Carlos Saturnino afasta venda da posição da Sonangol na Unitel

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

O presidente executivo da Sonangol descarta, para já, vender a posição da Sonangol na telecom Unitel. Mas diz que há muitos interessados.

O presidente da petrolífera angolana Sonangol garantiu que, para já, a empresa não vai alienar a participação de 25% na estrutura acionista da Unitel, embora haja muitos interessados na compra da sua parte no capital social.

Numa conferência de imprensa de quase quatro horas, para assinalar o 43.º aniversário da criação da Sonangol, o presidente do Conselho de Administração da petrolífera, Carlos Saturnino, salientou “não ser do interesse” vender a participação da empresa de telecomunicações Unitel, mantida através da subsidiária MS Telecom, integrada na Mercury.

“Não é do interesse da Sonangol, para já, alienar a participação na Unitel. Há muitos interessados na compra da participação da empresa na Unitel, mas temos de defender o interesse do Estado [angolano]”, disse Carlos Saturnino, que negou ter afirmado, em novembro de 2018, segundo a imprensa local, a intenção de a vender.

Nessa ocasião, a imprensa económica angolana, citando Carlos Saturnino, indicou que, no quadro do Programa de Regeneração da Sonangol, em que está prevista a alienação nas participações em 52 subsidiárias, a petrolífera iria vender a participação de 25% na Unitel, a operadora liderada pela empresária Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.

Esta segunda-feira, Carlos Saturnino salientou nunca ter afirmado tal decisão, indicando terem sido “invenções da imprensa”. Por seu lado, um dos administradores executivos da Sonangol, Luís Maria, também esta segunda-feira, indicou que a petrolífera vai estar presente na Assembleia-Geral da Unitel, marcada para 19 de março, altura em que irá procurar chegar-se a um consenso quanto à composição da nova administração da telecom angolana, mantendo-a ou renovando-a. “Vamos tentar a 19 de março, na assembleia-geral, chegar a um novo consenso para renovar ou alterar a composição da nova administração, uma vez que oficialmente terminou funções em 31 de dezembro de 2017.

A Unitel conta como acionistas com as empresas Oi (que inclui a Portugal Telecom e a PT Ventures), Mercury, Vidatel e Geni, todas com igual participação acionista de 25%. Isabel dos Santos, através da participação na Vidatel, é a presidente do conselho de administração da operadora, enquanto o general Leopoldino Fragoso do Nascimento (“Dino”) (grupo Geni, próximo de José Eduardo dos Santos) é presidente da mesa da assembleia-geral da empresa.

AG vai analisar acusação da PT Ventures

Além da decisão sobre a composição dos órgãos sociais, a reunião dos acionistas da Unitel vai também analisar a situação desencadeada com a ação judicial apresentada a 7 deste mês pela PT Ventures, que acusa a operadora angolana de se ter recusado a pagar dividendos pendentes.

Na acusação, a PT Ventures exige também a nomeação “urgente” de um administrador judicial para atuar como órgão de administração da Unitel, em substituição do atual conselho, falando em dividendos superiores a 600 milhões de dólares (530 milhões de euros), montante que a operadora assumiu, então, ser incomportável de transferir no mercado cambial angolano, à data.

A 20 deste mês, em comunicado, a Unitel refutou as acusações apresentadas pela PT Ventures, considerando-as “infundadas, difamatórias, incorretas e falsas”.

“As acusações infundadas feitas pela PT Ventures contra a Unitel são invenções sem qualquer fundamento ou prova e demonstram um completo desrespeito pela reputação exemplar da Unitel como uma das empresas mais inspiradoras e bem-sucedidas em Angola e no continente africano. A PT Ventures alega que a Unitel se recusa a pagar dividendos pendentes, mas esta é uma declaração incorreta e falsa”, lê-se no documento.

Segundo a Unitel, a PT Ventures solicitou que o tribunal tomasse essas medidas “sem audição prévia da Unitel e sem aviso prévio ou consentimento dos outros três acionistas”, que, em conjunto, representam 75% do capital social da empresa.

“A Unitel refuta totalmente todas as pretensões alegadas pela PT Ventures e irá, de forma vigorosa, apresentar a sua defesa contra essas alegações infundadas e difamatórias”, acrescenta-se no comunicado, garantido que o atual conselho de Administração “pretende continuar a trabalhar para criar melhores produtos e serviços para os seus clientes, bem como para criar valor para todos os acionistas.

Para a empresa de telecomunicações, a ação judicial “é o mais recente esforço de ataque concertado e contínuo à Unitel e aos acionistas angolanos [da empresa] desde que a PT Ventures foi adquirida em 2014 pela Oi S.A.”. “A Unitel já se disponibilizou repetidamente para pagar os dividendos em Angola, conforme exigido por lei, mas a PT Ventures tem-se recusado a aceitar esse pagamento, alegando que os seus dividendos deveriam ser pagos fora de Angola e em moeda estrangeira”, argumenta a empresa angolana.

A Oi, a empresa-mãe da PT Ventures, adianta-se no comunicado, fez várias declarações públicas de que não considera a Unitel como um ativo estratégico e que a sua intenção é vender a sua participação à primeira oportunidade. Esta ação judicial permite à Oi ter a expetativa de tomar o controlo de uma empresa angolana, para forçar os acionistas angolanos a adquirirem as ações pertencentes à Oi a um preço inflacionado”, considerou a Unitel.

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Depois da EDP, Sociedade Bioelétrica do Mondego também aposta em obrigações verdes

A empresa do grupo Altri anunciou esta segunda-feira que vai emitir, na próxima quarta-feira, green bonds. O valor ainda não é conhecido.

A Sociedade Bioelétrica do Mondego (SBM), participada do grupo Altri, vai emitir dívida verde. Depois da EDP, a empresa de Coimbra também vai apostar na forma de financiamento dedicada a projetos sustentáveis. A colocação na Euronext Lisbon vai acontecer na próxima quarta-feira e o montante ainda não é conhecido.

A SBM é uma empresa de promoção, desenvolvimento e gestão de centrais elétricas e outras instalações de produção e venda de energia bioelétrica em Portugal. A sociedade trabalha principalmente com resíduos e biomassa, o que explica o recurso a esta fonte de financiamento.

As obrigações verdes (ou green bonds, em inglês) são um instrumento de dívida que permite às empresas e Estados captar investimento para projetos existentes ou para projetos novos, aos quais estejam associados benefícios ambientais. Em Portugal, este mercado foi estreado pela EDP, em 2018, com a colocação de 600 milhões de euros. Este ano, a elétrica liderada por António Mexia realizou uma nova emissão de mil milhões de euros em dívida híbrida verde a 60 anos.

Além da EDP, e agora da SBM, também o Estado português já mostrou interesse no mercado de dívida sustentável. O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse no ano passado que esta poderá ser uma hipótese para diversificar as fontes de financiamento do país, a par das panda bonds.

O mercado de obrigações verdes por parte das empresas globais tem vindo a crescer, tendo atingido um recorde de sempre em 2017. Após um abrandamento no ano passado, a agência Moody’s antecipou, num relatório recentemente, que o montante total das colocações volte a acelerar para 200 mil milhões de euros este ano. A concretizar-se, representará um aumento homólogo de 20%.

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PSD e Bloco querem ouvir presidente da ASF e ministro do Trabalho sobre Tomás Correia

  • ECO e Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

Em causa está o papel da ASF sobre a AMMG e a sua capacidade para avaliar a idoneidade de Tomás Correia, presidente da AMMG, que foi multado em 1,25 milhões de euros.

O PSD e o Bloco de Esquerda vão apresentar um requerimento para ouvir o presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), José Almaça, e o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, no Parlamento sobre a idoneidade de Tomás Correia.

“Vamos dar entrada com alguma urgência de um requerimento a pedir para que quer o presidente da Autoridade dos Seguros (ASF) [José Almaça], quer o ministro do Trabalho [Vieira da Silva], venham à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa dar explicações”, disse o deputado do PSD Duarte Pacheco à Lusa, acrescentando que o requerimento dará entrada “ainda hoje à tarde”.

Horas mais tarde, a deputado do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, disse também à Lusa que o BE quer saber “como se afasta um administrador não idóneo da Associação Mutualista Montepio” e “perceber por que nada foi feito”, depois de a Autoridade dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e o Governo terem passado de um para o outro a avaliação da idoneidade do gestor. Por isso também vai apresentar um requerimento para ouvir os mesmos dois responsáveis.

Em causa está o papel da ASF sobre a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) e a sua capacidade para avaliar a idoneidade de Tomás Correia, presidente da AMMG, que foi multado em 1,25 milhões de euros pelo Banco de Portugal. Na sexta-feira, a ASF e o Governo contradisseram-se acerca da capacidade do regulador dos setor para avaliar a idoneidade de Tomás Correia.

Duarte Pacheco afirmou que “não pode acontecer cada parte atirar responsabilidades para a outra”, e que nesse sentido o PSD iria chamar as duas partes “para dar explicações” e para ficar esclarecido “quem tem competência para o fazer”.

“Estamos numa situação em que ambos podem e nenhum pode”, afirmou Mariana Mortágua, que considerou que a “ASF tem poderes” para avaliar a idoneidade de Tomás Correia, mas que o “Ministério do Trabalho ainda tem poderes”.

Sobre a postura de Tomás Correia durante o processo, o deputado social-democrata disse que, como o gestor “não reconhece responsabilidade” no que lhe é imputado, depreende “que não se afaste”, o que tem de ser aceite. “Podia fazê-lo [afastar-se], mas é lícito não o fazer”, disse.

ASF e Governo discordam sobre supervisão

Na sequência das notícias que vieram a público na semana passada, José Almaça, presidente da ASF, disse à Lusa que “o assunto da idoneidade não tem que ver com a ASF no período transitório”.

O responsável pelo regulador dos seguros explicou que só após o período de convergência da mutualista com o setor segurador é que caberá à ASF essa competência. “Não temos de nos pronunciar sobre essa matéria, o trabalho da ASF neste momento é verificar se convergem para o regime segurador. Só depois de convergirem passarão para a nossa supervisão”, afirmou Almaça.

Mais tarde, os ministérios das Finanças e do Trabalho e Segurança Social contrariaram as anteriores declarações do presidente da ASF e afirmaram que cabe ao regulador dos seguros analisar matérias relacionadas com a idoneidade de Tomás Correia, depois daquela entidade ter rejeitado esta incumbência nesta matéria.

“A Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) dispõe do poder de analisar o sistema de governação e os riscos a que a Associação Mutualista do Montepio Geral está, ou pode vir a estar exposta, e a sua capacidade para avaliar esses riscos, por referência às disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor para o setor segurador”, precisaram os ministérios de Vieira da Silva e Mário Centeno numa nota conjunta.

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Equipa de gestão e fundo Atena compram grupo LeYa à Trilantic Capital Partners

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

Os gestores Isaías Gomes Teixeira, Tiago Morais Sarmento e Pedro Marques Guedes (que integram a empresa desde a sua fundação) detêm agora 50,1% da empresa.

Três gestores da LeYa e o fundo de investimento Atena compraram o grupo editorial aos ingleses da Trilantic Capital Partners, acionista desde 2010 e que desde julho de 2018 detinha a totalidade do capital da editora, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado, a LeYa adianta que os gestores Isaías Gomes Teixeira, Tiago Morais Sarmento e Pedro Marques Guedes (que integram a empresa desde a sua fundação) detêm agora 50,1% da empresa, tendo o restante capital ficado nas mãos do Atena Equity Partners.

Em declarações à agência Lusa, Isaías Gomes Teixeira salientou que a operação – cujo valor “não vai ser tornado público” – foi “apoiada por bancos nacionais e internacionais”, detendo os três gestores posições “paritárias”.

“No ano passado não vi nenhum MBO [do inglês Management Buy Out, em que a equipa de gestores de uma empresa adquire a maioria do capital social da sociedade] de nenhuma empresa da dimensão da Leya, porque cada vez é mais difícil fazê-los com o apoio dos bancos. Para nós isto foi importante, porque mostra que há uma confiança dos stakeholders na operação”, sustentou o administrador.

Segundo adiantou à Lusa, a saída dos ingleses da Trilantic Capital Partners aconteceu “porque estava a chegar ao fim o período para desinvestirem”, após terem entrado no capital da LeYa em 2010, sendo que, entre “quatro interessados” no negócio, a equipa de gestão optou pela Atena.

Havia várias oportunidades e esta foi considerada a solução que maior tranquilidade operacional apresenta, a que melhor defende os interesses dos stakeholders e da empresa e a que melhor mantém a operação tal como está”, disse Isaías Gomes Teixeira.

Com cerca de 1.000 trabalhadores, o grupo LeYa está presente em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique nas edições gerais e escolares, plataformas de ensino, conteúdos digitais e ensino à distância, detendo em Portugal chancelas como a D. Quixote, Caminho, ASA, Texto Editora e Oficina do Livro.

Apresentando-se como “um dos mais importantes editores na área escolar e produção digital de conteúdos na educação” em Portugal, o grupo reclama a liderança, no Brasil, no mercado de ensino graduado e pós-graduado à distância e na formação presencial de candidatos a funcionário público.

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Associação de Alojamento Local defende taxas turísticas proporcionais

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

“Deveria haver ponderação sobre o valor da taxa e algumas regras de proporcionalidade”, defende Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP).

O presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda, defendeu esta segunda-feira que as autoridades locais deveriam “ponderar” sobre as taxas turísticas e aplicar regras de proporcionalidade aos diferentes alojamentos e hotéis.

“Deveria haver ponderação sobre o valor da taxa e algumas regras de proporcionalidade”, declarou à Lusa o presidente da ALEP, Eduardo Miranda, numa entrevista a propósito do primeiro ano da implementação da taxa turística no concelho do Porto.

Eduardo Miranda referiu que há segmentos de alojamento local, como os hostels, por exemplo, em que o valor de dois euros é “desproporcional para os preços praticados”, já que representa “15% a 20% de uma diária numa cama no inverno”, fator que pode ter um” impacto negativo”. “Os dois euros de taxa turística são desproporcionais, porque o valor envolvido para o público dos hostels é importante e começam a perder clientes para concelhos vizinhos”, alertou o presidente da ALEP.

Para aquele responsável, a taxa turística dos municípios deveria servir para projetos de sustentabilidade e para contribuir para as zonas que sintam um maior impacte do turismo. “Na lógica de uma taxa, deveria servir para cobrir a pegada adicional provocada pelos turistas e tem de se justificar a cobrança e dizer quanto e onde vai ser aplicada”, defende Eduardo Miranda, referindo que desconhece onde vão ser aplicados os dez milhões de euros angariados pela Câmara do Porto no último ano, através da angariação da taxa turística.

Para o presidente da ALEP, “o que não pode ser é uma taxa transformar-se apenas num imposto municipal para ajudar no orçamento geral. Tem de ter uma justificativa pelo impacto do turismo”.

A taxa turística no Porto, de dois euros por dormida, é aplicada desde 1 de março de 2018 a todos os hóspedes maiores de 13 anos até um máximo de sete noites consecutivas. A implementação da taxa turística do Porto fez afastar alguns grupos para municípios vizinhos, alertou na passada semana a associação hoteleira Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT).

A fiscalização da cobrança das taxas compete à Câmara municipal, que periodicamente recebe, por parte dos hotéis, uma declaração com informação relativa à sua aplicação. O Regulamento da Taxa Municipal Turística do Porto foi aprovado em reunião do executivo camarário de 12 de dezembro de 2017 e deliberada em Assembleia Municipal a 18 de dezembro de 2017 e a receita que a Câmara do Porto estima obter é de “seis milhões de euros por ano”, valor que servirá para “mitigar a pegada turística”, explicou na altura o presidente da autarquia, Rui Moreira.

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Cuatrecasas avança na “tokenização” dos serviços jurídicos

Trata-se de uma prova-piloto aplicada de forma singular e exclusiva às empresas Blocktac e FuVeX.

A Cuatrecasas dá mais um passo na inovação dos seus serviços ao converter em tokens o seu maior activo: o conhecimento e a assessoria jurídica. Trata-se de uma prova-piloto aplicada às empresas Blocktac e FuVeX, vencedoras da terceira edição do Cuatrecasas Acelera, uma aceleradora de startups de elevada complexidade jurídica.

Os tokens são baseados em tecnologia blockchain e usam smartcontracts, conferindo ao seu portador acesso a aconselhamento jurídico. Desta forma, a Cuatrecasas vai lançar um pacote de 80 tokens, cada um dos quais representa 15 minutos de dedicação da parte de um advogado, e que ao todo equivalem a 20 horas de assessoria jurídica.

O utilizador ou cliente irá dispor de uma carteira virtual através da qual poderá converter os tokens e aferir o saldo real graças ao smartcontract, que validará a prestação do serviço e evitará a transferência a partes terceiras. Outra das vantagens deste sistema é que os documentos trabalhados pela Cuatrecasas referentes aos assuntos desenvolvidos para o cliente ficam incorporados na rede blockchain, garantindo a confidencialidade da informação.

Rafael Fontana, presidente executivo da Cuatrecasas, comenta que “estamos muito entusiasmados com a primeira emissão de tokens. É algo inédito no setor e por isso vamos fazer ensaios com alguns dos projetos mais interessantes que integraram o nosso programa de aceleração. Queremos testar de um modo seguro e confidencial a tecnologia blockchain e os smart contracts, e estamos convencidos de que esta iniciativa tem muito potencial.”

Os vencedores do Cuatrecasas Acelera, conhecidos a 13 de Fevereiro, foram a Blocktac, que é uma aplicação baseada em tecnologia blockchain que permite detectar falsificações de documentos oficiais e produtos de diversa natureza; e a FuVeX, que é um projecto que tem como objectivo fornecer a instituições e empresas um serviço de drones para monitorização ou transporte de mercadorias, voando grandes distâncias de forma segura, fácil e legal.

Esta iniciativa soma-se a outros projectos de inovação, como sejam o lançamento do Cuatrecasas Ventures, uma sociedade de investimento em projectos LegalTech, a implementação de inteligência artificial (IA) para revisão de contratos, ou os cursos de formação para melhorar as competências digitais dos seus profissionais e o conhecimento das novidades que estão a transformar a advocacia de negócios.

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Trabalhadores da EMEL protestam na quarta-feira por atualização salarial

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

Os trabalhadores da EMEL exigem a atualização dos salários, que estão congelados há mais de nove anos. Vão concentrar-se em frente à Câmara de Lisboa.

Os trabalhadores da EMEL agendaram para quarta-feira uma concentração em frente à Câmara de Lisboa para exigirem a atualização dos salários, congelados há mais de nove anos, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte sindical.

A concentração, com a participação do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, decorre entre as 16h00 e as 17h00, numa altura em que para os Paços do Concelho está prevista a reunião pública da autarquia, na qual representantes dos trabalhadores esperam intervir.

Segundo Ana Pires, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), o sindicato entrou em negociações com a administração da EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa – em setembro de 2018, com base no Acordo de Empresa assinado em julho de 2017, para aumentos salariais, congelados há mais de nove anos.

A proposta do CESP prevê um aumento do salário de 50 euros para todos os trabalhadores e 650 euros para o salário mínimo da tabela. No entanto, segundo a sindicalista, depois de um conjunto de reuniões, a administração da EMEL afirmou que “só discute salários com o sindicato quando a CML der indicação de valor e de revisão salarial”.

“Primeiro, não é possível. Existe contratação coletiva e os trabalhadores têm direito a negociar os seus salários no âmbito da contração coletiva e cabe ao sindicato e à administração da empresa fazer a negociação no âmbito deste contrato coletivo. Depois, é verdadeiramente vergonhoso que, após quase 10 anos de congelamento salarial e agora não havendo nenhum tipo de limitação, existindo contratação coletiva e uma empresa que faz lucros de milhões, esteja a querer negar aos seus trabalhadores um direito que é seu, de negociar os seus salários e ver os seus salários aumentados”, considerou Ana Pires.

Os representantes dos trabalhadores esperam intervir na reunião pública da Câmara para pedir a intervenção do presidente Fernando Medina, “que, em última análise, é o responsável por todo este processo, visto que a Câmara tem a tutela da empresa”.

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TAP faturou 20 milhões com vendas online só no fim de semana

"Esse fim de semana a TAP vendeu 132% a mais do que o mesmo período do ano passado", anunciou o presidente da companhia, Antonoaldo Neves, nas redes sociais. Promoções mais agressivas ajudaram.

A TAP faturou perto 20 milhões de euros em vendas online no último fim de semana, anunciou o presidente da companhia aérea portuguesa, Antonoaldo Neves, na sua conta de Instagram, isto depois de ter lançado uma campanha promocional com quatro destinos de última hora com descontos de 20%.

“Esse fim de semana a TAP vendeu 132% a mais do que o mesmo período do ano passado. Vai lá a flytap.com e confere as tarifas excecionais! Vendendo muito. Obrigado, clientes! Parabéns, colaboradores TAP!”, revelou o gestor brasileiro que há pouco mais de um ano “aterrou” em Portugal para ocupar o lugar do compatriota Fernando Pinto na liderança da transportadora nacional.

Há um ano, entre os dias 22 e 24 de fevereiro (quinta-feira a sábado), a TAP tinha faturado apenas 8,6 milhões de euros, extrapolando do valor do aumento das vendas que é possível observar na imagem colocada por Antonoaldo Neves naquela rede social.

Este fim de semana a transportadora lançou uma promoção para quatro voos de última hora com 20% de desconto, com destinos entre Lisboa e Recife (Brasil), Genebra (Suíça), Nova Iorque (EUA) e Luanda (Angola). Por exemplo, um bilhete de avião entre a capital portuguesa e o destino de praia brasileiro que poderia custar 1.005,14 euros, esteve à venda por 815 euros. A promoção esteve disponível até este domingo.

Desde o início do mês que a companhia aérea tem estado bastante “agressiva” do ponto de vista comercial. Já teve bilhetes à venda para qualquer destino europeu ou africano a metade do preço no fim de semana de 8 a 10, também com viagens de última hora. Atualmente, a TAP tem em curso uma promoção na ponte aérea entre Lisboa e Porto com bilhetes desde 36 euros, campanha válida até final do mês.

A companhia prepara-se para apresentar resultados no próximo dia 15 de março. Conforme adiantou o ECO Insider em primeira mão, a TAP voltou aos prejuízos no ano passado, devendo ter apurado um resultado líquido negativo na ordem das dezenas de milhares de euros.

Em 2017, registou um lucro de 21,2 milhões de euros, mas as indemnizações por atrasos nos voos, o preço do petróleo, a contratação de pessoal terão pressionado as contas que à data em que o ECO publicou a notícia não estavam fechadas.

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Progressos nas negociações comerciais animam Wall Street

As bolsas norte-americanas estão em alta, perante progressos concretos em áreas sensíveis no dossiê comercial dos EUA e da China. Donald Trump admite vir a assinar um novo acordo com Xi Jinping.

Wall Street está em alta perante sinais de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China. Donald Trump anunciou que vai adiar a subida de tarifas sobre as importações chinesas e disse que, se o progresso nas conversações se mantiver, deverá em breve reunir com Xi Jinping para assinar um novo acordo comercial. É o maior sinal de otimismo dado aos investidores nas últimas semanas, catapultando as esperanças de que os dois países estarão prestes a chegar a um entendimento.

Neste contexto, o índice de referência S&P 500 sobe 0,54%, para 2.807,82 pontos. O industrial Dow Jones avança 0,63% para 26.199,76 pontos, suportado nos ganhos em torno de 1% da Boeing e de 1,89% da Caterpillar, mais sensíveis ao assunto das tarifas aduaneiras. Já o tecnológico Nasdaq soma 0,84%, para 7.590,35 pontos, à boleia da valorização de empresas norte-americanas com grande exposição ao mercado chinês.

É o caso da Apple. A fabricante do iPhone valoriza mais de 1%, para cerca de 174,77 dólares por ação, recuperando das perdas que tem registado devido às tensões comerciais entre EUA e China, que ajudou à queda expressiva de vendas do smartphone no mercado chinês registada no ano passado. Também as fabricantes de processadores estão em destaque: a AMD ganha 4% e a Intel sobe 1,11%.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou este domingo a decisão de adiar a imposição de novas subidas nas taxas sobre as importações de uma série de produtos fabricados na China. A medida que representaria mais um passo na escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. No entanto, os dois países têm-se desdobrado em reuniões de alto nível em Washington e Pequim, com vista a formalizar um novo acordo.

Trump admitiu ainda que as negociações têm sido “produtivas”, referindo progressos em áreas críticas como a da proteção da propriedade intelectual, tecnologia, agricultura, entre outras. A notícia representou um alívio para os investidores, que aguardam há semanas novidades acerca do dossiê.

“Tem tudo a ver com a extensão do prazo para as tarifas. Faz-nos ganhar tempo e isso é positivo”, disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James na Florida (EUA), em declarações à Reuters. “Pode demorar mais algumas semanas, mas espero que seja feito um acordo de qualquer tipo”, reconheceu o profissional.

As tensões comerciais têm sido um fator condicionante nas negociações no mercado de capitais e o problema é visto como uma das maiores ameaças atuais ao crescimento económico global. Mas os últimos dias têm sido de otimismo. A par com as expectativas de uma travagem na subida dos juros por parte da Fed, os dois fatores têm sido determinantes no recente rally das bolsas norte-americanas.

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Primeira-ministra britânica diz que adiamento da saída da UE “não resolve o problema”

  • Lusa e ECO
  • 25 Fevereiro 2019

"Está ao nosso alcance sair com um acordo a 29 de março é nisso que todas as minhas energias vão estar concentradas", garantiu a primeira-ministra britânica.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, defendeu esta segunda-feira em Sharm el-Sheikh (Egito) que um adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) “não resolve o problema”. “Um adiamento é um adiamento, não resolve o problema”, afirmou May, em conferência de imprensa, após a cimeira UE-Liga Árabe.

A chefe do Governo britânico vincou que uma prorrogação do artigo 50.º “não oferece uma decisão no parlamento, não oferece um acordo”. “Está ao nosso alcance sair com um acordo a 29 de março é nisso que todas as minhas energias vão estar concentradas“, acrescentou a líder conservadora.

Entretanto, o Reino Unido e os Estados Unidos chegaram a um acordo para a continuação do mercado de produtos financeiros derivados depois do ‘Brexit’, anunciaram esta segunda-feira num comunicado os reguladores dos dois países. A permissão terá efeitos com “qualquer que seja a forma” do ‘Brexit’, incluindo uma separação sem acordo bilateral entre Londres e Bruxelas, sublinham os reguladores.

Costa favorável a adiamento da saída do Reino Unido da UE

Por outro lado, o primeiro-ministro, António Costa, mostrou-se esta segunda-feira favorável a um adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia, definindo como “desejável e saudável” tudo aquilo que possa evitar um ‘Brexit’ caótico.

Pronunciando-se sobre as notícias veiculadas no domingo pela imprensa britânica, que davam conta da intenção da primeira-ministra britânica, Theresa May, de pedir à União Europeia uma extensão do Artigo 50 para adiar o ‘Brexit’, o primeiro-ministro português disse encarar aquelas informações de “uma forma positiva”.

“É a visão de que se não é possível resolver em duas semanas, damos a oportunidade para resolver em mais tempo, mas sobretudo não vamos desistir de criar condições para que não haja ‘Brexit’ ou a haver ‘Brexit’ ele se desenvolva de uma forma articulada e planeada e não de forma caótica, como estava à beira de acontecer. Tudo o que se possa fazer para evitar um ‘Brexit’ caótico é desejável e saudável”, defendeu, sem especificar se a sua preferência recairia num adiamento por dois meses ou dois anos.

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Preços da banda larga móvel em Portugal ainda são “relativamente caros”, refere a Comissão Europeia

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

"Em comparação com os outros Estados-membros, os preços para banda larga móvel e telefone em Portugal são (...) ligeiramente mais caros do que a média da UE", refere a Comissão Europeia.

Os preços da banda larga móvel na União Europeia (UE) caíram em 2018, mas em Portugal estes custos ainda são “relativamente caros”, variando entre 14,99 e 32,51 euros mensais, acima da média comunitária, divulgou esta segunda-feira a Comissão Europeia.

“Os resultados do novo estudo mostram que os preços da banda larga móvel caíram em 2018 nos países da UE”, indica a Comissão Europeia no seu site, onde divulga um relatório sobre o tema. Bruxelas detalha que, dentro da UE, este tipo de serviços é mais caro na República Checa e no Chipre, seguindo-se os países com preços “relativamente caros” como Portugal, Bélgica, Holanda, Irlanda, Croácia, Malta, Hungria, Grécia e Eslováquia.

Já com preços “relativamente baratos”, a Comissão Europeia identifica a Eslovénia, Letónia, Estónia, Lituânia, Roménia, Suécia, Dinamarca, Bulgária, Alemanha e Espanha, enquanto os países mais baratos são Itália, Polónia, Áustria, França, Reino Unido, Luxemburgo e Finlândia.

Em causa está um relatório do departamento de comunicações e tecnologia da Comissão Europeia, que analisou vários pacotes de telecomunicações dos principais operadores nos 28 Estados-membros, abrangendo internet, chamadas de voz e mensagens de texto. Em Portugal, foram analisadas ofertas da Meo, Vodafone e Nos. “Em comparação com os outros Estados-membros, os preços para banda larga móvel e telefone em Portugal são, de acordo com as ofertas analisadas, ligeiramente mais caros do que a média da UE”, observa Bruxelas no documento.

Segundo o executivo comunitário, nenhum dos pacotes em causa “era mais barato do que a média europeia”. O pacote mais barato apontado no relatório pertence à Nos e inclui 200 megabytes de internet e chamadas e mensagens de texto, custando 14,99 euros. Este valor compara com 12,20 euros de média na UE. Já o mais caro inclui três gigabytes de internet e cinco mil minutos para chamadas e mensagens de texto, num custo mensal de 32,51 euros. Aqui, a média comunitária ronda os 29,87 euros.

Quanto às ofertas apenas relativas a dados móveis, os preços variam entre 18,76 euros (contra 16,02 euros de média na UE) e os 31,26 euros (contra 27,76 euros de média na UE). No relatório, Bruxelas adianta que os valores baixaram em Portugal no ano passado face a 2017, exemplificando que os utilizadores de cinco gigabytes de internet móvel, 100 chamadas e 140 mensagens de texto observaram uma “forte queda” dos preços, em cerca de 40%.

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“É preciso ter lata”. Rui Rio sai em defesa de Passos Coelho e ataca Ricardo Salgado

Ricardo Salgado acusou Passos Coelho de ter influenciado a queda do BES. Em reação a estas declarações, Rui Rio defende o ex-primeiro-ministro e critica o banqueiro, num post no Twitter.

O presidente do PSD, Rui Rio, veio em defesa de Pedro Passos Coelho no Twitter, depois de Ricardo Salgado acusar o antigo primeiro-ministro de ter tido responsabilidades na queda do Banco Espírito Santo (BES). “É preciso ter lata”, atirou Rio, em reação às declarações do ex-presidente do BES.

Ricardo Salgado apontou o dedo a Passos Coelho por supostamente ter agravado, com o seu discurso enquanto primeiro-ministro, a queda das ações e a fuga de capitais do banco em 2014, avançou o Correio da Manhã (acesso pago). Face a estas declarações, Rio defende o antigo líder do partido social-democrata, questionando se o colapso do BES não se deve “ao facto de outros não terem feito antes – a tempo e horas – o que Pedro Passos Coelho fez”.

As acusações do banqueiro, de que as palavras de Passos Coelho tiveram consequências negativas para o grupo, estão inscritas numa petição que foi entregue no Tribunal do Comércio de Lisboa, em contestação à falência culposa do BES.

“Em 24 de junho de 2014, o senhor primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, proferiu declarações públicas no sentido de que a questão da capitalização do GES era um problema, exclusivamente, deste Grupo (porque constituíam ‘problemas da área não financeira’) e, ainda, que não teria informação que o levasse a ‘temer instabilidade no setor financeiro'”, pode ler-se no documento a que o Correio da Manhã teve acesso.

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