Impeachment travado no Senado. Trump foi absolvido

Após duas semanas de julgamento no Senado norte-americano, Donald Trump foi absolvido das acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso.

Quase quatro meses depois de os Democratas terem formalizado a abertura da investigação tendo em vista a destituição de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos da América (EUA), o impeachment (destituição) foi chumbado do Senado. Em causa estava a alegada pressão do Presidente norte-americano, e dos seus colaboradores, à Ucrânia, para que abrisse investigações judiciais ao filho do antigo vice-presidente Joe Biden, candidato favorito dos democratas para a eleições presidenciais norte-americanas, por corrupção.

A maioria republicana no Senado (53-47) foi suficiente para garantir a absolvição do Presidente, após quase duas semanas de intenso debate à volta de dois artigos (abuso de poder e obstrução ao Congresso) para a destituição de Donald Trump e que passaram na Câmara dos Representantes, em janeiro, por maioria, onde os democratas estão em vantagem.

Relativamente à primeira acusação, a de abuso de poder, Trump foi considerado culpado por 48 dos senadores e absolvido pelos restantes 52. Na votação relativa à obstrução ao Congresso, Trump também garantiu os votos necessários: 47 deram-no como culpado e 53 como inocente.

Aquando da passagem do processo da Câmara dos Representantes para o Senado, a presidente da câmara baixa, a democrata Nancy Pelosi, disse “estamos a fazer história”. Já Donald Trump, reiterou ao longo do processo que tudo não passa de uma “caça às bruxas”, destinada para o prejudicar nas presidências de 2020. Agora, a história parece terminar por aqui, uma vez que o Senado não conseguiu obter a maioria de dois terços dos votos, ou seja 67 dos votos, para que o republicano fosse destituído.

Donald Trump foi o terceiro Presidente dos Estados Unidos a ser alvo de um processo de destituição. Antes dele, apenas Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998, tinham sido sujeitos ao mesmo, mas, tal como sucedeu com Trump, os dois processos de destituição absolveram os dois políticos.

O Presidente norte-americano estava acusado de abuso de poder e obstrução ao Congresso. Em causa estava a alegada pressão de Donald Trump ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que investigasse a atividade da família de Joe Biden, o principal rival democrata às presidências de novembro deste ano, junto de uma empresa da Ucrânia envolvida num caso de corrupção. Além disso, os democratas consideravam que o Presidente norte-americano terá tentado perturbar a investigação realizada pela Câmara dos Representantes.

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Petrolíferas põem Wall Street em recorde. Tesla derrapa

Os principais índices norte-americanos fecharam em alta, animados pelos dados económicos, mas também pela perspectiva de que uma vacina para o coronavírus poderá estar prestes a ser testada.

Wall Street continua a recuperar das quedas recentes, voltando a tocar níveis recorde. As praças norte-americanas estão a ser animadas pelos dados económicos na maior economia do mundo, mas também pela esperança criada por possíveis tratamentos para o coronavírus.

Foram divulgados dados positivos relativos ao emprego, com a criação de 29 mil empregos nos Estados Unidos da América (EUA) em janeiro, sendo esta a maior subida registada desde maio de 2015, aponta a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Além deste sinal de fortalecimento da economia dos EUA, os investidores reagiram também positivamente aos “avanços significativos” na descoberta de uma vacina de combate ao coronavírus — ainda que os ensaios clínicos possam demorar algum tempo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) veio amenizar os ânimos, referindo que, para já, “não há tratamento eficaz conhecido contra o vírus 2019-nCoV”, que já fez 40 mortos e mais de 20 mil infetados.

Neste contexto, e com os preços do petróleo a recuperarem das fortes quedas recentes por receios de uma quebra na procura mundial da matéria-prima, as empresas do setor registaram fortes subidas. Exemplos disso foram a Chevron, que, somou 3,21%, bem como a Exxon Mobil, que avançou 4,60%.

O setor da energia foi mesmo o que mais contribui para os ganhos do S&P 500, que agrega as 500 maiores dos EUA. O índice ganhou 1,04% para 3.331,93 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 0,48% para 9.053,74 pontos, com estes dois índices a baterem recordes. Ao mesmo tempo, o industrial Dow Jones, foi a estrela da sessão somando 1,58% para 29.261,39 pontos.

A impedir ganhos mais expressivos esteve o “trambolhão” da Tesla. A empresa liderada por Elon Musk fechou a sessão a cair 17,18% para 734,70 dólares, reagindo às declarações do vice-presidente, Tao Lin, que, informou esta quarta-feira que as entregas programadas para o início de fevereiro sofrerão um atraso, em consequência do fecho da fábrica na China, devido ao coronavírus. Isto acontece um dia depois de a fabricante de automóveis elétricos ter sido a estrela, uma vez que os títulos da empresa superaram pela primeira vez os 900 dólares.

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Ministro da economia convencido numa boa solução para a Efacec

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

Siza Vieira está convencido da existência de “boas condições” para que seja encontrada uma solução para a Efacec, na sequência da saída de Isabel dos Santos do capital.

O ministro de estado, da economia e da transição digital disse esta quarta-feira estar convencido da existência de “boas condições” para que seja encontrada uma solução para a Efacec, na sequência da saída de Isabel dos Santos do capital.

“Estamos convencidos de que haverá boas condições para que uma solução rapidamente seja encontrada que permita ultrapassar as perturbações em função das revelações que ultimamente se fizeram”, afirmou Pedro Siza Vieira.

O governante falava na apresentação da iniciativa “Mais Investimento Empresarial”, na Exponor, em Matosinhos, distrito do Porto.

Para Pedro Siza Vieira, a Efacec é uma empresa tecnicamente “muito capacitada e muito importante” não apenas para o tecido industrial português, mas também pela capacidade que tem em intervir em áreas decisivas como a transição energética ou a descarbonização.

Garantindo que vai acompanhar o futuro da empresa, o ministro assumiu ser “importante preservar os seus grandes quadros e a sua capacidade de execução”.

Em 22 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República de Angola anunciou que a empresária angolana Isabel dos Santos tinha sido constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol.

De acordo com a investigação do consórcio, do qual fazem parte o Expresso e a SIC, Isabel dos Santos terá montado um esquema de ocultação que lhe permitiu desviar mais de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) para uma empresa sediada no Dubai e que tinha como única acionista declarada Paula Oliveira.

A investigação revela ainda que, em menos de 24 horas, a conta da Sonangol no EuroBic Lisboa, banco de que Isabel dos Santos é a principal acionista, foi esvaziada e ficou com saldo negativo no dia seguinte à demissão da empresária da petrolífera angolana.

O EuroBic anunciou que a empresária vai abandonar a estrutura acionista, o mesmo acontecendo na Efacec. Os três membros não executivos do Conselho de Administração da NOS ligados a Isabel dos Santos saíram também já da operadora de telecomunicações.

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AEP e ANJE unem-se para apoiar empresas portuguesas

Associação Empresarial de Portugal e Associação Nacional de Jovens Empresários assinam acordo para promover desenvolvimento, competitividade e modernização das empresas nacionais.

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) assinaram esta terça-feira, em Matosinhos, um acordo para promover o desenvolvimento, a competitividade e a modernização das empresas nacionais, especialmente as micro, pequenas e médias empresas.

“A cooperação entre a AEP e ANJE é um bom exemplo de como duas instituições, que se complementam, podem criar sinergias que irão gerar ganhos de eficiência coletiva, sendo a cooperação um dos vetores que considero essenciais, não só no plano associativo, mas também ao nível das empresas”, explica em comunicado, Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP.

Com o objetivo de reforçar a inovação, o empreendedorismo e o investimento empresarial, a AEP e ANJE vão cooperar através de iniciativas e projetos de gestão comuns, que apostam na criação de valor para as empresas suas associadas.

O presidente da ANJE, José Pedro Freitas, corrobora a ideia de Luís Miguel Ribeiro e destaca que “o acordo demonstra desde logo uma vontade de cooperação institucional que, infelizmente, não é ainda muito comum no associativismo empresarial português. Cooperação essa que, além do mais, envolve duas associações com inegável experiência associativa, visão empresarial e know-how económico.

José Pedro Freitas acrescenta ainda que “estão reunidas as condições para que deste esforço comum resulte uma efetiva capacitação das empresas, a partir de fatores críticos como o capital humano, o conhecimento, a inovação, a transformação digital e a internacionalização”, conclui.

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Câmara do Porto quer concessionar mobiliário urbano e receber um milhão por ano

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

Câmara Municipal do Porto vai lançar um concurso para a concessão do mobiliário urbano e e espera arrecadar “pelo menos um milhão de euros por ano” dessa concessão.

A Câmara Municipal do Porto vai lançar um concurso para a concessão do mobiliário urbano, que inclui a substituição e redução de suportes publicitários, e espera arrecadar “pelo menos um milhão de euros por ano” dessa concessão.

No comunicado enviado, a autarquia explica que a concessão do mobiliário urbano na cidade, dividida por quatro lotes, prevê a redução e substituição de todos os suportes publicitários existentes, mas também o dos abrigos das paragens de autocarros.

O procedimento, que está ainda sujeito a aprovação do executivo municipal na próxima segunda-feira, dia 10, “obrigará que todos os equipamentos existentes na via pública – como mupis, outdoors painéis ou abrigos – sejam substituídos por equipamentos mais modernos, sendo uma percentagem deles em formato digital”.

“Os abrigos de autocarros passarão a estar todos equipados com tecnologias de informação dinâmica ao passageiro, estando prevista a instalação em todos eles de painéis eletrónicos indicativos das carreiras e dos tempos de espera, ajudando desta forma o trajeto de modernização da STCP (…). Os equipamentos ficam também preparados para receber antenas e dispositivos de comunicação sem fios, comportando por exemplo redes públicas de ‘wi-fi”, avança a autarquia.

E acrescenta, “com a nova concessão, será possível limpar de publicidade muitas zonas do Porto”.

De acordo com a o município, a redução dos suportes publicitários “será particularmente notada nos de grandes formatos”, uma vez que está prevista a uniformização destes equipamentos.

Com esta concessão, o município “espera arrecadar pelo menos um milhão de euros por ano”, valor que, segundo o comunicado, resulta das conclusões de um estudo encomendado à Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP).

“Com as receitas provenientes da concessão, a câmara irá investir noutro tipo de mobiliário urbano que, não sendo passível de exploração comercial, poderá ser adquirido conforme as opções do Pelouro do Urbanismo, Espaço Público e Património, deixando ao presente, mas também aos futuros responsáveis políticos uma maior liberdade em operações de reabilitação do espaço público”, esclarece.

A concurso público internacional vão estar dois lotes de maiores dimensões, cuja duração será de 15 anos, e dois lotes mais pequenos, com uma duração de cinco anos que “permitirão a operadores com menor capacidade financeira concorrer com reais hipóteses de sucesso”, garante a autarquia, adiantando que, nesse sentido, é excluída “a possibilidade do mesmo concessionário ficar com a operação em mais do que um lote, a menos que não haja outros concorrentes”.

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Manuela Rodrigues confirmada presidente da Lusitania Vida

  • ECO Seguros
  • 5 Fevereiro 2020

A atual presidente da Lusitania Seguros foi confirmada pelo regulador também como presidente da Lusitania Vida. Paulo Jorge da Silva fica administrador das duas seguradoras.

A normalidade instala-se na Lusitania depois de a ASF, entidade reguladora do setor, ter confirmado Manuela Rodrigues como presidente do Conselho de Administração da Lusitania Vida, da qual já era administradora delegada, e Paulo Jorge da Silva, ter sido igualmente confirmado como administrador da seguradora Vida do grupo. Este administração conta ainda com Fernão Fernandes Thomaz no topo da seguradora Vida.

Manuela Rodrigues e Paulo Jorge da Silva já eram responsáveis máximos da Lusitania Seguros, a companhia irmã de seguros Não Vida, sendo Maria Manuela Traquina Rodrigues presidente quer do Conselho de Administração, quer da Comissão Executiva e Paulo Jorge da Silva, administrador e membro da comissão executiva. Esta companhia conta ainda com Pedro Crespo e Dalila Araújo Teixeira como vogais da administração.

A confirmação de Manuela surge depois de algumas indefinições com nomes indicados para a administração das seguradoras no final do ano passado, e de eventuais problemas de solvabilidade terem aconselhado a integração da N Seguros, a seguradora direta automóvel do grupo, na própria Lusitania Seguros.

Apesar dos contratempos, as duas seguradoras Lusitania conseguiram em 2019 um crescimento de 13% nos prémios emitidos, face ao ano anterior, e o grupo reforçou a sua quota de mercado total para 3,7%. Com isso manteve a nona posição do ranking nacional e continua a ser a única companhia com maioria de capital português no top 10 das seguradoras a atuar em Portugal.

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Fábrica de cervejas arrisca falência após arresto de bens de Isabel dos Santos

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

Segundo o presidente da administração da Sodiba, cervejeira angolana que produz as cervejas Sagres, a empresa necessita de um investimento de vasilhames avaliado em 2,75 milhões de euros.

As operações da fabricante de cervejas angolana Sodiba podem colapsar “a curto prazo”, na sequência do arresto dos bens da empresária Isabel dos Santos e do seu marido, Sindika Dokolo, acionistas únicos da empresa, segundo a imprensa do país.

De acordo com um artigo publicado na edição desta quarta-feira do semanário Valor Económico, que cita o presidente do conselho administrativo (PCA) da Sodiba, Luís Correia, a empresa responsável pela produção das cervejas Sagres e Luandina necessita de “investimento contínuo e permanente”.

Segundo o executivo, a empresa criada em 2016, para a produção local da marca portuguesa Sagres, necessita de um investimento em travaliado em 1,5 mil milhões de kwanzas (2,75 milhões de euros).

“Isto é o mínimo para permitir às marcas crescerem em linha com as necessidades da empresa”, afirmou Luís Correia, que acredita que a administração tem feito “um percurso de crescimento” e que tem apresentado “bons resultados”, tanto a nível nacional, como a nível internacional.

O PCA da Sodiba vincou que “sem a capacidade de os acionistas apoiarem, o risco de colapso será uma realidade a curto prazo”.

O gestor assinala que o apoio dos acionistas “está previsto em orçamento e plano de negócios até ao final do próximo ano [2021]”, altura em a empresa previa assumir independência do investimento dos acionistas.

A Sodiba detém ainda uma participação de 51% na produtora de embalagens de vidro Embalvidro – também detida pela Industrial Africa Development (IAD) – “cuja inauguração estava inicialmente prevista para o ano passado”. O semanário refere ainda que a falência da Sodiba pode colocar cerca de 500 pessoas no desemprego.

Em dezembro de 2019, o Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, do marido, o congolês Sindika Dokolo, e do português Mário da Silva, além de nove empresas nas quais a empresária detém participações sociais.

Com o arresto, a Sodiba foi uma das mais afetadas, uma vez que conta apenas com Isabel dos Santos e Sindika Dokolo como acionistas. A joalheira De Grisogono, detida parcialmente por Sindika Dokolo, anunciou, no final de janeiro, que entrou em falência.

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou em 19 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e de Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.

Isabel dos Santos, que foi constituída arguida pelo Ministério Público de Angola, por suspeita de má gestão e desvio de fundos da companhia petrolífera estatal Sonangol, disse estar a ser vítima de um ataque político.

A empresária já refutou o que descreveu como “alegações infundadas e falsas afirmações” e anunciou que vai avançar com ações em tribunal contra o consórcio de jornalistas que divulgou a investigação Luanda Leaks, reafirmando que os investimentos que fez em Portugal tiveram uma origem lícita.

De acordo com a investigação do consórcio, Isabel dos Santos terá montado um esquema de ocultação que lhe permitiu desviar mais de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) para uma empresa sediada no Dubai.

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PCP e CDS abstêm-se no IVA da luz do PSD. Medida não passa

O PCP anunciou que se vai abster relativamente às compensações propostas pelo PSD para compensar a descida do IVA. CDS também se abstém, pelo que a medida não vai passar.

O PCP vai abster-se nas medidas que o PSD propõe para compensar a descida do IVA, apesar de votar a favor da redução — sendo que os social-democratas garantiram que a sua proposta de redução do IVA não será votada caso não tenha contrapartidas. Com o CDS a optar também pela abstenção, a medida não passa no Parlamento.

O PCP irá “votar a favor de todas propostas que fixam o IVA da eletricidade em 6%”, mas não irá acompanhar medidas que condicionam a descida, como as contrapartidas apresentadas pelo PSD, anunciou João Oliveira, líder parlamentar do PCP, em conferência de imprensa.

Esta manhã, o PSD alterou a sua proposta sobre a descida do IVA da luz, adiando para 1 de outubro a entrada em vigor deste alívio fiscal, que estava em 1 de julho, e alterando as contrapartidas da medida, que serão menores. As novas medidas de compensação avançadas pelo PSD preveem um corte de 8,5 milhões de euros nos gabinetes ministeriais, sendo o restante através de um “ajustamento ao saldo orçamental”.

O líder parlamentar do PCP apela para que os partidos votem a favor da proposta comunista, que irá a votos em primeiro lugar. “É a única que verdadeiramente permitiria a descida”, argumenta João Oliveira, e também “a única cuja concretização não levanta dúvidas”.

O Bloco já disse que a medida reformulada do PSD ia ao encontro da posição do partido, sinalizando o seu apoio. Mas o PSD e o Bloco não chegam para a aprovar as contrapartidas, que terão o voto contra do PS. Com a abstenção anunciada pelo CDS, a proposta do PSD não vai passar no Parlamento.

Antes de assumida a posição do PCP, mas também do CDS, os socialistas criticaram a proposta do PSD, afirmando que era “irresponsável” já que o custo da medida seria elevado. João Leão apontou para um valor de 800 milhões de euros por ano.

A perspetiva de se formar uma coligação negativa na redução do IVA motivou questões sobre uma crise política. Quando foi questionado sobre essa possibilidade, António Costa afirmou não se querer “antecipar o resultado das votações”. O primeiro-ministro disse também esperar que o “bom senso prevaleça para não pôr em causa o OE”, reiterando que a proposta dos sociais-democratas é “financeiramente insustentável”.

Carlos César, presidente do PS, considerou, em declarações ao Público, que se o Parlamento aprovar a proposta do PSD o Orçamento do Estado para 2020 ficará comprometido e, nesse caso, o Governo deve “ponderar seriamente o que fazer”, abrindo a porta à demissão do Executivo de António Costa.

(Notícia atualizada às 20h05)

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Recrutamento: tirar partido da tecnologia mas humanizar processos

Na 4.ª edição da conferência organizada pela Landing.jobs, especialistas defenderam várias medidas para equiibrar a influência da tecnologia nos processos de recrutamento e seleção.

“Às vezes são as ferramentas que nos usam”, disse. A afirmação, proferida por Matt Buckland, da Rainmaking, foi uma das que marcaram a sessão de arranque da quarta edição da Tech Hiring Conference, organizada pela Landing.jobs. Na sala da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), a plateia veio ouvir falar de processos de recrutamento e de como se pode harmonizar a tecnologia e o lado humano nesse percurso.

“De repente tens de fazer algo que um programador, há dez anos, não previu que pudesse acontecer. Integramos nomes de CV — e usamos todo o tipo de tecnologias –, mas o que isso faz do processo de recrutamento quando sou humano e falível? Não deixes as ferramentas mudar o teu processo de recrutamento porque isso nos torna apenas escravos das máquinas”, apelou o especialista, que protagonizou a sessão sobre como construir processos de recrutamento efetivos e baseados no talento.

Buckland apresentou em palco um esquema por camadas em que, ao nível da superfície, deve ser colocada sempre a dimensão do candidato e, só depois, numa mais profunda, a do gestor de recrutamento. No final de contas, o especialista apela: “Quando estás num processo de recrutamento, pensa: esta era uma empresa que eu contrataria?”

José Paiva, cofundador da Landing.jobs, foi o senhor que se seguiu no palco da conferência, falando da experiência pessoal na hora de construir uma empresa especializada e recrutamento tech. “Os investidores tendem a dizer para quebrarmos as relações humanas mas, para mim, não faz sentido pensar nessa perspetiva. Para mim, tenho de trabalhar em prol dos candidatos”, explica o empreendedor, que ajudou a criar um marketplace que cruza candidatos e empregadores na área tecnológica.

Para Paiva, idealmente os processos de recrutamento devem “equilibrar” um blend entre a experiência humana e a digital. De acordo com um inquérito realizado pela Landing.jobs, 50% dos candidatos prefere interagir com um recrutador humano no processo. “Somos humanos, gostamos de interagir com outros humanos”, explica o empreendedor. No entanto, e apesar de não ser preferencial para os candidatos, José Paiva defende que, se a tecnologia é usada como parte do trabalho, é necessário considerá-la como parte de todo o processo. “A melhor forma de aprender é falarmos das coisas más. Acredito que precisamos de criar uma mistura entre o digital e o humano durante o processo de recrutamento. É importante criar uma experiência digital mas também uma experiência orientada ao humano, porque somos humanos”, detalha. “Não acredito em soluções de desenvolvimento que só usam a tecnologia”, assegura ainda.

Uma caixa mágica de Navegante da Lua

Eva Baluchova (Bridge Recruitment), arranca a apresentação sem sequer aparecer em palco. No lugar dela, uma Bunny Tsukino aka Navegante da Lua. “Valorizamos uma série de coisas como a progressão e o reconhecimento, e comportamo-nos sempre como se só tivéssemos um propósito. Sabiam que os programadores também são humanos? Têm valores, necessidades, sentimentos. A magia é essa: compreendermos que eles também são humanos”, refere, arrancando sorrisos entre a audiência enquanto mostra o vestido branco com um grande laço vermelho, tal e qual o da heroína dos desenhos animados.

A fundadora da Bridge Recruitment fala da importância da construção de uma espécie de kit mágico de ferramentas que pode influenciar as decisões dos candidatos durante o processo de recrutamento. De acordo com a especialista, 70% das decisões são influenciadas pelas emoções, o que quer dizer que o que sentimos tem um enorme impacto no medo, no stress e em como isso tudo influencia os caminhos escolhidos por nós. “A cabeça não é tão esperta como pensamos”, assinala a especialista.

“A linguagem é uma ferramenta tão poderosa que pode fazer com que as pessoas não entendam a mensagem”, alerta ainda Eva Baluchova.

A linguagem é uma ferramenta tão poderosa que pode fazer com que as pessoas não entendam a mensagem.

Eva Baluchova

Bridge Recruitment

O uso de ferramentas de linguagem através da referência a episódios engraçados ou intrigantes é uma das sugestões da especialista para envolver os candidatos e captar a sua atenção. Outra dica é arrancar uma questão com a expressão “como te sentes acerca de…?” ou “imagina que…”, apelando aos sentimentos.

“Recrutar em tecnologia tem a ver com sobressair na multidão se queres ter sucesso”, explica Algirdas Zalatoris, da Revolut. Com dois anos de experiência numa agência de recrutamento e cinco anos em recrutamento in-house, Algirdas recrutou maioritariamente em tecnologia. Em Lisboa, o especialista explica por que a maioria das pessoas falha nos processos de recrutamento. “A maioria dos recrutadores pensa da mesma maneira, têm os mesmos hábitos e processos. A questão tem a ver com a pergunta: como podem ser diferentes?” O mercado, explica o especialista, está muito mais cheio de ofertas do que de candidatos para as preencher.

“Tentem voltar às pessoas que são excluídas nas fases finais do processo mas que vocês consideram que têm potencial”, refere ainda.

Contractor… quê?

O último painel da tarde dedicou-se a tentar esclarecer o termo de contratação por projeto, mais estruturado quando se trata de recrutar na área tecnológica. Velocidade de contratação e uma maior parcela de rendimento entregue ao trabalhadores são duas das vantagens indicadas pelo painel. No entanto, de acordo com os participantes, há outros tantos desafios em matéria de evangelização e conhecimento do conceito no mercado português.

“O conceito ainda não está muito claro em Portugal, e isso tem a ver também com uma questão cultural que muitas vezes é associada a uma situação de maior insegurança. As empresas lidam com isto de forma diferente, também. Mas o que me parece que é o grande desafio é perceber de que maneira as empresas integram os trabalhadores próprios e os que contratados por projeto”, dispara Jóni Sousa, da Equal Experts.

Majuri Sinha, do OLX Group, assinala que uma das formas de integrar bem todos os regimes de colaboradores é considerá-los, por exemplo, nos eventos internos. “Há diferenças evidentes entre mercados. (…) Mas é preciso que essas pessoas estejam inseridas na equipa. O que acontece com os contractors é que normalmente não têm uma equipa e, por isso, tem de haver um esforço da parte da empresa para os incluir nas festas, por exemplo”.

Já Álvaro Gonzalez, da escola de programação Ironhack, diz que há muito a fazer em matéria de evangelização. “Temos uma parte dessa função. Não tenho equipa A e equipa B: tenho uma equipa, independentemente de as pessoas serem freelancers ou contractors ou a tempo inteiro. Não me importa de que tipo de ligação estamos a falar. É a minha equipa. Ficaria feliz de poder mostrar a outras empresas que funciona mas estou apenas no início”.

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Multicare promove seguro oncológico que cobre até 1 milhão

  • ECO Seguros
  • 5 Fevereiro 2020

Após uma campanha de lançamento de bolsa de investigação sobre cancro, a marca do grupo Fidelidade avança com campanha para promoção do seu produto oncológico.

A Multicare, seguradora de Saúde do Grupo Fidelidade, vai acentuar a comunicação do seguro Proteção Vital, que tem coberturas anuais que podem ir até um milhão de euros com acesso a uma rede médica de referência no tratamento de cancros. Para estes processos terapêuticos a Multicare disponibiliza um programa abrangente de check-up de prevenção e deteção das doenças oncológicas.

A maior comunicação baseia-se numa campanha multimeios dirigida à população e assente no compromisso “A sua saúde é o nosso maior valor”, onde a companhia realça a sua inovação no acompanhamento personalizado às tendências no sector da saúde, em especial na área da oncologia.

Ao longo do ano, a Multicare irá ainda desenvolver diversas iniciativas de sensibilização e consciencialização para a temática da prevenção na área da oncologia. “Se por um lado, há um aumento de novos casos de doenças oncológicas, cada vez se sabe mais sobre as causas da doença, formas de prevenção, diagnóstico e tratamento”, diz um comunicado da Multicare.

Com mais de um milhão de clientes, a Multicare, que, é a única seguradora de saúde certificada, ISO 9001 de Certificação Bureau Veritas e permite o acesso à maior rede privada de Prestadores de Saúde em Portugal, abrangendo 88 hospitais com internamento e 2.500 clínicas em regime ambulatório, bem como a uma rede exclusiva com mais de 700 prestadores de referência em países como Espanha, Angola, Moçambique e Cabo Verde.

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Carlos César abre a porta à demissão do Governo por causa do IVA da luz

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2020

Presidente do PS diz que Governo deve "ponderar seriamente o que fazer" caso o Parlamento aprove a proposta do PSD para a descida do IVA na luz.

Carlos César, presidente do PS, considera que se o Parlamento aprovar a proposta do PSD para a descida do IVA na eletricidade o Orçamento do Estado para 2020 ficará comprometido e, nesse caso, o Governo deve “ponderar seriamente o que fazer”, abrindo a porta à demissão do Executivo de António Costa.

“Se essa solução for aprovada, acho que o Orçamento do Estado ficará desvirtuado e muito dificilmente exequível para manter o equilíbrio inicialmente proposto, pelo que será necessário ponderar seriamente o que fazer“, afirmou Carlos César, em declarações ao Público (acesso pago).

O PSD entregou esta manhã uma nova proposta de redução do IVA da luz que substitui a primeira e que adia de 1 de julho para 1 de outubro a entrada em vigor da nova taxa de IVA para a eletricidade. A perda de receita, estimada em 98 milhões de euros, é compensada por cortes nos gabinetes ministeriais (menos do que na primeira proposta) e um ajustamento ao saldo orçamental.

A entrega desta proposta mesmo em cima das votações abre a possibilidade de uma coligação negativa. O Bloco de Esquerda já disse que está disponível para acompanhar a proposta do PSD. PCP ainda não se pronunciou.

O primeiro-ministro já disse que espera que o “bom senso prevaleça para não pôr em causa o Orçamento do Estado”.

Questionado pelos jornalistas, em Bruxelas, sobre se poderia abrir uma crise política como aconteceu com os professores no Orçamento de 2019, António Costa afirmou não se querer “antecipar o resultado das votações”.

(Notícia atualizada às 19h27)

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