Venda do Banco Terra dá prejuízo de 3,6 milhões de euros ao Montepio

O Montepio saiu oficialmente de Moçambique. Concluiu a venda do Banco Terra, obtendo um proveito de 3,2 milhões de euros. Operação vai pressionar lucros do banco em 3,6 milhões.

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) já concluiu a venda da posição de 45,78% que detinha no capital social do Banco Terra à Arise, saindo oficialmente do mercado moçambicano. Num comunicado enviado à CMVM, o banco liderado por Carlos Tavares revela ainda que, com a operação, obteve “um proveito estimado de 3,2 milhões de euros” e que os resultados líquidos do Montepio “vão ser afetados desfavoravelmente em 3,6 milhões de euros”.

“A CEMG informa que concretizou a venda da participação de 45,78% que a sua participada Montepio Holding detinha no capital social do BTM – Banco Terra. A venda (…) proporcionou um proveito estimado de 3,2 milhões de euros nas demonstrações financeiras consolidadas de 2018″, informa a empresa, que é detida pela Associação Mutualista.

O banco informa que “a concretização desta operação originou a perda de controlo desta subsidiária, tendo determinado, de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis, a reciclagem da reserva cambial negativa de 6,8 milhões de euros por contrapartida de resultados do exercício”. “Assim, os resultados líquidos da CEMG vão ser afetados desfavoravelmente em 3,6 milhões de euros”, assume o Montepio.

Apesar do impacto negativo em termos de resultados, a operação acaba por se traduzir positivamente nos rácios de capital da instituição bancária. O rácio Core Tier 1 melhora em nove pontos base, enquanto o rácio de Capital Total melhora em seis pontos base. A melhoria dos rácios de capital da CEMG resulta da “diminuição dos ativos ponderados pelo risco”.

O Banco Terra é uma instituição com operações em Moçambique. A posição de 45,78% em causa foi vendida à Arise, uma holding holandesa que é composta pelo fundo soberano norueguês Norfund, pelo banco de fomento holandês FMO e pelo Rabobank, que tem missão “apoiar o crescimento em África através de investimentos em instituições financeiras africanas”, informou o Montepio num comunicado emitido no final de agosto de 2018, no qual comunicou a assinatura do acordo da transação.

Como recordou o ECO em agosto, já no relatório e contas de 2017 o Montepio apontava para a venda da posição no Banco Terra e de outros ativos detidos em África: “Importa referir que a CEMG se encontra num processo negocial com um conjunto de investidores com vista a recentrar a abordagem no mercado africano, tendo em vista a desconsolidação do Finibanco Angola S.A. e BTM – Banco Terra”, lia-se no documento.

A concretização da venda do Banco Terra acontece no mesmo dia em que Tomás Correia volta a tomar posse como presidente da Associação Mutualista Montepio, dona da CEMG, depois de ter sido reeleito em dezembro com 43,2% dos votos.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h22)

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Abreu com a Mitsubishi UFJ Trust and Banking Corporation

A Abreu Advogados integrou a equipa multinacional que assessorou e acompanhou a Mitsubishi UFJ Trust and Banking Corporation.

A Abreu Advogados integrou a equipa multinacional que assessorou e acompanhou a Mitsubishi UFJ Trust and Banking Corporation na aquisição do Colonial First State Global Asset Management à Commonwealth Bank of Australia.

A operação foi assessorada pela equipa de Direito Comercial da Sociedade, composta por Miguel Teixeira de Abreu, César Bessa Monteiro Jr. e Bernardo Teixeira de Abreu.

O valor da transação foi de 2,9 mil milhões de dólares.

Constituída em 1993, a Abreu Advogados conta com uma equipa de cerca de 200 advogados, num total de 300 profissionais. Além dos escritórios de Lisboa, Porto e Madeira, a Abreu Advogados tem forte presença internacional através das desks de Angola (FBL Advogados), Brasil (Siqueira Castro Advogados), Cabo Verde (Arnaldo Silva & Associados, C&C Lawyers e Abreu Advogados), China – Macau (C&C Advogados), Moçambique (JLA Advogados) e Timor-Leste (joint office com C&C Advogados).

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Há borlas nas bicicletas Gira. Primeiros 45 minutos da viagem são grátis

Em 2019, a EMEL continuará a oferecer os primeiros 45 minutos de viagem aos utilizadores com passes mensais e anuais da Gira, a rede partilhada de bicicletas em Lisboa.

O ano mudou, mas as condições de utilização da rede de bicicletas partilhadas de Lisboa — e as borlas — continuam as mesmas. E isso significa que a oferta dos primeiros 45 minutos de viagem para os utilizadores com passes mensais e anuais da Gira vai manter-se em 2019.

A campanha dos 45 minutos gratuitos da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), a dona das bicicletas Gira, pretende incentivar as pessoas a escolherem a bicicleta como o veículo predileto para a deslocação no centro da cidade. Para a empresa, o serviço Gira vai “continuar a melhor a circulação urbana em 2019 e a inspirar as pessoas (…) para novos meios de mobilidade, suaves e ativos”, pode ler-se no comunicado da EMEL.

Ao todo, desde o lançamento do serviço, as Gira já realizaram mais de 1.120.000 viagens pela capital lisboeta. No que toca ao número de passes, os últimos dados da empresa dizem que, neste momento, há 19.200 passes anuais ativos, três mil passes mensais e 8.800 passes diários vendidos. Números que mostram, para a EMEL, “o sucesso das Gira”.

Existem várias estações da Gira ao longo da cidade para recolher ou deixar a bicicleta.Hugo Amaral/ECO

O passe anual, que é o mais vendido, é válido por um período de 365 dias, contando a partir do dia da subscrição do serviço e tem um custo de 25 euros. O passe mensal, por sua vez, válido por 30 dias, também a partir do dia da subscrição, custa 15 euros.

Existe, ainda, uma terceira modalidade. Trata-se de um passe diário, válido por apenas 24 horas, mediante o pagamento de dois euros. Contudo, este valor faz também ele parte de uma campanha promocional, uma vez que o valor do passe diário previsto será de dez euros.

Importa também salientar que qualquer uma das modalidades disponíveis para o título de acesso ao serviço pode ser adquirida por utilizadores residentes em Portugal, bem como por utilizadores residentes no estrangeiro.

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Os robôs estão a roubar os nossos empregos? Banco Mundial diz que o impacto é “insignificante”

Ainda que as economias avançadas tenham registado um recuo do emprego industrial, o Banco Mundial assegura que o impacto da automação no trabalho tem sido insignificante.

A previsão deixada pela humanoide Sophia no palco principal do Web Summit, em 2017, ainda não se está a concretizar, garante o Banco Mundial. “O medo de que os robôs vão eliminar os empregos não é apoiado pelas provas dadas até agora”, assegura o economista chefe Pinelopi Koujianou Goldberg, citado pela Bloomberg.

Segundo Goldberg, até ao momento, a automação e a robotização têm tido um impacto insignificante a nível global. Por exemplo, o declínio dos empregos industriais registado, nas últimas duas décadas, nas economias avançadas foi mais do que compensado pelo seu reforço desse tipo de trabalho no mercado asiático.

Além disso, de acordo com os estudos feitos pelo Banco Mundial, não estará em causa a extinção do trabalho humano, mas a mudança da sua natureza, com especial foco na substituição de tarefas repetitivas por processos criativos.

Tal conclusão já tinha sido apontada ao ECO pelos analistas da Deloitte e da PwC. “Os nossos estudos preveem que mais de 40% dos empregos não existirão daqui uma década, mas isto não implica uma redução dos postos de trabalho”, tinha salientado Sérgio do Monte Lee, partner da Deloitte Portugal. “O grande desafio é reconverter carreiras”, tinha acrescentado Bethy Larsen, partner da PwC, frisando a necessidade de apostar em competências mais viradas para estas novas oportunidades.

Por sua vez, o economista chefe do Banco Mundial sublinha: “Esta é a quarta revolução industrial. Já acontecerem três e, em cada uma delas, conseguimos sobreviver. Portanto, não está em causa a eliminação total do trabalho humano pelas máquinas”.

Ainda assim, o número de empregos industriais registou efetivamente uma diminuição, caindo mais de 10% em países como o Reino Unido, Espanha e Singapura, onde os trabalhadores trocaram as fábricas pelos serviços.

A propósito, segundo já tinha adiantado a PwC ao ECO, este “assalto” aos trabalhos humanos protagonizado por robôs será menor em Portugal do que nos demais países europeus exatamente à boleia da forte relevância do setor dos serviços no mercado nacional.

Tudo somado, o Banco Mundial conclui que cabe aos Governos facilitarem essa transição, nomeadamente através do reforço da proteção social. Em cima da mesa, também pode estar a atribuição de um Rendimento Básico Incondicional, uma prestação fixa atribuída a todos os cidadãos, independentemente da sua situação laboral e financeira, que já foi experimentada pela Finlândia.

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Portugal ainda tem 30 mil postos de trabalho por ocupar

  • ECO
  • 3 Janeiro 2019

Os setores do comércio e da restauração são aqueles que apresentam mais vagas sem candidatos. Contudo, é a construção que mais sobe.

No terceiro trimestre do último ano, mais de 30 mil postos de trabalho não receberam candidatos. Isto apesar de os centros de emprego terem registado mais de 334 mil desempregados. O comércio e a restauração são as atividades com mais vagas por preencher, mas foi o setor da construção que verificou o maior aumento, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

Se comparado com o período homólogo, o terceiro trimestre de 2018 registou um aumento de quase 9% de ofertas de trabalho sem candidatos. Em concreto, foram 30.031 postos de trabalhos que ficaram por preencher. Ao todo, os empregos vagos no país atingiram, no trimestre em análise, 1% do total do emprego.

Ainda assim, de acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), 334.897 pessoas estavam registadas em centros de emprego, em novembro. O Governo, por sua vez, diz que apenas 139.732 receberam o subsídio de desemprego.

De acordo com o Ministério do Trabalho, as atividades com mais vagas por preencher são o comércio e a restauração, que apresentam 9.876 vagas disponíveis. Contudo, o maior aumento de postos de trabalhos sem candidatos verificou-se no setor na construção, que totaliza uma subida de quase 50%.

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Revista de imprensa internacional

A multinacional norte-americana Apple reduz as previsões de vendas para o início de 2019. O Banco Mundial garante que os robôs não estão a tirar empregos.

Ao contrário das previsões distópicas, o Banco Mundial garante que os robôs não estão a tirar empregos aos humanos. E por falar em emprego, em Espanha voltaram a trabalhar mais de 19 milhões de espanhóis, o número mais elevado desde 2007. Já no Reino Unido, o problema é outro: os empregadores estão a ter dificuldades em encontrar mão-de-obra qualificada. Do outro lado do Atlântico, Donald Trump respondeu com simpatia àquele que outrora chamou de rocket man e a multinacional da maçã antecipa um 2019 um tanto atribulado. Desaceleração económica da China colocou Tim Cook numa posição delicada.

Financial Times

Apple reduz previsão de vendas

A gigante tecnológica Apple reviu em a baixa previsão de vendas para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2019 e prevê encaixar 84 mil milhões de dólares, abaixo dos 93 mil milhões anteriormente previstos. A justificar a quebra, a empresa tem em conta a desaceleração económica da China e dos mercados emergentes que motivam vendas inferiores às esperadas.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Reuters

Trump espera reencontrar-se em breve com Kim-Jong Un

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse ter recebido uma “grande” carta do líder da Coreia do Norte e acenou com um reencontro entre os dois num futuro próximo com vista à desnuclearização do país. Trump congratulou-se ainda com o facto de terem deixado de existir ensaios nucleares desde o encontro com Kim-Jong Un.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Cinco Días

Foram criados mais de meio milhão de empregos em Espanha durante 2018

O emprego continua a crescer em Espanha e em 2018 foram criados 563 965 novos empregos. Só no mês de dezembro 78.500 espanhóis encontraram posto de trabalho. Com estes números, a segurança social espanhola acaba o ano com mais de 19 milhões de pessoas no ativo, o que acontece pela primeira vez desde 2007. Continuam, ainda assim, desempregados cerca de 3 milhões e 200 mil espanhóis.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Os robôs estão a roubar empregos? Ainda não

A previsão deixada pela robô Sophia, na edição de 2017 do Web Summit, ainda não se concretizou. Segundo o Banco Mundial, até agora, a automação dos processos produtivos teve um impacto insignificante a nível global. Por exemplo, enquanto nas últimas décadas as economias avançadas perderam empregos industriais, o mercado asiático registou um aumento desse tipo de trabalho, que mais do que compensou a primeira tendência. “Este medo de que os robôs vão eliminar os empregos não é apoiado pelas provas dadas até agora”, sublinha, por isso, o Banco Mundial.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/ conteúdo em inglês).

The Guardian

Fabricantes britânicos enfrentam maior escassez de mão-de-obra dos últimos 30 anos

Desde 1989 que os fabricantes britânicos não tinham tanta dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada. Isto num momento em que o número de europeus a escolherem trabalhar no Reino Unido está em queda à boleia do Brexit. A Câmara de Comércio Britânica avança mesmo que, no final de 2018, cerca de quatro quintos dos empregadores tiveram dificuldades a encontrar os trabalhadores pretendidos: cerca de 81% dos fabricantes e 70% dos fornecedores de serviços reportaram tais obstáculos na busca por empregados qualificados e com experiência.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Espanha criou mais de meio milhão de empregos em 2018

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

Número de desempregados inscritos encolheu em 6,2% no último ano e empregados superaram os 19 milhões pela primeira vez desde 2007.

O número de desempregados inscritos nos serviços públicos espanhóis diminuiu em 210.484 pessoas durante 2018 (menos 6,2%), alcançando um total de 3.202.297, o número mais baixo dos últimos 10 anos.

Segundo os dados publicados hoje em Madrid pelo Ministério do Trabalho, Migrações e Segurança Social de Espanha, durante o mês de dezembro de 2018, o número de desempregados inscritos diminuiu em 50.570 pessoas (menos 1,5%), devido em grande parte à saída do desemprego de 43.874 pessoas no setor dos serviços.

Por outro lado, o número médio de inscritos nos serviços de Segurança Social espanhóis fechou o ano de 2018 com 19.024.165 pessoas ocupadas, um número que apenas foi ultrapassado em 2007, e significa um aumento de 563.965 inscritos em relação a um ano antes (mais 3,06%).

Em dezembro, o aumento de pessoas ocupadas inscritas na Segurança Social foi de 78.541 em relação a novembro (mais 0,41%).

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Governo avança com novo plano de obras públicas com anterior por concluir

  • ECO
  • 3 Janeiro 2019

O Governo está já a preparar um novo Plano Nacional de Investimentos para a próxima década. Isto quando o programa a vigorar até 2020 está ainda concretizado em apenas 20%.

O Governo quer avançar já com um novo Plano Nacional de Investimentos (para vigorar na próxima década). Isto quando o programa anterior (lançado por Passos Coelho e desenhado para vigorar até 2020) está apenas concretizado em 20%, avança o Público (acesso condicionado), esta quinta-feira.

Segundos os dados oficias, 80% do plano de obras obras públicas lançado pelo Governo anterior ainda está por cumprir, um valor que, de acordo com a Confederação da Construção e do Imobiliário, é mais otimista do que o real. Segundo esta entidade, apenas 539 milhões de euros dos 6.068 milhões de euros de investimento previstos foram, de facto, aplicados, ou seja, apenas 8,8% do plano foi cumprido.

Dos 50 projetos previstos, apenas nove foram efetivamente concretizados. Se a calendarização tivesse sido cumprida, apenas 12 projetos estariam em execução no final do ano, uma vez que os restantes 38 já teriam sido concluídos”, sublinha o presidente da confederação, em declarações ao jornal referido.

Os atrasos são reconhecidos pelo atual Governo, que frisa que quando tomou posse não havia nem projetos nem obras, pelo que essas cinco dezenas de projetos planeados para esta década se deverão estender até 2023.

Enquanto isso, o Executivo de António Costa quer ver já aprovado no Parlamento o seu novo plano — o PNI 2030 — antes de submeter à aprovação do Conselho Superior de Obras Públicas. De notar que, desse novo plano, constam vários investimentos no setor rodoviário, ferroviário e marítimo que saltaram do plano anterior, porque não havia financiamento para serem concretizados no âmbito desse programa.

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Tem um alojamento local? Comissões pagas às plataformas de reserva abatem ao IRS

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

Contribuintes que exploram alojamento local e que optam pelas regras de tributação da Categoria F (rendas) podem deduzir a este rendimento as comissões pagas às plataformas de reserva.

Os contribuintes que exploram alojamento local e que, no momento da entrega do IRS, optam pelas regras de tributação da Categoria F (rendas), podem deduzir a este rendimento as comissões pagas às plataformas de reserva.

Em caso de dúvida sobre os procedimentos fiscais que devem adotar são muitas as pessoas que solicitam à Autoridade Tributária e Aduaneira um esclarecimento formal. Foi o que sucedeu com um contribuinte que, perante a decisão sujeitar os rendimentos que obtém por via do aluguer de curta duração às regras aplicáveis às rendas de casas, quis saber se poderia abater-lhes as comissões que paga à empresa de reservas ‘online’ Booking.

O entendimento da AT é de que, como a “obtenção do rendimento a tributar depende da utilização da plataforma Booking”, a comissão que é paga a esta empresa “preenche os requisitos para ser considerada como despesa indissociável à obtenção do rendimento” sendo, por isso, dedutível.

“O montante pago a título de comissão de utilização da plataforma ‘online’ da empresa Booking deve, para efeitos de dedução, ser inscrita no Anexo B ou C, consoante o caso” refere a AT, acrescentando que, “no caso em apreço, e enquadrando-se o contribuinte no regime simplificado de tributação, deve ser preenchido o quadro 15.2 do anexo B” da declaração anual do IRS.

Até 2017, os rendimentos do alojamento local eram tributados segundo as regras da Categoria B, sendo considerados em 15%, já que a restante parcela era assumida como despesa.

Naquele ano, o regime sofreu várias alterações: aumentou-se a parte do rendimento sujeito a imposto de 15% para 35% e, ao mesmo tempo, abriu-se a possibilidade de os valores obtidos neste tipo de atividade pagarem IRS de acordo com as regras aplicadas ao arrendamento habitacional (categoria F), sujeitando-se a uma taxa especial de 28%.

O IRS aceita que se deduzam aos rendimentos brutos da Categoria F uma série de despesas como o Imposto Municipal sobre os Imóveis, os encargos com o condomínio e com a realização de obras de conservação e manutenção do imóvel ou ainda “os gastos efetivamente pagos e suportados pelo sujeito passivo para obter tais rendimentos”.

Desta lista, apenas se excetuam as despesas de natureza financeira (como as mensalidades e juros de empréstimos contraídos para a compra do imóvel em questão), com eletrodomésticos e mobília.

Neste contexto, as comissões pagas às plataformas de reserva ‘online’, usadas frequentemente por quem presta serviços de alojamento local, são igualmente dedutíveis desde que, acentua o fisco, a despesa se encontre “documentalmente comprovada”.

O regime de comissões aplicado pelas várias plataformas é diferente sendo que, no caso do Booking, e de acordo com a informação disponível no seu ‘site’, a comissão constitui uma percentagem do valor de cada reserva efetuada, oscilando esta entre os 10% e os 25%, dependendo do tipo de propriedade e da sua localização.

Vários proprietários de Alojamento Local contactados pela Lusa afirmaram pagar 15% sobre o valor de cada reserva.

Neste momento existem em Portugal 80 387 registos de alojamento local.

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BCE intervém na Banca Carige. Elege três administradores

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

O Banco Central Europeu (BCE) interveio na Banca Carige ao nomear três administradores provisórios, após o fracasso de um aumento de capital e posterior demissão da administração.

O Banco Central Europeu (BCE) interveio na Banca Carige ao nomear três administradores provisórios, após o fracasso de um aumento de capital e posterior demissão da administração da referida entidade financeira italiana.

Os três administradores designados são Fabio Innocenzi, Pietro Modiano e Raffaele Lener, que devem “adotar todas as decisões necessárias para a gestão operacional”, daquele que é considerado o décimo banco de Itália.

O BCE também nomeou uma Comissão de Supervisão composta por outros três membros: Gian Luca Brancadoro, Andrea Guaccero e Alessandro Zanotti.

Estas medidas foram adotadas na sequência da demissão da maioria dos membros do Conselho de Administração após uma assembleia de acionistas realizada no passado dia 22 de dezembro, na qual foi rejeitado um aumento de capital da ordem de 400 milhões de euros, depois de um reforço no valor de 500 milhões de euros em finais de 2017.

Em comunicado, o BCE considera que a demissão da maioria dos administradores “tornou necessária uma administração extraordinária para dirigir o banco e estabilizar a sua governabilidade”.

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Comboio atrasado? Pode ter direito a indemnização

  • ECO
  • 3 Janeiro 2019

As novas regras do transporte ferroviário de passageiros estabelecem prazos mínimos de comunicação de supressão de comboios, bem como a possibilidade de indemnização dos passageiros por atrasos.

A liberalização total do transporte ferroviário de passageiros na União Europeia (que entrou em vigor este mês) resultou na fixação de prazos concretos para os operadores comunicarem preços, horários e supressões e abriu mesmo caminho às indemnizações de uma parte do preço do bilhete por atrasos que ultrapassem os 60 minutos, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

À luz das novas regras, o operador passa a ter de informar os passageiros, “através dos meios adequados” da supressão temporária de serviços com a antecedência mínima de cinco dias, excluindo casos em que se comprove ter sido impossível concretizá-lo por “motivo não imputável ao operador”. No regime anterior, não estava estabelecido qualquer prazo para essa notificação.

Quanto às supressões definitivas, passa a caber ao operador e ao gestor de infraestruturas ou gestor da estação comunicar a perturbação com a antecedência mínima de 30 dias.

Já quanto aos preços e horários, o operador tem de os publicar “de forma clara e acessível, nos locais de venda de títulos de transporte, com antecedência mínima de cinco dias”, um prazo que até agora também não existia.

E se o comboio se atrasar entre 60 e 119 minutos, os passageiros passam mesmo a ter direito a uma indemnização correspondente a 25% do preço do bilhete. Para atrasos que ultrapassem os 120, a indemnização equivale a 50% do preço do bilhete.

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Economia, China e Apple provocam novo trambolhão nas bolsas. Lisboa segue quedas da Europa

Depois da subida na primeira sessão do ano, a praça portuguesa volta às quedas. Segue a tendência negativa das pares europeias penalizada pela Galp Energia.

A bolsa nacional está de volta às quedas, acompanhando a tendência negativa das principais praças europeias. Depois de ter escapado às perdas na primeira sessão do ano, beneficiando da valorização da Galp Energia, o PSI-20 recua perante a descida dos títulos da petrolífera num novo dia de desvalorização das cotações do “ouro negro” nos mercados internacionais.

O índice de referência português somou 0,2% na primeira sessão de 2019. Contudo, está de volta a terreno negativo, perdendo 0,29% para 4.727,19 pontos, tendência que se verifica nas congéneres europeias. O Stoxx 600 recua 0,8%, havendo praças, como a de Paris, com quedas de 1%.

A condicionar o comportamento dos mercados europeus estão os renovados receios quanto ao crescimento económico global, espoletados por dados negativos na China. Também as empresas do setor tecnológico castigam as praças do Velho Continente depois de a Apple ter vindo rever em baixa as suas estimativas de vendas do iPhone.

Os receios quanto ao abrandamento da economia estão a pesar nas cotações do petróleo, levando o preço do barril a corrigir da forte subida na sessão anterior. Perante a queda dos preços, a Galp Energia regista uma queda de quase 1% para cotar nos 13,925 euros. EDP e EDP Renováveis, por seu lado, seguem com ganhos ligeiros.

A pressionar o PSI-20 está também o BCP, que cai 0,39% para 22,77 cêntimos, assim como as empresas do setor do papel. Tanto a Altri como a Navigator estão a perder valor numa sessão em que a Corticeira Amorim regista a maior desvalorização: cai 1,66% para cotar nos 8,90 euros.

Além da EDP e EDP Renováveis, a impedir uma descida mais acentuada da praça portuguesa estão os CTT e a Nos. A empresa de correios valoriza 0,2% para 2,97 euros, já a operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida apresenta uma subida de 0,09% para os 5,29 euros.

(Notícia atualizada às 8h10 com mais informação)

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