Economia terá abrandado no arranque do terceiro trimestre

Em julho, os indicadores de atividade económica e de consumo privado dão sinais de desaceleração. Este é o primeiro mês do terceiro trimestre do ano.

A economia portuguesa deverá ter entrado no terceiro trimestre com uma tendência de abrandamento, mostram os dados do Banco de Portugal publicados esta sexta-feira. Em julho, os indicadores coincidentes de atividade e do consumo privado mostram taxas de crescimento abaixo das registadas no mês anterior.

O indicador coincidente para a atividade económica aumentou 1,8% em julho face ao período homólogo, depois de no mês anterior ter apresentado um crescimento de 1,9%. O indicador para o consumo privado cresceu 1,6%, o que compara com uma subida de 1,9% no mês anterior.

“Em julho, o indicador coincidente mensal para a atividade económica manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2017. O indicador coincidente mensal para o consumo privado voltou a apresentar uma redução face ao mês anterior”, escreve o Banco de Portugal.

Os dois indicadores apontam para um abrandamento em julho face à taxa de variação homóloga registada em junho, mas esta tendência foi mais acentuada no indicador do consumo privado.

O consumo privado é uma das componentes do PIB, com um peso de cerca de dois terços para a riqueza nacional.

Apesar de o indicador coincidente da atividade económica estar em abrandamento desde outubro de 2017, a economia terá acelerado no segundo trimestre deste ano, mostram as últimas estimativas rápidas do Instituto Nacional de Estatística.

O Banco de Portugal explica que “os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico. Assim sendo, apresentam um perfil mais alisado e não se destinam a refletir em cada momento do tempo a evolução da taxa de variação homóloga do respetivo agregado de Contas Nacionais”.

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CGD diz que adesão à greve supera os 30%. “Registo de normalidade”, diz administração

Maria João Carioca garantiu que CGD está a operar com normalidade apesar da greve convocada pelo maior sindicato do banco. Administradora diz que promoções que vão ocorrer em setembro são normais.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) adianta que a adesão à greve desta sexta-feira está acima dos 30%, num “registo de normalidade” que não está a afetar o serviço prestado aos clientes, disse a administradora Maria João Carioca aos jornalistas.

“Estamos a procurar assegurar a normalidade dos serviços aos nossos clientes e até agora estamos a conseguir fazê-lo. A”, disse a administradora do banco público. “Os números oficiais que são coligidos pelo nosso departamento de pessoal estão neste momento pouco acima dos 30%. Esperamos que o funcionamento esteja a ser feito o mais normalmente possível”, acrescentou.

De acordo com o banco, até às 12h00 tinham sido processadas mais de 1,1 milhões de transações pela CGD, “uma valor em linha com a média/valor registado durante o mesmo dia do ano passado, que foi de 941.747 transações”

Reconhecendo o direito à greve que foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) na sequência da denúncia do Acordo de Empresa por parte da administração do banco, Maria João Carioca assinalou, ainda assim, que o protesto “tem motivos que são difíceis de compreender”.

“Estamos no início de um processo de negociações como aconteceu em toda a banca. Numa fase em que ainda não houve sequer negociações, esperamos que esta forma de luta não perturbe a tranquilidade da CGD e a normalidade com que os nossos clientes se relacionam connosco”, afirmou a administradora, garantindo que a proposta que o banco endereçou aos sindicatos mantém aos trabalhadores “condições semelhantes ou melhores do que no resto da banca e que procura reconhecer o mérito“.

Maria João Carioca saudou ainda o envio de contrapropostas que os sindicatos, como o Sindicado Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB), que incluiu uma proposta de aumento da tabela salarial de 3,96% e a manutenção das anuidades das diuturnidades.

"Os números oficiais que são coligidos pelo nosso departamento de pessoal estão neste momento pouco acima dos 30%. Esperamos que o funcionamento esteja a ser feito o mais normalmente possível.”

Maria João Carioca

Administradora da CGD

Sobre as promoções que vão ocorrer em setembro, e que vão dar direito a um prémio entre os 500 euros e os 3.000 euros aos trabalhadores, Maria João Carioca diz que se trata de um processo que acontece normalmente nesta altura do ano, após a conclusão do processo de avaliação do desempenho dos funcionários.

Para que as promoções ocorram, isto “implica que os trabalhadores sejam avaliados e que o processo de avaliação esteja concluído”, explicou a gestora. “É agora que isto acontece, os processos de promoção contemplam os direitos dos trabalhadores a apresentar dúvidas e a apresentar reclamações caso existam. Essas dúvidas foram resolvidas e tal como em 2017 são apresentadas agora aos trabalhadores as promoções e os prémios por mérito, nada mais do que isso e que é a normalidade de uma empresa.

Junto à sede da CGD, em Lisboa, estavam concentrados cerca de uma centena de trabalhadores, uma ação que foi convocada pelo sindicato com maior representatividade no banco público. Protestam contra a denúncia dos Acordos de Empresa que vai implicar a eliminação de algumas condições laborais, como a promoção por antiguidade ou anuidades.

Ao ECO, o presidente da direção do STEC disse que “há um clima de revolta e descontentamento impressionante entre os trabalhadores da CGD, que não se viu na greve de 2012 quando o Governo cortou os subsídios de férias e de Natal”.

(Notícia atualizada às 14h03 com novos dados sobre o número de transações)

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EDP é alvo de processo de contraordenação pelo Banco de Portugal. Coima pode chegar aos 10 milhões de euros

  • ECO
  • 24 Agosto 2018

A empresa liderada por António Mexia revelou que foi alvo de um processo de contraordenação pelo Banco de Portugal. Uma infração especialmente grave que pode chegar aos 10 milhões de euros.

O Banco de Portugal (BdP) abriu um processo de contraordenação por suspeitas de incumprimento do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades contra a Energias de Portugal (EDP), de acordo com a empresa do setor energético. Caso o BdP venha a formalizar a condenação, a coima pode chegar aos dez milhões de euros, uma infração especialmente grave, avança esta sexta-feira o Público (acesso condicionado).

“Foi instaurado um processo de contraordenação pelo Banco de Portugal, por alegado incumprimento com o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras”, por parte da EDP Soluções Comerciais, revelou a empresa no relatório de contas do segundo trimestre.

Este processo foi aberto “pelo exercício da atividade de prestação de serviços de pagamento (atividade essa legalmente reservada a instituições de crédito e entidades similares) e incumprimento de determinações do BdP”, acrescentou a EDP. O relatório trimestral revelou, ainda, que a acusação “foi dirigida à EDP Soluções Comerciais e à EDP S.A.”. Assim, o valor da coima será repartido pelas duas empresas.

A EDP Soluções Comerciais presta apoio transversal a várias sociedades do grupo e está encarregue, também, da gestão dos call centers. Recentemente, a empresa foi alvo de uma transformação, fundindo-se com outras sociedades do grupo EDP (EDP Comercial, EDP Distribuição, EDP Serviço Universal e EDP Gás Serviço Universal), de acordo com a informação disponibilizada no portal da justiça.

Sobre esta transformação da EDP Soluções Comerciais numa plataforma partilhada de canais, a empresa liderada por António Mexia disse que “é a resposta natural ao novo contexto regulatório e de mercado”.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Sindicato do banco público protesta contra a denúncia do Acordo Empresa. A greve deverá encerrar muitos balcões em todo o país, antecipa o presidente do STEC. Administração desvaloriza impacto. O Banco Central Europeu prefere dar a liderança do Mecanismo Único de Supervisão a uma mulher. Fontes ouvidas pela Bloomberg indicam Elisa Ferreira como potencial sucessora de Danièle Nouy.

Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) estão em greve esta sexta-feira, numa ação protesto convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) contra a denúncia dos Acordos Empresa por parte da administração liderada por Paulo Macedo. Não estranhe se o seu balcão habitual se encontrar de portas fechadas durante todo o dia. Mas saiba que tem alternativas que o poderão ajudar a ultrapassar maiores dificuldades com a greve.

O Banco Central Europeu (BCE) prefere que as rédeas do seu mecanismo de supervisão fiquem nas mãos de uma mulher, avança a Bloomberg. As candidaturas a esse organismo terminam esta sexta-feira, mas fontes próximas da decisão já apontam a portuguesa Elisa Ferreira, atual vice-governadora do Banco de Portugal, e a irlandesa Sharon Donnery como potenciais sucessoras de Danièle Nouy.

A Deloitte reabriu as contas de 2015 do Haitong (aprovadas pela KPMG) para “corrigir erros” contabilísticos, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). No relatório, explica-se que foram agora reconhecidas imparidades que a anterior administração — liderada por José Maria Ricciardi — não tinha inscrito, o que fez quase triplicar os prejuízos registados pelo banco nesse ano. O candidato à presidência leonina salienta que esta mudança se deve à alteração do modelo de negócio da nova gestão. Por sua vez, o conselho fiscal já elogiou a “regularização”.

O processo de venda do Fundo Imobiliário da Herdade da Comporta foi relançado e, para já, o consórcio Vanguard Properties, do francês Claude Berda, e Amorim Luxury, de Paula Amorim, já entregou à sociedade gestora Gesfimo uma declaração — denominada de “waiver” — a abdicar de possíveis contestações a factos ocorridos no processo de venda anterior e que acabou por falhar, condição essencial para vir a poder participar no novo concurso, apurou o ECO junto de fontes que conhecem o processo.

Os preços dos combustíveis vão subir a partir da próxima segunda-feira. Tanto o custo do gasóleo como o da gasolina deverão avançar meio cêntimo, segundo cálculos de uma fonte do setor, avançados ao ECO. A subida reflete o comportamento positivo do preço do petróleo esta semana nos mercados internacionais.

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Comporta: Dois candidatos já estão, o terceiro está a caminho

Os interessados têm de apresentar propostas vinculativas até 20 de setembro. A consultora Deloitte irá analisar as ofertas e será depois marcada uma assembleia geral para escolher o comprador.

A venda da Herdade da Comporta está relançada. A Gesfimo, sociedade que gere os ativos imobiliários que estão a ser negociados, tinha imposto como condição para a reabertura da venda que os três concorrentes do último processo, que ficou fechado sem sucesso, renunciassem ao direito de contestar qualquer decisão. Dois dos interessados já assinaram e entregaram essa declaração, denominada de waiver, e o terceiro aceitou também essa condição, embora tenha pedido um adiamento para entregar a declaração.

Os três candidatos anteriores à compra da Comporta tinham até ao dia 22 para apresentarem o citado waiver. O consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury já assinou uma declaração a abdicar desse direito, como o ECO revelou, tal como o investidor francês Louis-Albert de Broglie. A exceção, para já, é o fundo Oakvest, que concorre à compra da Comporta em consórcio com a Portugália, e que pediu para que o prazo de entrega da declaração fosse adiado para o dia 27 de agosto, o que foi aceite. O Jornal Económico (acesso pago) escreve, esta sexta-feira, que o fundo Oakvest desistiu do processo e que a Portugália concorre agora sozinha, mas, ao ECO, fonte oficial desmente essa informação e diz que o fundo britânico se mantém na corrida em consórcio com a Portugália.

Ao ECO, Louis-Albert de Broglie referiu, inicialmente, que ia assinar a referida declaração já depois do dia 22, como noticiado. Mas, horas depois, contactado novamente, confirmou que, afinal, já tinha assinado a declaração de renúncia aos direitos de contestação, embora com ressalvas. “Não sabemos porque é que deve ser assinada esta waiver e quais os factos, circunstâncias ou aspetos legais que esta waiver implica“, afirma.

O consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury considerou que a exigência desta waiver era “ilegal”, até porque a condição só é aplicável aos três concorrentes que já se tinham apresentado no anterior processo de venda, e não aos novos que venham a concorrer pela Comporta. Contudo, confirmou o ECO, acabou por também aceitar renunciar aos direitos de contestação.

"Não sabemos porque é que deve ser assinada esta waiver e quais os factos, circunstâncias ou aspetos legais que esta waiver implica.”

Louis-Albert de Broglie

Assim, mantêm-se três candidatos à compra dos projetos turísticos do Herdade da Comporta — Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF). No último processo, as duas propostas com os valores mais elevados, do consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury e do consórcio liderado pela Oakvest, ofereciam ambas em torno de 156 milhões de euros. Em ambos os casos, o montante oferecido é repartido entre um pagamento em dinheiro e a assunção da dívida de 119,4 milhões da Comporta à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Neste novo processo, que é aberto a outros potenciais interessados e não apenas aos três já conhecidos, os acionistas da Herdade da Comporta esperam conseguir a “maximização do produto da alienação dos ativos”, isto é, esperam que os interessados ofereçam mais dinheiro pela Comporta.

Os interessados terão de apresentar a due dillegence até ao dia 15 de setembro e as propostas vinculativas até ao dia 20 de setembro. Posteriormente à análise das propostas, que será feita pela consultora Deloitte, será marcada uma assembleia geral para uma decisão, que deverá realizar-se no dia 28 de setembro, se não houver mais adiamentos.

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Ryanair prestes a enfrentar nova greve europeia

Depois das greves de julho e agosto, a Ryanair prepara-se para enfrentar uma nova paralisação. Tripulantes de cabine de Itália, Espanha, Bélgica, Portugal e Alemanha estão a pensar parar em setembro.

Os sindicatos dos tripulantes de cabine da Ryanair de Itália, Espanha, Bélgica, Portugal e Alemanha vão reunir-se a 7 de setembro para marcar mais uma paralisação, avança o El Economista. A transportadora aérea atirou para junho de 2022 a aplicação das leis nacionais aos contratos de trabalho celebrados com estes profissionais, o que fez aumentar as tensões.

Nos últimos meses, várias têm sido as greves feitas por estes profissionais europeus, que reivindicam a aplicação da lei nacional aos seus contratos e não daquela em vigor no país de origem da empresa, a Irlanda.

Em 2012, a União Europeia aprovou uma alteração legislativa que exige a aplicação das regulações nacionais aos contratos de trabalho, tornando necessário, por exemplo, pagar os descontos devidos à Segurança Social.

O período de transição só termina, contudo, em 2022, pelo que a Ryanair recusa obedecer a essa norma e a ceder perante os sindicatos até esse ano. Tal atitude tem feito inflamar os ânimos, provocando múltiplas paralisações e consequentemente o cancelamento de milhares de voos.

Indemnizações de milhões

Esta nova, a confirmar-se, poderá custar mais alguns milhões de euros à companhia aérea. De acordo com a AirHelp, os 12 dias em que os tripulantes de cabine da Ryanair estiveram em greve em julho e agosto afetaram 270 mil passageiros, que no total podem ter direito a 78 milhões de euros em compensações.

A empresa especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos indica, por outro lado, que o acordo a que a Ryanair acaba de chegar com os sindicatos irlandeses deverá marcar o início de um regresso à normalidade.

“Agora que a Ryanair chegou a acordo com os pilotos irlandeses, aceitando o seu apelo por melhores condições de trabalho, é altura para também compensar os milhares de passageiros que não puderam viajar devido à má gestão da Ryanair nos últimos dois meses, tornando-se num dos verões mais caóticos de sempre“, sublinha o brand manager da AirHelp, em comunicado.

Note-se que, no caso de atrasos superiores a três horas, cancelamento ou impedimento de embarque, o passageiro tem direito a compensações até 600 euros, em determinadas circunstâncias. Se o atraso for superior a duas horas, as transportadoras têm também de fornecer refeições, bebidas, acesso a comunicações e até acomodação, se necessário.

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Combustíveis voltam a subir meio cêntimo por litro. Gasóleo vai renovar máximos de junho

Os preços do gasóleo e da gasolina vão subir na próxima semana, na ordem do meio cêntimo por litro. Preço do gasóleo deverá renovar máximos do início de junho.

Os preços dos combustíveis vão subir a partir da próxima segunda-feira. Tanto o custo do gasóleo como o da gasolina deverão avançar meio cêntimo, segundo cálculos de uma fonte do setor, avançados ao ECO. A subida reflete o comportamento positivo do preço do petróleo esta semana nos mercados internacionais.

O preço médio do gasóleo, o combustível mais vendido, irá continuar a subir e deverá fixar-se em 1,365 euros por litro, um máximo desde o início de junho. Já o preço da gasolina, que se manteve estável esta semana, deverá passar para 1,597 euros por litro, para um nível registado no início deste mês.

A Direção-Geral de Energia emite os dados relativos aos preços médios dos combustíveis a cada segunda-feira. No entanto, os preços podem variar consoante o posto de abastecimento.

O custo dos combustíveis reflete a variação do preço do petróleo nos mercados internacionais. O preço da matéria-prima caminha no sentido de registar a primeira semana de ganhos em dois meses, face à expectativa de menor produção no Médio Oriente e no Mar do Norte, de acordo com a Bloomberg (acesso condicionado).

Esta sexta-feira, um barril de petróleo negoceia-se a 75,69 dólares em Londres. Trata-se de uma subida de 1,28% face ao preço do crude na sessão anterior.

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Regulador europeu prorroga restrição de venda de alguns produtos financeiros complexos

  • Lusa
  • 24 Agosto 2018

O regulador europeu dos mercados financeiros prorrogou, até outubro, a proibição de venda de opções binárias a investidores de retalho e de contratos CFD.

O regulador europeu dos mercados financeiros prorrogou, até outubro, a proibição de venda de opções binárias a investidores de retalho e de contratos CFD, divulgou esta sexta-feira, em Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A medida restritiva da agência europeia para os mercados financeiros (ESMA, na sigla em inglês) proíbe a comercialização, distribuição ou venda de opções binárias a investidores de retalho até 02 de outubro, segundo a informação hoje conhecida.

A ESMA justifica o prolongamento com a “preocupação significativa de proteção do investidor” devido à oferta existente.

Com a proibição, o regulador europeu restringe ainda a venda de contratos CFD ao retalho nalguns casos, obrigando, por exemplo, à existência de uma proteção contra o saldo negativo da conta.

Os CFD e as opções binárias são produtos complexos que têm tido um rápido crescimento na União Europeia, o que tem preocupado os reguladores devido aos seus riscos, pelo que estão a adotar medidas para restringir a sua comercialização junto dos investidores não profissionais.

Segundo a ESMA, as opções binárias são um investimento especulativo que paga um valor fixo predeterminado se um ativo subjacente (como taxa de câmbio, ação ou matéria-prima) cumprir determinadas condições.

Já os CFD são uma forma de negociação de derivados, que permite especular sobre a subida ou descida do preço, nível ou valor de um subjacente, como moedas, índices, matérias-primas, ações ou obrigações do tesouro.

Estas medidas não se aplicam aos investidores profissionais.

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Bruxelas dá luz verde a aquisição da Sonae Sierra pela Sonae

  • Lusa
  • 24 Agosto 2018

A Comissão Europeia considerou que não haveria entrave à livre concorrência se a Sonae passasse a deter o total do capital da Sonae Sierra, visto que a empresa já era controlada pela primeira.

A Comissão Europeia aprovou hoje a aquisição da Sonae Sierra pela Sonae, ao concluir que a operação não levanta inquietações a nível de concorrência, pois a multinacional portuguesa já detinha conjuntamente a empresa que se dedica ao ramo imobiliário.

Em 14 de julho passado, a Sonae informou que iria reforçar a sua posição na Sonae Sierra, ao concluir a compra de 20% ao grupo inglês Grosvenor por cerca de 255 milhões de euros. A Sonae Sierra, que se dedica ao ramo imobiliário e que gere centros comerciais em todo o mundo, era detida pela Sonae (50%) e pela Grosvenor (50%), pelo que, com a aquisição agora aprovada por Bruxelas, a Sonae reforça a posição, passando a deter 70%.

“A Comissão concluiu que, uma vez que a Sonae já controlava conjuntamente a Sonae Sierra antes da operação, a aquisição não provocará uma mudança significativa no mercado. A Comissão concluiu que a aquisição proposta não levanta inquietações a nível de concorrência”, comunicou hoje o executivo comunitário.

Na nota ao mercado, a Sonae ressalva que a Sonae Sierra “gere e co-controla um portefólio de sete mil milhões de euros (valor de mercado) de 46 centros comerciais na Europa e na América do Sul, com uma área bruta locável de 1,9 milhões de metros quadrados”.

A Sonae Sierra está presente em 12 países, tem mais de 9.300 contratos com lojistas e gere centros comerciais que registaram, em 2017, mais de 438 milhões de visitas.

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Elisa Ferreira entre as potenciais sucessoras de Nouy no mecanismo de supervisão do BCE

O Banco Central Europeu prefere dar a liderança do Mecanismo Único de Supervisão a uma mulher. Fontes ouvidas pela Bloomberg indicam Elisa Ferreira como potencial sucessora de Danièle Nouy.

O Banco Central Europeu (BCE) prefere que as rédeas do seu mecanismo de supervisão fiquem nas mãos de uma mulher, avança a Bloomberg. As candidaturas a esse organismo terminam esta sexta-feira, mas fontes próximas da decisão já apontam a portuguesa Elisa Ferreira, atual vice-governadora do Banco de Portugal, e a irlandesa Sharon Donnery como potenciais sucessoras de Danièle Nouy.

A instituição liderada por Mario Draghi escolherá o seu candidato ou candidata prediletos, cabendo ao Parlamento Europeu aprovar ou não esse nome. “Tendo em conta a ênfase que o BCE tem dado à necessidade de reforçar a diversidade de género, acredito que o género será uma variável importante nessa decisão“, sublinha, em declarações ao mesmo órgão, Mascio Bedendo, professor de Finanças na Audencia Business School.

A opinião do académico fica, de resto, em linha com aquela expressa pelas doze fontes ouvidas pela Bloomberg, que apontam como possíveis nomes a serem fortemente considerados por Draghi os da irlandesa Sharon Donnery e da portuguesa Elisa Ferreira.

Elisa Ferreira é atualmente vice-governadora do Banco de Portugal, instituição na qual se estreou em 2016. Antes, tinha já passado mais de uma década como deputada no Parlamento Europeu, período durante o qual se focou em matérias económicas, financeiras e monetárias.

Importante notar ainda que, no Banco de Portugal, a economista é responsável pelo Departamento de Supervisão Prudencial, bem como serve de representante lusa no Conselho de Supervisão do BCE e na Autoridade Bancária Europeia.

Ferreira é tida pelos responsáveis como uma boa escolha para a liderança do Mecanismo Único de Supervisão, sobretudo numa altura em que os países do sul da Europa estão preocupados com a atitude do BCE em relação aos seus bancos.

Ainda assim, diz quem sabe, Ferreira tem, pelo menos, dois pontos contra si. Por um lado, tem pouco experiência (quando comparada com os restantes candidatos) e, por outro, já há um português (Mário Centeno) num outro cargo de topo das instituições europeias.

Outros candidatos na corrida

Além de Elisa Ferreira, também Sharon Donnery está entre os nomes indicados pelas fontes ouvidas para a liderança do Mecanismo Único de Supervisão. “Ela é resiliente, dura e bem preparada”, sublinha o antigo governador do Banco da Irlanda, instituição na qual ocupou o cargo de vice-governadora

Outros potenciais participantes desta corrida são: Andrea Enria (antigo líder da Autoridade Bancária Europeia), Ignazio Angeloni (que trabalha no BCE há duas décadas) e Fabio Panetta.

O Mecanismo Europeu de Supervisão tem como principais objetivos assegurar a segurança e a solidez do sistema bancário europeu, aumentar a integração e a estabilidade financeiras e garantir uma supervisão coerente. Este organismo é um dos dois pilares da união bancária europeia, a par do Mecanismo Único de Resolução.

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Trump quer dar uma ajuda a Itália com compra de dívida

Com o menor apetite dos investidores, Itália pode estar em maus lençóis quando for aos mercados em 2019 para colocar até 400 mil milhões de euros. Mas os EUA estarão dispostos a ajudar Giuseppe Conte.

Donald Trump estará disposto a ajudar financeiramente Itália. Durante uma reunião em Washington, que decorreu no final do mês passado, o Presidente norte-americano terá mostrado ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disponibilidade para ajudar o país no financiamento da dívida pública já em 2019.

A notícia foi avançada esta sexta-feira pelo Il Corriere della Sera, que cita oficiais seniores italianos, num artigo em que começa por salientar que os investidores privados estão cada vez mais relutantes em apostar nas obrigações italianas. Sobretudo numa altura em que se aproxima o período de elaboração do Orçamento do Estado e em que há incerteza, por exemplo, em torno das metas do défice.

O recém-empossado líder do Governo italiano esteve na Casa Branca no final de julho e terá falado deste problema a Donald Trump. Da reunião terá saído a garantia de que os Estados Unidos têm abertura para ajudar Itália a financiar-se nos mercados a partir do ano que vem. Em 2019, o país deverá recorrer aos mercados para colocar cerca de 400 mil milhões de euros, mais de metade do valor em títulos de médio e longo prazo, de acordo com o mesmo jornal.

Vários foram os temas debatidos na reunião entre os dois líderes na Casa Branca, no passado dia 30 de julho. Assim, a dívida pública italiana terá sido um deles e o certo é que, como nota o Il Corriere della Sera, Giuseppe Conte publicou no Facebook, após a reunião, um vídeo em que Donald Trump aparece a convidar investidores a apostarem em Itália.

Apesar da oferta norte-americana, o jornal admite que não é claro como é que este cenário se poderá materializar. Isto porque o Governo norte-americano não tem um fundo soberano nem pode coordenar fundos ou influenciar os bancos privados.

Na mesma linha, vale a pena recordar que, há poucos dias, o ministro dos Assuntos Europeus italiano, Paolo Savona, chegou a admitir que, se o Banco Central Europeu não apoiar o processo de financiamento de Itália, o país poderia tentar obter uma “garantia” da Rússia sobre os títulos de dívida pública soberana. Também não é claro como é que isso poderia ser realidade.

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Vêm aí três dias de greve na IP. Vão causar “fortes perturbações” na circulação ferroviária

  • Lusa
  • 24 Agosto 2018

Os protestos dos trabalhadores da empresa Infraestruturas de Portugal vão acontecer já na próxima semana, segunda, quarta e sexta-feira.

As três greves decretadas pela Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (APROFER), para a próxima semana, vai levar a “fortes perturbações” na circulação ferroviária, informaram a Comboios de Portugal (CP) e a Fertagus.

Face aos serviços mínimos decretados, a CP publicou na sua página da internet a operação que se realizará nos dias dos protestos dos trabalhadores da empresa Infraestruturas de Portugal (IP) – 27 (segunda-feira), 29 (quarta-feira) e 31 de agosto (sexta-feira).

No seu site, a Fertagus também indicou quais os comboios que serão realizados nas paralisações dos trabalhadores, que reivindicam, nomeadamente, o reconhecimento oficial das carreiras de supervisão e de operação de circulação ferroviária e da permanência geral de infraestruturas ferroviárias dos centros de comando operacional da IP do Porto, Lisboa e Setúbal.

Entre as solicitações estão ainda questões salariais e a exigência à IP e ao Governo de uma “postura de boa-fé negocial que permita a negociação coletiva”, segundo os pré-avisos de greve consultados pela agência Lusa.

A APROFER criticou a “prática reiterada de recurso à sabotagem das negociações, através de simulação de entendimentos e acordos escritos, que tardam a ser cumpridos e que resultam na degradação das relações laborais, no poder arbitrário de conduta no funcionamento dos postos de trabalho, na degradação da saúde dos trabalhadores e por fim na banalização de tratamento, num processo de trabalho, do qual dependem a segurança e a pontualidade” da ferrovia.

Na ata do passado dia 17 sobre os serviços mínimos para as paralisações que decorrem entre as 00:00 e as 24:00, lê-se que a IP tinha considerado que os serviços mínimos incluídos nos pré-avisos de greve “não são suficientes” para “suprir as necessidades sociais impreteríveis”.

A empresa apresentou uma proposta para disponibilizar “cerca de 25% dos canais de circulação aos operadores na ferrovia” até devido ao esperado “maior fluxo no transporte de passageiros, principalmente no dia 31 de agosto, sexta-feira”.

As partes concordaram com essa definição de serviços mínimos, que acabaram também por incluir comboios de transporte de mercadorias perigosas, comboios de socorro, o transporte diário de combustível para o aeroporto de Faro e os serviços que garantem a alimentação elétrica permanente da catenária.

Ficam abrangidos por estas greves os operadores ferroviários CP, Fertagus, Medway e Takargo.

IP está a fazer “todos os esforços possíveis” para desconvocar greve

Confrontada sobre as greves dos trabalhadores de comando e controlo ferroviário, a Infraestruturas de Portugal disse à agência Lusa que está empenhada na tentativa de desconvocar os protestos, que deverão reduzir a um quarto a circulação ferroviária.

“Ciente dos transtornos que esta greve pode acarretar, a empresa está a envidar todos os esforços possíveis para desconvocação da mesma”, afirmou a IP.

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