Dulce Neto torna-se na primeira mulher a presidir a um supremo tribunal português

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

Dulce Neto é juíza conselheira do Supremo Tribunal Administrativo desde 2009. Esta quarta-feira torna-se presidente Supremo Tribunal Administrativo, tornando-se na primeira mulher a ocupar o cargo.

A juíza conselheira Dulce Neto toma esta quarta-feira posse como presidente do Supremo Tribunal Administrativo (STA), tornando-se na primeira mulher a ocupar o lugar cimeiro de um supremo tribunal em Portugal.

A magistrada, de 58 anos, foi eleita pelos seus pares do STA, após ter sido a única candidata ao lugar, numas eleições marcadas pelo consenso.

A escolha de uma mulher para presidir a um tribunal superior tem um significado especial já que até ao 25 de Abril de 1974 a carreira da magistratura estava vedada às mulheres.

Dulce Manuel da Conceição Neto nasceu, em Coimbra, em 17 de março de 1961. Viveu e estudou na Figueira da Foz até ingressar na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra onde se licenciou em 1984.

Ingressou no Centro de Estudos Judiciários em 1985, tendo sido juíza nos tribunais judiciais de Sátão, Estarreja e Aveiro.

Em finais de 1992, foi nomeada, em comissão permanente de serviço, juíza na jurisdição administrativa e fiscal, tendo exercido funções no Tribunal Administrativo de Círculo do Porto, Tributário de Primeira Instância do Porto e no Tribunal Tributário de Primeira Instância de Aveiro.

Foi nomeada juíza desembargadora da Relação de Guimarães em 2008, tendo sido também antes sido, durante anos, juíza nos tribunais de segunda instância da jurisdição administrativa e fiscal.

Tornou-se juíza conselheira do Supremo Tribunal Administrativo em setembro 2009. Foi nomeada presidente do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, em maio de 2010, cargo que exerceu em acumulação com as funções de juíza conselheira até 2012.

Foi eleita vice-presidente da Secção de Contencioso Tributário, para um mandato de cinco anos, cargo que exerceu desde fevereiro de 2012 (2012-2017).

Era vogal do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais desde 2016.

Estarão esta quarta-feira presentes na cerimónia de tomada de posse o presidente do Tribunal Constitucional, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a ministra da Justiça, a procuradora-geral da República e a Provedora de Justiça, entre outras figuras ligadas ao setor.

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Encerradas em menos de dois anos 25 empresas públicas não-produtivas

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

O Governo encerrou 25 empresas públicas “não-produtivas ou redundantes”, estando ainda a ser “reestruturadas ou identificadas para liquidação” outras empresas com operacionais resultados negativos.

O Governo encerrou em menos de dois anos 25 empresas públicas “não-produtivas ou redundantes”, estando atualmente a ser “reestruturadas ou identificadas para liquidação” outras empresas com resultados operacionais negativos, para evitar “custos estruturais desnecessários”.

Segundo se lê no Projeto de Plano Orçamental para 2020, que o Governo remeteu na terça-feira à Comissão Europeia e foi divulgado esta quarta-feira, este processo em curso de liquidação de empresas públicas não-produtivas ou redundantes insere-se no objetivo de “melhorar a sustentabilidade financeira das empresas públicas, assegurando simultaneamente um controlo mais atempado, transparente e abrangente”.

De acordo com o documento, “outro fator crítico que permitirá que essas empresas sejam lucrativas ou, pelo menos, mantenham de forma contínua o equilíbrio, sem a ajuda adicional do Orçamento do Estado, é a negociação e implementação de contratos para compensar certas empresas pelo serviço público prestado”.

Estes contratos, destaca, “são especialmente importantes para o setor dos transportes”, tendo sido neste âmbito que a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) “teve seu contrato de serviço público planeado e implementado em 2019”.

Já “as negociações para o Metro do Porto e Transtejo/Soflusa foram finalizadas e devem ser aprovadas pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e implementadas até ao final do ano”, enquanto “as negociações com a CP e o Metro de Lisboa estão adiantadas e os dois contratos deverão ser assinados e operacionalizados antes do final do ano”.

Isto concluirá a criação de uma estrutura transparente e economicamente sólida para as relações financeiras entre estas empresas e o Estado, após o esforço de recapitalização realizado nos últimos anos”, sustenta, salientando que “as recentes melhorias a nível operacional e de gestão permitiram que o setor operasse globalmente com lucros”.

De forma a “garantir e acelerar a sustentabilidade financeira do setor empresarial do Estado”, o Governo diz estar ainda em curso uma “análise aprofundada dos planos de atividades e orçamentos das empresas públicas, garantindo uma melhor alocação de recursos e maior eficiência da despesa pública”.

“Foi dado um foco especial à análise dos planos de investimento e à avaliação das necessidades de recrutamento, aumentando a conformidade entre os planos orçamentais e os objetivos das políticas de longo prazo”, lê-se no Projeto de Plano Orçamental para 2020.

Em curso está ainda um “reforço da monitorização através da análise de dados trimestrais, com o objetivo de identificar e corrigir oportunamente quaisquer desvios dos objetivos estabelecidos nos orçamentos aprovados”, processo este que “está a ser implementado gradualmente e espera-se que esteja totalmente operacional em 2020”.

Outra das medidas previstas é a “melhoria gradual da estrutura de capital das empresas, com um foco especial na redução da dívida das empresas que apresentam resultados operacionais positivos e altos níveis de dívida histórica”.

No documento remetido na terça-feira à Comissão Europeia, o executivo esclarece que “a aparente degradação do desempenho financeiro das empresas públicas em 2018 é largamente produto da forma diferenciada como foram contabilizados os fundos injetados nos hospitais no SNS entre 2017 e 2018”: Em 2017 por revisão do programa orçamental da saúde, e assim com impacto nos resultados financeiros dos hospitais; e em 2018 por aumentos de capital e cobertura de prejuízos, sem afetar o resultado líquido dos hospitais, explica.

“Acresce que é expectável que o setor empresarial do Estado retome uma tendência de melhoria em 2019, também pelo dissipar do impacto negativo causado pela correção em 2018 de desequilíbrios e das medidas que haviam sido orientadas para o curto prazo (como o congelamento temporário de salários e os limites máximos de investimento)”, lê-se no documento, segundo o qual “em 2019 e 2020 o crescimento das despesas das empresas públicas voltará ao seu ritmo normal e, consequentemente, o setor deverá ter melhorias financeiras sustentadas”.

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Execução do programa Capitalizar é de 94%

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

De acordo com o Projeto de Plano Orçamental, o programa Capitalizar tem, até à data, um nível de execução de 94%, respeitante a 79 entre 84 medidas.

A taxa de execução do programa Capitalizar, que tem como um dos objetivos melhorar as condições de acesso ao financiamento das pequenas e médias empresas (PME), situou-se em 94%, segundo o Projeto de Plano Orçamental para 2020.

“Até à data, o programa Capitalizar tem um nível de execução de 94%, respeitante a 79 entre 84 medidas”, lê-se no documento do Governo enviado à Comissão Europeia e hoje divulgado, que não divulga mais pormenores.

O programa Capitalizar, que arrancou em 2016, tem por objetivos melhorar as condições de acesso ao financiamento das PME, com oferta mais diversificada de instrumentos de apoio, reforçar a autonomia financeira das empresas, através do estímulo fiscal ao financiamento por capitais próprios, e impulsionar a regeneração de empresas economicamente viáveis.

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Sem medidas novas, Portugal não faz consolidação estrutural em 2020

No esboço do Orçamento do Estado enviado para Bruxelas, o Governo prevê um agravamento do défice estrutural entre 2019 e 2020 e afasta-se do objetivo de médio prazo.

O Governo prevê um agravamento do défice estrutural entre 2019 e 2020, colocando este saldo, que mede o esforço de consolidação efetiva, em -0,5% do PIB no próximo ano, pior em oito décimas que o previsto em abril. Isto significa que, sem medidas novas que melhorem o défice estrutural, Portugal arrisca-se a ver o primeiro Orçamento do Estado da legislatura rejeitado pela Comissão Europeia.

No Programa de Estabilidade enviado para Bruxelas em abril, o Governo contava atingir finalmente o Objetivo de Médio Prazo — o valor do saldo estrutural estipulado pela Comissão Europeia — em 2020, com um excedente estrutural de 0,3% do PIB potencial. Só tendo em conta esta regra, isto significaria que Portugal não teria de continuar a implementar medidas que consolidassem verdadeiramente o Orçamento, sem depender da ajuda da conjuntura externa (como as poupanças acrescidas com os juros que todos os anos dão uma ajuda ao Orçamento).

No entanto, as novas previsões enviadas para Bruxelas são muito menos otimistas a este respeito. Nas contas do Governo, o saldo positivo (0,1%) que se previa já este ano desapareceu, passando a prever-se um défice estrutural de 0,3%. Já para 2020, o resultado será ainda pior, prevendo-se agora um défice estrutural de 0,5%, quando antes se previa um saldo positivo de 0,3%, ou seja, uma diferença de 0,8 pontos percentuais.

Os novos dados significam que tanto este ano, como em 2020, não haveria lugar a qualquer consolidação estrutural. No entanto, o Governo dá uma justificação parcial na nota introdutória que acompanha as previsões: “Neste Projeto de Plano Orçamental 2020, atualiza-se o crescimento do PIB potencial face ao valor subjacente ao Programa de Estabilidade 2019-2023 devido, em parte, à revisão da base das Contas Nacionais, a qual teve um impacto nas séries do PIB e do Investimento. Dada a metodologia utilizada para o cálculo do produto potencial, e respetivas especificidades, com a incorporação da revisão das séries obtêm-se resultados diferenciados”.

A revisão do PIB potencial, que é a base usada para calcular o saldo estrutural, é de uma décima em cada um dos anos, passando de 2% para 1,9% nas novas previsões em 2019 e 2020.

Como este projeto de plano orçamental não inclui qualquer medida daquilo que será o Orçamento do Estado para 2020, e que deverá ficar conhecido no final do ano, isto significa que à luz das regras atuais, caso o Orçamento não tenha medidas que impliquem uma redução estrutural do défice, a Comissão pode chumbar o Orçamento e pedir ao Governo que apresente um documento novo com medidas para atingir o objetivo.

A partir do momento em que um país reduz o seu défice orçamental para menos de 3%, o limite imposto no Pacto de Estabilidade e Crescimento, a variável orçamental que passa a ser avaliada pela Comissão Europeia é esta medida do saldo estrutural, que desconta as medidas extraordinárias e o efeito do ciclo da economia.

Para esta medição, a Comissão Europeia estabelece um Objetivo de Médio Prazo para o qual os países têm de trabalhar para alcançar e um ritmo de redução do défice estrutural em termos anuais que tem de ser alcançado. Para que o orçamento seja aprovado sem a Comissão exigir mais medidas na avaliação que faz nas semanas seguintes à apresentação dos orçamentos, tem de haver uma redução do défice e a diferença entre o ritmo de ajustamento anual definido para o país (0,6 pontos percentuais no caso de Portugal) e aquele que o país apresenta tem de ser inferior a 0,5 pontos percentuais.

Centeno ganha margem para negociações com partidos à esquerda do PS

No caso de Portugal, sem novas medidas, os resultados apresentados violariam estas duas regras, tanto de reduzir o défice estrutural como da diferença mínima admitida entre o objetivo anual e o que o Governo se propõe a fazer.

Nestes casos, a Comissão Europeia envia uma carta ao país, como fez com Portugal em 2016, a exigir novas medidas ainda dentro da proposta de Orçamento, e começa negociações com o país sobre essas medidas e as novas metas. No limite pode fazer o que fez com Itália, rejeitando a proposta de Orçamento e pedindo ao Governo para apresentar uma nova versão que respeite as regras orçamentais do Tratado Orçamental.

No entanto, Portugal tem ainda alguma margem para evitar um conflito com Bruxelas. Se, por um lado, o Governo optou por manter o envio do projeto de esboço do Orçamento, apesar de não estar em funções plenas devido às eleições, por outro, será depois de tomar posse — em princípio na próxima semana — que começa a construir o Orçamento do Estado.

Tendo em conta que António Costa optou por ter um Governo minoritário do PS, sem acordos de legislatura, os Orçamentos serão negociados caso a caso. O que implicará conversas com os partidos à esquerda dos socialistas que se mostrar disponíveis para negociar o principal instrumento de política económica. Ao assumir um quadro de consolidação estrutural pior do que o previsto em abril, Mário Centeno, que continuará como ministro das Finanças ganhando o título de ministro de Estado (e reforçando assim peso político), amplia a sua margem para nas negociações tentar travar as exigências da esquerda, que na campanha classificou — em particular as do Bloco de Esquerda — como “devaneios”.

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Boris Johnson vai pedir um adiamento do Brexit caso não haja acordo até sábado

O primeiro-ministro britânico irá pedir um adiamento do Brexit se não conseguir alcançar um acordo com Bruxelas até este sábado, tal como dita a lei aprovada recentemente no Parlamento.

Se não conseguir alcançar um acordo com Bruxelas até este sábado, Boris Johnson vai pedir um adiamento do Brexit. As negociações intensificaram-se nos últimos dias, com o objetivo de chegar a um consenso antes da reunião do Conselho Europeu, que se realiza de 17 a 18 de outubro.

A garantia de que o Governo irá enviar uma carta à União Europeia caso não haja acordo foi dada por Stephen Barclay, ministro para o Brexit, adianta o The Independent (acesso livre, conteúdo em inglês). Uma lei aprovada recentemente no Parlamento britânico já exigia que, sem acordo até 19 de outubro, fosse pedido um adiamento de três meses, para 31 de janeiro de 2020.

No entanto, até aqui, o primeiro-ministro britânico nunca tinha admitido a hipótese, reiterando sempre que o Reino Unido vai sair da União Europeia a 31 de outubro. Boris Johnson chegou mesmo a dizer que “preferia estar morto numa vala” a pedir um adiamento do Brexit.

Nesta terça-feira, o negociador chefe da UE disse que, apesar de difícil, ainda era possível chegar a acordo esta semana. Mesmo se for alcançado um acordo, Boris Johnson terá ainda de conseguir aprovar o texto no Parlamento britânico. Se houver acordo os deputados irão reunir excecionalmente a um sábado para votar.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Business Transformation Summit acelera face ao futuro sustentado

“Acceleration” é o tema do Business Transformation Summit, marcado para 31 de outubro, no Lx Factory. Oradores internacionais e nacionais vão ajudar a perceber como liderar numa época de "aceleração".

Num ritmo de constante disrupção e inovação, onde parar já não é uma opção, são cada vez maiores os desafios para as empresas que querem garantir um crescimento sustentado e equilibrado num mundo em “aceleração”. Para ajudar a encontrar respostas, a 4.ª edição do Business Transformation Summit escolheu como tema “Acceleration”. Com oradores nacionais e internacionais, o encontro está marcado para 31 de outubro, no hub criativo da Lx Factory, em Lisboa.

Mais do que “ajudar” as empresas, o Business Transformation Summit quer “alertar para necessidade de transformação”, “que é muito mais impactante e perene do que a mudança”, refere Ricardo Martins, diretor-geral da CEGOG.

Nesta edição, destacam-se nomes como Jeremy Gustche, fundador e CEO da TrendHunter.com, o principal observatório de tendências o mundo, vai inaugurar a conferência e explorar o tema “Better and Faster – The Proven Path to Unstoppable Ideas”.

O convidado que se destaca nesta edição é o jornalista norte-americano Zoltan Istvan, um transumanista que defende a evolução da condição humana através da tecnologia e da ciência para uma dimensão “super humana”, com a conferência “Superhuman: How Converging Transhumanist Technologies will Change Everything”.

Ainda Sophie Devonshire, autora do livro “Superfast: Lead at Speed”, Gary T. Judd, especialista global no desenvolvimento de culturas movidas pela “velocidade da confiança” e Jack Korsten, especialista em estratégia e aceleração de negócios, que vai conduzir o acceleration workshop “Business Strategy and Growth Acceleration”.

O tema dos recursos humanos não fica de fora. Maria João Ceitil, consultora de RH da CEGOC e Bruno Horta Soares, leading executive senior advisor da IDC, juntam-se para explorar os valores dos recursos humanos agile no “How Agile is your HR?”. No final do evento, as portuguesas Talkdesk ou a OutSystems vão explicar como se constrói um unicórnio (estatuto de empresas com avaliação superior a mil milhões de euros).

Evento com escala

“Já não é um evento em Portugal. Este ano, vamos ter uma experiência diferente, numa lógica de trend setting que tem a ver com o nosso ADN: transformação. Há uma app e permitirá aos participantes das várias geografias poderem ver o que está a acontecer nos outros sítios”, revela Ricardo Martins. A Business Transformation Summit começa mais cedo, em Paris, a 15 de outubro, e, a 24 de outubro, em Berlim, onde vão decorrer eventos com o mesmo tema, organizados em parceria com a CEGOC.

O BST promete ainda momentos de networking, que incluem até festas – uma House Warming Party e uma Summ…set Party. São esperados até 500 participantes nesta edição e o futuro é internacional. “Para o ano, estamos a pensar juntar-nos aos colegas em Singapura, e eventualmente o Brasil ou o México”, adianta Ricardo Martins. A conferência de abertura, por Jeremy Gutsche, está agendada para as 9h00. Pode ser acompanhada em live streaming em qualquer ponto do mundo e ser vista até três dias depois do evento.

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Portugal financia-se em 1.250 milhões com juros menos negativos

Portugal foi esta quarta-feira aos mercados levantar 1.250 milhões de euros e, ao contrário do que tem acontecido nos últimos leilões, desta vez os custos não baixaram.

Portugal foi esta quarta-feira aos mercados levantar 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo e, ao contrário do que tem acontecido nos últimos leilões, desta vez os custos com o “empréstimo” dos investidores não baixaram. Ainda assim, a República continua a financiar-se com juros negativos.

Foram realizados dois leilões esta manhã e, em ambos os casos, o Tesouro português registou taxas de juro menos negativas do que nas anteriores operações comparáveis, algo que já seria expectável em função das últimas decisões do Banco Central Europeu (BCE) relativamente à taxa de depósitos.

O IGCP obteve 350 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a três meses com uma taxa de -0,475%. Compara com a taxa de -0,563% observada numa leilão semelhante realizado em agosto. No leilão de bilhetes com maturidade de 11 meses, foram levantados 900 milhões de euros a um juro de -0,45%. É também uma taxa menos negativa do que se registou na operação de agosto (-0,55%). A procura da parte dos investidores enfraqueceu ligeiramente, mas continuou robusta face às pretensões da agência liderada por Cristina Casalinho.

Juros nos leilões invertem

Fonte: IGCP

Este foi o último leilão de dívida de curto prazo do ano para Portugal e o resultado parece demonstrar, para já, uma inversão na tendência dos juros, que tinham vindo a ficar cada vez mais negativos no último ano à boleia da política monetária. No entanto, com a decisão de criar dois escalões na taxa de depósitos, o BCE acabou por dar fôlego aos bancos (são menos penalizados com o atual esquema de tiering) e deu um novo rumo às taxas de juro nos mercados.

Apesar de tudo, Portugal continua a beneficiar do atual ambiente de juros baixos na Zona Euro, com os investidores a não se importarem de “pagar” para emprestar dinheiro ao país.

“Face ao último leilão comparável, as taxas subiram ligeiramente”, notou Filipe Silva, do Banco Carregosa. “Portugal volta a registar taxas de juros negativas dos leilões de dívida de curto prazo, movimento que está em sintonia com o que tem acontecido com toda a dívida soberana europeia, e perto dos mínimos históricos alcançados nos leilões do mês de agosto quando o mercado de dívida registou máximos de sempre. A política monetária expansionista do BCE continua a influenciar as taxas de juro negativas de grande parte da dívida pública dos países europeus, taxas essas que deverão manter a tendência negativa condicionadas pelo abrandamento económico”.

(Notícia atualizada às 11h10)

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Portugal tem a segunda taxa de inflação mais baixa da UE

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

Em Portugal, a inflação de -0,3% compara com a de 1,8% homóloga e com a de -0,1% de agosto, estando em terreno negativo pelo terceiro mês consecutivo.

A taxa de inflação anual recuou em setembro para os 0,8% na zona euro e para os 1,2% na União Europeia (UE), com Portugal a registar a segunda menor e negativa (-0,3%), divulga o Eurostat esta quarta-feira.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, a taxa de inflação anual na zona euro abrandou para os 0,8% quer face aos 2,1% homólogos, quer na comparação com a de 1,0% registada em agosto.

Também na UE, a subida dos preços em setembro (1,2%) ficou abaixo da taxa de 2,2% homóloga e da de 1,4% do mês anterior.

Chipre (-0,5%) e Portugal (-0,3%) apresentaram taxas de inflação negativas, seguindo-se a Grécia, Espanha e Itália (0,2% cada) na tabela das taxas mais baixas.

No outro extremo, com as taxas mais elevadas, estão a Roménia (3,5%), a Eslováquia (3,0%) e a Hungria (2,9%).

Face a agosto, a taxa de inflação anual recuou em 20 Estados-membros, manteve-se estável em cinco e aumentou em outros dois.

Em Portugal, a inflação de -0,3% compara com a de 1,8% homóloga e com a de -0,1% de agosto, estando em terreno negativo pelo terceiro mês consecutivo.

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Dona do Amoreiras notifica Concorrência da compra do Fórum Aveiro

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

A Autoridade da Concorrência foi notificada há cerca de uma semana pela Mundicenter da compra do Fórum Aveiro, centro comercial inaugurado há 20 anos.

A Mundicenter, dona de centros comerciais como o Amoreiras, Strada ou Braga Parques, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do Fórum Aveiro, centro comercial a céu aberto inaugurado há 20 anos, revela um aviso da AdC.

A operação foi notificada há uma semana, em 9 de outubro, e concretiza-se através da aquisição do controlo exclusivo sobre a RPFI Aveiro pela Mundicenter, detida pela construtora Alves Ribeiro.

A operação de concentração em causa consiste na aquisição, pela Mundicenter, S.A. (“Mundicenter”) do controlo exclusivo (100% do capital social) da sociedade RPFI Aveiro, Sociedade Imobiliária S.A. (“RPFI Aveiro”), através da aquisição.

A Mundicenter, além dos centros comerciais, presta serviços de consultoria e de assistência e manutenção, enquanto a Sociedade Imobiliária RPFI Aveiro se dedica à exploração, desenvolvimento e gestão do Centro Comercial Fórum Aveiro.

O terceiro empresário mais rico de Portugal é Vítor Manuel da Silva Ribeiro, segundo a edição de julho da revista Forbes, que tem como principais ativos a Alves Ribeiro Construção, o Banco Invest e a Mundicenter, proprietária e responsável pela gestão de oito centros comerciais, entre os quais o Amoreiras Shopping Center, o Centro Comercial de Alvalade e o Spacio Shopping, em Lisboa, o Arena Shopping, em Torres Vedras, o Oeiras Parque, o Braga Parque, o Strada Outlet, em Odivelas, e o Campus São João, no Porto.

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Morais Leitão nomeia advogado sénior a coordenador

O advogado sénior da Morais Leitão, Nuno Gundar da Cruz, é o novo coordenador da equipa de reestruturação e insolvência. O managing partner evidenciou a equipa como "referência no mercado".

A sociedade de advogados Morais Leitão nomeou recentemente o advogado sénior, Nuno Gundar da Cruz, a coordenador da equipa de reestruturação e insolvência.

Nuno Gundar da Cruz colabora com a Morais Leitão desde 2006 e integra o departamento de contencioso e a equipa de reestruturação e insolvência. Segundo a sociedade, o advogado aceitou o a responsabilidade “com uma imensa vontade de trabalho” de modo “a dar continuidade ao sucesso do grupo”.

“Não há maneira de não reconhecer o modo como a equipa de reestruturação se assumiu nos últimos anos como uma referência no mercado”, nota Nuno Galvão Teles, managing partner. Acrescentou ainda que é com satisfação que vê “novas gerações assumirem responsabilidades na sociedade e na representação dos valores” que distinguem a sociedade, desejando os maiores sucessos ao novo coordenador.

O conselho de administração da sociedade manifestou gratidão por “todo o empenho, esforço e dedicação” de Filipe Lowndes Marques, o sócio da Morais Leitão que até agora coordenava a área, em cumulação com a coordenação do grupo de bancário e financeiro.

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Nova taxa de 1,5% do Adicional ao IMI foi paga por 331 proprietários

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

Este foi o primeiro em que as notas de liquidação do Adicional ao Imposto Municipal sobre os Imóveis passaram a contemplar três escalões de taxas para os contribuintes singulares.

O novo escalão do Adicional ao IMI, que prevê a aplicação de uma taxa de 1,5% sobre o valor patrimonial dos imóveis que ultrapasse os dois milhões de euros, chegou a 331 contribuintes.

Este ano foi o primeiro em que as notas de liquidação do Adicional ao Imposto Municipal sobre os Imóveis (AIMI) passaram a contemplar três escalões de taxas para os contribuintes singulares. Em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças referiu ter sido “aplicada a taxa de 1,5% em 331 liquidações”.

O adicional é pago durante o mês de setembro, contemplando taxas distintas consoante o proprietário seja uma empresa ou um particular, prevendo ainda que estes últimos beneficiem de isenção do pagamento do imposto de parte dos imóveis.

É isso que explica que os particulares apenas paguem AIMI se detiverem um conjunto de imóveis cujo valor patrimonial supere os 600 mil euros – ou 1,2 milhões de euros quando são detidos por casados ou unidos de facto e estes optem por ser tributados em conjunto.

Segundo a mesma fonte oficial do Ministério das Finanças, este ano foram emitidas 75.157 notas de cobrança do AIMI relativamente ao ano de 2019, sendo este o número mais alto desde que o imposto foi lançado. Em 2017, foram emitidas 68.252 destas notas de cobrança e no ano passado foram 71.945.

“Das notas de cobrança emitidas 12.276 respeitam a pessoas singulares e 62.881 a pessoas coletivas” (incluindo heranças indivisas), refere o Ministério das Finanças, esclarecendo que este número não corresponde ao de sujeitos passivos do imposto pelo facto, de quando há tributação conjunta, apenas ser emitida uma única nota para pagamento do AIMI.

Este número total também não inclui chamados verbetes, ou seja, os imóveis cuja caderneta predial não foi ainda atualizada e não está associada ao NIF dos proprietários, e que constituem a maioria.

Criado em 2017, o Adicional ao IMI é calculado anualmente pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com base nos valores patrimoniais tributários (VPT) dos prédios que constem das matrizes em 1 de janeiro do ano a que imposto respeita, sendo pago por empresas e particulares.

De acordo com as regras em vigor, as empresas pagam uma taxa de 0,4% sobre a totalidade do valor patrimonial dos prédios urbanos habitacionais e dos terrenos para construção. De fora do raio de alcance do imposto ficam os prédios urbanos classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros” e ainda os que no ano anterior gozaram de isenção ou se encontrem isentos.

Relativamente aos particulares, o AIMI compreende três escalões de taxas: uma taxa de 0,7% sobre o valor patrimonial dos imóveis que exceda os 600 mil euros (ou 1,2 milhões de euros para os casados e unidos de facto que optem pela tributação conjunta); outra de 1% quando o valor ultrapassa um milhão de euros; e uma terceira de 1,5% para os valores acima dos dois milhões de euros.

No Programa de Estabilidade 2019-2023, prevê-se que este escalão adicional resulte num aumento de receita de cerca de 31 milhões de euros.

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Revista de imprensa internacional

A China ameaçou os EUA com retaliações caso seja aprovado um projeto de lei sobre Hong Kong. O Reino Unido e Bruxelas continuam em negociações para fechar um acordo.

Uma lei, que ainda tem de passar pelo Senado, nos Estados Unidos que prevê a verificação da autonomia de Hong Kong não está a agradar à China, que promete retaliação caso o texto seja aprovado. As negociações para um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, continuam, à medida que os prazos começam a apertar. Na Venezuela, a inflação deverá cifrar-se nos 200.000% este ano. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Bloomberg

China ameaça retaliar se EUA aprovarem projeto de lei de Hong Kong

A China ameaçou retaliar com medidas fortes caso seja aprovada nos Estados Unidos a legislação que prevê uma verificação da autonomia de Hong Kong face à China. A lei poria fim ao estatuto comercial especial de Hong Kong com os EUA, a menos que o Departamento de Estado ateste anualmente que as autoridades da cidade respeitam os direitos humanos e o Estado de direito. O texto foi aprovado na Câmara, faltando agora a luz verde do Senado.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Financial Times

Reino Unido e Bruxelas estarão próximos de finalizar acordo para Brexit

Depois de negociações que se estenderam até à noite, o Reino Unido e a União Europeia retomam conversações nesta quarta-feira, num esforço para alcançar um acordo. O objetivo é chegar a consenso antes da reunião de dois dias do Conselho Europeu, que se inicia nesta quinta-feira. Ao mesmo tempo, Boris Johnson redobra os esforços para garantir o apoio dos restantes partidos, já que o acordo tem de ser aprovado no Parlamento britânico.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

El País

Venezuela vai fechar o ano com uma inflação de 200.000%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a previsão de 2019 para a taxa de inflação na Venezuela, para 200.000%. Esta revisão acontece depois de o banco central do país ter aumentado as reservas para os bancos locais. Já a estimativa para 2020 é de um aumento de preços na ordem dos 500.000%. Já a economia venezuelana vai contrair 35% em 2019 e 10% no ano seguinte, de acordo com as previsões do FMI. A taxa de desemprego será de 47,2% em 2019 e alcançará os 50,5% em 2020.

Leia a notícia aqui no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Wall Street Journal

Distribuidores de medicamentos em negociações para resolver processos por opioides por 18 mil milhões de dólares

Três grandes distribuidores de medicamentos norte-americanos estão em negociações para pagar 18 mil milhões de dólares para resolver litígios abrangentes, tanto de Governos estatais como locais, que os culpam por alimentar a crise dos opioides, de acordo com fontes próximas do assunto. A McKesson, a AmerisourceBergen e a Cardinal Health pagarão no total 18 mil milhões em 18 anos, se avançar o acordo atualmente em cima da mesa.

Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

The Guardian

Mossack Fonseca processa Netflix por filme sobre offshore

Os parceiros do escritório de advocacia offshore Mossack Fonseca, cujos arquivos confidenciais foram expostos nos Panama Papers, lançaram uma ação contra a Netflix por difamação. Em causa está um filme sobre o escândalo, que deve ser divulgado na sexta-feira. No processo, Jurgen Mossack e Ramon Fonseca dizem que são retratados como “advogados cruéis e descuidados envolvidos em lavagem de dinheiro e conduta criminal”, e pediram ao tribunal norte-americano para travar o lançamento de The Laundromat.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

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