Covid-19: Centeno diz que economia europeia está a ser atingida como em “tempos de guerra”

  • Lusa
  • 16 Março 2020

O presidente do Eurogrupo diz que o surto de Covid-19 está a ter um impacto na economia como em “tempos de guerra”. Centeno antecipa uma "batalha longa" e onde a Europa dispõe das armas necessárias.

O presidente do Eurogrupo, o português Mário Centeno, afirmou esta segunda-feira que o surto de Covid-19 está a ter um impacto na economia como em “tempos de guerra”, mas garantiu que a Europa recorrerá a todas as suas armas para travar uma batalha que antecipa “longa”.

“Estamos a viver num estado de urgência com este surto de coronavírus […] O confinamento forçado está a trazer as nossas economias a tempos semelhantes aos de uma guerra”, declarou Mário Centeno, numa mensagem de vídeo, divulgada antes do início de uma reunião de ministros das Finanças da Zona Euro, que tem lugar esta tarde por videoconferência.

Apontando que “o Eurogrupo de hoje será dedicado às consequências económicas deste vírus”, Centeno adianta que irá apresentar “uma declaração que estabelece uma resposta política coordenada da UE”, que “contém iniciativas para conter e tratar a doença, apoio a nível de liquidez às empresas, particularmente às PME [pequenas e médias empresas], apoio a trabalhadores e famílias”. No fundo, acrescenta, “medidas que ajudarão a colmatar este fosso até que o vírus esmoreça”.

O presidente do fórum informal de ministros da Zona Euro assegura ainda que “as regras da UE a nível orçamental e de ajudas de Estado não constituirão um obstáculo” no apoio às economias, apontando que “a flexibilidade está lá, e será integralmente utilizada”.

Centeno refere que “os esforços nacionais” são complementados com as “iniciativas lideradas pelas instituições europeias, com a Comissão Europeia, Banco Europeu de Investimento (BEI) e também o Banco Central Europeu (BCE)”.

“Juntos, estamos a dar uma resposta poderosa. Mas sabemos que o vírus não atingiu o seu pico. Não podemos ter ilusões: estes são os primeiros passos numa luta temporária mas longa”, completa Mário Centeno.

Os ministros das Finanças europeus estão esta tarde reunidos, por videoconferência, para acordar, com sentido de urgência “sem precedentes”, medidas que mitiguem o impacto económico do surto do novo coronavírus, que ameaça mergulhar a economia europeia na recessão.

Na sexta-feira, a Comissão Europeia já admitiu como “muito provável” que o crescimento da economia da Zona Euro e do conjunto da União recue para níveis abaixo de zero este ano, face ao “choque” provocado pelo surto de Covid-19.

“Podemos dizer que é muito provável que o crescimento na zona euro e na União Europeia (UE) como um todo caia para baixo de zero este ano, e potencialmente consideravelmente abaixo de zero”, assumiu o responsável máximo da Direção-Geral de Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia (DG ECFIN).

Maarten Verwey falava num briefing para jornalistas na sede do executivo comunitário, em Bruxelas, depois de uma conferência de imprensa da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a resposta da UE à crise provocada pelo novo coronavírus, sobretudo no plano económico.

“Aquilo a que estamos a assistir é a uma previsão de crescimento que está a deteriorar-se muito rapidamente. Em fevereiro, publicámos as nossas previsões de inverno, e nessa altura ainda pensávamos que a economia da UE cresceria 1,4% e a da Zona Euro 1,2%, mas o que é claro face a tudo o que está a acontecer é que será necessário adaptar [as previsões] e provavelmente de forma muito significativa”, afirmou.

A presidente da Comissão Europeia anunciou na sexta-feira uma verba de 37 mil milhões de euros para apoiar o setor da saúde e as pequenas e médias empresas afetadas pelo novo coronavírus, que começa a causar um “tremendo choque” económico.

Portugal pode vir a arrecadar 1,8 mil milhões de euros em fundos europeus para apoiar setores afetados pela Covid-19, na saúde ou nas pequenas e médias empresas, no âmbito desse ‘bolo’ de 37 mil milhões.

Na prática, o executivo comunitário propôs redirecionar 37 mil milhões de euros de investimento público europeu para fazer face às consequências, tendo por base a opção de Bruxelas de abdicar de reclamar aos Estados-membros o reembolso do pré-financiamento não utilizado para os fundos europeus estruturais e de investimento para 2019.

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Hospital do SAMS confirma doentes e funcionários infetados com coronavírus

  • Lusa
  • 16 Março 2020

O Sindicato Independente dos Médicos já tinha apontado a existência de cinco casos no Hospital do SAMS e, agora, a instituição vem confirmar a existência de casos, mas sem apontar números.

Doentes e profissionais de saúde do Hospital do SAMS foram infetados com o novo coronavírus, anunciou esta segunda-feira a instituição, garantindo que foram adotadas todas as medidas para minimizar a propagação do vírus.

A direção clínica do SAMS reuniu-se no domingo com as autoridades de saúde e foi feita uma avaliação da situação, tendo sido adotadas todas as previstas no plano de contingência, de acordo com um comunicado emitido pela instituição.

“O conselho de gerência e a comissão executiva dos SAMS solicitam a todos os beneficiários e utentes dos SAMS a maior compreensão para o momento que o país e o mundo atravessam”, lê-se no documento, em que é feito um apelo para a “máxima colaboração para o cumprimento das orientações estabelecidas pelas autoridades competentes e aquelas que os SAMS têm divulgado junto dos seus beneficiários e utentes”.

A Lusa contactou o SAMS para tentar saber o número de casos, mas a entidade remeteu a contabilização das situações para as autoridades de saúde. “Todos os casos são comunicados à autoridade de saúde responsável, por forma a centralizar a informação nos serviços”, disse uma fonte, acrescentando que estão a ser tomadas todas as medidas possíveis para informar as pessoas e conter a propagação do vírus.

Este domingo, o presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, já tinha avançado à Lusa que Portugal regista mais de 50 médicos infetados com o vírus — sendo que os últimos cinco casos identificados eram no Hospital SAMS — e que havia mais de 150 médicos em quarentena, apelando ao Governo para disponibilizar mais meios para aqueles profissionais trabalharem protegidos e protegerem os doentes.

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Por causa do vírus, ANA só quer nos aeroportos quem vai viajar

A empresa quer limitar as entradas nos aeroportos nacionais. Assim, pede que se desloquem aos aeroportos apenas pessoas que vão realmente viajar.

O Governo anunciou que vai reforçar o controlo nos aeroportos, mas sem impor limites ao número de voos ou pessoas (à exceção de China e Itália). Face a este anúncio, a ANA – Aeroportos de Portugal vem agora pedir ao Executivo mais limites na entrada nos aeroportos nacionais, defendendo que apenas se desloquem a estas infraestruturas quem vá realmente viajar.

“A ANA Aeroportos de Portugal apela a que só se desloquem aos aeroportos nacionais as pessoas que vão, efetivamente, viajar”, refere a ANA, em comunicado. Afirmando estas “consciente da necessidade de evitar grandes aglomerados de pessoas nos aeroportos”, devido à epidemia de coronavírus, a empresa diz estar a “trabalhar com a PSP para criar um sistema de limitação de acesso que possa ser rapidamente implementado“.

Assim, dentro dos aeroportos, “os passageiros vão ser chamados a cumprir escrupulosamente e de forma responsável a recomendação de distanciamento social aconselhável” e “orientados para circuitos seguros de forma a garantir o cumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e, com o apoio sempre que necessário da PSP”.

Além disso, foi determinado o “encerramento dos lounges em todos os aeroportos”, o “reforço do plano de limpeza das áreas comuns em todos os espaços de circulação e de espera”, o “reforço de dispensadores de gel desinfetante e a adequação dos produtos de limpeza”, a “afixação e disponibilização de informação dirigida aos passageiros”, a “criação e/ou adequação de áreas de contenção”.

A ANA elaborou ainda “Planos de Resposta para Ameaças à Saúde Pública, alinhados com as orientações da OMS e da DGS”, comunicando esses planos aos seus acionistas. A empresa diz estar a “acompanhar permanentemente” os seus colaboradores e, “no caso de a função o permitir, foi decidida e implementada a promoção do teletrabalho”.

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PSA fecha fábrica de Mangualde por causa do Covid-19. Encerra a 18 de março

Fabricante de automóveis decidiu fechar as portas de todas as suas unidades de produção na Europa, começando por Espanha e França, tendo decretado o encerramento da fábrica portuguesa a 18 de março.

A PSA de Mangualde vai fechar por causa do coronavírus. A fabricante de automóveis francesa decidiu fechar as portas de todas as suas unidades de produção na Europa, começando por Espanha e França, tendo decretado o encerramento da fábrica portuguesa a 18 de março. A reabertura está prevista para dia 27.

“Devido à aceleração, constatada nos últimos dias, do número de casos graves de Covid-19 na proximidade de alguns centros de produção e das interrupções nos fornecimentos dos grandes fornecedores”, Carlos Tavares, presidente da PSA decidiu “dar início ao fecho das instalações de produção de veículos, até ao dia 27 de março”.

O encerramento das unidades vai começar por Espanha e França. Esta segunda-feira, 16 de março, encerram as unidades de Madrid (Espanha) e Mulhouse (França), seguindo-se, a 17 de março, Poissy, Rennes, Sochaux (França), Saragoça (Espanha), Eisenach, Rüsselsheim (Alemanha), Ellesmere Port (Reino Unido), Gliwice (Polónia).

No dia 18, fecha a PSA de Mangualde, juntamente com as fábricas de Hordain (França) e Vigo (Espanha), sendo concluído o plano de encerramento de fábricas a 19 de março com o fecho das unidades de Luton (Reino Unido) e Trnava (Eslováquia).

A decisão da PSA, fabricante dos Peugeot e Citröen, é bem mais vigorosa do que a adotada pela Autoeuropa, em Palmela. A unidade de produção da VW em Portugal decidiu acabar com dois turnos, reduzindo a produção, nomeadamente dos T-Roc.

A PSA explica que serão as equipas de gestão das fábricas a “implementar, localmente, as modalidades de encerramento das mesmas, e que serão efetuadas em coordenação com os parceiros sociais”. “O encerramento dos centros de produção de órgãos mecânicos será ajustado em conformidade”, explica.

A fabricante francesa lembra que, “até essa data, o cumprimento das medidas de proteção, indo além das recomendações das autoridades sanitárias nestes locais de produção, é a melhor proteção para evitar a propagação do vírus”.

(Notícia atualizada às 14h25 com mais informação)

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Glovo faz entregas “sem contacto”. Pagamento? Evite dinheiro

A Glovo vai continuar a operar em Portugal. A entrega "sem contacto", pagamento com cartão e sacos selados são algumas das medidas implementadas pela empresa de forma a evitar o contágio.

Tal como os hospitais, farmácias e hipermercados, os restaurantes vão continuar abertos e a Glovo vai continuar a fazer entregas ao domicílio, tanto de refeições como de bens de primeira necessidade.

De forma a minimizar o contacto humano e a evitar a propagação do Covid-19, a empresa, à semelhança da Uber Eats, implementou algumas medidas, como por exemplo a “entrega sem contacto”. A Glovo recomenda ainda que as entregas sejam pagas por cartão.

A empresa, informa num email enviado aos utilizadores, que os sacos são selados e que a assinatura no dispositivo do estafeta passa a ser desnecessária. Recomenda ainda que o estafeta deixe o pedido à porta e que toque à campainha sempre que possível.

“Estamos em contacto permanente com os estafetas que colaboram connosco, informando-os sobre as medidas higiénicas necessárias e recolhendo informações para continuar melhorando o serviço”, refere a Glovo na nota enviados aos clientes, numa altura que a Direção-Geral da Saúde (DGS) descobriu 86 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, elevando de 245 para 331 o número total de infetados.

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Covid-19: Fabricante de gravatas italiano vai produzir máscaras de proteção

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Para ajudar a conter a pandemia de Covid-19, um fabricante italiano de gravatas decidiu utilizar restos de tecido para produzir máscaras antivirais.

Um fabricante italiano de gravatas decidiu utilizar restos de tecido para produzir máscaras antivirais, para ajudar a conter a pandemia de Covid-19, disse esta segunda-feira o empresário à agência de notícias AGI.

“Vamos produzir dez mil máscaras de proteção com restos de tecido. Os valores arrecadados vão ser destinados à região da Calábria (extremo sul de Itália) para que possa comprar equipamentos médicos”, disse o empresário Maurizio Talarico, natural de Catanzaro, Calábria.

“Creio que neste momento devemos ser todos generosos e ficarmos à disposição das pessoas“, acrescentou.

“Neste momento trágico para Itália, pensei que podia fazer alguma coisa para a minha região, a Calábria (…) Com os pedaços de tecido pensei em produzir máscaras, mesmo que não sejam homologadas vão poder, certamente, proteger aqueles que não estão contaminados“, disse o empresário de gravatas.

O empresário prevê produzir um total de dez mil máscaras, ao “ritmo” de 500 por dia.

“Inicialmente pensei distribuir as máscaras de forma gratuita, mas depois pensei que a Calábria precisa de material médico”, afirmou.

O ministro da Justiça italiano já admitiu a possibilidade de se poder vir a utilizar os ateliers de costura que estão instalados em estabelecimentos prisionais para fabricar máscaras de proteção.

É possível fabricar “milhares de máscaras por dia” nos 25 locais de trabalho que existem nas prisões italianas, disse o ministro acrescentando que espera a resposta do Instituto Superior de Saúde sobre as características das proteções.

A Itália é o país mais afetado pela pandemia de coronavírus registando, até ao momento, um total de 1.809 mortos e 24.747 pessoas contaminadas sendo que 368 cidadãos morreram nas últimas 24 horas, de acordo com o balanço publicado no domingo à noite.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

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Covid-19 já matou 309 pessoas em Espanha. Há 9.191 infetados

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Naquele que é considerado o segundo país da Europa com mais casos confirmados por covid-19, há já 9.191 pessoas contagiadas com a doença, sendo que 309 já morreram.

Espanha registou até esta segunda-feira 9.191 pessoas contagiadas com o novo coronavírus (mais 1.438 do que domingo) e 309 mortos devido à doença (mais 21), de acordo com os dados atualizados às 13h00 (12h00 em Lisboa) pelo Ministério da Saúde espanhol.

A região mais afetada é a de Madrid, com 4.165 infetados e 213 mortos, seguida da Catalunha (903 e 12 respetivamente) e País Basco (630 e 23).

Entre as comunidades autónomas que fazem fronteira com Portugal, a da Galiza teve 245 casos e dois mortos, a de Castela e Leão 334 e nove, respetivamente, a Estremadura 111 e dois, e a Andaluzia 554 e sete.

O comunicado do Ministério da Saúde indica que há 432 pessoas em unidades de cuidados intensivos em todo o país, dos quais 253 (mais de metade) estão na região de Madrid. Por outro lado, 530 infetados já tiveram alta médica e são considerados curados da doença.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo. O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 331 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

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FMI vai disponibilizar 1 bilião de dólares para combater o Covid-19

Kristalina Georgieva está disponível para mobilizar um 1 bilião de dólares para apoiar os países a combaterem a pandemia.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prepara-se para mobilizar um bilião de dólares, por forma a ajudar os países a combater a epidemia do Covid-29, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

À medida que o vírus se espalha, o cenário para um estímulo global fiscal coordenado e sincronizado está a tornar-se cada vez mais forte”, aponta a diretora-geral do FMI, citada pela Bloomberg, acrescentando que, por isso, o FMI “está pronto a mobilizar a sua capacidade de crédito em 1 bilião de dólares” para ajudar os países.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva diz que está pronta a agir rapidamente no sentido de travar os impactos económicos provocados pela pandemia, sublinhando que tem um fundo de emergência no valor de 50 mil milhões de dólares para apoiar países em desenvolvimento.

O FMI tem já 40 acordos de empréstimos em andamento com compromissos avaliados em 200 mil milhões de dólares, anunciou a diretora-geral, acrescentando que há cerca de 20 países interessados no apoio.

Ao mesmo tempo, o Fundo de Contenção e Alívio de Catástrofes possui cerca de 400 milhões de dólares para ajudar os países mais pobres no alívio da dívida. Com as recentes doações, como a de 195 milhões dólares por parte do Reino Unido, o FMI espera aumentar a respetiva capacidade de crédito no valor de 1 bilião de dólares (899 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).

A diretora-geral do FMI elogiou ainda a ação concertada pelos bancos centrais mo domingo, incluindo o Banco Central Europeu (BCE), que visa amparar o dólar perante a disrupção que está a ser provocada pela pandemia do coronavírus. Além disso, a Reserva Federal norte-americana anunciou o segundo corte surpresa nos juros, desta vez para um patamar próximo do zero.

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Wall Street afunda 7% após novo corte de juros da Fed. Negociação foi suspensa

Investidores viram resposta concertada de uma série de bancos centrais como sinal de pânico em relação ao impacto do coronavírus na economia global.

Wall Street afunda após a reação dos bancos centrais para tentar conter o impacto do coronavírus na economia. A Reserva Federal norte-americana anunciou, este domingo, um pacote de medidas de emergência, incluindo o segundo corte de juros em menos de um mês. A forte queda levou à suspensão das negociações pela terceira vez numa semana.

O índice financeiro S&P 500 abriu a afundar mais de 7%, espoletando uma paralisação automática de 15 minutos. Já o índice Dow Jones tomba 9,71% para 2.490,47 pontos, enquanto para pontos e o tecnológico Nasdaq perde 6,12% para 482,15.

As perdas seguem-se ao anúncio de que a Fed cortou juros, em 100 pontos base, para um intervalo entre 0% e 0,25%, a par de uma nova ronda de compra de dívida num total de 700 mil milhões de dólares e de medidas de alívio para a banca. Por último, anunciou uma ação coordenada dos principais bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu (BCE), que visa amparar o dólar perante a disrupção que está a ser provocada pela pandemia do coronavírus.

Os bancos estão entre os títulos que mais caem esta segunda-feira, com o Bank of America, o JPMorgan Chase, o Goldman Sachs e o Citigroup a desvalorizem entre 10% e 15%. Também as retalhistas estão a reagir ao anúncio do fecho de lojas, como a Nike, que cai 11%, ou a Apple que perde 9,94%.

Está a formar-se uma inversão significativa nos próximos meses. A única questão é quão profunda é que se vai tornar”, alerta Neil Shearing, economista-chefe do grupo Capital Economics. “À medida que a escala da rutura, provocada pelo coronavírus, na economia e nos mercados se torna clara, parece provável que os investidores comecem a questionar cada vez mais se os decisores políticos já esgotaram a capacidade de resposta”.

Além da Fed, vários bancos centrais cortaram juros este fim de semana, incluindo no Japão, Austrália e Nova Zelândia, numa ação como não se via desde a crise financeira de 2008. Mas a decisão não foi suficiente para restabelecer o sentimento dos investidores e ações mundiais seguem em forte queda, enquanto as dívidas da Alemanha e dos EUA estão a servir de refúgio.

A par das ações, também o dólar e o petróleo estão em terreno negativo. O Brent de referência europeia afunda 12% para 29,77 dólares por barril, estando pela primeira vez desde 2016 abaixo dos 30 dólares. Já o crude WTI perde 10% para 28,75 dólares.

(Notícia atualizada às 14h00)

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Ferro Rodrigues propõe plenários com 1/5 dos deputados

A conferência de líderes da Assembleia da República vai reunir esta segunda-feira para discutir medidas de mitigação do coronavírus no Parlamento, revelou Ferro Rodrigues.

O presidente da Assembleia da República convocou uma reunião da conferência de líderes para esta segunda-feira, a qual irá “discutir, votar e aprovar” medidas de contenção da pandemia do coronavírus no Parlamento. Entre elas está a realização de sessões plenárias com presença limitada a um quinto dos deputados.

“Decidi convocar para hoje [segunda-feira] a conferência de líderes com o objetivo de discutir, votar e adotar medidas complementares às anteriormente tomadas. Vou propor que o plenário deve reunir apenas uma vez por semana até domingo de Páscoa, exceto se as circunstâncias o exigirem, e deve excecionalmente reunir com quórum de funcionamento de um quinto dos deputados”, afirmou, em declarações transmitidas pela RTP 3.

Além destas, Eduardo Ferro Rodrigues irá propor que estes deputados possam voar “em proporção de cada grupo parlamentar”, e que “as comissões devem reunir apenas se necessário, mas só a mesa e os coordenadores” dos diferentes partidos, disse. No que toca a deputados e funcionários incluídos nos chamados “grupos de riscos”, estes terão “faltas justificadas”.

Na mesma conferência de imprensa, Ferro Rodrigues afirmou que, na quarta-feira à tarde, após o Conselho de Estado por teleconferência com o Presidente da República de manhã, o Parlamento deverá ser chamado a “discutir e votar” a declaração de estado de emergência, a pedido de Marcelo Rebelo de Sousa. E admite que as medidas extraordinárias em plena pandemia podem ser “atualizadas à medida que forem necessárias”.

“A Assembleia da República deve dar o exemplo pelo trabalho e pela prevenção”, considerou o presidente do Parlamento, recordando, assim, que este órgão de soberania não se pode “demitir das suas funções” nesta fase difícil para o país.

Estas medidas surgem numa altura em que Portugal entra na “fase de mitigação” da pandemia, que é caracterizada pela transmissão local do vírus. Portugal tem já 331 casos confirmados da doença Covid-19.

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PS admite cenário de estado de emergência

  • Lusa
  • 16 Março 2020

PS considera que até ao momento foram adequadas as medidas para responder à pandemia de Covid-19, mas admite cenário do estado de emergência.

O PS considerou esta segunda-feira que a aplicação das leis de proteção civil e saúde têm sido, até ao momento, adequadas para responder à pandemia de Covid-19, mas admite o cenário do estado de emergência.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da bancada do PS Pedro Delgado Alves evitou tomar uma posição definitiva, a três dias do Conselho de Estado em que o tema estará na agenda, por iniciativa do Presidente da República, mas esclareceu que os socialistas “não têm uma posição contra” esta medida.

“Não suscita um problema. Veremos. A avaliação far-se-á caso a caso, mas se se confirmar que é adequado e é mais agilizador avançar para isso, obviamente que todas as medidas que ajudem a prevenir e a conter o surto são de implementar”.

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Cartão do cidadão e carta de condução expirados mantêm-se válidos até 30 de junho

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Cartões de cidadão, cartas de condução e outros documentos que tenham de ser renovados vão continuar a ser válidos mesmo depois de expirados, até 30 de junho.

Cartões de cidadão, cartas de condução e outros documentos que tenham de ser renovados vão continuar a ser válidos mesmo depois de expirados, até 30 de junho, segundo o regime excecional publicado na sexta-feira. O decreto-lei foi publicado em suplemento na sexta-feira e estabeleceu medidas excecionais e temporárias relativas à situação epidemiológica do novo coronavírus.

As medidas de exceção pretendem promover o distanciamento social e isolamento profilático: “Considerando a eventual impossibilidade dos cidadãos em renovar ou obter documentos relevantes para o exercício de direitos, decorrente do encerramento de instalações, importa prever a obrigatoriedade de aceitação pelas autoridades públicas da exibição de documentos, cujo prazo de validade expire”, explica o executivo no diploma.

No entanto, este regime excecional tem prazos e só beneficia os detentores de documentos que tenham perdido validade a partir de 24 de fevereiro, e não antes. “Todos os documentos suscetíveis de renovação e cujo prazo de validade expire a partir de 24 de fevereiro não terão de ser renovados agora, sendo aceites para todos os efeitos legais até 30 de junho”, frisa o Executivo.

O Governo determina ainda, no diploma, uma extensão de validade de alguns documentos que expiravam a partir de sábado: “O cartão do cidadão, certidões e certificados emitidos pelos serviços de registos e da identificação civil, carta de condução, bem como os documentos e vistos relativos à permanência em território nacional, cuja validade termine a partir da data de entrada em vigor do presente decreto-lei [sábado] são aceites, nos mesmos termos, até 30 de junho de 2020”.

O diploma contém, entre várias medidas, também um regime excecional de contratação pública, que levanta limitações e permite procedimentos mais céleres, como o ajuste direto para a celebração de contratos de empreitada de obras públicas, mas as adjudicações feitas ao abrigo deste regime excecional são publicitadas no portal dos contratos públicos, “garantindo o cumprimento dos princípios da publicidade e transparência da contratação”.

O diploma introduz também um regime excecional de autorização de despesa, aplicando-se aos procedimentos de contratação pública realizados ao abrigo desse decreto-lei, a título excecional, regras de autorização de despesa excecionais, como considerar tacitamente deferidos os pedidos de autorização da tutela na ausência de pronúncia, logo que decorridas 24 horas após remessa.

“As despesas plurianuais que resultam do presente decreto-lei encontram-se tacitamente deferidas se […] sobre o mesmo não recair despacho de indeferimento no prazo de três dias”, acrescenta o executivo, acrescentando ainda que as “alterações orçamentais que envolvam reforço, por contrapartida de outras rubricas de despesa efetiva, são autorizadas pelo membro do Governo responsável pela respetiva área setorial”, e não pelo ministro das Finanças.

O executivo, no diploma, autoriza também regimes excecionais de autorização administrativa: “A decisão de contratar a aquisição de serviços cujo objeto seja a realização de estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria, bem como quaisquer trabalhos especializados, não carecem das autorizações administrativas previstas na lei, sendo da competência do membro do Governo responsável pela área setorial”.

O diploma contém também medidas de apoio aos trabalhadores independentes, como o apoio extraordinário à redução da atividade económica, desde que não sejam pensionistas e “estejam sujeitos ao cumprimento da obrigação contributiva em pelo menos três meses consecutivos há pelo menos 12 meses, em situação comprovada de paragem total da sua atividade ou da atividade do respetivo setor, em consequência do surto de Covid-19, em situação comprovada, por qualquer meio admissível em Direito, de paragem total da sua atividade ou da atividade do respetivo setor”.

(Notícia atualizada)

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