Prévoir dispara campanha publicitária para promover entrada na área da saúde

  • ECO Seguros
  • 16 Setembro 2020

A companhia francesa aposta numa campanha publicitária para apoiar a sua rede de distribuição com 750 mediadores e 16 escritórios em Portugal comunicando a sua entrada no ramo saúde.

A Prévoir tem no ar, desde início de setembro, uma campanha de rádio que sublinha que há compromissos para toda a vida, porque, segundo a companhia, “tudo está bem quando a saúde está bem”.

Eugénia Branco, responsável de Comunicação e Marketing da Prévoir: ” Queremos chegar próximo do consumidor, cuja preocupação com a vida e a sua saúde é crescente”.

A campanha de publicidade em rádio teve início de setembro, pode ser ouvido em diversas emissoras nacionais. A mensagem sublinha que há compromissos para toda a vida e marca o lançamento da área de saúde da Prévoir. Com forte atuação nas soluções de previdência, de reforma e de crédito habitação, a Companhia acaba de alargar o seu raio de proteção aos produtos de saúde, em co-seguro com a Victoria Seguros.

De forma mais alargada a comunicação da Prévoir, para lançar a sua entrada no ramo saúde, está presente nos meios digitais, na rádio e na imprensa, bem como em toda a rede de mediadores e de agências da Companhia.

“Pretendemos com esta campanha chegar próximo do consumidor, cuja preocupação com a vida e a sua saúde é crescente” afirma Eugénia Branco, Responsável de Comunicação e Marketing da seguradora. Tal como para nós, também para os nossos clientes é importante que os compromissos com a saúde e o bem-estar sejam a longo prazo”, conclui.

As mensagens publicitárias da rede Prévoir servem como apoio à rede de distribuição de 750 mediadores e 16 escritórios, sendo o produto mantido através do acesso à rede convencionada gerida pela Future HealthCare.

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“Relança-te”, um programa para acelerar a (re)integração no mercado de trabalho

A Fundação Ageas e o Impact Hub lançaram o “Relança-te”, um programa de aceleração online para combater o desemprego causado pela pandemia. As candidaturas estão abertas até 12 de outubro.

A Fundação Ageas e o Impact Hub Lisbon lançaram o “Relança-te”, um programa de capacitação e motivação dirigido a jovens com mais de 21 anos, que tenham estado em situação de lay-off e tenham perdido rendimentos, e que queiram ou já tenham iniciado um projeto de empreendedorismo sustentável.

O objetivo do projeto é ajudar a camada da população que perdeu o emprego devido à pandemia a reingressar no mercado de trabalho, através de um programa de aceleração e incubação, acompanhado por formadores e mentores. As candidaturas estão abertas até 12 de outubro e o projeto vai decorrer em formato 100% digital.

O programa integra a versão online da Escola do Impacto e, entre novembro e maio do próximo ano, vai selecionar dez finalistas que terão acesso a uma bolsa mensal de 1.500 euros e acesso a formação e mentoria para desenvolver os seus próprios projetos. Para participar, os candidatos devem ter concluído o 9.º ano de escolaridade, ter experiência profissional mínima de dois anos, conhecimento informático do ponto de vista do utilizador e um computador com acesso à internet.

10 finalistas, mas todos a bordo

Na primeira fase, o “Relança-te” vai acolher 50 candidatos em dois bootcamps — nos fins de semana de 6 e 7 de novembro e 13 e 14 de novembro. Destes, serão selecionados 25 elementos que transitam para a fase 2 de aceleração, que decorre entre 30 de novembro e 8 de março. Na terceira fase serão selecionados dez finalistas para a fase 4 de incubação que decorre a 13 de março a 31 de maio, durante a qual a mentoria será mais orientada para cada projeto a desenvolver e cada participante terá acesso a uma bolsa de 1500 euros, da Fundação de Ageas.

Os participantes que não passarem para as fases seguintes podem continuar a integrar a plataforma colaborativa da Escola do Impacto e inscrever-se nas próximas edições. “Essas pessoas vão ficar em contacto, nesta comunidade de empreendedorismo, de cowork, de laboratório de inovação e, portanto, vão crescendo. É essa a nossa intenção, fazê-los crescer”, assegura à Pessoas Célia Inácio, presidente da Fundação Ageas.

Durante todo o programa, os participantes terão a oportunidade de completar 108 horas de aceleração, acesso a mentoria pessoal, mentoria ao projeto, consultoria e feedback, acesso a recursos sobre empreendedorismo e ainda a possibilidade de construir uma rede de networking e contactos para o futuro.

Online pode ajudar a combater exclusão

Um dos critérios de seleção dos candidatos é terem conhecimentos informáticos do ponto de vista do utilizador e um computador com acesso à internet. Um dos maiores desafios do online será a forma como cada candidato vai adaptar-se a este formato, destaca a responsável. Contudo, o facto de ser online poderá possibilitar chegar a candidatos de todos os cantos do país, ressalva Célia Inácio. O Impact Hub Lisbon ficará responsável pela gestão e implementação do programa.

 

“A Fundação Ageas quer ser parte da solução, evitar o desemprego de longa duração e ajudar a relançar a economia, através da capacitação de pessoas, mas também da motivação, por forma a voltarem a acreditar que é possível recomeçar, daí o nome desta versão da Escola de Impacto online“, sublinha a responsável. “Se conseguir levar ao emprego dez pessoas numa edição, sou muito feliz“, remata Célia Inácio.

As candidaturas à primeira edição do “Relança-te” estão abertas até 12 de outubro e podem ser submetidas no site oficial da Escola de Impacto. Até 2022, a Fundação Ageas vai organizar mais duas edições do programa para continuar a combater o desemprego.

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Parlamento Europeu aprova que Comissão contraia empréstimo de 750 mil milhões para plano de recuperação

  • Lusa
  • 16 Setembro 2020

A proposta de decisão hoje votada em plenário aumenta o limite máximo dos recursos próprios da União Europeia e terá agora que ser aprovado por unanimidade pelo Conselho Europeu. 

O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira uma proposta que autoriza a Comissão Europeia a contrair um empréstimo no montante de 750 mil milhões de euros para financiar o pacote de recuperação de resposta à crise da Covid-19.

A proposta de decisão hoje votada em plenário aumenta o limite máximo dos recursos próprios da União Europeia (UE) e terá agora que ser aprovado por unanimidade pelo Conselho Europeu.

O eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD), correlator do PE sobre os recursos próprios, disse que “o parecer do PE dá luz verde para a concretização do fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros”. “Hoje, fez-se história no Parlamento Europeu. Durante 32 anos, a UE não dispôs de novos recursos próprios. A Comissão Europeia nunca recorreu aos mercados para contrair um empréstimo desta envergadura“, salientou ainda.

Segundo um comunicado, os eurodeputados aceleraram o processo de modo a que o fundo de recuperação esteja disponível em 01 de janeiro de 2021. “Nesse sentido, instamos o Conselho a aprovar, ainda esta semana, a decisão sobre os recursos próprios e a iniciar o processo de ratificação por parte dos parlamentos nacionais”, disse o correlator.

Os eurodeputados querem também um calendário juridicamente vinculativo para a introdução de novos recursos próprios, propondo uma reforma ambiciosa do sistema. Estas novas fontes de receitas da UE deverão cobrir os custos dos empréstimos contraídos ao abrigo do instrumento de recuperação (“Next Generation EU”).

A recuperação tem de ser financiada de forma sustentável, por exemplo, através da aplicação de impostos aos poluidores transnacionais e às empresas multinacionais, e não deve sobrecarregar as próximas gerações, defende o PE. Para além de uma nova contribuição nacional calculada com base nos resíduos de embalagens de plástico não reciclados, a partir de 2021, os eurodeputados querem que sejam introduzidos novos recursos próprios.

Segundo a proposta, a partir de 01 de janeiro de 2021 deverá haver um recurso próprio baseado nas receitas provenientes do regime de comércio de licenças de emissão da UE, dois anos depois deverão ser introduzidos receitas provenientes de um imposto sobre os serviços digitais e no mecanismo de ajustamento das emissões de carbono nas fronteiras.

Em 01 de janeiro de 2024, a UE deverá dispor de recursos próprios provenientes de um imposto sobre transações financeiras e dois anos depois terá receitas baseadas numa matéria coletável comum consolidada do imposto sobre as sociedades.

O parecer do PE sobre os recursos próprios é um passo essencial no processo legislativo. O Conselho da UE terá ainda de adotar a decisão por unanimidade e esta só poderá entrar em vigor após ter sido ratificada pelos parlamentos de todos os Estados-membros, em conformidade com as respetivas normas constitucionais.

A fim de assegurar a transição para o sistema revisto de recursos próprios e de a fazer coincidir com o exercício orçamental, a decisão deverá ser aplicável a partir de 01 de janeiro de 2021.

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UTAO avisa que dotação orçamental da saúde “poderá não ser suficiente”

Os técnicos do Parlamento consideram que, face à execução até julho, o orçamento da saúde "pode não ser suficiente", mesmo depois do reforço feito com o Orçamento Suplementar.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) mostra-se preocupada com a evolução do orçamento da saúde, temendo que não tenha as verbas necessárias até ao final do ano. Tal deve-se à acelerada execução da despesa, mesmo após o reforço orçamental dado pelo Orçamento Suplementar que entrou em vigor em julho.

O P016—Saúde apresentou um grau de execução elevado (58,6%), o que indicia também que a dotação do OE/2020 [Orçamento do Estado para 2020] e da 2.ªAOE/2020 [Orçamento Suplementar] poderá não ser suficiente“, escrevem os especialistas em finanças públicas no relatório sobre a execução orçamental até julho divulgado esta quarta-feira.

Os técnicos do Parlamento lembram que no Orçamento Suplementar houve um aumento da dotação para a Direção-Geral da Saúde, em 103 milhões de euros, e para o Serviço Nacional de Saúde, em 305 milhões de euros, para a aquisição de bens e serviços que, recorde-se, não é alvo de cativações.

Apesar desse reforço, o programa orçamental da Saúde apresenta uma execução acelerada, com a aquisição de bens e serviços até julho nos 3.651 milhões de euros, o que corresponde a uma subida homóloga de 10,4% e um grau de execução da despesa de 57% face ao Orçamento Suplementar.

A UTAO explica as três razões que justificam este comportamento: desde logo, a despesa relacionada com a pandemia; o pagamento de dívida comercial vencida pelo SNS; e os adiantamentos concedidos relativos a contratos-programa do SNS.

Em especifico as medidas no âmbito da Covid-19 que visaram apoiar a saúde correspondem a 383 milhões de euros, até ao momento, representando 17% dos gastos totais com a crise pandémica. O maior gasto, no valor de 254,2 milhões de euros, deve-se à aquisição de equipamentos de proteção individual, medicamentos e outros. Segue-se a aquisição de ventiladores e outros equipamentos (52,9 milhões) e o reforço de recursos humanos (37,5 milhões).

Leão ainda não teve de recorrer (muito) às reservas

Apesar da pressão na despesa pública, o ministro das Finanças, João Leão, manteve as dotações orçamental que estão na sua mão praticamente iguais, desbloqueando pouco dos 2.686 milhões de euros que o Ministério das Finanças controla. Em causa está a reserva orçamental, a dotação provisional — que foi reforçada em 300 milhões no Suplementar –, as cativações e o montante para a regularização de passivos e aplicação em ativos.

Adicionalmente, o decreto-lei de execução orçamental, que ainda não foi publicado, poderá elevar o montante de cativações, à semelhança do verificado em anos anteriores“, recorda a UTAO.

Estes são valores aos quais Leão pode recorrer caso haja uma derrapagem no orçamento da saúde, sem recorrer a um segundo Orçamento Suplementar. Destinado à saúde tem, por exemplo, os 85 milhões de euros relativos à sustentabilidade do setor da saúde, como mostra o gráfico da UTAO. Além disso, deverá contar com algumas verbas europeias, através de empréstimos, que poderão pagar algumas das despesas de saúde.

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EDP faz primeira emissão de green bonds em dólares

A empresa interinamente liderada por Miguel Stilwell d'Andrade contratou um sindicato de bancos para a colocação de obrigações a sete anos. Pela primeira vez, vai emitir títulos em dólares.

A EDP vai avançar com uma nova emissão de dívida verde. A empresa interinamente liderada por Miguel Stilwell d’Andrade contratou um sindicato de bancos para a colocação de obrigações que, quando avançar, será a terceira este ano. A notícia é avançada pela Bloomberg, de acordo com o Jornal de Negócios (acesso condicionado).

As green bonds terão uma maturidade sete anos de e serão, pela primeira vez, em dólares. De acordo com a agência, os bancos que estão a trabalhar na operação são o Barclays, o BBVA, o Citigroup, o Commerzbank, o Credit Agricole, o Deutsche Bank, o HSBC, o ING, o Mizuho e o MUFG.

A elétrica é o emitente português mais ativo no segmento de dívida verde e tem usado o encaixe para financiar o investimento em projetos renováveis. Desde 2018, quando se tornou a primeira cotada no país a entrar neste mercado, a EDP já fez cinco colocações de green bonds.

O total de obrigações verdes emitidas pela EDP situa-se em 3,7 mil milhões de euros, dos quais 1.750 milhões de emissões de dívida subordinada (híbrida) e 1.950 milhões de dívida sénior. Este montante representa 27% do total de dívida que a elétrica tem: 13,8 mil milhões.

A última emissão aconteceu em abril, quando a EDP colocou 750 milhões de euros em green bonds. Na altura, pagou uma taxa de juro de 1,72%, mas este valor não é comparável com a operação que está a ser preparada já que todas as emissões anteriores foram realizadas em euros.

(Notícia atualizada às 16h45)

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Football Leaks: “Tenho a certeza que este ataque teve enormes repercussões na PLMJ”

João Medeiros era na altura sócio da PLMJ. Caixa de correio foi toda divulgada no final de 2018. "Foram dias muito difíceis na minha vida" e "muitos pedidos de desculpas a clientes", diz o advogado.

O advogado João Medeiros, cujos mais de 95 mil mails foram divulgados no blogue Mercado do Benfica, admite que “esta questão está ligada ao Benfica”. O sócio, à data da PLMJ, é advogado da SAD do Benfica — juntamente com Rui Patrício de Paulo Saragoça da Matta –e admite que a divulgação de toda a informação contida nos seus mails lhe criou “um grande sobressalto” e assumiu que “foram dias muito difíceis na minha vida”. E assume ainda que este “ataque informático teve enormes repercussões na PLMJ e tudo isto foi encarado com enorme preocupação”.

Disse ainda que “foram muitos pedidos de desculpa que tive de dar aos clientes, muitas justificações e que, inclusive, foi chamado aos respetivos Conselhos de Administração para justificar o sucedido. E sublinha que “obviamente, a desconfiança ficou instalado durante algum tempo”. Desconfiança não só dos clientes mas também dos próprios colegas da PLMJ, onde na altura era sócio e de onde saiu, nove meses depois, para a Vda. “Claro que tive noção que, especialmente os meus colegas que fazem a chamada advocacia de negócios acharam que não fosse eu ‘meter-me’ com clientes do mundo do futebol, nada disto teria acontecido”. Assumindo que muitos adotaram uma postura de “a advocacia desta natureza é menos nobre”.

O advogado disse ainda que os mails hackeados por Rui Pinto chegaram a ser usados pelo Ministério Público, numa resposta a contestação no caso dos CMEC –processo em que João Medeiros defende António Mexia e João Manso Neto — quando questionado pela juíza das repercussões da divulgação da informação contida em cerca de 95 mil mails. Mails esses divulgados “logo no dia seguinte à não pronúncia da SAD do Benfica, no processo e-toupeira”. Ou seja, a não pronúncia data de 21 de dezembro e foi a 22 de dezembro de 2018 que começou a divulgação.

Horas antes, Luís Pais Antunes — na qualidade de managing partner da PLMJ — desvalorizou o ataque informático de Rui Pinto, sofrido pelo escritório no final de 2018. Em declarações em sede de julgamento no âmbito do processo contra o criador do Football Leaks, o advogado admitiu que a 21 de dezembro de 2018 “adquiriram a convicção que havia um acesso aos nossos sistema de informação”. Porém, insistiu que este tipo de ataque é “comum a muitas organizações”. “Não é um facto pontual, seja nos escritórios de advogados, mesmo outros, e noutras organizações”, explicou o presidente do Conselho de Administração do escritório que é assistente no processo. “Sempre houve violações de correspondência ou sistemas informáticos hackeados, a nível diário”.

A terceira sessão de julgamento do hacker Rui Pinto –que responde por um total de 90 crimes visando entidades como o Sporting, a Doyen, a PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol e a PGR — foi marcada pelos testemunhos de Luis Pais Antunes, managing partner da PLMJ , da parte da manhã. Da parte da tarde seguiu-se João Medeiros.

João Medeiros contou ainda que, na noite de 31 de dezembro de 2018, recebeu por volta da meia-noite um telefonema de “alguém a falar inglês e a rir-se, a desejar um bom ano de 2019”. Questionado pela juíza, o advogado revelou que o indicativo desse número era de “um país de Leste”. Horas antes, todos os mails do advogado da SAD do Benfica acabavam de ser divulgados, na íntegra, e de “forma acrítica”, no referido blogue.

“Pelo histórico, o primeiro acesso foram mais na área de criminal/contencioso e foi mais nessa área que a intrusão se verificou”, acrescenta, referindo-se à equipa, à data, liderada por João Medeiros. Nove meses passados, este advogado acabou por sair do escritório e integrar a Vieira de Almeida, onde é hoje sócio. “Houve uma duração na permanência na caixa de correio em causa de outubro a dezembro de 2018”, referiu Luís Pais Antunes.

O managing partner da PLMJ admitiu ainda que a sociedade de advogados tinha “níveis de segurança elevados, e depois reforçamos ainda mais a segurança mas também tenho a certeza que haverá sempre alguém com margem para contornar as dificuldades”. Preocupado em passar a mensagem de que os níveis de segurança atuais são elevados e insistindo na tónica que este tipo de ataque “pode acontecer também a outros escritórios de advogados”, admite que, na altura, “houve clientes que se mostraram compreensivos e calmos outros mais preocupados”. Na altura da divulgação dos mails divulgados no blogue Mercado Benfica, apenas os mails de João Medeiros foram divulgados. Rui Patrício, da Morais Leitão e Paulo Saragoça da Matta — também advogados do Benfica — não foram alvo de pirataria.

O ataque informático ao maior escritório português resultou na divulgação ilícita de documentos confidenciais sobre vários processos judiciais, como o caso E-Toupeira, a Operação Marquês e o processo BES.

À data, os documentos e centenas de emails foram disponibilizados para download através do blogue Mercado de Benfica, que até aqui se tinha dedicado à divulgação de correspondência interna do clube da Luz.

Nessa informação divulgada estava conteúdo confidencial relativa a Manuel Pinho, António Mexia, Ricardo Salgado, Henrique Granadeiro, a holding estatal Parvalorem e ao antigo espião Jorge Silva Carvalho. Já que o alvo foi João Medeiros, que representa a Benfica SAD no processo E-Toupeira.

A segunda sessão deste julgamento- realizada na terça-feira — ficou marcada pelo pedido do MP de exibição dos conteúdos originais dos dispositivos informáticos apreendidos a Rui Pinto, num requerimento formalizado na segunda sessão do julgamento.

Perante esta pretensão, a presidente do coletivo de juízes, Margarida Alves, concedeu um prazo de cinco dias para os assistentes no processo se pronunciarem.

A procuradora do MP, Marta Viegas, justificou a apresentação do requerimento por entender ser “imprescindível” em “futuras sessões” do julgamento a exibição dos “originais dos objetos apreendidos”. “Nunca foram trabalhados, nem seria possível. Tudo o que foi feito, foi baseado em cópias para não adulterar o original”, argumentou.

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Quase dois mil investidores da Orey Financial indemnizados em 259 mil euros

Sistema de indemnização de investidores apurou que a Orey Financial cobrou comissões de forma indevida a alguns clientes. Nos próximos meses, serão ressarcidos num máximo de 25 mil euros, cada.

O sistema de indemnizações de investidores (SII) já aprovou a lista de créditos de clientes da Orey Financial abrangidos pela cobertura do sistema. São quase duas mil pessoas a quem a financeira (do grupo Orey Antunes que está atualmente em PER) cobrou comissões de forma indevida e que vão agora receber mais de 259 mil euros.

“O montante total de indemnizações a pagar no âmbito do acionamento motivado pela Orey Financial – Instituição Financeira de Crédito, S.A. (“Orey Financial, IFIC”) é de 259.105,09 euros, envolvendo 1.883 investidores“, diz a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ao ECO.

A aprovação da lista aconteceu na semana passada, depois de o SII ter “procedido oficiosamente à verificação da existência de créditos de investidores abrangidos pela sua cobertura”. Após a conclusão do processo de verificação de créditos, o SII apurou que a Orey Financial cobrou a alguns clientes, de forma indevida, comissões de manutenção e de inatividade, comissões de transferência e comissões de consultoria para investimento (advisory) e/ou de gestão.

Concluiu, por isso, que os créditos dos investidores decorrentes destas cobranças indevidas devem ser restituídos e avançou com o processo. O pagamento das indemnizações deverá ser feito dentro de quatro meses, sendo que o montante máximo de indemnização garantido pelo SII é de 25 mil euros por investidor.

“O SII prevê concluir o processo de comunicações, incluindo os casos em que não se revele possível a comunicação por correio eletrónico, até final do mês de janeiro de 2021”, acrescenta sobre a empresa que já não está a funcionar. Há mais dois anos que a Orey anunciou que pretendia deixar o setor financeiro, cujos prejuízos pesavam nas contas do grupo.

A atividade da financeira passou cingir-se aos procedimentos necessários para encaminhar os ativos dos clientes e fechar a atividade e, no início desde ano, recebeu luz verde do Banco Central Europeu para que o Banco de Portugal lhe retirasse a licença de atividade.

Em novembro do ano passado, a holding que detém a Orey Financial — a Orey Antunes — avançou com um pedido de abertura de processo especial de revitalização (PER) junto do Tribunal Judicial de Comarca de Lisboa. O pedido de perdão de 90% das dívidas de 58,2 milhões de euros já foi validado tanto pelos credores como pelo tribunal.

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Siza Vieira defende “estímulos certos” para a cobertura total do país com tecnologia

  • Lusa
  • 16 Setembro 2020

O ministro defende que é preciso encontrar "os estímulos certos" para que haja investimento que assegure toda a cobertura territorial de redes tecnológicas.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital considerou esta quarta-feira que é preciso encontrar “os estímulos certos” para que haja investimento que assegure toda a cobertura territorial de redes tecnológicas.

Pedro Siza Vieira falava à Lusa no final da sessão “Os portugueses e a Internet em tempo de pandemia”, que decorreu hoje em Lisboa. Instado a comentar a possibilidade de investimento público ou coinvestimento para a cobertura total do país de tecnologias digitais, como tem apontado a Altice Portugal, o governante afirmou: “É preciso criarmos as melhores condições, por um lado, para que os investimentos por parte das operadoras de telecomunicações sejam aqueles que, por si só, são capazes de assegurar a resposta de mercado”.

Siza Vieira sublinhou que, “já no passado, o Governo foi capaz de apoiar alguma cobertura de algumas regiões menos densamente povoadas”. “Acho que é preciso continuarmos a mobilizarmos para encontrar os estímulos certos para que o investimento apareça para assegurar a cobertura territorial e da nossa população através destas novas tecnologias digitais”, acrescentou.

“No programa de recuperação e resiliência, a ideia de termos uma competitividade internacional e um aumento de coesão interna passa por fazermos com que nenhuma porção do nosso território fique para trás” designadamente no acesso às tecnologias digitais, “que hoje são tão importantes como o acesso a uma estrada ou uma ferrovia”, salientou.

Questionado sobre se a pandemia reforçou a necessidade do plano de transição digital, o ministro referiu que “ela apenas começou a tornar mais evidente para um conjunto alargado de pessoas a necessidade” de que essa transição tem de ser feita.

“Quando muitas empresas tiveram de encerrar as suas atividades, tiveram de enviar os seus colaboradores para casa, a forma de se manterem ativos, de contactarem os seus clientes, foi precisamente recorrerem às tecnologias digitais e foram as empresas digitalizadas ou aquelas que mais se adaptaram ao novo contexto que melhor passaram por este período de confinamento e melhor preparadas estão agora para aproveitar o contexto da retoma”, considerou o governante.

O plano de ação de transição digital que o Governo aprovou em fevereiro deste ano “visa precisamente apoiar as nossas pessoas a estarem mais capacitadas nas tecnologias digitais, as nossas empresas integrarem melhor as tecnologias digitais nos seus processos e na sua atividade e a nossa administração pública também a fazer o salto para o século XXI”, apontou.

Temos neste momento muitas empresas com grau de maturidade digital muito elevada, temos muitas áreas da administração pública em que o nível de utilização das tecnologias digitais compara muito positivamente com as suas congéneres europeias e o talento dos portugueses tem sido reconhecido, designadamente através de um conjunto muito grande de empresas internacionais” que se têm instalado em Portugal, acrescentou.

Por isso, “não devemos ver o copo meio vazio, devemos olhar para aquilo que já fazemos bem para nos dar confiança para replicar esses exemplos e conseguirmos acelerar o processo de transformação digital”, rematou Pedro Siza Vieira.

Em agosto, o .PT, responsável pela gestão do domínio de topo português .pt, atingiu “um total de 6.843 novos registos diretos em .pt”, o que corresponde a uma subida de 35% em termos homólogos e “mostra a preocupação dos portugueses em se adaptarem num contexto de pandemia”. Estes dados foram hoje apresentados numa sessão organizada pelo .PT sobre o aumento da presença dos portugueses na Internet durante a pandemia e a importância da transformação digital na resposta aos impactos da covid-19.

Dos novos registos em .pt, “mais de 50% são empresas de restauração e de serviços domésticos, ginásios e projetos de solidariedade social – muitos dos quais sem qualquer presença na Internet, antes da pandemia”.

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Presidente do Parlamento Europeu elogia proposta de salário mínimo em toda a UE

  • Lusa
  • 16 Setembro 2020

O presidente do PE apelida a proposta de um salário mínimo em toda a União Europeia de "muito importante", considerando que vai garantir "melhores padrões de vida e empregos mais fortes".

O presidente do Parlamento Europeu destacou esta quarta-feira a “proposta muito importante” de um salário mínimo em toda a União Europeia, avançada pela presidente da Comissão Europeia no seu discurso do Estado da União, proferido no hemiciclo de Bruxelas.

Elogiando o tom do discurso de Ursula von der Leyen, no sentido de colocar já em marcha uma agenda ambiciosa e justa para a Europa “não parar” apesar da pandemia da Covid-19, David Sassoli, numa reação à intervenção da presidente do executivo comunitário, realçou a ideia da criação de um quadro que garanta que haja um salário mínimo em todos os Estados-membros da UE.

É uma proposta muito importante a que foi feita de um salário mínimo, a ser introduzido através de negociação ou por lei, o que garantirá melhores padrões de vida e empregos mais fortes e mais robustos”, declarou o presidente do Parlamento.

Segundo o dirigente italiano, que pertence à família socialista europeia, é altura de pôr fim ao trabalho precário, “especialmente para os jovens”, que necessitam de “melhores condições de trabalho”.

No seu primeiro discurso do Estado da União, von der Leyen indicou que “a Comissão vai apresentar uma proposta legal para apoiar os Estados-membros a estabelecer um quadro para salários mínimos”.

“Todos devem ter acesso a salários mínimos, quer através de acordos coletivos, quer através de rendimentos mínimos estabelecidos” por lei, defendeu a antiga ministra do Trabalho alemã.

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, apontou a ideia de um salário mínimo na UE como uma das questões fundamentais da agenda social que Portugal definiu como prioritária para o exercício da sua presidência do Conselho Europeu, entre janeiro e junho de 2021, e em torno da qual espera alcançar um consenso, que admitiu não ser “fácil”.

“A ideia de haver um salário mínimo efetivo justo para cada país, dependendo obviamente das circunstâncias económicas e financeiras de cada um e do seu sistema laboral, seria muito, muito importante”, disse a secretária de Estado portuguesa.

“Temos de ver, não é fácil, mas esperamos conseguir um consenso em torno destas ideias que serão fundamentais para o futuro”, afirmou a secretária de Estado, que falava à imprensa à margem de um debate sobre o Estado da União, organizado pelo Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e pela agência Lusa em Lisboa.

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Plataformas cloud: inovação com segurança

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 16 Setembro 2020

A necessidade de trabalhar remotamente em plataformas cloud, esbarra muitas vezes na segurança e garantia de proteção de dados destas soluções. Mas afinal, as plataforma cloud são seguras?

À medida que o tempo passa e a situação pandémica do COVID-19 parece não querer abrandar, o tema “teletrabalho” continua a ser recorrente. Muitas são as empresas, de diversas áreas de atividade, que ponderam fazer desta modalidade uma realidade de carácter mais permanente. O recurso a diversos softwares e plataformas que sustentam o trabalho remoto teve um maior impulsionamento agora que se tornou fundamental, mas a verdade é que a desconfiança sobre a segurança destas ferramentas é ainda recorrente e constitui alguns entraves em áreas que lidam com dados mais sensíveis, como é o caso da área jurídica.

Importa desmistificar a ideia de que a cloud não é segura e este receio da exposição dos dados sigilosos dos clientes ou da empresa. Uma cibersegurança eficiente e robusta assenta em três pilares fundamentais: políticas, processos e pessoas. Estes três pilares são ainda mais relevantes quando se fala de plataformas cloud.

A cloud não é insegura! O que acontece muitas vezes, é que a maioria das empresas não dispõe de uma infraestrutura de segurança de TI que permita detetar ameaças de segurança ou colmatar falhas de segurança existentes, ou seja, não estão preparadas ou não têm os recursos necessários para lidar com as crescentes e complexas ameaças de segurança de hoje.

Pelo contrário, a segurança dos provedores cloud é feita para proteger os dados em grande escala e de forma sempre atualizada por profissionais especializados. Além disso, permite proteger os dados em caso de perda dos equipamentos (servidores e datacenters físicos), mantendo esses dados encriptados e seguros em acesso remoto, protegidos por SLAs e protocolos de segurança.

Adicionalmente, e contrariando a ideia de que as plataformas cloud são mais dispendiosas, usar este tipo de soluções é um investimento menor que manter os dados em servidores físicos próprios.

Foi precisamente na área jurídica que a Rolling Space – empresa portuguesa de TI com mais de uma década de experiência na área da segurança e soluções cloud – lançou uma plataforma inovadora, 100 % cloud, que permite aos advogados fazerem uma gestão mais eficiente e produtiva da sua atividade: a Rolling Legal. Esta plataforma permite o acesso e edição da informação em múltiplos dispositivos, sendo uma excelente opção quando em trabalho remoto.

A Rolling Legal está prepara para o Regulamento Geral da Proteção de Dados e é construída sobre a plataforma Salesforce, uma arquitetura de segurança robusta e flexível em que confiam empresas de todo o mundo, incluindo as das indústrias mais fortemente regulamentadas – desde serviços financeiros, a cuidados de saúde e governo.

Confiada por mais de 150.000 empresas em todas as indústrias e em todo o mundo, a plataforma fornece segurança e controlo sobre tudo, desde a autenticação de utilizadores e clientes através de permissões administrativas até ao modelo de acesso e partilha de dados.

Com esta tecnologia, é possível assegurar:

a. A Segurança da Organização – A solução protege os dados de cada organização de todos os outros dados de clientes, utilizando um identificador único que restringe o acesso aos dados, a todos os níveis, de qualquer pessoa fora da empresa – incluindo nós.

b. A Segurança do utilizador – A autenticação do utilizador combinada com a segurança ao nível da rede por endereço IP, restrições de sessão, e pistas de auditoria proporcionam controlo e visibilidade sobre o que os utilizadores estão a fazer no sistema e o seu histórico de atividade.

c. A Segurança Programática – Sessões autenticadas configuráveis asseguram o acesso à lógica, dados e metadados. A solução oferece até um scanner de código fonte que produz um relatório que analisa a segurança do seu código.

d. Confiança e Visibilidade – A confiança começa com transparência, pelo que a solução exibe informação em tempo real sobre o desempenho e segurança do sistema e oferece dicas sobre as melhores práticas de segurança para a organização.

A Rolling Legal tem vindo a assumir-se, junto das sociedades de advogados e departamentos jurídicos das empresas, como uma solução cloud completa e segura, vocacionada para a gestão da atividade jurídica, otimizando a performance destes profissionais.

Está a ser apresentada em live sessions e disponibiliza um teste gratuito de 30 dias.

A tendência que irá determinar a transformação dos modelos de negócios traduz-se num cada vez maior o compromisso com soluções tecnológicas para a gestão de negócios. Sustentada nestas tendências, a Rolling Space disponibiliza também outras plataformas de gestão na cloud, nomeadamente na área da propriedade intelectual: Rolling Trademarks e Rolling Patents.

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Taxas de juro abaixo de 0%? Afinal, podem não ser eficazes

Estudo analisou decisões de crédito e investimento. Concluiu que pessoas percepcionam juros negativos dos bancos centrais como "emergência" e a estratégia acaba por ter o efeito contrário ao esperado.

Fazer baixar o custo do dinheiro para o fazer circular e estimular a economia é a arte dos bancos centrais, que foi — na última crise — levada ao extremo com os juros abaixo de 0%. Seis anos depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter atirado a taxa de referência para 0%, levando as taxas de mercado para valores negativos, um novo estudo avisa que, afinal, não é uma estratégia eficaz.

Se na Zona Euro a situação é essa, nos EUA, Reino Unido, Noruega, Austrália, Nova Zelândia, Israel e Canadá os juros são atualmente inferiores a 0,25%, aumentando a probabilidade de os bancos centrais fazerem cortes para contrariar o impacto da pandemia. É essa a expectativa dos mercados monetários para o Banco de Inglaterra, por exemplo, enquanto o homólogo neozelandês já está a trabalhar com a banca para se prepararem para taxas de juro negativos.

No entanto, um novo estudo de economia comportamental concluiu que os juros negativos são ineficientes e poderão até mesmo ser contra-producentes. “Se o objetivo é motivar as pessoas a assumirem mais dívida e a aumentarem o investimento em ativos de risco, então juros a zero são na realidade mais eficazes do que juros negativos“, diz Lior David-Pur, responsável pela agência de gestão da dívida de Israel, à Reuters (acesso livre).

Pur é o co-autor de um estudo publicado no Journal of Behavioral and Experimental Economics, que concluiu que o impacto é maior na tomada de risco e no comportamento financeiro quando a descida nos juros é de 1% para 0%. Essa mudança — que foi a levada a cabo, este ano, pelos bancos centrais dos Estados Unidos e da Austrália — poderá gerar maiores ganhos de acordo com a avaliação às decisões de investimento de 205 estudantes (divididos em quatro grupos) em reação a juros negativos.

O grupo em que os juros caíram abaixo de 1% acabou por diminuir o endividamento em 1,75%, enquanto a procura por empréstimos subiu 20% no grupo em que os juros caíram para 0%. “O número zero em si mesmo tem um significado para as pessoas”, explica David-Pur, à Reuters. O outro co-autor do estudo, Anatoli Annenkov (ex-economista do BCE) clarificou que juros negativos levaram a descidas no endividamento (crédito para investimento) porque esta decisão é sinal “de algum tipo de situação de emergência”.

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Há mais 605 infetados com Covid-19. Morreram mais três pessoas

Nas últimas 24 horas foram identificados 605 novos casos do novo coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 65.626.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 605 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 65.626 o número total de infetados desde o início da pandemia. O número total de vítimas mortais subiu para 1.878, após terem sido registadas mais três mortes nas últimas 24 horas.

Portugal volta a estar acima da fasquia dos 600 novos casos de infeção, após um dia de interregno. Entre os casos de infeção confirmados desde o início da pandemia, mas considerando também os recuperados, existem atualmente 19.220 casos ativos, mais 436 nas últimas 24 horas.

A maioria dos novos casos foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Dos 605 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 290 foram registados em Lisboa (cerca de 47,93% do total), seguidos pela região Norte, que contabilizou 201 novas infeções (33,2%).

Neste contexto, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (33.587 casos de infeção e 709 mortes), seguindo-se do Norte (23.729 casos e 859 mortes), do Centro (5.383 casos e 254 mortes), do Algarve (1.277 casos e 18 mortes) e do Alentejo (1.277 casos e 22 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 240 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 193 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Boletim epidemiológico de 16 de setembro

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 482 estão internados (mais quatro face ao dia anterior), dos quais 61 em unidades de cuidados intensivos (mais dois). Há ainda 37.287 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 332 do que no balanço de terça-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 166 recuperados, um número ligeiramente inferior relativamente ao último balanço. No total, já 44.528 pessoas recuperaram da doença.

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