Operadoras alertam que “escassez de espetro” deixa 5G em risco. Exigem fim da licença da Dense Air

A Dense Air tem uma licença na faixa do 5G desde 2010. Meo, Nos e Vodafone exigem que seja retirada e dizem que o 5G está em risco por "escassez de espetro".

As responsáveis de regulação das principais operadoras portuguesas teceram duras criticas à Anacom e exigiram que o regulador retire a licença da Dense Air, sob pena de não terem espetro suficiente para lançar o 5G em Portugal.

“A Dense Air não está no mercado. A própria Anacom o diz. Não tem receitas, não tem trabalhadores, não tem negócio. A única coisa que tem é espetro. Justifica uma atitude da Anacom de retirar o espetro”, disse a diretora jurídica e de regulação da Vodafone Portugal, Helena Féria, num painel dedicado à regulação, integrado no congresso anual da APDC.

A Dense Air tem uma licença para usar uma parte do espetro necessário ao 5G, que é válida até 2025, mas a Vodafone e a Nos têm processos em curso para obrigarem a Dense Air a abrir mão dessa licença. No final de outubro, o regulador setorial anunciou a decisão de reconfigurar o espetro da Dense Air, mas deixar a empresa britânica continuar a usufruir de uma licença numa faixa importante para o 5G, na faixa dos 3,5 GHz, que foi obtida em 2010.

“A Anacom diz-nos que 400 MHz vão a leilão. 100 MHz estão entregues à empresa que se diz operador [Dense Air]. Depois, 40 MHz são para operadores regionais e há uma quantidade que não sabemos quanto que é para novos entrantes”, elencou a responsável da Vodafone. O leilão de frequências deverá arrancar em abril de 2020, de acordo com o calendário da Anacom.

Por sua vez, Filipa Carvalho, diretora jurídica e de regulação da Nos, também alinhou com a necessidade de forçar a Dense Air a largar a licença que tem. “A escassez de espetro é a indignação, a incompreensão. A escassez de espetro tem um nome: Dense Air”, apontou.

“Nós [operadoras], para entregarmos a dita revolução tecnológica, a transformação digital que está no Programa de Governo e na boca de toda a gente, precisamos de 10 MHz na faixa dos 700 MHz e 100 MHz nos 3,6 GHz”, indicou Filipa Carvalho. “Para o 5G, como é pretendido por toda a gente, temos de ter isto, cada operador”, explicou.

“Na licença da Dense Air, diz que teriam de a usar em 2012. Não usaram. Não há nada. Temos completa expectativa de que isto seja revisto. A Anacom tem um poder de ver, de retirar o espetro da Dense Air, porque é isso que manda a lei e é isso que é necessário para satisfazer o interesse público”, concluiu Filipa Carvalho.

Sofia Aguiar, responsável pela direção de regulação, concorrência e jurídica da Altice Portugal, foi ainda mais longe. “Tememos que esteja a ser criada uma escassez de espetro. É um tema que nos preocupa”, indicou. O sentido provável de decisão da Anacom relativo ao 5G, onde se inclui o caso da Dense Air, está em fase de consulta pública. Essa consulta pública está prestes a terminar.

A 17 de outubro, o presidente executivo da britânica Dense Air, prometeu fazer um “investimento significativo” em Portugal, na “ordem dos nove dígitos”. A Dense Air é detida pelo grupo SoftBank.

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Uber chega às ilhas. Já está disponível na Madeira

A Uber chegou à Madeira, onde os utilizadores poderão viajar através da modalidade mais económica da plataforma, o UberX.

A Uber foi para lá do Continente português e chegou às ilhas portuguesas. A partir desta quinta-feira a plataforma de transporte está disponível na Madeira. Com esta adição, o número de cidades portuguesas que podem utilizar os serviços da Uber ultrapassa as duas dezenas.

A novidade foi transmitida aos utilizadores da aplicação de mobilidade esta manhã. A partir de agora é possível viajar até às casas de Santana, passando pelo Cabo Girão ou seguir para um passeio na povoação piscatória de Câmara de Lobos, sugere a Uber, no email enviado aos clientes.

Por agora, a opção disponível na Madeira é a mais económica, UberX. O preço base fixo da viagem é de 1,20 euros, sendo que por minuto acrescem 30 cêntimos, e por quilómetro 65 cêntimos. A plataforma de transporte deixa ainda o aviso de que, “durante as primeiras semanas, é possível que a disponibilidade seja mais limitada e que os tempos de espera sejam superiores ao normal”.

Como já é habitual, a plataforma promove uma campanha para chamar utilizadores na nova localização. Os clientes da app podem selecionar a opção “Viagens Grátis” e partilhar o código pessoal com novos utilizadores para receber viagens, que podem ser utilizadas em qualquer cidade de Portugal onde a Uber esteja presente.

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Apesar de revisão em baixa, OCDE “confirma” estimativas do Governo para o crescimento, diz Siza

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital realçou o alinhamento das previsões da organização com as do Governo, que apontam para crescimento do país acima da UE.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital realçou esta quinta-feira o alinhamento das previsões da OCDE em linha com as do Governo, que apontam para um crescimento económico do país acima da média da União Europeia.

“As previsões da OCDE estão em linha com as previsões do Governo: confirmam que as previsões são de que a economia vai continuar a crescer mais do que a média da União Europeia, mas as boas notícias, apesar de tudo, são de que toda a Europa e toda a economia mundial vai continuar a crescer. Pouco, mas cresce”, disse Pedro Siza Vieira.

O ministro falava aos jornalistas à margem do 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que começou esta quinta-feira em Viana do Castelo.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) melhorou a previsão para o défice português para 0,1% este ano e défice zero no próximo, em linha com o Governo, descendo em uma décima, para 1,8%, a estimativa para o crescimento económico em 2020.

Já para a Zona Euro, a organização melhorou em uma décima a previsão de crescimento económico este ano e no próximo, para 1,2% e 1,1%, respetivamente, e indica que é adequada uma política monetária muito acomodatícia.

“Também gostava de fazer notar que a OCDE relativamente a Portugal, não só está absolutamente alinhada nas previsões orçamentais do Governo português ao nível da consolidação do nosso défice e da redução da nossa dívida, mas também manifesta que as reformas estruturais que estão a ser realizadas vão permitir continuar a ter ganhos de competitividade nas nossas exportações e é isso que nos vai permitir continuar a crescer acima da média da União Europeia”, acrescentou o governante.

Aquilo que temos como objetivo, que é aproximar o nosso nível de vida, a nossa economia dos níveis europeus – esse processo vai no quarto ano consecutivo – vai-se continuar a prolongar. E essa ambição de convergência numa década é aquela que é importante para nós”, disse ainda Pedro Siza Vieira.

A OCDE alinhou, assim, as projeções com as do Governo português, que antecipou, no projeto de plano orçamental, enviado a Bruxelas em 15 de outubro, um défice de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e défice nulo em 2020.

“Prevê-se que a política orçamental permaneça prudente”, indica a OCDE, adiantando que o rácio da dívida pública em relação ao PIB deve continuar a descer. A organização prevê que a dívida pública recue para 119,3% do PIB este ano (a mesma previsão do Governo) e para 117,1% no próximo ano.

“O aumento da eficiência dos gastos públicos irá apoiar a criação de amortecedores orçamentais para enfrentar choques imprevistos e o impacto orçamental do envelhecimento da população”, lê-se no documento. A OCDE aponta ainda os “progressos significativos dos bancos no reforço dos seus balanços e redução do crédito malparado, apoiando o aumento da concessão de crédito e do consumo”.

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Marcelo: Direito de manifestação deve ser encarado com serenidade

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O Presidente da República considera que a manifestação das forças policiais é "um direito legítimo dos portugueses", por isso, pede que seja encarado com serenidade.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quinta-feira, questionado sobre a manifestação de profissionais da PSP e da GNR, que esse é “um direito legítimo dos portugueses”, que “deve ser encarado com serenidade”.

Questionado se considera legítimas as reivindicações dos polícias, o chefe de Estado respondeu: “Eu já tive ocasião no meu discurso de posse deste Governo que é um ponto para que tem de se olhar nesta legislatura, o estatuto das Forças Armadas e o estatuto das forças de segurança. Já disse isso“.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre a manifestação desta quinta-feira convocada por associações de profissionais da PSP e da GNR enquanto visitava a feira de solidariedade Rastrillo, no Centro de Congressos de Lisboa.

Já na quarta-feira, questionado sobre este protesto, o Presidente da República tinha lembrado o discurso que fez na posse do atual Governo, há cerca de um mês, no qual pediu “atenção redobrada” ao estatuto das Forças Armadas e das forças de segurança.

Hoje, o chefe de Estado reiterou que “é um direito legítimo dos portugueses o direito de manifestação“, acrescentando: “Portanto, deve ser encarado com serenidade. A democracia faz-se disso. Há em todo o país neste momento várias lutas sociais, coisas que correm bem, coisas que correm menos bem. E a democracia é isso“.

“A diferença em relação à ditadura é o haver a livre manifestação, os direitos fundamentais consagrados na Constituição. E agora vamos esperar os acontecimentos”, completou.

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Grupo Dia conclui “com sucesso” aumento de capital de 605 milhões

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O grupo de supermercados espanhóis Dia, dono do Minipreço em Portugal, indica que "a operação demonstra a confiança dos investidores no futuro da empresa".

O grupo Dia “concluiu com sucesso” o aumento de capital de 605 milhões de euros, “mais um passo para fortalecer a estrutura de capital da empresa”, informou esta quinta-feira a multinacional do setor de distribuição alimentar.

Em comunicado, o grupo de supermercados espanhóis Dia, dono do Minipreço em Portugal, indica que “a operação demonstra a confiança dos investidores no futuro da empresa”.

O Dia adianta que “passa a concentrar-se exclusivamente no desafio de transformação do seu negócio”, “um projeto que conta com a confiança e o apoio da L1 Retail e de todos os quadros de direção da empresa, que irão estar focados nos próximos três ou quatro anos na melhoria das operações e no desenvolvimento de um modelo moderno de proximidade”.

“Gostaria de agradecer aos nossos investidores pelo interesse e apoio à empresa que demonstraram ao investir nesta fase e pela decisão de nos acompanhar na nossa jornada de recuperação”, afirma o presidente do Conselho de Administração do grupo Dia, Stephan DuCharme, citado no comunicado.

A Distribuidora Internacional de Alimentación (DIA) é uma multinacional do setor da distribuição alimentar, produtos para o lar, beleza e saúde que opera em Espanha, Portugal, Brasil e Argentina. Fundado em 1979, o grupo conta com mais de 46.500 colaboradores e mais de 6.000 pontos de venda.

Em Portugal, o grupo Dia tinha, no final do ano passado, 223 estabelecimentos próprios e 309 franchisados com as marcas Minipreço, Mais Perto e Clarel.

No primeiro semestre, o grupo teve prejuízos de 418 milhões de euros, multiplicando por 14 os resultados negativos apresentados há um ano.

De acordo com a informação enviada à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), o regulador de mercados espanhol, em setembro, o grupo Dia registou vendas líquidas de 3.400 milhões de euros na primeira metade do ano, uma descida de 7% em relação ao mesmo período de 2018.

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Bruxelas aprova compra da Tranquilidade pela Generali

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

Comissão Europeia aprovou a compra da Seguradoras Unidas e Advance Care pelos italianos da Generali, num negócio de 600 milhões. Bruxelas diz que operação não levanta problemas de concorrência.

A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira a compra das portuguesas Seguradoras Unidas e Advance Care ao grupo norte-americano Apollo pelo grupo italiano Generali, um negócio no valor estimado de 600 milhões de euros.

O executivo comunitário adiantou, em comunicado, que o negócio não levanta quaisquer questões de concorrência “dadas as pequenas sobreposições horizontais entre as atividades das empresas no mercado de serviços de seguros de vida e não-vida em Portugal e as pequenas relações verticais que surgem nos serviços de gestão de seguros de saúde”

O grupo italiano Generali informou em julho a intenção de comprar ao fundo norte-americano Apollo a Seguradoras Unidas, dona da Tranquilidade e da Açoreana, por 510 milhões de euros e a AdvanceCare por 90 milhões de euros.

A Generali adiantou então que os valores estão sujeitos a eventuais ajustamentos na conclusão do negócio.

O grupo italiano indicou, no comunicado, que com o negócio “reforça a sua presença em Portugal” e “consolida a sua liderança na Europa” em linha com a sua estratégia de três anos, até 2021.

A Seguradoras Unidas é a companhia de seguros em Portugal que detém as marcas Tranquilidade, Açoreana e LOGO, tendo 15,5% da quota de mercado não-vida e 1,5 milhões de clientes.

Por seu lado, a AdvanceCare é um sistema integrado de saúde presente no mercado desde 1998, tendo um milhão de clientes sob sua gestão.

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Isaque Ramos reforça a equipa de fiscal da PLMJ

A área de fiscal da PLMJ conta com um novo sócio, a partir de dezembro. Para Isaque Ramos, a "exigência e inovação das soluções com que a PLMJ aborda os desafios do futuro foram fatores decisivos".

A sociedade de advogados PLMJ reforçou a equipa de fiscal com a integração do sócio Isaque Ramos. O advogado transita da sucursal portuguesa da McKinsey International, onde foi responsável pela gestão fiscal e jurídica de projetos em Portugal, e África, e irá começar a nova etapa a 1 de dezembro.

“É com grande ânimo e entusiasmo que integro a equipa de fiscal da PLMJ, que o mercado reconhece como uma das mais bem-sucedidas em Portugal e no espaço da lusofonia. A exigência e inovação das soluções com que a PLMJ aborda os desafios do futuro foram fatores decisivos para o início deste novo capítulo do meu percurso profissional”, afirma o futuro novo sócio da PLMJ.

Isaque Ramos centra a sua prática na área da consultoria, nos mercados nacionais e internacionais, tendo desenvolvido anteriormente a sua atividade na Ernst & Young e no departamento de corporate and international tax da KPMG. O novo sócio é ainda árbitro do Centro de Arbitragem Administrativa e colaborador do Instituto de Direito Financeiro e Fiscal, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

“É um passo decisivo na consolidação da estratégia de transformação que a PLMJ assumiu, com vista a prestar serviços jurídicos de elevada qualidade a clientes cada vez mais exigentes e que muito contribuiu para a recente atribuição do prémio de Corporate/M&A Law Firm Of The Year pela Chambers and Partners”, nota Luís Pais Antunes, managing partner da sociedade.

Sobre a contratação de Isaque Ramos, Luís Pais Antunes refere que o reconhecimento que ” alcançou na área de fiscal e na área da fiscalidade transacional” irá ajudar a sociedade a prosseguir o “movimento transformador” e a “alcançar uma posição de liderança entre as maiores sociedades de advogados nacionais”.

A equipa de fiscal da PLMJ, sob a responsabilidade dos sócios Serena Cabrita Neto (Lisboa) e Miguel C. Reis (Porto) e integrando igualmente o sócio João Velez de Lima (Porto), passa a ter quatro sócios, num total de 25 advogados, “reforçando a estratégia e a visão da PLMJ de ser, cada vez mais, o parceiro preferencial dos clientes empresariais e instituições financeiras”.

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Linha de Apoio à Qualificação da Oferta turística vai contar com mais 250 milhões de euros

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O reforço da Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, sindicada entre o Turismo de Portugal e 12 instituições de crédito, para os próximos quatro anos é de 250 milhões de euros.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital disse esta quinta-feira, em Viana do Castelo, que o Governo vai prorrogar e reforçar a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta turística com orçamento adicional de 250 milhões de euros.

“Vamos reforçar a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta [LAQO] para os próximos quatro anos, com mais 250 milhões de euros” para apoiar as empresas de turismo, disse, Pedro Siza Vieira, no 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que começa esta quinta-feira em Viana do Castelo.

A Linha de Apoio à Qualificação da Oferta é uma linha de crédito sindicada entre o Turismo de Portugal e 12 instituições de crédito, que termina a sua vigência no final do ano.

Segundo dados do ministério de Pedro Siza Vieira, desde 2016 até hoje, a LAQO apoiou 270 projetos de investimento, com 375 milhões de euros de investimento associado. Assim, com esta prorrogação, as empresas do turismo terão à sua disposição esta linha de crédito, com uma disponibilidade orçamental reforçada com mais 250 milhões de euros.

A LAQO tem como foco “estratégias de investimento que privilegiem o trabalho em rede por parte das empresas e a coesão do território” e que, segundo o ministério, aportem “a requalificação e reposicionamento competitivo das empresas, o desenvolvimento de projetos de investimento inovadores e o desenvolvimento de estratégias que incorporem a dimensão do digital e o valor da sustentabilidade (que promovam a transição energética, a descarbonização da economia e a economia circular)”.

Antes, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital tinha anunciado que o Governo vai reforçar o programa VIP.pt para captação de rotas aéreas com uma dotação de 10 milhões de euros.

O Programa VIP.PT apoia medidas, ações e projetos de promoção turística, que visem a valorização e divulgação da oferta turística nacional dirigidos aos canais de distribuição nos diversos mercados emissores, mediante a realização de campanhas de ‘marketing’ de destinos regionais.

O 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), conta com 450 participantes, sob o tema “Portugal: Preparar o Amanhã”.

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Quatro em cada cinco portugueses usa redes sociais

Em Portugal há cada vez mais pessoas a utilizarem a internet, sendo que a maior fatia corresponde aos estudantes. No que toca às redes sociais, quatro em cinco pessoas admite que têm uma conta.

Há cada vez mais pessoas a utilizar internet em Portugal, apesar de o país ainda estar longe da média europeia. No entanto, no que diz respeito às redes sociais o país das quinas está na linha da frente da União Europeia, com quatro em cinco utilizadores a participarem em redes como Facebook, Instagram ou Twitter.

Em 2019, 80,9% das famílias portuguesas têm acesso à internet em casa, sendo que o acesso é mais frequente nas famílias com crianças até aos 15 anos (96,3%) do que aquelas que não têm crianças até essa idade (76,5%). Por outro lado, da população residente entre os 16 e os 74 anos que utiliza a internet, a maior fatia diz respeito aos “estudantes (99,6%) e pessoas que completaram o ensino secundário (96,9%) e superior (98,7%)”, sublinha o gabinete de estatística.

Além disso, quase oito em dez dos agregados familiares (78%) liga-se à internet por banda larga, representando um aumento de 27 pontos percentuais desde o início da década. A Área Metropolitana de Lisboa (86,5%) e as Regiões Autónomas dos Açores (78,8%) e da Madeira (77,4%) são as regiões onde há cada vez mais pessoas a utilizar internet em Portugal, . Em contraciclo, está a região Norte (69,8%).

O que fazem na internet? Muitos portugueses utilizam-na para trocar mensagens instantâneas, enviar e receber e-mails, mas também aceder às redes sociais. “A proporção de internautas residentes que participaram em redes sociais (80,2% em 2019) mantém a tendência de crescimento verificada desde o início da série (mais 23,2 p.p. que em 2011), e continua a ser superior ao registado na UE-28 (65% em 2018)”, refere o inquérito à utilização de Tecnologias de Informação e da Comunicação nas Famílias, divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE dá destaque ao facto de muitos dos utilizadores da internet utilizarem-na para fazerem intervenções cívicas ou políticas. Quase 25% dos utilizadores de internet referiram ter tido uma intervenção cívica ou política na internet”, refere. O números mostram que “17,0% publicaram opiniões ou comentários sobre estas temáticas e 15,4% participaram em consultas online ou votações para contribuir para a decisão de questões cívicas ou políticas”, acrescenta.

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Álvaro Santos Pereira: “Temos que voltar às reformas estruturais”

Antigo ministro e diretor da OCDE, diz que Portugal tem de fazer reformas estruturais para crescer a níveis semelhantes aos das economias do leste europeu e aumentar investimento público na ferrovia.

Portugal tem de voltar a apostar em reformas estruturais que deem a capacidade à economia portuguesa de crescer a níveis superiores, mais perto das taxas dos países da Europa de Leste, disse à RTP o antigo ministro da Economia e atual diretor do departamento de estudos sobre países da OCDE, Álvaro Santos Pereira. O economista lembrou que Portugal tem a segunda taxa de investimento público mais baixa da OCDE, e pede mais investimento na ferrovia.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou esta quinta-feira novas previsões para a economia mundial e para todas as economias que fazem parte da organização, incluindo Portugal. Para a economia portuguesa, a organização liderada por José Angél Gurría antecipa que a economia cresça 1,9% este ano (a mesma estimativa que a do Governo e das principais instituições internacionais), mas que abrande em 2020 e 2021 ao ritmo de uma décima por ano.

Num comentário feito à RTP a partir de Paris, onde a OCDE tem a sua sede, Álvaro Santos Pereira explicou que o abrandamento da economia portuguesa está a ser afetada pela conjuntura internacional, num cenário em que se prevê que a economia mundial tenha “as taxas de crescimento da economia mundial mais baixas desde a crise internacional”.

"Se Portugal está a crescer perto de 2% foi porque há uns anos fizeram reformas estruturais importantes, que fizeram libertar o crescimento económico, fizeram a economia andar e baixar o desemprego de cerca de 18% para 6% neste momento. O que temos de fazer é voltar às reformas estruturais.”

Álvaro Santos Pereira

Diretor do departamento de estudos sobre países da OCDE

“Obviamente a economia portuguesa, como é uma economia aberta, é afetada pela conjuntura internacional e prevemos que este ano efetivamente vamos ter um crescimento de 1,9%, para o ano de 1,8%, e em 2021 de cerca de 1,7%”, disse.

Questionado sobre como é que a economia pode voltar a acelerar, Álvaro Santos Ferreira disse que a organização defende que Portugal tem de voltar a apostar em reformas estruturais — um tema muito defendido durante o Governo PSD/CDS do qual fez parte, mas que os governos de António Costa têm rejeitado politicamente — que permitam aumentar a produtividade da economia portuguesa e dar-lhe a capacidade para crescer ao nível das economias do leste europeu.

“Se Portugal está a crescer perto de 2% foi porque há uns anos fizeram reformas estruturais importantes, que fizeram libertar o crescimento económico, fizeram a economia andar e baixar o desemprego de cerca de 18% para 6% neste momento. O que temos de fazer é voltar às reformas estruturais. Nós precisamos de continuar a melhorar a nossa competitividade, precisamos de apostar em politicas que dinamizem a nossa produtividade, que é muito baixa e tem crescido a ritmos demasiados baixos, e precisamos de estar a crescer aos ritmos que outros países da Europa de leste estão a crescer, 3% ou 2,5%. (…) Para consegui-lo, temos que reformar. Temos que voltar às reformas estruturais e é nisso que a OCDE tem insistido muito”, disse.

Em termos concretos, Álvaro Santos Ferreira destacou os baixos níveis de investimento público em relação a outros países da OCDE — “Portugal tem neste momento a segunda taxa de investimento público mais baixa da OCDE”, diz –, especialmente em infraestruturas que permitam a aumentar a competitividade da economia portuguesa, como é a ferrovia.

“É importante que o investimento público comece a ser reativado, não para fazer as famosas rotundas e pavilhões gimnodesportivos, que foram precisos mas agora não precisamos mais, agora o que precisamos é apostar em infraestruturas que aumentem a competitividade da economia portuguesa, como ferrovia em bitola europeia”, disse.

O economista disse que Portugal tem de apostar em ferrovia também para garantir que a população portuguesa tenha “um transporte digno”.

“Vamos ter problemas” se a banca não reduzir substancialmente o malparado

O antigo ministro da Economia nos primeiros anos do Governo PSD/CDS-PP, disse ainda que Portugal tem de continuar a fazer um esforço para que os bancos limpem os seus balanços dos elevados níveis de crédito malparado que ainda têm nas mãos.

Álvaro Santos Pereira reconheceu que foi feito trabalho nos últimos anos neste sentido, mas diz que Portugal ainda é o terceiro país da OCDE com níveis mais elevados de crédito malparado e que se a economia abrandar substancialmente os bancos podem ver-se em dificuldades novamente.

“Já se fez muito nos últimos anos ao nível de recuperar os bancos, mesmo assim continuamos com créditos malparados que são demasiado elevados, portanto é importante continuar a reduzir esses créditos malparados. Em todos os países da OCDE, Portugal é o terceiro país com o crédito malparado mais elevado, por isso temos de continuar na senda dos últimos anos que é diminuir a vulnerabilidade da banca porque sabemos muito bem que quando os bancos não estão de boa saúde, a economia não está de boa saúde”, disse.

“Quase sempre que quando as economias desaceleram muito isso tem um impacto muito grande no crédito malparado, e como nós ainda temos níveis de crédito malparado muito elevados, se não continuarmos a diminuir substancialmente esse crédito, se a economia mundial, europeia e consequentemente a portuguesa continuarem a desacelerar, nós vamos ter problemas mais à frente”, acrescentou.

Para isso, diz, é preciso ajudar as empresas portuguesas a reestruturarem-se e a negociar as suas dívidas, o que deverá resultar na necessidade dos bancos de assumirem perdas. Mas isso tem de “avançar o mais rápido possível” para que não haja “problemas no futuro”.

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Número de desempregados volta a recuar. Há 300 mil inscritos no IEFP

Em outubro, 300 mil pessoas estavam inscritas no IEFP, o que representa um recuo de 10,2% face ao mesmo mês do ano anterior. Em cadeira, a diminuição é ligeira: apenas 0,4%.

O número de desempregados inscritos nos Serviços de Emprego voltou a diminuir. Depois de, em agosto, ter sido interrompida a série de recuos que tinha sido iniciada em fevereiro deste ano, o número de inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a descer em setembro, o que se repetiu em outubro. Nesse último mês, a queda em termos homólogos foi de 10,2%, tendo sido registada, na variação em cadeia, uma diminuição bem mais modesta: apenas 0,4% para 300 mil.

“No fim do mês de outubro de 2019, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 300.019 indivíduos desempregados, número que representa 65,9% de um total de 455.402 pedidos de emprego. O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2018 (-34.222, -10,2%) e no mês anterior (-1.263, -0,4%)“, explica o IEFP, na nota divulgada esta manhã.

Número de inscritos no IEFP está em queda há dois meses

Fonte: IEFP

Por distribuição geográfica, em termos homólogos, o desemprego diminui em todas as regiões do país, destacando-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (-12,1%), a região do Norte (-11,3%) e a região autónoma dos Açores (-9,2%).

O grupo dos trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices foi aquele que “apresentou a mais expressiva descida percentual do desemprego”: 14,6%. Seguiram-se os trabalhadores de serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (com uma descida de 10,4%), os técnicos e profissões de nível intermédio (menos 10,8%), os especialistas das atividades intelectuais e científicas (menos 10,3%) e os trabalhadores não qualificados (menos 10,1%).

De notar ainda que o desemprego diminuiu em todos os setores de atividade económica face ao mesmo período do ano anterior, tendo sido registada a queda mais pronunciada no setor secundário: 10,4%.

“A desagregação por ramo de atividade económica permite ainda observar que as descidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de: ‘Construção’ (-18,7%), ‘Fabricação de outros produtos minerais não metálicos’ (-13,6%) e ‘Indústria do papel, impressão e reprodução’ (-11,1%)”, detalha o IEFP.

Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de outubro, totalizavam-se 17.896, o que corresponde a uma redução anual de 11,5% e mensal de 5,4%.

(Notícia atualizada às 11h58 com mais informação)

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Certificados captam 24 milhões em outubro. Meta do Governo comprometida

Com dois meses para o fim do ano, tudo indica que o Governo falhará meta de captação de poupanças junto das famílias. Certificados captaram 24 milhões em outubro.

O investimento nos produtos de poupança do Estado acelerou ligeiramente em outubro, mas os certificados continuam a perder brilho junto dos aforradores nacionais. Feitas as contas, o valor aplicado nos certificados de aforro e nos do Tesouro engordou apenas 24 milhões de euros no mês passado, um aumento tímido face a setembro. Com dois meses para o fim do ano, tudo indica que o Governo falhará meta de captação de poupanças junto das famílias.

De acordo com o último boletim estatístico do Banco de Portugal, o investimento em certificados de aforro e do Tesouro cresceu 686 milhões de euros desde o início do ano até outubro. O objetivo para este ano passa por obter 1.000 milhões junto dos pequenos aforradores, pelo que o IGCP terá de “juntar” mais de 300 milhões de euros em novembro e dezembro para cumprir a meta.

Os dados mostram que as aplicações nos certificados do Tesouro cresceram 18 milhões de euros em outubro, renovando, ainda assim, um novo máximo histórico nos 16.977 milhões de euros. Estes títulos continuam a ser a grande aposta das famílias, tendo já captado 559 milhões de euros ao longo deste ano, mas vão perdendo fulgor aos poucos, perante o vencimento das primeiras emissões de Certificados do Tesouro de Poupança Mais (CTPM) subscritos há cinco anos.

Certificados aumentam em outubro

Fonte: Banco de Portugal

Já os investimentos em certificados de aforro aumentaram seis milhões de euros no mês transato, com as aplicações totais a ascenderem a 11.999 milhões de euros, o valor mais elevado desde setembro de 2017. Após dois anos seguidos de resgates líquidos, este produto tem vindo a recuperar terreno este ano: as aplicações ascendem a 127 milhões de euros desde janeiro.

Outubro voltou a ser um mês “pobre” na captação de poupanças, à semelhança do que tinha sido o mês de setembro. Ainda assim, nunca o Estado teve à sua guarda tanto dinheiro dos portugueses como atualmente. No final do mês passado, o investimento em certificados totalizava 28.976 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h20 com mais informação)

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