Afinal, Tomás Correia pediu para sair da Mutualista Montepio há 18 dias

Tomás Correia entregou a carta de demissão no conselho de administração a 7 de outubro, dizendo que "não tinha condições anímicas" para continuar. Oposição pede eleições antecipadas.

Afinal, Tomás Correia pediu para sair da liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) bem antes desta quinta-feira. O próprio já tinha comunicado ao conselho de administração a intenção de deixar o cargo há algumas semanas. Numa carta datada de 7 de outubro, o gestor transmitiu aos administradores que “não tinha condições anímicas” para continuar. E que, por isso, pretendia abandonar a presidência da mutualista.

Segundos relatos obtidos pelo ECO, foi durante a reunião do conselho geral da instituição, que teve lugar esta quinta-feira à tarde, que essa carta foi lida aos conselheiros. Tomás Correia fez uma intervenção de cerca de dez minutos já depois de terem sido discutidos os dois primeiros pontos da ordem de trabalhos. Apresentou o seu pedido de saída dizendo que estava “cansado” e que já tinha “cumprido a missão” na AMMG. Também se mostrou magoado com falta de apoio do governo, nomeadamente pelo facto de não defender os interesses nacionais, tendo-se queixando dos “muitos inimigos” que atacaram o Montepio.

Os conselheiros aprovaram depois, por unanimidade, a saída de Tomás Correia. Mas há várias semanas que o gestor sabia o seu destino, segundo se pode comprovar pela data da carta que entregou no conselho de administração no início do mês. Isto apesar de o próprio, em reação a notícias do ECO e do Expresso publicadas na semana passada a dar conta que se preparava para anunciar a demissão na reunião do conselho geral, ter garantido que não se ia demitir esta quinta-feira e que não era “condicionável” por ninguém.

Na reunião desta quinta-feira, o conselho geral definiu ainda a data de saída de Tomás Correia. Isto porque, segundo foi explicado aos conselheiros, a Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF) queria saber qual seria o último dia do gestor à frente da mutualista — o regulador já tinha transmitido a Tomás Correia a informação de que este não reunia as condições para permanecer no cargo, dando tempo para se afastar pelo seu próprio pé.

Por proposta do conselho de administração, acertou-se o dia 15 de dezembro para a saída de Tomás Correia. Mas houve outra proposta em cima da mesa, colocada pelo conselheiro Luís Patrão, o final do mês de novembro, seguindo uma lógica das sociedades comerciais: sair no final do mês a seguir ao pedido de renúncia. Mas só teve cinco votos.

Oposição pede eleições antecipadas

Face à saída de Tomás Correia, os outros dois candidatos que concorreram nas últimas eleições vieram exigir novo ato eleitoral na AMMG. “A marcação de eleições antecipadas o mais cedo possível é a única forma de legitimar o conselho de administração”, referiu António Godinho ao ECO. “A legitimidade desta administração está ferida desde as eleições. Foi uma candidatura muito personalizada em torno de Tomás Correia”, sublinhou ainda.

Fernando Ribeiro Mendes, que fez parte da anterior administração, afirmou ao ECO que espera que Virgílio Lima, o sucessor de Tomás Correia à frente da mutualista, “tenha a capacidade de diálogo para preparar uma revisão dos estatutos de forma tranquila e para desencadear novo processo eleitoral até final do ano e ao longo de 2020 para termos um novo elenco de órgãos que estejam à altura dos desafios da AMMG”. “Não podemos ter órgãos sociais eleitos com base em regras antigas”, disse.

Ambos frisaram a importância da revisão dos estatutos da mutualista. Segundo Ribeiro Mendes, “a atual proposta é muito deficiente e insatisfatória”, tendo sido feita “à luz do passado”.

Na próxima terça-feira há debate marcado para o hotel Plaza, em Lisboa, para a discussão do projeto de revisão parcial dos estatutos, numa iniciativa promovida por vários associados descontentes com a gestão de Tomás Correia, incluindo António Godinho e Ribeiro Mendes. Algumas propostas “visam limitar a democraticidade dos processos de formação e do funcionamento do novo órgão estatutário a eleger, a assembleia de representantes”, queixam-se estes associados.

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Área Metropolitana de Lisboa autoriza aumento da oferta nos transportes públicos

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

Operadoras têm desdobrado horários, com a saída, para o mesmo horário, de mais do que um autocarro. "Estamos disponíveis a transformar esses desdobramentos em horários fixos", disse Carlos Humberto.

A Área Metropolitana de Lisboa está a autorizar as operadoras de transportes a aumentar os horários para responderem às queixas de utentes e ao aumento da procura que os novos passes estão a criar desde abril. A informação foi prestada esta sexta-feira à agência Lusa pelo secretário executivo da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Carlos Humberto.

“Estamos a passar as autorizações que nos pedem [de novos horários] onde temos sentido aumento da procura” pelo transporte público, afirmou Carlos Humberto à agência Lusa. Entre setembro de 2018 e setembro de 2019, aumentou em 150 mil o número de passageiros dos transportes públicos em toda a área Metropolitana de Lisboa.

Mafra, Montijo, Setúbal e Palmela são os concelhos onde “esse crescimento é mais significativo” e onde as operadoras de transportes têm tido mais dificuldade em responder a esse aumento de procura, indicou o responsável.

Os montantes que as operadoras estão a receber da AML para as compensar da redução no valor dos passes, e que foram calculados de acordo com o aumento da inflação e de acordo com uma estimativa de aumento de 15% na procura dos passes mensais, “foram claramente ultrapassados para os 25,5%”, acrescentou.

Sem conseguir antecipar esse aumento da procura, as operadoras têm vindo a fazer “desdobramentos” de horários, com a saída, para o mesmo horário, de mais do que um autocarro, no caso dos transportes rodoviários. “Estamos disponíveis a transformar esses desdobramentos em horários fixos”, afirmou Carlos Humberto.

Para fazer face ao aumento, a AML já aumentou em mais 1% o financiamento às operadoras e “está disponível para distribuir parte das receitas dos passes e pagar aos operadores em função do aumento da procura, que já não é uma expectativa, mas uma realidade”, disse.

Fazem parte da Área Metropolitana de Lisboa os concelhos de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Em Mafra, os utentes das carreiras Mafra/Lisboa já subscreveram uma petição contra autocarros lotados e a pedir o reforço da oferta para fazer face ao aumento da procura após a redução do valor dos passes mensais.

O “autocarro e respetivo desdobramento, juntos, não conseguem transportar todos os passageiros” que ficam a aguardar nas paragens pelo transporte seguinte, refere a petição. Muitos passageiros estão a chegar tarde a Lisboa, quer para trabalhar ou estudar.

Segundo o diretor da Mafrense, Nuno do Carmo, os dados apontam para um aumento de passageiros de 100% na Ericeira e de 60% na Malveira e na Venda do Pinheiro, por comparação com há um ano. Na sequência das queixas, os vereadores do PS em Mafra reuniram-se com o Grupo Barraqueiro e vão solicitar uma reunião à AML para pedir soluções.

O Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART) introduziu na Área Metropolitana de Lisboa e na Área Metropolitana do Porto um novo passe único, que entrou em vigor em abril, permitindo combinar viagens num único título que custa 30 euros se for de âmbito municipal e 40 euros no caso de abrangência metropolitana.

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Ana Catarina Mendes eleita com ampla maioria líder da bancada do PS

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

A única candidata à liderança do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, foi hoje eleita com 91% dos votos, obtendo 98 votos favoráveis num total de 108 deputados socialistas.

A única candidata à liderança do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, foi esta sexta-feira eleita com 91% dos votos, obtendo 98 votos favoráveis num total de 108 deputados socialistas. Fonte oficial do PS adiantou à agência Lusa que a lista de Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta cessante deste partido e cabeça de lista pelo círculo de Setúbal nas legislativas de outubro, registou oito votos contra, um nulo e um branco.

A lista para a direção da bancada do PS apresentada esta sexta-feira por Ana Catarina Mendes tem cinco mulheres em 12 vice-presidências, entre as quais a ex-ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa.

Além de Constança Urbano de Sousa, a lista de vice-presidências de Ana Catarina Mendes, que hoje será votada pelos deputados do PS, tem os nomes de Hortense Martins (Castelo Branco), da líder da JS, Maria Begonha, Marina Gonçalves (Viana do Castelo) e a continuidade de Lara Martinho (Açores).

Segundo fonte socialista, “a percentagem de mulheres na direção da bancada será de 46%, o que acrescerá ao facto de Ana Catarina Mendes ser a primeira mulher presidente do Grupo Parlamentar do PS”. Em relação à equipa da anterior legislatura liderada por Carlos César, além do caso de Lara Martinho, Ana Catarina Mendes optou por manter em vice-presidências Carlos Pereira (Madeira), João Paulo Correia (Porto) e Pedro Delgado Alves (Lisboa).

Na direção vai também figurar o futuro secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, assim como sobem a vice-presidências membros do Secretariado Nacional deste partido como Porfírio Silva e Hugo Pires. O cabeça de lista do PS pelo círculo de Portalegre, Luís Testa, será outro dos vice-presidentes da bancada socialista.

Ana Catarina Mendes procurou apresentar diversidade regional na sua lista para a direção do Grupo Parlamentar do PS, figurando nela deputados eleitos por círculos do interior do país, bem como das regiões autónomas da Madeira e dos Açores”, referiu à agência Lusa fonte socialista.

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Diretores e chefes de serviço do hospital de Évora demitem-se após auditoria

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

Os diretores e chefes de serviço do Hospital do Espírito Santo de Évora apresentaram a demissão em bloco, na sequência da auditoria do Tribunal de Contas, revelou esta sexta-feira fonte hospitalar.

Os diretores e chefes de serviço do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) apresentaram a demissão em bloco, na sequência da auditoria do Tribunal de Contas (TdC), revelou esta sexta-feira à agência Lusa fonte hospitalar.

“Alheios aos motivos que originaram os pagamentos indevidos e considerando que a forma como o processo foi conduzido é lesiva do seu bom nome” apresentam a sua demissão das funções de direção, chefia e coordenação, pode ler-se na carta assinada pelos 23 médicos com cargos de chefia, a que Lusa teve acesso.

Segundo o TdC, o hospital de Évora nomeou administradores que não reuniam os requisitos legais e regulamentares para o exercício do cargo e efetuou eventuais pagamentos indevidos a médicos com funções de chefia.

Estas foram as principais conclusões de uma auditoria do TdC à nomeação e atribuição de remunerações acessórias e suplementos a pessoal dirigente no HESE, no período entre 2015 e 2018, cujo relatório, datado de setembro, foi divulgado na quarta-feira.

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Cecília Meireles: “O CDS é um partido habituado a resistir em tempos difíceis”

Cecília Meireles é a nova líder parlamentar de um CDS reduzido a um quarto do tamanho, mas diz que os deputados vão trabalhar para valer por muitos. Grupo de apoio vai ter de encolher, admite.

Depois do mau resultado alcançado nas eleições de 06 de outubro, que resultou numa redução de 18 para cinco deputados eleitos para o Parlamento e a saída da líder do partido, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles foi escolhida para liderar o partido no Parlamento e diz que os deputados centristas não vão baixar os braços.

“Somos um partido habituado a resistir em tempos difíceis e, agora que temos um grupo parlamentar com apenas cinco deputados, faremos todos os dias o trabalho, o esforço e vamos arregaçar as mangas para que cada um desses deputados valha por muitos”, disse a nova líder parlamentar do CDS, que sucede a Nuno Magalhães no cargo, um dos deputados que não foi eleito.

Cecília Meireles diz que foi eleita com os cinco votos dos cinco deputados — que a inclui –, mas também que foi a única candidatura depois de uma conversa entre o grupo.

“Um bom político é aquele que está aqui para cumprir um dever. Naturalmente que esta fase tem dificuldades, mas não só temos a obrigação de as assumir, como sinto-me honrada por terem confiado em mim para liderar o grupo parlamentar”, disse.

Cecília Meireles admitiu também que o posto pode ser temporário, uma vez que o partido “está numa fase de transição” e terá um congresso para eleger uma nova liderança, que pode querer escolher uma nova liderança para a bancada.

Questionada sobre notícias na comunicação social sobre uma redução de custos no partido, com o despedimento de colaboradores e encerramento de instalações, a deputada disse que apenas se podia pronunciar sobre o grupo parlamentar e, nesse sentido, admitiu que não poderá continuar a ter o mesmo número de trabalhadores no grupo de apoio, uma vez que a estrutura também foi reduzida de forma significativa.

“Estamos num processo de formação de um grupo de apoio que é de um grupo parlamentar de cinco deputados e não de um grupo parlamentar de 18 deputados. Há muitas pessoas, que são profissionais competentíssimos, cujo trabalho admiro muito, de quem eu gosto muito, com quem não poderei contar, sim. Tenho muita pena, mas as pessoas sabem”, disse.

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Acordo para regularizar dívida do sistema de ação social dos militares assinado hoje

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

Os ministérios da Defesa e das Finanças irão assinar um memorando de entendimento para a regularização da dívida do Instituto de Ação Social das Forças Armadas.

O ministro da Defesa confirmou, em Bruxelas, que o memorando de entendimento com o ministério das Finanças para a regularização da dívida do Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) será assinado e divulgado ainda esta sexta-feira.

“[Ainda] não está assinado, mas sempre é assinado esta semana. Ainda não chegámos ao fim da semana. Há pormenores a acertar, que talvez até já estejam acertados no momento em que falo”, declarou João Gomes Cravinho aos jornalistas, à margem de uma reunião de ministros da Defesa da NATO.

Apontando que ainda esta sexta-feira de manhã teve “uma troca de mensagens com o ministro [das Finanças] Mário Centeno”, o ministro da Defesa assegurou que “não há nenhum problema” e explicou que apenas estão a ser acertados “aspetos de redação do texto”, que será “divulgado em breve”.

João Gomes Cravinho adiantou desde já que o pagamento da dívida, que ascende a 90 milhões de euros, “será efetuado ao longo de três anos, que na prática serão 15 ou 16 meses”, pois em causa estão “três anos orçamentais: aquilo que sobra de 2019, 2020, e o início (o primeiro trimestre), de 2021”.

“Portanto, haverá possibilidade de contribuirmos para resolver absolutamente esta situação num período de tempo bastante curto, menos de ano e meio”, sublinhou.

Questionado sobre se tal será suficiente para os hospitais privados retomarem o protocolo, o ministro respondeu afirmativamente, salientando que se está a agir “de forma muito determinada pela primeira vez em 14 anos” para resolver um problema “que se tem vindo a agravar pelo menos desde 2005”.

“Eu creio que os hospitais privados vão reconhecer isso e, aliás, os sinais que recebemos deles vão precisamente nesse sentido”, completou. Os atrasos nos pagamentos por parte da IASFA, sobretudo a operadores privados de saúde, levou algumas unidades a suspender ou ameaçar suspender a convenção que permite os tratamentos de elementos das Forças Armadas.

Em 27 de setembro passado, o Grupo Lusíadas Saúde já tinha tomado a decisão de suspender as convenções com o Instituto de Ação Social das Forças Armadas, devido a uma dívida de cerca de 7,8 milhões de euros, de acordo com um documento a que a Lusa teve então acesso.

Apesar da abertura para resolver o problema, o IASFA não chegou a fazer qualquer proposta, “alegadamente devido à inexistência das condições e autorizações necessárias por parte das tutelas”, segundo o documento a que a Lusa teve acesso.

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Soft skills, ética e trabalho em equipa são as competências mais valorizadas pelas empresas

O mercado laboral está a mudar e os empregadores e profissionais têm de se adaptar. Estudo refere características mais valorizadas e... as mais procuradas, tanto por empresas como pelos trabalhadores.

O mercado de trabalho está a passar por uma transformação. As soft skills, a ética e a capacidade para trabalhar em equipa são as competências mais valorizadas por parte dos empregadores. Por outro lado, as principais dificuldades para as empresas prendem-se essencialmente com a falta de profissionais qualificados, dificuldade em atrair e reter talento e desequilíbrio entre a oferta e a procura.

“Hoje os profissionais estão muito mais focados naquilo que é o projeto a médio e longo prazo, o que vão fazer e que impacto vai ter. Preocupam-se muito, não só com a natureza do trabalho que vão desenvolver mas com a da organização, até num contexto social”, explica ao ECO Carlos Maia, diretor regional da Hays, à margem da segunda edição do Career Summit no Porto.

Carlos Maia foi um dos oradores convidados onde apresentou as recentes conclusões do “guia do mercado laboral 2019″, um estudo que analisa as tendências do mercado laboral.

Quais as competências mais valorizadas pelos empregadores?

Segundo o estudo da consultora, a produtividade (57%), ética/valores (57%) e aptidão para trabalhar em equipa (57%) são as competências mais valorizadas pelos empregadores, seguidas das competências técnicas (54%), capacidade de trabalho (49%), orientação para o cliente (44%), orientação para os objetivos (42%) e, por fim, a experiência (38%).

A nível nacional, os perfis mais difíceis de recrutar são comerciais (37%), tecnologia de informação (27%) e engenheiros (21%). O estudo não está muito longe da realidade e, este ano, os perfis de trabalho mais procurados foram comerciais (31%) tecnologia de informação (30%), engenheiros (26%), administrativos (16%) e marketing e comunicação (15%).

O conhecimento técnico é essencial para recrutar um colaborador, mas as soft skills estão a ganhar cada vez mais terreno e são essenciais na hora de contratar.

“Estão a ganhar finalmente a relevância que merecem. Estiveram durante muito tempo secundarizadas, mas hoje em dia a velocidade de inovação, mudança e automação é tão grande que as pessoas têm de aprender a trabalhar em ambientes mais dinâmicos, multiculturais e multinacionais. As soft skills são, de certa forma, aquilo que permite fazer uma mudança mais rápida e mais operante“, refere Carlos Maia.

O domínio de várias línguas é outra característica valorizada pelos empregadores. Português (96%), inglês (93%), castelhano (51%), francês (33%), alemão (15%) e italiano (8%) são os idiomas mais valorizados no mercado de trabalho atual.

Contratar nunca foi tão desafiante

As principais dificuldades que as empresas sentem em contratar no mercado de trabalho atual prendem-se com a falta de profissionais qualificados (53%), desequilíbrio entre a oferta e a procura de profissionais (49%), pouca articulação entre o sistema de ensino e as necessidades das empresas (37%), legislação laboral demasiado rígida (36%), taxa social excessiva que as empresas têm de pagar (25%) e a fuga dos profissionais para o estrangeiro (15%).

Para as empresas, estas dificuldades resumem-se na dificuldade em atrair (48%) e reter talento (45%). Para Carlos Maia “a atração e a retenção passa muito por uma consciência autocrítica daquilo que a empresa tem para oferecer aos colaboradores. Vai muito para além do salário, dos meios e das condições. Vai muito pelo tipo de projeto de carreira que as pessoas terão”.

As soft skills estão a ganhar finalmente a relevância que merecem.

Carlos Maia

Diretor regional da Hays

Quais os fatores que os profissionais valorizam?

O pacote salarial e as perspetivas de progressão de carreira foram as principais motivações para os colaboradores no período entre 2011 e 2019, segundo dados do estudo “Guia do mercado laboral 2019”. O pacote salarial (85%), bom ambiente de trabalho (77%), plano de carreira (66%), cultura empresarial (59%), qualidade dos projetos (49%) e a localização geográfica da empresa são os fatores que os profissionais mais valorizam.

Em relação aos benefícios mais valorizados pelos profissionais, em primeiro lugar surge o seguro de saúde (78%), seguido de formações e certificações (68%), flexibilidade de horários (62%) e automóvel para o uso pessoal (48%).

Segundo o estudo, 68% dos inquiridos não está satisfeito com as perspetivas de progressão que tem na empresa onde trabalha, 65% não está satisfeito com a tipologia e a forma como os prémios de desempenho estão constituídos e atribuídos, 59% refere a comunicação interna como insatisfatória, 58% não está contente com o pacote salarial e 57% com o tipo de formação que a empresa oferece.

O diretor regional da Hays refere que, “no ano passado, mais de metade dos profissionais recusou as propostas de trabalho que recebeu devido essencialmente ao salário, condições contratuais e o facto de o projeto não ser interessante”.

Já sobre o futuro, e considerando que digitalização, automação, inteligência artificial, robotização são as grandes tendências em cima da mesa, o diretor regional da Hays considera que também podem ser uma oportunidade. Em relação aos setores mais tradicionais da indústria destaca que “têm de adaptar-se e reinventar-se”. “Nãopodemos parar aquilo que é a tendência geral de inovação, de automatização e da robotização”, assegura.

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UE concorda com adiamento do Brexit, mas ainda não chegou a acordo sobre novo prazo

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

Os 27 Estados-membros da UE concordaram com a necessidade de um novo adiamento do Brexit e continuarão a trabalhar no fim de semana para fecharem o procedimento escrito da extensão.

Os 27 Estados-membros da União Europeia concordaram esta sexta-feira com a necessidade de um novo adiamento do Brexit e continuarão a trabalhar durante o fim de semana para fecharem o procedimento escrito que confirme a extensão, revelaram fontes europeias.

O pedido de adiamento da saída do Reino Unido do bloco europeu, apresentado pelo governo de Boris Johnson face à impossibilidade de o Acordo de Saída ser ratificado pelo parlamento britânico até à data prevista, de 31 de outubro, foi hoje novamente discutido pelos 27, ao nível dos embaixadores dos Estados-membros junto da União Europeia, em Bruxelas, tendo a reunião sido “construtiva”.

Na reunião, houve “total concordância quanto à necessidade de uma extensão, assim como quanto à necessidade de alcançar uma decisão unânime e consensual entre os 27”, indicaram fontes europeias à Lusa.

As mesmas fontes precisaram que os 27 concordaram que a decisão sobre a extensão do período do Artigo 50.º deve ser adotada por “procedimento escrito”, pelo que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, não tem intenção de convocar uma cimeira extraordinária na próxima semana.

O trabalho ao nível dos embaixadores irá prosseguir durante o fim de semana, por forma a que estes se reúnam novamente no início da próxima semana para finalizar “um acordo” sobre este novo adiamento, nomeadamente sobre a duração da extensão do Artigo 50.º do Tratado da União Europeia.

Inicialmente previsto para 29 de março passado, o Brexit já foi adiado para 31 de outubro, tendo o Reino Unido solicitado uma segunda extensão do Artigo 50.º, face à incapacidade dos britânicos em aprovarem o Acordo de Saída na Câmara dos Comuns.

Os deputados britânicos rejeitaram na terça-feira, com 322 votos contra e 308 votos a favor, o calendário proposto pelo Governo do Reino Unido que previa uma aprovação da lei de aplicação do acordo até hoje, um prazo classificado como demasiado curto para debater um texto de 110 páginas.

O primeiro-ministro Boris Johnson anunciou logo de seguida que o Governo iria suspender o processo legislativo para o Brexit e acelerar os preparativos para uma saída sem acordo na sequência de uma derrota no parlamento.

Antes de chumbar a moção com um calendário para acelerar o processo e concluir a aprovação em três dias, até quinta-feira, a Câmara dos Comuns já tinha aprovado a proposta de lei [Withdrawal Agreement Bill] na generalidade [second reading] por 329 votos a favor e 299 votos contra, uma margem de 30 votos.

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Capital Economics: Angola “está a falar a sério” sobre reforma cambial, mas investidores desconfiam

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

O Banco Nacional de Angola decidiu abandonar a limitação de variação e permitir que o kwanza oscile livremente. Capital Economics diz que "os investidores vão querer esperar para ver".

A consultora Capital Economics considerou esta sexta-feira que as medidas cambiais do Banco Nacional de Angola mostram que o regulador financeiro “está a falar a sério” sobre a reforma cambial no país, mas os investidores ainda estão céticos.

“A decisão do BNA de abandonar a limitação de variação e permitir que o kwanza oscile livremente sugere que os decisores políticos finalmente estão a falar a sério sobre a reforma cambial”, escreve o analista que acompanha a economia de Angola.

Numa nota sobre a política cambial do país, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, John Ashbourne argumenta, no entanto, que “depois de várias falsas partidas, os investidores vão querer esperar para ver se o Governo realmente vai em frente com o processo“.

Na quarta-feira, o BNA confirmou a medida, assumindo que já tinha retirado o limite de 2% imposto aos bancos no leilão de divisas e elimina agora a margem de 2% que os bancos podem aplicar, esperando encontrar um equilíbrio cambial até ao final do ano.

Passaremos a ter um mercado que vai funcionar conforme as forças do próprio mercado, procura e oferta. O que temos hoje é um cenário em que há uma procura superior à oferta e como não temos um elemento que regule essa relação, acabamos por ter a acontecer operações fora do sistema financeiro (…) muitas vezes injustas e que põem em causa a segurança dos participantes”, justificou José de Lima Massano, no final da reunião do Comité de Política Monetária, esta semana.

Para John Ashbourne, o banco central “pode ter sido forçado a afrouxar o controlo cambial devido à crescente divergência entre o mercado paralelo e a taxa oficial de câmbio”, sendo que “a queda das reservas estrangeiras do Banco também pode ter desempenhado um papel”.

Esta “mudança política bastante dramática”, disse, vai implicar um aumento da inflação a curto prazo, mas a longo prazo os efeitos não são tão claros: “Os decisores políticos, no passado, também já fizeram várias promessas de remover a limitação de oscilação, mas depois na prática não o fizeram”, lembra o analista, alertando que “podem perder a coragem outra vez”.

A consultora Capital Economics espera, assim, que a inflação termine o ano nos 18%, abrandando depois para 17,5% em 2020 e para 15,5% em 2021. No que diz respeito às previsões sobre o andamento da economia, os analistas também reviram as estimativas, antecipando agora uma recessão de 1% este ano e uma recuperação de 1% em 2020, que acelerará para 1,5% em 2021.

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“Felizes” e “expectantes”, deputados preparam-se para a nova legislatura

Alguns dos novos deputados estão expectantes quanto à nova legislatura e mostraram abertura para estabelecer pontes e diálogo. Conheça algumas das primeiras reações em dia de tomada de posse na AR.

Os deputados eleitos nas legislativas tomam posse esta sexta-feira. As galerias da Assembleia da República (AR) estão repletas de caras novas e preparadas para uma legislatura com três novas forças políticas representadas no Parlamento. E as primeiras reações já começam a surgir.

Rui Rio foi um dos primeiros. Citado pelo Público (acesso condicionado), o presidente do PSD, que vai assumir funções de líder da bancada parlamentar, afirmou ter “dúvidas” de que a nova legislatura chegue até ao fim. “É um Governo minoritário, tem de fazer permanentemente negociações”, justificou. Rio afirmou ainda que o PSD não vai apresentar uma moção de rejeição ao Programa de Governo.

Em declarações transmitidas pela RTP 3, o líder comunista Jerónimo de Sousa, que é o deputado mais antigo do Parlamento, disse que a bancada parlamentar do PCP fará “tudo” para que seja uma legislatura de “avanços e não de recuos”, “incluindo a disponibilidade para o diálogo”. Sobre o facto de estar na AR desde 1976, Jerónimo de Sousa desvalorizou: “Continuo a ter mais projeto do que memória. Vou continuar nesta tarefa até o meu partido entender”, disse. E lembrou que outros antigos deputados constituintes, como Marcelo Rebelo de Sousa (Presidente da República) e Basílio Horta (presidente da Câmara Municipal de Sintra), continuam a ser “políticos em atividade”.

Por sua vez, Cecília Meireles, do CDS-PP, garantiu que está no Parlamento para ficar: “A minha prioridade é representar bem quem me elegeu e isso implica o exercício do mandato”. Além disso, indicou que ainda “não está definido” que comissões parlamentares vão existir.

Inês Sousa Real é uma das deputadas da nova bancada parlamentar do PAN. Aos jornalistas, afirmou que este é um “dia bastante feliz” e mostrou-se agradada em ver “novas forças políticas” na Assembleia. Com poder reforçado, o PAN vai “poder certamente trabalhar mais” naquilo que são as causas sociais e ambientais que tem defendido. Assumindo-se como um “partido feminista” numa legislatura em que mais mulheres assumem funções no hemiciclo, a nova deputada do PAN recordou que, “apesar dos avanços em matéria de igualdade de género, há bastante dificuldade para as mulheres chegarem a cargos de poder e de chefia”.

D’Os Verdes, Mariana Silva assume funções de deputada e mostrou-se expectante numa legislatura de “trabalho digno”, para trazer “desenvolvimento para os portugueses”. Relativamente à agenda ecológica e ambiental do partido, disse esperar ver frutos concretos. “Esperamos que não seja uma moda a questão da ecologia e que a defesa do ambiente se mantenha, não só na teoria como na prática. E que os 37 anos de trabalho [d’Os Verdes] tenham a visibilidade que não tiveram no passado”, reiterou.

A legislatura fica marcada também pela entrada da extrema-direita na AR. André Ventura, do Chega, disse à RTP 3 que foi abordado por “muitos populares” à chegada ao Parlamento e afirmou que vai solicitar uma reunião a Rui Rio na tarde desta sexta-feira. Confrontado com a hipótese de o líder do PSD poder não querer reunir, André Ventura afirmou: “Eu vou querer. Ele pode não querer”.

“Queremos ter uma relação aberta e franca. O nosso objetivo é melhorar a vida dos portugueses e isso passa por criar pontes”, indicou. Confrontado com as críticas dos partidos às posições mais radicais assumidas pelo Chega, André Ventura disse que “os outros partidos” estão “a tentar isolar” o Chgea. “Em democracia, não se deve isolar ninguém. Pedimos que haja respeito pelos portugueses que nos elegeram”, apontou.

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Começar hoje junta 250 estudantes do secundário em Aveiro. É a maior conferência jovem do país

  • Trabalho
  • 25 Outubro 2019

Maior conferência jovem do país vai na 11.ª edição. Este sábado, em Aveiro, junta mais de duas centenas de estudantes do ensino secundário para ajudá-los a "focarem-se" no futuro.

A conferência Começar hoje, o maior evento jovem do país, vai juntar este sábado, em Aveiro, cerca de 250 jovens estudantes do ensino secundário.

Organizada pela associação Começar hoje, a conferência junta estudantes do ensino secundário e profissionais das mais diversas áreas. Juntos, durante um dia, trocam experiências no mercado laboral.

“Como te comunicas?” e “Como te diferencias?” são os nomes dos painéis de discussão, que contam com a participação de nomes como o do ator Ricardo Carriço, Inês de Castro, da Worten, Paulo Pereira da Altice Labs, Celso Martinho da Bright Pixel, do empreendedor Pedro Moura e da YouTuber SEA3PO. Além de debates, o programa conta ainda com a “história inspiradora” de um jovem sub-30, contada na primeira pessoa e com momentos de networking em que os participantes podem conversar com os oradores da conferência.

“A ideia de criar estas conferências foi assegurar que os jovens saem do evento mais focados em relação ao seu futuro”, explica Miguel Frade, fundador da Começar hoje.

Criada em 2015, a Começar hoje vai agora na 11.ª edição. A conferência jovem já passou por locais como Anadia, Oliveira do Bairro, Viseu, Pombal, Oeiras e Guimarães e, ainda este ano, terá nova edição a 9 de novembro, na Covilhã. Em quatro anos, a conferência já contou com mais de 1700 participantes e cerca de 90 oradores diferentes.

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Portugueses estão a viajar mais. Fazem mais férias no estrangeiro

Os portugueses viajaram mais no segundo trimestre, num total de 5,6 milhões de deslocações. Embora Portugal continue a ser o principal destino, as viagens ao estrangeiro aumentaram 33,2%.

Os portugueses estão a viajar mais, principalmente para fora do país. Entre a Páscoa e o início do verão, foram realizadas 5,6 milhões de viagens, mais 18% do que no ano passado. Embora Portugal continue a ser o destino de eleição, cada vez mais portugueses rumam ao estrangeiro, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O número de viagens realizadas pelos portugueses entre abril e junho aumentou 18% face ao mesmo período do ano passado, um aumento bastante superior ao observado no primeiro trimestre e até mesmo no final do ano passado. A maioria das deslocações aconteceu “cá dentro”. 85,2% das viagens são feitas no país — houve um aumento de 15,7%.

Contudo, embora Portugal continue a liderar na hora de partir, o estrangeiro está a ganhar cada vez mais turistas portugueses, refere o INE. As viagens para fora do país aumentaram 33,2% para um total de 828,2 mil, representando 14,8% do total.

E a maioria dessas viagens, tanto lá fora como cá dentro, são em lazer, recreio ou férias. Nesse período, quase metade de todas as viagens realizadas foram por motivos de lazer, um indicador que aumentou 26,6% para um total de 2,7 milhões de “escapadinhas”. Mas também se fizeram 2,1 milhões de viagens para visitar familiares ou amigos, enquanto as viagens profissionais ou de negócios representaram apenas 9,3% do total.

Hotéis são mais procurados. Mas hóspedes passam menos noites

Os alojamentos particulares gratuitos, como casas de familiares e amigos, continuam a ser as opções preferidas dos turistas na hora de marcar estadia, representando 57,5% de todas as dormidas, tanto dentro como fora do país. Embora não sejam os mais procurados, os hotéis captaram mais reservas no segundo trimestre, aumentando o seu peso para 31,5% no total de dormidas.

Contudo, embora façam mais viagens, os portugueses passaram menos noites fora, refere o INE. No mesmo período, o número médio de dormidas nas viagens foi de 4,11 noites, o equivalente a uma queda de 11% face ao ao segundo trimestre do ano passado.

Na hora de marcar a viagem, a Internet foi a opção mais escolhida pelos portugueses. 24% das deslocações foram marcadas online, um número que aumenta para 63,2% quando o destino é o estrangeiro.

(Notícia atualizada às 11h28 com mais informação)

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