BE pressiona mudança na gestão do Novo Banco

  • ECO
  • 6 Agosto 2020

Nas negociações com o Executivo, o Novo Banco será um dos temas levados pelo Bloco. Mudanças no Fundo de Resolução também estarão em cima da mesa.

O Novo Banco será um dos temas discutidos nas negociações entre o Bloco de Esquerda e o Governo. O partido quer mudanças na gestão do banco, atualmente liderado por António Ramalho, bem como na liderança do Fundo de Resolução, que tem Máximo dos Santos no leme, adianta o Correio da Manhã (acesso pago).

A deputada Mariana Mortágua defende que “é preciso retirar a confiança à administração do Novo Banco”, apontando que “não é possível ter à frente do banco alguém que está sempre a tomar decisões contra o Estado”. Quanto ao Fundo de Resolução, a bloquista reitera que o organismo mostrou não ter “capacidade de fiscalização” na venda dos ativos.

O partido tem ainda em mente a exigência de que a Inspeção-Geral de Finanças ou o próprio Banco de Portugal concluam a auditoria entregue à Deloitte. Através do documento, os bloquistas querem perceber se há argumentos para que seja anulado o contrato de compra do Novo Banco pela Lone Star.

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Arlindo Oliveira é um novo administrador não executivo da CGD

Arlindo Oliveira, antigo presidente do IST, era já membro do "Digital Advisory Board" da Caixa Geral de Depósitos e junta-se agora ao Conselho de Administração. 

A Caixa Geral de Depósitos tem um novo membro não executivo do Conselho de Administração, anunciou o banco, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). É Arlindo Oliveira, professor no Instituto Superior Técnico (IST) e diretor do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores.

“Por deliberação unânime por escrito do seu acionista único, de 5 de agosto de 2020, considerando a não oposição do Banco Central Europeu quanto à avaliação da adequação do membro do órgão de administração, foi eleito como membro não executivo do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, para completar o mandato de 2017-2020, o senhor professor Arlindo Manuel Limede de Oliveira”, lê-se no comunicado.

Esta decisão produziu efeitos a partir de 4 de agosto de 2020, termina o comunicado. Arlindo Oliveira, que tem formação em engenharia eletrotécnica e de computadores e já foi presidente do IST, era já membro do “Digital Advisory Board” da Caixa Geral de Depósitos.

O antigo presidente do Técnico junta-se assim ao conselho de administração da CGD, que tem como presidente não executivo Emílio Rui Vilar.

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Lisboa na linha de água. CTT caem quase 2% depois de apresentar resultados

O dia arranca volátil na praça lisboeta, oscilando entre os ganhos e as perdas. O BCP e a Galp Energia pesam no índice, bem como os CTT, que recuam depois de reportar prejuízos.

Depois de três sessões consecutivas de ganhos, a bolsa de Lisboa voltou a “terreno” vermelho no arranque da sessão, mas conseguiu inverter poucos minutos depois. Pela Europa, o sentimento também não é positivo, com a a generalidade das praças a começar o dia com perdas. Por cá, os CTT caem depois de apresentar resultados, e os “pesos pesados” da bolsa também penalizam o desempenho.

O PSI-20 caía 0,57% para os 4.377,82 pontos no arranque desta sessão, mas conseguiu passar para cima da linha de água, registando ganhos ligeiros de 0,08%.

Nas perdas, o destaque vai para os CTT. Os títulos da empresa tinham estado a negociar em alta antes da apresentação de resultados, somando quase 10% nas últimas duas sessões. No entanto, agora que já são conhecidas as contas da empresa, que passou de lucros a prejuízo de dois milhões de euros no semestre, as ações dos CTT caem 1,95% para os 2,52 euros.

A pesar no índice nacional encontra-se também o BCP, que cai 1,07% para os 0,1019 euros, e a Galp Energia, que recua 0,85% para os 9,306 euros. Por outro lado, a Corticeira Amorim destaca-se nos ganhos, ao somar 1,59% para os 10,22 euros, bem como a Navigator, que avança 0,91% para os 2,222 euros.

No Velho Continente, o cenário não é animador. O índice pan-europeu Stoxx 600 e o espanhol IBEX 35 perdem 0,3%, enquanto o francês CAC 40 recua 0,4% e o britânico FTSE 100 desvaloriza 0,8%.

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“O fundo de recuperação é mais do que uma pipa de massa. É uma orgia financeira”, diz Durão Barroso

  • ECO
  • 6 Agosto 2020

O antigo primeiro-ministro propõe a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar a aplicação e execução dos fundos europeus em Portugal.

O antigo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defende que o Fundo de Recuperação delineado para responder à crise na União Europeia decorrente da pandemia é mais do que “uma pipa de massa”, expressão que tinha utilizado antes do pacote final, chegando quase a ser uma “orgia financeira”, em entrevista ao Observador (acesso pago).

Para lidar com os montantes que vão caber a Portugal, o ex-primeiro-ministro propõe a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar a aplicação e execução dos fundos europeus. “Nestas alturas, com estes desafios excecionais, justifica-se ainda maior intervenção da Assembleia da República. Aliás, isso é uma ajuda ao Governo. Os governos só podem ganhar à maior transparência”, defendeu.

Quando à possibilidade de regressar à política nacional, Durão Barroso reitera que não vai voltar a ocupar qualquer cargo político em Portugal. Apesar de admitir que a Presidência da República é “uma grande honra para qualquer português”, garantiu que não se irá candidatar, mas não revelou se voltaria a apoiar Marcelo Rebelo de Sousa para Belém.

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TAP já prepara conversão em capital do empréstimo de 1,2 mil milhões

  • ECO
  • 6 Agosto 2020

TAP agendou para 3 de setembro uma assembleia-geral extraordinária para deliberar sobre o aumento de capital condicionado.

A TAP agendou para 3 de setembro uma assembleia-geral extraordinária, com um ponto único na ordem de trabalhos: “deliberar sobre o aumento de capital condicionado da sociedade em espécie de 15 milhões de euros até 1,2 mil milhões, realizado por uma ou mais entradas em espécie da República Portuguesa ou de entidade por esta indicada”, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Está assim em preparação a conversão em capital do empréstimo concedido pelo Estado de até 1,2 mil milhões de euros.

A possibilidade já foi admitida pelo ministro das Finanças e tudo aponta para que assim seja. João Leão, no Parlamento, em junho recordou que após o auxílio de emergência “num caso extremo, pode chegar a 1200 milhões de euros”, “segue-se um programa de reestruturação em que a TAP tentará encontrar novo capital”. “Nesse quadro do programa de reestruturação, pode estar em equação a conversão de parte do empréstimo do Estado em capital“, disse o novo responsável pela pasta das Finanças.

Quando essa conversão acontecer, seja da totalidade dos créditos ou apenas de parte, o Estado poderá aumentar a sua participação na companhia, desde que Humberto Pedrosa, que detém 22,5% do capital, e os trabalhadores, que têm outros 5%, não acompanhem o reforço.

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Hoje nas notícias: TAP, Novo Banco e professores

  • ECO
  • 6 Agosto 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Novo Banco e o Banco Espírito Santo (BES) continuam a estar na ordem do dia. Enquanto o Correio da Manhã revela que o Bloco de Esquerda vai levar o tema, nomeadamente a gestão de António Ramalho, para as negociações do Executivo, o Jornal de Notícias reporta que o BES ainda paga salários e pensões milionárias. A TAP voltou a saltar também para as capas, sendo que a companhia aérea estará já a preparar a conversão do empréstimo de 1,2 mil milhões em capital, com a marcação de uma assembleia-geral extraordinária sobre o tema. Veja estas e outras notícias que surgem nas manchetes nacionais.

TAP já prepara conversão em capital do empréstimo de 1,2 mil milhões

A possibilidade já foi admitida pelo ministro das Finanças e tudo aponta para que assim seja. A TAP agendou para 3 de setembro uma assembleia-geral extraordinária, com um ponto único na ordem de trabalhos: “deliberar sobre o aumento de capital condicionado da sociedade em espécie de 15 milhões de euros até 1,2 mil milhões, realizado por uma ou mais entradas em espécie da República Portuguesa ou de entidade por esta indicada”. Está assim em preparação a conversão em capital do empréstimo concedido pelo Estado de até 1,2 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

BE pressiona mudança na gestão do Novo Banco

O Novo Banco será um dos temas discutidos nas negociações entre o Bloco de Esquerda e o Governo. O partido quer mudanças na gestão do banco, atualmente liderado por António Ramalho, com a deputada Mariana Mortágua a defender que “é preciso retirar a confiança à administração do Novo Banco”. Para além disso, o partido procura também alterações na liderança do Fundo de Resolução, que tem Máximo dos Santos no leme, já que o organismo mostrou não ter “capacidade de fiscalização” na venda dos ativos, aponta Mortágua.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Apesar do buraco, BES “mau” ainda paga salários e pensões milionárias

O buraco do BES “mau” triplicou. Por cada 100 euros de responsabilidades que enfrenta, a instituição dispõe de apenas 2,77 euros para reembolsar devido à degradação do passivo. No entanto, este agravar das contas não impede que o banco continue a assegurar o pagamento de salários e pensões milionárias. E com o BES a dever ainda 6,5 mil milhões de euros, Ricardo Salgado poderá vir a ser remunerado pelo Fundo de Resolução. Em causa estão 39 mil euros mensais que estão arrestados desde 2017 por ordem do Tribunal Central de Instrução Criminal, a pedido do Ministério Público.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Substituições de professores baixam para metade nos meses da pandemia

Desde abril até ao final do ano letivo de 2018/2019, foram substituídos mais de 2.300 professores. No mesmo período deste ano, que apanha os meses de confinamento devido à pandemia, o número de substituições, que são maioritariamente por doença, caíram para cerca de metade. Ao mesmo tempo, os valores relativos ao pagamento de baixas médicas durante esta fase também diminuíram. “O valor gasto em baixas médicas decresceu, para o pessoal afeto à Caixa Geral de Aposentações: decresceu mais de 8% no que diz respeito ao pessoal docente e mais de 16% no pessoal não docente”, adianta o Ministério da Educação.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

“O fundo de recuperação é mais do que uma pipa de massa, é uma orgia financeira”, diz Durão Barroso

O antigo presidente da Comissão Europeia defende que o Fundo de Recuperação delineado para responder à crise na União Europeia decorrente da pandemia já é mais do que “uma pipa de massa”, expressão que tinha utilizado antes do pacote final, tendo-se mesmo transformado quase numa “orgia financeira”. Para lidar com os montantes que vão caber a Portugal, o ex-primeiro-ministro propõe a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar a aplicação e execução dos fundos europeus.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

 

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Presidente do Turismo de Portugal vai passar as férias a “mergulhar nas águas das nossas ilhas”

O presidente do Turismo de Portugal vai fazer jus ao cargo e passar as férias em terras lusas. Na rubrica "Eles vão de ferias para..", Luís Araújo conta que vai "mergulhar nas águas das nossas ilhas"

Se coordenar aquele que é um dos setores mais importantes para o país não é tarefa fácil, este ano o trabalho é ainda mais custoso devido à pandemia. Os últimos meses têm sido intensos para o setor turístico e o presidente do Turismo de Portugal é um dos cérebros por detrás do plano de retoma. Ainda assim, vai tirar um tempo para recarregar energias e voltar mais inspirado. O destino escolhido não podia deixar de ser português. Afinal, afirma Luís Araújo, Portugal é “um destino especial que não mudou em nada apesar da pandemia”.

Luís Araújo quer encorajar os portugueses a passar férias sob o lema “#Tupodes, Visita Portugal!” e até o próprio presidente do Turismo de Portugal vai dar o exemplo. O destino escolhido para as férias deste ano são as ilhas portuguesas, não fosse Portugal um destino tão “especial”. Em conversa com o ECO, para a rubrica “Eles vão de férias para…”, Luís Araújo afirma que este ano não precisa de haver uma mudança de planos, mas sim uma “mudança de atitudes” e uma “maior consciência com o outro”.

Onde é que vai passar as férias este verão?

Este é o ano do #Tupodes, Visita Portugal! Até ao fim do ano quero mergulhar nas águas das nossas ilhas.

A pandemia obrigou a alguma mudança de planos?

Não diria mudança de planos, mas mais mudança de atitudes. Uma maior consciência com o outro, mais atenção ao que nos está próximo e uma vontade enorme de encontrar novos caminhos.

Que cuidados vai ter por causa da Covid-19?

O cuidado de cumprir as regras com responsabilidade e aceitar a situação com tranquilidade. Algo que a grande maioria dos portugueses está a fazer, prosseguindo com os seus planos e a sua vida, sobretudo nesta altura de lazer, da melhor forma possível.

O que tem esse destino de tão especial?

Portugal é, há três anos consecutivos, o melhor destino do mundo. Somos um destino especial que não mudou em nada apesar da pandemia. Os portugueses continuam a receber bem, como antes. Continuamos a ser inclusivos e a indústria do turismo continua a garantir um serviço de excelência com o propósito e o compromisso de receber bem e respeitar as diferenças. É esta capacidade de unir que distingue Portugal e torna este destino tão especial.

O que recomenda que não se deve mesmo perder nesse destino?

Abrir os sentidos para os sons, as cores, os cheiros e os sabores. Pelo caminho, conhecer novas pessoas.

Que livro/filme/álbum de música vai levar consigo?

A minha playlist é diversa como Portugal: vai de Alcione a Rachmaninof, passando por Disclosure, Thomas Dybdahl, Julio Resende, Tom Jobim, Sakamoto… Na leitura, qualquer romance me valerá.

“Eles vão de férias para…” é uma rubrica de verão em que o ECO lançou o desafio a governantes, gestores e empresários para partilharem com os nossos leitores onde vão, ou foram, neste período de descanso. É publicada diariamente.

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Quanto gastam as famílias por ano com telecomunicações?

Os pacotes são o tipo de oferta de telecomunicações mais popular em Portugal e há cada vez mais clientes destas ofertas convergentes. Mas, no global, quanto gastam as famílias por ano e por mês?

Mais de quatro milhões de famílias subscrevem pacotes de telecomunicações, com serviços tão variados como telefone fixo, televisão ou acesso à internet. O número reflete a popularidade destas ofertas em Portugal, sendo que os pacotes com quatro e cinco serviços têm sido os que mais crescem em quota de mercado.

Estas ofertas, chamadas de “convergentes”, são as mais competitivas no preço. Mas não são necessariamente as mais benéficas para os consumidores. Por vezes, incluem serviços que os clientes não querem ou não precisam, serviços esses que acabam por ter, ainda assim, de pagar. É o caso, por exemplo, das muitas centenas de canais ou dos milhares de minutos de chamadas gratuitas no telefone. E quase sempre têm um longo período de fidelização associado.

Mas quanto gastam as famílias com telecomunicações em Portugal? A resposta foi dada recentemente pela presidente da Autoridade da Concorrência, Margarida Matos Rosa, durante uma audição no Parlamento: em média, as famílias portuguesas gastam 700 euros por ano com telecomunicações.

Este dado ganha relevância porque surge numa altura em que o tema tem feito correr tinta nos jornais: as operadoras representadas pela Apritel e a Anacom, o regulador das telecomunicações, têm protagonizado acusações de parte a parte sobre o nível dos preços dos serviços de comunicações eletrónicas no país. Talvez sem surpresa, Meo, Nos e Vodafone consideram que os preços são baixos em Portugal comparativamente com um conjunto de países da Europa, enquanto os reguladores apontam para dados oficiais que mostram que os preços não só são altos, como têm vindo a subir (as operadoras justificam que os dados oficiais comparam coisas que não são comparáveis).

O mesmo valor foi também abordado recentemente no Parlamento por outra figura do setor, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações. Alberto Souto de Miranda deu outra perspetiva: “700 euros por ano em telecomunicações… este número, assim, impressiona. Mas, se o desagregarmos, por mês dá 60 euros”, apontou o governante. Dito isto, acrescentou: “Dir-me-ão que é muito, e para algumas famílias seguramente. Mas temos de perceber quanto gastamos em água, eletricidade e bens essenciais, e se calhar pagamos muito também.”

É a pensar nessas famílias mais carenciadas que estará para surgir a nova tarifa social de internet, que o Governo já assumiu estar a preparar. A ideia é aplicar um desconto na fatura da internet às famílias elegíveis, por terem baixos rendimentos. Ainda não se conhecem mais detalhes para além da intenção, mas Alberto Souto de Miranda indicou que esta tarifa social deverá ser semelhante à tarifa social de eletricidade.

Se assim for, a medida poderá baixar o preço das telecomunicações a pessoas que beneficiem de complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção, subsídio de desemprego, abono de família, pensão social de invalidez e pensão social de velhice, havendo ainda um rendimento anual máximo a partir do qual deixa de haver direito a este desconto na fatura. A avaliar pelos números da tarifa social de eletricidade, a medida poderá tornar o acesso à internet mais acessível a cerca de 700 mil famílias.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

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Tem a sensação de que trabalha mais em casa? O INE diz que não

População que trabalhou sempre ou quase sempre em casa no período de referência trabalhou, em média, menos 1 hora do que os que não o fizeram, aponta o INE.

Desde que trabalha a partir de casa, sente que trabalha mais? De acordo com os dados divulgados, no segundo trimestre de 2020, a população que trabalhou sempre ou quase sempre a partir de casa trabalhou, em média, 33 horas por semana, mais 8 horas do que a população que não trabalhou em casa ou que não trabalhou sempre ou quase sempre em casa (25 horas, em média).

No entanto, quando retirados os que estiveram ausentes do trabalho na semana de referência, observa-se que “a população que trabalhou sempre ou quase sempre em casa no período de referência trabalhou, em média, menos 1 hora do que a população que não trabalhou em casa ou que não trabalhou sempre ou quase sempre em casa (35 e 36 horas, respetivamente)”, assinala o Instituto Nacional de Estatística.

“A diferença entre estas médias de horas semanais pode ser explicada pelo elevado aumento da população empregada ausente do trabalho na semana de referência, nomeadamente como consequência do regime de lay-off simplificado, e cujas horas trabalhadas (zero) foram contabilizadas neste indicador, assim como pela redução da jornada de trabalho que pode ter ocorrido em algumas empresas”, explica o INE.

À Pessoas/ECO, o INE alerta que este indicador (que mediu as 35 e 36 horas de trabalho) refere-se às horas “efetivamente trabalhadas”, na semana de referência, e “não às habitualmente trabalhadas“. Explica ainda que, para chegar a esta conclusão, teve em conta o conceito de empregado, que se refere a um indivíduo com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, se encontrava numa das seguintes situações:

  • tinha efetuado um trabalho de pelo menos uma hora, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros;
  • tinha uma ligação formal a um emprego, mas não estava ao serviço;
  • tinha uma empresa, mas não estava temporariamente a trabalhar por uma razão específica;
  • ou estava em situação de pré-reforma, mas a trabalhar.

Desta forma, o Instituto Nacional de Estatística conclui que é “assim possível trabalhar menos de 35 horas por semana e pertencer à população empregada. É o caso, por exemplo, dos trabalhadores a tempo parcial ou daqueles que estiveram ausentes parte da semana de referência (devido a férias, doença, entre outros)“, acrescenta o INE.

Quem não esteve ausente e trabalhou fora de casa trabalhou, em média, 36 horas nessa semana e quem não esteve ausente e trabalhou a partir de casa, trabalhou 35 horas“, assinala o Instituto Nacional de Estatística.

Contudo, o feedback de muitos profissionais em teletrabalho aponta para o contrário, ou seja, que em regime remoto acabam por trabalhar muito mais horas. Em resposta a esta questão, o INE refere que “é possível que haja pessoas que trabalharam mais horas do que as habitualmente trabalhadas nas instalações do empregador, mas outras que não o fizeram por uma miríade de razões (devido ao acompanhamento de crianças ou outros dependentes, redução da atividade da empresa empregadora, doença, entre outros)”.

No segundo trimestre de 2020, o número de teletrabalhadores em Portugal cresceu 23,1% para mais de um milhão de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira. De acordo com o relatório, o número de população empregada que indicou ter exercido a sua profissão sempre ou quase sempre em casa na semana de referência ou nas três semanas anteriores foi estimada em 1,094 milhões de pessoas. Destas, 998,5 mil pessoas (91,2%) indicaram que a razão principal para terem trabalhado em casa se deveu à pandemia de Covid-19.

A Área Metropolitana de Lisboa foi a região do país em que se verificou um maior número de empregados que trabalharam sempre ou quase sempre em casa nas quatro semanas de referência (36,0%). A percentagem foi mais elevada entre mulheres (25,2%) do que entre homens (21,1%), e entre aqueles com um nível de ensino completo correspondente ao ensino superior (53,8%). Os trabalhadores por conta de outrem registaram uma maior incidência em teletrabalho (23,4%) do que entre os trabalhadores por conta própria (22,0%).

Também de acordo com estatísticas divulgadas pelo INE, o número de horas trabalhadas em Portugal no segundo trimestre registou a maior queda desde 2011. O valor caiu 26,1%, face ao mesmo período do ano passado. A redução do volume de horas trabalhadas está “sobretudo associada ao aumento da população empregada ausente do trabalho, que ascendeu a 1.078,2 mil pessoas”, explica o INE.

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Hoje é o último dia para subscrever ações do aumento de capital da EDP

O prazo de subscrição das novas ações que resultam do aumento de capital da EDP termina esta quinta-feira. Acionistas de referência da elétrica já exerceram os direitos que lhes foram atribuídos.

Depois de terminado o período de negociação dos direitos ao aumento de capital da EDP, chega a última oportunidade para quem pretenda participar na operação. Esta quinta-feira termina o prazo para a subscrição das novas ações da empresa liderada por Miguel Stilwell que se irão juntar aos restantes títulos da EDP na bolsa nacional dentro de pouco mais de uma semana.

Foi no passado dia 23 de julho que arrancou oficialmente o aumento de capital da EDP, operação para a qual a elétrica traçou como objetivo angariar 1.020 milhões de euros com vista a usar, pelo menos em parte, para financiar a compra da espanhola Viesgo.

Para poder levar a cabo esta operação, a EDP avançou com uma oferta pública de subscrição deste montante correspondente à emissão de mais de 309 milhões de novas ações. A EDP definiu o preço de venda das novas ações no aumento de capital nos 3,30 euros. Por cada ação detida foi dado aos acionistas da elétrica um direito, sendo necessário deter 11,75 desses direitos para ter acesso a uma dessas novas ações.

Quem não pretendeu exercer esses direitos pôde vendê-los no mercado, dando assim a possibilidade a outros de poderem ficar com as novas ações resultantes deste aumento de capital. O período de negociação desses direitos terminou na passada segunda-feira, tendo sido dados mais três dias para que estes pudessem ser convertidos em novas ações, ou seja, até esta quinta-feira.

Entretanto, vários acionistas de referência da EDP já exerceram os direitos que lhes couberam. O exemplo mais recente foi o da China Three Gorges que anunciou ao mercado, esta quarta-feira, que subscreveu cerca de 66,8 milhões de novas ações, desembolsando perto de 220 milhões de euros, evitando assim como maior acionista a diluição da sua posição na elétrica. No dia anterior, tinha acontecido o mesmo com o segundo acionista de maior peso na EDP. Os espanhóis da Oppidum Capital investiram 73,8 milhões de euros em mais de 22 milhões novos títulos.

Noutra nota divulgada ao final do dia de terça-feira, o presidente executivo suspenso da elétrica, António Mexia, também assumiu a título particular a aquisição de 8 mil novas ações. Antes disso, o atual CEO interino da EDP — Miguel Stilwell — decidiu também exercer os seus direitos, ficando com quase 12 mil novas ações.

Quem ainda não fez o mesmo, mas também pretende exercer os direitos que lhe foram atribuídos ou adquiridos no mercado, apenas dispõe do dia de hoje para o fazer.

Na sexta-feira será a vez de ser divulgado o resultado deste aumento de capital, sendo que as novas ações serão depois admitidas à negociação na Euronext Lisboa, juntando-se aos mais de 3,6 mil milhões de títulos atualmente cotados na bolsa nacional. Tal acontecerá no dia 17 de agosto, ou seja, dentro de pouco mais de uma semana.

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Fundo britânico em negociações para comprar Lagoas Park por 425 milhões

O parque empresarial em Oeiras foi vendido há dois anos pela Teixeira Duarte aos britânicos da Kildare Partners. Prepara-se agora para mudar novamente de mãos.

Dois anos depois de ter sido vendido pela Teixeira Duarte, o Lagoas Park está prestes a mudar novamente de mãos. O fundo britânico Henderson Park Capital Partners está em negociações avançadas com a Kildare Partners, atual proprietária, também do Reino Unido, para adquirir este parque empresarial em Oeiras, no distrito de Lisboa. A notícia é avançada pelo site React News (acesso pago, conteúdo em inglês), que fala numa operação de 425 milhões de euros.

A concretizar-se por este valor, esta transação representará uma yield de quase 6% para os britânicos da Henderson Park e será uma das maiores operações do setor imobiliário do ano, explicou ao ECO uma fonte do mercado, ficando apenas atrás da venda de 50% da joint-venture Sierra Prime pela Sonae Sierra e APG à Allianz
Real Estate e Elo, por cerca de 800 milhões de euros.

O Lagoas Park é um dos maiores parques empresariais do país, com 85.000 metros quadrados, composto por 15 edifícios de escritórios, um business hotel de quatro estrelas, centros de conferências e eventos, um ginásio, restaurantes, lojas de comércio e 5.700 lugares de estacionamento. Conta ainda com um hub tecnológico que acolhe mais de uma centena de empresas como a Google (maior empresa do Lagoas Park), a Cisco, a Oracle, SAP e Dell.

Lagoas Park, OeirasD.R.

Este parque empresarial foi vendido em 2018 pela Teixeira Duarte aos britânicos da Kildare Partners por 375 milhões de euros, numa altura em que a construtora avançava com um processo de venda de ativos para reduzir a dívida.

A Kildare, diz o site React News, foi fundada há quatro anos e é atualmente liderada por Ellis Short, ex-executivo da Lone Star. O ECO contactou a Curzon Advisers, uma empresa de serviços da Kildare, mas esta não quis fazer comentários.

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Hiscox anuncia perdas semestrais e reserva 232 milhões para Covid-19

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2020

A companhia sediada nas Bermudas e representada em Portugal pela Innovarisk apurou prejuízo semestral a rondar 139 milhões de dólares, com o rácio combinado a resvalar para terreno negativo.

A Hiscox Ltd, companhia especializada em riscos menos comuns, registou prejuízo 138,9 milhões de dólares no primeiro semestre de 2020, comparando com 168,0 milhões (antes de impostos) em igual período de 2019.

Em comunicado, a entidade revela que provisionou 232 milhões de dólares (cerca de 197 milhões de euros) em reservas para despesa relacionada com a pandemia (Covid-19). Este montante já inclui 150 milhões de dólares anteriormente anunciados para compensar cancelamentos de eventos, meios de comunicação e entretenimento e outros segmentos, incluindo viagens.

Os prémios brutos emitidos pela Hiscox diminuíram 4,3% (a taxas de câmbio constantes) para 2,24 mil milhões de dólares, com a companhia a contabilizar cerca de 1,33 mil milhões de dólares como receita de prémios líquidos emitidos, em leve progressão face a 1,32 mil milhões no primeiro semestre de 2019. Na adversidade da pandemia, a Hiscox salienta que a divisão Retail cresceu 4% em prémios.

O rácio combinado, indicador de eficiência na gestão do negócio segurador, deteriorou para 114,6% no conjunto do perímetro consolidado, acima dos 98,8% apurados um ano antes (rácios inferiores a 100% indicam rentabilidade positiva na atividade de subscrição de riscos).

No entanto, apesar de um RoE (rentabilidade de capitais próprios) negativo (-12,7% contra +13,3% um ano antes) o rácio de solvência situava-se nos 230% no termo do semestre, após um aumento de capital (por 375 milhões de libras esterlinas, equivalente a cerca de 416, milhões de euros) realizado em maio.

Salientando que, face à pandemia global, a companhia revela desempenho resiliente, Bronek Masojada, CEO da Hiscox afirmou: “O nosso investimento em tecnologia compensou em todas as áreas e apoiou o nosso crescimento na Hiscox Retail e Hiscox London Market (…). Estamos bem posicionados para capturar as oportunidades que temos pela frente em todos os nossos mercados e em todos os nossos segmentos”.

O grupo Hiscox desenvolve negócio através de três divisões (Hiscox London Market; Resseguro e ILS; Retalho, este último subdividido em outras cinco áreas regionais e de especialidade). A companhia tem sede nas Bermudas, é cotada na bolsa de Londres (índice FTSE 250), sendo representada em Portugal pela Innovarisk, empresa independente que opera enquanto agência de subscrição da Hiscox e como Lloyd’s Coverholder.

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