Wall Street liga “máximos” com acordo comercial à vista

Bolsas norte-americanas abriram a sessão de quinta-feira a pulverizar recordes com os investidores otimistas em relação às negociações entre EUA e China para resolver disputa comercial.

Há progressos nas negociações entre americanos e chineses no que toca à disputa comercial que tem oposto as duas partes nos últimos meses. E é na perspetiva de tréguas na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo que estão a dar força a Wall Street no arranque da sessão desta quinta-feira. As bolsas do outro lado do Atlântico renovam máximos de sempre.

As autoridades chinesas adiantaram que chegaram a um acordo com os EUA para retirar as tarifas gradualmente, em várias fases, enquanto a agência estatal chinesa Xinhua revelou que Pequim está também a considerar remover as restrições nas importações de aves domésticas, segundo avança a agência Reuters.

Neste cenário, o índice de referência mundial S&P 500 avança 0,44% para 3.090,38 pontos, e tudo indica que o saldo da semana vai ser positivo pela quinta vez consecutiva. Também o tecnológico Nasdaq soma 0,45% para 8.462,38 pontos, e vai a caminho da sexta subida semanal. O industrial Dow Jones também abriu a sessão em terreno positivo: está em alta de 0,46%.

Ações mais sensíveis aos acontecimentos na frente comercial como a 3M e a Caterpillar avançam 1,45% e 1,71% para 176,53 dólares e 147,98 dólares, respetivamente.

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Rui Rio considera que revisão em alta de Bruxelas são “trocos”

  • Lusa
  • 7 Novembro 2019

A Comissão Europeia reviu em alta o crescimento económico para Portugal em três décimas, o que o presidente do PSD apelida de "trocos".

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou esta quinta-feira que a revisão em alta da Comissão Europeia do crescimento económico para Portugal foram “trocos”, preferindo aguardar pelas previsões macroeconómicas do Governo no Orçamento do Estado, que antevê “mais prudente”.

No final da reunião do grupo parlamentar do PSD, Rui Rio foi questionado sobre as previsões económicas de outono da Comissão Europeia, que melhorou em três décimas a previsão de crescimento económico de Portugal para 2% este ano, uma décima acima do esperado pelo Governo, e manteve a anterior previsão de 1,7% em 2020.

“O que a Comissão Europeia vem dizer são trocos, é um crescimento de 0,1%”, afirmou, admitindo, contudo, que é melhor que a revisão seja feita em alta do que em baixa. Para o líder do PSD, o mais relevante são “as perspetivas futuras e aí há uma prudência muito grande por parte da Comissão Europeia”.

“Vamos ter dentro em breve o Orçamento do Estado, em que vamos ver o quadro macroeconómico que o Governo apresenta e ver se está em sintonia ou dessintonia com o que foi apresentado na campanha eleitoral, talvez esteja mais prudente”, anteviu.

Questionado se um crescimento económico mais alto dificulta a tarefa de fazer oposição, Rio considerou que “isso é evidente” como princípio geral. “Mas mesmo quando a economia cresce menos, se um governo for equilibrado e sensato tem formas de explicar o que está a fazer, e quando cresce muito também pode estar a fazer muitos erros, como foi caso na legislatura anterior”, disse.

Nas previsões económicas de outono divulgadas esta quinta-feira em Bruxelas, o executivo comunitário estima que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresça 2% este ano, acima da anterior estimativa de 1,7% divulgada em julho e uma décima acima da previsão do Governo.

A Comissão adianta, contudo, que “o ritmo de moderação previsto no verão ainda parece provável, apesar de partir agora de uma base mais alta”. Para 2020, a Comissão Europeia manteve em 1,7% a previsão para o crescimento da economia portuguesa, abaixo do antecipado pelo executivo português.

No Projeto de Plano Orçamental enviado para Bruxelas em 15 de outubro, o Governo estimou que a economia portuguesa desacelere de um crescimento de 2,4% em 2018, para um crescimento de 1,9% em 2019 e volte a acelerar para um crescimento de 2% no próximo ano.

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Centeno: “Cumprir não pode deixar de ser a nossa palavra de ordem”

Em Bruxelas, o ministro das Finanças disse que as previsões da Comissão Europeia são uma boa notícia, mas afirma que o importante é continuar o trabalho e cumprir as metas.

O ministro das Finanças considera que as previsões da Comissão Europeia conhecidas esta quinta-feira são uma boa notícia para Portugal, porque antecipa que a economia portuguesa continue a convergir com a Europa até pelo menos 2021, e deixa a garantia de que irá continuar a cumprir as metas a que se propõe: “cumprir não pode deixar de ser a nossa palavra de ordem”.

“A Comissão prevê agora também que, pelo menos até 2021, que é o horizonte de previsão, Portugal continuará a convergir com a média da área do euro. São boas notícias, que têm obviamente de ser continuadas com o trabalho não só do Governo, mas de todos os agentes económicos”, afirmou Mário Centeno, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, antes da reunião do Eurogrupo a que preside.

A Comissão Europeia reviu em alta o crescimento previsto para este ano para os 2%, mais até do que o esperado pelo Governo, mas continua a antecipar um abrandamento para os 1,7% no próximo ano.

Para Mário Centeno, ambos os dados são boas notícias porque mesmo a desacelerar, a economia portuguesa vai continuar a crescer acima da média da Zona Euro, mais que as maiores economias e que as economias com uma dimensão semelhante à da economia portuguesa.

São uma boa confirmação daquilo que o Governo tem vindo a descrever como o bom momento da economia portuguesa, em particular num contexto difícil, não só da área do euro, mas na economia global. É muito interessante, no sentido de boa notícia, que a economia portuguesa veja as suas previsões revistas em alta em 2019, quando a área do euro é revista uma décima em baixa e a generalidade dos países acompanha esta revisão em baixa”, disse ainda.

Já sobre a admissão por Pierre Moscovici que as previsões de Bruxelas têm sido excessivamente pessimistas em relação a Portugal, mas também a Espanha, Mário Centeno acusou a Comissão de se ter enganado nas previsões em 2019, mas que Portugal tem de se orgulhar por si mesmo do trabalho que fez.

“Portugal tem, como país, que se orgulhar imenso do trabalho que fez, do trabalho que desenvolveu ao longo dos anos de superação de uma crise muito séria, e em particular de nos últimos quatro anos ter cumprido todas as metas com os seus parceiros, mas em particular consigo próprio, porque o trabalho que fazemos em Portugal é em prol dos portugueses. É assim que o entendemos, é assim que vamos continuar a fazer e cumprir não pode deixar de ser a nossa palavra de ordem e vamos continuar a fazê-lo”, finalizou.

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Vestager: “Queremos um acordo global” para taxar big tech

Vice-presidente eleita da Comissão Europeia lembrou que a OCDE está prestes a fechar um acordo no que diz respeito a impostos às tecnológicas e está confiante que a UE irá seguir-se já no próximo ano.

Impostos às gigantes tecnológicas a nível global são uma prioridade para Margrethe Vestager. A partir do Web Summit, a vice-presidente eleita da Comissão Europeia lembrou que implementar mudanças fiscais é um processo demorado, mas que, no caso dos impostos digitais, a União Europeia (UE) tem sido rápida a agir.

Gostaria de ver, não um acordo europeu, mas um acordo global“, disse Vestager, em conferência de imprensa, quando questionada sobre novos impostos às gigantes tecnológicas. “Normalmente não há razões para estar otimista quanto a impostos porque são processos muitas vezes muito lentos e difíceis de implementar. Mas, no que diz respeito a taxas digitais, tem sido rápido e bastante ambicioso”, afirmou, apontando para as ações levadas a cabo pelo Banco Central Europeu (BCE).

Vestager deu força à ideia defendida por António Costa. O primeiro-ministro defendeu, esta quarta-feira também no Web Summit, que a taxação de gigantes tecnológicas compense o buraco deixado no orçamento europeu pela saída do Reino Unido.

A OCDE está a desenvolver uma iniciativa própria que poderá ser um primeiro passo para uma taxação a nível global, segundo acreditam Costa e Vestager. “Neste momento, há uma consulta pública” que a vice-presidente espera que “possa dar suporte suficiente para que as duas abordagens sejam detalhas e para que possa haver acordos ao nível da OCDE no próximo ano”.

“Se não houver, a Comissão Europeia vai emitir um trabalho que possibilite um esquema fiscal europeu alargado, também a empresas digitais, porque não faz qualquer sentido que a maior parte das empresas paguem os seus impostos e que algumas, dependendo da sua tipologia, não paguem”, sublinhou.

Há “profundas preocupações” europeias sobre a Libra

A Comissão Europeia tem apertado o cerco a gigantes tecnológicas, como Google, Amazon, Apple, Facebook ou Microsoft, e não deverá ficar-se pelos impostos. “É correto dizer que temos uma série de investigações em curso”, disse a comissária europeia, que era, no anterior mandato, responsável pela concorrência. Bruxelas está atualmente a investigar a Amazon, a Apple e a Google por suspeitas de concorrência desleal.

Mais recentemente, está também a escrutinar o Facebook, devido ao projeto da criação de criptomoeda estável. “A Libra é um caso especial porque ainda não existiu. É um esforço de toda a comissão”, explicou Vestager, clarificando que não só a concorrência, a estabilidade financeira, a lavagem de dinheiro ou o financiamento a terrorismo são questões que estão a ser analisadas.

Temos profundas preocupações em relação aos efeitos da Libra, se alguma vez vier a ter efeito“, acrescentou. O Facebook tenciona lançar o produto até ao final do primeiro semestre de 2020, mas tem vindo a reiterar que a Libra só vai ver a luz do dia quando todas as dúvidas das autoridades estiverem esclarecidas.

As criptomoedas não são a única inovação tecnológica na mira de Vestager. Também a denominação de tecnológicas como a Uber ou a Airbnb poderá vir a alterar-se dado que estas plataformas competem diretamente com prestadores de serviços tradicionais. O mesmo poderá aplicar-se às fintech em relação às diferenças de regulação face aos bancos. “As pessoas são mais bem-vindas a fazerem negócio na Europa, mas tem de ser em condições equitativas”, defendeu Vestager. “A tecnologia pode ser nova, mas os nossos valores não são”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 15h10)

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Tem 18 anos e quer viajar à borla pela Europa? Candidaturas ao programa #DiscoverEU já arrancaram

Os jovens selecionados podem viajar sozinhos ou acompanhados ou num grupo máximo de cinco pessoas durante um mês pela Europa. As candidaturas terminam a 28 de novembro.

A União Europeia (UE) abriu esta quinta-feira um novo período de candidaturas para que 20 mil jovens de 18 anos possam viajar gratuitamente pela Europa. A iniciativa pretende que os jovens tirem “partido da liberdade de circulação em toda a União Europeia”, aprofundem “conhecimentos sobre o património cultural e a história europeus” e conheçam “pessoas de toda o continente”, lê-se no site da DiscoverEU.

As candidaturas terminam dentro de 20 dias, a 28 de novembro. Para serem um dos contemplados, além de terem 18 anos e serem cidadãos de Estados-membros da UE, os jovens têm que submeter a sua candidatura no Portal Europeu da Juventude. Depois, um comité de avaliação vai decidir quem sãos os sortudos que irão partir à descoberta da Europa entre 1 de abril e 31 de outubro de 2020. Os candidatos serão informados em janeiro de 2020.

Os jovens selecionados podem viajar a título individual ou em grupo com o máximo de cinco pessoas. Por norma, o transporte utilizado será o comboio, em regime InterRail, mas também há outras modalidades, como o ferry, autocarro ou, “em casos excecionais” e sem não houver alternativa, o avião (como é o caso de jovens da Madeira e dos Açores), refere o regulamento do programa. Cada passe atribuído tem validade de um mês, e cada beneficiário pode escolher um passe flexível ou fixo.

Esta iniciativa permite ainda aos jovens participarem em eventos organizados durante a viagem e receber um diário, onde podem registar as suas experiências.

O programa DiscoverEU é uma iniciativa do Parlamento Europeu e foi criado em 2018. A UE garante que nas três rondas de candidaturas foram atribuídos 50 mil passes de viagens, que envolveram perto de 275 mil candidaturas. França e Itália são os países onde há maior número de candidatos. O orçamento previsto para 2020 deverá rondar os 25 milhões de euros.

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“A inovação é fundamental para o futuro das empresas e do país”, diz Carlos Oliveira

O conselheiro europeu para a inovação esteve presente esta quinta-feira na conferência "Investimento e Capitalização das Empresas", promovida pelo Banco Empresas Montepio (BEM), em Braga.

A indústria portuguesa está a passar por uma transformação a grande velocidade. Indústria 4.0, robotização, automação, inteligência artificial. Este é o futuro e as empresas têm de preparar-se neste sentido. Carlos Oliveira, conselheiro europeu para a inovação, está convicto que “quem conseguir aplicar a inovação aos processos e produtos terá mais potencial de ter sucesso no futuro”. Diz que a inovação é um tema “muito complexo, mas fundamental para o futuro das empresas e do país”.

“As empresas devem apostar na inovação para se diferenciarem no produto, no marketing e nos processos. Só assim é que poderão no futuro alavancar e ter crescimento”, explica o conselheiro europeu para a inovação.

Para Carlos Oliveira “a inovação está extremamente ligada ao talento e à qualificação dos recursos humanos, mas também à própria gestão e aos próprios empresários”. Na conferência “Investimento e Capitalização das Empresas”, promovida pelo Banco Empresas Montepio (BEM) em Braga, o conselheiro europeu para a inovação explica que “para existir inovação com maior impacto, as empresas devem pensar numa perspetiva a médio prazo. Devem olhar para o futuro dos produtos a cinco anos e potenciar colaborações com o sistema cientifico e tecnológico”.

A produtividade aumentará com a incorporação de inovação.

Carlos Oliveira

Conselheiro europeu para a inovação

Numa altura que em que a produtividade é um desafio para Portugal, Carlos Oliveira explicou ao ECO, à margem da conferência, que “a produtividade aumentará com a incorporação de inovação”. “As empresas devem optar por produtos mais rentáveis e que tenham a capacidade de aumentar as vendas e acrescentar valor”, reforça.

José Teixeira, presidente do grupo DST, constata que grande parte do tecido empresarial tem pouca escolaridade e qualificação. Considera que “o capital necessário para suprimir estes erros é investir na inovação, no conhecimento, na ciência, na ligação com as universidades, porque não há capacidade de autoconhecimento nas empresas”.

Numa perspetiva mais técnica, o economista Ricardo Arroja explica que a capitalização das empresas é fundamental e que em Portugal há falta de investimento. “Falta rentabilidade às empresas e perspetivas de rentabilizar o investimento”. Constata que “entre as PME, quase 25% têm capitais próprios negativos, o que significa que 1/4 das pequenas e médias empresas estão tecnicamente falidas”.

“Em Portugal há um problema de financiamento e as empresas estão muito descapitalizadas. (…) Existe uma incapacidade de identificar empresas que são viáveis, mas que por falta de financiamento não conseguem escalar”, conclui o economista Ricardo Arroja.

 

 

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Revolut: “Competimos com grandes bancos na base dos custos”

Nikolay Storonsky esteve no Web Summit e foi parco nas palavras. Mas não deixou de alertar que a Revolut é capaz de fazer frente aos grandes bancos graças à tecnologia.

Nikolay Storonsky, fundador da Revolut, esteve esta quinta-feira no palco principal do Web Summit.Harry Murphy/Web Summit via Sportsfile

O criador do banco digital Revolut defendeu no Web Summit que a empresa é capaz de competir com a banca tradicional devido a eficiências nos custos. Segundo Nikolay Storonsky, o segredo é a tecnologia e a inteligência artificial.

A partir do palco da Altice Arena, o líder da startup, que tem vindo a ganhar popularidade em Portugal e está presente em 35 países, foi parco nas palavras. Mas deu um exemplo dessas eficiências: “Temos sete milhões de utilizadores e 500 pessoas para apoio ao cliente. Um banco tradicional com sete milhões de clientes tem 5.000″, disse.

Além disso, a Revolut é capaz de gerir o compliance regulatório com recurso à tecnologia: “O nosso sistema é altamente automatizado. Não temos de ter centenas de pessoas em compliance“, indicou. E frisou: “Competimos com grandes bancos na base dos custos.”

Um piscar de olho à concorrência, que é forte, mas carrega o peso do legado, com sistemas pouco ágeis: “Quando trabalhava no Credit Suisse, lancei um produto e demorou três anos, tive de obter autorização de mais de 30 comissões”, rematou.

No Web Summit, o líder da Revolut considerou também que o Reino Unido é, atualmente, o melhor país para as fintech. A empresa está sediada em Londres.

A Revolut é um banco digital que permite realizar diversas operações bancárias sem comissões. Apesar de o serviço ser gratuito, existem modalidades pagas, em regime de subscrição mensal ou anual, que disponibiliza regalias como um seguro de viagem ou o acesso a lounges de aeroportos, por exemplo. A empresa também tem apostado no mercado das criptomoedas e no trading de ações.

Apesar de disponível há mais anos, a aplicação lançou a operação em língua portuguesa no mercado nacional no final de 2017, altura em que o serviço começou a ganhar mais popularidade no país. Desde o arranque, garante já ter conquistado 300.000 utilizadores no país.

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Banco de Inglaterra mantém taxas de juros e espera clarificação do Brexit

  • Lusa
  • 7 Novembro 2019

A comissão de política monetária do banco central britânico tem sido relutante em alterar as taxas de juro desde há um ano devido à grande incerteza sobre o Brexit.

O Banco de Inglaterra manteve esta quinta-feira as taxas de juro de referência em 0,75% e espera mais clarificações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), foi anunciado. A decisão dos nove membros da comissão de política monetária do banco central britânico tinha sido largamente antecipada pelos analistas.

Dois membros da comissão de política monetária do Banco de Inglaterra votaram a favor de um corte das taxas de juro. A comissão tem sido relutante em alterar as taxas de juro desde há um ano devido à grande incerteza sobre o ‘Brexit’. O impasse do ‘Brexit” está a pesar crescentemente sobre a economia britânica, particularmente no investimento das empresas.

Não é claro se as eleições no Reino Unido levarão a uma maior clarificação sobre o ‘Brexit’, especialmente se nenhum partido conseguir ganhar uma maioria. O atual primeiro-ministro britânico, o conservador Boris Johnson, partidário de um ‘Brexit’ a todo o custo, parte como favorito.

Além das taxas de juro, o Banco de Inglaterra manteve o programa de estímulo económico. O Banco de Inglaterra também reviu em alta a estimativa de crescimento económico para 2019 para 1,4%, contra 1,3% previsto em agosto, e baixou para 1,2% e 1,8% as taxas de crescimento em 2020 e 2021.

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Das 8h00 às 16h35. E se a bolsa de Lisboa só funcionasse das 9h00 às 16h00?

  • ECO
  • 7 Novembro 2019

A Associação de Mercados Financeiros a Europa e a Associação de Investidores, solicitaram assim às bolsas europeias um corte dos horários de negociação em todo o continente.

As bolsas abrem muito cedo. É, pelo menos, isso que dizem os bancos de investimento, que consideram que adiar a hora de abertura das bolsas criaria “mercados mais eficientes, o que beneficiaria os aforradores e investidores”. Representados pela Associação de Mercados Financeiros a Europa (AFME) e a Associação de Investidores (IA), solicitaram assim às bolsas europeias um corte dos horários de negociação em todo o continente, noticia o Cinco Días nesta quinta-feira.

A proposta que está em cima da mesa prevê assim o adiamento de uma hora no arranque da sessão e a antecipação em meia hora do encerramento. No caso da bolsa nacional, isto significaria que deixaria de funcionar entre as 8h00 e as 16h35, para passar a negociar entre as 09h00 e as 16h00.

Numa carta conjunta enviada às principais bolsas europeias, a AFME e a IA defendem que a redução de 90 minutos no horário de abertura das bolsas europeias criaria “uns mercados mais eficientes, o que beneficiaria os aforradores e investidores”.

“Atualmente, a primeira hora de negociação, de uma forma geral, atrai pouca liquidez e, por outro lado, é um período mais caro para operar, enquanto a última hora atrai em torno de 35% do volume total diário“, sustentam.

Essa modificação no horário concentraria a liquidez, o que levaria a custos de negociação mais consistentes e daria às operadoras e ao próprio mercado mais tempo para assimilar e digerir comunicados das empresas, de acordo com o defendido pela AFME e IA.

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Salário médio bruto sobe 2,8% e atinge 1.039 euros em setembro

No terceiro trimestre, o salário médio por trabalhador, excluindo subsídios de férias e Natal, cresceu 2,8% para 1.039 euros. O valor mais alto de sempre registou-se em maio e fica muito perto deste.

De julho a setembro, o salário médio por trabalhar aumentou em termos homólogos 2,8% para 1.039 euros mensais, ficando a um euro do valor recorde que tinha sido registado em maio deste ano (1.040 euros mensais). Estes dados foram divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística e, pela primeira vez, incluem não apenas beneficiários da Segurança Social, mas também os subscritores da Caixa Geral e Aposentação (CGA), num total de 4,2 milhões de postos de trabalho.

A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 3%, no terceiro trimestre de 2019, em relação ao mesmo período de 2018, e a componente regular daquela remuneração aumentou 2,8%, atingindo respetivamente 1.220 e 1.039 euros”, explica o INE, na nota publicada esta manhã.

A primeira, a remuneração bruta total, diz respeito à totalidade das remunerações brutas, antes de impostos e de descontos contributivos. Neste cálculo, não são incluídos montantes isentos de retenção da fonte e de descontos para a Segurança Social ou para a CGA, como o subsídio de refeição até ao valor de 4,77 euros.

Já a remuneração bruta regular é relativa ao “somatório das remunerações brutas de caráter regular e frequência mensal”, excluindo outras componentes como os subsídios de férias e de Natal, ou seja, tem uma natureza menos sazonal.

No terceiro trimestre e tendo em conta a variação negativa do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta mensal total aumentou 3,2% em termos reais e a remuneração bruta regular subiu 3%.

Em termos setoriais, no terceiro trimestre do ano, a remuneração regular variou entre os 655 euros registados nas atividades administrativas e dos serviços de apoio e os 2.521 Euros verificados nas atividades da Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.

E em relação ao período homólogo de 2018, “a maior variação da remuneração total foi observada nas atividades das indústrias extrativas (6,6%), seguida da dos transportes e armazenagem e das atividades administrativas e dos serviços de apoio (ambas com 4,8%)”, salienta o INE. A maior variação regular foi registada nas atividades administrativas e dos serviços de apoio (5,3%) e nas atividades de transportes e armazenagem (4,7%); Já a menor foi contabilizada nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (0,7%).

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, a remuneração total aumentou 2,6% face ao período homólogo e o salário regular subiu 2,9%.

De notar que, nos últimos quatro anos, a remuneração bruta regular no setor de bens e serviços transacionáveis subiu acima da média (11,3% contra a média de 7,3%). No setor dos não transacionáveis mercantis, o aumento (7,8%) também ultrapassou a média, mantendo-se “persistentemente superior à média de economia”.

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Portugueses são dos europeus menos satisfeitos com a sua vida

  • Lusa
  • 7 Novembro 2019

No ano passado, a satisfação média dos portugueses apresentava uma pontuação de 6,7 pontos em 10, a 4. ª pior da escala. Já a satisfação face à situação financeira foi de 5,4, o 3.º valor mais baixo.

Os portugueses eram, em 2018, dos europeus menos satisfeitos com a sua vida – 6,7 pontos em 10 – uma pontuação abaixo da média da União Europeia (UE 7,3), mas a perceção melhorou 0,5 pontos face a 2013.

Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, em 2018, a satisfação média dos cidadãos variava entre os 8,1 pontos na Finlândia e os 5,4 na Bulgária, com Portugal a apresentar uma pontuação de 6,7, a quarta pior da escala.

No entanto, face a 2013 (recorde-se que Portugal foi um dos países afetados pela crise económica 2010-2014) o grau de satisfação dos portugueses subiu 0,5 pontos, abaixo da subida de 0,9 pontos em Chipre e de 0,6 na Bulgária mas acima da média da UE para o mesmo período (0,3).

A satisfação face à situação financeira foi, em 2018, de 5,4 em Portugal, o terceiro valor mais baixo da tabela, apesar da subida de 0,9 pontos face a 2013, a maior entre os Estados-membros a par de Chipre e Grécia, e abaixo da média da UE (6,5, face aos 6,0 de 2013).

Os europeus mais satisfeitos com a situação financeira são os que vivem na Dinamarca (7,6) e os menos satisfeitos os da Bulgária (4,3).

A apreciação da vida privada e relações pessoais fixou-se nos 8,2 em 10, em Portugal, a quarta maior subida (0,3 pontos) face a 2013, sendo os habitantes de Malta, Áustria e Eslovénia os mais satisfeitos (8,6) e mantendo-se a Bulgária no extremo oposto com uma pontuação de 6,6, apesar de ser este o país onde o grau mais subiu em cinco anos (5,7 em 2013).

Na UE, a média de cidadãos satisfeitos com a sua vida privada passou de 7,8 em 2013 para 7,9 em 2018.

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Bem-estar dos portugueses cresceu em 2018, mas tem vindo a abrandar

Melhorias na segurança pessoal e na educação, conhecimento e competências impulsionaram o crescimento do Índice de bem-estar da população portuguesa.

Depois de uma queda durante o período da troika, o bem-estar da população portuguesa tem vindo a recuperar e atingiu um dos valores mais elevados em 2018. No entanto, desde 2016, o crescimento do índice que mede as condições e qualidade de vida tem sido cada vez menos acentuado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No período entre 2004 e 2018, o Índice de Bem-estar da população portuguesa registou descidas em 2007, 2008 e 2012, ou seja, durante os períodos antes da crise, e um ano depois da chegada da troika a Portugal. Mas a partir de 2013 o bem-estar tem vindo a crescer, nomeadamente devido à evolução favorável da segurança pessoal e a educação, conhecimento e competências.

Por outro lado, o emprego e a vulnerabilidade económica, apesar de terem vindo a melhorar, são os elementos cuja evolução foi mais desfavorável. De acordo com os dados preliminares para 2018, o índice cresceu ligeiramente, devido a “uma melhoria, ainda que reduzida, na qualidade de vida, e pela melhoria substancial nas condições materiais de vida”, segundo explica o INE.

As condições materiais de vida caíram durante 2012, estando agora numa trajetória de recuperação.INE

Em 2018, o Índice de Bem-estar atingiu o seu valor mais elevado no período em análise. Os elementos que avaliam a qualidade de vida têm avançado sempre acima daqueles que medem as condições materiais de vida, que incluem a vulnerabilidade económica e o bem-estar económico.

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