Fidelidade promove maior corrida empresarial do mundo, agora em formato virtual

  • ECO Seguros
  • 16 Setembro 2020

Será virtual a B2RUN de 2020, corrida solidária em que a distância percorrida por colaboradores e parceiros da Fidelidade são transformados em euros a atribuir este ano à Rede de Emergência Alimentar.

A Fidelidade renovou ao seu apoio à B2RUN, Corrida das Empresas ––, que se realiza no próximo dia 17 de setembro, pela primeira vez num formato exclusivamente virtual devido à COVID-19.

Equipa da Fidelidade presente na B2RUN de 2019. Este ano a corrida será virtual.

Na edição de 2020, o percurso de 5km pode ser feito a correr, caminhar ou pedalar num trajeto à escolha e sem necessidade de deslocação a Lisboa ou ao Porto, palcos das últimas edições, mas na plataforma digital EMEX, desenvolvida pela VOQIN.

A B2RUN aposta no desporto para a mudança positiva de mentalidades no tecido empresarial, na medida em que “as empresas de sucesso percebem a importância do equilíbrio entre a mente e o físico junto dos colaboradores”, diz um comunicado. A Fidelidade, que apoia a iniciativa desde o seu lançamento em 2016, afirma que esta “promove o espírito de equipa e de colaboração, bem como o impacto social e mobilizou os seus colaboradores e parceiros para participarem”, refere a seguradora.

Assumindo o valor da inscrição, os colaboradores e/ou parceiros da Companhia só têm de descarregar a aplicação UPNDO , app que liga indivíduos, empresas e organizações sem fins lucrativos, recompensando o movimento físico com apoio financeiro a angariar para uma instituição de solidariedade social. Os seus quilómetros em euros para doar a uma instituição, e que dá em tempo real todo o movimento dos participantes e o valor acumulado.

Aproveitando o formato digital da edição B2RUN 2020, a Fidelidade alargou a iniciativa no contexto internacional, mobilizando os países onde a companhia está presente, nomeadamente Espanha, França, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Macau e Perú, para a participação.

Os donativos angariados pelos participantes da Fidelidade Portugal irão reverter para a Rede de Emergência Alimentar, “procurando-se assim ajudar a ultrapassar a emergência que o país vive em consequência da pandemia provocada pela COVID-19”, conclui a companhia.

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Empresas ainda têm 500 milhões para pagar em impostos adiados

As empresas portuguesas tinham diferido 2.423 milhões de euros em impostos até junho. Em julho, grande parte desse valor já foi para o Estado, mas até ao final do ano faltam 502 milhões de euros.

Após terem adiado impostos nos primeiros meses da pandemia, as empresas tiveram de começar a fazer esses pagamentos: ao todo, já “devolveram” ao Estado 1.780 milhões de euros. Contudo, até ao final do ano, as empresas ainda terão de pagar pelo menos mais 502 milhões de euros de impostos adiados, sem contar com o valor do primeiro pagamento por conta do IRS e do IRS, que também foi adiado mas para o qual não há estimativa.

Para ajudar a liquidez das empresas no início da crise pandémica, o Estado permitiu-lhes adiar o pagamento de impostos, remetendo-o para mais tarde através de prestações. De acordo com o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) sobre a execução orçamental divulgado esta quarta-feira, as empresas chegaram a ter em junho 2.423 milhões de euros de impostos adiados, tendo sido “recuperados” pelo Estado 1.780 milhões de euros no mês de julho.

Em causa esteve o pagamento do IRC de 2019, que tinha sido adiado de 31 de maio para 31 de julho, no valor de 1.545 milhões de euros e a cobrança de 236 milhões de euros de receita respeitante à entrega faseada das retenções na fonte de IRS e IRC e do pagamento do IVA. É de notar que no caso do adiamento do pagamento do IRC este aplicou-se a todas as empresas enquanto os restantes adiamentos foram opcionais.

Permanecem diferidos 502 milhões de euros, devendo proceder-se à sua cobrança no decurso do segundo semestre de 2020“, revela a UTAO, referindo que este é um “risco descendente” para as contas públicas uma vez que pode haver incumprimento. Na prática, estas medidas apenas constituem uma perda de receita temporária com o adiamento do momento da cobrança, mas pode tornar-se permanente caso a empresa não consiga pagar mais tarde.

Se existirem danos na capacidade económica dos contribuintes (falência, insolvência ou outra situação grave) a receita liquidada poderá não ser cobrada, total ou parcialmente, embora continue a ser um direito do Estado“, explicam os técnicos do Parlamento, que já no passado avisaram para este risco, assim como o das linhas de crédito que foram concedidas às empresas para aliviar a tesouraria.

Além disso, os especialistas em finanças públicas avisam que os 502 milhões de euros estão subestimados uma vez que não contabilizam a medida de adiamento do primeiro pagamento por conta do IRS e do IRC, de 31 de julho para 31 de agosto, “cujo valor é significativo” mas não conhecido pela UTAO, “não existindo informação disponível relativamente ao impacto destas medidas”, dizem os técnicos.

O impacto do pagamento por conta “deverá continuar a ser significativo nos meses vindouros, por via das medidas legisladas e regulamentares já aprovadas, destacando-se o adiamento dos pagamentos por conta de IRS e IRC para o mês de dezembro e a suspensão ou redução desta obrigação fiscal para as PME e para empresas com quebras de faturação, não existindo estimativa disponível do seu impacto na cobrança de receita”, lê-se no relatório.

Finanças transferiram 44 milhões para a Grécia e 76,3 milhões para os lesados

O relatório da UTAO revela ainda que o Ministério das Finanças transferiu 44 milhões de euros para a Grécia, no âmbito do acordo alcançado no Eurogrupo, sendo que ainda faltará transferir 46 milhões de euros até ao final do ano, para um total de 90 milhões de euros.

Esta transferência refere-se ao acordo alcançado em dezembro de 2019 entre os ministros das Finanças da União Europeia em que estes decidiram devolver aos gregos os lucros que os bancos centrais dos Estados-membros, em nome do Banco Central Europeu (BCE), registaram com as obrigações gregas durante a crise das dívidas soberanas na Europa. Estes lucros estavam já nas mãos dos Estados uma vez que foram distribuídos na forma de dividendos.

Os técnicos do Parlamento referem também que foram pagos 76,3 milhões de euros aos lesados do Banco Espírito Santo que aderiram ao fundo de recuperação de créditos. “Este montante corresponde ao valor orçamentado no Ministério das Finanças para o OE/2020 e corresponde à terceira e última tranche”, explicam.

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Covid volta a adiar AG e eleições na APROSE

  • ECO Seguros
  • 16 Setembro 2020

A associação dos corretores e mediadores portugueses foi obrigada pela pandemia a voltar a adiar a assembleia geral de aprovação de contas de 2019 e a marcação de eleições para os orgãos sociais.

A APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros, foi novamente forçada a adiar a Assembleia Geral anual ordinária, devido à extensão a todo país do estado de contingência, decretado pelo Governo em consequência da pandemia Covid-19.

A assembleia geral estava marcada para dia 18 de setembro na Figueira da Foz, cidade escolhida por se localizar no centro do país, estimulando a presença de mediadores de todas as regiões. Depois de um adiamento inicial, quando esteve prevista para 27 de março, foi adiada devido ao estado de emergência que estava em vigor nessa data.

Esperando nova data possível, a AG inclui na ordem de trabalhos a leitura e votação da ata da assembleia geral realizada em novembro de 2019 e apreciação, discussão e votação do relatório e contas de 2019, que já está na posse dos associados da APROSE desde março.

As eleições para os órgãos dirigentes que deveriam ter lugar em outubro, também vão esperar para se realizarem um mês após a AG que aprova as contas. O atual presidente da APROSE, David Pereira, vai recandidatar-se a mais um mandato, encabeçando uma lista às eleições. Até este momento ainda não surgiu qualquer lista concorrente.

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DGS admite encurtar quarentena para 10 dias

Encurtar a quarentena é uma decisão "complexa" que está a ser estudada pelas autoridades de saúde portuguesas, diz Graça Freitas.

A Direção-Geral da Saúde admitiu esta quarta-feira encurtar o período de isolamento profilático de 14 para 10 dias. “Parece haver consenso à volta do 10º dia, sobretudo para os doentes, o que seria uma ótima notícia”, disse Graça Freitas.

Graça Freitas adiantou que está é uma decisão “complexa” que está a ser estudada pelas autoridades de saúde portuguesas em conjunto com os epidemiologistas. “Veremos a melhor evidência, mas era uma boa notícia”, disse na conferência de imprensa da DGS transmitida pelas televisões.

“Se conseguimos encurtar o período de isolamento, as pessoas retomariam a sua vida mais cedo”, concluiu a responsável.

Recorde-se que no final da semana passada, França decidiu reduzir o tempo de isolamento para os “casos contacto” da Covid-19 para sete dias e há já vários países a estudar esta hipótese.

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Banca tem “muita liquidez” para apoiar a recuperação verde da economia, garante Miguel Maya

O CEO do Millennium bcp garante que "o sistema financeiro está sensibilizado para os temas da sustentabilidade", mas avisa que a banca não pode apoiar tudo e todos, sem ter atenção ao risco.

Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp, garantiu esta quarta-feira que a banca está preparada para apoiar a economia portuguesa no processo de transição energética e na recuperação verde num cenário pós-pandemia, numa conferência online sobre Finanças Sustentáveis organizada pelo Jornal de Negócios.

“Muitas vezes coloca-se os bancos e a economia real em lados opostos. Mas estamos na mesma mesa, e é uma mesa redonda. Vivemos do crédito à economia e da sustentabilidade do crédito que concedemos. Quanto não tomamos decisões sustentáveis, um dia a fatura aparece. No passado já tivemos de cortar crédito à economia, no passado, mas hoje estamos com muita liquidez, temos muito recursos depositados no BCE, mais de 21 mil milhões de ativos passíveis de descontar. Podem contar connosco, o banco está preparado para apoiar a economia, com rigor”, disse o CEO

No entanto, deixa um aviso: “Mas não podemos apoiar tudo e todos, sem ter atenção ao risco. Neste momento, mais de 15% dos ativos do banco estão em risco por motivos de sustentabilidade futura. Só conseguiremos financiamento no futuro com uma avaliação de risco mais fina e totalmente baseada em critérios ESG [ambientais, sociais e de governance].

Sobre o papel das instituições financeiras na economia verde, Miguel Maya defende que a banca “é a energia da economia”, mas tem de ser uma energia renovável e não um combustível fóssil do passado.O sistema financeiro está absolutamente sensibilizado para os temas da sustentabilidade. Há instituição que têm uma clara noção que isto é vital para a subsistência da banca e da sociedade. Temos responsabilidades acrescidas na alocação de recursos, temos de fazer boa triagem e aplicar bem os fundos disponíveis, senão dificilmente se consegue a transição necessária e urgente”, disse o CEO do Millennium bcp num debate em que participaram também João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, António Martins da Costa, membro do Conselho de Administração Executivo da EDP, Francisco Veloso, diretor do Imperial College Business School e Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon.

MIguel Maya sublinhou ainda a importância da emissão de green bonds (obrigações verdes), algo que o banco que lidera quer ajudar as empresas portuguesas a fazer. “Ainda não é verdade que se emita mais barato nas green bonds, mas podemos lá chegar. Se impuserem uma quota para obrigações verdes, só a procura do Banco Central Europeu já garante que o preço baixa”, diz o banqueiro.

Às empresas que se financiam junto dos banco deixa um aviso: “Muitas ainda olham a sustentabilidade como um tema de marketing e não como um modelo de negócio. As novas gerações não vão tolerar que as empresas não cumpram as suas obrigações. Aquelas que não se adaptarem deixarão de ser viáveis e vão desaparecer, prejudicando os bancos”.

Na abertura do debate, João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD, sublinhou a emergência climática que estamos já a enfrentar e a sexta extinção em massa na Terra em que estamos a entrar, a primeira desde o desaparecimento dos dinossauros. Por tudo isto, defende, “o que se espera das empresas e dos negócios está a mudar e manter a mesma lógica do século XX é economicamente arriscado. O business as usual é algo do passado e reformar profundamente o capitalismo é necessário e ainda possível. Esta é a década derradeira e as empresas têm de se guiar pelos critérios ESG. Basta ver que os cabazes de ações que desvalorizaram menos nos últimos meses foram aqueles em que os critérios ESG estão mais enraizados. Propósito e lucro, por esta ordem, é uma combinação vencedora”, disse o responsável.

Sobre as green bonds, diz que são um mecanismo de financiamento incontornável e lembrou que só este ano o BCE vai desbloquear 250 mil milhões de euros em obrigações verdes. “Qual é a cor do dinheiro? Será cada vez mais verde, mas até que ponto o setor financeiro está preparado para fazer a transição à velocidade que é necessário ela acontecer. O dinheiro vai ser mais verde mas a base ainda é pequena e estamos longe da magnitude de investimento necessário”, rematou.

Ainda no capítulo das obrigações verdes, e num dia em que a EDP anunciou que vai avançar com uma nova emissão de dívida verde, António Martins da Costa, membro do Conselho de Administração Executivo da elétrica lembrou que “os investidores estão à espera de empresas mais transparentes” e sublinhou as cinco emissões de dívida verde já realizadas pela EDP, no valor de 3,7 mil milhões de euros.

“80% das empresas de energia já reportam pelas práticas ESG. É todo um movimento junto de comunidade de investidores para que os critérios ESG sejam cumpridos. Há quem esteja nesta onda só porque é trendy, mas quem não estiver dentro está fora do mercado. É a sobrevivência das empresas que está em jogo. Existe uma relação entre quem põe em prática o ESG, redução do risco e o aumento do retorno”, disse Martins da Costa

A CEO da Euronext Lisbon, Isabel Ucha, sublinhou por seu lado que “as bolsas também têm estado a fazer o seu papel”, com uma reflexão sobre o que devia ser a revolução do mercado de capitais. “A nossa visão é de que todos os produtos financeiros, tudo o que pusermos no mercado, vão ter de adotar a sustentabilidade como parte do seu BI. Os investidores estão cada vez mais exigentes: dentro de um ano ou dois vão ter portfólios escrutinados”, frisou.

Em representação do meio académico Francisco Veloso, diretor do Imperial College Business School lembrou que “serão necessários entre três e quatro triliões de investimento para cumprir Acordos de Paris” e apelou ao sistema financeiro para interagir e dialogar com empresas e universidades. “Há um desafio enorme e grandes passos a ser dados. Não estamos ainda próximos do que precisamos para chegar às metas de Paris. Tem de haver um esforço de dar informação sobre os investimentos que são feitos pela banca e pelos mercados financeiros a toda a cadeia de valor envolvida. Isto vai ser exigido pelo BCE e será importante para credibilizar os agentes na tomada de decisão”, defendeu.

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Brexit: Boris Johnson “esperançoso” num acordo de comércio com a UE

  • Lusa
  • 16 Setembro 2020

O primeiro-ministro britânico está "esperançoso" em chegar a um acordo pós-Brexit com a União Europeia, apesar do impasse nas negociações.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou esta quarta-feira estar “esperançoso” em chegar a um acordo pós-Brexit com a União Europeia (UE), apesar do impasse nas negociações e das tensões criadas por uma proposta de lei britânica que revoga compromissos anteriores.

“Não é o que este país deseja”, disse o líder conservador sobre a possibilidade de uma ausência de acordo que teria um impacto na economia britânica, durante uma audiência esta tarde com uma comissão que junta os presidentes das diferentes comissões parlamentares. “E não é o que os nossos amigos e parceiros da UE querem de nós. Por isso tenho esperança e expectativa de que não será esse o resultado” das negociações.

Boris Johnson, no entanto, recusou ceder na questão da proposta de lei que reverte parcialmente certos compromissos assumidos no Acordo de Saída do do Reino Unido da UE. Este texto, que segundo o próprio Governo viola o direito internacional, passou a primeira no Parlamento britânico na segunda-feira, apesar da contestação de vários deputados conservadores, tendo sido aprovado por 340 votos a favor e 263 contra.

Ameaçando uma ação legal, Bruxelas deu a Londres até final do mês de setembro para retirar a proposta polémica, que coloca em causa as regras aduaneiras para a Irlanda do Norte destinadas, em particular, a evitar o restabelecimento de uma fronteira físico entre a República da Irlanda, membro da UE, e a província britânica.

“Prefiro ter proteções que garantam a integridade deste país e protejam contra uma potencial rutura do Reino Unido”, justificou Boris Johnson, que acusou a UE de falta de “boa-fé” e “senso comum” nas negociações pós-Brexit.

As duas partes continuam a tentar negociar um acordo sobre a sua futura relação comercial, mas as últimas negociações não resultaram em grandes avanços. Meados de outubro é considerado o prazo para alcançar um entendimento, senão a ausência de um acordo resultará em tarifas aduaneiras no comércio entre o Reino Unido e o bloco europeu a partir de 01 de janeiro de 2021.

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Centros comerciais levam queixa a Provedoria contra isenção da renda fixa

Os centros comerciais apresentaram queixa à Provedoria da Justiça contra a lei que prevê a isenção do pagamento da renda fixa aos lojistas.

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) anunciou esta quarta-feira que apresentou uma queixa na Provedoria da Justiça sobre a lei no Orçamento de Estado Suplementar que isenta os lojistas de pagamento de renda mínima por a considerar inconstitucional.

A APCC refere que “apresentou hoje na Provedoria de Justiça uma queixa contra o n.º5 do artigo 168.º” da lei do Orçamento de Estado Suplementar, “que isenta os lojistas presentes nos centros comerciais de pagamento da renda mínima, denunciando a inconstitucionalidade do referido normativo“.

A associação apelou ainda à provedora de Justiça para que “tome em consideração as preocupações manifestadas, diligenciando juntos dos órgãos estaduais competentes para correção de uma situação que se reputa injusta, pouco clara, e de duvidosa compatibilidade constitucional e, caso assim o considere adequado, possa, em qualquer caso, requerer ao Tribunal Constitucional a declaração de inconstitucionalidade da norma”, lê-se.

A APCC sustenta a decisão de apresentar a queixa na Provedoria de Justiça “nos pareceres jurídicos elaborados” pelos constitucionalistas Jorge Miranda, Rui Medeiros e Jorge Reis Novais. De acordo com o documento apresentado à provedora, aquele artigo “conduz a situações de manifesta e profunda injustiça material, que suscitam dúvidas de constitucionalidade assinaláveis por violação, entre o demais, de direitos, liberdades e garantias”.

Além disso, “reflete a ilegitimidade da intervenção legislativa do Estado no plano de relações jurídico-privadas, comprimindo ilegitimamente direitos, liberdades e garantias e assim conduzindo a uma especial oneração dos proprietários dos centros comerciais na sua relação com os lojistas”.

“Como vínhamos a defender, os pareceres agora apresentados na Provedoria de Justiça para sustentar a nossa posição, indicam que o Orçamento Suplementar reflete uma interferência direta do Estado em contratos privados, anulando ou limitando as soluções de consenso a que lojistas e centros comerciais pudessem chegar, e impõe um prejuízo sério e injustificado na esfera patrimonial dos proprietários dos centros comerciais“, afirma António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, citado em comunicado.

“Não se rejeita que aos lojistas afetados pelas medidas legislativas e administrativas de exceção que determinaram o encerramento dos estabelecimentos comerciais ou a suspensão da sua atividade não fosse devida uma ajuda de natureza pública. O que rejeitamos é que essa ajuda seja coercivamente transmitida para os proprietários dos centros comerciais, que em nada contribuíram para a situação e que, de igual forma, foram severamente impactados pela pandemia“, acrescenta o responsável.

“Um outro ponto causador de especial perplexidade é que a norma se aplica, única e exclusivamente, aos contratos de utilização de loja em centro comercial, recortando o seu âmbito de aplicação de forma a excluir contratos de arrendamento com fins comerciais (por exemplo as lojas de rua)”, refere a associação.

Desde a entrada em vigor do Orçamento do Estado Suplementar, em 25 de julho, “que os lojistas em centro comercial com contratos de estrutura dual de renda ficaram isentos do pagamento de renda mínima — recaindo sobre os proprietários, o risco do curso pandémico –, sendo que os lojistas sem a componente variável da renda, ficam (apenas) cobertos pela moratória no pagamento das rendas, salvo outro acordo que tenha sido estabelecido, ou venha a ser estabelecido entre as partes”, aponta.

A APCC refere ainda que, segundo os constitucionalistas acima referidos, “não há dúvidas que a lei entrou em vigor no dia 25 de julho de 2020, sendo manifesta e cristalina a sua aplicação não retroativa (por só abranger rendas futuras) a contratos já celebrados e em execução”.

A associação e associados “continuam, como sempre estiveram, disponíveis para, em conjunto com os lojistas, encontrar as soluções adequadas a cada momento e à capacidade de cada lojista, tendo em vista a preservação do emprego gerado por este setor e a sua contribuição para a retoma da economia”, concluiu.

Lojistas falam em “manobra” por parte dos centros comerciais

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) não tardou em reagir a esta notícia, afirmando que isto “não é novo”, dado que a APCC já tinha apresentado aos deputados e ao Presidente da República estes pareceres. Além disso, diz a associação, o facto de a APCC ter “esperado dois meses para fazer este pedido revela bem que não se trata mais do que uma manobra para tentar condicionar as senhoras e os senhores deputados a não clarificaram que o justo e equilibrado regime das rendas se aplica desde o encerramento das lojas“.

O apelo de justiça por parte da APCC não deixa suscitar alguma curiosidade, uma vez que os próprios centros comerciais acham justo que os lojistas paguem a totalidade das rendas com as lojas e restaurantes fechados”, lê-se no comunicado enviado esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 10h37 do dia 17 de setembro com reação da AMRR)

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TAP desfavorável a alterações aos voos noturnos por estimar impacto financeiro de 48 e 95 milhões

  • Lusa
  • 16 Setembro 2020

Ramiro Sequeira esclareceu que está “a horas” de se tornar oficialmente o sucessor de Antonoaldo Neves no comando da TAP.

O novo presidente da Comissão Executiva (CEO) da TAP disse que a companhia aérea é desfavorável a qualquer alteração do horário dos voos noturnos e fala num potencial impacto financeiro de 47,6 a 95,2 milhões de euros.

Ramiro Sequeira, que, como esclareceu, está “a horas” de se tornar oficialmente o sucessor de Antonoaldo Neves no comando da TAP, participava por videoconferência numa audição do Grupo de Trabalho – Voos Civis Noturnos, da comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, no âmbito dos projetos de lei do PAN e do Bloco de Esquerda para interditar a ocorrência de voos civis noturnos entre as 00h00 e as 06h00, exceto para motivos de força maior.

Questionado sobre a flexibilidade da companhia aérea para alterações de horário, o responsável manifestou que a TAP é “desfavorável a qualquer modificação”, uma vez que isso pode ter impactos financeiros entre os 47,6 e os 95,2 milhões de euros, tendo como base todos os voos que a companhia deixaria de fazer no período noturno.

O CEO defendeu que existem outras formas de reduzir o ruído, nomeadamente o recurso a tecnologias mais avançadas e alterações aos protocolos de aproximação à pista e aterragem.

“A TAP cumpre todos os indicadores da indústria no que refere ao ruído e ao uso de mecanismos disponíveis para uma companhia aérea afrontar esta questão”, garantiu Ramiro Sequeira, sublinhando que a TAP é “sensível com todos os indivíduos que se veem afetados por esta questão [ruído]”.

Quanto aos incumprimentos às restrições para voos noturnos, a TAP lembrou que 73% não são imputáveis à companhia, mas prendem-se, sim, com questões relacionadas à própria operação do aeroporto e a uma “bola de neve de atrasos” que se pode gerar ao longo do dia.

“Quando nós temos um aeroporto [Humberto Delgado, Lisboa] que está a operar na sua capacidade máxima […] significa que não há margem para imprevistos”, apontou, referindo-se a atrasos causados pelas condições meteorológicas, o tráfego dos outros países, ou exercícios militares na envolvência do aeroporto.

“Isso cria a bola de neve. Isto é algo que a TAP tenta contornar, mas a realidade é que nós operamos num aeroporto com uma pista e que tem os ‘slots’ [vaga que permite marcar uma aterragem ou descolagem] vendidos”, acrescentou.

Desta forma, o responsável da transportadora manifestou-se também contra a possibilidade de mover os voos noturnos para o horário diurno.

“Mover todos os voos que estão autorizados no horário noturno para o diurno não é uma solução por si mesma, porque, num verão normal, esses ‘slots’ vão ocupar-se”, argumentou.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) manifestou o seu apoio à pretensão do PAN e BE de reduzir os voos noturnos e defende que ela se deve aplicar ao período entre as 23:00 e as 07:00, conforme afirmou numa audição em julho.

“A APA considera oportuna esta reflexão focada no objetivo de redução de voos noturnos, salientando que ela não se deve aplicar exclusivamente ao período entre as 00h00 e as 00h06, mas incluir o período entre as 23h00 e as 07h00”, disse o responsável.

No mesmo dia, o grupo de trabalho ouviu também Ana Nogueira, do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, que fez um balanço de medidas relacionadas com o ruído aprovadas nos últimos anos, nomeadamente pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Devido a exposição ao ruído ambiental estimou-se serem perdidos anualmente nos países da Europa ocidental cerca de um milhão de anos de vida saudável”, disse.

O presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), Luís Miguel Ribeiro, disse, por sua vez, que os níveis de ruído têm vindo a diminuir, nomeadamente pela maior eficiência dos motores dos aviões, e que criticou que se tenha deixado construir prédios habitacionais perto dos aeroportos.

Quanto às propostas partidárias em discussão Luís Miguel Ribeiro alertou que há voos noturnos que acontecem por irregularidades diurnas, pelo que se esses aviões não puderem regressar à base as irregularidades aumentam no dia seguinte em efeito “bola de neve”.

Afirmando compreender a preocupação em relação ao ruído defendeu uma “abordagem equilibrada” que não prejudique de forma excessiva o setor.

Luís Miguel Ribeiro disse também, em resposta a deputados, que dos movimentos noturnos só uma pequena parte são classificados como de “força maior”, acrescentando que são aplicadas multas mas que há todo um processo que vai gradualmente reduzindo o valor a pagar, e que em 2019 foram instaurados 133 processos referentes a 1.153 movimentos, tendo a ANAC aplicado multas no valor de 600 mil euros.

Antonoaldo Neves deixa hoje a liderança da TAP, na sequência do acordo entre o Governo e os acionistas privados para a reorganização do quadro societário do grupo – com a saída de David Neeleman – e será temporariamente substituído por Ramiro Sequeira.

Numa carta a que a Lusa teve acesso, o CEO cessante afirmou que “há sempre espaço para fazer mais e melhor”, adiantando que deixa a companhia aérea “com sentimento de missão cumprida”.

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PR defende que é urgente reformar sistemas político, económico e social “gastos”

  • Lusa
  • 16 Setembro 2020

"Necessitamos de uma vida nova a sistemas económico, social e político". "Tenho vindo a prevenir para o vazio que deixam e, como tudo na vida, outros se encarregarão de tentar preencher", diz o PR.

O Presidente da República defende que é urgente reformar os sistemas político, económico e social, que no seu entender estão “gastos” e “lentos” face às mudanças, “enquistados nos seus umbigos autorreferenciais”.

“Necessitamos de dar uma vida nova a sistemas económico, social e político gastos, lentos em apreender o que foi mas já não é nem realidade externa nem realidade interna, e enquistados nos seus umbigos autorreferenciais. Tenho vindo há anos a prevenir para o vazio que deixam e, como tudo na vida, outros se encarregarão de tentar preencher“, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem na abertura solene do ano letivo 2020/2021 do Instituto Universitário Militar, em Lisboa, a propósito dos efeitos da pandemia de Covid-19, e insistiu na necessidade de reforçar a coesão social no atual contexto.

A meio do seu discurso, de cerca de meia hora, o chefe de Estado começou por falar em termos gerais sobre a forma como, no seu entender, a pandemia está “a acelerar reflexões e sobretudo ações”, incluindo “na urgente e cronicamente atrasada reforma dos sistemas políticos económicos e sociais”.

Segundo o Presidente da República, verifica-se uma “incapacidade dos sistemas políticos, incluindo órgãos dos poderes políticos, sistemas partidários e parceiros económicos e sociais, de acompanharem a natureza e o ritmo das mutações em curso”.

“Neste quadro, a educação, toda ela, e o ensino superior, em especial, sofrerão inevitáveis alterações, e o que parecia pioneiro há uma dúzia de anos rapidamente passou ou vai passar a obsoleto”, anteviu.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, “a crise económica e social que já se iniciou, bem diferente das anteriores”, suscita também “questões graves de coesão social etária, funcional e territorial indisfarçáveis para os sistemas sociais de saúde e segurança social, que vivem tantas das vezes paredes meias quase se ignorando”.

Falando em concreto sobre o caso português, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas apontou como “desígnio nacional” o papel de “plataforma singular entre culturas, civilizações, oceanos e continentes”.

“Para tanto, precisamos de mais saber e de maior coesão social, de maior aposta nas avenidas da inovação e da criatividade, na ciência, na tecnologia, na natureza, no digital, no humano”, acrescentou.

“Para tanto, necessitamos de dar uma vida nova a sistemas económico, social e político gastos, lentos”, prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que “esses sistemas podem ainda e devem ainda aprender com as Forças Armadas e o universo militar”, por exemplo, “na disponibilidade integral para servir desinteressada e abnegadamente”.

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iOS 14 chega hoje ao seu iPhone. Veja as novidades do novo sistema operativo da Apple

Um novo aspeto no ecrã principal e mais poderes para a assistente virtual Siri são algumas novidades do iOS 14. Chegou hoje aos iPhones elegíveis para receberem a atualização.

O novo iOS 14 já está disponível nos iPhones elegíveis. A atualização ao sistema operativo traz uma série de melhorias e novas funcionalidades, entre as quais a possibilidade de ter widgets no ecrã principal e uma biblioteca que sugere aplicações com base nos hábitos e preferências do utilizador.

Esta versão do sistema operativo móvel da Apple tinha sido apresentada em junho. O lançamento oficial acabou por marcar também o evento da Apple promovido esta terça-feira, na qual a marca lançou novos relógios e um novo iPad, mas não um novo iPhone, ao contrário do habitual.

Graças a esta atualização, a assistente virtual Siri ganha mais poderes. Uma das novidades é a possibilidade de gravar e enviar mensagens de voz, tudo isto sem ser necessário tocar no ecrã do telemóvel. Pode agora pedir à Siri para iniciar a gravação e a mensagem é enviada.

A Siri ganha também capacidades de tradução melhoradas, sendo uma alternativa ao Google Tradutor. A nova aplicação Translate, que engloba as novas funcionalidades, tem ainda um modo de ecrã dividido que permite que duas pessoas mantenham uma conversa em tempo real em idiomas distintos.

O novo sistema traz também a possibilidade de ver vídeos ao mesmo tempo que se usa outra aplicação. Se um utilizador estiver a ver um vídeo e desejar abrir outra aplicação, pode manter o vídeo a correr no ecrã, numa versão em “miniatura” que pode ser arrastada para qualquer parte, ou mesmo escondida na lateral.

Caso esteja numa reunião e receba uma chamada, esta surge agora numa notificação no topo do ecrã, ao invés de ocupar o ecrã todo. A alteração permite aos utilizadores manterem-se no contexto do que estavam a fazer, podendo escolher entre atender a chamada, rejeitar, ou simplesmente ignorar.

Estas são as novidades mais marcantes do iOS 14. A atualização pode ser encontrada nas definições do telemóvel, surgindo na forma de uma notificação. Os iPhones mais antigos poderão não ser compatíveis e é recomendado que mantenha o telemóvel ligado à corrente elétrica durante o processo de atualização, que pode demorar vários minutos.

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Mário Ferreira investe 11 milhões para entrar no capital de grupo internacional de cruzeiros

O empresário Mário Ferreira comunicou ao mercado que entrou no capital da Saga Cruises, um grupo de cruzeiros e seguros com sede no Reino Unido.

Mário Ferreira acaba de anunciar a aquisição de uma posição acionista de cerca de 3% na Saga, uma companhia internacional de cruzeiros especializada no segmento etário acima dos 50 anos. O dono da Douro Azul, que recentemente comprou parte da dona da TVI, investiu cerca de 11 milhões de euros através da Pluris.

Através de um comunicado ao regulador do mercado de capitais britânico, a Pluris revelou que passou a deter, direta e indiretamente, 3,2% do capital da Saga. Contactado pelo ECO, o empresário não quis fazer comentários.

A Saga — que detém a Saga Cruises, bem como negócios no ramo segurador — anunciou recentemente que iria avançar com um aumento de capital no valor de 150 milhões de libras (quase 165 milhões de euros), numa operação que visa reduzir o elevado nível de endividamento.

Esta companhia, que era detida pelos fundos de capital de risco Charterhouse, CVC e Permira até à entrada no mercado de capitais, em 2014, contava com uma dívida líquida de 650 milhões de libras (equivalente a mais de 710 milhões de euros) no final de junho. No mercado, a capitalização bolsista não ia além de 179 milhões.

A aposta de Mário Ferreira acontece numa altura de mudanças numa empresa daquele que é um dos setores mais afetados pela pandemia, o do turismo. A Saga apresentou prejuízos de 55 milhões de libras nos primeiros seis meses deste ano.

O empresário, dono da Douro Azul, aposta numa empresa de grandes dimensões naquele que é o seu negócio “core”, isto depois de recentemente ter investido 10,5 milhões para comprar 30,22% da Media Capital.

Mário Ferreira ainda se juntou a Paulo Fernandes, da Cofina, para lançar uma OPA sobre a Media Capital, mas o negócio acabou por ruir. O empresário acabou por avançar sozinho para um acordo com a Prisa, disponibilizando-se, à data, para investir mais 15 milhões de euros.

Depois de Mário Ferreira, a Prisa chegou a acordo com mais um conjunto de investidores para vender a totalidade da sua posição no capital da dona da TVI. Entre esses estão Cristina Ferreira, Tony Carreira e Pedro Abrunhosa.

(Notícia atualizada às 17h38 com mais informação)

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Benfica perde quase 4%. Papel e energia dão ganhos ao PSI-20

Com os investidores internacionais a aguardarem resultados da reunião de dois dias da Fed, as bolsas sobem. Em Lisboa, o destaque é, no entanto, negativo: as ações do Benfica recuam quase 4%.

O Benfica foi derrotado por duas bolas a uma na Grécia, ficando de fora da pré-eliminatória da Champions e os investidores não perdoaram. As ações do clube da Luz recuaram quase 4%, destoando do sentimento vivido no PSI-20, que quebrou um ciclo de quatro sessões de perdas.

Na terça-feira, o Benfica foi derrotado por 2-1 na visita ao Paok, num jogo a contar para a 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões. A derrota colocou os “encarnados” fora da Champions, levando o clube da luz a perder milhões de euros. No seguimento do desaire, as ações da SAD benfiquista, que chegaram a recuar quase 6%, terminaram a sessão a desvalorizar 3,77% para 2,81 euros euros.

Paok castiga Benfica (também) em bolsa

Em sentido contrário, o PSI-20 quebrou o ciclo de perdas, tendo voltado a negociar em terreno positivo: avançou 0,22% para 4.293,62 pontos. A puxar pelo índice nacional estão os títulos ligados ao setor da pasta e papel, ou seja, cotadas com forte exposição mundial. A Navigator avançou 2,59% para 2,378 euros, a Altri ganhou 0,63% para 4,1760 euros, enquanto que a Semapa valorizou 1,39% para 8,04 euros.

Os “pesos-pesados” ligados ao setor energético também estão em destaque, com especial incidência para a EDP e a Galp Energia. A empresa liderada interinamente por Miguel Stilwell avançou 0,35% para 4,2540, no dia em que anunciou que vai avançar com uma nova emissão de dívida verde. Ao mesmo tempo, as ações da petrolífera somaram 1,29% para 9,0980 euros, alinhadas com o avanço das cotações do “ouro negro” nos mercados internacionais.

Em sentido inverso estiveram o BCP que viu as ações desvalorizarem 0,22%, para os 9,11 cêntimos, bem como da Nos, ao recuar 1,07% para 3,324 euros, travando ganhos mais acentuados para o PSI-20. Ainda assim, a bolsa de Lisboa acompanhou a tendência europeia.

Na Europa, o Stoxx 600 valorizou 0,4%, enquanto o francês CAC 40 ganhou 1,3%, , o alemão DAX avançou 0,1% e o espanhol IBEX 35 ganhou 1,3%. Assim, os investidores mantêm o foco apontado para a reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), esperando-se um compromisso reforçado da parte de Jerome Powell na manutenção do atual contexto de juros baixos por um longo período de tempo.

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