Desafios do Eurogrupo são “grandes na substância e na forma”

  • Lusa
  • 21 Abril 2018

Mário Centeno deu uma entrevista à agência Lusa para assinalar os 100 dias à frente do Eurogrupo, o fórum de ministros das Finanças dos países da zona euro.

O ministro das Finanças considerou hoje, prestes a completar 100 dias na liderança do Eurogrupo, que os desafios que tem pela frente são “grandes na substância e na forma”, mas mostrou-se encorajado pela receção positiva às suas propostas.

“Os desafios são grandes na substância e na forma como tem de se coordenar visões muito diversas, mas o objetivo é contar com todos e com todas as opiniões”, disse Mário Centeno em entrevista à Lusa para assinalar os 100 dias à frente do fórum de ministros das Finanças dos países da zona euro, considerando que “a concretização da união bancárias nas suas diferentes vertentes, e o início da discussão sobre a capacidade orçamental serão, nas dimensões política e intelectual, um desafio muito interessante“.

Para Centeno, o tom destes primeiros cem dias é claramente positivo: “Faço um balanço muito positivo. Temos conseguido apresentar um conjunto de propostas e de dinâmica no funcionamento do Eurogrupo, que se irá perceber que é distinto”, por exemplo no convite a académicos para fazerem apresentações aos ministros.

Questionado sobre o impacto que o conflito na Síria pode ter para o crescimento da zona euro, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta esta semana em duas décimas para 2,4%, o presidente do Eurogrupo admitiu que “existem riscos externos para o crescimento”, mas salientou que “até este momento [o conflito na Síria] não tem uma materialização clara no crescimento da zona euro“.

As indicações apontam para a manutenção deste crescimento, que já dura há 20 trimestres consecutivos, salienta o ministro das Finanças de Portugal, que usa a Síria, juntamente com a saída do Reino Unido da União Europeia, como exemplos para defender que “é precisamente para fazer face a estes desafios” e aumentar a resistência “às crises que a tarefa do Eurogrupo de completar a União Económica e Monetária deve ser encarada ainda de forma mais clara”.

Sobre o facto de estar num dos poucos governos de esquerda na Europa, apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, e, ao mesmo tempo, ser o rosto das regras orçamentais de Bruxelas, Centeno disse que “essa dicotomia existe mais na maneira como as pessoas a colocam do que na realidade”.

O que importa, vincou, é o programa com que o PS se apresentou a eleições: “Temos um Programa de Governo que assenta num exercício macroeconómico e orçamental que foi apresentado antes das eleições e que temos estado a cumprir à risca; não nos tornámos mais nem menos do que aquilo que estava nesse programa”, afirmou o ministro das Finanças.

O objetivo, acrescentou, é manter “uma certa linha que conjuga o crescimento com o equilíbrio das contas públicas, e é exatamente isso que temos proposto no Programa de Estabilidade”.

Sobre a cimeira de junho, para apresentar o plano e o calendário da união bancária, Centeno admitiu que “é um momento importante”, mas lembrou que o verão também deverá ficar marcado pelo “processo de saída da Grécia [do programa de assistência financeira], cujo faseamento tem sido um sucesso”.

Eleito em dezembro de 2017 para a liderança do fórum informal de ministros da zona euro, Centeno recebeu o “testemunho” do seu antecessor, o holandês Jeroen Dijsselbloem, em 12 de janeiro.

Mário Centeno, o terceiro presidente do Eurogrupo (depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker e de Jeroen Dijsselbloem), foi eleito para um mandato de dois anos e meio, até meados de 2020.

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Tem um SUV ou um crossover? Governo admite passar estes automóveis para classe 1 nas portagens

  • ECO
  • 21 Abril 2018

O ministro Pedro Marques, que tem as pastas do Planeamento e das Infraestruturas, admite a hipótese de passar para classe 1 os automóveis SUV e crossovers, por serem "muito mais eficientes".

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, admite a hipótese de passar para classe 1 os carros SUV e crossover. Isso tornaria as portagens mais baratas para este tipo de viaturas, que, atualmente, são consideradas de classe 2.

A visão do ministro é a de que os carros com estas “novas características” são “muito mais eficientes do ponto de vista ambiental”. E o facto de terem maiores custos nas portagens pode “suscitar um bloqueio à entrada no nosso mercado” deste conjunto de viaturas com estas características, disse Pedro Marques numa entrevista ao Diário de Notícias.

O ministro foi questionado acerca da renegociação do contrato de concessão com a Brisa para adaptar o regime de classificação de veículos. “Esse é um aspeto importante para nós, não só com a Brisa, porque não faz sentido nenhum a classificação passada em relação a alguns tipos de veículos”, afirmou o ministro.

Rui Rio no PSD “fez diferença”

Comentando a subida de Rui Rio à liderança do PSD e da oposição, o ministro Pedro Marques afirmou que isso “fez diferença manifestamente na disponibilidade daquele partido” para um entendimento político. Acerca da posição de princípio definida entre o PS e o PSD sobre o próximo quadro comunitário, Pedro Marques referiu que “hoje podemos dizer a Bruxelas que há um entendimento no país relativamente às prioridades estratégicas para a próxima década”.

O socialista avançou ainda que não foi ainda formalizado o processo de reprogramação do Portugal 2020 que, como o ECO avançou em primeira mão no início do mês, deverá abranger cerca de 2,8 mil milhões de euros.

A reprogramação de um quadro comunitário consiste em mudar verbas entre programas operacionais, ou dentro do mesmo, de modo a garantir uma utilização mais eficientes dos fundos. Sobre quando vai esse processo ser formalizado em Bruxelas, o ministro afirmou que a proposta será apresentada “em breve, em maio, com o objetivo de a concluir até ao verão”.

Ministro defende Montijo para novo aeroporto

Em que ponto está o processo de expansão do aeroporto de Lisboa? O ministro Pedro Marques garantiu, na mesma entrevista ao Diário de Notícias, que o estudo de impacto ambiental para o novo aeroporto “ainda não” foi entregue ao Governo. “Está por dias ou semanas a entrega desse documento”, reconheceu.

Sobre qual a solução defendida pelo ministro, Pedro Marques apontou para o Montijo: “Mantenho o objetivo daquela utilização civil da base do Montijo. E de podermos iniciar algures no início de 2019 as obras nessa infraestrutura, o que significa que, algures no segundo semestre deste ano, temos de concluir as negociações com a ANA.” Assim, caso a intervenção no Montijo arranque em 2019, o aeroporto estará pronto “em 2021, para entrar em funções em 2022”.

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Portugal recusará redução do envelope financeiro de fundos europeus

  • Lusa
  • 20 Abril 2018

Portugal vai bater-se, no mínimo, pela manutenção do atual envelope financeiro, disse Costa. Foi esse o compromisso que assumiu com o PSD.

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que a agricultura estará “no topo” das prioridades do Governo português nas negociações do próximo quadro comunitário de apoio e salientou que Portugal bater-se-á, no mínimo, pela manutenção do atual envelope financeiro.

António Costa falava no encerramento do centenário do Ministério da Agricultura, numa sessão que decorreu na Fundação Champalimaud em Lisboa e que contou com a presença de vários antigos ministros desta pasta e do atual titular, Capoulas Santos. “Na estratégia portuguesa para a negociação dos fundos europeus para o próximo período de programação, para cujo sucesso estamos a envidar esforços no sentido de garantir o mais amplo consenso político e social possível, a agricultura está colocada no topo das nossas prioridades”, declarou o primeiro-ministro.

Neste ponto relativo às futuras negociações em Bruxelas da PAC, António Costa frisou que o Governo português “bater-se-á para que não só o envelope financeiro destinado a Portugal seja no mínimo mantido, como também para que não haja qualquer cofinanciamento no primeiro pilar”. “Deve prosseguir o processo de convergência e manter-se a atual chave de repartição e percentagem do segundo pilar. Por outro lado, sem pôr em causa o caráter comum da mais europeia das políticas, importa que se alargue o grau de subsidiariedade que permita manter as melhores soluções para as nossas especificidades, como seja o alargamento das elegibilidades para a floresta e para o regadio, os apoios para as zonas desfavorecidas ou para o investimento em explorações”, detalhou o líder do executivo.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro começou por elogiar os progressos tecnológicos da agricultura portuguesa, mas falou também sobre as consequências das alterações climáticas em Portugal, que terão estado na origem de um período prolongado de seca e da vaga de incêndios no último verão.

Face ao desafio das alterações climáticas, António Costa referiu que o Governo assumiu como prioridades a reforma da floresta e a concretização do Programa Nacional de Regadio. “É também por isso que temos em preparação a execução de um vasto conjunto de instrumentos que concorrem concretamente para esses objetivos, sendo o caso do Programa Nacional de Reformas, o Plano de Coesão Territorial e o Plano Nacional de Ordenamento do Território”, disse.

No que respeita ao Plano Nacional de Ordenamento do Território, António Costa especificou que será brevemente colocado em discussão pública antes da sua aprovação definitiva em Conselho de Ministros no próximo mês de julho.

Marcelo apela a empenho nacional na “luta” contra redução do OE europeu

Já o Presidente da República defendeu, em Santarém, que Portugal tem uma “luta crucial” pela frente nos próximos meses, que deve mobilizar todos “para combater contra o risco de diminuição do orçamento europeu”.

Sublinhando que Portugal seria “muito afetado” com uma redução do orçamento comunitário pós 2020, Marcelo Rebelo de Sousa disse, no encerramento do seminário “Água, Um Recurso Estratégico”, promovido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que o país “ganharia” em “travar e ganhar” esta batalha “o mais cedo possível”, não deixando para depois das eleições europeias e “para a nova Comissão uma definição cheia de imponderáveis e de incógnitas”.

O Presidente apontou como “cruciais” as próximas semanas, até à cimeira de junho, lembrando que, antes disso, estará em Santarém a participar precisamente num encontro que tem esse assunto por tema, e que decorrerá no âmbito da Feira Nacional da Agricultura (de 02 a 10 de junho).

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que o debate a travar em Bruxelas é essencial para o investimento público e privado também no domínio da agricultura e que o “tipo de linguagem, de discurso, de expectativas” serão “completamente diferentes” conforme o seu desfecho.

Para o Presidente, o debate em Bruxelas pode não ser “tão intenso e apelativo” como o que é feito na Assembleia da República e na confrontação entre Governo e oposições, “mas, neste momento, é mais importante para muitos efeitos, mais urgente”.

 

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Bolsa norte-americana cai com peso das tecnológicas

  • Marta Santos Silva
  • 20 Abril 2018

A baixa procura de smartphones está a desmotivar os investidores e a arrastar para baixo os índices da bolsa de Nova Iorque: pelo segundo dia consecutivo, Wall Street fecha no vermelho.

A bolsa de Nova Iorque fechou em queda esta sexta-feira, com perdas que se devem em parte às preocupações dos investidores de que os consumidores mundiais estejam menos interessados em adquirir smartphones. O receio da baixa da procura, que começou com um aviso da maior fabricante mundial de chips, já contaminou a maior parte das tecnológicas, que pesaram nas bolsas esta sexta-feira.

O principal índice de referência, S&P 500, perdeu 0,85% esta sexta-feira, ficando-se pelos 2.670,14 pontos — uma perda pouco maior do que a do índice industrial Dow Jones, que caiu 0,82% para os 24.462,94 pontos. O tecnológico Nasdaq foi o que mais desvalorizou: perdeu 1,27% para ficar nos 7.145,13 pontos.

Se já esta quinta-feira a Apple e alguns dos seus fornecedores tinham desvalorizado, as tecnológicas continuaram a perder esta sexta-feira. O principal medo? Que a procura de smartphones esteja a diminuir.

Donald Trump também não deixou de fazer um impacto nas bolsas neste último dia da semana: o presidente dos Estados Unidos dedicou uma publicação no Twitter à Organização de Países Exportadores de Petróleo, dizendo que os preços do petróleo estavam “artificialmente muito altos!” o que não seria aceitável. O preço do crude ameaçou cair com este tweet, mas acabou por corrigir antes do final da sessão, terminando o dia com ganhos.

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Moody’s afinal não avaliou Portugal

Ainda não é desta que a Moody's decide tirar Portugal do lixo. A decisão de tirar Portugal do lixo vai ter de esperar até 12 de outubro data em que estava prevista a segunda avaliação deste ano.

Quase sete anos depois, a Moody’s continua a não tirar Portugal do lixo. A agência de notação financeira decidiu esta sexta-feira não tomar qualquer decisão sobre dois países relativamente aos quais se deveria pronunciar hoje: Portugal e Barém. De fora também ficou a cidade de Astana. A decisão de tirar Portugal do lixo poderá só acontecer a 12 de outubro, data em que estava prevista a segunda avaliação.

Portugal vai assim ter de continuar à espera para ser avaliado com nível de investimento por todas as agências de rating, apesar de os investidores considerarem que o país deveria ter uma notação seis níveis acima do atual. Na classificação da Moody’s, Portugal tem uma nota ‘Ba1’ com perspetiva positiva.

Muitos dos analistas que seguem a economia portuguesa acreditavam que a Moody’s iria rever em alta a notação, até porque, em setembro de 2017 a agência passou o outlook de Portugal de estável para positivo. Este é normalmente o passo que antecede a revisão em alta da notação. Mas a gestora da dívida pública portuguesa, Cristina Casalinho, tem-se mostrado mais cautelosa: “No seu último relatório, a Moody’s indica um intervalo de 12 a 18 meses, mas com maior probabilidade 12 meses, para decidir sobre o rating de Portugal”, disse ao ECO a presidente do IGCP. Isto apesar de Portugal ter ido além das metas definidas pela agência. “Considerando os fatores de risco enunciados pela Moody’s, constata-se que Portugal tem apresentado uma evolução mais favorável que as previsões iniciais da agência de rating”, concluiu.

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Andersen Global expande a sua presença em Portugal com a CNA

A Andersen Global expande a sua presença em Portugal ao celebrar um Acordo de Colaboração com a CNA - Curado, Nogueira & Associados, sociedade de advogados do Porto.

A Andersen Global acaba de expandir a sua presença em Portugal ao celebrar um acordo de colaboração com a CNA – Curado, Nogueira & Associados, sociedade de advogados do Porto.

Esta integração da CNA na Andersen Global, enquanto escritório associado, faz parte da estratégia de crescimento desta organização na Europa, segundo o comunicado da firma.

A equipa CNA é liderada pelas sócias Luísa Curado, Teresa Nogueira e Carla Malhão, que fundaram a sociedade em 2005.

“A Andersen Global partilha do nosso compromisso com a transparência, as melhores práticas de gestão e a prestação de um serviço de excelência aos clientes. A possibilidade de trabalhar lado a lado com profissionais com estas características em todo o mundo é uma grande mais-valia para os nossos clientes” afirmou Teresa Nogueira. “É com enorme entusiasmo que passamos a fazer parte desta organização internacional composta por profissionais das áreas jurídica e fiscal.”

 

Mark Vorsatz, Presidente da Andersen Global e CEO da Andersen Tax LLC, acrescentou ainda que “a equipa da CNA enquadra-se perfeitamente na nossa organização. A Luísa, a Teresa e a Carla trazem com elas experiência de largos anos e comungam dos valores fundamentais ao desenvolvimento do nosso modelo de negócio integrado. A integração da CNA é complementar ao nosso escritório de Lisboa e permite-nos ter mais uma localização na Península Ibérica. Expandir a nossa presença nesta zona do mundo é um objectivo.”

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DBRS sobe o rating de Portugal

A agência DBRS subiu o rating de Portugal para 'BBB' com perspetiva estável. Trajetória descendente da dívida e disciplina orçamental justificam a decisão, assim como descida do nível de NPL.

A agência canadiana DBRS subiu o rating de Portugal para ‘BBB’ com perspetiva estável. A decisão da agência foi de subir a notação de Portugal um degrau já na categoria de investimento porque as perspetivas de sustentabilidade da dívida melhoraram .

“A melhoria nas finanças públicas portuguesas tornou-se mais duradoura, o que está a sustentar a trajetória descendente do rácio da dívida pública”, escreve a DBRS, no comunicado onde anuncia esta sexta-feira a sua decisão. A agência frisa que a dívida pública após ter estabilizado nos 130% em 2014 e 2016, acabou por descer para 125,7% do PIB, em 2017, e “está previsto que continue a descer”, diz a DBRS. O Executivo tem previsto no Programa de Estabilidade que a dívida seja de 122,2% do PIB, em 2018. Ainda assim, a agência frisa que “o elevado nível da dívida pública continua a ser um dos principais desafios de Portugal em termos de rating“, porque “deixa o país vulnerável a choques negativos, em especial a materialização de choques adversos ao crescimento e contingent liabilities (responsabilidades potenciais)”.

A melhoria nas finanças públicas portuguesas tornou-se mais duradoura, o que está a sustentar a trajetória descendente no rácio da dívida pública.

Comunicado DBRS

A disciplina orçamental foi mantida, enquanto o custo dos juros continua a cair”, sublinha a agência. Um desempenho que reflete a opção do Governo de antecipar pagamentos ao Fundo Monetário Internacional, a componente mais cara do empréstimo contraído quando Portugal recorreu à ajuda externa. Além disso, o facto de a economia nacional ter “continua a crescer a ritmo estável”, também ajudou a esta melhoria de nota. Recorde-se que Portugal registou em 2017 uma taxa de crescimento de 2,7%, o melhor desempenho em termos de evolução do PIB numa década. Para a agência é fundamental que Portugal “garanta” um “crescimento estável”, assim como excedentes primários estáveis” para que a dívida possa continuar a descer. De sublinhar que a DBRS, nas suas previsões, é mais pessimista do que o Executivo, já que prevê um abrandamento do PIB para 1,9% em 2019, contra os 2,3% que o Governo inscreveu no Programa de Estabilidade para esse mesmo ano. Além disso, sublinha que o PIB potencial “permanece baixo”, a produtividade laboral é baixa, o desemprego de longa duração elevado e a população ativa envelhecida. Tudo desafios para a notação de um país.

A agência canadiana, que segurou os soberanos portugueses com grau de investimento mesmo durante a crise, permitindo que a dívida portuguesa continuasse a ser elegível para o programa de compras do BCE, já tinha admitido melhorar o rating do país na avaliação agendada para esta sexta-feira. A economista da DBRS, Adriana Alvarado, disse à Lusa, em novembro de 2017, que ia “analisar na próxima avaliação” (20 de março) a Portugal uma eventual melhoria do rating “se os desenvolvimentos favoráveis continuarem”. Na avaliação feita no final do ano passado, a DBRS reafirmou a notação de ‘BBB’ (baixo) com uma perspetiva estável.

Se o crescimento do PIB se mantiver e Portugal continuar a registar excedentes primários (atingiu um novo recorde de 3% em 2017, se forem excluídas as medidas extraordinárias), que levem a uma redução adicional da dívida pública, então a DBRS até admite voltar a subir o rating do país. “As projeções apontam para uma média de excedentes primários entre 2,5% e 3,8% ao longo dos próximos cinco anos”, diz.

A agência frisa ainda que “progressos adicionais na redução dos créditos malparados também poderá ser positivo para o rating”. O melhor desempenho a que se tem assistido resulta “da melhoria das condições económicas”, acrescenta.

Os alertas da DBRS

Por outro lado, “uma deterioração da dinâmica da dívida ou um enfraquecimento no empenho político em levar a cabo políticas económicas sustentáveis”, podem pressionar o rating em baixa, diz a DBRS. Um recado a eventuais cedências aos partidos de esquerda que possam levar o Executivo a abrandar o ritmo de consolidação orçamental que tem levado a cabo e que o fez rever a meta do défice para 2018 para 0,7% do PIB, no Programa de Estabilidade, mesmo contra a vontade dos parceiros da geringonça.

Mas, a agência também chama a atenção para as pressões decorrentes do setor da saúde, aquele que “representa o risco principal para as perspetivas orçamentais”, dado o elevado volume de despesa que acarreta. E no entender da DBRS, os “constantes atrasos nos pagamentos a fornecedores” nos hospitais, apesar de não constituírem um risco para o Orçamento, são sinal de má gestão”.

Mas há mais alertas nomeadamente para “algumas” empresas do Setor Empresarial do Estado que continuam a perder dinheiro, para a reversão de algumas medidas de austeridade adotadas durante o período de ajustamento financeiro,

Quanto aos bancos, a DBRS considera que o setor está “numa posição melhor”, mas se o aumento do preço das casas ajudou a banca, a contínua escalada dos preços pode ser “uma razão de preocupação”. A agência sublinha que desde o início de 2015 o preço das casas já subiu 25% e que o mercado imobiliário residencial representa cerca de 40% do total de ativos da banca nacional.

Costa destaca “excelente notícia”

O primeiro-ministro congratulou-se com a decisão da DBRS, considerando ser uma “excelente notícia”, que estimula ainda mais o trabalho do atual Governo. Esta posição foi comunicada por António Costa através da rede social Twitter, pouco depois de a agência de notação financeira ter anunciado a sua decisão.

“A DBRS subiu o rating de Portugal para ‘BBB’ com perspetiva estável. Uma excelente notícia que nos estimula ainda mais para continuarmos a trabalhar”, escreveu o primeiro-ministro.

Já o secretário de Estado adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse que os riscos identificados pela agência de notação financeira DBRS são reconhecidos pelo Governo, mas estão controlados e numa trajetória de melhoria. “Há razões para preocupação, sendo riscos, mas os riscos estão controlados e estamos a dar uma resposta de prosseguir com finanças públicas saudáveis, crescimento económico sustentado e equilibrado, e a manutenção daquilo que são os equilíbrios macroeconómicos básicos e que também foram reconhecidos pela Comissão Europeia quando retirou Portugal do procedimento de desequilíbrios macroeconómicos excessivos”, disse Ricardo Mourinho, em declarações à Lusa em Washington, à margem dos Encontros da Primavera do Fundo Monetário Internacional.

O secretário de Estado das Finanças disse ainda que a decisão da DBRS “é o reafirmar da confiança na trajetória seguida, com a qual o Governo se comprometeu desde o início do mandato e que tem vindo a cumprir”.

(Notícia atualizada)

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BPI concretizou venda ao CaixaBank de sociedades de fundos de investimento

  • Lusa
  • 20 Abril 2018

A sociedade gestora de fundos de investimento BPI Gestão de Ativos foi vendida à dona do BPI por 75 milhões de euros e o BPI Global Investment Fund por oito milhões de euros.

O BPI disse esta sexta-feira, em comunicado ao mercado, que a 13 de abril concretizou a venda ao CaixaBank, seu maior acionista, das empresas BPI Gestão de Ativos e BPI Global Investment Fund.

Em novembro do ano passado, a administração do banco BPI aprovou a venda ao grupo CaixaBank de vários negócios, incluindo a transferência para o CaixaBank Asset Management das participações de 100% da sociedade gestora de fundos de investimento BPI Gestão de Ativos por 75 milhões de euros e do BPI Global Investment Fund por oito milhões de euros.

Contudo, a transmissão das ações dessas empresas ficou sujeita a várias condições, desde logo autorizações dos reguladores.

Em comunicado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI diz que “tendo todas essas condições sido verificadas, as transmissões de ações em apreço foram executadas com data de 13 de abril de 2018”. O CaixaBank é o principal acionista do BPI com 84,5% do capital social.

Em janeiro, o presidente executivo do BPI, Pablo Forero, recusou em conferência de imprensa que o banco esteja a ser ‘desnatado’ pelo CaixaBank (que o controla desde inícios de 2017), retirando-lhe atividades lucrativas, e afirmou que a venda de atividades do BPI ao CaixaBank serve para reforçar o capital e permitir-lhe oferecer novos produtos e mais crédito aos clientes.

O novo dono vai trazer novos produtos, novo know-how, vai permitir oferecer aos clientes novos produtos e melhores do que a concorrência, e vamos fazer isso sem termos que fazer investimentos”, afirmou o gestor espanhol aos jornalistas, acrescentando ainda que o valor das vendas servirá para “reforçar rácios de capital” do BPI, para que o banco possa ser “mais seguro, mais robusto e possa crescer em empréstimos em Portugal”.

O Banco BPI informou hoje que teve lucros de 210 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, que comparam com prejuízos de 122 milhões de euros dos primeiros três meses de 2017.

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Ricardo Salgado já é arguido no “caso EDP”

  • ECO
  • 20 Abril 2018

O antigo líder do GES já é arguido no caso que investiga alegados pagamentos a Manuel Pinho. Defesa diz que Salgado foi "pré-constituído arguido" pela imprensa.

Ricardo Salgado, o antigo líder do Grupo Espírito Santo (GES), foi formalmente constituído arguido no âmbito do “caso EDP”. Em causa estarão suspeitas de corrupção no âmbito do contratos de receitas garantidas da EDP, os chamados CMEC, que resultaram em benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos à elétrica pelo então ministro da Economia do Governo de José Sócrates, Manuel Pinho.

A notícia já tinha sido avançada pelo jornal Observador esta quinta-feira. Agora, num comunicado enviado às redações pelo advogado de Ricardo Salgado, lê-se que o ex-banqueiro “foi esta sexta-feira formalmente constituído arguido no denominado caso EDP”. Isto “depois de ter sido ‘pré-constituído arguido’ pelo Observador entre quarta e quinta-feira”, escreve Francisco Proença de Carvalho.

A defesa de Salgado garante na mesma nota que “é falsa e despropositada a tese agora fabricada pelo Ministério Público” de que Ricardo Salgado “teria participado num suposto ato de corrupção” de Manuel Pinho, “em benefício do GES e da EDP”. Na notificação da constituição de Salgado como arguido, Proença de Carvalho diz que “apenas foi transmitida” uma “indicação parca e repleta de generalidades”.

“Apesar de a defesa já ter requerido ao Ministério Público a consulta do processo, ainda não lhe foi informado que este está disponível no DCIAP, para esse efeito”, refere também o advogado de Ricardo Salgado. “O Dr. Ricardo Salgado e a sua defesa não só manifestam o seu desagrado quanto às permanentes violações dos seus direitos nos processos judiciais em curso, mas antes rejeitam-nas e repudiam-nas, porque são feitas com o único objetivo de o pré-condenar na praça pública”, acusa Proença de Carvalho.

Na mesma nota, Proença de Carvalho conclui, indicando que Ricardo Salgado “não contribuirá para o triste espetáculo público a que se tem assistido sobre casos judiciais e que nada tem credibilizado a Justiça”. E sublinha, por fim, que “é do conhecimento das autoridades” que Salgado “tem mantido sempre um comportamento digno, cooperante e de absoluto respeito pelas autoridades”.

O Dr. Ricardo Salgado e a sua Defesa não só manifestam o seu desagrado quanto às permanentes violações dos seus direitos nos processos judiciais em curso, mas antes rejeitam-nas e repudiam-nas, porque são feitas com o único objetivo de o pré-condenar na praça pública.

Francisco Proença de Carvalho

Advogado de Ricardo Salgado

Como o Observador avançou na quinta-feira, é do entendimento do Ministério Público que Ricardo Salgado corrompeu Manuel Pinho com mais de um milhão de euros. Em causa está o alegado pagamento de 1.032.511,86 euros, transação feita entre 18 de outubro de 2006 e 20 de junho 2012 para uma sociedade offshore de Manuel Pinho — Tartaruga Foundation, com sede no Panamá. Os pagamentos terão sido feitos pela Espírito Santo Enterprises, uma offshore das Ilhas Virgens Britânicas vulgarmente conhecida por ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo.

Essas transferências, de acordo com o despacho, terão sido realizadas “por ordem de Ricardo Salgado” ao “aqui arguido, ex-ministro da Economia, Manuel Pinho”, transcreve o jornal.

(Notícia atualizada às 19h42 com mais informações)

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Google reitera que não negociou contrapartidas na vinda para Oeiras

  • ECO
  • 20 Abril 2018

A Google vai instalar um centro de operações em Oeiras, que deverá abrir este verão. O responsável reiterou que não negociou contrapartidas com o Governo ou a autarquia para a instalação do pólo.

O diretor-geral da Google Portugal reitera que não foram negociadas contrapartidas com o Governo ou com a Câmara Municipal de Oeiras com vista à expansão das operações da empresa no país. “Isto é um investimento da Google, decidido 100% sob nossa responsabilidade, sem qualquer contrapartida. Tivemos várias conversas, mas nada em termos de contrapartidas”, afirmou Bernardo Correia, em entrevista ao jornal digital Observador.

O Governo anunciou no final de janeiro a instalação de um centro de serviços da gigante tecnológica no Lagoas Park, o qual deverá criar meio milhar de empregos qualificados, segundo a empresa. “Vamos abrir um centro de operações internacional em Oeiras. É um centro que vai trabalhar maioritariamente com empresas de tecnologia com as quais trabalhamos”, detalhou o gestor português na mesma entrevista, lembrando que esse centro está voltado para o mercado da Europa, Médio Oriente e África. Bernardo Correia avançou que o centro deverá abrir “no verão”, mas sem se comprometer com “uma data certa”.

Questionado sobre se ninguém vai ser diretamente contratado pela Google para este centro, o gestor afirmou que “sim”, mas disse que “não é bem ninguém”. “Há sempre uma equipa de apoio”, admitiu, frisando que estão em causa “empregos qualificados na área da tecnologia”. Sobre essas qualificações, Bernardo Correia disse que “empregos qualificados são empregos que têm necessidades de formação técnica elevada”, escusando-se a detalhar em que áreas a Google vai apostar ao nível da contratação.

Além do centro de operações que a Google Portugal vai instalar em Oeiras, o líder da empresa avançou que está a “olhar para novos espaços de escritórios em Lisboa”. Contudo, “ainda não há contratos fechados”.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O BPI registou lucros de 210 milhões nos primeiros três meses deste ano. Um valor que compara com um prejuízo de 122,3 milhões de euros no mesmo período do ano passado. As negociações para aumentos salariais dos trabalhadores bancários estão num impasse, segundo a federação sindical ligada à UGT. Sindicatos pedem atualização de 3%, mas bancos propõem 0,4%.

O BPI passou de prejuízos a lucros nos primeiros três meses do ano. Registou um resultado positivo de 210 milhões de euros, depois de o banco liderado por Pablo Forero ter apresentado prejuízos de 122,3 milhões de euros no mesmo período do ano passado. E ter assistido a uma queda dos lucros de 313 milhões para dez milhões no total de 2017.

As negociações para aumentos salariais dos trabalhadores bancários estão num impasse, segundo a federação sindical ligada à UGT, que acusa os bancos de terem falhado o compromisso de avaliarem uma nova proposta de aumentos acima dos 0,4% iniciais.

O diretor do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou Portugal pelo cumprimento das metas e considerou que o país é um exemplo por ter feito as reformas necessárias a tempo de aproveitar a recuperação económica europeia.

O Ministério da Educação anunciou esta sexta-feira que estão disponíveis 4.662 vagas para o concurso interno antecipado de pessoal docente, ou seja, para os professores que querem mudar de escola.

Quase sete anos depois, a Moody’s pode hoje tirar Portugal do “lixo”, acompanhando as outras agências de rating. É o que esperam os analistas consultados pelo ECO.

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Lucros da Sumol+Compal recuam 12,4% em 2017 para 9,2 milhões

  • Lusa
  • 20 Abril 2018

Esta variação é justificada pelo desempenho no mercado angolano: ali, as vendas registaram um decréscimo de 10,3%. As exportações representam quase um terço dos lucros da empresa.

Os lucros da Sumol+Compal recuaram 12,4% em 2017, face ao ano anterior, para 9,2 milhões de euros, segundo informou hoje a empresa.

“Os lucros líquidos atingiram os 9,2 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 12,4% face aos 10,5 milhões de euros do período homólogo”, lê-se no comunicado enviado à imprensa.

De acordo com a empresa, o recuo verificado incorpora “o impacto de 0,3 milhões de euros, resultante da aplicação, no exercício de 2017, do IAS 29 [‘International Accounting Standard’] que considera a economia angolana como hiperinflacionária”. As vendas totais da empresa de bebidas não alcoólicas atingiram, no período de referência, 347,7 milhões de euros, tendo as vendas em Portugal crescido 2,3% para 251,7 milhões de euros, “um novo máximo histórico”.

Nos mercados internacionais, as vendas atingiram 96 milhões de euros, menos 4,2% em comparação com o valor obtido em 2016. “Esta variação é justificada pela ‘performance’ [desempenho] no mercado angolano, onde as vendas líquidas registaram um decréscimo de 10,3% para 60,6 milhões de euros”, explicou.

A unidade de mercado de exportação registou um volume de negócios de 28,3 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 5,2%, em comparação com o ano anterior, suportado pelas vendas no mercado europeu, que cresceram 8,3% em valor. As vendas realizadas nos mercados internacionais representam 27,6% das vendas totais da empresa.

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