Fixar a taxa do crédito da casa para toda a vida? Apostar pelo seguro sai muito caro

Diferença entre os juros no crédito de taxa fixa e variável é grande, mas há outros fatores a desaconselhar fixar a taxa. Custos administrativos e histórico dos juros estão entre os principais.

Trocar o incerto pelo certo. Esta é uma das bandeiras usadas pelos bancos para convencer os clientes a contratarem crédito à habitação de taxa fixa em vez de variável. Têm sido vários os bancos a procurar direcionar clientes rumo a esse produto, oferecendo algo que até agora não era muito habitual: fixar a taxa de juro do empréstimo por 30 anos. Mas será que compensa apostar pelo seguro durante um prazo de tempo tão longo?

O tema ganhou relevo sobretudo desde que, recentemente, o BPI relançou a sua solução de crédito à habitação de taxa fixa a 30 anos e outros dois grandes bancos se lançaram nesta oferta. Mas em específico, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Novo Banco que no início deste ano começaram a disponibilizar crédito à habitação de taxa fixa a 30 anos. Para além desses três bancos, o único a permitir esticar a fixação da taxa de juro do empréstimo da casa por um prazo tão prolongado é o Bankinter, enquanto o Montepio fica-se pelos 25 anos.

A taxa fixa, por tradição, não é uma solução muito privilegiada pelos portugueses. O último Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho do banco de Portugal, mostra que em 2017 o grosso dos empréstimos concedidos para a compra de casa era de taxa variável — 81,3% –, enquanto os contratos de taxa mista e fixa representavam 16,9% e 1,8%, respetivamente. A realidade nacional é muito distinta do resto da Europa, onde o crédito à habitação de taxa fixa é que impera.

Menos de 2% dos contratos de crédito da casa foi de taxa fixa em 2017

Fonte: Banco de Portugal

“Verificamos que no último ano/ano e meio que, perante a inversão de tendência da Euribor nos mercados, os bancos têm procurado capitalizar esta alteração e aproveitar os receios que os consumidores têm de que estas taxas historicamente baixas não se se mantenham durante muito mais tempo, para vender o produto de taxa fixa“, diz Nuno Rico, economista da Deco, para contextualizar a recente aposta dos bancos na promoção dos empréstimos para habitação a taxa fixa.

"Perante a inversão de tendência da Euribor nos mercados, os bancos têm procurado capitalizar esta alteração e aproveitar os receios que os consumidores têm de que estas taxas historicamente baixas não se se mantenham durante muito mais tempo, para vender o produto de taxa fixa.”

Nuno Rico

Deco

“Não é à toa que são os bancos a tentar colocar esta alternativa da taxa fixa no mercado e não tanto o mercado a pedir a solução”, diz Filipe Garcia, presidente da IMF. O economista esclarece que optar por fixar a taxa é uma solução em que “a prestação é significativamente mais alta no imediato“, o que é benéfico para os bancos. “É verdade que as taxas de juro estão em níveis que podem ser considerados relativamente baixos, mas a diferença entre a taxa fixa e a variável é bastante significativa“, alerta assim.

Juros negativos — taxa variável mais atrativa

Os empréstimos para a compra de casa a taxa variável beneficiam dos níveis historicamente reduzidos, e negativos, dos indexantes. A Euribor a 12 meses, por exemplo, a taxa mais utilizada nos novos créditos à habitação em Portugal está nos -0,108%. Ao mesmo tempo, os bancos apresentam spreads cada vez mais baixos. As margens mínimas que cobram na hora de dar crédito cabem no intervalo entre 1% e 1,50%. Tal implica que a taxa final acaba por ser mais baixa quando comparada com os empréstimos a taxa fixa.

"É verdade que as taxas de juro estão em níveis que podem ser considerados relativamente baixos, mas a diferença entre a taxa fixa e a variável é bastante significativa.”

Filipe Garcia

IMF

Numa análise mais em detalhe das soluções de crédito de taxa fixa a 30 anos atualmente disponíveis verifica-se isso mesmo. A CGD, por exemplo oferece uma taxa de juro anual nominal a partir de 2,85% e até um máximo de 6,6% num crédito de taxa fixa a 30 anos. Um crédito indexado à Euribor a 12 meses que beneficie do spread mínimo da Caixa — 1,3% — fica com uma taxa final de 1,186%. Ou seja, bastante abaixo da solução de taxa fixa.

Já no que respeita ao BPI, as taxas exigidas nesse prazo variam entre 2,95% e 5,5%. Aplicando a mesma lógica ao exemplo da CGD, fixar a taxa de juro neste caso sai mais caro. A mesma realidade observa-se no Bankinter. O banco espanhol, apresenta uma oferta de taxa fixa em que o juro resulta da soma à taxa swap a 30 de um spread que varia entre um mínimo de 1% e um máximo de 2,45% (o mesmo leque de spreads que usa no crédito a taxa variável). Tendo em conta que esse swap está atualmente em 1,24%, a taxa final oscilará entre um mínimo de 2,24% e um máximo de 3,69%. No caso do Novo Banco essa avaliação é mais difícil de fazer, já que a taxa de juro final resulta de uma taxa fixa que é determinada pelo banco a que é somado um spread de um intervalo entre 1,25% a 5,0%.

A principal mais-valia de optar por fixar a taxa é a garantia de que os encargos com a prestação da casa não se alteram ao longo do empréstimo. Segundo os especialistas, quem privilegie essa segurança poderá não importar-se de pagar essa diferença. “Permite planificar a vida financeira de forma mais precisa e, naturalmente, cobre o risco de subida da taxa de juro no longo prazo”, lembra Filipe Garcia. Contudo, o economista defende que “nesta fase a taxa variável parece mais atrativa, sendo que o cliente poderá, a todo o momento, negociar com o banco a passagem para taxa fixa num momento posterior”.

História não joga a favor de fixar a taxa

O facto é que o rumo esperado para os juros de referência é no sentido ascendente, algo que os indexantes já começam a sinalizar. Mas pelo menos até ao próximo ano, não é de esperar uma mexida nos juros de referência, sendo que o mercado antevê subidas muito graduais das taxas nos próximos anos.

"De acordo com os nossos cálculos verificámos que dificilmente iria compensar optar pela taxa fixa, mesmo que optássemos pelos 30 anos.”

Nuno Rico

Deco

Certo é que a história também não joga muito a favor dos empréstimos de taxa fixa. “Das análises que temos feito a este produto, concluímos que as ofertas que existem em Portugal não são muito competitivas até ao momento”, diz Nuno Rico, socorrendo-se de uma análise publicada recentemente pela Dinheiro & Direitos que se focou no histórico da Euribor a seis meses desde 1999.

“Tendo em conta o diferencial que era pedido num produto de taxa fixa face à taxa variável, de acordo com os nossos cálculos verificámos que dificilmente iria compensar optar pela taxa fixa, mesmo que optássemos pelos 30 anos”, diz Nuno Rico.

Segundo essa análise, a média da Euribor a seis meses entre 1999 e 2017 era de 2,07%. “Ora, tendo em consideração o que normalmente pedem nos contratos de taxas fixas, à exceção de dois períodos 2001-2002 e 2006-2008 em que teria compensado ter optado pela taxa fixa, nos restantes não teria compensado”, justifica.

Falta de transparência e custos administrativos pesam na taxa fixa

Mas há mais fatores que jogam contra optar por soluções de crédito à habitação de taxa fixa. A ausência de uniformização do método usado no cálculo dessa taxa é uma delas. Isto porque ao contrário do que acontece com as taxas de juro variáveis que são usadas nos contratos de crédito à habitação, que estão claramente definidas por lei (devem resultar da média das Euribor do mês anterior, acrescidas do spread contratado), no caso das taxas fixas tal não acontece.

“Está praticamente à liberdade dos critérios dos bancos a sua determinação. Temos desde taxas fixadas a nível administrativo pelos bancos, como taxas que dependem das taxas swap no mercado acrescidas de um spread e temos bancos que consideram ainda outras taxas. Portanto, não há uma regra que permita que haja uma oferta comparável”, afirma Nuno Rico. Esta opinião é partilhada por Filipe Garcia que salienta que “o pricing com taxa variável acrescido de spread é muito mais transparente porque se sabe o que é a taxa e o que é o spread“.

"O pricing com taxa variável acrescido de spread é muito mais transparente porque se sabe o que é a taxa e o que é o spread.”

Filipe Garcia

IMF

Contra a taxa de juro fixa jogam ainda os custos administrativos associados às amortizações antecipadas de crédito à habitação. O cliente paga ao banco 2% do valor a amortizar no caso dos empréstimos de taxa fixa, enquanto nos de taxa variável esse encargo está limitado a um teto de 0,5%. Numa amortização de 50 mil euros, por exemplo, essa diferença pesa no bolso do cliente. Num crédito de taxa variável, esse custo administrativo é de 250 euros. No crédito de taxa fixa sobe para mil euros.

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Fisco espanhol abre investigação a Neymar

O Fisco quer saber se o jogador pagou todos os impostos relacionados com o prémio de renovação, que ascendeu aos 54,4 milhões, bem como com a sua transferência, que ultrapassou os 200 milhões.

A Autoridade Tributária (AT) espanhola está a investigar o brasileiro Neymar na sequência do pagamento do prémio de renovação de contrato com o Barcelona, pouco antes da transferência do futebolista para o francês Paris Saint-Germain (PSG), avança o El Mundo (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Com o objetivo de verificar se ambas as operações foram devidamente tributadas em Espanha, o Fisco pediu toda a documentação das mesmas através de uma carta endereçada ao tribunal, no passado dia 22 de fevereiro. A intervenção do Fisco quer determinar se o jogador pagou, de facto, todos os impostos relacionados com o prémio de renovação, que ascendeu aos 54,4 milhões de euros brutos.

Por outro lado, a Autoridade Tributária espanhola quer, também, saber se os impostos referentes à transferência de Neymar para o clube parisiense, que atingiu um montante de 222 milhões de euros, foram pagos.

Recorde-se que o prémio de renovação de Neymar com o FC Barcelona foi dividido em duas tranches. A primeira, de 23,7 milhões de euros brutos, chegou aos cofres do futebolista, mas a segunda ficou na carteira do Barcelona. A transferência do brasileiro para o PSG levou o clube catalão a não só abortar o pagamento da segunda tranche, como a reclamar até a devolução da primeira, com juros e uma indemnização por danos e prejuízos, num total de cerca de 75 milhões de euros.

Já Neymar, por sua vez, exige que lhe seja paga a totalidade do prémio, também com juros. Este impasse deverá ser resolvido em tribunal no próximo dia 21 de março.

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Garrigues eleita Trademark Contentious Firm of the Year em Portugal pela Managing Intellectual Property

A Garrigues acaba de ser distinguida como Trademark Contentious Firm of the Year em Portugal, na décima quinta edição dos Annual IP Awards, concedidos pela Managing Intellectual Property.

A Garrigues acaba de ser distinguida como Trademark Contentious Firm of the Year em Portugal, na décima quinta edição dos Annual IP Awards, concedidos pela Managing Intellectual Property. A Garrigues recebeu este prémio em Londres, numa cerimónia que reuniu as principais firmas europeias.

Os Annual IP Awards reconhecem as firmas e advogados do mercado internacional que se destacaram com o seu trabalho “inovador e desafiante”, na área da propriedade intelectual.

“Este é um grande reconhecimento do trabalho da equipa de Propriedade Intelectual e do seu esforço por oferecer ao cliente o melhor serviço possível”, explica João Miranda de Sousa, sócio responsável pela Garrigues em Portugal.

Este prémio junta-se ao conquistado no mês passado, quando a Garrigues Portugal também foi distinguida como a melhor sociedade na área de propriedade intelectual, nos Global IP Awards, concedidos pelas publicações internacionais World Trademark Review (WTR) e Intellectual Asset Management (IAM).

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Quer ver um vídeo em conjunto com amigos? Instagram está a estudar a possibilidade

A rede social Instagram estará a planear permitir que os utilizadores vejam vídeos em conjunto nas mensagens diretas, tal como já é possível no Messenger do Facebook.

Há mais uma rede que pode deixá-lo ver vídeos em conjunto com os amigos. Depois do Messenger, chegará a vez de o Instagram permitir que os utilizadores vejam vídeos ao mesmo tempo, a partir de uma conversa nas mensagens diretas, uma funcionalidade que estará a ter sucesso na rede social fundada por Mark Zuckerberg.

A funcionalidade está já presente no código da aplicação, mas ainda não está disponível, escreve o Tech Crunch (acesso livre/conteúdo em inglês). Ainda não é claro que tipo de conteúdo os utilizadores do Instagram vão poder partilhar a visualização, sendo que existem os vídeos normais do feed, as histórias e também o conteúdo do IGTV, que tem vídeos de duração mais longa.

No Facebook, a ferramenta que permite ver os vídeos em conjunto tem mostrado resultados positivos. Desde o lançamento da chamada “Watch Party”, cerca de 12 milhões de vídeos começaram a ser vistos a partir de grupos, e esses conteúdos geraram oito vezes mais comentários do que aqueles que não foram visualizados de forma sincronizada.

Este é mais um passo na direção de uniformizar as funcionalidades das várias aplicações agora detidas pelo Facebook, tal como o plano, que está a ser estudado, de agregar as plataformas de chat numa só. A intenção será que os serviços continuem a funcionar em aplicações separados, sendo que a diferença estará apenas no serviço de mensagens, que vai passar a ser comum e a estar interligado.

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AR só vai pagar deslocações a deputados que comprovem viagens

  • ECO
  • 11 Março 2019

Os deputados vão ser obrigados a comprovarem as viagens para efeitos de pagamento de ajudas de custo e outros subsídios. Proposta final deverá ser conhecida até dia 25 de abril.

Os deputados da Assembleia da República (AR) vão ter de assinar uma declaração de compromisso para efeitos de pagamento de valores que cubram despesas de transporte e ajudas de custo, avança o Correio da Manhã (acesso pago). O regime atual prevê o pagamento semanal das ajudas de custo aos parlamentares, sem que seja exigido um comprovativo.

Em causa estão os subsídios de transporte entre a residência dos deputados e a AR, o subsídio para deslocações a círculos eleitorais, o subsídio para ajudas de custo no âmbito da profissão e a compensação para deslocações em trabalho político dentro do país. A medida tem sido defendida por Jorge Lacão, vice-presidente da AR, que está a coordenar o grupo de trabalho criado para rever o regime de subsídios de deslocações.

De acordo com o jornal, que cita “fonte próxima do processo”, os deputados vão ser obrigados a assinar uma declaração de compromisso que os responsabilize caso, mais tarde, surjam dúvidas quanto à natureza ou ocorrência de uma determinada deslocação. A proposta final deverá ser conhecida até ao dia 25 de abril e deverá contemplar sanções para os deputados que cometam irregularidades.

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Moody’s aponta Angola com dívida a subir e perspetivas económicas modestas

  • Lusa e ECO
  • 11 Março 2019

Tanto Angola como Moçambique têm perspetivas de crescimento fracas, uma dívida pública elevada e uma força institucional fraca, de acordo com a avaliação da Moody's.

A agência de notação financeira Moody’s considerou esta segunda-feira que o rating atribuído a Angola (B3) é adequado devido à forte subida do endividamento durante a queda dos preços do petróleo e às “modestas” perspetivas de evolução da economia.

“O perfil de crédito de Angola reflete uma ‘Baixa’ força económica, com perspetivas económicas modestas a médio prazo e níveis relativamente baixos de riqueza numa economia petrolífera caracterizada pelos baixos níveis de diversificação e competitividade”, lê-se numa nota da Moody’s.

Na análise, que pretende averiguar se os ratings atribuídos a vários países e bancos africanos está adequada não só aos pares, mas também às condições da economia, os peritos da Moody’s lembram que a solidez financeira é ‘Muito Baixa’, “em parte devido ao rápido crescimento da dívida durante o choque petrolífero, excedendo 75% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2018″.

A força institucional ‘Muito Baixa’, continuam, “é indicativa da fraca capacidade das autoridades no que diz respeito à eficácia do governo e à capacidade para implementar políticas”.

A permeabilidade a um evento de risco, por seu turno, é “Moderada”, essencialmente devido aos riscos de falta de liquidez, que foram “potenciados pelo alto nível de endividamento” nos últimos anos.

A Moody’s divulgou hoje um conjunto de análises aos principais países do continente africano, incluindo Angola, Moçambique, Nigéria, Egito, Ilhas Maurícias, Arábia Saudita, Omã e África do Sul, entre outros. Segundo a mesma informação, a agência de rating refere que conduz estas análises periódicas “através da revisão do portefólio, nas quais a Moody’s reavalia a adequação de cada ‘rating’ no contexto da metodologia, desenvolvimentos recentes e uma comparação do perfil financeiro e operativo dos pares, que também são avaliados”.

Avaliação a Moçambique também aponta para uma economia fraca

A Moody’s considerou ainda que o rating atribuído a Moçambique reflete a fraqueza da economia e conjuga a limitada diversificação com o forte crescimento previsto devido à exploração de recursos naturais. “O perfil de crédito de Moçambique (Caa3) reflete a ‘Baixa’ força da economia, equilibrando a limitada diversificação da economia e o baixo rendimento per capita e o forte crescimento apoiado na exploração dos recursos naturais”, lê-se na nota divulgada pela Moody’s.

Os peritos da agência escrevem que “a ‘Muito Baixa’ força institucional está baseada no fraco ranking nos Indicadores de Governação Mundiais e no histórico de fraca governação e de incumprimento financeiro”.

Por outro lado, acrescentam, a análise de ‘Muito Baixa’ relativamente à capacidade financeira “reflete a dívida pública e os défices orçamentais elevados, bem como os riscos cambiais”, ao passo que a suscetibilidade ‘Muito Elevada’ a eventos de risco motivados pelo risco de liquidez resulta de um acesso extremamente limitado a financiamento.

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Revista de imprensa internacional

A China proibiu voos das aeronaves do modelo envolvido na queda do avião na Etiópia. Em Londres, as negociações com Bruxelas para um acordo do Brexit atingiram um impasse.

Depois da queda de um avião na Etiópia, a China suspendeu a utilização do modelo envolvido, porque já é o segundo acidente com este tipo de aeronave em pouco tempo. As conversações para chegar a um acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia ainda não avançaram, à medida que o prazo se aproxima. Já na francesa Renault, as negociações com a Nissan e a Mitsubishi deverão dar azo a uma nova estrutura de liderança da aliança entre as fabricantes. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Financial Times

China proíbe voos com Boeing 737 Max 8 após queda de avião na Etiópia

O regulador chinês da aviação civil obrigou todas as companhias aéreas domésticas a deixarem de operar o avião Boeing 737 Max 8. É a resposta à queda de um avião da Ethiopian Airlines este domingo, que vitimou 157 pessoas e que foi a segunda queda de um avião deste modelo desde outubro de 2018. Segundo o regulador chinês, os dois acidentes recentes com este tipo de aeronave têm características semelhantes, o que poderá representar sarilhos para a fabricante norte-americana. A China é o maior mercado da Boeing no que toca ao 737 Max 8, uma versão nova e melhorada do Boeing 737.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The Guardian

Negociações do Brexit atingem “impasse”

Theresa May esteve em conversações com Jean-Claude Juncker durante o fim de semana, mas não houve nenhum avanço no que diz respeito ao acordo do Brexit. As negociações entre as duas partes estão num “impasse”, adianta Downing Street, gabinete da primeira-ministra, numa altura em que se aproxima o voto no Parlamento britânico, bem como a data definida para a saída do Reino Unido da União Europeia. A viagem de Theresa May para Bruxelas está em espera, enquanto não são feitos mais avanços.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Renault em conversações com Nissan e Mitsubishi

A francesa Renault está em conversações com as japonesas Nissan e Mitsubishi para estabelecer uma nova estrutura de liderança na aliança entre as fabricantes. Depois do caso que envolveu a detenção de Carlos Ghosn, que estava na liderança dos grupos automóveis e encabeçou a formação da aliança, as empresas têm de reorganizar a parceria. A Renault deixou a garantia de que o acordo já existente entre os fabricantes se irá manter.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Les Echos

Uber Eats lança take-away em Paris

A Uber Eats vai testar na capital francesa o modelo de take-away, que tinha já implementado em algumas cidades nos Estados Unidos. O novo serviço funciona num modelo “click and collect“, no qual os utilizadores fazem a encomenda através da aplicação da Uber Eats, e depois vão buscar o pedido ao restaurante selecionado. A rede para este serviço abrange já mais de 500 restaurantes em Paris.

Leia a notícia completa no Les Echos (acesso condicionado, conteúdo em francês).

El País

Bancos espanhóis enfrentam reclamações multimilionárias

Depois de uma onda de reclamações judiciais dos clientes dos bancos espanhóis ser resolvida, uma nova pode surgir. As comissões de abertura, juros de mora e taxas de cancelamento antecipado de hipotecas são alguns dos elementos que podem levar a novos litígios para a banca em Espanha. Os bancos já devolveram 2.200 milhões de euros para cerca de 500 mil afetados no país.

Leia a notícia completa no El País (acesso condicionado, conteúdo em espanhol).

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Carros da Tesla vão ficar mais caros. Marca desiste de encerrar lojas

Os preços de todos os modelos da Tesla vão ficar 3% mais caros ainda este mês, à exceção do Model 3. A subida visa compensar os custos com as lojas físicas que, afinal, vão permanecer abertas.

A Tesla desistiu do plano de fechar todas as lojas físicas. Em contrapartida, vai aumentar os preços ao nível global. O custo de todos os modelos vai subir 3% ainda este mês, à exceção do automóvel Model 3. A decisão vai no sentido de compensar a despesa com a manutenção desses espaços presenciais.

Os carros elétricos Model 3s, Model S e Model X vão ficar mais caros a partir de 18 de março, informou a empresa liderada por Elon Musk. Só escapa o Model 3, o mais acessível, que custa 35.000 dólares nos EUA e tem um preço base em Portugal de 56.900 euros. A informação foi avançada pela fabricante num comunicado, citado pelo The Verge.

A decisão de voltar atrás nos planos foi tomada depois de os responsáveis terem passado “duas semanas” a analisar “a localização de todas as lojas de retalho da Tesla”. A conclusão foi a de que muitas podem continuar abertas ao público “com menos trabalhadores”. Contudo, admite que “vai continuar a avaliar” a manutenção destes espaços ao longo dos próximos meses, pelo que algumas lojas físicas vão ser mesmo encerradas e outras continuarão abertas.

A ideia de Elon Musk, anunciada a 28 de fevereiro, era a de encerrar todos os espaços físicos e passar a vender os automóveis apenas na loja online, como forma de eliminar despesas correntes. A notícia tinha sido recebida com surpresa pelo mercado e até algum ceticismo, pois poderia significar a impossibilidade de os clientes experimentarem os veículos, o que poderia resultar em quebras nas vendas.

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Parlamento propõe pena de prisão para os políticos que escondam rendimentos

  • ECO
  • 11 Março 2019

A proposta do Parlamento é punir com até três anos de prisão os magistrados, autarcas e dirigentes partidários que não declarem rendimentos.

Os políticos e outros titulares de altos cargos públicos que não declararem rendimentos poderão estar sujeitos a uma pena de prisão de até três anos, por incorrerem num crime de desobediência. Esta proposta está para aprovação na Assembleia da República, e os deputados esperam terminar o processo neste mês, segundo avança o Jornal de Notícias (acesso pago).

Para além de aumentar as sanções sobre este tipo de crime, que já previam a perda de mandato e destituição do cargo, a proposta alarga o número de pessoas que têm de entregar a declaração de rendimentos, bem como o local onde o fazem. Será entregue na Entidade para a Transparência, que vai funcionar junto do Tribunal Constitucional.

As novas regras abrangem ministros, deputados, autarcas e magistrados judiciais, e também juízes do Tribunal Constitucional, candidatos à Presidência da República, dirigentes partidários e chefes de gabinetes de membros dos Governos nacional e regionais. Estes terão de entregar o documento até dois meses depois do início das funções.

O fim do mandato ou a recondução do cargo exigem uma nova declaração, de forma a avaliar a evolução patrimonial. Três anos após o término do mandato é preciso fazer novo documento. O incumprimento da entrega pode levar à inibição do exercício de cargos públicos até cinco anos.

Outra das propostas sobre a mesa é que o acréscimo de património superior a 30 mil euros e para o qual não haja explicação, depois de um escrutínio das Finanças, passará a ser tributado, em sede de IRS com uma taxa de 80%.

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EDP segura Lisboa em dia de ganhos na Europa

A EDP está a valorizar depois de confirmar que vai propor a venda de ativos e novos investimentos em renováveis. Ganhos na elétrica seguram Lisboa, num de subidas na Europa.

É dia de ganhos nas principais praças europeias, mas a valorização é tímida em Lisboa. O índice português avança com dificuldade, numa sessão suportada nos ganhos da EDP e da Nos, mas penalizada por quedas expressivas na EDP Renováveis e na Galp Energia.

O Stoxx 600 avança 0,11%, enquanto os índices alemão e francês somam 0,38% e 0,43%, respetivamente. Em Portugal, os ganhos não chegam a uma décima: o PSI-20 sobe 0,06%, para 5.184,35 pontos, suportado na valorização das ações da EDP. As ações da empresa sobem 0,81%, para 3,256 euros.

A administração liderada por António Mexia vai mesmo propor novos investimentos no setor da energia renovável e um plano de venda de ativos, indicou num comunicado que confirmou as informações avançadas em primeira mão pela Reuters e pelo ECO Insider.

São medidas que vão ao encontro das propostas do fundo Elliott Management, do investidor ativista Paul Singer, que detém 2,29% da elétrica desde outubro. Mais detalhes sobre o plano vão ser conhecidos esta terça-feira, dia em que a empresa apresenta os resultados de 2018 (antes da abertura das bolsas).

A Nos é outra empresa em destaque. Está a valorizar mais de 1%, depois de ter revelado na sexta-feira que os lucros relativos ao ano de 2018 cresceram 15%, para 141,4 milhões de euros. As ações da empresa de telecomunicações, liderada por Miguel Almeida, são as que registam o melhor desempenho no PSI-20 esta segunda-feira. Seguem a cotar em 5,42 euros, com a proposta de subida do dividendo para 35 cêntimos por ação.

Apesar da valorização na EDP, o sentimento positivo não se encontra noutras cotadas do mesmo setor. A Galp Energia perde 1,80%, para 14,145 euros cada título, mesmo perante a recuperação dos preços do petróleo que se verifica nos mercados internacionais. O Brent, referência para as importações nacionais, está a somar 0,81%. O barril negoceia a 66,27 dólares.

Ao mesmo tempo, a EDP Renováveis também penaliza o índice, recuando 0,23%, para 8,50 euros. Na banca, o BCP, que arrancou a sessão a valorizar, inverteu a tendência e perde 0,22%, com os títulos a cotarem em 22,7 cêntimos.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h47)

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Pedro Marques “agradece” ao PSD estar a valorizar o debate das propostas do PS

  • Lusa
  • 11 Março 2019

Pedro Marques, que encabeça a lista europeia do PS, defende a elegibilidade das políticas de habitação propostas aos fundos comunitários, perante críticas do PSD.

O cabeça de lista europeu do PS agradeceu neste domingo ao “número um” do PSD, Paulo Rangel, estar a valorizar as propostas socialistas e disse que ficaria preocupado se os seus adversários não falassem mal de si.

Estas posições foram assumidas por Pedro Marques no final da sessão de apresentação da lista do PS ao Parlamento Europeu, em Marvila, Lisboa, depois de confrontado pelos jornalistas com o “conselho” que lhe deu Paulo Rangel no sentido de estudar melhor as matérias europeias.

Pedro Marques manteve a tese de que é exequível a elegibilidade futura aos fundos comunitários das políticas de habitação a custos acessíveis para as classes médias e jovens, invocando, para o efeito, a sua experiência governativa nesta área.

“Tenho uma boa notícia para dar ao doutor Paulo Rangel, mas sobretudo aos portugueses: nós já temos propostas para a Europa e vão no sentido correto. Os fundos comunitários podem apoiar já hoje alguns programas de habitação para setores da população mais desfavorecidos e o que propomos é que a elegibilidade dos programas de reabilitação urbana se estenda às classes médias e famílias jovens”, justificou.

Depois, o ex-ministro do Planeamento e das Infraestruturas agradeceu a Paulo Rangel, por “com esse seu comentário, valorizar o facto de o PS ter propostas concretas” para apresentar aos eleitores.

“De facto, não entramos no caminho de dizer mal de todos os nossos adversários cada vez que falamos. Neste momento, o que falta é que haja propostas para debater da parte dos outros candidatos. A não ser que tenhamos essa coisa inovadora e radical de fazermos um debate apenas em torno do programa do PS para as europeias”, comentou, deixando aqui uma nota de ironia.

Já sobre o facto de o presidente do PSD, Rui Rio, ter dito que a lista europeia do PS iria facilitar a vida dos sociais-democratas em campanha, Pedro Marques classificou como “verdadeiramente extraordinária” essa declaração.

“Nós temos uma lista renovada, com jovens e sem rostos do passado. O PSD ainda está intrincado nas escolhas dos seus candidatos, o que é perfeitamente legítimo. Sobre essa coisa de dificultar ou facilitar, eu estou muito habituado a que os meus adversários não digam muito boas coisas de mim”, comentou.

O cabeça de lista do PS às europeias considerou depois que o sinal preocupante seria “se os seus adversários andassem a dizer bem de si”. “O meu trabalho no Governo, na área social e nos fundos comunitários é conhecido. Se os meus adversários andassem a dizer bem de mim, então deveria ter feito muitas coisas erradas“, acrescentou.

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Governo tenta atrair gigante mundial do lítio para Portugal antes das eleições

  • ECO
  • 11 Março 2019

Portugal vai lançar um único concurso público internacional, com as várias áreas identificadas com potencial de extração do minério, antes das eleições de outubro. Concurso já esteve previsto em 2018.

O Governo quer lançar antes das eleições de outubro um concurso público internacional para escolher quem vai fazer prospeção, pesquisa e exploração de lítio em Portugal. O objetivo é assumido pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba, em declarações ao Público (acesso condicionado), que explica que será lançado um único concurso público, com as diversas áreas identificadas com potencial de extração do minério.

“Não vamos fazer um concurso para entregar a exploração do lítio a empresas que se limitam a tirar umas pedras do solo e a exportá-las. Queremos garantir que conseguimos fazer isso com escala, de modo a justificar a construção de uma unidade fabril em Portugal”, sublinhou João Galamba.

Não vamos fazer um concurso para entregar a exploração do lítio a empresas que se limitam a tirar umas pedras do solo e a exportá-las. Queremos garantir que conseguimos fazer isso com escala, de modo a justificar a construção de uma unidade fabril em Portugal.

João Galamba

Secretário de Estado da Energia

O secretário de Estado revela que a Direção-Geral de Energia já tem tudo preparado para o lançamento do concurso, uma vez que esse trabalho começou a ser desenvolvido pelo anterior responsável da pasta — Jorge Seguro Sanches — mas continua a ser necessário fazer uma avaliação e estudos de impacte ambiental. Para isso, está a ser feita uma articulação com todas as organizações do Estado que tutelam o ambiente. Uma articulação que não existiu até aqui e que impediu, por exemplo o lançamento do concurso público para a prospeção, pesquisa e exploração das minas de ouro, em Jales (Vila Pouca de Aguiar).

“Não queremos correr o risco de lançar um concurso, e depois vir a Agência Portuguesa do Ambiente, ou outro organismo do ordenamento do Território, invocar que naquela área não pode haver prospeção ou exploração”, disse João Galamba ao Público.

O potencial do lítio em Portugal está há muito identificado e até já estão no terreno vários projetos individuais no terreno: em Sepeda, Montalegre, onde houve uma guerra entre privados para ficar com a concessão; e em Covas do Barroso, Boticas, onde a população local contesta a exploração. Em ambos os casos as concessões envolvem empresas australianas. No entanto, o relatório do Grupo de Trabalho do Lítio, entregue à tutela há dois anos, sublinhava que a viabilidade de produção de carbonato e/ou hidróxido de lítio à escala de todo o país poderia ficar comprometida se fosse potenciada “a criação de projetos individuais não económicos”.

O anterior secretário de Estado, Seguro Sanches, chegou a anunciar que Portugal lançaria o seu primeiro concurso para a exploração de lítio no final de 2018. “Há imensas empresas de países com setores mineiros muito fortes — Austrália, Canadá, EUA e europeias — que nos têm vindo procurar para conhecer mais sobre este projeto de concurso que estamos a desenvolver”, disse Seguro Sanches, em entrevista à Reuters, em novembro.

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