo aquela que se manifesta em “pormenores” no dia-a-dia. Quanto ao resto, os números ajudam, porque para perceber a desigualdade basta olhar para o número de mulheres nas faculdades e para o número de mulheres em posições de chefia e de decisão.”

Mafalda Ferreira, advogada da Uría Menéndez – Proença de Carvalho

1 – “Na perspetiva de que os dias comemorativos pretendem trazer à memória eventos ou circunstâncias especiais, entendo que faz sentido manter a celebração do Dia da Mulher. Apesar das grandes conquistas alcançadas em termos de tratamento igualitário e acesso a carreiras antes limitadas a homens, estamos muito longe de ter uma sociedade que (cultural e socialmente) encare as diferenças naturais e necessárias entre homens e mulheres com a disposição de fazer compromissos sérios que permitam às mulheres ter oportunidades reais (e não meramente formais) semelhantes à dos homens.

2 – Sendo o género uma condição, não coloco o impacto dessa circunstância no plano profissional como um tema de vantagem ou desvantagem. A questão central é a de saber se existem no mercado as mesmas condições de acesso e progressão no exercício da advocacia entre homens e mulheres. Penso que no acesso à profissão as condições não divergem substancialmente em função do género. Neste campo, houve um claro avanço face ao passado. Quanto à progressão na carreira, o mercado evidencia que ainda temos muito caminho para percorrer. O facto de a proporção entre homens e mulheres que alcançam as posições de topo na carreira da advocacia ser muito mais favorável aos homens do que às mulheres não é um mero acaso e não se tem nivelado com regras formais. Esta “barreira invisível” exige reflexão profunda, pois não acompanha a visibilidade e o destaque crescente que as mulheres têm tido no mercado da advocacia dos dias de hoje. Entendo que as fases mais maduras da carreira de uma mulher tendem a coincidir com períodos críticos em termos pessoais e familiares e a nossa sociedade ainda não está totalmente preparada para os ajustes que a confluência destes dois fatores exige. Esses ajustes implicariam importar para os modelos de progressão na carreira fatores de ponderação positiva para as mulheres, que não as degradassem competitivamente, para acomodar a sua função biológica e social.

Também é verdade que as mulheres estão mais dispostas a fazer compromissos entre as suas necessidades profissionais e pessoas, porque culturalmente é mais aceitável e visto como natural que assim seja. Por isso, mesmo com todos os movimento a favor das condições iguais na profissão, verifica-se que o verdadeiro salto para a igualdade nas carreiras em toda a sua dimensão não tem sido impulsionado por uma resistência feminina que se nega a aceitar caminhos alternativos para poder viver plenamente a sua condição de mulher. Pelo contrário, tem-se feito este percurso por via de imposições legislativas, que pretendem forcar a uma mudança no que toca a quadros diretivos e de gestão. Em suma, na minha opinião muito mudou para melhor, mas a sociedade e as próprias mulheres têm que ganhar mais consciência do que pode ser melhorado e lutar resistentemente por uma mudança que é não só justa, mas essencial para o avanço cultural do país.

3 – Como referi, as mudanças têm que ser ao nível da consciência e cultura. Não acredito num modelo de sociedade de advogados que assente num estatuto para o advogado homem e num estatuto diferente para a advogada mulher. A ideia é aportar uma cultura de sociedade onde todos se sentem plenamente realizados, sem sentir que o género é um caminho limpo para o progresso ou um obstáculo inultrapassável e desmotivador. Para homens e mulheres, a flexibilidade é uma melhora de condições de licenças de paternidade e maternidade seria importante. A par da mudança cultural, os planos de carreira seriam naturalmente ajustados para incorporar a verdadeira máxima do princípio da igualdade: tratar igual o que é igual e tratar diferente o que é diferente.”

Joana Baeta Vieira, associada da PLMJ

1 – “Acho que faz todo o sentido [existir o dia da Mulher]. A história e, infelizmente, a realidade atual, demonstram que as mulheres ainda estão sujeitas a atos discriminatórios que ferem os seus direitos mais básicos. Refiro-me não só a discriminação em termos políticos ou corporativos, mas sobretudo à realidade que muitas mulheres hoje em dia enfrentam, e à violência física e psicológica a que estão expostas.

2 – Temos sem dúvida evoluído num sentido de garantir cada vez mais igualdade entre géneros no mundo da advocacia. Aliás, a PLMJ, sendo um dos maiores escritórios de advogados em Portugal, tem vindo a afirmar-se como uma referência neste domínio, sendo demonstrativo disso o número de mulheres que promoveu, e continua a promover, a sócias. De resto, não considero que o facto de ser mulher constitua um elemento distintivo, positivo ou negativo, no desempenho da advocacia. Considero que tanto os homens como mulheres têm a mesma capacidade e potencial intelectual, não sendo o género que define, objetivamente, uma vantagem ou desvantagem no exercício da advocacia.

3 – Apesar de trabalhar num escritório que concede garantias às mulheres advogadas na parentalidade este é, sem sombra de dúvida, o tema que, a meu entender, carece de maiores mudanças no mundo da advocacia e onde as mulheres estão mais desprotegidas.”

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SRS discute digitalização na banca

A SRS Advogados realiza, em parceria com a BearingPoint, um pequeno-almoço sobre a “Digitalização na Banca e nos Seguros e o impacto do RGPD”, no dia 13 de Março, no auditório da SRS, em Lisboa.

A SRS Advogados realiza, em parceria com a Bearing Point, um pequeno-almoço sobre a “Digitalização na Banca e nos Seguros e o impacto do RGPD”, no próximo dia 13 de Março, no auditório da SRS, em Lisboa.

São oradores convidados, Fernando Faria de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Bancos, e José Galamba de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores.
“Este evento pretende ser uma reflexão dos impactos jurídicos e operacionais do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados nos setores da Banca e dos Seguros e respetivas estratégias de adaptação”, destaca Luís Neto Galvão, sócio do Departamento de TMT da SRS Advogados.

O evento terá início pelas 08h30 no auditório da SRS Advogados, em Lisboa, e destina-se a Administradores, CEO’s e directores jurídicos de empresas primordialmente dos sectores da banca e seguros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O destino preferido dos portugueses é cá dentro

Um estudo da Momondo concluiu que a maioria dos portugueses pretende gastar, no máximo, 1.000 euros nas férias, optando por países europeus ou próximos a Portugal.

O verão ainda demora mas, para muitos portugueses, as férias já estão planeadas. Numa altura em que as companhias aéreas anunciam com frequência promoções de voos, os portugueses aproveitam para marcar as tão desejadas escapadelas nos dias de calor. O motor de busca Momondo publicou um estudo onde desenvolveu o perfil do viajante português, e onde se conclui que os Açores têm estado no topo das preferências há três anos consecutivos e que, em média, o orçamento vai dos 500 aos 1.000 euros.

Planear as férias não é uma coisa que se faça de um dia para o outro… e a Momondo vem comprovar isso. No estudo que publica esta quinta-feira — International Travel Survey 2018 –, onde inquiriu 1.000 utilizadores, concluiu que “metade dos portugueses procura inspiração junto da família e dos amigos, dando mais importância às suas recomendações do que a qualquer outra fonte”. Mas, ainda assim, metade dos viajantes entre os 36 e os 55 anos procura novas ideias para viagens na Internet.

Praia, hotel e, no máximo, 1.000 euros na mala

O primeiro passo é decidir o tipo de férias que vão ser: praia, campo, neve, cidades históricas… o que não falta são opções. Mas a verdade é que, em 2017, as preferências recaíram sobre destinos de praia (64%), com a tendência a aumentar este ano (67%). Logo atrás surgem as cidades (31%) e 20% opta por desfrutar do próprio país. Mas escolhido este primeiro ponto, vem um tão ou mais importante: o orçamento, que muitas vezes condiciona a escolha do destino.

De acordo com as respostas dos inquiridos, 28% planeia gastar entre 501 e 1.000 euros nas férias mas existem exceções. Numa faixa etária mais jovem (18-22 anos) o teto máximo do orçamento fixa-se nos 500 euros sendo que, numa faixa etária mais velha (36-55 anos) esse valor vai até aos 2.000 euros. As mesmas tendências acontecem com a escolha dos voos, que estão também condicionados de acordo com as possibilidades financeiras de cada um. Num conjunto dos mais jovens, 27% preferem um voo onde o preço já inclua a bagagem, enquanto 36% dos mais velhos não se importam com esse fator, preferindo decidir isso na hora de compra, mesmo que inflacione o preço final.

Em termos de estadia, as diferenças são notórias: ainda que a maioria dos portugueses prefira ficar alojado num hotel (48%), 38% dos mais jovens (18 – 22 anos) preferem alugar uma casa, enquanto os que têm entre 23 e 55 anos preferem ficar em casas de amigos ou familiares. Há ainda uma pequena percentagem (5%), correspondente à faixa etária dos 56 – 65 anos que prefere acampar.

Açores lideram as preferências há três anos consecutivos

As preferências dos portugueses têm-se mantido estáveis ao longo dos últimos três anos. O arquipélago dos Açores tem sido o destino preferido dos viajantes nacionais, ganhando este ano um novo concorrente: a Madeira. Até este ano, Londres ocupava o segundo lugar das preferências, acabando por cair três lugares este ano (5º). A contrariar este desempenho esteve Roma, que subiu do oitavo para o sexto lugar.

Os Açores lideram as preferências dos portugueses há três anos consecutivos

Relativamente aos principais destinos, os portugueses optam maioritariamente por países europeus e que sejam mais próximos do nosso, como é o caso de Espanha e de França. Por sua vez, os Estados Unidos e a Tailândia destacaram-se, em 2017, como os locais mais longínquos preferidos — quinto e nono lugar, respetivamente.

E para este ano, a Momondo traz novidades: há voos de ida e volta para Ponta Delgada a custarem, em média, 126 euros, e para a Madeira a rondar os 130 euros. Barcelona demonstra ser o destino mais acessível, com um preço médio de viagem de 96 euros. Em termos de alojamento, o destino mais caro acaba por ser Nova Iorque, onde uma noite ronda, em média, 211 euros num hotel de três ou quatro estrelas. O mais barato é português: em Ponta Delgada as noites rondam os 100 euros.

Viajante feminino x Viajante masculino

E como não poderia deixar de ser analisado, a Momondo tentou perceber as diferenças entre os viajantes de cada sexo. O viajante português masculino gasta, em média, mais dinheiro do que a viajante: 28% das mulheres pretendem gastar entre 501 e 1.000 euros nas férias, enquanto 30% dos homens pondera 2.000 euros.

Quando pensam em alojamento, para as mulheres o importante é a localização do hotel (64%) e o conforto (55%), já para os homens, o conforto e a relação qualidade-preço são o mais importante. E quando falamos em inspiração, 26% das viajantes femininas inspiram-se em agências de viagens, enquanto 30% revelam que não se importa de deixar de ir às compras e de poupar para conseguir amealhar mais um pouco para a tão desejada escapadela. Já com os homens, 16% preferem viajar para destinos relacionados com os seus passatempos preferidos, enquanto 13% admitiram que já chegou a escolher um local com o objetivo de aprender um novo desporto, como por exemplo mergulho (24%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ideias de cleantech? Este concurso oferece-lhe dez mil euros

ClimateLaunchpad está na sua terceira edição nacional e acaba de abrir as suas candidaturas. Em jogo está um prémio de dez mil euros e o acesso a uma larga rede de contactos.

Tem ideias de negócio nas áreas das energias renováveis, eficiência energética, agricultura, água, transportes ou tecnologia industrial? As candidaturas para ClimateLaunchpad abrem, esta quinta-feira. Em jogo está um prémio de dez mil euros.

A iniciativa da Comissão Europeia é promovida, a nível nacional, pelo Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) em parceria com a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) e acontece pelo terceiro ano consecutivo. O objetivo do programa é encontrar e apoiar ideias que reduzam o impacto negativo no ambiente.

“O UPTEC e a SPI voltam a promover a competição em Portugal e há grandes expectativas para 2018″, sublinhou, em comunicado, a Tech Business Developer do UPETC. De acordo com Cláudia Ribeiro da Silva, a qualidade das ideias tem crescido, nos últimos anos.

Os projetos escolhidos vão receber apoio na gestão e validação de ideia de negócio, preparação para pitch e acesso à rede internacional de contactos do ClimateLaunchpad. Os participantes terão ainda acesso a um bootcamp de dois dias e a sessões de mentoria. Está também prevista a apresentação dos seus projetos a um painel de especialistas nacionais e internacionais.

A final nacional da iniciativa está marcada para dia 7 de junho, no UPTEC. O vencedor receberá 10.000 euros e o segundo e terceiro lugares vão ter um prémio de 5.000 euros e 2.500 euros, respetivamente.

No ano passado, o ClimateLaunchpad recebeu mil candidaturas de 35 países. Desde a sua criação, mais de uma centena de startups já receberam investimento externo que ultrapassou os 15 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE mantém juros. Mas já não fala na possibilidade de aumentar estímulos à Zona Euro

Taxa de juro de referência vai manter-se em mínimos históricos, anunciou o BCE. Mas há alterações no discurso oficial: deixou cair a possibilidade de aumentar os estímulos monetários.

Sem surpresas, o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) decidiu deixar inalterada a taxa de juro de referência em mínimos históricos na Zona Euro. Ainda assim, há alterações de substância no seu discurso face ao anterior: deixou cair a possibilidade de aumentar os estímulos monetários, abrindo cada vez mais a porta ao fim do programa de compra de dívida em setembro deste ano.

Em concreto, o comunicado do BCE deixou de incluir esta passagem: “Se as perspetivas passarem a ser menos favoráveis ou se as condições financeiras deixarem de ser consistentes com uma evolução no sentido de um ajustamento sustentado da trajetória de inflação, o Conselho do BCE está preparado para proceder a um aumento do programa de compra de ativos em termos de dimensão e/ou duração“.

Este era o sinal que o mercado estava à espera há algum tempo com o BCE a preparar o mercado para o fim do plano de aquisições de dívida dos Governos da Zona Euro iniciado há três anos e no âmbito do qual já adquiriu 32 mil milhões de euros em títulos de dívida pública de Portugal.

Atualmente, o banco central tem como meta comprar 30 mil milhões de euros em dívida todos os meses até setembro. Depois dessa data, aquilo que será investido em novas aquisições de títulos resultará do dinheiro que o BCE obtiver de reembolso com o vencimento das obrigações que detém na sua carteira.

As atenções estão agora viradas para o discurso de Mario Draghi na conferência de imprensa que tem lugar dentro de menos de uma hora. O presidente do BCE deverá deixar pistas sobre aquilo que poderá ser o futuro da política monetária na região, incluindo os estímulos, numa altura em que a economia continua a dar sinais bastante positivos.

Os analistas antecipam que o italiano pode deixar mais claro a sua orientação em relação ao programa de quantitative easing que tem ajudado a conter o risco em alguns países. Outros temas como a evolução cambial ou a guerra comercial poderão ser introduzidos pelos jornalistas na sessão de perguntas a Draghi.

Na sua decisão de política monetária hoje conhecida, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e -0,40%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 13h01)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

José Miguel Júdice acaba de ser nomeado para a lista de árbitros do CAESP

José Miguel Júdice, sócio fundador de PLMJ Arbitragem, foi nomeado para a lista de árbitros do CAESP - Conselho Arbitral do Estado de São Paulo.

José Miguel Júdice, sócio fundador de PLMJ Arbitragem, foi nomeado para a lista de árbitros do CAESP – Conselho Arbitral do Estado de São Paulo. Com esta nomeação, passa agora a integrar 19 listas de centros de arbitragem, em quatro continentes distintos, incluindo ICSID (Banco Mundial) e Corte Permanente de Arbitragem (Haia).

O CAESP é uma entidade privada, independente e sem fins lucrativos, e que tem por objetivo harmonizar as relações humanas através da Mediação e da Arbitragem. Conta com árbitros, advogados e outros profissionais especialmente treinados para a administração do conflito, com ampla experiência e conhecimento nas várias áreas do direito.

Simultaneamente, José Miguel Júdice foi, novamente nomeado como Country Reporter para Portugal do Institute for Transnational Arbitration do Center for American and International Law, com sede em Dallas, Texas, e que é um dos líderes mundiais em fóruns educacionais no campo da arbitragem internacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.