Três em cada quatro emigrantes qualificados admitem voltar a Portugal

  • ECO
  • 4 Janeiro 2019

78% dos os emigrantes qualificados dizem ter vontade de voltar ao país natal. E uma boa parte destes admite regressar nos próximos dois anos, mas não por causa do benefício no IRS.

Muitos portugueses emigraram nos anos da crise. Mas muitos deles admitem regressar, especialmente os emigrantes qualificados, revela o Guia do Mercado Laboral, realizado por uma consultora na área do emprego e do recrutamento especializado. 78% dizem ter vontade de voltar ao país natal.

De acordo com o estudo, citado pela Rádio Renascença (acesso livre), dos emigrantes qualificados que admitem regressar, 43% pondera voltar já nos próximos dois anos.

O Governo avançou com benefícios fiscais para os emigrantes que regressem nos próximos anos, reduzindo-lhes o IRS em 50%. Segundo a RR, 87% dos mais de 3.000 emigrantes que responderam ao inquérito dizem que o benefício fiscal terá pouca ou mesmo nenhuma influência na decisão de regressar.

O regresso é uma forte possibilidade para engenheiros, analistas financeiros, profissionais da área do marketing ou do turismo, essencialmente porque a economia nacional estabilizou. Esse é o principal atrativo para atrair de volta os que saíram e tem travado a fuga dos mais qualificados.

Entre o período mais crítico da crise e 2018 a percentagem de trabalhadores dispostos a emigrar caiu de 80% para 37% — em 2017 cerca de 90 mil portugueses saíram do país. Com a economia a crescer, as empresas começam a pagar melhor e a promover os melhores, o que tem contribuído para fixar talento no país.

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Maioria democrata aprova medidas para acabar com shutdown

  • Lusa
  • 4 Janeiro 2019

A Câmara dos Representantes aprovou dois documentos de financiamento temporário que reabririam os serviços afetados, mas que não inclui fundos para o muro na fronteira.

A maioria democrata da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na quinta-feira duas medidas para terminar com o impasse sobre o encerramento parcial de serviços do Governo federal norte-americano que dura há 13 dias.

No começo dos trabalhos do 116.º Congresso dos EUA, a Câmara aprovou dois documentos de financiamento temporário que reabririam os serviços afetados, com fundos para o controlo fronteiriço, mas que não inclui o financiamento para a construção do muro entre o México e os Estados Unidos.

Por essa razão, os documentos não deverão ser aprovados quando subirem ao Senado, controlado pelos republicanos.

Um dos textos garantiria até 30 de setembro os orçamentos para a maioria das administrações federais atingidas, enquanto o outro financiaria até 08 de fevereiro o orçamento da Segurança Interna – uma forma de ganhar tempo até se encontrar um compromisso na questão da fronteira.

“Esta votação é inútil e não fornece os meios de que necessitamos para garantir a nossa fronteira”, denunciaram os republicanos.

Os democratas dizem que são a favor do fortalecimento de algumas medidas de segurança, mas rejeitam firmemente a ideia de um muro que consideram “ineficaz” e “caro” demais.

Assim, 25% das administrações norte-americanas vão continuar paralisadas.

O encerramento parcial dos serviços nos Estados Unidos afeta agências de dez departamentos do executivo, incluindo Transporte e Justiça, bem como dezenas de parques nacionais, que geralmente são uma grande atração turística.

Esta situação também afeta 800.000 dos 2,1 milhões de trabalhadores federais, que não recebem ordenado enquanto o Governo permanecer fechado.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem agendada para esta sexta-feira uma reunião na Casa Branca com os líderes de ambos os partidos.

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Trabalhadores da Autoeuropa regressam ao trabalho após paragem de produção

  • Lusa
  • 4 Janeiro 2019

Paragem de produção que teve início no dia 22 de dezembro não teve a ver com a greve dos estivadores. Fábrica justifica com a falta de motores a gasolina.

Os trabalhadores da Autoeuropa regressam esta sexta-feira ao trabalho, depois de uma paragem de produção que teve início no dia 22 de dezembro devido à falta de motores a gasolina, confirmou à Lusa fonte da empresa.

A paragem de produção na Autoeuropa nada teve a ver com a greve dos estivadores do Porto de Setúbal, em protesto contra o elevado número de trabalhadores em situação de precariedade, mas com dificuldades de resposta de alguns fornecedores da fábrica de Palmela.

Com a mediação do Ministério do Mar, o conflito laboral no Porto de Setúbal, que se arrastava desde o início de novembro do ano passado, foi ultrapassado com a assinatura de um acordo no passado dia 14 de dezembro.

Esse acordo permitiu a integração de 56 trabalhadores precários nos quadros de pessoal das empresas Operestiva e Setulsete e garantiu a preferência dos restantes na distribuição de trabalho, face a outros trabalhadores que ainda não trabalham no Porto de Setúbal.

Segundo o gerente da Operestiva, Diogo Marecos, após a resolução do conflito laboral, “a Autoeuropa exportou um total de 13 mil veículos a partir do Porto de Setúbal, no período de 14 a 31 de dezembro do ano passado”.

“Neste momento, a Autoeuropa tem cerca de 1.500 viaturas no Porto de Setúbal e mais oito mil em diversos parques secundários, designadamente na Base Aérea do Montijo”, acrescentou.

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China e EUA frente-a-frente para pôr fim à guerra comercial

  • Lusa
  • 4 Janeiro 2019

Os dois lados têm mantido discussões por telefone, mas este é o primeiro frente-a-frente desde que Trump e Xi concordaram numa trégua de 90 dias.

O ministério chinês do Comércio confirmou que uma delegação norte-americana de alto nível visitará Pequim, na próxima semana, para negociar um acordo que permita apaziguar as disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

O vice representante do Comércio dos Estados Unidos, Jeffrey Gerrish, vai liderar a delegação em conversas “ativas e construtivas”, segundo o comunicado do ministério.

A delegação inclui ainda o subsecretário do Tesouro para os Assuntos Internacionais, David Malpass.

Os dois lados desejam “implementar o importante consenso alcançado na reunião na Argentina”, entre os presidentes dos EUA e da China, Donald Trump e Xi Jinping, respetivamente, detalhou o comunicado.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou, na semana passada, que os dois lados têm mantido discussões por telefone, mas este é o primeiro frente-a-frente desde que Trump e Xi concordaram numa trégua de 90 dias, no início de dezembro.

Desde então, a China baixou as taxas alfandegárias sobre veículos importados dos EUA e recomeçou a comprar soja do país. Trump suspendeu o aumento, de 10% para 25%, nas taxas alfandegárias sobre 200.000 milhões de dólares (175.000 milhões de euros) de bens chineses.

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano “Made in China 2025”, que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da concorrência externa.

Washington teme ainda perder o seu domínio industrial para um rival estratégico em ascensão.

Os dois lados subiram já as taxas alfandegárias sobre milhares de milhões de dólares de produtos oriundos dos dois países.

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5 coisas que vão marcar o dia

A divulgação ou não dos grandes devedores da banca continua na ordem do dia e chega agora à discussão na especialidade. Isto no dia em que é conhecida a sentença do processo "vistos gold".

A primeira sexta-feira do ano é um dia em cheio em várias áreas, da justiça à banca, passando pelos enfermeiros. Logo pela manhã, na área da justiça, é finalmente conhecido o desfecho do processo “vistos gold” e que envolve quatro ex-altos quadros do Estado, entre os quais o ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. Na área financeira, a divulgação dos grandes devedores da banca continua na ordem do dia. A discussão chega agora à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa. Em causa, para além de se ficarem a conhecer os grandes “calotes” aos bancos, está também aquela que poderá ser a primeira maioria negativa de 2019, isto caso o PS se abstenha. Na área da saúde, as atenções voltam a estar concentradas nos enfermeiros e na nova ronda negocial com o Governo. A nível empresarial, a Autoeuropa volta à produção depois da paragem obrigatória devido à falta de motores da gasolina. Enquanto isto, o INE divulga a estimativa rápida da inflação para o mês de dezembro.

Decisão do processo dos “Vistos Gold”

A leitura do acórdão do processo “Vistos Gold”, tecnicamente designado de “Operação Labirinto” vai ser lida hoje, às 10 horas. Os quatro arguidos são ex-altos quadros do Estado: Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna, Manuel Palos, ex-diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado, António Figueiredo e a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antónia Anes.

Divulgação de os grandes devedores da banca vai hoje a discussão

Depois de o parlamento ter aprovado vários projetos de lei que abrem a porta ao levantamento do sigilo bancário, é agora a vez de a discussão chegar aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa. Em cima da mesa está uma proposta conjunta do PSD, Bloco de Esquerda e PCP e que pode levar à divulgação da lista de clientes com créditos em incumprimento superiores a cinco milhões de euros, junto de instituições de crédito que tenham sido alvo de medidas de intervenção corretiva, de resolução, nacionalização ou liquidação através de fundos públicos.

Autoeuropa retoma produção, após uma paragem devido à falta de motores a gasolina

A fábrica de Palmela retoma esta sexta-feira a produção depois de uma paragem devido à falta de motores. Esta paragem coletiva que aconteceu de 23 de dezembro até 3 de janeiro foi justificada devido à falha de fornecimento de componentes necessários para a construção desses motores. De resto, a mesma razão já tinha sido invocada para justificar a paralisação de uma semana, no final de outubro.

Inflação continua a desacelerar em Portugal? INE responde

Depois dos preços no consumidor terem subido 0,9% em novembro, desacelerando face aos 1% registados em outubro, é agora a vez do Instituto Nacional de Estatística apresentar a estimativa rápida da inflação relativa ao último mês de 2018. Em novembro, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) — indicador que o Eurostat usa para comparar países europeus — terá registado uma variação homóloga e 1%, uma aceleração face aos 0,8% registados em outubro. E dezembro que indicadores apresentará? Na Europa, é dia do Eurostat apresentar a estimativa rápida da inflação da Zona Euro.

Nova ronda negocial. Governo e enfermeiros voltam a sentar-se à mesa

A ronda negocial entre os sindicatos dos enfermeiros e o ministério da Saúde tem lugar esta sexta-feira, um dia depois do inicialmente previsto. A reunião deve servir para reatar as negociações sobre a carreira de enfermagem. E acontece depois de a Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) ter desconvocado o primeiro de dois períodos de greve que tinham início este mês, uma medida seguida pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal. Os enfermeiros reivindicam uma carreira que contemple a categoria de enfermeiro especialista e exigem uma redução na idade da reforma.

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Apple desliza 10% e arrasta bolsas para o pior arranque de ano em duas décadas

As principais praças de Nova Iorque tiveram perdas superiores a 2% e já registam, assim, o pior arranque de ano em duas décadas.

Foi um dia de forte pressão nas bolsas norte-americanas. A gigante tecnológica Apple desvalorizou quase 10%, depois de ter revisto em baixa as estimativas de vendas, e arrastou consigo as principais praças de Nova Iorque, que tiveram perdas superiores a 2% e já registam, assim, o pior arranque de ano em duas décadas.

O índice de referência S&P 500 perdeu 2,48%, para os 2.447,89 pontos. Já o industrial Dow Jones recuou 2,83%, para os 22.686,22 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq foi o mais penalizado, ao desvalorizar 3,04%, para os 6.463,50 pontos.

Assim, depois de uma primeira sessão de 2019 em que conseguiu fechar com ganhos ligeiros, a sessão de hoje anulou os ganhos de quarta-feira e o Dow Jones e o S&P 500 registam o pior começo de ano desde 2000.

Este movimento acontece no dia em que a Apple derrapou 10%, para os 15,73 dólares por ação, o valor mais baixo desde abril de 2017, enquanto a desvalorização é a mais acentuada desde janeiro de 2013. A agravar a situação da tecnológica, vários dos analistas que acompanham as suas ações cortaram o seu preço-alvo.

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Benfica confirma rescisão com Rui Vitória

  • ECO
  • 3 Janeiro 2019

É oficial. Rui Vitória deixou de ser treinador do Benfica. Bruno Lage, atualmente treinador da equipa B, vai assumir o cargo interinamente.

Rui Vitória abandonou o cargo de treinador do Benfica. A notícia é avançada, esta quinta-feira, pela TVI, que dá conta de que o técnico foi despedido depois da derrota frente ao Portimonense. Bruno Lage, atual treinador da equipa B, vai orientar a equipa frente ao Rio Ave no próximo domingo, enquanto treinador interino.

A Bola indica que terá sido Rui Vitória a comunicar a Luís Filipe Vieira que não estavam reunidas as condições para continuar a treinar a equipa. Assim, acrescenta o mesmo jornal, Rui Vitória deixará de ser treinador do Benfica com efeitos imediatos, mas continuará a receber o ordenado enquanto não encontrar novo clube.

A informação já foi, entretanto, confirmada pelo próprio clube, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa (…) que chegou a um princípio de acordo com o treinador Rui Carlos Pinha da Vitória para a rescisão do contrato de trabalho desportivo com efeitos imediatos”, pode ler-se no comunicado.

Há já algum tempo que se falava na saída de Rui Vitória, sobretudo após a goleada sofrida contra o Bayern de Munique, num jogo da Liga dos Campeões. Nessa altura, Luís Filipe Vieira segurou o técnico. Contudo, a derrota com o Portimonense veio acelerar a saída.

Jorge Jesus, Vítor Pereira e José Mourinho são alguns dos nomes que estão a ser avançados para assumir o comando técnico do Benfica de forma permanente.

(Notícia atualizada às 20h50 com mais informação)

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Portugal não vai conseguir acordo melhor para fundos europeus, avisa Carlos Moedas

Comissário europeu avisa que o Governo português não conseguirá um acordo melhor para os fundos comunitários do que o proposto por Bruxelas. Em causa está um corte de 7% na Coesão.

O Governo português está a procurar melhorar a proposta feita pela Comissão Europeia relativa ao orçamento plurianual de 2021-2027, que implica um corte de 7% nos fundos comunitários para a Política de Coesão a receber por Portugal e de 15% para financiar o Desenvolvimento Rural. Contudo, é pouco provável que o país consiga melhor do que isto. Quem deixa o aviso é Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, em entrevista ao ECO24, que será transmitida este sábado, na TVI24.

A proposta apresentada pela Comissão Europeia prevê que Portugal receba 21,2 mil milhões de euros, ao abrigo da Política de Coesão, no período de 2021 a 2027, valor que representa um corte de 7% face ao quadro financeiro atualmente em vigor. Os eurodeputados do PCP e do Bloco de Esquerda defenderam já que Portugal não deve aceitar esta proposta e o próprio Governo procura melhorar os valores propostos. A justificar esta redução dos fundos comunitários está a saída do Reino Unido da União Europeia, o que vai retirar 10% ao orçamento comunitário, e a indisponibilidade dos restantes Estados membros para contribuírem mais para o Orçamento ou dar luz verde à criação de impostos europeus cuja receita revertesse a favor do Orçamento.

Sobre a mesa está ainda, ao nível da Política Agrícola Comum, um corte de 15% ao nível do segundo pilar, ou seja, o desenvolvimento rural. Contudo, ao nível das ajudas diretas (primeiro pilar), os agricultores portugueses não deverão sofrer qualquer corte. Mais gravoso para as contas públicas é a proposta de redução das taxas de comparticipação que deverão descer dos máximos de 85% para regressar aos valores pré-crise. Isto significa que, para cada investimento público cofinanciado por verbas europeias, o Orçamento do Estado terá de fazer um esforço maior.

Mas, questionado sobre se é possível um melhor acordo do que aquele que foi proposto a Portugal pela Comissão Europeia, a resposta de Carlos Moedas é clara: “Acho que não. A proposta que veio da Comissão em relação a Portugal tem um corte, mas o corte médio nos fundos estruturais era de 10% e o de Portugal fica abaixo disso“, aponta.

Seja como for, acredita o comissário europeu, Portugal deve avançar com uma estratégia de médio prazo que lhe permita não precisar de mais fundos europeus. “Portugal deve posicionar-se como um país que veio de ser bom na utilização dos fundos estruturais para um país que, a médio prazo, vai deixar de ter fundos estruturais, porque será um país mais rico“, salienta.

Ao mesmo tempo, defende que o Governo português não deve traçar “linhas vermelhas” na negociação com Bruxelas relativamente ao orçamento a receber. “Na Europa, há os países que contribuem, e que não querem dar nem mais um euro, e há os que recebem, que não querem receber nem menos um euro. Portugal tem de se posicionar entre estes dois e tentar ajudar. Portugal é considerado um país que consegue esta neutralidade da negociação, que consegue consenso”.

Na entrevista que será transmitida no sábado, Carlos Moedas fala também sobre a contestação social e o movimento dos “coletes amarelos” em França, o Brexit, a atual situação do PSD e, ainda, a possibilidade de voltar a ser comissário europeu.

Notícia corrigida às 20h44 com alteração do dia de transmissão da entrevista.

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Investimento em imobiliário comercial com “novo recorde histórico”

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

O investimento em imobiliário comercial “atingiu um novo recorde histórico” em 2018, com um valor estimado de 3.000 milhões de euros, informou hoje a consultora Cushman & Wakefield.

O investimento em imobiliário comercial “atingiu um novo recorde histórico” em 2018, com um valor estimado de 3.000 milhões de euros, informou hoje a consultora Cushman & Wakefield.

Segundo as informações hoje divulgadas, em comunicado, até ao dia 30 de dezembro estavam confirmados mais de 2.800 milhões de euros transacionados em imobiliário comercial, uma subida de 33% face ao ano anterior.

Os investidores estrangeiros representaram quase 94% do volume de investimento em Portugal, acrescentou a consultora, que precisou que cerca de 70% do capital estrangeiro teve origem na Europa, “com as casas de investimento francesas a alocarem a maior parcela de capital ao imobiliário português, 765 milhões de euros”.

Seguiram-se os espanhóis (580 milhões de euros) e os britânicos (500 milhões de euros).

“O setor de retalho, nomeadamente de centros comerciais, esteve particularmente ativo, atraindo 52% do volume total, mais de 1.400 milhões de euros. Seguiu-se o setor de escritórios com 35% do total investido, cerca de 950 milhões de euros”, ou seja, máximos históricos em termos de volume de investimento, refere a Cushman & Wakefield.

“O setor hoteleiro surge, pela segunda vez na história, como o terceiro segmento de imobiliário comercial mais atrativo, tendo captado para o nosso país 8% do total investido, mais de 200 milhões de euros. Este valor apenas foi ultrapassado em 2015, quando se transacionaram mais de 280 milhões de euros”, lê-se.

Na atividade de promoção e reabilitação urbana, a perspetiva é de um investimento de 2.000 milhões de euros, distribuídos por mais de 50 negócios.

Citado em comunicado, Eric van Leuven, diretor-geral da consultora em Portugal, enumerou os recordes do ano passado: volume de transações de investimento, absorção de escritórios, atividade do retalho de rua, dimensão dos negócios, e nível das taxas de rentabilidade.

A consultora Cushman & Wakefield em Portugal registou o “novo melhor resultado de sempre, com todos os departamentos a excederem os objetivos”, acrescentou o responsável.

Quanto a 2019, o responsável comentou que “as perspetivas são otimistas” e que o “ano será muito positivo, ainda que possivelmente a preços um pouco mais moderados”.

“A atividade de investimento vai manter-se extremamente dinâmica: as nossas estimativas apontam para mais de 2.800 milhões de euros de transações já em ‘pipeline’ para 2019”, acrescentou van Leuven, que antecipou a valorização do imobiliário comercial “mais por via da subida das rendas, do que pela descida das ‘yields’”.

Outra nota deverá ser a “retoma muito acentuada da promoção imobiliária” e a uma intensa atividade de investimento em segmentos denominados “alternativos”, como hotéis e residências para estudantes.

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Negociações com professores serão norteadas pela “transigência” e “sustentabilidade”

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

O ministro da Educação indica que o Governo voltará às negociações com os sindicatos dos professores "de forma responsável", e lembra que "a concertação é importante".

O ministro da Educação disse esta quinta-feira que o Governo voltará “atempadamente” às negociações com os sindicatos dos professores, com “boa fé negocial” e “transigência”, tendo salvaguardado que a “sustentabilidade financeira” estará sempre nas prioridades a ter em conta.

“Voltaremos às negociações atempadamente e, nesse sentido, o Governo voltará às negociações de forma responsável, sempre com transparência, e com a boa fé negocial que demonstrou durante toda esta legislatura, acreditando também que a concertação é importante“, disse esta quinta-feira aos jornalistas o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, à margem de uma visita as obras de requalificação da EB 2,3/S Dra. Judite Andrade, em Sardoal, no distrito de Santarém.

Nesse sentido, continuou, “o Governo também voltará às negociações tendo em conta, sempre, a sustentabilidade financeira, que é algo que também tem estado sempre nas nossas prioridades”.

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Tomás Correia não acredita numa condenação do Banco de Portugal e quer cumprir mandato até ao fim

Tomás Correia é oficialmente presidente da Associação Mutualista Montepio e espera ocupar essa cadeira até ao final dos três anos de mandato.

No dia em que toma posse como presidente da Associação Mutualista Montepio, Tomás Correia não acredita, “minimamente, que haja alguma condenação” no âmbito dos processos em curso no Banco de Portugal (BdP) e está convicto que vai cumprir o mandato até ao fim.

Em conversa com os jornalistas, Tomás Correia sublinhou que a instituição vai entrar num novo ciclo e quando questionado sobre os vários processos que está a ser alvo por parte do Ministério Público e do BdP disse não acreditar na possibilidade de vir a receber algum tipo de condenação por parte do BdP, tendo em vista os processos que estão atualmente em curso: “Não acredito minimamente que haja qualquer condenação, logo esse problema não se põe”. “A única coisa que posso dizer é que não tenho nenhuma intranquilidade em relação a isso”, disse, acrescentando que não acredita que haja elementos que possam aplicar-lhe alguma condenação.

O novo mandato de Tomás Correia, o quarto à frente da Associação Mutualista, está envolto em várias polémicas tendo em conta as regras mais restritas do novo código das mutualistas para conceder a idoneidade dos titulares dos órgãos associativos durante todo o período de exercício do mandato, mas também porque o gestor está a ser investigado em vários processos judiciais e no Banco de Portugal.

Questionado ainda sobre a decisão da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) em criar um grupo de trabalho para preparar a forma como irá dispor dos novos poderes de monitorização das associações mutualistas, Tomás Correia disse que não foi notificado nesse aspeto e que a iniciativa terá de ser do supervisor. “Não estamos preocupados com isso nem temos qualquer preocupação em falar com a ASF para saber se eles têm”, disse.

Já sobre a escolha de João Ermida para chairman do Banco Montepio — o nome proposto para presidente do conselho de administração depois de Álvaro Nascimento não ter tido luz verde do acionista –, Tomás Correia referiu-se ao antigo quadro do Citibank Portugal e do grupo Santander como uma pessoa com condições pessoais e profissionais para assumir essa responsabilidade. “É um grande profissional da banca e será [chairman] se o BdP não puser entraves”. Sobre as notícias que foram adiantadas de que esta escolha poderia estar a causar tensões entre o banco e a Associação, dado que João Ermida foi sócio de António Godinho, que também se candidatou à presidência da Mutualista, Tomás Correia garantiu que essa é “uma história que não está bem contada”.

Tomás Correia admite eleições para assembleia de representantes

Apesar da entrada em vigor do novo código das mutualistas, Tomás Correia não vê necessidade de que os estatutos alterem os poderes atuais, mas admite provavelmente haverá eleições para escolher a nova assembleia de representantes.

Mesa da assembleia geral, conselho fiscal, conselho de administração e assembleia de representantes são órgãos obrigatórios. Já o conselho geral é facultativo. Por isso, Tomás Correia diz que a associação vai ter de se dotar de uma assembleia de representantes. “Coloca-se a necessidade de termos uma e para isso podemos ter provavelmente eleições”, disse.

“Não vejo que os estatutos tenham necessidade de alterar o que são os poderes” destes órgãos. “Estes órgãos estão eleitos para um mandato de três anos e não vejo necessidade de se alterarem os mandatos em cursos para estes órgãos sociais”, acrescentou Tomás Correia. “Claro que a assembleia pode vir a decidir assim mas, pessoalmente, não vejo necessidade que se faça qualquer alteração“, precisou.

O responsável explicou que a assembleia-geral elegerá uma comissão de revisão e que qualquer associado pode propor uma. Em geral, a administração tem sempre uma posição e Tomás Correia disse que, na próxima assembleia geral, em março, será feita a proposta. “Havendo assembleia de representantes não vejo necessidade de haver órgão de revisão”, explicou, precisando que será “a assembleia geral que estabelecerá questões relativas a género”.

Um novo ciclo

Vamos ter um ciclo novo na Associação Mutualista Montepio e no Grupo Montepio. Este último ciclo de dez anos foi muito difícil, tivemos de vencer determinados desafios. Se puder resumir numa frase tudo o que fizemos ou que fomos capazes de fazer diria: a capacidade de antecipar os problemas e de encontrar soluções para os resolver”, começou por dizer Tomás Correia, em conversa com os jornalistas, ressalvando que este será um mandato de três anos, que pensa “cumprir integralmente”.

“Estamos preparados para um novo ciclo que esperamos que seja de crescimento aliado com desejos do país e cidadãos”, continuou. “O próximo ciclo assentará num grupo mais coeso, mais atento do ponto de vista dos mutualistas e das necessidades modernas das pessoas. Vamos encontrar soluções para todos os problemas. É preciso desenvolver produtos e parcerias que vão ao encontro disso”.

Este será um “projeto de grande ambição e alcance”, não apenas para o Grupo Montepio mas, sobretudo, para o país, sublinhou. “Pensamos muito no que podemos fazer para melhorar a situação do país. Queremos crescer do ponto de vista associativo e trabalhar para que a economia social seja mais capaz de ir ao encontro das pessoas”.

Os negócios da mutualista

Sobre a venda da Lusitânia aos chineses da CEFC Energy Company Limited, Tomás Correia explicou que “o que esteve em cima da mesa foi o desenvolvimento de uma parceria”. “Que nos agradava muito, porque implicava desenvolvimentos em Macau e Hong Kong”, justificou o responsável. “E isso iria permitir desenvolver a atividade seguradora”, acrescenta. Mas essa operação “nem sequer chegou a ser discutida em Conselho Geral” porque “deixou de haver interesse” da parte da Associação Mutualista, frisou.

Para o futuro, o novo presidente quer começar a libertar imparidades. “Obviamente que não serão libertadas todas de uma vez, mas serão libertadas à medida que o cálculo das imparidades o permita. Lá para 2022 teremos recuperado todas essas imparidades“, disse, em declarações aos jornalistas, rematando que os resultados de 2018 serão positivos.

Além disso, vai também entrar no mercado imobiliário: “Nesses terrenos vamos desenvolver, sobretudo, projetos para a cidade e que sejam dignos para a sociedade em termos patrimoniais. Que nós colocaremos no mercado de arrendamento não especulativo e, mais uma vez, ao serviço das pessoas e procurando ajudar a que o país seja mais justo e onde as pessoas possam encontrar soluções para os seus problemas, neste caso de habitação, alinhados com aquilo que são as suas possibilidades e com a dignidade que merecem”, disse, durante a tomada de posse.

Projetos esses que vão avançar já este ano, assegurou. “Temos num conjunto de cidades do país que viemos a adquirir nos últimos tempos. Esses projetos vão avançar já este ano. No Porto já temos um projeto de loteamento fechado, em Lisboa vamos começar a trabalhar rapidamente, vamos construir 35 mil metros na Praça de Espanha”.

Referindo-se às notícias que têm saído na comunicação social Tomás Correia explicou que se tratam de “narrativas que, excecionalmente, tinham alguma aderência com a própria realidade” e estavam mais relacionadas com interesses dentro da própria instituição.

(Notícia atualizada às 19h07 com mais informação)

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Fotogaleria: da Jaguar à Lamborghini, estes são os automóveis de luxo mais vendidos em Portugal

As vendas de automóveis de luxo aumentaram em 2018. A marca preferida dos portugueses foi a Jaguar que registou um crescimento de 22,1%.

As vendas do setor automóvel em Portugal voltaram a aumentar, pelo sexto ano consecutivo. A maioria das marcas de luxo acompanhou a tendência.

Destas, a Jaguar foi a marca que mais vendeu em 2018, com um crescimento de 22,1% e um total de 851 automóveis vendidos. Seguiu-se a Porsche com 260 unidades vendidas e um aumento de 25,6%.

No outro extremo da tabela está a Lamborghini que vendeu sete carros, mais três do que em 2017. Das marcas que registaram uma queda nas vendas, a Maserati continua entre as três mais vendidas em Portugal (no segmento de luxo), enquanto a Aston Martin aparece mais no fundo da tabela com dez carros vendidos.

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