Hoje nas notícias: Austeridade, PS e manuais

  • ECO
  • 20 Julho 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A atualidade nacional está marcada por dois inquéritos de opinião. Um, do Público e RTP, mostra que a maioria dos portugueses está pessimista em relação à economia do país num futuro próximo. Outro, do Jornal de Notícias e TSF, mostra que o PS está à beira da maioria absoluta. Nota ainda para uma empresa portuguesa que “comprou” uma concorrente nos EUA e a polémica nas polícias, depois de uma decisão que centraliza servidores informáticos no Ministério da Administração Interna.

66% dos portugueses veem mais austeridade no horizonte

Um inquérito do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, feito para o Público e RTP, concluiu que 66% dos inquiridos acreditam que haverá mais austeridade nos próximos dois anos. A maioria dos inquiridos vê também um país “mais pobre, com maior desigualdade social, com mais austeridade e menos emprego” — mais concretamente, 71% antecipam que haverá menos emprego e 67% veem uma economia pior. Este pessimismo acontece em plena pandemia, numa altura em que continua a não haver vacina para travar a proliferação da Covid-19 e mesmo com as várias garantias do Governo de que não será necessário mais austeridade para fazer face à crise.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

PS perto da maioria absoluta

O PS está perto da maioria absoluta, a avaliar por uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias e TSF. As intenções de voto dos portugueses chegam aos 40,4%, uma distância de 13,7 pontos percentuais dos 26,7% do PSD, o partido liderado por Rui Rio. Só na região Norte é que os socialistas ficam atrás dos social-democratas. A sondagem coloca o BE em terceiro lugar, com 8,5%, seguido da CDU (6%), Chega (5,2%) e PAN (2,6%), e o CDS-PP “colado” à Iniciativa Liberal, ambos com 2,1% das intenções de voto. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Manuais digitais vão avançar em dez escolas

No arranque do próximo ano letivo, em setembro, o Governo vai avançar com manuais escolares digitais em dez escolas em diferentes contextos geográficos, disse à Renascença o secretário de Estado da Educação, João Costa. O objetivo, segundo o responsável, é alcançar resultados o mais positivos possível, porque, como diz, se, por exemplo, “o próprio professor não conseguir explorar amplamente as capacidades dos recursos digitais, eles podem ser ou relativamente inúteis ou, até, não serem um bom substituto do papel”. Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre).

Frulact compra concorrente nos EUA

A Frulact adquiriu a totalidade da carteira de clientes da norte-americana Sensient Technologies Corporation, empresa que se dedica aos preparados de fruta na América do Norte. “Este é um movimento estratégico, pois vamos tomar conta do espaço que estava a ser ocupado por um concorrente, que o deixará de ser”, explicou ao Jornal de Negócios o chairman da empresa, João Miranda. “A Sensient é um ator global muito relevante, com um vasto portefólio de ingredientes, que na América do Norte, onde tem a sua principal sede, fornece um conjunto de atores muito relevantes naquele mercado”, acrescentou.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Governo centraliza bases de dados das polícias

Os servidores que alojam as bases de dados da GNR, PSP e SEF vão passar a estar concentradas num edifício do Ministério da Administração Interna. Até aqui, estes equipamentos estavam nas sedes destas polícias. A decisão foi aprovada pela PSP e pela GNR, mas está a ser recebida com ceticismo por inspetores do SEF, que é responsável pelos sistemas de informações da União Europeia. O principal sindicato deste serviço fala numa “fusão encapotada” das bases de dados das forças de segurança. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Manuais digitais vão avançar em dez escolas, diz Governo

  • ECO
  • 20 Julho 2020

Governo vai apostar em manuais digitais em dez escolas de diferentes geografias. "Queremos fazer uma transição que não é experimentalista", adianta o secretário de Estado da Educação.

No arranque do próximo ano letivo, em setembro, o Governo irá avançar com manuais escolares digitais em dez escolas, em diferentes contextos geográficos, adiantou à Renascença o secretário de Estado da Educação, João Costa.

“Queremos fazer uma transição que não é experimentalista e que foi preparada com uma capacitação para aquilo que podem ser os obstáculos”, explica o secretário de Estado da Educação. João Costa sublinha ainda que se poderá tentar uma desmaterialização dos manuais já em setembro, “para servirem também um pouco de tubo de ensaio para a escalagem para todos os agrupamentos de uma forma progressiva”.

O objetivo, segundo o responsável, é alcançar resultados o mais positivos possível, porque, como diz, se, por exemplo, “o próprio professor não conseguir explorar amplamente as capacidades dos recursos digitais, eles podem ser ou relativamente inúteis ou, até, não serem um bom substituto do papel”. As dez escolas constam de uma lista que João Costa refere que “ainda não está fechada”, mas que terá “diferentes contextos geográficos, diferentes cenários socioeconómicos de implantação da própria escola”.

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Reunião a 27 retomada por cinco minutos, mas foi suspensa até à tarde

  • Lusa
  • 20 Julho 2020

Sobre a mesa estará uma proposta que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros, com os subsídios a fundo perdido a pesarem 390 mil milhões.

O plenário do Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas em busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise de Covid-19, foi retomado a 27 esta manhã de segunda-feira, mas a sessão foi novamente interrompida até à tarde.

Depois de um jantar de trabalho no domingo, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, interrompeu a reunião plenária, supostamente por 45 minutos, segundo o anúncio do seu porta-voz, mas este reinício foi, sucessivamente, adiado, tendo os trabalhos tido sido retomados já perto das 05h50 (menos uma hora em Lisboa).

“Quarto dia do Conselho Europeu sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o Fundo de Recuperação. Os 27 líderes estão de volta à sessão plenária após uma longa pausa”, escreveu o porta-voz de Charles Michel numa publicação feita na rede social Twitter.

Porém, cinco minutos depois, o porta-voz informou através da mesma plataforma que “o plenário terminou”, sendo que os trabalhos formais serão “retomados mais tarde, pelas 14h00”, menos uma hora em Lisboa.

O porta-voz voltou a atualizar a informação dizendo que, afinal, a sessão plenária será retomada pelas 16h00, menos uma hora em Lisboa.

De acordo com fontes europeias, sobre a mesa estará uma proposta que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros – como propunha a Comissão –, com os subsídios a fundo perdido a pesarem 390 mil milhões de euros, montante que já terá tido ‘luz verde’ dos 27.

Tanto o plano franco-alemão como a proposta da Comissão Europeia defendiam subvenções num montante de 500 mil milhões de euros, algo rejeitado pelos chamados países ‘frugais’ (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), que exigiam que as subvenções ficassem abaixo dos 400 mil milhões de euros.

O objetivo de Charles Michel para esta madrugada passou, então, por tentar ‘fechar’ o Fundo de Recuperação, deixando as negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União de 2021-2027 para depois de algumas horas de sono, esta tarde.

Reunidos desde sexta-feira de manhã, os líderes europeus não lograram ainda chegar a um acordo sobre o próximo quadro orçamental para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise de covid-19.

O terceiro dia da cimeira, no domingo, foi o mais longo até ao momento, num total de mais de 20 horas de negociações sem interrupções, tanto à margem, como em plenário.

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5 coisas que vão marcar o dia

A semana arranca com a tomada de posse de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, no mesmo dia em que o Governo lançar uma linha de crédito para empresas de inovação e empreendedorismo.

A semana arranca com a tomada de posse de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, substituindo Carlos Costa que ocupou o cargo durante os últimos 10 anos. Esta segunda-feira é dia de o Governo lançar uma linha de crédito para micro e PME de inovação e empreendedorismo, ao mesmo tempo que o Presidente da República inicia uma visita de dois dias a Madrid. Destaque ainda para as estatísticas pelo INE, que vão mostrar como evoluíram as taxas de juro no crédito à habitação em junho.

Mário Centeno toma posse como governador do BdP

Esta segunda-feira é o dia em que Mário Centeno toma posse como governador do Banco de Portugal, substituindo Carlos Carlos. O passo que faltava foi dado na passada quinta-feira, com a nomeação oficial do ex-ministro das Finanças para este cargo pelo Conselho de Ministros. Pelo caminho ficou uma providência cautelar apresentada pela Iniciativa Liberal, entretanto rejeitada, para travar esta nomeação.

Governo lança crédito para micro e PME de inovação e empreendedorismo

O Governo lança esta segunda-feira a linha FIS (Fundo Inovação Social) Crédito, que se destina a micro, pequenas e médias empresas (PME) e entidades da economia social, promotoras de iniciativas de inovação e empreendedorismo social. Com um prazo de financiamento de até 10 anos após a data de contratação, a linha é válida por dois anos e prorrogável por seis meses, caso exista plafond disponível, sendo 30 de junho de 2023 a data limite.

Ações da EDP negoceiam pela última vez com direitos para o aumento de capital

Esta segunda-feira os títulos da EDP vão negociar pela última vez com direitos para participar no aumento de capital. Estes direitos vão ser destacados da cotação, começando a ser negociados separadamente em bolsa a 23 de julho, embora a cotação dependa da evolução das ações da empresa pois porque o ativo subjacente é o mesmo. É nesse dia, na quinta-feira, que arranca o período de subscrição das novas ações com que a elétrica portuguesa pretende obter 1.020 milhões de euros para comprar a Viesgo.

Como evoluíram as taxas de juro no crédito à habitação em junho?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai mostrar esta segunda-feira como evoluíram as taxas de juro do crédito à habitação no mês de junho. Em maio, este indicador voltou a bater um novo mínimo, com a taxa média da globalidade dos contratos a fixar-se nos 0,903%, o valor mais baixo pelo menos desde o início de 2009, ocasião em que se iniciou o histórico do INE. Esta redução dos juros está relacionada com a entrada em vigor das moratórias no crédito.

Presidente da República inicia visita a Madrid

O Presidente da República vai começar esta segunda-feira uma visita de dois dias a Madrid, onde se vai reunir com o rei Felipe VI, com quem terá um “almoço de trabalho”. Este encontro partiu de um convite do rei espanhol, feito nas cerimónias de reabertura da fronteira entre Espanha e Portugal, que aconteceu a 1 de julho. Desde que se registaram em Portugal os primeiros casos de infeção, esta será a primeira viagem ao estrangeiro de Marcelo, com exceção da ida a Badajoz, nas cerimónias de reabertura da fronteira Portugal e Espanha.

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Forbes põe Porto na lista das cidades a visitar este ano. Conheça o top 20

A Forbes criou uma lista com os 20 locais e cidades a visitar este ano e o Porto aparece em 7.º lugar. A liderar a tabela estão Lake Powell no Arizona e Palermo, em Itália.

Portugal continua a ter destaque lá fora e, mesmo em tempos de pandemia, tem sempre um lugar reservado nas listas de destinos dos turistas. Este ano a distinção é o Porto, que foi eleito pela Forbes como um dos 20 locais/cidades a visitar em 2020, por ser um bom destino para casais e pelos azulejos pintados à mão. No topo da tabela está Lake Powell, no Arizona, e Palermo, em Itália. Conheça o top 20.

Pela boa comida, pelo bom vinho, pelas vistas que oferece, pelo clima perfeito e pelos preços razoáveis. Estas foram algumas das razões apontadas pelos agentes de viagens da Ovation Travel Group, para a Forbes, para classificar o Porto como a 7.ª cidade a visitar este ano pelos turistas.

“Algumas ótimas propriedades incluem o The Yeatman e o Maison Albar Hotels/Le Monumental, que são passeios rápidos de Lisboa”, diz Andrew Steinberg, concierge de viagens de luxo da Modern Travel, afiliada do Ovation Travel Group, citado pela revista. A Forbes diz ainda que o Porto “é ótimo para casais” e que os “azulejos pintados à mão” são imperdíveis.

Conheça os 20 locais/cidades a visitar em 2020, segundo a Forbes

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#Episódio 1. A relação milionária entre o GES e a Portugal Telecom

A relação entre o GES e a PT durou longos anos e deu milhões ao Universo Espírito Santo. Só entre 2010 e 2013, o GES recebeu a título de pagamentos por serviços 864 milhões.

Como se de um par romântico se tratasse, a relação entre o Grupo Espírito Santo (GES) e o Grupo Portugal Telecom começou em 2000 e traduziu-se em “presentes” de milhões de euros, utilizados para dar liquidez ao grupo de Ricardo Salgado. Só entre 2010 e 2013, o GES recebeu a título de pagamentos por serviços 864 milhões de euros.

Tudo começou com um acordo celebrado entre a PT, o BES e Caixa Geral de Depósitos, corria o ano de 2000. Mas não foi um acordo qualquer, pois ficou estipulado que o BES seria “acionista de referência” da PT, tendo o poder de nomear dois membros do conselho de administração do principal operador de telecomunicações em Portugal.

Joaquim Goes e Amílcar Pires assumiram o cargo, dando um passo na relação entre a PT e o BES. Passo esse que possibilitou que fossem retirados proveitos para o BES e financiamento para o GES.

Nesta altura, Ricardo Salgado já tinha “mais duas pessoas de confiança dentro da PT: Miguel Horta e Costa, presidente executivo da PT entre 2002 e 2006, tendo anteriormente desempenhado cargos no BES e BESI; e Henrique Granadeiro, que em 2006 assume a presidência do conselho de administração da PT”, segundo a tese dos procuradores do DCIAP.

Investimentos em obrigações da ESI

Com a influência de Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, dirigentes da PT, e com a colaboração de Amílcar Pires, administrador executivo da operadora de comunicações, e Isabel Almeida, responsável pela DFME do BES, Ricardo Salgado conseguiu captar, até ao final de 2013, um investimento da PT em obrigações ESI de 750 milhões de euros.

Tudo começou através de uma política apelidada de “gestão de recursos”. Ricardo Salgado, segundo o despacho de acusação, retirou mais uma vez vantagens para o GES, que se traduziram em cerca de mil milhões de euros anualmente.

“Ricardo Salgado conseguiu que a PT concentrasse montantes significativos da sua tesouraria em depósitos no BES e obrigações (destas, a partir de 2010, as emitidas pela ESI), em valores anuais que oscilaram entre 366 e 2.851 milhões de euros, e que, a 31.12.2013, se fixavam em 1.691 milhões de euros, representando 91% do total de tesouraria da PT“, lê-se no despacho de acusação.

Após a crise financeira da PT, ou seja a partir de 2010, ultrapassada também pela alienação da participação que detinha na brasileira Vivo, Salgado “conseguiu que o Grupo PT investisse os seus excedentes de tesouraria em obrigações emitidas por essa holding” na ESI, “dissimulando deterioração financeira e patrimonial” da mesma.

Estes investimentos, ao contrário do que se acontecia até ao momento, passaram a não ter associada uma garantia de recompra pelo BES a um valor sempre superior ao preço de aquisição inicial dos títulos da PT. Desta forma, os riscos ficavam apenas dependentes do desempenho financeiro da ESI.

Como conseguiu o investimento em obrigações emitidas pela ESI? Segundo o despacho de acusação, tanto as posições assumidas por Amílcar Pires e Isabel Almeida foram fulcrais para o desfecho. Enquanto o primeiro estava atento às disponibilidades financeiras do Grupo PT, a segunda estava destacada para a emissão de títulos de dívida ESI que eram tomados pela PT.

Reunião com Pacheco de Melo e aumento da Rioforte

Mas nem estes milhões salvaram o GES, chegando em 2014 a ter que executar um plano de reestruturação. Segundo esse plano, era essencial que os 170 milhões de euros de dívida fossem assumidos pela RioForte, empresa do ramo não financeiro do Grupo Espírito Santo. Ideia que agradou a Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo e Manuel Fernando Espírito Santo, uma vez que sabiam do estado económico do ESI.

Assim foi, a dívida foi transferida para a RioForte sob a justificação de “reestruturação do GES”, passando esta empresa a ser a nova holding da GES. Agora, era para a RioForte que os investimentos da PT, em obrigações emitidas, deviam ser feitos. O pedido foi feito por Salgado ao seu amigo, Henrique Granadeiro, que para além de presidente do conselho de administração era CEO do Grupo.

Luís Pacheco de Melo, CFO do Grupo PT, reuniu-se com Salgado, na sede do BES, de forma a oficializarem o pedido que tinha sido feito pelo ex-presidente do BES a Granadeiro. Nessa reunião, em janeiro de 2014, “Ricardo Salgado novamente ocultando as consequências do plano de “reestruturação” do GES para a situação patrimonial da RioForte, designadamente a sua incapacidade futura em reembolsar os elevados montantes de dívida que iria emitir ao longo de 2014, alegou então que em termos de risco, comparativamente à ESI, a RioForte apresentava vantagens por se encontrar mais próxima dos ativos do GES, uma vez que era a nova holding final do GES”.

Luís Pacheco de Melo posteriormente deixou bem claro a Granadeiro que os montantes teriam de ser desmobilizados em março de 2014, tendo que ser utilizados no aumento do capital social da Oi, sociedade brasileira, de forma a cumprir o acordo entre ambas, o Memorando de Entendimento. Este Memorando, assinado a 2 de outubro de 2013, delineava um conjunto de medidas de forma a alcançarem o pretendido: a combinação de negócios da PT e Oi numa única entidade.

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro.

Amílcar Pires e Isabel Almeida mais uma vez foram “recrutados” por Salgado, de forma a concretizar os investimentos que pretendia na RioForte. Em troco pelo seus esforços, o ex-presidente do BES premiava-os financeiramente, segundo o Ministério Público.

Assim, surgiu o documento “RioForte Corporate Overview January 2014”, que foi entregue por Isabel Almeida a Carlos Cruz, diretor de finanças do Grupo PT. Mas este documento não passava de uma falsa ilusão, não tendo quaisquer demonstrações financeiras da RioForte, nem dados da mesma. Apenas referenciava a ES Irmãos, que possuía uma situação patrimonial “ainda mais grave que a espelhada nas contas”, lê-se no despacho.

Como não foi decidido no imediato a subscrição da dívida, em finais de janeiro de 2014, a obrigação ESI foi renovada, por 15 dias. Salgado volta a reunir-se com Luís Pacheco de Melo, mas desta vez acompanhado por Amílcar Pires e Henrique Granadeiro de forma a reforçar a ideia de uma RioForte totalmente “sólida”.

No início de fevereiro, Isabel Almeida avisa o diretor das finanças que o BES quer fazer uma emissão de obrigação de 500 milhões de euros, através da RioForte. “Para o efeito, tendo sido remetido o Prospeto do Programa de EMTN da RFI, datado de 21.09.2012 e que incluía apenas um sumário das contas de 2010 e 2011 da sociedade, assim ocultando o agravamento da situação patrimonial da RioForte verificado nas contas de 2012 e ainda em 2013, por via do aumento dos avanços à ESI e da “reestruturação” do GES””, lê-se no despacho.

897 milhões de euros. Foi o valor que o Grupo PT decidiu investir em obrigações RioForte, que mostrou-se essencial para que a sociedade “efetuasse avanços à ES Irmãos, por esta depois utilizados para saldar a dívida à ESI pela compra da participação social na ESFG”. Assim, a Rio Forte até final de março de 2014 adiantou 888,7 milhões de euros à ES Irmão.

Mas 897 milhões de euros era insuficiente para cobrir as necessidades de financiamento da GES. Por isso, Amílcar Pires, mandatado por Salgado, terá pedido a Pacheco de Melo um reforço de 100 milhões de euros. Pedido que viu recusado, por “indisponibilidade de fundos da PT”.

Salgado, ciente que aquando da maturidade das obrigações não teria condições financeiras para reembolsar, decide mais uma vez usar os seus conhecimentos dentro da PT. Desta vez, conversou com Zeinal Bava, presidente executivo da OI, Sérgio Andrade e Carlos Jereissati, representantes das sociedades Andrade Gutierrez Telecomunicações e La Fonte Tel, titulares de participações sociais na Oi.

Ocultando factos, Ricardo Salgado acordou com estes que, “no âmbito da concretização da combinação de negócios entre a PT e a Oi, em contrapartida da participação da Portugal Telecom no aumento de capital na sociedade Oi através da entrega dos seus ativos e da subscrição de obrigações convertíveis possibilitando os fundos necessários à liquidação da dívida daquelas sociedades brasileiras, aqueles se comprometiam a que a Oi mantivesse as aplicações obrigações RioForte”.

Com isto, o ex-presidente do BES, conseguiu renovar o investimento em papel comercial da RioForte. Problema… Luís Pacheco de Melo e Carlos Cruz, desconheciam o que se tinha passado, sabendo posteriormente por Amílcar Pires. De mãos e pés atados, as aplicações são renovadas por apenas três meses.

Após a liquidação do aumento de capital da Oi, a PT contribuiu com os ativos que haviam sido transferidos para a PT Portugal, incluindo as obrigações RioForte no valor de 897 milhões de euros, subscritas pela PT SGPS e pela PT Finance. A RioForte não chegou a reembolsar as obrigações, levando a sua insolvência.

Este artigo faz parte de uma série de episódios da “Novela BES” e que contam os bastidores, os negócios, as intrigas, as alianças e as traições que marcaram a queda do Grupo Espírito Santo. As histórias e os relatos têm por base a informação do despacho de acusação anunciado pelo Ministério Público no dia 14 de julho de 2020, no âmbito da investigação ao “Universo Espírito Santo”.

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Novo Banco, BCE e até a bitcoin. Os desafios de Centeno no Banco de Portugal

Mário Centeno toma posse como governador do Banco de Portugal esta segunda-feira. O ex-ministro das Finanças já deu pistas para aquilo que vai ser o seu mandato no supervisor da banca.

Apesar da curta distância, a viagem de Mário Centeno do Terreiro do Paço até à Rua do Comércio foi turbulenta. O ex-ministro das Finanças foi “chumbado” numa audição parlamentar em que apenas o PS votou a favor do seu nome. Ainda viu o tribunal recusar uma providência cautelar interposta pela Iniciativa Liberal que podia ter travado a sua designação para o supervisor. Superados todos os obstáculos, chegou finalmente o dia da tomada de posse do novo governador do Banco de Portugal. Mário Centeno já tem uma ideia dos desafios que terá agora pela frente.

“O Banco de Portugal tem de se tornar sinónimo de ação para enfrentar os inúmeros desafios do futuro próximo. Mas não os deve enfrentar numa torre de marfim, mas sim com toda a sociedade portuguesa“, declarou o ex-ministro aos deputados, há cerca de duas semanas, no âmbito da sua nomeação para o supervisor da banca.

Na sua intervenção no Parlamento, Centeno explicou depois que o “papel do Banco de Portugal não se pode caracterizar pelo antagonismo nem pelo isolacionismo, mas antes pela complementaridade com o Governo, os restantes supervisores financeiros e com a comunidade científica, enfim, com a sociedade”.

O ex-ministro elencou os “quatro desafios-chave” daquilo que deverá ser a “intervenção estratégica” do Banco de Portugal no seu mandato:

  1. Assegurar uma supervisão – prudencial e comportamental – eficiente e exigente, que acompanhe o processo de inovação tecnológica;
  2. Participar na condução da política monetária europeia e na sua revisão estratégica;
  3. Definir uma política macroprudencial consonante com os complexos mecanismos de transmissão de risco no sistema financeiro;
  4. Credibilizar o mecanismo e processo de resolução, condição para a estabilidade financeira.

Alguns destes pontos foram mais desenvolvidos do que outros. Por exemplo, no domínio da inovação tecnológica, Mário Centeno sublinhou que o Banco de Portugal “deve apostar no desenvolvimento da sua dimensão digital e no acompanhamento da evolução do negócio bancário e financeiro, num mundo em que a transição digital assume enorme preponderância, que tem hoje como expoentes máximos as designadas fintech e as moedas virtuais”.

Quanto à política monetária europeia, Mário Centeno considerou que o facto de ter sido presidente do Eurogrupo — reunião informal dos ministros das Finanças da Zona Euro — lhe permitiu ganhar “capital político e reputacional” importante para o Banco de Portugal ter mais peso nas reuniões e decisões do Banco Central Europeu (BCE), onde o governador tem assento no conselho de governadores e onde são definidas políticas relacionadas com os estímulos à economia. E isto quando o BCE tem em curso uma revisão da sua estratégia como banco central.

Novo Banco e a concentração

Centeno também deixou a sua visão em relação aos outros desafios, ainda que de forma indireta. Como quando falou da resolução do BES/venda do Novo Banco.

Já se sabe que será um dossiê que Mário Centeno terá de ser obrigado a revisitar no futuro, a ser gerido com pinças não só pela sensibilidade do assunto, mas também porque o próprio interveio decisivamente enquanto ministro das Finanças (e essa foi uma das razões que levaram os deputados a questionar se ia pedir escusa quando a questão do Novo Banco se levantasse).

Sem estabilidade financeira o país não cresce, sem estabilidade financeira os clientes dos bancos não prosperam e sem estabilidade financeira os próprios bancos ficam em situações débeis e muito difíceis.

Mário Centeno

Centeno considera a resolução do BES “a mais desastrosa resolução bancária alguma vez feita na Europa”. Já sobre as críticas ao processo de venda do Novo Banco ao Fundo de Resolução, preferiu destacar que a operação permitiu ao país assegurar a estabilidade financeira, com ganhos na perceção de risco de Portugal nos investidores e agências de rating. “Foi este caminho que permitiu a redução do pagamento de juros da dívida. E o investimento massivo no SNS”, destacou.

Também foi questionado sobre a concentração bancária. “É uma questão que nos preocupa do ponto de vista da diversificação dos polos de decisão e somos contrários à sua unicidade, em particular se ela estiver fora do país”, disse.

Neste plano, Mário Centeno deixou a sua visão sobre quais as linhas orientadoras que leva para o Banco de Portugal: “Temos de criar condições para a rentabilidade do setor financeiro em Portugal. Uma das razões que motiva uma tendência de concentração é a procura e a necessidade das instituições financeiras de viabilidade, por causa das taxas de juro baixas. A interferência do que é o plano de negócios destas instituições, com o papel importantíssimo que elas têm no futuro do país, é totalmente entendido por mim nesta lógica“.

Isto porque, acrescentou, “sem estabilidade financeira o país não cresce, sem estabilidade financeira os clientes dos bancos não prosperam e sem estabilidade financeira os próprios bancos ficam em situações débeis e muito difíceis”.

Estudos, estatística e literacia

Para lá do papel de polícia dos bancos, Centeno frisou qual o posicionamento que gostaria de ver adotado pelo “Banco de Portugal do século XXI” no que toca ao seu serviço à comunidade.

Aqui destacou três áreas onde as competências da instituição são insubstituíveis: “os estudos económicos e o acompanhamento da economia portuguesa; a produção de informação estatística e a promoção do sistema estatístico nacional; e a literacia financeira, acompanhada da dimensão comportamental na supervisão bancária”.

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EDP alerta para impacto do processo judicial na “reputação” da empresa

As despesas judiciais e o impacto na reputação, situação comercial e financeira, bem como nos resultados são os riscos relacionados com o processo na justiça, segundo a elétrica.

O discurso oficial é que a EDP está a lidar da melhor forma com a suspensão do mandato de António Mexia à frente da empresa. Mas no prospeto do aumento de capital que está a preparar, a elétrica admite que o processo judicial (no qual não só o gestor como a própria empresa são arguidos) põe em risco a reputação, a situação comercial e financeira, bem como os resultados.

“Nos termos de uma investigação relacionada com montantes devidos em relação à rescisão antecipada de certos CAE e com os custos de manutenção do equilíbrio contratual e certos pagamentos efetuados em relação aos seus direitos à utilização do Domínio Público Hídrico, certos membros do Conselho de Administração Executivo do Emitente estão atualmente suspensos das suas respetivas funções“, identifica a empresa nos riscos para o aumento de capital, no prospeto enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A suspensão em questão diz respeito ao CEO da EDP, António Mexia, e ao CEO da EDP Renováveis, João Manso Neto. A decisão do juiz Carlos Alexandre de validar a suspensão de funções de funções no âmbito do caso das rendas excessivas EDP, que tinha sido proposta pelo Ministério Público.

Na primeira conference call com analistas em que atuou como CEO interino, Miguel Stilwell d’Andrade garantiu que a empresa está “bem preparada” em termos de continuidade da atividade, afirmou que o plano estratégico será executado como previsto e defendeu que a “rapidez de mudança é prova da boa governance da EDP”.

Agora, a empresa admite que “não é possível prever qualquer resultado nesta fase do processo” e alerta que “qualquer desenvolvimento deste tipo poderia ter um efeito material adverso na reputação da EDP, na sua situação comercial, financeira e/ou nos resultados das operações“.

O mesmo acontece por a própria empresa ter sido constituída arguida por suspeitas de corrupção ativa devido à alegada contratação indevida do pai do antigo Secretário de Estado da Energia, Artur Trindade. “Uma vez que a investigação está em curso, não há qualquer garantia quanto ao seu resultado final, inclusive se serão apresentadas quaisquer acusações contra a EDP pelo Ministério Público”, aponta a EDP.

“Embora não seja possível prever o resultado de qualquer dos procedimentos nesta fase do processo, estas questões poderão exigir uma atenção considerável por parte da direção da empresa e resultar em despesas legais e outras despesas significativas“, alerta ainda.

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Compra da Viesgo pela EDP tem entrada direta para o top dos maiores negócios do ano

Elétrica portuguesa vai investir 900 milhões para comprar a empresa espanhola, da qual assume ainda 1,1 mil milhões de dívida. Negócio vai contar ainda com investimento de 700 milhões da Macquarie.

A EDP prepara-se para comprar a empresa espanhola Viesgo, num negócio avaliado em 2,7 mil milhões de euros. Apesar de ainda não estar fechado e de esperar autorizações regulatórias, a aquisição da elétrica liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade tem entrada direta para os maiores negócios da Europa este ano.

Desde o início do ano, num período em que os negócios na Europa estão a ser amplamente afetados pela pandemia de Covid-19, a maior operação de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês) foi a compra da Willis Towers Watson pela Aon, por 31.633 milhões de euros, gerando a maior corretora de seguros do mundo.

Seguem-se a venda de 50,26% do banco russo Sberbank of Russia ao Fundo Soberano da Rússia e a fusão da Liberty Global e da Telefónica no Reino Unido, segundo os dados fornecidos pela Dealogic ao ECO. Apesar de não estar no pódio, Portugal tem dois negócios entre os maiores na Europa.

Em maio, o Grupo José de Mello e a Arcus fecharam venda de 81,1% da concessionária a um consórcio formado por investidores formado pela APG (gestora de ativos da ABP, o fundo de pensões dos funcionários públicos e do setor da educação dos Países Baixos), o NPS (serviço nacional de pensões da República da Coreia) e a SLAM (gestora de ativos da Swiss Life, a maior seguradora do ramo vida na Suíça).

O valor não foi na altura divulgado, mas o ECO avançou que a operação situava a avaliação global da Brisa em torno de três mil milhões de euros. O montante apontado pela Dealogic — 2.433 milhões de euros — confirma essa avaliação. O negócio é, neste momento, o 10.º maior na Europa, desde o início do ano. Mais abaixo, para a 19ª posição, entra agora a EDP.

Há dois negócios portugueses no top de M&A

Fonte: Dealogic

Investimento líquido é de 900 milhões. Assume dívida de 1,1 mil milhões

Este é um negócio com várias fases. A subsidiária da elétrica para distribuição de eletricidade em Espanha, a E-Redes, vai comprar ao fundo Mcquarie as empresas de distribuição de eletricidade da Viesgo, Viesgo Distribution e Begasa por 565 milhões de euros.

Como parte da transação, a EDP irá adquirir 100% do negócio renovável da Viesgo através da subsidiária EDP Renováveis. O negócio renovável é composto por 24 parques eólicos e duas centrais mini-hídricas localizadas em Espanha e Portugal, com capacidade instalada líquida total acima de 500 MW. A EDP também irá adquirir as duas centrais de geração térmica da Viesgo no sul de Espanha.

Assim, o negócio de renováveis fica do lado da EDP Renováveis, enquanto as redes e distribuição são fundidas com o negócio da EDP Espanha. A empresa que resulta desta fusão continuará a ser detida em 75,1% pela EDP, enquanto os restantes 24,9% são comprados pela Macquarie Infrastructure and Real Assets (MIRA), em conjunto com os seus fundos.

Feitas as contas às várias fases, a transação da Viesgo acarreta um investimento líquido por parte da EDP de 900 milhões (para o qual está a preparar um aumento de capital de mil milhões) e resultará na consolidação pela EDP da dívida financeira líquida existente na Viesgo de 1,1 mil milhões. São estes dois mil milhões que são considerados para o ranking da Dealogic. A MIRA irá investir ainda um total de 700 milhões como parte da transação.

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EDP quer 90% da energia a vir das renováveis em 2022. Compra da Viesgo é só o primeiro passo

Dos atuais 26,8 GW de capacidade total instalada da EDP, 19,8 GW já são renováveis (74%) . Com a compra da Viesgo, a elétrica supera a barreira dos 20 GW, e quer chegar a 28 GW já daqui a dois anos,

 

Até 2022, a EDP quer ter mais de 90% da sua geração de energia elétrica proveniente de fontes renováveis, somando para isso mais sete GW de potência instalada ao seu portfólio atual. Daqui a dois anos, a elétrica terá então quase 28 GW de energia eólica, hídrica e solar, entre outras. As metas foram traçadas por Vera Pinto Pereira, CEO da EDP Comercial, durante a sua intervenção no webinar E-Vision: Powering European e-mobility, promovido pela Eurelectric.

O primeiro passo para lá chegar já está dado: a empresa acaba de juntar os primeiros 511 MW extra de capacidade renovável ao seu leque de ativos, com a compra da espanhola Viesgo.

Do lado dos membros do Conselho de Administração Executivo da EDP que não viram os seus cargos alterados com a suspensão de funções de António Mexia e a subida de Miguel Stilwell de Andrade a CEO interino, a gestora responsável pela comercializadora da EDP sublinhou que estes objetivos só poderão ser cumpridos com a recém-anunciada compra da espanhola Viesgo, antiga EON Espanha, por 2,7 mil milhões de euros (dívida incluída), para a qual a elétrica levou a cabo um aumento de capital de pouco mais de mil milhões de euros.

“Esta semana acelerámos o ritmo. Anunciámos uma compra crítica para esse caminho. A aquisição da Viesgo, a quarta maior empresa de redes de distribuição de eletricidade da Península Ibérica, com ativos renováveis, reformulará nosso portfólio ibérico, com um maior foco em ativos que possam fazer avançar a transição energética. Para financiar parcialmente essa aquisição, lançámos um aumento de capital de mil milhões, porque queremos avançar e continuar a investir em ativos que promovem a transição energética”, disse a CEO da EDP Comercial, acrescentando que, na mesma semana, a empresa anunciou também “o fim da sua maior central a carvão na Península Ibérica, em janeiro de 2021, dois anos antes do prazo, esperamos”. O encerramento da central de Sines aguarda agora o sim do Governo, para poder avançar na data anunciada pela EDP.

O que tem a EDP hoje nas renováveis e na distribuição

Nos últimos 12 meses, a EDP instalou 847 MW de capacidade eólica e, por outro lado, procedeu à desconsolidação de 1,3 GW também eólicos, no âmbito da estratégia de rotação de ativos inscrita no plano estratégico da empresa. No final de junho de 2020, a capacidade eólica e solar em fase de construção chegava já aos 2 GW, o dobro face a 1 GW em fase construção três meses antes, em março.

No primeiro semestre do ano, as energias renováveis atingiram um peso de 80% no total da eletricidade produzida pela EDP, deixando a empresa a uma distância de dez pontos percentuais da meta acima de 90% para 2022 traçada por Vera Pinto Pereira.

Dos atuais 26,8 GW de capacidade total instalada da EDP, 19,8 GW já são renováveis. Os restantes 26% (7 GW) são ainda de origem fóssil (carvão e gás). Este foi o ano em que o carvão quase saiu do mapa da EDP na Península Ibérica: no primeiro semestre de 2019, a empresa produziu ainda 5.028 GWh de eletricidade com base no carvão, enquanto em igual período deste ano não foi além dos 1.207 GWh, uma queda de 76%. “Com exceção da central de Aboño, suportada pelo seu modelo de economia circular com queima de gases siderúrgicos, as restantes centrais a carvão mantiveram-se paradas, sem qualquer produção de eletricidade”, refere a EDP nos seus Dados Operacionais.

Na distribuição, em Espanha a EDP opera já em algumas comunidades autónomas, com destaque para a região das Astúrias. No primeiro semestre de 2020, a eletricidade distribuída pela EDP na Península Ibérica foi de 27.318 GWh: 23.491 GWh em Portugal, onde a empresa cobre todo o país e é o principal operador de redes de distribuição, com uma extensão total de 228.046 km; e 3.827 GWh em Espanha. A EDP tem hoje cerca de 20.000 km de redes de distribuição do lado de lá da fronteira.

Antes e depois: O que ganha a EDP com a compra da Viesgo?

O que vai somar com a compra da empresa espanhola

A compra da Viesgo inclui 100% do negócio renovável da empresa espanhola, através da EDP Renováveis (detida em 82,6% pela EDP). No total são mais 24 parques eólicos em Espanha e Portugal (381 MW e 74,8 MW, respetivamente), bem como duas centrais mini-hídricas localizadas em Jaen (20 MW) e Murcia (5,25 MW), representando no total 511 MW de capacidade instalada líquida, comprados por 565 milhões de euros (valor de mercado e dívida).

Além dos ativos renováveis, o pacote adquirido pela EDP inclui também duas centrais térmicas no sul de Espanha. Segundo a empresa, esta não é a aposta prioritária do grupo, mas estas centrais serão descomissionadas já em 2021, e por isso a elétrica está de olho, sobretudo, no direito aos pontos de ligação à rede para poder injetar energia elétrica renovável no futuro (potencialmente mais 912 MW), refere a EDP no comunicado que enviou à CMVM.

Antiga EON Espanha, a Viesgo tem como base do seu negócio a geração renovável (25%) e distribuição de eletricidade (75%), com quase 700.000 clientes no norte de Espanha e uma produção de cerca de 1.400 MW, dos quais a maioria provenientes de fontes renováveis. É hoje o quarto maior distribuidor de eletricidade no país, com uma base de ativos regulados de aproximadamente mil milhões de euros a 31 de dezembro de 2019 e uma rede de distribuição com 31.300 quilómetros de extensão nas comunidades autónomas da Cantábria, Galiza, Astúrias e Castela e Leão. A somar aos atuais 20.000 km, a EDP ficará com mais do dobro da extensão de redes elétricas em território espanhol.

Em 2019, a Viesgo deu conta de um total de ativos de 1.917 milhões de euros e um EBITDA de 174 milhões (238 milhões, excluindo a contribuição das atividades de geração térmica).

“A transação da Viesgo representa uma oportunidade de investimento singular para a EDP, estando totalmente alinhada com o crescimento em renováveis e redes: aumento do peso das redes de eletricidade e renováveis; crescimento para mais do dobro das atuais operações de distribuição de eletricidade em Espanha da EDP, através de licenças perpétuas com visibilidade regulatória total até 2025; reforço da posição da EDP no segmento renovável, com fortes recursos eólicos e potencial de expansão/repotenciação de capacidade [mais de 260 MW extra]; fortalecimento do perfil de baixo risco com o aumento do peso da atividade de redes reguladas”, refere ainda o mesmo comunicado.

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Pandemia ameaça 20% dos projetos de investimento estrangeiro previstos para este ano

Portugal foi o 8.º país da UE que captou mais projetos de investimento estrangeiro. Reduziu a dependência face ao investimento europeu ao diversificar geografias de origem. EUA são o maior investidor.

Portugal foi, em 2019, a oitava economia da União Europeia mais atrativa para os investidores estrangeiros. O país atraiu um número recorde de projetos de Investimento Direto Estrangeiro (158), mas a pandemia de Covid-19 ameaça 20% dos projetos previstos para este ano, revela o estudo EY Attractiveness Survey Portugal 2020.

Os analistas da EY consideram que dos 158 projetos de IDE anunciados o ano passado, aproximadamente 20% podem estar em risco de serem adiados, fortemente ajustados ou cancelados. Um valor que ainda assim é inferior à média europeia — a expectativa em geral é de quebra de 35 a 50% — e que se explica pelo perfil do IDE na economia nacional. Para contrariar esta tendência o peso e impacto do pacote de estímulos vai desempenhar um papel decisivo na atratividade de curto prazo dos países, revela um inquérito lançado pela EY em maio, com 80% dos inquiridos a selecionarem esta resposta. E segundo lugar (71%) surge o nível de adoção de novas tecnologias por parte dos consumidores.

Portugal ainda não apresentou um pacote de estímulos económicos de médio/longo prazo “significativo”, “com o mesmo grau de ambição de outros países europeus”, como Itália e Alemanha, por exemplo, com medidas equivalentes cerca de 20% do PIB, mas “os atuais constrangimentos e prioridades orçamentais poderão deixar pouca margem de manobra para isso”, alerta o estudo da EY. O ministro das Finanças, João Leão, já reviu em alta a previsão de défice para este ano, para 7%. Mas, o impacto que as medidas adotadas vai ter nas contas públicas de cada país e a forma como estes vão lidar com ele — seja através de um aumento de impostos ou cortes orçamentais — também vai ser “um importante fator distintivo” entre os países.

Assim, a resiliência a curto prazo do IDE e a atratividade a longo prazo vão depender da capacidade que o país terá em reforçar os seus pontos fortes e a sua notoriedade enquanto destino de IDE. “Portugal pode beneficiar face a outras economias se se mantiver focado em melhorar os fatores de atratividade que mais influenciam os investidores – e que incluem, entre os mais favoráveis, a qualidade de vida, a estabilidade social ou a pool disponível de talento. Mas, tão ou mais importante, o Governo e as autoridades locais terão de rápida e eficazmente trabalhar os fatores a que têm sido apontadas algumas deficiências pelos investidores. Felizmente, de acordo com os resultados do estudo, tem havido um progresso notório em temas como a flexibilidade laboral ou a tributação às empresas”, sublinha Florbela Lima, partner da EY Portugal e líder da EY-Parthenon.

Num inquérito lançado a investidores estrangeiros em março, quando os efeitos da pandemia ainda não se faziam sentir totalmente — embora várias economias, incluindo a portuguesa, se preparassem para o confinamento — 47% dos inquiridos mostravam-se confiantes de que a atratividade de Portugal iria continuar a melhorar nos próximos três anos; 36% diziam que se iria manter estável e apenas 10% apontavam para uma deterioração no mesmo período.

Como os investidores pensavam que a atratividade de Portugal ia evoluir ao longo dos próximos três anos num cenário pré-Covid

 

Fonte: : EY Attractiveness Survey 2020 (3-20 março 2020, 203 inquiridos: 114 estabelecidos em Portugal, 86 não estabelecidos)

Apesar de aparente nota positiva, o cenário é de incerteza. “Portugal não está imune às ondas de choque provocadas pela pandemia de Covid-19″, tendo em conta que a sua atividade económica “está altamente dependente de setores que estão a ser fortemente afetados pela crise, nomeadamente o
turismo e lazer, ou a aviação”, sublinha Miguel Farinha, partner da EY Portugal e responsável pela área de strategy and transactions. “Neste contexto, o IDE será certamente impactado. Todavia, a nossa análise mostra que o IDE em Portugal poderá ser mais resiliente no curto prazo do que na maioria das economias congéneres europeias, devido ao perfil dos projetos que o país tem conseguido atrair”: atividades ligadas ao desenvolvimento de software, Investigação & Desenvolvimento ou à criação de centros de serviços partilhados. “A economia portuguesa também beneficia de ativos sólidos, incluindo a robusta e sólida infraestrutura digital ou uma força de trabalho qualificada e adaptável, o que tenderá a promover a resiliência destes setores de atividade mesmo em cenário de crise”, acrescenta.

“A disponibilidade de talento, em especial em áreas tecnológicas altamente qualificadas, combinadas com a capacidade de falar várias línguas, contribuiu significativamente para as recentes taxas de investimento recorde no país”, sublinha, por seu turno, o presidente da Aicep, recordando que Portugal é o terceiro país mais seguro do mundo, de acordo com o Índice Global de Paz e o terceiro mais atrativo para expatriados, segundo a InterNations. Luís Castro Henriques sublinha que os oito projetos de investimento que o país já conseguiu atrair desde março, ou seja, durante a pandemia de Covid-19, no setor tecnológico são uma prova de que “a estabilidade política, económica e social e a resposta à pandemia são fatores decisivos para os investidores”.

A Springer Nature, editora científica, que iniciou em julho o processo de integração dos seus primeiros colaboradores em Lisboa é um dos exemplos desses investimentos tal como a NFON AG, cujo novo centro de investigação e desenvolvimento será no “centro de Lisboa” e deverá ter entre “70 a 100 pessoas” em Portugal dentro de quatro anos.

2019 foi um ano recorde na atração de IDE

Portugal conseguiu atrair, o ano passado, 158 novos projetos de Investimento Direto Estrangeiro, o que é considerado “um marco histórico para Portugal no IDE, e um salto de 114% face aos 74 projetos de 2018. Este “valor recorde” representa 12.549 postos de trabalho, número que mais do que duplicou em relação ao ano anterior (6.100), revela o estudo da EY.

A área do Digital reforçou a posição de liderança em termos de atratividade, quase triplicando os projetos (de 15 para 42) e aumentando o número de empregos criados (de 1.610 para 3.766). O setor de Produção e Fornecimento de Equipamento de Transporte também cimentou o investimento estrangeiro (31 projetos e 4.148 postos de trabalho), e os Serviços Empresariais ultrapassaram o setor Agroalimentar ocupando agora a terceira posição no ranking dos setores de atividade que mais projetos de IDE atraíram em 2019. O estudo revela ainda que nenhum setor de atividade observou uma quebra nas intenções de investimento estrangeiro.

Ranking dos setores que mais projetos de IDE atraíram em 2019

Fonte: EY European Investment Monitor (EIM), 2019-2020

Portugal foi, no conjunto da União Europeia, o oitavo país que captou mais projetos de investimento estrangeiro e reduziu a sua dependência face ao investimento europeu já que diversificou as geografias, isto apesar de 2019 ter sido um ano marcado pela incerteza e pela escalada de tensão nas trocas comerciais mundiais. O número de projetos de IDE provenientes de outros países europeus subiu de 59 para 108, mas a proporção do investimento europeu caiu de 80% para 68%, uma vez que a economia nacional conseguiu atrair o triplo do número de projetos com origem em geografias não europeias (de 15 para 50 projetos). Os Estados Unidos tornaram-se, o ano passado, no maior investidor em Portugal, com 26 projetos anunciados, seguido da Alemanha (22) e França (21). O estudo revela ainda que o Reino Unido, a braços com as negociações do Brexit, mais do que duplicou o número de projetos de investimento em Portugal, de seis, em 2018, para 15, no ano seguinte.

Posição de Portugal na Europa em termos de IDE

Fonte: EY European Investment Monitor (EIM), 2019-2020

Projetos de IDE em Portugal por principais países de origem (2019)

Fonte: EY European Investment Monitor (EIM), 2019-2020

O estudo revela ainda que Lisboa é a região que mais IDE atraiu no ano passado, com um total de 62 projetos (32 no ano anterior), que geraram 4.090 novos postos de trabalho, sobretudo nos setores do Digital e dos Serviços Empresariais. Já o norte do país, apesar de ter atraído menos investimentos (51, mais 24 do que em 2018), estes foram responsáveis por 5.722 novos postos de trabalho nos setores de Produção e Fornecimento de Equipamento de Transporte e Digital. Já a região Centro ocupa a ter ceira posição no top regional, ao atrair 26 projetos (21, no ano anterior), responsáveis por 1.518 empregos.

O Alentejo foi a única área geográfica a registar um decréscimo nas intenções de investimento, passando de 21 projetos de IDE anunciados em 2018 para nove, no ano seguinte.

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Allianz faz o maior investimento de sempre no Brasil

  • ECO Seguros
  • 19 Julho 2020

O grupo Allianz concluiu a operação de aquisição da SulAmérica Auto e seguros elementares, reforça posição no maior mercado da América Latina com o maior investimento de sempre no setor no Brasil.

A aquisição das operações no ramo Automóvel e Ramos Elementares da seguradora brasileira SulAmérica pelo grupo Allianz concretiza o acordo celebrado em agosto de 2019. A transação “amplia a oferta de serviços a clientes e aumenta a presença geográfica da Allianz no Brasil”, explica um comunicado.

O valor do negócio ronda os 3,2 mil milhões reais (aproximadamente 530 milhões de euros ao câmbio corrente).

“Hoje nasce uma nova Allianz que combina o melhor dos dois mundos. Em um momento desafiador, profissionais de ambos os lados demonstraram qualidade, profissionalismo e desempenho exemplares nesta operação. Isso permitiu a conclusão da transação antes do prazo, consolidando a marca como referência no país”, disse Eduard Folch, presidente da Allianz Brasil citado em comunicado.

Para Gabriel Portella, presidente da SulAmérica, a conclusão da operação é um marco na história da companhia, que completa 125 anos em 2020. “O interesse da Allianz por esta operação só reforça a força e a qualidade dos nossos serviços, do atendimento e da experiência proporcionados aos nossos clientes.”

A SulAmérica, operando atualmente com 39 mil corretores e dezenas de agências, é a terceira maior do Brasil, com 9% de quota nos designados ramos elementares (propriedade e acidentes pessoais) e a segunda maior nos seguros automóvel, detendo cerca de 15% de quota neste ramo e mais de 2,5 milhões de veículos segurados.

Com o fecho da operação, a SulAmérica permanece com muitos outros negócios de seguros gerais, além dos ramos saúde e Vida. Por seu lado, a Allianz ascende às posições de topo que adquire por via dos ativos incorporados, ficando fortemente implantada no seguro automóvel brasileiro, no 2º lugar do ranking precedida apenas pela Porto Seguro (nº1 do setor) e nos elementares torna-se terceira, atrás da BB Seguros (parceria Banco do Brasil e Mapfre) e da Bradesco Seguros.

Com a conclusão da compra, a Allianz Brasil “terá colaboradores e infraestrutura adequada para apoiar sua ambição de crescimento. A nova empresa terá mais de 100 filiais e 30 C.A.S.A – centros automotive próprios – em todo o país”, assegura o comunicado da filial do grupo segurador alemão.

“Nosso foco está na continuidade dos negócios. Todo o processo de integração será conduzido gradualmente, considerando as melhores práticas de ambas as empresas, com foco total no crescimento sustentável”, complementou Folch, que lidera o novo comité executivo da Allianz Brasil, agora integrando também gestores da SulAmérica.

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