Comissão Europeia tem 164 milhões para startups que ajudem a combater vírus

Comissão Europeia está à procura de startups e PME que estejam a criar tecnologias ou inovações que ajudem a combater a progressão do coronavírus. Programa tem 164 milhões de euros para atribuir.

A Comissão Europeia está à procura de startups e pequenas e médias empresas que tenham ou estejam a desenvolver tecnologias e inovações que ajudem ao combate do coronavírus.

A instituição europeia está a apelar a que estas empresas se candidatem “urgentemente” à próxima ronda de financiamento do Conselho Europeu de Inovação (EIC). As candidaturas ao financiamento total de 164 milhões de euros, que farão parte do programa de aceleração do EIC terminam esta quarta-feira, 18 de março, às 17h00, hora de Bruxelas.

Este programa, alerta ainda a Comissão Europeia, não tem pré-definidas prioridades ou candidatos e as candidaturas relacionadas com soluções para o combate à pandemia serão, ainda assim, “avaliadas da mesma maneira que as outras candidaturas”. “No entanto, a Comissão vai procurar rapidamente atribuir as bolsas e o financiamento (combinando grant e investimento em participações nas empresas) para as inovações relevantes que estejam relacionadas com o coronavírus, assim como facilitar o acesso a outras fontes de financiamento e investimento”, explica a instituição, no anúncio feito online.

A Comissão Europeia já está a acompanhar e a dar apoio a várias empresas que estão a trabalhar em inovações relacionadas com o novo Covid-19, tais como os projetos EpiShuttle, especializado em unidades de isolamento, o m-TAP, uma tecnologia de filtragem para remover material contaminado e ainda a MBENT, que ajuda a fazer o controlo da mobilidade humana durante a progressão da epidemia.

Este fim de semana, cerca de 120 startups portuguesas juntaram-se e criaram o projeto TECH4COVID19, que em apenas dois dias já deu origem a 12 projetos relacionados com a prevenção e combate ao coronavírus. A pandemia já matou mais de 7.100 pessoas no mundo inteiro e contabilizam-se, de acordo com os últimos dados revelados, mais de 180 mil contaminados. Em Portugal, as autoridades de saúde contabilizavam, um morto e 448 infetados esta terça-feira.

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Países da UE podem dar apoios de 500 mil euros a cada empresa afetada

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Comissão Europeia anunciou regras que possibilitam que Estados-membros aloquem 500 mil euros a cada empresa afetada de forma a atender às necessidades urgentes de liquidez.

A Comissão Europeia anunciou esta terça-feira regras temporárias para permitir mais ajudas estatais devido ao surto de Covid-19, possibilitando que os Estados-membros aloquem 500 mil euros a cada empresa afetada ou deem garantias para empréstimos bancários às companhias.

O quadro legal temporário enviado esta terça-feira para consulta aos Estados-membros, e divulgado à imprensa, estipula desde logo “auxílios [estatais] sob a forma de subvenção direta ou benefício tributário” para as empresas afetadas, permitindo que os Estados-membros “possam conceder até 500 mil euros a uma companhia para atender às suas necessidades urgentes de liquidez”.

Também prevista está a possibilidade de dar “auxílios sob a forma de garantias subsidiadas para empréstimos bancários”, estando definido que, neste caso, os países da UE podem “conceder garantias estatais ou estabelecer regimes de garantia para apoiar empréstimos bancários contraídos por empresas”, havendo taxas mais reduzidas para as companhias, nomeadamente as de pequena e média dimensão (PME).

Ainda assim, estes empréstimos apoiados têm limites estabelecidos com base nas contas das empresas e nas suas necessidades de liquidez.

Nas novas regras, Bruxelas dá também ‘luz verde’ a empréstimos públicos e privados dos Estados-membros às empresas afetadas com taxas de juros subsidiadas, diferenciando neste caso as aplicadas às PME.

Já para a banca, o executivo comunitário dá orientações “sobre como minimizar qualquer auxílio residual indevido para os bancos e garantir que a ajuda é dada, na maior extensão possível, aos beneficiários finais na forma de maiores volumes de financiamento, […] menores requisitos de garantia, prémios de garantia mais baixos ou taxas de juros mais baixas”.

“Se […] for necessário um auxílio direto aos bancos para compensar os danos resultantes do surto de Covid-19, esses auxílios não serão considerados um apoio público extraordinário ao abrigo das regras em matéria de auxílios estatais”, clarifica a Comissão Europeia.

Em comunicado de imprensa, a vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager vinca que Bruxelas “permitirá aos Estados-membros utilizar toda a flexibilidade prevista nas regras em matéria de auxílios estatais para enfrentar esta situação sem precedentes”.

Segundo a responsável, este novo quadro legal temporário visa, então, assegurar que “as empresas têm liquidez para continuar a operar ou para congelar temporariamente as suas atividades, se necessário”.

Tem ainda o intuito de salvaguardar que “o apoio dado às empresas por parte de um Estado-membro não prejudica a unidade de que a Europa precisa, especialmente durante uma crise”, adianta Margrethe Vestager.

A UE tem registado uma rápida propagação do novo coronavírus, levando vários Estados-membros a adotar medidas restritivas no funcionamento de setores como a hotelaria, o turismo, a restauração e o retalho, o que afeta significativamente os negócios.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, tendo-se registado na segunda-feira a primeira morte.

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Proteção Civil envia SMS por causa do vírus. Pede aos portugueses para “evitarem o contacto social”

"Covid-19: Lave as mãos com frequência. Evite o contacto social. Previna o contágio. Siga as recomendações oficiais". Esta é a mensagem que os portugueses estão a receber da Proteção Civil.

E porque todo o cuidado é pouco, a Proteção Civil está, esta terça-feira, a enviar mensagens de texto aos portugueses com recomendações quanto ao coronavírus.

“Covid-19: Lave as mãos com frequência. Evite o contacto social. Previna o contágio. Siga as recomendações oficiais”. Esta é a mensagem que os portugueses estão a receber esta terça-feira nos telemóveis, por parte da Proteção Civil.

Na semana passada, durante uma conferência de imprensa, o ministro da Administração Interna já tinha adiantado que a Proteção Civil tinha ativado o sistema de avisos à população por SMS. “A partir de hoje [sexta-feira] está declarada a situação em que a subcomissão operativa que funcionará numa base de permanência pode decidir se faz sentido enviar uma mensagem por SMS”, disse Eduardo Cabrita.

Na altura, o ministro explicou que estas SMS não podiam ser enviadas antes da declaração do estado de alerta, que acabou por entrar em vigor na passada sexta-feira, estando em vigor até 9 de abril.

Estas mensagens da Proteção Civil surgem no dia em que o número de infetados por coronavírus no país subiu para 448, tendo aumentado cerca de 35% em apenas um dia. Até ao momento, Portugal regista apenas uma morte devido a este surto, um homem de 80 anos que estava internado no Hospital Santa Maria.

Em dezembro, o Jornal de Notícias noticiou que o Estado tinha pago 900 mil euros por um contrato de um ano para poder usar as SMS da Proteção Civil. No entanto, no caso das depressões Elsa e Fabien — que provocaram 10.700 ocorrências, 144 desalojados e 320 deslocados –, esta ferramenta não foi usada.

Antes desta situação, e de acordo com o JN, a última mensagem que tinha sido enviada pela Proteção Civil foi a 5 de setembro, altura em que uma onda de calor afetou o país.

(Notícia atualizada às 13h39 com mais informação)

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Bruxelas aprova 265 milhões para linha alta velocidade Lisboa-Madrid

  • Lusa
  • 17 Março 2020

O investimento, que se enquadra na rubrica dos Fundos de Coesão, servirá para "melhorar o serviço de passageiros e mercadorias de longa distância e reduzir as emissões de CO2".

A Comissão Europeia (CE) aprovou esta terça-feira a concessão de 264,95 milhões de euros para melhorar a conexão ferroviária de alta velocidade entre Madrid e Lisboa.

O investimento, que se enquadra na rubrica dos Fundos de Coesão, servirá para “melhorar o serviço de passageiros e mercadorias de longa distância e reduzir as emissões de CO2”, afirmou a CE num comunicado.

Segundo o executivo europeu, estima-se que o início das obras ocorra em dezembro de 2022 e que afetará principalmente a região espanhola da Extremadura.

Especificamente, o investimento afetará 178,6 quilómetros da linha Plasencia-Cáceres-Badajoz, uma das áreas com menos infraestrutura construída nos 715 quilómetros que compõem a rota Madrid-Lisboa.

Dois outros setores que ainda precisam ser ajustados, segundo a Comissão, são os compreendidos entre Plasencia e Madrid e entre Badajoz e a fronteira portuguesa.

Uma vez finalizado o trabalho, espera-se que os comboios possam circular no máximo 300 quilómetros por hora entre as duas capitais da Península Ibérica.

Bruxelas anunciou esta terça-feira investimentos de 1.400 milhões de euros em “projetos verdes” que afetarão a República Checa, Croácia, Roménia, Hungria, Polónia e Portugal.

Para Portugal, a Comissão Europeia aprovou um investimento de 107 milhões de euros do Fundo de Coesão para a modernização da rede de metropolitano do Porto, que representa perto de 25% dos custos totais dos projetos.

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Bruxelas destina 107 milhões para modernizar Metro do Porto

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Comissão Europeia aprova investimento de 107 milhões de euros do Fundo de Coesão para a modernização da rede de metropolitano do Porto.

A Comissão Europeia aprovou esta terça-feira um investimento de 107 milhões de euros do Fundo de Coesão para a modernização da rede de metropolitano do Porto, que representa perto de 25% dos custos totais dos projetos.

O cofinanciamento destinado ao Metro do Porto faz parte de um pacote de investimento de mais de 1,4 mil milhões de euros de fundos da União Europeia, anunciado esta terça-feira pela comissária Elisa Ferreira, que se destinam a 14 grandes projetos de infraestruturas em sete Estados-membros, entre os quais dois em Portugal, ambos relacionados com a rede de metropolitano do Porto.

Segundo a Comissão, o Fundo de Coesão “investirá 107 milhões de euros para modernizar a rede do metropolitano do Porto, o que permitirá tornar os transportes públicos mais apelativos, reduzirá o tráfego e a poluição e garantir viagens mais seguras, mais rápidas e confortáveis para os passageiros”.

O executivo comunitário precisou que mais de 43,3 milhões de euros do Fundo de Coesão são uma contribuição para o projeto de extensão da Linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este (com um custo total estimado de 169 milhões de euros), enquanto cerca de 63,6 milhões de euros visam cofinanciar a criação da Linha Rosa, entre a Casa da Música e São Bento, orçada em 268,3 milhões de euros.

O início da fase operacional da extensão da Linha Amarela está prevista para março de 2023, enquanto o do segundo projeto está agendado para novembro do mesmo ano.

“Em tempos difíceis como os que vivemos no nosso continente, é fundamental que a política de coesão continue a desempenhar o seu papel de apoio à economia, em benefício dos nossos cidadãos. Os grandes projetos que hoje aprovámos mostram que o financiamento da UE, e a política de coesão em particular, produzem resultados concretos, ajudando as regiões e as cidades a tornar-se mais seguras, mais limpas e mais confortáveis para os cidadãos e as empresas”, comentou a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.

A comissária portuguesa acrescentou que “muitos dos projetos aprovados contribuem também para a realização dos objetivos do Pacto Ecológico Europeu”.

Os outros Estados-membros beneficiados pelo pacote de investimento anunciado esta terça-feira são a Croácia, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Espanha, cujos projetos abrandem vários domínios estratégicos, como o ambiente, a saúde, os transportes e a energia, “para uma Europa mais inteligente e hipocarbónica”, aponta o executivo comunitário.

A Comissão Europeia lembra que Portugal já recebeu mais de 1,6 mil milhões de euros da Política de Coesão para investimentos em grandes projetos durante o atual quadro financeiro plurianual 2014-2020.

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EPAL suspende cortes de água durante estado de alerta

  • Lusa
  • 17 Março 2020

A EPAL relembrou que os seus clientes têm ao dispor uma linha telefónica de atendimento, tal como uma aplicação para telemóvel e o website.

A Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), responsável pelo abastecimento de água à cidade de Lisboa, decidiu suspender os cortes no fornecimento de água, durante o estado de alerta devido à pandemia de Covid-19, foi esta terça-feira anunciado.

“No seguimento da situação de estado de alerta que o país atravessa devido à pandemia provocada pelo Covid-19, a EPAL decidiu suspender, temporariamente, os cortes de água”, informou a empresa, em comunicado.

Apelando ao cumprimento das indicações da Direção-Geral da Saúde de que se evite ao máximo deslocações, a EPAL relembrou que os seus clientes têm ao dispor uma linha telefónica de atendimento, tal como uma aplicação para telemóvel e o ‘website’, onde podem “resolver qualquer questão relacionada com o serviço prestado, sem sair do conforto de sua casa”.

Atualmente, a empresa mantém apenas a sua loja dos Restauradores aberta (entre as 08:30 e as 13:30 e das 14:30 às 19:30), tendo já encerrado provisoriamente o balcão de atendimento na Loja do cidadão das Laranjeiras, bem como os espaços do Museu da Água.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença. O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas até esta terça-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), e a primeira morte registou-se na segunda-feira, tratando-se de um homem de 80 anos, com “várias patologias associadas” que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência. Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo anunciou também na segunda-feira o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham que se deslocar por razões profissionais.

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Renault Cacia também suspende produção, depois da PSA e da Autoeuropa

A fábrica automóvel da Renault Cacia em Aveiro também suspendeu a produção até 29 de março. PSA de Mangualde e Volkswagen Autoeuropa já tinham tomado decisões semelhantes.

Depois da PSA em Mangualde e da Volkswagen Autoeuropa em Palmela, a fábrica automóvel da Renault Cacia em Aveiro também vai parar em consequência do coronavírus. A direção já informou os colaboradores da suspensão da produção a partir desta quarta-feira, em vigor até dia 29 de março, avançou o Jornal de Negócios (acesso condicionado) e confirmou o ECO.

“Devido a dificuldades na cadeia coletiva de abastecimento da fábrica, por não termos os componentes necessários externos, para já vamos encerrar a fábrica entre 18 e 29 março”, disse ao ECO fonte oficial da empresa. Questionado sobre se esta paragem pode ser alargada no fim do período, a mesma fonte reconheceu que sim.

Já depois da publicação desta notícia, a Renault Cacia oficializou a paragem num comunicado: “Face à atual situação de disseminação do coronavírus e tendo como prioridade máxima a segurança dos seus trabalhadores, o grupo Renault decidiu suspender a produção da fábrica Renault Cacia, a partir das 6h00, de 18 de março. Esta decisão foi já comunicada às organizações sindicais”, informa a nota.

A decisão da suspensão da produção foi tomada na manhã desta terça-feira. Ora, num email enviado aos trabalhadores, a direção da Renault Cacia confirma que está a “sentir os efeitos diretos nas suas cadeias globais de abastecimento, fruto das medidas de contenção para minimizar os impactos da Covid-19”.

De acordo com o Negócios, a suspensão será consumada de duas formas. De 18 a 23 de março, serão utilizados créditos da bolsa de horas, “a título excecional”, mas alguns trabalhadores poderão usufruir de férias vencidas e não gozadas em anos anteriores, transitadas e superiores a 25 dias. Depois, de 24 a 29 de março, a empresa avançou com um período de férias coletivas.

Esta decisão segue-se a outras semelhantes que já foram tomadas por fábricas automóveis em Portugal, como é o caso da PSA em Mangualde e da Volkswagen Autoeuropa em Palmela. Esta última parou a produção “com efeitos imediatos” já na manhã desta terça-feira.

(Notícia atualizada a 18 de março, 10h35, com comunicado da Renault)

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UEFA adia Campeonato da Europa para 2021 devido ao surto do vírus

A UEFA decidiu adiar a realização da fase final do Campeonato da Europa de futebol para 2021 por causa do surto do coronavírus.

A UEFA decidiu esta terça-feira adiar a realização da fase final do Campeonato da Europa de futebol para 2021 por causa do surto do coronavírus em toda a Europa. Também foram adiadas as finais da Liga dos Campeões e da Liga Europa em cerca de um mês.

A informação foi avançada inicialmente pela Federação Norueguesa de Futebol na sua conta de Twitter, durante a reunião de emergência convocada pela UEFA com as 55 federações europeias. Mais tarde a própria UEFA confirmou esse adiamento por um ano, reagendando o calendário da competição — onde Portugal fará a defesa do título conquistado em 2016 – de 11 de junho a 11 de julho do próximo ano.

A UEFA adiantou ainda que procederá ao reembolso dos adeptos que já compraram bilhete e pretendem reaver o dinheiro.

A UEFA, entidade que dirige o futebol europeu, reuniu-se esta terça-feira de emergência discutir os calendários no futebol europeu, designadamente do Euro 2020, devido à propagação do coronavírus em toda a Europa e que já obrigou vários países a fechar as fronteiras e a impor restrições severas na circulação das pessoas nas ruas.

A maioria dos principais campeonatos nacionais de futebol foi suspensa por tempo indeterminado. Também em Portugal as ligas de futebol foram suspensas.

Aliás, além da decisão em relação ao Europeu de futebol, a UEFA e as várias federações decidiram qual o destino a dar às competições europeias de clubes, incluindo a Liga dos Campeões e a Liga Europa.

De acordo com o jornal espanhol Marca, a final da Champions foi adiada para 27 de junho, enquanto a final da Liga Europa decorrerá três dias antes.

Segundo o site world meter, novo coronavírus já infetou desde dezembro 184.136 pessoas e o número de mortes subiu para 7.182. Há ainda 79.927 pessoas recuperadas.

Em Portugal, regista-se uma vítima mortal e 448 infetados.

(Notícia atualizada às 15h16 com confirmação oficial da UEFA)

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Água de Monchique aumenta salário em 10% para premiar “altruísmo” dos trabalhadores

Para agradecer o empenho daqueles que trabalham num setor de bens essenciais de abastecimento, a Sociedade Água de Monchique vai reforçar em 10%, o salário dos 40 trabalhadores da empresa.

A sociedade da Água de Monchique decidiu reforçar em 10% o salário de todos os 40 trabalhadores da empresa, para premiar a “coragem e o altruísmo” demonstrados. Numa nota enviada à imprensa, o CEO da empresa, Vítor Hugo Gonçalves, destacou a responsabilidade dos trabalhadores num setor de abastecimento de bens essenciais, essenciais em altura de crise e instabilidade provocados pelo aumento da propagação do novo coronavírus.

“Como empresa que integra o setor alimentar, temos uma responsabilidade acrescida na medida em que a sociedade precisa de nós para se abastecer, e a água é obviamente um recurso mineral importante. Temos de responder positivamente a este desafio enquanto pudermos e enquanto tivermos força para o fazer. Esta medida visa reconhecer o esforço e o empenho dos nossos colaboradores numa altura difícil e de grande instabilidade”, refere Vítor Hugo Gonçalves.

 

Vítor Hugo Gonçalves deixou uma palavra de apreço e de agradecimento a todos os colaboradores da indústria alimentar – em especial funcionários dos supermercados e das transportadoras — que, nesta altura de crise, desempenham um papel fundamental no abastecimento de bens essenciais ao país. “Sabemos que nunca será suficiente para remunerar a vossa coragem e ajuda, mas é mais do que merecido”, sublinhou o CEO, na mensagem enviada aos colaboradores.

A Direção Geral de Saúde (DGS) confirmou esta terça-feira a existência de 117 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal. O número total de doentes sobe assim de 331 para 448.

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ERSE trava cortes de luz e gás. Atrasos nas faturas por causa do vírus poderão ser pagos em frações

Consumidores que, por dificuldade de pagamento, gerem dívidas em relação aos seus fornecedores de energia, vão poder pedir o pagamento fracionado das mesmas.

Perante o coronavírus, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) decidiu fixar “condições excecionais” de prestação dos serviços de fornecimento de energia. Medidas adotadas pelo regulador visam evitar interrupções de fornecimento de eletricidade, gás natural e de gases de petróleo liquefeito canalizados, protegendo ainda os consumidores que por causa da pandemia deixem de conseguir pagar as faturas. Valores em falta vão poder ser pagos em frações.

O prazo de pré-aviso de interrupção de fornecimento para os clientes domésticos, que era de 20 dias, é alargado por 30 dias. “Antecipando possíveis dificuldades de pagamento motivadas por isolamento, falta de acesso a meios alternativos de pagamento a partir de casa ou por uma perda abrupta e inesperada de rendimento por parte dos consumidores, a ERSE determina que o prazo de pré-aviso de interrupção de fornecimento para os clientes domésticos seja, desde já, alargado por 30 dias adicionais”, diz a ERSE.

A EDP e a Endesa tinham já anunciado a suspensão de cortes de energia devido à falta de pagamento, durante a pandemia do novo coronavírus. A EDP Comercial adiantou também, no início da semana, que iria dar flexibilidade aos clientes no prazo e modo de pagamento das faturas, algo que agora o regulador vem exigir às empresas do setor.

 

“Os consumidores que, por dificuldade de pagamento, gerem dívidas em relação aos seus fornecedores de energia, podem pedir o pagamento fracionado das mesmas, não havendo lugar à cobrança de juros de mora por parte das empresas durante um período de 30 dias”, diz a ERSE.

“A ERSE decidiu também estabelecer regras excecionais relativamente ao pagamento fracionado de dívidas geradas neste período excecional de 30 dias, que pode vir a ser prorrogado pela ERSE”, remata.

Tendo em conta o estado de alerta por causa do vírus, a ERSE “estabelece que os operadores das redes de distribuição, comercializadores de último recurso e comercializadores devem evitar as ações que impliquem deslocação e contacto direto em casa do consumidor e devem reforçar os meios de comunicação à distância, para a comunicação de leituras, o esclarecimento de dúvidas ou o estabelecimento de planos de pagamento”.

(Notícia atualizada às 12h50)

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Empresas do calçado a parar por causa do coronavírus? Apiccaps recomenda dar férias aos trabalhadores

A Associação Portuguesa do Calçado está recomendar às empresas que queiram temporariamente parar os trabalhos que sugiram aos trabalhadores irem de férias durante dez dias.

Face à pandemia de coronavírus, a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçados, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (Apiccaps) está a recomendar às empresas, que queiram temporariamente fechar as portas, que façam com os seus trabalhadores um acordo escrito para gozo de dez dos 22 dias de férias a que têm direito anualmente. Isto de acordo com uma circular enviada, segunda-feira, às empresas, à qual o ECO teve acesso.

“Por sugestão da direção, as empresas que entendam mais aconselhável encerrar durante este período podem e devem fazer [um] acordo escrito com os trabalhadores para o gozo de dez dias úteis de férias por conta das férias a gozar este ano”, recomenda a associação liderada por Luís Onofre.

Na circular, a Apiccaps sublinha que tal opção permite aos trabalhadores “ficarem com os filhos” — numa altura em que todas as escolas estão encerradas –, bem como evita a formação de cadeias de contágio nas instalações fabris. “Sem trabalhadores saudáveis, não será possível recomeçar a produção quando esta epidemia for ultrapassada“, entendem os representantes do calçado.

De férias, os trabalhadores mantêm o direito ao seu salário por inteiro, a ser pago a 100% pelo empregador. Tal contrasta com as medidas anunciadas até agora pelo Governo.

Para os trabalhadores que tenham de ficar em casa para acompanhar os filhos até aos 12 anos, Executivo já anunciou um apoio equivalente a dois terços da remuneração base, pago em partes iguais pelo empregador e pela Segurança Social.

Além disso, este domingo, o Governo de António Costa publicou a portaria que define as regras do “novo lay-off. Esse regime destina-se às empresas em paragem total ou com uma quebra de 40% da faturação resultante da pandemia de coronavírus e implica um corte também para dois terços os salários dos trabalhadores. Desse valor, 70% passa a ser pago pela Segurança Social, tendo o empregador de pagar apenas 30% desses dois terços. Este apoio só é, contudo, renovável para lá do primeiro mês se os trabalhadores tiverem gozados os 22 dias de férias previstos na lei.

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Cinema City encerra hoje as 46 salas no país

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Cinema City vai encerrar esta terça-feira as 46 salas de cinema e por tempo indeterminado. As salas de cinema localizadas em Lisboa, Sintra, Amadora, Setúbal e Leiria estão fechadas temporariamente.

A empresa NLC – Cinema City, a terceira maior exibidora em Portugal, vai encerrar esta terça-feira as 46 salas de cinema e por tempo indeterminado, no âmbito da contenção da pandemia da doença Covid-19, foi hoje anunciado.

A exibidora fechará temporariamente as salas de cinema que detém em Lisboa, Sintra, Amadora, Setúbal e Leiria.

“Face à evolução da situação, o encerramento é a atitude mais adequada, numa fase em que o isolamento social é imprescindível para travar a atual situação que o país vive”, refere a exibidora.

Segundo o Instituto do Cinema e Audiovisual, a NLC – Cinema City é a terceira maior exibidora em Portugal, com 46 salas de cinema repartidas por seis recintos, com um total de 6.648 lugares.

O mercado da exibição cinematográfica em Portugal é liderado pela NOS Cinemas, com 219 salas que já estão encerradas desde segunda-feira, por causa do novo coronavírus.

Também a exibidora UCI, a quarta maior exibidora, anunciou na segunda-feira o encerramento de 45 salas em três centros comerciais e por tempo indeterminado.

A Cineplace, a segunda maior exibidora, com 85 salas de cinema e 14 recintos, ainda se mantém aberta. Na segunda-feira, fonte da exibidora disse à agência Lusa que estava ainda a analisar internamente a situação antes de tomar qualquer decisão.

Na página oficial, a Cineplace apresenta ainda os filmes que tem em cartaz hoje e quarta-feira.

A maioria das salas de cinema inicialmente apresentou planos de contingência, como redução da capacidade das salas e reforço de higienização, mas acabou por anunciar o encerramento temporário.

Foram os casos dos cinemas Nimas e Ideal, em Lisboa, do Trindade, no Porto, assim como do Cineclube de Viseu, que cancelaram todas as sessões.

A rede portuguesa de exibição comercial de cinema integra 535 salas, com cerca de 99 mil lugares.

De acordo com dados estatísticos do ICA, até ao início de março, a NOS Cinemas teve 7,6 milhões de euros de receita de bilheteira, seguindo-se a UCI com 1,6 milhões de euros, a Cineplace com 1,1 milhões de euros e a NLC – Cinema City, com cerca de 882 mil euros.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde revelou que há 117 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, elevando de 331 para 448 o número de casos já confirmados pelas autoridades de saúde.

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