Ronaldo ganha prémio de jogador do século

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2020

Cristiano Ronaldo ganhou o troféu de Jogador do Século nos Globe Soccer Awards. Jorge Mendes é o empresário do século, e Mourinho perdeu para Guardiola.

Cristiano Ronaldo foi distinguido com o troféu de Jogador do Século nos Globe Soccer Awards, que também consagraram Jorge Mendes como o melhor agente do século XXI.

“Este prémio dá-me motivação para continuar a minha jornada e poder jogar mais alguns anos”, lançou o capitão da seleção portuguesa, que atua na Juventus e que marcou presença na cerimónia realizada no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Cristiano Ronaldo bateu a concorrência do argentino Lionel Messi, do egípcio Mohamed Salah e do antigo internacional brasileiro Ronaldinho Gaúcho, que eram os restantes finalistas.

Por seu turno, o empresário Jorge Mendes, que representa Ronaldo desde o início da sua carreira profissional, venceu o prémio para Agente do Século.

Já o técnico português José Mourinho foi batido pelo espanhol Pep Guardiola no prémio Treinador do Século.

O alemão Hans-Dieter Flick, que comanda o Bayern Munique, ganhou a distinção para Treinador do Ano, enquanto o colosso bávaro foi eleito o Clube do Ano e o goleador polaco Robert Lewandowski o Jogador do Ano.

O Real Madrid venceu a categoria de Clube do Século, e Iker Casillas, que terminou a carreira no FC Porto, e Gerard Piqué foram distinguidos com o prémio Carreira.

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Morreram mais 63 pessoas com Covid-19. Há mais 1.577 infetados

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2020

Os dados da Direção-Geral da Saúde revelam que estão internadas 2.870 pessoas, dos quais 504 em cuidados intensivos.

Portugal contabiliza este domingo mais 63 mortes relacionadas com a Covid-19 e 1.577 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 2.870 pessoas, mais 80 do que no sábado, das quais 504 em cuidados intensivos, ou seja, menos nove.

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 6.619 mortes e 394.573 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando ativos 68.208, menos 1.561 do que no sábado.

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Depois do “alívio” no Natal, voltam as medidas apertadas. Veja as regras

Depois de o alívio durante o Natal, o Governo decidiu manter as regras atualmente em vigor, que implicam medidas mais restritivas em função do grau de risco dos concelhos.

Se o Natal trouxe medidas mais “brandas” no combate à pandemia, permitindo o encontro das famílias, a partir deste domingo e até à próxima quarta-feira, dia 30 de dezembro, estão de volta as restrições. O Governo decidiu manter as regras atualmente em vigor, que permitem medidas mais restritivas em função do grau de risco dos concelhos, mas atualizou a lista de concelhos.

Portugal continental continua em estado de emergência desde as 00h00 do dia 24 de dezembro (a passada quarta-feira), e até às 23h59 do dia 7 de janeiro, lê-se no decreto-lei n.º 11-A/2020 publicado em Diário da República, que enquadra este novo estado de emergência, o sétimo no país. Neste contexto, depois de o alívio das medidas no período de Natal, mantém-se as regras até aqui em vigor.

Assim sendo, há medidas para todo o território nacional, como por exemplo, o uso obrigatório de máscara na via pública, espaços fechados ou nos locais de trabalho sempre que o distanciamento social não possa ser cumprido, ou controlo da temperatura corporal por meios não evasivos.

Não obstante a estas regras, há outras diferenciadas em função do grau de risco de cada concelho. Assim sendo, o Executivo atualizou a lista de regiões sujeitas a regras mais apertadas de controlo da pandemia. A decisão é tomada com base na informação da Direção-Geral da Saúde e o critério para ser incluído na lista é ter mais de 240 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, ou próximo de outro concelho que preencha o mesmo critério.

No patamar de “risco moderado”, em que o número de novas infeções é inferior a 240 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, estão agora 77 concelhos, mais quatro municípios face ao balanço anterior. São estes os concelhos em “risco moderado”:

  1. Albufeira
  2. Alcobaça
  3. Alcoutim
  4. Aljezur
  5. Aljustrel
  6. Almeirim
  7. Almodôvar
  8. Alpiarça
  9. Alvaiázere
  10. Alvito
  11. Arcos de Valdevez
  12. Arganil
  13. Arraiolos
  14. Arronches
  15. Avis
  16. Barrancos
  17. Beja
  18. Benavente
  19. Bombarral
  20. Borba
  21. Cadaval
  22. Carrazeda de Ansiães
  23. Castro Marim
  24. Castro Verde
  25. Constância
  26. Coruche
  27. Cuba
  28. Entroncamento
  29. Estremoz
  30. Ferreira do Alentejo
  31. Ferreira do Zêzere
  32. Fornos de Algodres
  33. Fronteira
  34. Góis
  35. Lagoa
  36. Lagos
  37. Mação
  38. Mangualde
  39. Mêda
  40. Melgaço
  41. Monchique
  42. Mora
  43. Moura
  44. Nazaré
  45. Oleiros
  46. Olhão
  47. Oliveira de Frades
  48. Ourique
  49. Pampilhosa da Serra
  50. Paredes de Coura
  51. Pedrógão Grande
  52. Penalva do Castelo
  53. Ponte de Sor
  54. Portel
  55. Proença-a-Nova
  56. Redondo
  57. Santiago do Cacém
  58. São Brás de Alportel
  59. Sardoal
  60. Sertã
  61. Silves
  62. Sines
  63. Sousel
  64. Tábua
  65. Tavira
  66. Tomar
  67. Viana do Alentejo
  68. Vidigueira
  69. Vila de Rei
  70. Vila do Bispo
  71. Vila Nova da Barquinha
  72. Vila Nova de Cerveira
  73. Vila Nova de Foz Côa
  74. Vila Nova de Paiva
  75. Vila Nova de Poiares
  76. Vila Real de Santo António
  77. Vila Viçosa

Relativamente às medidas a cumprir nestes concelhos vigoram as medidas mais básicas, aplicadas a todo o território continental.

Quanto ao concelhos de “risco elevado” a lista agora engloba 92 municípios. São eles:

  1. Abrantes
  2. Alandroal
  3. Alcácer do Sal
  4. Alcanena
  5. Alcochete
  6. Alijó
  7. Amadora
  8. Arruda dos Vinhos
  9. Aveiro
  10. Batalha
  11. Belmonte
  12. Cabeceiras de Basto
  13. Caldas da Rainha
  14. Campo Maior
  15. Cantanhede
  16. Carregal do Sal
  17. Cartaxo
  18. Cascais
  19. Castanheira de Pêra
  20. Castelo de Paiva
  21. Castro Daire
  22. Celorico da Beira
  23. Celorico de Basto
  24. Coimbra
  25. Condeixa-a-Nova
  26. Covilhã
  27. Elvas
  28. Faro
  29. Figueira da Foz
  30. Fundão
  31. Golegã
  32. Gouveia
  33. Leiria
  34. Loulé
  35. Loures
  36. Lourinhã
  37. Lousã
  38. Macedo de Cavaleiros
  39. Mafra
  40. Manteigas
  41. Marinha Grande
  42. Mira
  43. Mirandela
  44. Mogadouro –
  45. Moimenta da Beira
  46. Montemor-o-Velho
  47. Nisa
  48. Óbidos
  49. Odemira
  50. Odivelas
  51. Oeiras
  52. Oliveira do Bairro
  53. Ourém
  54. Palmela
  55. Penedono
  56. Penela
  57. Peniche
  58. Pombal
  59. Portimão
  60. Reguengos de Monsaraz
  61. Ribeira de Pena
  62. Rio Maior
  63. Sabrosa
  64. Salvaterra de Magos
  65. Santa Comba Dão
  66. Santarém
  67. São João da Pesqueira
  68. São Pedro do Sul
  69. Sátão
  70. Seixal
  71. Sesimbra
  72. Setúbal
  73. Sever do Vouga
  74. Sintra
  75. Sobral de Monte Agraço
  76. Soure
  77. Tarouca
  78. Tondela
  79. Torres Novas
  80. Torres Vedras
  81. Trancoso
  82. Vagos
  83. Vale de Cambra
  84. Valença
  85. Vendas Novas
  86. Viana do Castelo
  87. Vila Flor
  88. Vila Franca de Xira
  89. Vila Velha de Ródão
  90. Vinhais
  91. Vizela
  92. Vouzela

Neste sentido, em “risco elevado” e entre as medidas intermédias aplicadas nestes concelhos constam as seguintes medidas:

  • Proibição de circulação na via pública entre as 23h e as 5h;
  • Ação de fiscalização do cumprimento de teletrabalho obrigatório;
  • Encerramento dos estabelecimentos comerciais até às 22h00;
  • Encerramento dos restaurantes e equipamentos culturais às 22h30.

Ao mesmo tempo, há ainda 109 concelhos abrangidos pelas medidas mais graves por estarem também com níveis mais acentuados de contágio. No entanto, há sinais ligeiramente positivos já que no caso dos concelhos de “risco muito elevado” constam apenas mais um concelho, passando a ser 79. São estes os municípios:

  1. Águeda
  2. Albergaria-a-Velha
  3. Alenquer
  4. Alfândega da Fé
  5. Almada
  6. Almeida
  7. Amarante
  8. Amares
  9. Anadia
  10. Ansião
  11. Arouca
  12. Azambuja
  13. Baião
  14. Barreiro
  15. Boticas
  16. Braga
  17. Caminha
  18. Castelo Branco
  19. Chamusca
  20. Cinfães
  21. Espinho
  22. Estarreja
  23. Évora
  24. Fafe
  25. Felgueiras
  26. Figueira de Castelo Rodrigo
  27. Figueiró dos Vinhos
  28. Freixo de Espada à Cinta
  29. Gondomar
  30. Grândola
  31. Guarda
  32. Idanha-a-Nova
  33. Ílhavo
  34. Lamego
  35. Lisboa
  36. Lousada
  37. Maia
  38. Marco de Canaveses
  39. Matosinhos
  40. Mealhada
  41. Mértola
  42. Mesão Frio
  43. Miranda do Corvo
  44. Miranda do Douro
  45. Moita
  46. Monção
  47. Montalegre
  48. Montemor-o-Novo
  49. Montijo
  50. Murça
  51. Murtosa
  52. Nelas
  53. Oliveira do Hospital
  54. Ovar
  55. Paços de Ferreira
  56. Paredes
  57. Penacova
  58. Penafiel
  59. Peso da Régua
  60. Ponte da Barca
  61. Ponte de Lima
  62. Portalegre
  63. Porto
  64. Porto de Mós
  65. Resende
  66. Sabugal
  67. Santa Maria da Feira
  68. Santo Tirso
  69. São João da Madeira
  70. Seia
  71. Sernancelhe
  72. Serpa
  73. Terras de Bouro
  74. Torre de Moncorvo
  75. Valongo
  76. Vila Nova de Gaia
  77. Vila Real
  78. Vila Verde
  79. Viseu

Por outro lado, no caso dos concelhos de” risco extremamente elevado”, a lista passou a ter menos cinco concelhos, baixando para 30. São estes os concelhos de “risco muito elevado”:

  1. Aguiar da Beira
  2. Alter do Chão
  3. Armamar
  4. Barcelos
  5. Bragança
  6. Castelo de Vide
  7. Chaves
  8. Crato
  9. Esposende
  10. Gavião
  11. Guimarães
  12. Marvão
  13. Mondim de Basto
  14. Monforte
  15. Mortágua
  16. Mourão
  17. Oliveira de Azeméis
  18. Penamacor
  19. Pinhel
  20. Póvoa de Lanhoso
  21. Póvoa de Varzim
  22. Santa Marta de Penaguião
  23. Tabuaço
  24. Trofa
  25. Valpaços
  26. Vieira do Minho
  27. Vila do Conde
  28. Vila Nova de Famalicão
  29. Vila Pouca de Aguiar
  30. Vimioso.

No que diz respeito às medidas a cumprir, está previsto para os concelhos de “risco muito” e “extremamente elevado”:

  • Proibição de circulação na via pública a partir das 23h00;
  • Proibição de circulação na via pública e encerramento dos estabelecimentos comerciais nos próximos dois fins de semana entre as 13h00 e as 5h00.

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Fotogaleria: Primeiro dia de vacinação no Santa Maria

Arrancou o plano de vacinação contra o Covid-19 em Portugal. A primeira fase dá prioridade aos profissionais de saúde. O ECO esteve no Hospital Santa Maria. Veja as imagens na fotogaleria.

Arrancou hoje o plano de vacinação contra o Covid-19, mais de nove meses depois do primeiro caso registado em Portugal. A primeira fase da imunização vai abranger cerca 950.000 portugueses, dando prioridade aos profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central, que começaram a ser vacinados este domingo.

No hospital de Santa Maria, em Lisboa, processo está a ser feito em seis postos de vacinação. Até à próxima terça-feira, o centro hospitalar espera vacinar cerca de 1600 profissionais de saúde entre profissionais das urgências, serviços de internamento e cuidados intensivos assim como pessoal de apoio aos serviços, técnicos e auxiliares.

Veja a fotogaleria abaixo.

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Diretor de Infecciologia do S. João foi o primeiro português a ser vacinado

  • Lusa e ECO
  • 27 Dezembro 2020

O plano de vacinação começou no Hospital de São João, no Porto. O diretor de Infecciologia do hospital foi o primeiro português a ser vacinado.

A operação de vacinação em Portugal já começou. Às 10h07 deste domingo, António Sarmento (65 anos), diretor de Infecciologia do Hospital de São João, foi o primeiro português a ser vacinado. A primeira vacina foi administrada pela enfermeira Isabel Ribeiro, perante dezenas de `flashes´ e objetivas de televisão e ao som de aplausos. E com a presença da ministra Marta Temido, que acompanhou o arranque do plano de vacinação.

António Sarmento, diretor de Infecciologia do Hospital de SãoJosé Coelho/LUSA

A administração aconteceu na zona K5 que, habitualmente, está reservada às consultas externas do Hospital de São João. O diretor de serviços de doenças infecciosas, António Sarmento, de 65 anos, trabalha nesta unidade de saúde há 42.

A primeira fase vai abranger 950.000 portugueses, ou seja, cerca de 10% da população portuguesa. A opção pretende-se com a necessidade de garantir que há garantidamente vacinas disponíveis para a segunda dose que tem de ser ministrada com um intervalo de pelo menos 21 dias para garantir a sua eficácia. E um dos três grupos prioritários é o dos profissionais de saúde. Os outros são os residentes em lares e os que têm mais de 50 anos e patologias previamente identificadas.

Em toda a União Europeia também começou este domingo o plano de vacinação contra a Covid-19.

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Vacinação arranca hoje. Quantas doses chegaram a Portugal? Quem é prioritário?

  • ECO
  • 27 Dezembro 2020

Vão chegar mais de 79.000 vacinas a Portugal ainda em 2020. Quem é vacinado primeiro? Quanto é que o Estado investiu?

Em menos de uma semana tudo avançou rapidamente. A Agência Europeia do Medicamento aprovou, segunda-feira, a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 ao início da tarde. No final do mesmo dia, a Comissão Europeia concedeu a autorização de emergência para a vacina.

Os países da União Europeia (UE) estavam a postos. Parte das vacinas chegaram no sábado e este domingo arranca a vacinação contra a Covid-19 em Portugal e nos restantes 26 Estados-membros da UE. O ECO preparou um pequeno guia com as principais dúvidas sobre o processo de vacinação.

Quantas vacinas chegaram a Portugal?

Já chegaram 9.750 doses de vacinas, o número de doses que estava previsto. Mas a ministra da Saúde anunciou que segunda-feira, 28 de dezembro, chegará um novo carregamento com 70.200 doses.

No total, Portugal vai receber 79.950 vacinas ainda em 2020.

Quem são os primeiros a ser vacinados?

A primeira fase vai abranger 950.000 portugueses, ou seja, cerca de 10% da população portuguesa. A opção pretende-se com a necessidade de garantir que há garantidamente vacinas disponíveis para a segunda dose que tem de ser ministrada com um intervalo de pelo menos 21 dias para garantir a sua eficácia. Há três grupos prioritários para acesso à vacinação num primeiro momento:

  • Pessoas com 50 ou mais anos com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório. Este grupo abrange cerca de 450.000 pessoas.
  • Residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados e os respetivos profissionais. São cerca de 250.000 pessoas, que serão vacinadas nas respetivas unidades em que se encontram.
  • Profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados e profissionais das Forças armadas e de segurança (cerca de 300.000 pessoas).

Entre estes grupos prioritários, os primeiros a ser vacinados serão os profissionais de saúde, especificamente dos centros hospitalares de São João, do Porto, de Coimbra, de Lisboa-Norte e de Lisboa-Central. Com a entrega de mais 70.000 doses, 60% dos profissionais de saúde identificados já na primeira fase deverão ser vacinados.

E a restante população?

Há ainda mais duas fases de vacinação. Na segunda fase de vacinação, que no pior cenário começará em junho, estão abrangidas 2,7 milhões de pessoas que podem ser divididas em dois grupos:

  • Pessoas com 65 anos ou mais sem qualquer outra patologia, ou seja, cerca de 1,8 milhões de pessoas.
  • Pessoas entre os 50 e os 64 anos com diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, obesidade, hipertensão arterial e ainda com a possibilidade de se vir a incluir outras patologias. Este grupo abrange 900.000 pessoas.

Na terceira fase deverá ser vacinada o resto da população, se houver vacinas disponíveis. Se o ritmo de distribuição da vacina for lento, poderão ser criados mais subgrupos.

É obrigatório ser vacinado contra a Covid-19?

A vacina em Portugal é facultativa. No entanto, é altamente recomendável a sua toma para atingir a imunidade de grupo e quebrar cadeias de transmissão do novo coronavírus.

Há outras vacinas além da Pfizer/BioNTech?

A União Europeia já assinou sete acordos com diversas farmacêuticas. Com a Pfizer, a primeira vacina aprovada pelo regulador europeu, acordou-se a distribuição de 200 milhões de doses. Porém, há ainda a possibilidade de receber 160 milhões de doses da Moderna (que deverá ser aprovada no início de janeiro), 300 milhões da AstraZeneca/Oxford, 300 milhões da Sanofi-GSK, 200 milhões da Johnson & Johnson e 405 milhões da CureVac. Mais recentemente, Bruxelas acordou a distribuição de 100 milhões de doses com a Novavax.

Já se sabe que a Portugal chegarão: 6,9 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, 4,5 milhões de doses da Pfizer/BioNTech, 4,5 milhões da Johnson&Johnson, 1,9 milhões da Moderna e quatro milhões de doses da CureVac. Porém, é importante realçar que ainda só foi aprovada a vacina contra Covid-19 da Pfizer.

No total, quanto é que o Estado vai gastar?

No âmbito da aquisição conjunta da União Europeia, Portugal vai investir cerca de 200 milhões de euros, segundo números avançados no início do mês.

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STCP passa para a gestão intermunicipal

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2020

A municipalização da STCP começou em agosto de 2019 e agora, com o aval do Tribunal de Contas, passa para a gestão do Porto, Gaia, Gondomar, Matosinhos, Valongo e Maia.

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) está a partir deste domingo na esfera intermunicipal, passando os municípios do Porto, Gaia, Gondomar, Matosinhos, Valongo e Maia a assumir a gestão da operadora de transporte pública.

A operacionalização do contrato de intermunicipalização acontece depois do Tribunal de Contas (TdC) ter informado os municípios que o processo podia avançar mesmo sem visto daquela entidade, e de o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, ter garantido, no dia 9 de dezembro, que o Estado assumiria o pagamento dos 15 milhões de euros de dívida da STCP e os pagaria até ao final do ano. A garantia deixada por Matos Fernandes surge na sequência das preocupações expressas por vários autarcas que exigiam que a STCP seja entregue aos municípios com o “contador a zero”.

A STCP assegura o transporte coletivo público rodoviário de passageiros na Área Metropolitana do Porto, em regime de exclusividade dentro dos limites do concelho do Porto, e no regime geral de concessão nos concelhos limítrofes – Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Vila Nova de Gaia.

O processo de intermunicipalização da STCP estava a ser analisado desde março pelo Tribunal do Contas (TdC), altura em que a Câmara do Porto apresentou um requerimento a solicitar a concessão de visto prévio ao “Aditamento ao Contrato de Concessão de Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros Explorado pela STCP”.

No dia 2 de dezembro, a Câmara do Porto anunciou que o processo de intermunicipalização da STCP podia avançar mesmo sem visto do Tribunal de Contas que entendeu que o contrato-programa em causa encontra-se ‘abrangido pela isenção de fiscalização prévia’.

A intermunicipalização da STCP, que se iniciou em agosto de 2019, com a assinatura do Memorando de Entendimento com o Governo, estava inicialmente prevista para janeiro de 2020. Publicado em outubro de 2019 em Diário da República, o decreto-lei que “opera a intermunicipalização da STCP” define a transmissão, do Estado para os municípios, da “integralidade do capital social da STCP, representado por 60.507.813 ações nominativas de cinco euros cada”.

Já em 7 de agosto, o Estado aumentou o capital da empresa em 17,4 milhões de euros, para 319,9 milhões, com a emissão de 3.491.105 novas ações, de acordo com comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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Maiores fortunas do mundo cresceram 880 milhões por dia em plena pandemia

Jeff Bezos, CEO da Amazon, é novamente o homem mais rico do mundo. Mas quem mais ganhou em 2020 foi Elon Musk, o excêntrico líder da Tesla que beneficiou do disparo de 665% no valor das ações.

Jeff Bezos, Elon Musk ou Bill Gates são nomes conhecidos internacionalmente por estarem na vanguarda dos avanços tecnológicos. São também os atuais líderes do ranking dos mais ricos do mundo. Num ano que fica marcado pela pandemia de Covid-19 e pela crise económica que esta causou, as fortunas dos multimilionários não foram afetadas. Pelo contrário, até aumentaram.

A dias do fim de 2020, o Bloomberg Billionaires Index mostra que a fortuna conjunta das dez pessoas mais ricas do mundo situa-se em 1,09 biliões de dólares, valor que supera os 828,2 mil milhões de dólares em ativos detidos pelos líderes deste ranking no final de 2019. As dez personalidades que estão no topo da classificação acumularam mais 315,5 mil milhões de dólares ao longo de 2020, o que equivale, em média, a 881,3 milhões de dólares por dia.

O início do surto lançou o pânico nos mercados financeiros, que perderam milhares de milhões de dólares em março. No entanto, os investidores acabaram por incorporar o efeito do coronavírus nas economias, emprego e resultados das empresas, acalmando a tensão. Em simultâneo, houve setores que beneficiaram, como é o caso da tecnologia, e este foi um fator-chave para explicar o desempenho das fortunas mundiais.

Entre os dez mais abastados do mundo, há semelhanças. Todos estão ligados a grandes grupos empresariais, nove são norte-americanos e oito trabalham na indústria tecnológica. O homem mais rico do mundo é, tal como no ano passado, Jeff Bezos, CEO da Amazon, com um património líquido total avaliado em 188 mil milhões de dólares, graças a um ganho de 73 mil milhões de dólares durante o ano.

Mas quem mais enriqueceu foi Elon Musk, que viu a fortuna crescer para 155 mil milhões de dólares. Entrando no top 10 diretamente para a segunda posição desta classificação, o CEO da Tesla e da SpaceX apenas superou a barreira dos 100 mil milhões de dólares no passado mês de agosto, tendo até mesmo começado o presente ano com um património líquido total de “apenas” 27,6 mil milhões de dólares. O disparo aconteceu com a ajuda da valorização das ações da Tesla em bolsa: 665% em 2020, ano em que chegou ao índice de referência mundial S&P 500.

Além de Musk, as outras entradas foram de Steve Ballmer (antigo CEO da Microsoft e atual proprietário da equipa de basquetebol Los Angeles Clippers) e Larry Ellison (co-fundador e diretor executivo da Oracle Corporation). Saíram Amacio Ortega (presidente e fundador da Inditex), bem como Julia Flesher Koch e Charles Kock (herdeiros da Koch Industries).

Apenas um dos dez mais ricos perdeu dinheiro ao longo deste ano: Warren Buffett, investidor e presidente da multinacional Berkshire Hathaway, caindo para a sexta posição da lista. Estas são as dez fortunas mais valiosas do mundo em 2020:

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Biden alerta para consequências se Trump não assinar plano económico

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2020

Donald Trump ainda não assinou o pacote de apoio à economia que já teve o acordo de Republicanos e Democratas no congresso. Biden alerta para "consequências devastadoras".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou para as “consequências devastadoras” para milhões de norte-americanos em dificuldades se Donald Trump não assinar, como ameaçou, o pacote de relançamento económico aprovado pelo Congresso. Após meses de negociações, os parlamentares norte-americanos aprovaram na segunda-feira um plano de apoio à economia de cerca de 900 mil milhões de dólares (737,6 mil milhões de euros), mas o presidente cessante, Donald Trump, rejeitou-o, pedindo, entre outros, um aumento na ajuda direta às famílias.

“Este abdicar de responsabilidades tem consequências devastadoras”, alertou Biden, evocando nomeadamente o fim, a partir deste sábado, do subsídio de desemprego para 10 milhões de pessoas e do financiamento dos serviços do Estado a partir de segunda-feira.

“Este projeto de lei é essencial, deve ser assinado para entrar em vigor agora”, adiantou num comunicado o presidente democrata, chamando a atenção para a “devastação económica provocada pela covid-19”. A sua entrada em vigor está pendente de ratificação pelo presidente em exercício.

O pacote de emergência foi incluído na lei de despesas para financiar a administração federal até setembro de 2021, num valor total de 2,3 biliões de dólares (1,8 biliões de euros).

Os pontos mais marcantes do pacote de estímulo são o pagamento de 600 dólares (cerca de 491 euros) a todos os norte-americanos com rendimentos inferiores a 75.000 dólares (61.000 euros) por ano e subsídios de desemprego de 300 dólares (245,7 euros) por semana.

Também inclui 325 mil milhões de dólares (266 mil milhões de euros) em ajuda às empresas, 45 mil milhões de dólares (36 mil milhões de euros) para salvar sistemas de transportes públicos, 82 mil milhões de dólares (67 mil milhões de euros) para escolas e 20 mil milhões de dólares (16 mil milhões de euros) para distribuição de vacinas contra a covid-19.

A agência France Presse refere que um eventual veto do presidente republicano terá consequências desastrosas para milhões de norte-americanos, para as pequenas e médias empresas e, particularmente, para os setores da hotelaria, restauração e transportes aéreos, cuja atividade deve sofrer uma vez mais restrições devido ao aumento das infeções pelo novo coronavírus.

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Qual é o candidato presidencial com o orçamento mais reduzido?

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2020

Dos 16 mil euros aos 450 mil euros, estes são os orçamentos de seis dos sete candidatos à Presidência da República. "Tino de Rans" é o mais poupado, João Ferreira, do PCP, é o mais despesista.

O candidato presidencial Vitorino Silva, popularmente conhecido como “Tino de Rans”, tem um orçamento previsto para a campanha oficial de 16 mil euros, longe dos 450 mil euros orçamentados pelo rosto comunista na corrida a Belém.

“O meu orçamento é de 16 mil euros, mas só 10 mil em dinheiro. Tudo o resto é em géneros porque vou usar o meu carrito, vou dormir em casa de amigos, nalgumas zonas do país, mas vai ser tudo apontado e contadinho, quilómetro a quilómetro, refeição a refeição”, disse à agência Lusa o candidato.

As previsíveis sete candidaturas elegíveis para a Presidência da República têm até segunda-feira para entregar os respetivos orçamentos para a campanha oficial, entre 10 e 22 de janeiro, no Tribunal Constitucional (TC). Até agora, faltando apenas conhecer os valores da candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias, a seguir a “Tino” segue-se o detentor do cargo Marcelo (25 mil euros), em termos de despesa prevista.

O dirigente da Iniciativa Liberal Tiago Mayan (40 mil euros), a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (50 mil euros), o deputado único e presidente do Chega, André Ventura (160 mil euros), e o eurodeputado e dirigente da cúpula do PCP, João Ferreira (450 mil euros), são os restantes candidatos ao sufrágio de 24 de janeiro cujos orçamentos são conhecidos.

Os juízes do Palácio Ratton receberam documentação de nove cidadãos com pretensões a candidatar-se a chefe de Estado, segundo fonte da secretaria-geral do TC, mas publicamente só os referidos sete entregaram pelo menos o mínimo exigido por lei de 7.500 assinaturas de cidadãos eleitores.

Apesar de o sorteio da ordenação dos boletins de voto estar marcado para segunda-feira de manhã, o TC tem até 04 de janeiro para verificar a admissibilidade das candidaturas, nomeadamente o número de assinaturas. Segue-se um período de recurso por parte das candidaturas consideradas inelegíveis ou com irregularidades e a decisão final é proferida até 11 de janeiro.

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PSD critica “esperança contemplativa” de Costa

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2020

A mensagem de Natal de António Costa revela falta de "ambição e futuro", denuncia André Coelho Lima. Oposição unânime nas criticas ao primeiro-ministro.

O PSD considera que a mensagem de Natal de António Costa “define bem” a “forma paradigmática” de governar do atual executivo pela ausência de palavras de “ambição e futuro”, disse o vice-presidente dos sociais-democratas, André Coelho Lima. “Não houve uma palavra de ambição. Não houve uma palavra de futuro. Esta mensagem é de tal forma paradigmática que o senhor primeiro-ministro se esqueceu que Portugal terá dentro de cinco dias a tarefa honrosa que vai por os olhos da Europa sobre nós que é a de presidir à União Europeia (UE). Essa tarefa não mereceu uma única palavra”, disse André Coelho Lima.

Para o PSD, a mensagem de Natal de António Costa “define bem o que é este Governo e a sua forma de governar”, porque foi focada na palavra “esperança”, mas ofereceu ao país uma “esperança contemplativa”.

“É curioso que [o primeiro-ministro] escolhe a palavra ‘esperança’ sem ser acompanhada de futuro. É uma esperança contemplativa. Uma manifestação absolutamente paradigmática da forma de governar deste Governo e muito particularmente deste primeiro-ministro”, vincou o vice-presidente dos sociais-democratas.

Em declarações aos jornalistas, na sede do PSD, no Porto, André Coelho Lima disse que Costa “teve o cuidado de situar a ‘esperança’ em três circunstâncias”, mas enumerou-as uma a uma para concluir que todas são alheias à atuação do executivo socialista de António Costa.

“Falou da passagem para o novo ano, que é uma circunstância que depende apenas do calendário. Falou da vacina [para a covid-19], que é algo que depende da investigação científica e tecnológica. A nós compete-nos apenas fazer competentemente um plano de vacinação. E o que o senhor primeiro-ministro chamou de solidariedade reforçada da UE, os fundos extraordinários que virão para Portugal e restantes países europeus”, analisou o vice-presidente do PSD.

O deputado único da Iniciativa Liberal (IL) defendeu hoje que “Portugal precisa de um primeiro-ministro (PM) bom e não apenas de um PM bonzinho”, reagindo à mensagem de Natal do chefe do Governo minoritário socialista, António Costa.

Iniciativa Liberal: Portugal precisa de um PM bom e não “bonzinho”

“Portugal precisa de um primeiro-ministro bom (capaz de garantir um plano de vacinação sólido e ambicioso e um caminho de recuperação que não dependa só do Estado) e não apenas um primeiro-ministro bonzinho (focado na gratidão e solidariedade a tantos a quem o Governo falhou). Assim fica difícil ter esperança”, declarou João Cotrim Figueiredo.

“Uma mensagem de esperança implica ter um bom plano de vacinação, não apenas palavras. Uma mensagem de esperança implica ter ideias concretas para a retoma económica e não estar apenas dependente de dinheiro europeu. O Governo não dá qualquer confiança de que será capaz de implementar um plano de vacinação, nem medidas económicas que permitam a retoma social e económica do país”, apontou Cotrim Figueiredo.

O parlamentar da IL lamentou que “as principais figuras do Estado” considerem que “o futuro dos portugueses se resolve apenas com expressão de afetos”. “Uma mensagem de Natal deve sobretudo apontar para o futuro e dar esperança, infelizmente não se ouviram novas soluções, apenas o mesmo caminho cujos resultados não têm criado condições para progresso. Temos um Governo que não confia nos portugueses. Um Governo que não acredita e não dará condições à iniciativa privada”, lamentou.

CDS: Governo em fim de ciclo

O vice-presidente do CDS-PP Miguel Barbosa sentenciou hoje o “fim de ciclo” do Governo minoritário socialista dirigido por António Costa, ao comentar a mensagem de Natal do chefe do executivo. “António Costa serviu-nos hoje, em dia de Natal, um Governo em fim de ciclo e sem qualquer capacidade para contagiar de esperança os portugueses. O Natal de 2020 é marcado por uma angústia profunda em que centenas de milhar de portugueses vivem o Natal do seu descontentamento, sem direito a espírito nem ‘milagre de Natal'”, afirmou.

Segundo o dirigente democrata-cristão, “a mensagem de António Costa desfia lamentos e acrescenta desalento ao sofrimento”.

Sobre o plano de vacinação anticovid-19, Miguel Barbosa mostrou preocupação pela “opção preferencial pelos centros de saúde, em alternativa a centros de vacinação em larga escala”, pela “ausência de um plano de comunicação agressivo de sensibilização da população para aderir à vacinação”, questionando ainda “o porquê de os profissionais de saúde do setor privado não estarem incluídos na primeira fase de vacinação”.

“O CDS defende claramente um maior envolvimento das Forças Armadas em todo o plano de vacinação e no combate à pandemia em geral”, acrescentou.

PCP: O que faltou foi anunciar contratações para o SNS

O dirigente comunista João Frazão sublinhou a falta do anúncio de mais contratações para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou de políticas de rutura na mensagem de Natal da véspera do chefe do Governo, António Costa. “O que faltou ao primeiro-ministro (PM) foi anunciar a contratação dos profissionais de Saúde em falta, para o que tem, por proposta do PCP, cabimento no Orçamento do Estado. O que faltou foi anunciar a rutura com as políticas que criaram os problemas estruturais que ficaram agora expostos com a pandemia”, declarou.

“A dificuldade está em passar do reconhecimento dos profissionais do SNS, que deram uma notável resposta até agora, para a valorização concreta das suas carreiras e profissões. A dificuldade está em passar da solidariedade com o sofrimento de quem perdeu o seu emprego para a defesa concreta de empregos e salários, em passar da preocupação com a economia para a defesa da produção nacional”, defendeu Frazão.

“Certamente não fizemos tudo bem e cometemos erros, porque só não erra quem não faz”, admitiu Costa, prometendo não regatear esforços para combater a pandemia e aliviar o sofrimento dos portugueses.

BE: Governo tem de passar das palavras aos atos

O deputado Moisés Ferreira, do BE, disse que “só palavras não chegam” e instou o primeiro-ministro a traduzir os agradecimentos da mensagem de Natal “em atos” como a contratação “imediata” dos precários do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Só palavras não chegam. As palavras têm de ter uma tradução em atos que têm de ser consequentes. Reconhecer a importância dos profissionais da saúde, em particular do SNS, e depois não traduzir em atos é manifestamente insuficiente”, disse Moisés Ferreira.

Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, e quando fazia uma reação à mensagem de Natal de António Costa, também centrada na crise pandémica, o deputado bloquista referiu que Portugal “não pode ter um SNS com milhares de trabalhadores com contratos de quatro meses precários” e, ao mesmo tempo, um “Governo que se recusa a mexer no que quer que seja das carreiras dos profissionais da saúde, mas lhes agradece”.

Moisés Ferreira também falou do plano nacional de vacinação contra a covid-19, que arranca no domingo, apontando que “é bom” que comece este ano, mas tratando-se de um “processo que vai demorar muitos meses”, período durante o qual ter-se-á de conciliar “a vacinação com a resposta à covid-19, bem como a atividade programada e todas as outras doenças”, faltou a António Costa anunciar um reforço do SNS.

O deputado do BE deixou, ainda, notas sobre as medidas do Governo para fazer face à crise sanitária, económica e social do país, considerando que Costa promete “não regatear esforços” para ultrapassar a crise, mas “já tem regateado esses esforços”.

“Há apoios que continuam a não chegar a quem precisa desses apoios. Por exemplo, profissionais a recibos verdes que estão há meses sem rendimento ou à espera de uma resposta da Segurança Social. O que se espera também é que depois de anunciar que não regateará esses esforços, então que não continue a insistir nos mesmos erros que é de não ter apoios que chegam às empresas, pessoas e trabalhadores”, disse Moisés Ferreira.

PAN: Costa está em “confinamento político”

O porta-voz do PAN, André Silva, afirmou que o primeiro-ministro, António Costa, está em “confinamento político”, além do isolamento profilático pela pandemia de covid-19, por esquecer as “pontes” com outros partidos.

“O primeiro-ministro fez o discurso em confinamento político, uma vez que, sabendo que não reúne uma maioria absoluta no parlamento, continua a assumir o discurso oficial do PS como único caminho possível e parece já ter esquecido as pontes com outras forças políticas lançadas em sede do último orçamento do Estado”, lamentou, em reação à mensagem de Natal do chefe do executivo.

Segundo o deputado do partido Pessoas-Animais-Natureza, Costa “parece falar de um país que só existe no discurso oficial” e que não se vê “nas ações práticas do Governo e do PS”.

“A gratidão expressa-se, acima de tudo, em ações, e as palavras do primeiro-ministro só têm significado se forem acompanhadas de medidas concretas que toquem a vida das pessoas”, defendeu André Silva.

Chega: Costa imitou Marcelo com mensagem “vazia”

O presidente do Chega acusou o primeiro-ministro, António Costa, de protagonizar uma mensagem de Natal “vazia”, só com afetos, à imagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. “O que fica é uma mensagem vazia, supérflua, sem qualquer conteúdo político real, de um Governo minoritário, provavelmente a chegar aos últimos tempos da sua governação. António Costa quis fazer uma espécie de exercício à Marcelo Rebelo de Sousa, transmitir afetos, vazios, sem qualquer sustentabilidade em termos de medidas e isso é muito errado num primeiro-ministro”, disse André Ventura.

O também candidato presidencial do Chega afirmou que Costa “quis transmitir esperança e acabou por transmitir mais preocupação” aos cidadãos portugueses.

“Não foi capaz de, para lá dos afetos, explicar coisas que aos portugueses interessavam como a vacinação, o plano de apoio aos setores mais fragilizados como comércio, restauração e turismo”, lamentou.

“Veio dizer que tem esperança, que 2021, provavelmente, será um ano de ultrapassagem de alguns problemas, mas não conseguiu dizer porquê nem em que é que o Governo contribuirá para isso”, criticou o deputado único do partido da extrema-direita parlamentar.

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Os cinco dias em que a pandemia mais assustou Portugal

Do primeiro dia em que a pandemia chegou a Portugal aos 100 mil casos, passando pelos recordes de óbitos e novas infeções, conheça os cinco dias em que a pandemia mais assustou os portugueses.

A pandemia veio trocar as voltas à forma como vivemos, trabalhamos e até como nos relacionamos uns com os outros. Cerca de 300 dias depois de terem sido detetados os dois primeiros casos de Covid-19 em Portugal, o país já atravessou duas vagas, sete Estados de Emergência e viu a economia cair a pique, na sequência dos impactos económicos e que levaram o Governo a lançar diversos apoios. Ao todo, há já 391.782 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 6.478 mortos. Do primeiro dia em que a pandemia chegou a Portugal aos 100 mil casos, passando pelos recordes, conheça os cinco dias em que os números da pandemia mais assustaram os portugueses.

A 2 de março deste ano, os alarmes soaram com a confirmação por parte das autoridades de saúde de que tinham sido identificados os dois primeiros casos de infeção em território português. Tratava-se de um médico de 60 anos que esteve de férias no norte de Itália e um outro homem que esteve em Valência, Espanha. Ambos, portanto, vindos de países onde o novo coronavírus já tinha ganho alguma força e numa altura em que a doença já tinha infetado dezenas de milhares de pessoas um pouco por todo o mudo.

Quinze dias depois, e também a uma segunda-feira, a ministra da Saúde dava conta do primeiro óbito por Covid-19 registado em Portugal. A vítima mortal era um homem de 80 anos que estava internado há vários dias e que tinha “várias comorbilidades associadas”, ou seja, fazia parte do grupo de risco, mais vulnerável aos efeitos da doença Covid-19, explicou Marta Temido, em conferência de imprensa a 16 de março. Além da ministra da Saúde, também o primeiro-ministro e Presidente da República apresentaram as condolências aos familiares e amigos da vítima.

Ao final do dia 16 de março, a ministra da Saúde anunciava a primeira morte por Covid-19 em Portugal, contudo o registo só saiu no boletim da DGS do dia seguinte

Um dia depois, a 18 de março, pelas 20h00 o Presidente da República falava ao país a anunciar que Portugal iria entrar em Estado de Emergência, o primeiro em democracia. O anúncio foi feito depois do parecer favorável da Assembleia da República, sem nenhum voto contra, ao contrário do que se tem verificado ultimamente. Para tomar a decisão Marcelo Rebelo de Sousa invocou cinco motivos entre os quais, “o interesse nacional”, dado o “contexto excecional” vivido.

Assim, a partir de meados de março Portugal entrou em confinamento total e obrigatório com várias restrições na via pública. Todos os estabelecimentos considerados de serviços não-essenciais tiveram de fechar portas, sendo que já antes disso as escolas tinham sido encerradas, os jogos da I e II Ligas de futebol tinham sido suspensos, bem como os voos para Espanha e Itália, por exemplo. A pandemia continua a ganhar terreno em Portugal, mas só em abril viria a ser atingido o pico da primeira vaga da pandemia.

Na semana mais crítica durante a primeira vaga da pandemia, entre 30 de março e 5 de abril, a evolução dos casos oscilou e chegou a atingir 1.035 infeções diárias. Em termos acumulados, Portugal registou 5.316 novos casos. Em média, a Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 759 novos casos por dia neste período. Entretanto, os números começaram a desacelerar e, por isso, o Governo apresentou no final do abril o plano do desconfinamento, que aconteceu em três fases. Neste contexto, em maio, Portugal passou ao estado de calamidade, o nível mais elevado na Lei de Bases da Proteção Civil criada em 2006, com um alívio das medidas. O teletrabalho continuou a ser a obrigatório (sempre que as funções o permitiam), mas os diversos setores voltaram a retomar a atividade: a 4 de maio, o comércio local, especificamente lojas com porta aberta para a rua até 200m2, cabeleireiros, manicures e similares, bem como livrarias e comércio automóvel voltaram a abrir portas.

Na segunda fase, a 18 de maio, seguiram-se os restaurantes, cafés, esplanadas e lojas de maior dimensão (até 400 m2) e os alunos dos 11º e 12º anos de escolaridade retomaram o ensino presencial. Já na terceira e última fase, a 1 de junho, as restantes lojas de maior dimensão e centros comerciais voltaram a receber clientes e as creches, ATLS e pré-escolar voltaram a abrir. Os portugueses foram também autorizados a retomar o trabalho presencial, ainda que o Executivo tivesse recomendado que os horários de entrada e saída fossem desfasados.

Os meses foram passando e com a chegada do verão os números, tanto ao nível de novos casos de infeção como de mortos, tendiam a estabilizar. A título de exemplo, em junho foram registadas 166 mortes registadas a nível nacional (em média, cinco por dia), enquanto em julho foram registados 159 óbitos (também cerca de cinco por dia) e setembro, com 149 mortes (quatro por dia). Mas agosto foi mesmo o mês mais “suave”, tendo sido declarados 87 óbitos, isto é, uma média de dois por dia.

Depois de uma redução progressiva das restrições no país nestes meses de verão e apesar de a Área Metropolitana de Lisboa (AML) ter tido regras mais restritas durante esse período, o Executivo decidiu voltar a apertar o “cinto”. Assim, a partir de 15 de setembro, Portugal entrou em estado de contingência, de forma “preventiva”, para preparar o novo período de regresso às aulas e também aos postos de trabalhos. E, tal como se temia, a situação pandémica voltou a agravar-se nos meses que se sucederam, pelo que o Governo declarou o estado de calamidade em meados de outubro, com medidas mais restritivas, como, por exemplo, a proibição de ajuntamentos de mais de cinco pessoas na via pública. A 19 de outubro, Portugal ultrapassava a barreira dos 100 mil casos confirmados por Covid-19 desde o início da pandemia, tendo nesse dia registado 1.949 novas infeções e mais 17 mortes.

A 19 de outubro, registava 101.860 casos confirmados e 1.949 mortes por Covid-19

Segunda vaga bateu todos os recordes

Com os casos de infeção por Covid-19 a dispararem, no início de novembro, o Presidente da República interveio e propôs um novo Estado de Emergência “muito limitado e largamente preventivo”, avisando que novembro seria “um teste à contenção, serenidade e resistência” dos portugueses para superar a pandemia. E tinha razão, já que esta segunda vaga se veio a verificar muito mais mortífera do que a primeira. Só nos primeiros 19 dias de novembro, morreram quase 1.200 pessoas vítimas do novo coronavírus, mais do que a soma dos cinco meses anteriores (1.097).

Assim, se abril tinha sido o mês mais “negro”, a verdade é que em novembro foram batidos sucessivos recordes. Só nesse período, foram registados 156.782 novas infeções e 1.998 óbitos, superando, assim, a fasquia dos 829 óbitos registados em abril, aquele que foi considerado o pico da pandemia durante a primeira vaga e até, então, o mês mais mortífero. Esta situação levou a que o Governo dividisse os 308 municípios do país em quatro escalões, com base na incidência da Covid-19 por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, aplicando medidas mais restritivas de forma escalonada, consoante o risco de contágio da doença.

A 19 de novembro, Portugal registou o máximo de casos diários: 6.994 novos casos

Contas feitas, é uma média de cerca de 5.226 casos por dia e 66,6 mortes. Foi também em novembro que foi registado o máximo de casos diários: 6.994 novos casos a 19 de novembro, precisamente na semana em que Portugal deverá ter atingido o pico da segunda vaga, segundo avançou ao Observador [acesso pago] o engenheiro Carlos Antunes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e que trabalha com Manuel Carmo Gomes no aconselhamento científico ao Governo.

A13 de dezembro, foi atingido um novo recorde de óbitos decorrentes da Covid-19, com 98 mortos registados num dia

Desde então que os números de novos casos têm vindo a descer, contudo, a taxa de mortalidade é ainda preocupante. Neste contexto, só em dezembro foram detetados 93.721 novos casos de infeção e morreram 1.973 pessoas vítimas da doença. De salientar que a pouco menos do meio deste mês, a 13 de dezembro, foi atingido um novo recorde de óbitos decorrentes da Covid-19, com 98 mortos registados num dia, superando a anterior fasquia de 91 mortes (a 16 de novembro).

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