Antas da Cunha Ecija reforça equipa de Fiscal

A Antas da Cunha Ecija acaba de reforçar a sua equipa de Direito Fiscal com a integração de Margarida Marques Carvalho, na qualidade de associada sénior. A advogada transita da Abreu.

A Antas da Cunha Ecija acaba de reforçar a sua equipa de Direito Fiscal com a integração de Margarida Marques Carvalho, na qualidade de associada sénior. A advogada transita da Abreu onde exerceu a sua atividade nos últimos sete anos.

Margarida Marques Carvalho desenvolveu e centrou a sua prática na área do contencioso tributário incluindo a intervenção em processos de arbitragem tributária. Colaborou na execução de projetos legislativos em matéria fiscal nos setores da saúde e do desporto e participou em várias Due Diligence fiscais a grandes grupos empresariais.

Para Fernando Antas da Cunha, managing partner da Antas da Cunha Ecija: “É com enorme satisfação que acolhemos a Margarida na nossa equipa. Trata-se de uma profissional com provas dadas cujo contributo, estou certo, será de grande relevância para a Sociedade, numa área onde as solicitações têm superado largamente as nossas expectativas”. E remata: Ao longo dos últimos 4 anos, a área fiscal tornou-se numa área estratégica para o nosso escritório. Nesse sentido, não ficaremos por aqui. Estamos atentos ao mercado e tudo faremos para continuar a proporcionar o melhor serviço aos nossos clientes”.

Margarida Marques Carvalho é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2000). Possui um curso de especialização em Fiscalidade pelo INDEG/ISCTE (2001) e um curso de Contabilidade para juristas pela Universidade Católica Portuguesa – Escola de Lisboa (2004). É pós-graduada em Direito Fiscal / Planeamento Fiscal pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2005) e frequentou o Mestrado em Fiscalidade (parte curricular) do Instituto Superior de Gestão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Matos Fernandes responde a Rio. Acusa líder do PSD de tomar “decisão errada e irresponsável”

Visivelmente irritado, o ministro acrescentou ainda: "Rui Rio tem de explicar aos lisboetas porque é que nos próximos três anos não haverá obra nenhuma".

Depois de ter sido acusado pelo presidente do PSD, Rui Rio, de “faltar à verdade” na questão do aproveitamento dos fundos comunitários associados à nova linha circular do metro de Lisboa — obra que ficou suspensa na votação do Orçamento do Estado para 2020 — o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, demorou menos de 24 horas a reagir.

“Estou convencido que a intervenção do doutor Rui Rio revela o total desespero de quem tomou uma decisão errada e irresponsável e anda à procura de minudências para salvar a face numa decisão que tomou mesmo depois de ter sido avisado por um dos seus vice-presidentes, que lhe disse que era um erro para o PSD”, disse o ministro numa audição esta quarta-feira na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, esta quarta-feira no Parlamento. Visivelmente irritado, o ministro acrescentou ainda: “Rui Rio tem de explicar aos lisboetas porque é que nos próximos três anos não vai haver obra nenhuma”.

“O projeto [da linha circular do metro de Lisboa] não está suspenso”, garantiu o ministro.

Na sequência da intervenção de Matos Fernandes, o deputado Hugo Carvalho do PSD não hesitou em dizer que “quem andou em cambalhotas de argumentos sobre a perda de fundos comunitários foi o Governo” e “quem foi apanhado a mentir foram vocês”, sem adiantar mais sobre o assunto. Perante isto, o ministro disse ter “pena que o PSD não tenha feito nenhuma questão sobre metro de Lisboa. Queria tanto falar das graves consequências de ter sido suspensa a obra”.

O ministro do Ambiente e Ação Climática frisou ainda que “o PSD está contra o combate às alterações climáticas”, honrando a sua tradição. Matos Fernandes lembrou quando o anterior Governo PSD/CDS exigiu que os novos autocarros da Carris fossem “a diesel e em segunda mão”.

“Numa atitude de desespero, de quem não sabe mais o que fazer, o líder do PSD tentou demarcar-se da forma como votou. Os lisboetas perderam e o PSD tem de explicar aos lisboetas, e não só, porque é que não se vai fazer esta obra, que a que melhor serve a cidade”, com um público-alvo de 14 milhões de utilizadores, disse o ministro. Na sua visão, o PSD está “mais radicalizado” e “extremou o seu discurso para fazer acreditar que suspender esta obra pública não tem impacto nenhum. O PSD enganou-se na porta do ponto de vista ambiental, ao suspender a obra do metro de Lisboa“, rematou Matos Fernandes.

Perante as questões do CDS sobre o porquê da assinatura do contrato de construção da linha circular do metro ter sido feita a um sábado, longe dos holofotes, o ministro atirou: “Parece que não foi só o PSD que percebeu que fez uma grande asneira. O CDS também”.

Já na segunda-feira ao final do dia, pouco depois das acusações de Rio na Assembleia da República, Matos Fernandes tinha acusado o toque face às insinuações de falta à verdade, e mesmo “mentira”, por parte do líder do PSD, muito fora de contexto, num discurso no ISEG por ocasião do lançamento de um novo curso de Sustainable Finance. “Costuma ser pedido a um ministro do Ambiente que diga muitas vezes não [a decisões de crescimento económico], qual virgem ofendida. Apesar do doutor Rui Rio ter acabado de me chamar mentiroso não me sinto virgem nem ofendida. E dizer não é uma resposta simples demais”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE vai ter “brigada” digital para travar ataques a infraestruturas críticas

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2020

A Comissão Europeia anunciou a criação de uma Unidade Cibernética Conjunta na UE para proteger infraestruturas críticas do espaço comunitário, numa altura em que se está a desenvolver o 5G.

A Comissão Europeia anunciou a criação de uma Unidade Cibernética Conjunta na União Europeia (UE) para proteger “infraestruturas críticas” do espaço comunitário, numa altura em que se estão a desenvolver as redes móveis de quinta geração (5G).

Em causa está uma estratégia para “Moldar o futuro digital da Europa”, adotada esta quarta-feira pelo colégio de comissários europeus, que se reuniu em Bruxelas, prevendo medidas relacionadas com os dados pessoais, a inteligência artificial e a cibersegurança.

Com a adoção desta estratégia, o executivo comunitário decidiu que apresentará, até final do ano, “medidas adicionais” referentes à área digital, dando desde logo “especial importância à segurança cibernética”.

Assim, no documento a que a agência Lusa teve acesso, Bruxelas afirma que pretender “promover a cooperação [dos Estados-membros] por meio de uma Unidade Cibernética Conjunta que proteja as infraestruturas críticas da Europa e fortaleça o mercado único da cibersegurança”.

Ao mesmo tempo, a Comissão apresentará, até final do ano, uma nova lei dos serviços digitais, que estabelecerá “regras claras para todas as empresas que quiserem aceder ao mercado único”.

Apesar de Bruxelas garantir não querer atingir qualquer empresa em específico com as novas regras, a questão da cibersegurança na UE tem estado no centro do debate pelas acusações feitas pelos Estados Unidos à empresa chinesa Huawei, de alegada espionagem em equipamentos 5G, o que a tecnológica tem vindo a rejeitar, reiterando a falta de provas.

Na estratégia adotada, a Comissão decidiu também que “a Europa continuará a construir alianças com parceiros globais, alavancando o seu poder de regulação, capacitação, diplomacia e financeiro para promover o modelo digital europeu a nível internacional”.

Já no que toca ao combate à desinformação, outra das áreas pela qual Bruxelas se tem batido, ficou decidido que a nova lei dos serviços digitais dará “mais responsabilidade para as plataformas online”, como o Facebook, o Twitter ou a Google, relativamente à “proteção dos direitos fundamentais” dos cidadãos.

O presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, esteve inclusive esta semana em Bruxelas para reuniões com três comissários europeus, mas a Comissão Europeia garante não haver relação entre estes encontros bilaterais com a estratégia divulgada.

Para já, existem apenas medidas voluntárias na UE contra as fake news, nomeadamente um código de conduta subscrito voluntariamente por grandes plataformas digitais, como Google, Facebook, Twitter e Mozilla, que funciona desde final de 2018 como um instrumento de autorregulação para combater as notícias falsas online.

Na altura, estas plataformas comprometeram-se a monitorizar e a reduzir este tipo de conteúdos nas suas páginas, mas, para o executivo comunitário, a ação das gigantes tecnológicas tem sido insuficiente.

Além destas medidas, a Comissão Europeia adianta que irá propor uma revisão do regulamento eIDAS, relativo à identificação eletrónica e aos serviços de confiança para as transações eletrónicas no mercado interno, visando operações mais seguras que “colocam as pessoas no controlo dos dados que compartilham ‘online’”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas propõe criar mercado único de dados pessoais

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2020

A Comissão Europeia propõe que seja criado um mercado único de dados pessoais na União Europeia, permitindo a partilha de informações em várias áreas, mas sempre com o consenso dos cidadãos.

A Comissão Europeia propôs a criação de um mercado único de dados pessoais na União Europeia (UE), permitindo por exemplo a partilha de informações na área da saúde, mas que dependerá sempre do aval dos cidadãos.

Em causa está uma estratégia para “Moldar o futuro digital da Europa”, adotada esta quarta-feira pelo colégio de comissários europeus, que se reuniu em Bruxelas, prevendo medidas relacionadas com os dados pessoais, a inteligência artificial e a cibersegurança.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, Bruxelas explica que pretende “criar um verdadeiro mercado único de dados [na UE], onde as informações pessoais e não pessoais, incluindo dados confidenciais e sensíveis, estão seguras e às quais as empresas e o setor público têm fácil acesso”.

“Será um espaço em que todos os produtos e serviços baseados em dados respeitam plenamente as regras e valores da UE [e que] servirá para garantir a soberania tecnológica da Europa num mundo globalizado, desbloqueando o enorme potencial das novas tecnologias”, argumenta.

De acordo com o executivo comunitário, fica contudo já assente que esta estratégia sobre os dados prevê que os “cidadãos tenham uma opinião mais forte sobre quem pode aceder às suas informações”, o que poderá ser assegurado, por exemplo, através de “requisitos mais rigorosos em interfaces para acesso a dados em tempo real”.

Após ter criado um Regulamento Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor em maio de 2018, a Comissão Europeia quer agora avançar com um novo quadro legislativo para esta área, tendo em vista que a recolha e a reutilização de informações pessoais “respeita primeiro os direitos e os interesses das pessoas, de acordo com os valores e regras da Europa”.

“A estratégia de dados europeia hoje [quarta-feira] apresentada visa aprimorar o uso de dados, o que trará enormes benefícios para os cidadãos e as empresas, [já que] permitirá o desenvolvimento de novos produtos e serviços e levará a ganhos de produtividade e eficiência de recursos para as empresas e a melhores serviços prestados pelo setor público”, indica Bruxelas.

De acordo com o executivo comunitário, esta nova estratégia irá especificamente “facilitar o acesso e a reutilização de dados confidenciais, como dados de saúde ou sociais, para fins de pesquisa científica”, permitindo assim “desenvolver medicamentos personalizados para os pacientes ou melhorar a mobilidade dos passageiros”.

A Comissão Europeia vai agora recolher opiniões sobre esta estratégia para depois avançar com um novo enquadramento regulatório.

Bruxelas investe 17,5 mil milhões em estratégias de dados e inteligência artificial

A Comissão Europeia disse querer investir 17,5 mil milhões de euros para financiar as novas estratégias de partilha de dados e de promoção da inteligência artificial na UE, esperando desencadear investimentos de 24,6 mil milhões.

Numa breve declaração à imprensa sobre a estratégia que foi apresentada esta quarta-feira, a presidente do executivo comunitário, que se tinha comprometido a divulgar novas regras para a inteligência artificial nos primeiros 100 dias do seu mandato, disse estar em causa uma nova “abordagem responsável e centrada no cidadão […], que é particularmente cuidadosa nos setores que podem colocar em causa os direitos fundamentais”.

Ursula Von der Leyen apontou que, com a estratégia para a inteligência artificial, “a UE espera atrair mais de 20 mil milhões de euros por ano na próxima década”.

Já no que toca à questão dos dados, para criar um mercado europeu de armazenamento e partilha de informações pessoais, o executivo espera “alavancar um investimento de 4,6 mil milhões de euros”, acrescentou a responsável.

De acordo Ursula Von der Leyen, “o valor da economia de dados é enorme e, hoje em dia, já representa 300 mil milhões de euros na UE, o equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto [PIB]”. Nos próximos cinco anos, “estes números triplicarão”, projetou a líder do executivo comunitário.

Ursula Von der Leyen notou que em causa também está a criação de postos de trabalho: “Hoje temos 5,7 milhões de empregos e, em cinco anos, estimamos ter 11 milhões de empregos”.

Ao todo, para financiar estas estratégias, a Comissão Europeia propôs hoje investir 15 mil milhões de euros do fundo Horizonte Europa e 2,5 mil milhões de euros do programa de financiamento Europa Digital.

“A Europa já está a liderar na inteligência artificial, já tem uma posição de topo – produzimos, por exemplo, 25% de toda a indústria robótica –, mas também estamos cientes do facto de que as coisas estão a avançar muito rapidamente e temos de fazer mais”, adiantou Ursula Von der Leyen à imprensa.

(Notícia atualizada às 13h36 com declarações de Ursula von der Leyen)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

DLA Piper ABBC contrata novo sócio e associada sénior

A sociedade DLA Piper ABBC integrou Miguel Mendes Pereira e Carla Marcelino, como sócio responsável e associada sénior, na área de Europeu e Concorrência.

A sociedade de advogados DLA Piper ABBC reforçou a sua equipa com a integração de Miguel Mendes Pereira, como sócio responsável pela área de prática de europeu e concorrência. O escritório integra ainda Carla Marcelino como associada sénior na mesma área.

“É o reforço de uma área de prática estratégica da Sociedade, e uma aposta inequívoca no fortalecimento da equipa em Portugal”, nota a sociedade em comunicado.

Miguel Mendes Pereira conta com mais de 20 anos de experiência na área de prática de Direito Europeu e Concorrência, tendo trabalhado igualmente na Comissão Europeia, na Autoridade da Concorrência e no Tribunal Geral da União Europeia.

“O entusiasmo ao integrar a DLA Piper não podia ser maior. Profissionais de topo nas várias áreas do direito em Portugal e na maioria das jurisdições do mundo, e uma sólida presença em Bruxelas e em todas as capitais europeias, é a estrutura ideal para a prática de Direito Europeu e da Concorrência. Sinto-me muito grato pelo percurso que me levou até aqui mas sinto-me particularmente satisfeito pela força que esta integração traz aos projetos dos clientes, o nosso referencial“, refere Miguel Mendes Pereira.

Já Carla Marcelino possui experiência em Direito Europeu e da Concorrência, tendo trabalhado igualmente na OCDE e na CMVM.

“Estamos muito contentes com a integração do Miguel e da Carla. O Miguel é um dos grandes especialistas em Direito Europeu e da Concorrência, que é uma área de prática absolutamente essencial para os projetos em que estamos envolvidos, e para os clientes com quem trabalhamos globalmente. O Miguel e a Carla vêm naturalmente fortalecer a nossa capacidade e oferta nesta área de prática, tanto em Portugal como nos demais Países onde estamos presentes, e a sua integração é mais uma demonstração do nosso compromisso com a excelência”, nota Nuno Azevedo Neves, managing partner da DLA Piper Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bancos portugueses arriscam imparidades com exposição a Isabel dos Santos, diz Fitch

Fitch diz que banca portuguesa pode ter de constituir imparidades para acautelar financiamentos dados a Isabel dos Santos. Mas exposição à empresária angolana "é gerível", refere a agência.

Os bancos portugueses têm uma exposição de, pelo menos, 570 milhões de euros a Isabel dos Santos e às suas empresas. A polémica com o Luanda Leaks pode obrigar as instituições financeiras a ter de constituir imparidades para fazer face a eventuais incertezas em relação ao futuro da empresária angolana, considera a agência Fitch.

“A exposição a Isabel dos Santos e às suas empresas poderá implicar riscos de imparidades, mas estas exposições são geríveis em termos da dimensão“, refere a agência de rating numa nota publicada esta quarta-feira.

Segundo o jornal Expresso, o Banco de Portugal já pediu aos bancos para avaliarem se todos os financiamentos à filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos estão cobertos por imparidades de forma adequada. Mais de metade dos créditos estão concentrados em apenas três bancos. A grande maioria dos empréstimos tem a ver com os investimentos de Isabel dos Santos na Efacec, que já foi colocada à venda (assim como o banco EuroBic).

A Fitch adianta que a vaga de investigações relacionadas com lavagem de dinheiro em torno de altas figuras angolanas com contas bancárias em Portugal “está a reduzir o apetite de alguns bancos portugueses por ligações a Angola”. E se as instituições lusas reduzirem ainda mais a exposição a Angola isso será positivo “tendo em conta o ambiente operacional fraco em Angola e as deficiências de governação” no país.

Na nota, a agência lembra que os bancos dos dois países tem beneficiado com esta ligação que é histórica. “Os bancos portugueses providenciaram capital e know-how ao setor bancário angolano e foram úteis no seu desenvolvimento. Subsidiárias de bancos portugueses em Angola têm tido destaque no país e foram contribuintes substanciais para os lucros das casas mãe, particularmente enquanto a economia de Angola beneficiou da subida dos preços do petróleo em 2014″, conta a Fitch.

De acordo com os cálculos da agência, as operações angolanas contribuíram com mais de 230 milhões de euros para os lucros dos seis principais bancos portugueses em 2013-2014, mitigando as perdas das operações domésticas naquele período. Entretanto, Angola já só contribuirá com 100 milhões atualmente.

Entre outros, estão presentes em Angola a Caixa Geral de Depósitos (na Caixa Geral Angola), BCP (no Millenium Angola), Novo Banco (no Banco Económico) e BPI (no BFA).

A Fitch recorda que, face ao “ambiente operacional de Angola mais volátil”, vários bancos portugueses já saíram ou reduziram a suas posições nos bancos angolanos, “sob pressão do regulador”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dívida externa cai para 85,1%. Desde 2011 que não era tão baixa

A melhoria de desempenho reflete a melhoria da economia nos últimos anos. No entanto, em termos nominais houve um agravamento, com a subida da dívida.

Portugal fechou o ano passado com uma dívida externa líquida 179,8 mil milhões de euros. O montante subiu em termos nominais, mas caiu em percentagem do PIB, sendo que este é o valor mais baixo desde 2011, segundo revelam os dados publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

A dívida externa líquida de Portugal aumentou 300 milhões de euros entre o final de 2018 e o final de 2019. O indicador calcula-se através da posição de investimento internacional, excluindo instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros. Assim, o resultado mede a posição dos ativos e dos passivos portugueses face aos outros países.

Apesar de ter aumentado em termos absolutos, em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 4,4 pontos percentuais no mesmo período. Passou para 85,1%, dos anteriores 89,5%, sendo que uma melhoria de desempenho que reflete a melhoria da economia. Este é o valor mais baixo desde 2011, ano em que Portugal pediu assistência financeira à troika, de acordo com os dados do BdP.

“No final de 2019, a PII [posição de investimento internacional] de Portugal situou-se em -213,9 mil milhões de euros, o que traduz uma melhoria de aproximadamente 2,8 mil milhões de euros em relação ao final de 2018″, refere o relatório. “Para a variação da PII contribuíram as transações (+2,4 mil milhões de euros) e os outros ajustamentos (+1,9 mil milhões de euros) os quais foram parcialmente compensados pelas variações de preço (-1,4 mil milhões de euros)”.

Em percentagem do PIB, a posição de investimento internacional registou uma variação positiva de 5,1 pontos percentuais, passando para -101,2% no final de 2019, de -106,3% no final de 2018.

Dívida externa líquida e posição de investimento internacional

Fonte: Banco de Portugal

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Encomendas entregues em duas horas? CTT Now chega ao Porto e Braga

Os CTT expandiram a aplicação CTT Now ao Porto e a Braga. Os clientes destas cidades podem agora chamar um estafeta para transportar um objeto até ao destino no prazo máximo de duas horas.

A aplicação móvel CTT Now mudou de nome e vai rumar ao norte do país. O serviço da empresa portuguesa de correios, que permite pedir a um estafeta que leve uma encomenda até ao destino no prazo máximo de duas horas, passou a chamar-se “Expresso para Hoje” e a estar disponível também no Porto e em Braga.

Esta app tinha sido lançada em abril de 2019, mas, desde então, só estava disponível em Lisboa. Através do serviço CTT Now, os clientes que precisem de fazer chegar um objeto a outro ponto da cidade podem chamar um estafeta dos CTT CTT 1,15% , que se desloca ao local de origem, recolhe o artigo e o transporta, na hora, até à morada indicada.

Num comunicado, a empresa postal informa que, agora, também os clientes no Porto e em Braga podem recorrer a este serviço dos CTT nestas cidades, podendo ainda acompanhar em tempo real o percurso do estafeta até chegar ao destino. A plataforma está disponível para os sistemas operativos Android e iOS.

“O alargamento do serviço a mais duas cidades, para além de Lisboa, é o reflexo da grande aceitação no mercado deste tipo de serviço de entregas rápidas e representa mais um passo dos CTT na senda da sua transformação digital, inovação e desenvolvimento do comércio eletrónico em Portugal”, refere Alberto Pimenta, diretor da área de e-commerce dos CTT, citado na mesma nota.

De forma mais detalhada, a empresa postal explica que “após a introdução dos dados, nomeadamente a morada e o tipo de objeto a transportar, o cliente recebe uma estimativa do custo, realiza o pagamento e pode acompanhar online o estafeta durante todo o percurso”. “O preço é definido em função do número de objetos, número de pontos de entrega pretendidos e distância percorrida”, justifica.

Esta expansão é anunciada na semana em que os CTT apresentaram um novo posicionamento de marca, bem como um novo logótipo comercial, sem o tradicional cavalo que figurou durante centenas de anos na imagem da antiga empresa pública. Além disso, a empresa renovou o seu site e atualizou o interface da sua app, que permite pagar portagens, comprar bilhetes, seguir encomendas, entre outras coisas.

Já depois da publicação desta notícia, os CTT emitiram um segundo comunicado a clarificar que o serviço CTT Now vai passar a chamar-se “Expresso para Hoje”, no âmbito do novo posicionamento de marca anunciado na passada segunda-feira.

(Notícia atualizada às 12h37 com correção dos CTT. A empresa clarificou que o serviço passa, agora, a chamar-se “Expresso para Hoje”)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

2ª etapa do WCGC no Bom Sucesso Resort

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Fevereiro 2020

A Powerhour, vice-campeã nacional de 2019, está de novo na Final Nacional do World Corporate Golf Challenge.

A segunda etapa de 2020 do World Corporate Golf Challenge (WCGC) de 2020 decorreu no Bom Sucesso Resort, em Óbidos, com 32 equipas. A Powerhour provou não só ser uma potência da modalidade, como também soube escolher a melhor altura para qualificar-se para a Final Nacional com outras oito empresas. Em 2019, esta empresa de venda e assistência a computadores, telemóveis e produtos análogos terminou a Final Nacional no 2.º lugar.

“Em Palmares ficámos a 2 pontos de nos qualificarmos para a Final Mundial. Temos andado perto e pode ser que o consigamos este ano”, disse João Carvalho, que contribuiu com 37 pontos net e 32 gross para a vitória da sua equipa, que contou ainda com os 29 pontos net e 21 gross de Manuel Garcia, para o total de 66 net e 53 gross.

A Powerhour poderia ter participado noutra etapa do WCGC, mas a vontade da equipa era competir o mais cedo possível, sendo que o torneio inaugural, na semana anterior, no Algarve, não era muito plausível devido à distância.

“Jogámos aqui por ser a primeira etapa… bem a primeira foi no Algarve, mas era um pouco longe para nós e sabemos que a concorrência lá é muito forte, pois conhecemos bem o Ricardo Pereira, o Rui Coelho, o João Paulo Pingo, o Rogério Brandão. Este é um campo mais perto de nós e conhecemos bem o campo. Já cá viemos várias vezes. Não é um campo fácil, há vários buracos em que é difícil fazer o Par, mas estou a conhecê-lo cada vez melhor, a adaptar-me às suas dificuldades e hoje correu bem”, acrescentou João Carvalho.

A equipa 2.ª classificada no torneio net foi da Norma 8, com 64 pontos, a apenas 2 pontos dos campeões, composta por Francisco Bello (30 pontos net) e José Maria Castelo Branco (34).

No que se refere à classificação gross, a qualificação para a Final Nacional foi conseguida pela Barcel Bordados, com 47 pontos, para os quais contribuíram Maria Celeste Duarte (20) e Rui Martins (27).

Para Maria Celeste Duarte foi um dia especial, dado ser o seu aniversário e por ter ganho o prémio Costa Verde para o drive mais longo de senhoras no buraco 9.

De resto, apuraram-se ainda para a Final Nacional, no Montado Hotel & Golf Resort, a 30 e 31 de maio, as seguintes equipas, mediante a classificação net:

9.º lugar: PHTO, com 53 pontos, composta por Paulo Narciso (18) e Sérgio coelho (35);

8.º lugar: Turkish Airlines-2, com 54 pontos, representada por João Escudeiro (37) e Manuel Luz (17);

7.º lugar: Valsteam-1, 54 pontos, com Fernando Soares (27) e José Raposo Manuel (27);

6.º lugar: Lifeplus, 54 pontos, com Hugo Vicente (26) e Nuno Constantino (28);

5.º lugar: Turkish Airlines-3, 56 pontos, com Daniel Di Pietro (27) e Tiago Martinho (29);

4.º lugar: Portugal Golf Luxury Tourism, 58 pontos, com Daniel Mendes (31) e David Camelo (27).

Os prémios de habilidade foram de novo patrocinados por três empresas. Já nos referimos aos prémios Costa Verde que, para além de Maria Celeste Duarte, contemplaram ainda Jorge Horta, pela bola mais perto da bandeira no buraco 13, e Pedro Nunes Pedro, pelo drive mais longo masculino no buraco 9.

A Turkish Airlines, que tinha patrocinado o torneio da semana anterior em Palmares, atribuiu desta feita prémios a Maria Lopes, pelo drive mais longo feminino no buraco 4, a João Soares, pelo drive mais longo masculino no mesmo buraco 4, e a Edgar Batista, pela bola mais perto da bandeira no buraco 3.

Finalmente, a empresa ‘title sponsor’, do torneio, a Garofalo, distinguiu João Carvalho, pela bola mais perto da bandeira no buraco 5, e Tiago Martinho, pelo drive mais longo no buraco 6.

O sempre apetecível sorteio da tômbola teve prémios oferecidos pela Illy, Garofalo, Audi, Andros, Distintus, Mionetto, Details Hotels & Resorts, Uriage, Bom Sucesso Resort e Hertz.

Um espetador muito atento de tudo o que se passou foi José Guerra, o presidente da marca Mundial WCGC, que embora seja português, passa pouco tempo no nosso país. José Guerra explicou que a atribuição da licença organizativa à Golftattoo Eventos “foi uma evolução natural. Ficou a dever-se ao interesse que o Pedro Castelo Branco manifestou no evento desde o ano passado e também porque algumas pessoas desta organização já tinham trabalhado anteriormente com o projeto. Era uma oportunidade que queríamos aproveitar”.

“O objetivo do WCGC é exatamente ser um torneio de empresas que faça relações pessoais e as estenda depois à área do negócio. Daí ser o evento mais antigo corporate, desde 1993, e também o mais expandido a nível internacional. Uma das bases do seu sucesso é tudo acontecer num ambiente descontraído. Não é o mesmo do que estar a fazer negócios num escritório”, frisou José Guerra.

“Temos sido bem-sucedidos. As pessoas já começam a saber o que é a marca Garofalo, uma massa italiana, com as suas texturas próprias. Uma das razões destas parcerias está relacionada com o público-alvo dos nossos produtos, que são premium, e enquadram-se bem nestes torneios. Nos sítios onde vamos tem havido muito interesse e estamos a trabalhar já com várias cadeias hoteleiras”, salientou, por sua parte, João Poitier.

A 3ª etapa do WCGC Portugal de 2020 será patrocinada pela Audi no Club de Golf do Estoril, a 6 de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não há nenhuma obra suspensa do Ferrovia 2020”, garante ministro das Infraestruturas

Pedro Nuno Santos reconhece que há atrasos na execução do Ferrovia 2020, mas garante que não há nenhuma obra suspensa. As obras estarão concluídas até dezembro de 2023, promete.

Não há nenhuma obra suspensa no Ferrovia 2020″, garantiu o ministro das Infraestruturas na audição desta quarta-feira na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação. Pedro Nuno Santos admitiu que há atrasos, mas reiterou que as obras estarão concluídas até dezembro de 2023, data limite para executar os apoios comunitários do Portugal 2020 que ajudam a financiar estes projetos.

Pedro Nuno Santos respondia assim às notícias que deram conta que existem oito projetos do Ferrovia 2020 que estavam parados e às críticas dos deputados referentes a esses mesmos atrasos. O ministro justificou os atrasos nas obras pelo facto de haver concursos públicos que ficaram vazios e de haver falta de capacidade de engenharia em Portugal fruto da crise de 2018 que fragilizou o setor da construção em Portugal.

“Depois da crise de 2018 estamos a voltar a fazer projetos e precisamos de uma capacidade de resposta que o país já tinha”, sublinhou o ministro. O responsável avançou aos deputados que “a fase de projeto termina toda em 2020 e começa depois a começa a fase de empreitada”.

Para Pedro Nuno Santos é fundamental que se avance já com novos projetos de investimento, independentemente do novo quadro comunitário de apoio, para que o país “não volte a ter o mesmo problema”, com “pára-arranca de obras e picos de investimento público”. O ministro das Infraestruturas lembrou ainda que os engenheiros que saíram do país por falta de obra quando questionados porque não regressam a Portugal, “mais do que a questão salarial apontam par a falta de estabilidade e de continuidade dos investimentos públicos”.

Relativamente à alteração do Código da Contratação Pública para ajudar a acelerar as obras no terreno, Pedro Nuno Santos lembrou que esse trabalho já está a ser feito no seio do Governo, para alterar um “processo muito moroso que torna a vida do decisor público muito difícil”. Quando o trabalho interno ficar fechado “vai haver um período de consulta pública”, adiantou.

O ministro admitiu que a Infraestruturas de Portugal “precisa de ver reforçada a sua capacidade”, apesar de referir que não tem a “chave do cofre”. Quando à fusão com a Refer, Pedro Nuno Santos apontou que é um processo que “tem de ser muito bem pensado”, mas que há “problemas”, nomeadamente de coordenação entre as duas empresas.

(Notícia atualizada às 12h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Requerimento aprovado. Carlos Costa vai ao Parlamento por causa do Luanda Leaks

  • ECO
  • 19 Fevereiro 2020

Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram, por unanimidade, o requerimento do Bloco de Esquerda para chamar o governador do Banco de Portugal ao Parlamento. Em foco, os Luanda Leaks.

Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram o requerimento do Bloco de Esquerda para chamar ao Parlamento o governador do Banco de Portugal. O objetivo é confrontar Carlos Costa com as revelações do caso Luanda Leaks, que levantaram suspeitas sobre os negócios da empresária Isabel dos Santos, dona, até à semana passada, de uma posição maioritária no banco EuroBic.

De acordo com a RTP, que avançou a notícia, o requerimento dos bloquistas foi aprovado por unanimidade e visa escutar Carlos Costa quanto “ao apuramento de todas as responsabilidades nas falhas no sistema de prevenção do branqueamento de capitais do EuroBic. Em foco estará ainda a avaliação de idoneidade dos administradores do banco liderado por Fernando Teixeira dos Santos e a venda da posição no banco ao Abanca por parte da empresária angolana.

O requerimento para chamar Carlos Costa ao Parlamento tem caráter de urgência, o que significa que o Parlamento deverá solicitar a audição ao governador com celeridade. Surge pouco mais de uma semana depois de ser anunciada a compra de 95% do EuroBic pelo Abanca, com a aquisição das posições que eram controladas por Isabel dos Santos, na sequência das revelações do Luanda Leaks.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h17)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Imigrantes pós-Brexit no Reino Unido vão ter de falar inglês e ter qualificações

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2020

Segundo o novo sistema por pontos, os candidatos têm de preencher requisitos que garantam um mínimo de 70 pontos, como falar bem inglês, ter uma oferta de emprego ou qualificações académicas mínimas.

O Reino Unido apresentou esta quarta-feira detalhes sobre as novas regras para a imigração pós-Brexit, que vão dificultar o acesso dos cidadãos da União Europeia e impor requisitos, como falar inglês, qualificações e um salário mínimo de 25.600 libras (30.800 euros).

“Vamos pôr em prática um sistema que funcione no interesse de todo o Reino Unido e priorize as competências que uma pessoa tem para oferecer, não de onde elas vêm. Durante demasiado tempo, distorcido pelo direito de livre circulação europeu, o sistema de imigração não respondeu às necessidades do povo britânico”, refere o governo no documento apresentado esta quarta-feira.

Segundo o novo sistema, os candidatos têm de preencher requisitos que garantam um mínimo de 70 pontos, como falar bem inglês (10 pontos), ter uma oferta de emprego (20 pontos) ou, como qualificações académicas mínimas, o 12.º ano ou superior (20 pontos).

A oferta de trabalho deve garantir um salário mínimo de 25.600 libras (20 pontos), ou inferior, de 20.480 libras (24.700 euros), para empregos com falta de mão-de-obra, como enfermagem ou se os candidatos tiverem um doutoramento.

O governo admite regras específicas para certos setores, como a investigação científica ou a agricultura, tendo hoje quadruplicado o número de trabalhadores sazonais autorizados, de 2.500 para 10.000, que podem ser contratados por empresas agro-alimentares, no âmbito de um sistema paralelo.

O novo sistema de imigração por pontos visa ser implementado no início de 2021, quando acabar o período de transição após a saída do Reino Unido da União Europeia, que estendeu a liberdade de circulação europeia até ao fim de dezembro.

Atualmente, vivem no Reino Unido mais de três milhões de cidadãos da UE, dos quais centenas de milhares trabalham em setores como agricultura, saúde e restaurantes com salários relativamente baixos.

Os empregadores dessas indústrias receiam uma escassez de trabalhadores devido às regras mais rígidas de imigração. A Associação de Assistência Domiciliar do Reino Unido descreveu a falta de provisões para trabalhadores imigrantes mal remunerados nas propostas como “irresponsável”.

“Cortar a oferta de profissionais em tratamento sob um novo sistema de migração abrirá o caminho para mais pessoas que esperam desnecessariamente no hospital ou ficam sem atendimento”, afirmou.

A deputada do Partido Trabalhista Diane Abbott apontou para os “defeitos” do novo sistema, porque “vai precisar de ter tantas isenções para o serviço nacional de saúde, para assistência social e muitas partes do setor privado que vai deixar de fazer sentido”.

Pelos Liberais Democratas, a deputada Christine Jardine denunciou as propostas como sendo “baseadas na xenofobia, não nas necessidades sociais e económicas do nosso país” e salientou o reduzido tempo de dez meses para as empresas e organismos se adaptarem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.