Sem moedas, nem notas. Web Summit será 100% “cashless”

A parceria entre a SIBS e a Web Summit vai permitir que todos os pagamentos sejam feitos por via eletrónica, a partir de qualquer ponto do recinto. É a primeira vez que o evento é 100% "cashless".

Se vai participar na Web Summit, não precisa de levar consigo notas, nem moedas. Para fazer pagamentos, só terá de recorrer ao smartphone, ou ao cartão multibanco. A Web Summit anunciou uma parceria com a SIBS, a gestora da rede Multibanco, que vai permitir que a 4º edição da maior conferência de tecnologia e empreendedorismo seja 100% “cashless”. Os pagamentos podem ser feitos a partir de qualquer local do recinto, e assim será nos próximos três anos.

“Com o mundo a tornar-se cada vez mais cashless, a Web Summit está empenhada em prosseguir e construir uma experiência de compra mais simples para todos os participantes. Estamos muito satisfeitos com esta parceria com a SIBS para esta jornada. Tanto as equipas da Web Summit com as da SIBS estão muito satisfeitas em trabalhar juntas neste projeto durante os próximos três anos”, destaca o CEO e fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave.

Para o ministro adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, esta parceira posiciona Portugal como um país inovador e reflete a aposta na digitalização da economia. “A possibilidade de exibir a inovação tecnológica nacional num evento com tão grande visibilidade internacional, e a associação a uma marca tão forte como a Web Summit oferece à tecnologia cashless portuguesa uma grande notoriedade. Ao mesmo tempo, espero que essa visibilidade possa apoiar uma maior penetração dos pagamentos digitais na nossa economia“, sublinha.

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“Num evento tão focado em tecnologia e inovação, faz todo o sentido que os pagamentos cashless sejam uma realidade. A SIBS continua ativamente a desenhar o mundo dos pagamentos e a tornar os pagamentos cashless numa realidade, com claros benefícios para o dia-a-dia das pessoas, oferecendo mais tempo para o que realmente interessa e reforçando a economia digital como um todo”, afirma Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS.

A SIBS é parceira da Web Summit desde a primeira edição em Portugal, em 2015. A Web Summit vai decorrer de 4 a 7 de novembro no Altice Arena, em Lisboa.

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Compras online com cartão? Dez passos para manter-se seguro

  • ECO
  • 17 Setembro 2019

Em plena fase de arranque das novas regras de segurança nos pagamentos, o Banco de Portugal publicou uma espécie de guia a ter em conta na hora de fazer compras online.

O paradigma dos pagamentos mudou a 14 de setembro, com a entrada em vigor de novas regras de “autenticação forte” que visam fortalecer a segurança associada aos serviços de pagamento eletrónicos. Mas nunca é de mais relembrar os cuidados que os utilizadores devem ter para evitar situações de fraude neste tipo de operações. Para ajudá-lo a preservar a segurança do cartão de crédito nos pagamentos online, o Banco de Portugal criou um guia com dez passos.

1- Verifique se o vendedor é credível

Efetue apenas pagamentos online a entidades credíveis. Ou seja, que conheça e nas quais confie. No caso de habitualmente não lidar com a entidade à qual pretende fazer o pagamento, é recomendada a obtenção de referências de amigos e familiares e a pesquisa de informações sobre ela na internet. “Confira, por exemplo, em fóruns de discussão, se existem reclamações recorrentes contra ela e verifique se a entidade tem informação de contacto como morada, telefone, e-mail, fax, etc. Suspeite de entidades que apresentem apenas contactos de telemóvel”, explica o Banco de Portugal.

E quando confrontado com ofertas que pareçam irrecusáveis ou pechinchas, redobre as cautelas. É que frequentemente, correspondem a situações de fraude.

2- Confirme se o site é seguro

Verifique se o endereço do site a que pretende aceder começa por “https://” ou se existe um símbolo de um cadeado na barra inferior ou superior da janela do site. Este funciona como uma espécie de “selo” de garantia de segurança.

Evite ainda aceder a sites da internet a partir de links e insira sim diretamente o endereço de acesso (URL) pretendido no browser. “Se aceder a determinado site a partir de um link, valide a correspondência entre a designação do serviço e o endereço de acesso”, recomenda a esse propósito a entidade liderada por Carlos Costa.

3- Evite utilizar acessos públicos e computadores partilhados. Mantenha equipamentos protegidos

Evite fazer compras online utilizando computadores partilhados ou através de redes e hotspots públicos. A indicação é no sentido de proteger as comunicações sem fios (WiFi) adotando protocolos seguros, como WPA2-PSK ou WPA-TKIP.

Para resguardar a segurança do computador/tablet/smartphone instale um antivírus, recorrendo a programas originais. Assegure ainda que o antivírus e os restantes programas instalados estão sempre atualizados. Proteja as suas comunicações utilizando uma firewall, para que possa filtrar o tráfego da internet.

“Estes procedimentos são importantes para corrigir eventuais vulnerabilidades na segurança dos equipamentos, protegendo-os de vírus e outros programas maliciosos”, salienta o banco de Portugal.

Em caso de dúvida, consulte o seu fornecedor do serviço de acesso à internet para saber como pode proteger-se.

4- De uma leitura aos procedimentos

Leia atentamente os procedimentos e os cuidados acordados ou recomendados pelo seu banco/prestador de serviços de pagamento para a realização de pagamentos na internet.

5- Desde 14 de setembro, banco pode solicitar novos elementos de autenticação

Para realizar uma compra online com cartão o seu banco/prestador de serviços de pagamento exigir-lhe-á, por norma, uma “autenticação forte”. A “autenticação forte” não é nova e é possível que já lhe tenha sido solicitada, por exemplo, para fazer transferências ou pagamentos através do homebanking ou da app do seu banco/prestador de serviços de pagamento. Para saber mais sobre a autenticação forte do cliente, consulte o descodificador publicado pelo Banco de Portugal.

6- Privilegie a utilização de cartões de pagamento com segurança acrescida

Procure utilizar cartões de pagamento que disponham de mecanismos de segurança acrescida.

Entre estes, incluem-se cartões com procedimentos de autenticação adicionais, como é o caso do serviço 3D Secure. “Se tiver um cartão de crédito ou de débito, solicite a adesão ao serviço 3D Secure junto do seu banco ou prestador de serviços de pagamento. O serviço é gratuito e permite a utilização segura do cartão em lojas online aderentes aos sistemas “Verified by Visa” ou “MasterCard SecureCode” e “SafeKey” da American Express”, esclarece o banco central português.

Neste caso, quando efetuar uma compra, ser-lhe-á pedido que introduza um elemento de autenticação adicional, como um código enviado por SMS para o seu telemóvel, para concretizar a operação. A adesão a este serviço possibilitará a aplicação de autenticação forte do utilizador, garantindo assim que continua a realizar as suas compras sem complicações e com segurança acrescida.

Outra alternativa, é usar cartões com um saldo/plafond limitado e com prazo de validade reduzido, como são os cartões pré-pagos. Limitam a possibilidade de reutilização indevida do cartão e o valor das perdas possíveis.

Cartões virtuais de utilização única ou para pagamentos recorrentes, também são uma opção. Atualmente, diversos prestadores de serviços de pagamento disponibilizam soluções que permitem gerar cartões virtuais, como é o caso do MB NET. Assim, ao fazer o pagamento, estará a introduzir os dados do cartão virtual e não os dados do seu cartão real.

7- Informação pessoal ou confidencial guardada a “sete chaves”

Seja consciencioso na divulgação de informação pessoal ou confidencial, e evite fazê-lo a menos que tal seja imprescindível para a realização do pagamento e sempre em sites que lhe ofereçam segurança”, recomenda o Banco de Portugal, visando minimizar o risco de fraude.

E neste sentido, desconfie ainda de solicitações de dados (por exemplo, palavras-passe, dados de documentos de identificação pessoal ou dados do cartão de pagamento) que lhe pareçam excessivas ou fora do comum, ainda que provenientes de uma entidade aparentemente confiável. Em caso de dúvida, peça esclarecimentos ao seu banco/prestador de serviços de pagamento, através dos respetivos contactos oficiais.

8- Guarde informação sobre o vendedor e registos das transações

Após efetuada a compra tenha o cuidado de guardar sempre informação sobre a entidade (incluindo o endereço do site) e sobre a transação realizada. Sempre que possível, faça o print screen dos dados da operação.

9- Verifique regularmente o seu extrato

Consulte periodicamente a sua conta e confirme se os movimentos realizados com o seu cartão foram devidamente registados e se os valores estão corretos.

10- Comunique as suspeitas de fraude

Em caso de suspeita de utilização abusiva ou não autorizada do seu cartão de pagamento ou, ainda, se desconfiar que os seus elementos de identificação ou validação, tais como credenciais de acesso ao homebanking, foram comprometidos, a indicação do Banco de Portugal vai no sentido de comunicar imediatamente essa situação ao seu banco/prestador de serviços de pagamento, através dos canais habituais [lista de contactos], e ao órgão de polícia mais próximo (PSP, GNR ou PJ) ou ao Ministério Público. Se necessário, peça ao seu banco/prestador de serviços de pagamento o cancelamento do cartão ou das credenciais de acesso ao homebanking.

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Quatro milhões de portugueses vêem televisão paga

  • Lusa
  • 17 Setembro 2019

Cerca de 86% das famílias portuguesas tinham no final de junho serviços de televisão por subscrição. Um avanço de 1,7 pontos percentuais do que mesmo período de 2018, avança a Anacom.

Cerca de 86% das famílias em Portugal dispunham do serviço de televisão por subscrição no final do primeiro semestre deste ano, mais 1,7 pontos percentuais do que mesmo período de 2018, segundo dados do regulador das comunicações.

De acordo com um relatório da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), no final de junho o número de assinantes do serviço de TV por subscrição atingiu cerca de quatro milhões, mais 132 mil (+3,4%) do que no mesmo período do ano anterior.

O crescimento do serviço deveu-se às ofertas suportadas em fibra ótica (FTTH), que registaram mais 298 mil assinantes em relação ao primeiro semestre de 2018 (+20,2%)”, refere o regulador.

A fibra ótica continuou, aliás, a ser a principal forma de acesso ao serviço de televisão por subscrição, (com 44,4% do total de assinantes), seguida da TV por cabo (33,2%), do DTH (12,0%) e do ADSL (10,4%).

No que se refere às quotas dos vários prestadores, o grupo NOS deteve a quota de assinantes mais elevada (40,5%), seguindo-se a MEO, a Vodafone e a NOWO com quotas de 39,6%, 15,8% e 4,0%, respetivamente.

A MEO e a Vodafone foram os prestadores que, em termos líquidos, mais assinantes captaram face ao primeiro semestre de 2018, tendo as suas quotas aumentado 0,7 e 1,1 pontos percentuais, respetivamente.

Em sentido inverso, as quotas do grupo NOS e da NOWO diminuíram (-1,4 e -0,4 pontos percentuais, respetivamente).

Em comunicado, a Meo destaca encontrar-se atualmente em termos de quota de mercado a “apenas a 0,9% do operador incumbente”, sendo que, “assim que atingir este marco, será o primeiro operador a tornar-se líder de mercado de TV em apenas dez anos”.

Ainda segundo o relatório da Anacom, o nível de concentração, medido pelo índice Herfindahl-Hirschman, apesar de elevado, “diminuiu ligeiramente” face ao mesmo período do ano anterior.

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Quem venceu as audiências? Costa e Rio vistos por 2,7 milhões de telespetadores

Entre os 12 frente-a-frente, três foram vistos por mais de um milhão de espetadores. Os três têm um protagonista em comum: António Costa.

Desde o dia 2 de setembro que as televisões andam a transmitir debate atrás de debate a caminho das eleições legislativas, que acontecem já no próximo dia 6 de outubro. Os líderes dos seis maiores partidos terminaram esta segunda-feira a ronda dos frente-a-frente — o confronto entre António Costa e Rui Rio foi visto por 2,7 milhões de pessoas –, seguindo-se, agora, dois debates conjuntos com todos os partidos. O primeiro, agendado para 18 de setembro, será radiofónico, transmitido pela RR, RDP e TSF. O último, a 23 de setembro é da responsabilidade da RTP.

O último debate, que aconteceu na noite passada, pôs frente a frente António Costa e o líder do PSD, Rui Rio, e garantiu audiências recordes. Já era expectável que assim fosse, uma vez que o confronto entre os líderes dos maiores partidos foi transmitido em simultâneo pela SIC, RTP e TVI. Mas, excluindo este factor da análise, qual foi afinal o candidato que mais espetadores “colou” em frente às televisões?

Costa. Número 1 nas sondagens e também nas audiências

As sondagens sobre o possível desfecho das eleições legislativas de outubro que têm sido publicadas desde julho colocam o Partido Socialista como o partido que recolhe mais intenções de voto. Mas, o que dizem as audiências dos últimos debates televisivos, por onde já passaram os líderes dos maiores partidos políticos?

De acordo com os números avançados pelas próprias estações televisivas, pela agência Lusa e até por alguns partidos, António Costa não se destaca apenas nas sondagens de voto. Também nos debates, o primeiro-ministro é o protagonista que parece fazer aumentar as audiências dos canais de televisão.

Houve três debates televisivos que ultrapassaram um milhão de espetadores: ambos tiveram a presença do primeiro-ministro. O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, e António Costa foram os primeiros a sentar-se num frente-a-frente e foram, também, os mais vistos pelos portugueses. O debate, transmitido pela SIC, registou um total de 1,1 milhão de espetadores.

Jerónimo de Sousa e António Costa no debate de 2 de setembro, na SIC.SIC

A superar a meta do milhão de espetadores esteve, também, o debate que sentou à mesa o primeiro-ministro e o líder do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva. Transmitido pela SIC no dia 11 de setembro, o frente-a-frente foi visto por 1.065.100 portugueses.

O terceiro lugar do pódio dos lugares com maiores audiências pertence, mais uma vez, a António Costa e à líder do CDS-PP. A 13 de setembro foi a vez de o primeiro-ministro enfrentar Assunção Cristas e, no final, a TVI apurou que o debate foi visto por um total de 935 mil espetadores. Contas feitas, este é o pódio dos debates mais vistos e, sem margem para dúvidas, o protagonismo recai sobre António Costa.

Catarina Martins e André Silva não chegaram aos 70 mil espetadores

O líder do PAN protagonizou, por um lado, o segundo debate mais vistos pelos portugueses, enquanto, por outro, esteve, também, presente naquele que teve o número mais baixo de audiências. No dia 7 de setembro, André Silva sentou-se à mesa com Catarina Martins, líder do Bloco, mas o debate só “prendeu” 68.100 espetadores às televisões.

Na lista dos debates menos vistos pelos portugueses, Catarina Martins surge mais duas vezes. Quando enfrentou Assunção Cristas obteve um total de 165 mil espetadores e quando foi a vez de se sentar frente a António Costa 683 mil espetadores acompanharam o debate. Perto deste resultado, ficou, também, o debate entre Rui Rio e André Silva, que foi visto por 697 mil espetadores.

Transmissão em simultâneo valeu 2,7 milhões de espetadores

RTP, SIC, TVI, independentemente do canal escolhido a imagem era a mesma. Os três canais portugueses transmitiram o debate entre António Costa e Rui Rio em simultâneo, e foi visto por 2,7 milhões de espetadores, de acordo com os dados fornecidos pela Marktest ao ECO.

O frente a frente entre os líderes do PS e do PS tomou lugar no Pavilhão do Conhecimento e foi moderado por jornalistas dos três canais de televisão. Foi visto sobretudo pelos espetadores da SIC, onde teve uma audiência de aproximadamente um milhão de pessoas, o que está em linha com as tendências de audiência dos debates no canal.

Seguiram-se aqueles que acompanharam o debate na estação de Queluz de Baixo, cerca de 828 mil pessoas. Já na RTP o programa prendeu a atenção de 773 mil espetadores. A duração prevista do debate era uma hora, o dobro daqueles realizados anteriormente, mas até acabou por se alongar mais um pouco. Costa e Rio debateram durante uma hora e um quarto.

As curvas de audiência do debate entre António Costa e Rui Rio.Marktest

É de notar que, durante essa hora e um quarto, as audiências na SIC e na TVI seguiram uma trajetória de crescimento, com mais pessoas a assistir. Por outro lado, na RTP a quantidade de espetadores registou uma ligeira queda, sendo ultrapassada pela TVI. Já a SIC liderou as audiências durante todo o debate.

Uma a uma, confira as audiências de cada um dos debates sobre as legislativas:

  • Dia 2 – António Costa/Jerónimo de Sousa – 1,1 milhão
  • Dia 3 – Assunção Cristas/Catarina Martins – 165 mil
  • Dia 5 – Rui Rio/Assunção Cristas – 927 mil
  • Dia 6 – António Costa/Catarina Martins – 683 mil
  • Dia 7 – Catarina Martins/André Silva – 68 mil
  • Dia 9 – Rui Rio/André Silva – 697 mil
  • Dia 11 – António Costa/André Silva – 1 milhão
  • Dia 12 – Rui Rio/Jerónimo de Sousa – 742 mil
  • Dia 13 – António Costa/Assunção Cristas – 935 mil
  • Dia 14 – Assunção Cristas/André Silva – 197 mil
  • Dia 15 – Rui Rio/Catarina Martins – 793 mil
  • Dia 16 – António Costa/Rui Rio – 2,7 milhões

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Parlamento Europeu aprova nomeação de Christine Lagarde como presidente do BCE

  • Lusa
  • 17 Setembro 2019

No voto final sobre a nomeação da francesa para suceder a Mario Draghi, Christine Lagarde conseguiu o apoio de 394 deputados. 206 votaram contra e 49 abstiveram-se.

O Parlamento Europeu aprovou esta terça-feira, por maioria, a nomeação de Christine Lagarde para presidente do Banco Central Europeu (BCE), que sucede a Mario Draghi, sendo este o aval final para a tomada de posse, prevista para 01 de novembro.

A votação decorreu na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, e foi feita por escrutínio secreto, num total de 394 votos a favor, 206 contra e 49 abstenções.

Este é o aval final, sendo que o nome de Christine Lagarde já tinha tido ‘luz verde’ da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários, que ouviu a responsável no início deste mês, com estes eurodeputados a recomendarem, nessa altura, que o plenário do Parlamento Europeu desse parecer favorável à nomeação para a presidência do BCE.

Christine Lagarde será a primeira mulher a assumir a presidência do BCE, depois de ter sido também a primeira mulher na liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Foi, inclusive, por estar numa reunião do FMI, em Washington, nos Estados Unidos, que Christine Lagarde não esteve presente hoje na sessão plenária do Parlamento Europeu. Antes da votação, os eurodeputados estiveram a debater a nomeação. A nova presidente sucede a Mario Draghi, que deixa o cargo no dia 31 de outubro, devendo tomar posse no dia 01 de novembro.

O presidente do BCE é nomeado pelo Conselho Europeu (onde estão representados os chefes de Estado e de Governo da UE). A nomeação tem de ser deliberada por maioria qualificada por recomendação do Conselho da UE e após consulta ao Parlamento Europeu e ao Conselho do BCE, como previsto no tratado sobre o funcionamento da UE. O mandato tem uma duração de oito anos, não renováveis.

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Ao segundo dia, petróleo alivia à espera da recuperação da Arábia saudita

Após fortes ganhos na última sessão causados pelo ataque de drones à Saudi Aramco, o mercado petrolífero alivia. Governo saudita poderá anunciar ainda esta terça-feira o plano de recuperação.

O preço do petróleo começa a ceder após os fortes ganhos da última sessão. Ainda a recuperar dos ataques de drones a duas refinarias da petrolífera estatal do reino saudita Saudi Aramco, a matéria-prima recua nos mercados internacionais. Ainda esta terça-feira, poderá ser conhecido o plano de ação do país, que é o maior produtor de petróleo do mundo.

“O pensamento chave é se este é um choque petrolífero ou uma disrupção de curto prazo?”, afirmou Virginie Maisonneuve, chief investment officer da Eastspring Investments, em declarações à Bloomberg. “Estamos a assistir a uma atitude de esperar para ver e é por isso que os mercados estão bastante nervosos“.

O brent negociado em Londres, referência para as importações europeias, segue a desvalorizar 0,5% para 68,66 dólares por barril, depois de na última sessão ter disparado 12%. Já o crude WTI, de Nova Iorque, recua 0,9% para 62,33 dólares por barril, após uma valorização de 15% ontem. Ambas as matérias-primas chegaram a recuar 2% no início da manhã.

O ataque, que foi reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen (que são apoiados politicamente pelo Irão), atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vital para o fornecimento global de energia. O fornecimento de petróleo da Arábia Saudita sofreu um corte para metade (cerca de 5,7 milhões de barris diários).

Enquanto vários países (incluindo a própria Arábia Saudita, mas também os EUA ou até Portugal) já se disponibilizaram para usar reservas de emergência, a Saudi Aramco poderá enfrentar semanas ou até meses até conseguir recuperar a produção.

O ministro da Energia saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, marcou uma conferência de imprensa para as 16h (hora de Lisboa), onde irá falar sobre o plano de recuperação da produção.

“Todos os olhos estão virados para a conferência de imprensa saudita. É necessária uma avaliação dos danos apropriada e precisamos de ver um plano de recuperação. Antes disso, não se poderá realmente saber quanto petróleo estará fora do mercado e por quanto tempo. É basicamente esta a questão que se tem colocado desde sábado”, sublinhou Samuel Ciszuk, founding partner da ELS Analysis, à Reuters.

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Costa afirma que está em curso um aumento da oferta de transportes públicos

  • Lusa e ECO
  • 17 Setembro 2019

A pouco menos de três semana das eleições, António Costa frisa que está em curso um plano para o aumento da oferta de transportes públicos face ao aumento da procura.

O secretário-geral do PS contou, esta terça-feira, que ouviu queixas por causa da falta de comboios, sobretudo na linha de Sintra, mas defendeu que está em curso um plano para o aumento da oferta de transportes públicos.

António Costa viajou esta manhã de comboio entre Rio de Mouro (no concelho de Sintra) e a Reboleira (no município da Amadora) e, depois, de metro, na linha azul, até à estação da Pontinha (em Lisboa). Um percurso em que esteve acompanhado pelos presidentes das câmaras de Sintra (Basílio Horta), da Amadora (Carla Tavares), de Odivelas (Hugo Martins) e de Lisboa (Fernando Medina).

No final, perante os jornalistas, o líder socialista destacou o objetivo “da urgência do combate às alterações climáticas”, defendeu “a importância da descentralização” na gestão e organização dos transportes públicos urbanos, salientou a “fortíssima redução” do tarifário e o aumento significativo de utentes nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, mas falou também de problemas.

“As pessoas transmitiram-me muita satisfação com os novos passes, mas insatisfação com o facto de haver poucos comboios. A queixa que ouvi – e é uma realidade que nós conhecemos – é que há muitas supressões na linha de Sintra“, sintetizou o secretário-geral do PS logo após ter saído do metro na estação da Pontinha. No entanto, na perspetiva de António Costa, tal como referiu já ter acontecido no metro de Lisboa, na Soflusa e na Transtejo, a situação na CP (Comboios de Portugal) tende a regressar à normalidade em termos de oferta.

“Estamos a investir para melhorar a oferta: Estão concluídos os concursos para o alargamento da rede de metro do Porto e de Lisboa; foram lançados concursos para a aquisição de 22 novas composições para a CP; estão contratados novos funcionários para a EMEF (Empresa de Manutenção der Equipamento Ferroviário) para fazerem o trabalho de recuperação das dezenas de composições da CP que estavam paralisadas por falta de manutenção; e encontra-se em curso a aquisição de novos navios para a Transtejo e Soflusa”, sustentou o secretário-geral do PS.

Neste ponto, António Costa advertiu que as mudanças ao nível da oferta não podem ser súbitas e que a abertura de um concurso para a compra de um comboio “não é como ir a um stand comprar um automóvel”. “Leva quatro ou cinco anos. Temos dezenas de comboios parados por falta de manutenção e, por isso, a prioridade, a par da abertura do concurso, foi repor capacidade produtiva na EMEF”, insistiu.

De acordo com António Costa, “todos os dias estão a entrar em operação novos comboios”. “O mesmo que, aliás, fizemos com o metro. No início desta legislatura, cerca de 30% das composições estavam paradas, mas hoje estão todas a funcionar. Idêntico trabalho, de resto, foi igualmente feito na Transtejo e na Soflusa, onde todos os navios estão a navegar. Onde já conseguimos repor a normalidade da manutenção já conseguimos repor a normalidade da oferta”, acrescentou.

Estas declarações de António Costa chegam poucos dias depois de se ter ficado a saber que os novos preços dos passes duplicaram a procura por passes na Grande Lisboa. De acordo com os dados da Área Metropolitana de Lisboa, em março o aumento foi de 36%, em abril de 172%, em maio de 146%, junho 100%, julho 126% e, em agosto, de 98%. Esse salto na procura tem causado um congestionamento dos serviços, o que levou os vários partidos a criticarem o Governo.

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Rogério Alves & Associados reforça área de Contencioso

Ana Isabel Barona é o novo reforço da Rogério Alves & Associados na área de contencioso. A associada sénior é também vice presidente do Conselho Geral da Ordem dos Advogados.

A sociedade de advogados Rogério Alves & Associados reforçou a área de contencioso com a entrada da associada sénior, Ana Isabel Barona. A advogada é também vice presidente do Conselho Geral da Ordem dos Advogados, e ainda exerce em nome individual, em Évora, desde 1993.

Ana Isabel Barona conta com uma vasta experiência em várias áreas do direito, atuando, fundamentalmente na área do contencioso, com especial enfoque nos núcleos de contencioso cível, contencioso penal e laboral.

A Rogério Alves & Associados é uma sociedade de advogados full service, fundada em 2013, em Lisboa. A sociedade conta, atualmente, com 23 advogados.

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Morais Leitão participa na 5.ª edição do TechShare

A Morais Leitão vai participar na próxima edição do TechShare. A iniciativa, que pretende promover empresas tecnológicas, tem início este mês e estende-se até maio.

A sociedade de advogados Morais Leitão vai participar na 5.ª edição do TechShare, um programa educacional da Euronext concebido para promover empresas tecnológicas.

A sociedade é fundadora da iniciativa, inaugurada em 2015, sendo formadora exclusiva em matérias jurídicas relacionadas com mercado de capitais. Desde então, o número de participantes quadruplicou, contando este ano com 132 inscrições oriundas de países como a Alemanha, Espanha, Itália, Suíça ou Irlanda.

O programa terá início este mês, estendendo-se até maio. As empresas inscritas reunir-se-ão pela primeira vez no próximo dia 11, no Centro para o Empreendedorismo em Roterdão, Holanda, e em março do próximo ano, na Nova School of Business, em Lisboa.

A equipa de formadores da Morais Leitão será constituída pelos advogados Eduardo Paulino, Luís Roquette Geraldes e Maria Cortes Martins.

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Inteligência artificial e data science

  • Conteúdo Patrocinado
  • 17 Setembro 2019

Como vão as novas tecnologias influenciar a área da peritagem médica? Como se pode colher big data nesta área? Vão as máquinas substituir os médicos peritos avaliadores na área da sinistralidade?

Como vão as novas tecnologias influenciar a área da peritagem médica? Como se pode colher big data nesta área? Vão as máquinas substituir os médicos peritos avaliadores na área da sinistralidade? De que forma vai a inteligência artificial contribuir para o sistema de apoio à decisão em sinistralidade laboral? Como vamos poder comparar uma perícia e uma contra-perícia em que uma delas não faz uso destas ferramentas tecnológicas? Como vai a indústria seguradora acelerar a sua implementação? Serão os outcomes destas ferramentas aceites como meios de prova em tribunal?

Estas são algumas das dúvidas e questões que serviram de mote para este artigo, no sentido de perceber: como se podem articular as novas tecnologias com a área médica pericial, quais são as tendências atuais e como se poderá no futuro, fazer prova em tribunal com estes novos dados.

Em termos de conceitos, realçamos as seguintes ferramentas tecnológicas:

Artificial intelligence é a inteligência das máquinas, que mimetiza funções cognitivas próprias dos humanos como aprender e/ou resolver problemas; esta inteligência cognitiva pode estar associada a outros tipos de inteligência como a emocional e/ou a social; os resultados destas ferramentas permitem aprender com experiências passadas e informar sobre decisões futuras, sendo por isso fundamental na tomada de decisões.

Machine learning é um subgrupo da Artificial inteligence também chamada de análise preditiva; consiste no uso de algoritmos e modelos estatísticos para realizar uma determinada tarefa, desenvolvidos através de um modelo matemático baseado em padrões e inferências de uma amostra de dados; seria sempre difícil desenvolver um algoritmo convencional com uma programação específica, por isso com este método não são usadas instruções explícitas para a tarefa a desenvolver; o resultado final é usado para fazer previsões ou decisões.

Deep learning faz parte dos métodos de machine learning; baseia-se em redes neurais artificiais sendo que a aprendizagem pode ter vários graus de supervisão; tem várias aplicações nomeadamente reconhecimento de imagem.

Data science é uma área multidisciplinar que permite extrair conhecimento de dados estruturados e não estruturados através de métodos estatísticos, análise de dados e machine learning.

A crescente influência das novas tecnologias no âmbito das peritagens médicas é uma realidade cada vez mais presente, apesar da resistência inerente por parte dos profissionais envolvidos que temem que a tecnologia, a robotização e outras soluções lhes possam retirar os seus próprios empregos.

Prevê-se que aplicações com uso de inteligência artificial e data science vão sem dúvida revolucionar esta área de atuação médica funcionado como ferramentas essenciais e complementares na avaliação pericial de incapacidades em sinistros de trabalho.

Assim, relacionado com a própria sinistralidade, trabalhador e seu contexto, as novas tecnologias vão permitir a criação de plataformas onde o perfil do trabalhador é construído através do seu histórico médico (condições médicas prévias, resultados biométricos e clínicos e evolução ao longo da carreira do trabalhador), historial profissional (profissões, funções profissionais e postos de trabalho assumidos ao longo do tempo, caracterização da entidade patronal e área de atividade) e dados da sua sinistralidade laboral (caracterização dos sinistros, tipo de lesões e sequelas resultantes, tratamentos efetuados, períodos de baixa médica, incapacidade temporária e/ou permanente, reintegração profissional). Este perfil poderá ser consultado pelo próprio trabalhador para além de monitorizado pelo empregador. Os dados extraídos destas plataformas vão permitir apostar na prevenção da sinistralidade, mudando hábitos e adotando medidas preventivas quer por parte do trabalhador mas também por parte da entidade empregadora. Vão permitir também estratificar o risco de sinistro, individualmente de acordo com cada trabalhador mas também de forma generalizada por profissão, tarefas profissionais, área de atividade e entidade empregadora. Ainda, através da identificação e deteção de padrões de sinistralidade vai ser possível prever reincidência de sinistralidade.

A criação de motores de busca de sinistros laborais implica a recolha sistematizada de informação que deve incluir dados do sinistro, trabalhador, entidade empregadora, profissão e área de atividade, diagnósticos médico-legais e resultados judiciais. Através da análise retrospetiva destes casos com o uso de inteligência artificial, o motor de pesquisa permite comparar casos semelhantes, realçar tendências, reconhecer casos atípicos (chamados outliers), bem como, identificar padrões de sinistralidade. Neste sentido estas ferramentas vão permitir prever outcomes de sinistros em termos de resultados médicos e médico-legais, nomeadamente períodos de doença por acidente, grau de incapacidade permanente para o trabalho e tipo de dependências em grandes incapacidades. Em termos práticos e a nível pericial esta informação permite ao médico avaliador por exemplo: perceber se o caso sai da normalidade e se sim, porquê e baseado em que dados; receber sugestões automáticas de propostas de incapacidade permanente, entre outras funcionalidades. Na área seguradora estes dados são fundamentais para uma adequada previsão do sinistro, avaliação do risco de sinistralidade, bem como, identificar possíveis casos de fraude.

A avaliação automática de se determinado trabalhador, vítima de acidente de trabalho, vai ficar curado sem sequelas (curado sem desvalorização) ou por outro lado, com incapacidade permanente profissional, é outra das possibilidades com estas ferramentas. Baseado nos dados médicos do trabalhador (como idade, género, doenças prévias, sinistros anteriores), do sinistro, tipo de lesões e respetivo tratamento médico-cirúrgico, através dos métodos de análise preditiva de machine learning sobre dados históricos inseridos, pode ser feita uma previsão da incapacidade e sua graduação em %, mesmo antes do caso ter sido concluído. A nosso ver estes dados são uma orientação fundamental para o médico avaliador que avalia com base em tabelas médicas objetivas orientadoras mas também muitas das vezes, na experiência e comparação de casos. Ora, por muito experiência e memória que o médico detenha, nada como uma máquina a selecionar e sugestionar casos relacionados e semelhantes no sentido de uma melhor avaliação. Apesar deste auxílio, o avaliador pode aferir e complementar estes resultados e validar as sugestões propostas mecanicamente com base na sua expertise e experiência pericial.

Outro desafio diário na área pericial é a atribuição de IPATH (incapacidade permanente para a profissão habitual) ou IPA (incapacidade permanente para qualquer trabalho) aos trabalhadores que sofrem um acidente de trabalho e do qual resultam sequelas importantes para a sua atividade profissional. Estes casos são socialmente complexos pela dificuldade na respetiva reintegração profissional mas também atendendo a que a própria atribuição destes parâmetros não segue orientações propriamente objetivas. Através da criação de um algoritmo específico para esta tarefa, é possível cruzar o tipo de sequelas pós-traumáticas vs a profissão e suas tarefas (job title e job description) e perceber se estes parâmetros devem ser considerados ou atribuídos.

Relativamente ao dano estético (atualmente atribuído de forma relativamente subjetiva), com o uso de métodos como deep learning, é possível fazer reconhecimento de imagens através do sistemas informáticos e permitir que este parâmetro seja classificado de forma automática. Por exemplo, com base nas características da imagem de uma cicatriz decorrente de um acidente, é possível graduar a incapacidade de forma sistematizada, não deixando espaços para enviesamentos.

A maioria das aplicações existentes no presente estão sobretudo a ser desenvolvidas no setor privado, sobretudo para aplicação na indústria seguradora. Encontram-se num processo inicial de implementação pelo que serão necessários mais dados para se comprovar a otimização de recursos e a facilidade na utilização pelos utilizadores finais.

Também a questão de uma das partes, em termos judiciais, usar estas ferramentas e a outra parte não usar, vai levantar questões de desigualdade pericial com as inerentes dificuldades em termos de conciliação judicial.

Apesar das novas tecnologias facilitarem os processos organizacionais e as tarefas administrativas e poderem simplificar diagnósticos médicos com uma ação preditiva significativamente importante, sem dúvida que a expertise médica, o conhecimento e a experiência adquirida dos médicos peritos não é facilmente substituível por computadores.

Acredita-se que estas ferramentas vão funcionar como um complemento ao trabalho médico ao torná-lo mais leve e divertido e não como um substituto do mesmo.

No futuro espera-se que a avaliação médica possa estar mais simplificada, sistematizada e objetiva o que vai implicar sempre uma cooperação entre os vários stakeholders: os médicos avaliadores, os próprios tribunais, as entidades empregadoras e inclusive os próprios trabalhadores, por meio dos sistemas operativos e das novas tecnologias.

O grande desafio será sempre partilhar resultados da aplicação das novas tecnologias como meio de prova em Tribunal. Será que os tribunais e as partes estarão abertas a estes novos dados inovadores?

*Ana Rita Pereira | Medicina legal | HONNUS (Portugal)

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CRS Advogados participa no maior evento mundial imobiliário no Dubai

A sociedade CRS Advogados vai participar no Cityscape Global 2019, entre 25 e 27 de setembro. A advogada Raquel Galinha Roque irá representar a sociedade no Dubai.

A sociedade CRS Advogados vai participar numa das maiores exposições do setor imobiliário a nível mundial, o Cityscape Global 2019, que decorrerá entre 25 e 27 de setembro, no Dubai.

Raquel Galinha Roque, sócia da CRS Advogados, representará a sociedade a convite de uma das entidades patrocinadoras assinalando a relevância no mercado imobiliário nacional a nível internacional. A sócia participará ainda num outro evento imobiliário para investidores interessados no mercado português, em Hong Kong. Além do setor imobiliário, a presença da CRS visa também abordar as áreas dos vistos gold portugueses – cuja atribuição é liderada pela China – e a legislação nos setores do turismo e hotelaria.

O evento reúne centenas de investidores e promotores internacionais, sendo uma referência em termos de oportunidades de negócio.

A sócia da CRS Advogados, Raquel Galinha Roque, integra a lista de finalistas da edição de 2019 dos prémios “40 under Forty” promovidos pela Iberian Lawyer na categoria insolvências e restruturações.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 17 Setembro 2019

Airbus alerta para efeitos de tarifas de Trump na economia norte-americana. Facebook diz que Libra não ameaça soberania monetária dos Estados.

Depois de Donald Trump receber luz verde para avançar com novas tarifas alfandegárias, a Airbus alerta o Presidente norte-americano de que estas taxas vão prejudicar os Estados Unidos. Perante acusações de que a moeda digital do Facebook pode pôr em causa a soberania monetária, um dos fundadores da Libra vem assegurar que esse não é o objetivo. Em Israel, os cidadãos vão às urnas mais uma vez este ano, depois da formação de um Governo ter falhado. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Politico

Airbus avisa Trump para efeitos negativos das tarifas

Depois de a comissária europeia para o Comércio, Cecilia Malstrom, ter admitido que os Estados Unidos não querem chegar a um acordo na disputa sobre o alegado apoio estatal à Airbus e que as taxas aduaneiras vão mesmo avançar, a União Europeia está a preparar-se para retaliar. Mas, em entrevista ao Politico, o presidente da francesa Airbus avisou Donald Trump que a economia norte-americana vai sofrer com esta decisão: “Na Airbus, 40% das componentes são compradas através da cadeia de distribuição dos Estados Unidos. (…) Penso que não seria muito consistente aplicar taxas aduaneiras sobre aviões que são produzidos nos EUA, para servir a indústria dos EUA e dependendo, em grande parte, da cadeia de distribuição dos EUA”.

Leia a notícia completa no Politico (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Facebook diz que bancos centrais não têm nada a temer da Libra

Depois de algumas autoridades e figuras internacionais, nomeadamente o ministro da economia francês, expressarem receios de que a nova moeda digital do Facebook seja uma ameaça para a soberania monetária das nações, um dos cofundadores da Libra vem assegurar que esta noção não está correta. David Marcus aponta, no seu perfil do Twitter, que a Libra terá sempre como base moedas já existentes e que o objetivo não é criar uma nova, mas sim funcionar mais como uma rede de pagamentos.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The Guardian

Pela segunda vez em meio ano, israelitas vão às urnas

Os israelitas voltam esta terça-feira às urnas pela segunda vez este ano, depois de Benjamin Netanyahu não ter conseguido formar Governo e ter reorientado a sua campanha mais para a direita. Netanyahu, que tenta o seu quinto mandato como primeiro-ministro, anunciou que pretende anexar os territórios ocupados, demonizou as áreas de maioria árabe em Israel e diz que pode haver fraude na votação, e até colocou em cima da mesa a hipótese de uma intervenção militar de grande escala em Gaza, que seria a primeira desde 2006, quando Israel retirou as suas tropas do território palestiniano. Numa altura em que as tensões com o Irão estão a aumentar, o resultado é fundamental para o futuro da região.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Wall Street Journal

Estados Unidos dizem que Irão foi responsável por ataques de drones na Arábia Saudita

Os serviços de informação norte-americanos informaram a Arábia Saudita de que os ataques aos campos de petróleo sauditas foram perpetrados a partir do Irão, com o lançamento de mais de 20 drones e pelo menos uma dúzia de mísseis contra as instalações sauditas no passado sábado. A Arábia Saudita pediu às Nações Unidas para investigar os ataques e terá informado que os responsáveis norte-americanos que as provas não eram suficientes para concluir que os ataques partiram do Irão, mas os EUA planeiam partilhar mais informação que corrobora essa acusação. O ataque levou à maior subida do preço do petróleo num dia de negociações na última década.

Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

La Repubblica

Renzi vai deixar partido para criar um novo

O antigo primeiro-ministro italiano e atual membro do Senado, Matteo Renzi, disse esta terça-feira que vai abandonar o Partido Democrático ainda esta semana para criar um novo partido mais ao centro. Em entrevista ao jornal italiano la Repubblica, Matteo Renzi, argumenta que o Partido Democrático se tornou num conjunto de fações e que tem receio que o partido não seja capaz de responder às “agressões de Salvini e à difícil coabitação com o Movimento 5 Estrelas”, com o qual agora faz coligação. Renzi diz que quer passar os próximos meses a combater Salvini, e que já ligou a Giuseppe Conte a garantir o apoio ao Governo italiano no Parlamento.

Leia a notícia completa em La Repubblica (acesso livre, conteúdo em italiano)

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