Juncker anuncia acordo para o Brexit. Falta ‘sim’ dos líderes da UE e do Parlamento britânico

Comissão e Reino Unido chegaram a acordo sobre a declaração política e a fronteira entre Irlanda e Irlanda do Norte. Líderes europeus discutem acordo esta tarde, Parlamento britânico vota no sábado.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou esta quinta-feira que os negociadores europeus e os negociadores britânicos chegaram, finalmente, a um acordo para a declaração política e sobre a questão da fronteira da Irlanda do Norte, o tema mais complicado nestas negociações, e pediu aos líderes da União Europeia para ratificarem o compromisso na reunião do Conselho Europeu que começa esta quinta-feira. Parlamento britânico tem de aprovar acordo, mas os trabalhistas e os unionistas da Irlanda do Norte dizem que estão contra.

Na carta que enviou esta quinta-feira ao Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker diz que “os negociadores alcançaram um acordo para um protocolo revisto sobre a [fronteira] Irlanda/Irlanda do Norte e quanto a uma declaração política revista a 17 de outubro de 2019. Ambos foram endossados pela Comissão Europeia”.

“O primeiro-ministro do Reino Unido também sinalizou o seu acordo a estes documentos hoje”, garantiu o presidente cessante da União Europeia.

Recomendo ao Conselho Europeu que endosse o acordo de saída revisto e a declaração política na sua próxima reunião. Como indiquei no passado, acredito que é chegada a altura de finalizar o processo de saída e avançar, o mais rapidamente possível, para a negociação da relação futura com o Reino Unido”, diz Jean-Claude Juncker, na carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Boris Johnson também anunciou o acordo entre as duas partes, dizendo que o Reino Unido tem agora “um grande novo acordo que devolve o controlo” aos britânicos.

No entanto, o acordo é ainda a nível técnico. Ou seja, ainda vai precisar de ser aprovado pelos restantes líderes da União Europeia na reunião que vai começar às 14h00 em Bruxelas. Boris Johnson também vai precisar de convencer uma maioria no Parlamento britânico, que se afigura difícil num dia em que o partido que representa a Irlanda do Norte e que tem sido aliado de Boris Johnson anunciou que não pode apoiar este acordo.

Imediatamente após o anúncio do acordo, as principais bolsas europeias valorizaram máximos de um ano, com a libra a negociar no valor mais alto dos últimos cinco meses.

Quadratura do círculo à irlandesa

O principal negociador do Brexit, Michel Barnier, anunciou esta quinta-feira numa conferência de imprensa que foi alcançado um acordo entre as duas equipas e explicou o difícil acordo alcançado na questão da fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte.

“Chegámos a um acordo com o Governo britânico relativamente a uma saída ordenada do Reino Unido da União Europeia e também quanto ao quadro relativo à nossa relação futura”, disse o responsável francês.

Michel Barnier, antigo comissário europeu que foi chamado para negociar um acordo entre a União Europeia e o Reino Unido, diz que o texto acordado entre as duas partes deve “garantir certeza legal” em todas as áreas que a saída do Reino Unido poderá provocar dúvidas.

Entre os principais pontos do acordo alcançado, Michel Barnier explicou que todos os compromissos que foram assumidos pelos 28 Estados-membros a nível financeiro, serão cumpridos pelos 28 Estados-membros, ou seja, o Reino Unido terá de garantir o envelope financeiro necessário para garantir todos os compromissos que assumiu enquanto membro da União Europeia.

O negociador europeu disse ainda que o Reino Unido quis reabrir a discussão relativamente à fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte, e que nas negociações foi possível garantir que será evitada a criação de uma fronteira física entre as duas Irlandas, garantindo a coesão do mercado único e ao mesmo tempo que a Irlanda do Norte faz parte do território britânico no que diz respeito às regras alfandegárias.

E como se consegue resolver este problema? Segundo Michel Barnier, a Irlanda do Norte vai estar sujeita a regras diferentes. Em primeiro lugar, no que diz respeito à entrada de bens está sujeita às regras da União Europeia. Ou seja, na entrada de bens, apesar de serem as autoridades do Reino Unido a fazer a fiscalização, terão de aplicar as regras da União Europeia.

Quanto à aplicação de taxas aduaneiras, as regras serão diferenciadas tendo em conta o destino final dos bens que entram neste território. Assim, o Reino Unido pode aplicar as suas próprias taxas aduaneiras sobre produtos que entrem na Irlanda do Norte tendo origem em países terceiros. Mas se existir qualquer risco de esses bens virem a entrar no mercado único europeu, as taxas aplicadas são as definidas pela União Europeia.

Em qualquer dos casos, como a Irlanda do Norte passará legalmente a fazer parte do território do Reino Unido no que diz respeito às regras alfandegárias, qualquer acordo de comércio que venha a ser alcançado entre a União Europeia e o Reino Unido, também será extensível à Irlanda do Norte.

Será Boris Johnson capaz de aprovar este acordo no Parlamento?

Não é a primeira vez (nem a segunda) que a União Europeia e o Reino Unido chegam a acordo para uma saída ordenada da União, com os acordos a serem rejeitados mais tarde no Parlamento britânico.

Por essa razão, o negociador europeu foi questionado pelos jornalistas sobre que garantias tem de que o primeiro-ministro britânico será capaz de finalizar este processo. Michel Barnier admite que esta situação não é nova e que, para já, só pode apresentar a confiança que Boris Johnson lhe transmitiu de que será capaz de fazer passar este acordo em Westminster.

“Penso que o acordo de hoje é equilibrado e é o melhor resultado possível depois de todos os vários ajustamentos que fizemos, e grandes diferenças em particular para a Irlanda e a Irlanda do Norte, e do nosso lado aceitámos deixar cair a cláusula de salvaguarda e substitui-la por uma nova abordagem”, disse.

O presidente do Parlamento Europeu também se manifestou “muito satisfeito” com o acordo, numa curta declaração esta manhã. “Estamos muito contentes. Trabalhámos muito para haver uma saída ordenada”, disse David-Maria Sassoli, que adiantou que ainda falta que o Conselho Europeu se pronuncie sobre o acordo técnico, e depois disso o voto no Parlamento britânico.

O responsável italiano disse ainda que o Parlamento Europeu também está preparado para fazer a sua parte, num dia em que o líder da maior família política europeia, o Partido Popular Europeu, disse que o acordo terá de ser analisado profundamente antes de aceitar dar o ‘sim’ e que esse acordo tem de respeitar todas as garantias exigidas pela Europa, como na questão da fronteira entre as duas Irlandas e nos direitos dos cidadãos europeus.

“Agora teremos de ver o texto do acordo, o Conselho irá pronunciar-se e depois haverá uma votação em Westminster. O Parlamento Europeu, naturalmente, está preparado para fazer o seu trabalho”, disse.

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Álvaro Santos Pereira: “Enquanto não crescermos entre 3% e 3,5% ao ano não podemos contentar-nos”

Na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO em parceria com a Fundação de Serralves, o antigo ministro falou da importância de reindustrializar para apoiar o crescimento económico do país.

O elevado endividamento do país, a par da corrupção e da baixa competitividade são um entrave ao crescimento económico de Portugal, segundo Álvaro Santos Pereira. O antigo ministro e atual diretor do departamento de estudos sobre países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) defende que são necessárias reformas para garantir o crescimento futuro.

“Infelizmente, na campanha eleitoral não se debateram os grandes problemas do país, os desafios que temos pela frente. Estamos a crescer a ritmo razoável, mas o importante é manter esse crescimento e acelerar“, afirmou Santos Pereira, na conferência Fábrica 2030, organizada, esta quinta-feira no Porto, pelo ECO em parceira com a Fundação de Serralves.

Santos Pereira considera que a expansão da economia e a redução do endividamento devem ser prioridades de quem estiver no Governo, independentemente do partido. “Enquanto não crescermos entre 3% e 3,5% todos os anos não podemos contentar-nos“, sublinhou o economista, que falava no dia seguinte a serem conhecidas as projeções do Governo o crescimento do país nos próximos anos.

O Governo vê a economia a crescer 1,9% este ano e o Orçamento com um défice melhor de 0,1% do PIB. Para 2020, o Executivo aponta para um PIB a acelerar para 2% e contas públicas equilibradas, com saldo nulo. As novas metas, que foram assumidas terça-feira junto da Comissão Europeia, traduzem o impacto da nova base das contas nacionais, mas não incluem ainda as medidas que o Governo quer incluir no Orçamento do Estado e cujo apoio ainda terá de negociar com os partidos à esquerda.

“Reindustrializar é preciso”

Álvaro Santos Pereira considera que, a par do baixo crescimento, há seis outros grandes desafios para o futuro de Portugal: a corrupção (e impunidade) e corporativismo; o endividamento elevado, a abertura da economia, a baixa produtividade, o envelhecimento da população e o impacto das alterações climáticas.

“Fizemos grandes reformas [desde a entrada no euro] e essas reformas estão a dar frutos. Não estamos a crescer o suficiente, mas estamos a crescer”, apontou o economista, num discurso em que se focou no futuro da indústria, falando da reindustrialização e novas tecnologias de produção.

"Sem uma nova onda de reformas estruturais não nos conseguiremos reindustrializar nem sustentar o crescimento. Sem uma nova onda de reformas, o crescimento não será sustentado e a sustentabilidade da dívida pode ser posta.”

Álvaro Santos Pereira

Diretor do departamento de estudos sobre países da OCDE

Para que o país tenha maior e melhor indústria é, segundo Álvaro Santos Pereira, preciso um quadro fiscal competitivo, sendo que o antigo ministro defende há vários anos um IRC de 10%. “O que é importante é tirar as condições para que as empresas possam prosperar”, disse. “A política de campeões nacionais foi um desastre. Levou-nos à bancarrota“.

Além de impostos mais baixos, Álvaro Santos Pereira acredita que há outros fatores que são necessários para fomentar o peso da indústria no PIB português. Incluem-se a edução e formação, um financiamento menos dependente da banca, consolidação e revitalização do tecido empresarial, promoção do investimento e da internacionalização, bem como fomento da inovação e empreendedorismo.

“A reindustrialização deve ser um desígnio nacional, pois é fundamental para o futuro do país. É essencial atuar em múltiplas áreas para ser bem-sucedido”, acrescentou Santos Pereira. “Sem uma nova onda de reformas estruturais não nos conseguiremos reindustrializar nem sustentar o crescimento. Sem uma nova onda de reformas, o crescimento não será sustentado e a sustentabilidade da dívida pode ser posta”.

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Portugueses “não iriam achar graça nenhuma” à esquerda deixar cair Governo, diz Carlos César

  • ECO
  • 17 Outubro 2019

Carlos César defende que o Governo não deveria convocar eleições antecipadas, a não ser "numa situação de bloqueio".

Carlos César mostrou-se confiante de que o Governo irá durar os quatro anos da legislatura, sendo que apenas numa situação de “bloqueio” se poderia convocar eleições antecipadas. O presidente do PS diz que os portugueses não aceitariam bem que os partidos da esquerda deixassem “cair” o Executivo, depois de ter pedido os votos para evitar a maioria absoluta dos socialistas.

“A penalização sobre quem ponha em causa a estabilidade política é muito grande por parte dos portugueses”, indicou o presidente do PS, em entrevista à RTP (acesso livre). “Os portugueses não iriam achar graça nenhuma a quem disse ‘deem-me votos para eu segurar este Governo’ depois deixá-lo cair”.

Questionado sobre se o PS poderá ser tentado a convocar eleições antecipadas para obter maioria absoluta, Carlos César reiterou que o partido “não o deve fazer”, a não ser que se verificasse uma “situação de bloqueio”.

Já no que diz respeito aos acordos com outros partidos, perante a possibilidade de se juntar apenas ao Bloco, o líder do PS apontou que não queria deixar de fora os restantes. “Fazer um acordo com o Bloco de Esquerda era um pouco como fazer uma coligação de interesses à margem dos restantes partidos que também estávamos a tentar convocar para estes próximos quatro anos”, disse.

“A posição do PS é normal, não destruímos o espírito da geringonça, recusámo-nos a circunscreve-la a dois partidos”, sublinhou. Quanto ao PCP, que não queria acordo escrito, explicou que o que partido propôs foi “um acordo sem acordo escrito, o que vale é a nossa palavra, e estamos disponíveis para, sem papéis, fazermos aquilo que antes fazíamos”.

(Notícia corrigida com a referência de Carlos César de que os portugueses “não iriam achar graça nenhuma” se os partidos da esquerda deixassem cair o Governo e não o PS)

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Subsídio social de desemprego com acesso facilitado a partir do próximo mês

  • ECO
  • 17 Outubro 2019

Foi publicado em Diário da República a redução do prazo de garantia para o acesso ao subsídio social de desemprego inicial dos atuais 180 dias para 120 dias. Mudança entra em vigor no próximo mês.

A partir do próximo mês, os trabalhadores que tenham ficado sem emprego e que não reúnam as contribuições necessárias para ter acesso ao subsídio de desemprego passam a ter acesso ao subsídio social de desemprego tendo registado 120 dias de trabalho por conta de outrem com registo de remunerações nos 12 meses anteriores, ou seja, menos 60 dias do que até agora estava estipulado.

Foi publicado esta quinta-feira em Diário da República o decreto-lei que reduz do prazo de garantia para o acesso ao subsídio social de desemprego inicial dos atuais 180 dias para 120 dias. A mudança entra em vigor no primeiro dia de novembro.

Até agora, para ter acesso ao subsídio social de desemprego inicial, o trabalhador teria de reunir 180 dias de trabalho por conta de outrem com registo de remunerações nos 12 meses imediatamente anteriores à data da cessação do contrato. Esse tempo de trabalho poderia ter sido prestado em qualquer Estado da União Europeia, na Islândia, Noruega, Suíça ou num dos países com os quais Portugal celebrou Acordos de Segurança Social.

Além de ter concretizar esse prazo de garantia (que agora desce para 120 dias), o desempregado tem ainda de cumprir a condição de recursos, isto é, não pode ter património mobiliário no valor superior a 240 vezes o Indexante dos Apoios Sociais — estando o IAS, em 2019, está fixado nos 435,76 euros — nem o rendimento mensal por elemento do agregado familiar pode ser superior a 80% do valor do IAS.

O subsídio social de desemprego é dirigido aos trabalhadores que tenham ficado sem emprego e que não contem com descontos suficientes para pedir o subsídio de desemprego, cujo prazo de garantia está fixado em 360 dias de trabalho por conta de outrem com registo de remunerações nos 24 meses anteriores à data do desemprego.

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Oposição chumba Salgado à frente da empresa de obras da Câmara de Lisboa

  • ECO
  • 17 Outubro 2019

Executivo da Câmara de Lisboa vota esta quinta-feira a continuidade de Manuel Salgado na liderança da SRU, a empresa municipal responsável pelas obras na capital. Oposição vai votar contra a proposta.

Manuel Salgado vai ver chumbado o seu nome à frente da Lisboa Ocidental SRU, a empresa municipal da câmara de Lisboa que tem nas mãos a generalidade das obras na capital.

A recondução de Manuel Salgado na liderança daquela empresa municipal vai esta quinta-feira a votos em reunião da câmara. E o seu nome vai merecer a oposição dos vereadores do Bloco de Esquerda, PCP, CDS e PS, inviabilizando assim a continuidade do ex-vereador do urbanismo na SRU, segundo o Jornal de Negócios (acesso pago).

A SRU é a empresa da câmara lisboeta responsável por quase todas as obras realizadas pela autarquia e, embora tenha perdido competências na área do urbanismo, vai ver o seu orçamento crescer 256% no próximo ano, passando dos 16 milhões de euros previstos para 2019 para 57 milhões em 2020.

Quando anunciou que ia sair da vereação, Manuel Salgado disse que, por si, manteria o cargo na SRU, para o qual foi nomeado em junho do ano passado — na altura, o seu nome foi indicado e votado em reunião de Câmara, tendo obtido dez votos a favor e seis votos contra. E o gabinete de Fernando Medina também adiantou que era intenção do presidente fazer-lhe a vontade. Ainda assim, Manuel Salgado teria de ser reconduzido no cargo. Mas desta vez o seu nome não deverá passar.

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Senhorios vão ter app para comunicarem período de renovação dos contratos de arrendamento

  • Lusa
  • 17 Outubro 2019

Fisco está a preparar uma aplicação que permitirá indicar a duração do período da renovação do contrato de arrendamento para que os senhorios possam beneficiar do desconto no IRS. Ainda não há prazos.

O Fisco está a preparar uma aplicação para que os senhorios possam comunicar o período de renovação dos contratos de arrendamento e, desta forma, beneficiarem do desconto do IRS concedido a contratos a mais de dois anos.

Os senhorios já hoje podem comunicar através do Portal das Finanças o prazo inicial do contrato e se este é ou não renovável, mas não lhes é possível precisar o período de duração das renovações, sendo que esta é uma das informações relevantes para que, daqui em diante, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) possa aferir o valor do desconto no IRS nos rendimentos de rendas face à taxa autonomia de 28%.

À agência Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças afirmou que a Autoridade Tributária e Aduaneira está a preparar a aplicação que permitirá indicar a duração do período da renovação do contrato de arrendamento.

“Quer relativamente a contratos celebrados após 1 de janeiro de 2019, quer no que se refere às renovações de contratos ocorridas após a mesma data (incluindo renovações de contratos celebrados anteriormente a essa data), os contribuintes terão de proceder à respetiva comunicação e indicar a sua duração” referiu o Ministério das Finanças, precisando “a AT está a desenvolver os trabalhos para implementar os ajustamentos aplicacionais necessários ao cumprimento desta obrigação”.

Sem adiantar prazos para a disponibilização desta nova aplicação, a mesma fonte oficial afirmou que esta “ocorrerá seguramente a tempo de os senhorios efetuarem a comunicação no prazo legal estabelecido, ou seja, até 15 de fevereiro do ano seguinte àquele a que respeita o contrato/renovação”.

É ainda intenção da AT divulgar “instruções com os procedimentos a adotar pelos senhorios” assim que a referida aplicação estiver disponível.

Desde o início deste ano que está prevista uma redução da taxa do IRS para os senhorios que aceitam fazer contratos de arrendamento de duração igual ou superior a dois anos, sendo este desagravamento fiscal tanto maior quanto mais longo for o prazo do contrato.

Com esta medida pretendeu-se dar maior estabilidade aos inquilinos, oferecendo-se aos senhorios um desconto no IRS face à taxa de 28% existente aplicável a quem opta por sujeitar os rendimentos da renda a tributação autónoma.

A redução da taxa é de dois pontos percentuais nos contratos com duração igual ou superior a dois anos e inferior a cinco anos; de cinco pontos percentuais nos contratos entre os cinco e os 10 anos; e de 14 pontos percentuais para contratos entre 10 e 20 anos.

Para todas estas situações está prevista uma redução de igual montante “por cada renovação com igual duração” do contrato, até ao limite de 14 pontos percentuais, o que significa que os senhorios poderão chegar a beneficiar de um desconto de 50% face à taxa autónoma existente (que é de 28%).

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Unionistas da Irlanda do Norte rejeitam proposta sobre o Brexit

  • Lusa
  • 17 Outubro 2019

Os Unionistas, que compõem a coligação governamental conservadora britânica, não concordam com a proposta sobre a fronteira que separa a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.

O Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte (DUP), determinante para o acordo sobre o Brexit, disse esta quinta-feira que “tal como estão as coisas” não pode aceitar o pacto que Londres está a negociar com a União Europeia.

A líder do DUP, Arlene Foster, em comunicado, manifesta reservas em relação ao acordo, a poucas horas do Conselho Europeu que vai realizar-se em Bruxelas.

Boris Johnson esperava concluir as negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, mas os unionistas, que compõem a coligação governamental conservadora britânica, não concordam com a proposta sobre a fronteira que separa a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte.

A fronteira é o assunto mais complicado das negociações sobre o Brexit porque o estabelecimento de uma infraestrutura aduaneira pode prejudicar o processo de paz na província.

O Governo de Boris Johnson, que não tem maioria parlamentar, necessita do apoio do DUP para alcançar qualquer acordo sobre a saída do país da UE que tem de ser aprovado pelo Parlamento, em Londres.

“Participamos nas conversações com o Governo. Tal como estão as coisas não podemos aceitar o que está a ser sugerido sobre questões aduaneiras e outros assuntos relacionados até porque a questão da aplicação do IVA não é clara”, refere a nota do Partido Unionista.

Participamos nas conversações com o Governo. Tal como estão as coisas não podemos aceitar o que está a ser sugerido sobre questões aduaneiras e outros assuntos relacionados até porque a questão da aplicação do IVA não é clara.

Comunicado do Partido Unionista

Mesmo assim, o comunicado assinado por Foster e pelo “número dois” dos unionistas, Nigel Dodds, assinala que “vão continuar a trabalhar com o Governo na tentativa de alcançarem um acordo sensato que funcione para a Irlanda do Norte e possa proteger a integridade económica e constitucional do Reino Unido”.

Nos últimos dias, Johnson manteve negociações com Foster para conseguir uma forma de superar os pontos mais difíceis, mas não se conhecem os detalhes da negociação.

De acordo com a imprensa britânica, o primeiro-ministro Boris Johnson propôs que o Reino Unido saia da união aduaneira, mas que a Irlanda do Norte mantenha alinhadas as normas alfandegárias com a União Europeia em determinados setores, tal como a agricultura.

A proposta, alegadamente, prevê também que os nacionalistas e unionistas da Irlanda do Norte possam rever os acordos fronteiriços de quatro em quatro anos.

O primeiro ministro da República da Irlanda, Leo Varadkar, e outros líderes europeus mostraram-se otimistas, na quarta-feira, sobre o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia.

Boris Johnson disse que prefere “ser encontrado morto num buraco” do que pedir um adiamento do Brexit mas, na verdade, pode ver-se na obrigação de pedir uma nova data se não conseguir um pacto até ao próximo sábado.

Sábado é o prazo dado, por lei, para o primeiro-ministro, Boris Johnson, escrever uma carta à UE a pedir um adiamento por mais três meses, até 31 de janeiro, se não for alcançado um acordo nem autorizada uma saída sem acordo.

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João Oliveira rejeita ser novo líder do PCP. Pode até “não haver secretário-geral”, diz

  • ECO
  • 17 Outubro 2019

"O PS tem hoje mais força e condições muito mais favoráveis para levar a sua avante, mesmo sem maioria". O PCP, "tendo menos força", tem "menos capacidade de influenciar as decisões na AR", diz.

João Oliveira vai continuar a ocupar a posição de líder da bancada parlamentar do PCP, uma bancada que ficou reduzida a dois terços na sequência dos resultados das legislativas de 6 de outubro, mas também a ser um dos pivots das negociações com o Governo, à semelhança do que acontece nos últimos quatro anos de geringonça. No entanto, o comunista não está disponível para ser o futuro líder do PCP.

Em entrevista à Renascença (acesso livre) questionado se se via como futuro líder do PCP, sobretudo tendo em conta que Jerónimo de Sousa já conta com 72 anos e João Oliveira foi um dos mais aplaudidos no último congresso, em Almada, o dirigente comunista é taxativo: “Não. De todo”. João Oliveira explica ainda que a passagem de testemunho será feita “no momento certo, em função dos critérios” do partido, das “opções” e da “forma” como consideram “as responsabilidades do secretário-geral”. “Por exemplo, uma coisa que os estatutos preveem é até a possibilidade de não haver secretário-geral. É uma decisão do Comité Central e há-de ser tomada no momento em que ela tiver de ser tomada”, acrescentou.

Uma coisa que os estatutos preveem é até a possibilidade de não haver secretário-geral. É uma decisão do Comité Central e há-de ser tomada no momento em que ela tiver de ser tomada.

João Oliveira

Líder parlamentar do PCP

João Oliveira desdramatizou o facto de esta legislatura não haver um acordo escrito. “Aquilo que foi preciso fazer até que António Costa fosse indigitado primeiro-ministro em 2015 agora não foi preciso porque ele foi indigitado três dias depois das eleições. Não se trata de uma questão de opção, trata-se de uma questão de desnecessidade“, explicou.

Apesar de se congratular com a ausência de uma maioria do PS, que lhe daria maior liberdade para reverter políticas anteriores, o dirigente comunista lamenta que o partido não ter conseguido mais votos. “Com a maioria absoluta, os riscos de retrocesso naquilo que se conquistou nos últimos quatro anos seriam muito mais significativos. Conseguiu-se evitá-la. Não se conseguiu outro objetivo essencial que era a CDU ter mais força para influenciar de modo mais incisivo as decisões que são tomadas na AR”, frisou.

O PS tem hoje mais deputados do que tinha em 2015, mais força e condições muito mais favoráveis para levar a sua avante, mesmo sem maioria absoluta. Nós, tendo menos força, também temos menos capacidade para influenciar as decisões que são tomadas na AR.

João Oliveira

Líder parlamentar do PCP

“O PS tem hoje mais deputados do que tinha em 2015, mais força e condições muito mais favoráveis para levar a sua avante, mesmo sem maioria absoluta. Nós, tendo menos força, também temos menos capacidade para influenciar as decisões que são tomadas na AR”, acrescentou ainda.

João Oliveira anunciou que “o PCP vai apresentar no arranque da legislatura um conjunto de propostas decisivas para alguns avanços que foram alcançados nestes quatro anos poderem ir mais longe”.

O dirigente revelou que após as reuniões com o PS ficou admitida a “possibilidade de haver algum contacto antes da entrega do programa”. “Mas nada com a perspetiva de que vamos construir um programa conjunto. Isso nem há quatro anos aconteceu, muito menos aconteceria agora”, frisou.

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Votos da emigração dão dois deputados para o PSD e mais dois para o PS

Com a contabilização dos resultados dos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa, o PS reforça a presença no Parlamento para 108 deputados, enquanto o PSD passa a ter 79 mandatos.

As contas das legislativas já estão fechadas. O apuramento dos votos dos círculos da emigração atribuiu dois deputados para o PSD, e dois também para o PS, vencedor das eleições de 6 de outubro. Assim, o PS reforça a presença no Parlamento para 108 deputados, enquanto o PSD passa a ter 79 mandatos.

Na Europa, o PSD, com 18,77%, e o PS, com 29,06%, elegeram um deputado cada. Também no círculo Fora da Europa, o PSD conseguiu um mandato, com 33,39% dos votos, e o PS outro, obtendo 20,19%. O PS foi assim o partido que conquistou a maior percentagem de votos no estrangeiro, 26,24% do total. Já o PSD conseguiu 23,42% dos votos dos emigrantes, valor que compara com os 43,95% obtidos no estrangeiro nas últimas legislativas, quando concorreu coligado com o CDS.

Os deputados eleitos pelo PSD foram José Cesário e Carlos Alberto Gonçalves. Já os socialistas elegeram Paulo Pisco e Augusto Santos Silva, que foi escolhido novamente para ser ministro dos Negócios Estrangeiros e terá, por isso, de ser substituído. O seguinte na lista do círculo Fora da Europa, onde o ministro foi eleito, é Paulo Porto Fernandes.

As restantes oito forças políticas com assento garantido na Assembleia da República na próxima legislatura — uma delas em coligação — mantêm o número de deputados. O Bloco de Esquerda continua a ser a terceira maior força política no Parlamento com 19 deputados, segue-se a coligação PCP-PEV com 12 mandatos, o CDS-PP com cinco e o PAN com quatro. Com um deputado cada, ficam o Chega, o Iniciativa Liberal e o Livre.

Abstenção atinge valor recorde

Estas legislativas são ainda marcadas pelos números da abstenção. Fixou-se nos 89,21% no estrangeiro, um valor que compara com os 88,5% registados nas legislativas de 2015. No entanto, em termos absolutos, votaram mais pessoas este ano. Foram 158.252 aqueles que votaram no estrangeiro, enquanto nas últimas legislativas contabilizaram-se 28.354 votantes.

Tradicionalmente, os círculos eleitorais dos emigrantes apresentam elevados níveis de abstenção, mas nestas legislativas há um efeito que distorce de alguma forma os dados. Este ano, com o recenseamento automático para os portugueses que vivem no estrangeiro, o eleitorado aumentou de 300 mil pessoas para mais de 1,4 milhões.

Ainda assim, os valores dos círculos do estrangeiro colocam a abstenção total nos 51,43%, uma taxa recorde. No conjunto do território nacional e estrangeiro, 5.251.064 pessoas votaram, o que compara com 5.408.805 votantes nas últimas legislativas, em 2015.

A contabilização dos resultados eleitorais fora de Portugal era o último passo que faltava para que pudessem ser dados os passos para o arranque da próxima legislatura que deverá acontecer já na próxima semana, com a primeira sessão da Assembleia da República e a consequente tomada de posse dos ministros pelo Presidente da República.

Quero saudar a enorme participação dos portugueses residentes no estrangeiro, o que demonstra bem que a prioridade que definimos de reforçar os laços de coesão entre a comunidade residente no território nacional e as comunidades da diáspora, reforçar os mecanismos da sua participação cívica foram um sinal importante, que se traduziram num aumento da participação eleitoral”, disse o primeiro-ministro. “É muito importante que continuemos a fortalecer esses vínculos. Porque onde está um português, está Portugal”, acrescentou.

Na passada terça-feira, após a divulgação dos nomes da sua equipa ministerial, António Costa antecipou que a tomada de posse do Governo possa acontecer a 22 ou 23 de outubro.

(Notícia atualizada às 13h12 com declarações de António Costa)

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Dúvidas em torno do Brexit deixam bolsas em baixo. Lisboa também perde

Partido Democrata Unionista, que tem forte implementação na Irlanda do Norte, anunciou que não vai apoiar plano do Brexit acordado entre Reino Unido e Bruxelas.

As bolsas europeias abriram a sessão em terreno negativo, e Lisboa não foi exceção, isto apesar de Reino Unido e União Europeia terem chegado a um acordo para um Brexit ordenado. Só que o Partido Democrata Unionista, que tem forte implementação na Irlanda do Norte, já anunciou que não pode apoiar o plano negociado entre Londres e Bruxelas, o que deixa dúvidas sobre a sua aprovação no Parlamento britânico.

Os primeiros minutos de negociação mostram perdas ligeiras nos principais índices do Velho Continente. O Stoxx 600 cai 0,2%, assim como o espanhol Ibex-35. Em Frankfurt e Paris, as perdas eram de 0,14 e 0,3%, respetivamente.

Por cá, o PSI-20, o principal índice nacional, também cede 0,16% para 4.991,62 pontos, com o banco BCP, que tem maior peso no rumo geral da bolsa, a cair 0,85% para 0,1983 euros. Também o peso pesado Jerónimo Martins recua 0,23% para 15,05 euros.

A amparar a queda da praça nacional estão sobretudo EDP e EDP Renováveis, mas os ganhos são também contidos: as ações ganham 0,03% e 0,41%. A EDP anunciou esta quarta-feira que produziu menos energia nos primeiros nove meses do ano. Na véspera tinha sido a EDP Renováveis a informar o mercado que aumentou a produção.

Lisboa abre em terreno negativo

O sentimento geral nas praças é negativo esta manhã, influenciado sobretudo pelos últimos desenvolvimentos no processo do Brexit. “As esperanças que foram crescendo nas últimas horas em relação a um desfecho feliz do Brexit foram hoje abaladas pelas declarações do Partido Democrata Unionista”, referem os analistas do BPI.

Este partido já veio dizer que não está satisfeito com os moldes atuais do plano negociado entre Boris Johnson e a União Europeia para um Brexit mais ordenado, porque considera que vai impor barreiras entre a Irlanda do Norte e o Reino Unido. O acordo fica assim à mercê de um chumbo no Parlamento britânico, tal como os anteriores acordos que caíram entretanto.

“Para que o Parlamento aprove o esboço de plano concordado por Boris Johnson e a União Europeia necessita dos dez deputados do Partido Democrata Unionista não só para obter a maioria, mas também porque a posição deste partido condiciona o voto individual de diversos deputados conservadores”, diz o BPI no Diário de Bolsa.

(Notícia atualizada às 8h31)

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Presidente da República promulga diploma que cria programa Revive Natureza

  • ECO
  • 17 Outubro 2019

A lista de imóveis já identificados no programa Revive Natureza é constituída, na sua maioria, por antigas casas de guardas florestais e antigos postos fiscais.

O programa Revive Natureza já recebeu luz verde de Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que “cria o programa Revive Natureza para a promoção da recuperação de imóveis devolutos inseridos em património natural”, lê-se na nota publicada no site da Presidência.

O programa foi aprovado pelo Conselho de Ministros no início de setembro. Os imóveis identificados pelo Governo estão inseridos em “localizações notáveis”, como por exemplo baldios, e destacam-se pelas “características e património cultural que dispõem”, explicou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, na altura.

Os primeiros concursos deverão ser lançados no próximo ano. A lista, que contém já 96 imóveis, é constituída, na sua maioria, por antigas casas de guardas florestais e antigos postos fiscais. Trata-se de “pequenos imóveis de baixo valor” e a “forma de exploração será mais reduzida”, adiantou o ministro.

Na passada quarta-feira, Marcelo promulgou também o diploma do Governo que procede à escolha das entidades gestoras e aprova as condições e os termos especiais dos contratos de concessão de atribuição da gestão de infraestruturas hidráulicas, de acordo com a nota da Presidência.

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Carros usados à venda voltam a ter “selo” de qualidade

  • ECO
  • 17 Outubro 2019

Os automóveis usados à venda nos concessionários vão voltar a ter um "selo" de qualidade. Programa Usado ACAP é lançado hoje e visa certificar stands independentes e multimarca.

Os automóveis usados à venda nos concessionários vão voltar a ter um “selo” de qualidade, o que traduz o regresso de uma iniciativa da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) 12 anos depois, adianta o Dinheiro Vivo (acesso livre).

O Programa Usado ACAP é apresentado esta quinta-feira e visa aumentar a transparência no mercado de venda de carros em segunda mão, designadamente junto dos stands independentes e multimarca. Além do Centro de Arbitragem Automóvel, esta iniciativa conta com o apoio da plataforma Standvirtual, que ajudará a certificar os concessionários.

O jornal refere que os stands aderentes vão estar devidamente identificados no local e também na internet. Cerca de 100 empresas já aderiram a este programa. O comprador do automóvel usado também será informado sobre todas as garantias do veículo, entre um e dois anos.

“Juntámo-nos ao programa por considerarmos que é uma forma de concretizar a nossa missão: contribuir para um nível acrescido de acesso dos cidadãos e das empresas ao direito e à justiça, através da mediação, da conciliação e da arbitragem de conflitos do setor automóvel”, sublinha o Centro de Arbitragem Automóvel.

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