PSI20 sobe 0,38% alinhado com bolsas europeias

Entre as 19 cotadas, dez registaram perdas nesta sessão, enquanto oito ficaram em “terreno” verde e uma — a Altri — manteve-se inalterada.

A bolsa de Lisboa prolonga os ganhos registados nas últimas sessões, acompanhando a tendência positiva registada também nas congéneres europeias.

O PSI-20 subiu 0,38% para os 5.704,09 pontos. Entre as 19 cotadas, dez registaram perdas nesta sessão, enquanto oito ficaram em “terreno” verde e uma — a Altri — manteve-se inalterada face à última sessão.

A Sonae, que apresenta esta quarta-feira resultados após o fecho do mercado, liderou as subidas e avançou 1,71% para 1,01 euros.

Em sentido contrário, os CTT destacaram-se nas descidas e recuaram 2,25% para 4,13 euros.

Pelo Velho Continente, o dia foi positivo, com as principais bolsas a negociar perto de máximos históricos. O índice pan-europeu Stoxx 600 acabou por registar uma subida de 0,2%, bem como o alemão DAX, enquanto o britânico FTSE 100 ganhou 0,7% e o espanhol IBEX-35 somou 0,8%.

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Itália vai administrar terceira dose da vacina a maiores de 40 anos

  • Lusa
  • 10 Novembro 2021

O Governo está a analisar se deve prolongar a validade do certificado sanitário, que atualmente tem a duração de um ano para os vacinados e seis meses para os recuperados.

A Itália vai administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19 às pessoas com idade entre 40 e 60 anos a partir de 1 de dezembro, confirmou esta o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza.

“Cremos que a terceira dose é essencial na nossa estratégia de luta contra a covid-19”, afirmou o ministro, numa intervenção no parlamento.

O titular da pasta da Saúde também indicou que o Governo está a analisar se deve prolongar a validade do certificado sanitário, que atualmente tem a duração de um ano para os vacinados e de seis meses para os que recuperaram da doença.

A Itália administrou já 91,3 milhões de doses de vacinas para combater a pandemia. Cerca de 46,8 milhões de pessoas (86,62% da população com mais de 12 anos) receberam pelo menos uma dose, ao passo que 45,24 milhões, cerca de 83,77% da população, foram inoculadas com as duas doses.

O país registou, desde fevereiro de 2020, 4,8 milhões de casos de covid-19 e 132.491 mortes causadas pela doença.

A decisão do Governo italiano de aumentar a proteção da população contra o coronavírus SARS-CoV-2 surge depois do recente aumento do número de novos casos de infeção no país e na Europa e da preocupação de que uma nova vaga possa provocar um novo colapso dos hospitais, o que a campanha de vacinação está a conseguir impedir.

Atualmente, as pessoas com mais de 60 anos e outras consideradas vulneráveis estão a receber a terceira dose da vacina em Itália, mas as autoridades sanitárias aguardam a ‘luz verde’ da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para começar também a vacinar as crianças com idade entre cinco e 11 anos, o que se estima poderá acontecer antes do final do ano.

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Corticeira Amorim propõe dividendo extra de 8,5 cêntimos por ação

Corticeira liderada por António Rios de Amorim vai distribuir reservas de 11,3 milhões de euros, correspondendo a 8,5 cêntimos por ação, à boleia dos bons resultados e do crescimento do negócio.

A Corticeira Amorim COR 0,00% quer pagar um dividendo extra de 8,5 cêntimos por ação através da distribuição de reservas no montante de 11,3 milhões de euros pelos acionistas, de acordo com uma proposta que levará à assembleia geral extraordinária de 3 de dezembro.

A empresa liderada por António Rios de Amorim considera “admissível” esse pagamento extra, já depois do dividendo regular de 18,5 cêntimos que pagou este ano por conta dos lucros de 2020, isto tendo em conta “o sólido crescimento da atividade e os bons resultados registados ao longo dos últimos anos”.

Segundo a corticeira, esta boa dinâmica tem permitido “gerar cash-flows crescentes, sendo assim possível efetuar uma distribuição de reservas (…) sem colocar em causa a manutenção de uma eficiente e equilibrada estrutura de capitais do grupo”.

A cotada apresentou lucros de 58 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma subida de 19,6% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas subiram 11,5% para 637,1 milhões de euros no mesmo período.

As ações da Corticeira Amorim deslizaram 0,17% para 11,72 euros na sessão desta quarta-feira, mas acumulam uma valorização de 1% desde o início do ano.

(Notícia atualizada às 17h12)

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Dez chefes de equipa de cirurgia do Hospital Santa Maria apresentam demissão

  • Lusa
  • 10 Novembro 2021

"Há vários meses" que os profissionais de saúde têm chamado a atenção para "a insuficiência das equipas", adiantou um dirigente sindical.

Os dez chefes de equipa de cirurgia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, apresentaram uma carta de demissão devido à “insuficiência das equipas” no serviço e na urgência, adiantou esta quarta-feira à Lusa o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.

“Hoje chegou ao nosso conhecimento uma carta de demissão da totalidade dos chefes de equipa de cirurgia do Hospital de Santa Maria“, disse Jorge Roque da Cunha, solidarizando-se com os médicos.

O dirigente sindical adiantou que “há vários meses” que os profissionais de saúde têm chamado a atenção para “a insuficiência das equipas, não só a nível do serviço de urgência como também no próprio serviço”.

“É um quadro envelhecido” que se agravou nos últimos meses com a saúde de profissionais que entretanto se reformaram e não têm conseguido contratar médicos, adiantou.

Contactado pela Lusa, o Hospital Santa Maria remeteu esclarecimentos para um comunicado a divulgar ainda esta quarta-feira.

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Vista Alegre assegura contratos de 44 milhões para 2022

  • ECO
  • 10 Novembro 2021

Maior fatia dos novos contratos pertence ao segmento de grés de forno e mesa e diz respeito a clientes estrangeiros.

O Grupo Vista Alegre Atlantis, que incorpora as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro, assegurou a contratualização de encomendas no valor de 44 milhões de euros para 2022, informou a empresa em comunicado. Os valores dos novos contratos com operadores internacionais estão distribuídos pelos vários segmentos industriais: 8 milhões de euros na porcelana, 8 milhões de euros no cristal e vidro e 28 milhões de euros no grés de forno e mesa.

De acordo com a empresa, os novos contratos adicionam-se às demais encomendas decorrentes dos contratos plurianuais já existentes em carteira e vem comprovar “a capacidade da marca se afirmar junto de grandes operadores internacionais, reforçando o volume de negócios junto dos mercados externos, predominantemente europeus“.

A fabricante de porcelana teve um resultado positivo de 600 mil euros nos primeiros nove meses do ano, invertendo o ciclo de prejuízos registados no período da pandemia. O volume de negócios aumentou 5,6% para os 80 milhões de euros, com 80,8% a vir de fora de Portugal, sobretudo de países europeus. O EBITDA cresceu 44,1% face ao período homólogo, para 14,7 milhões.

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Ageas Seguros mobiliza 500 mediadores com road show em 6 cidades

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2021

Leiria, Évora, Guimarães, Ílhavo, Porto e Lisboa receberam um road show da seguradora para reforço do posicionamento da marca e promover o relacionamento phygital.

Gustavo Barreto, Chief Commercial Officer do Grupo Ageas Portugal: “O nosso canal de mediação privilegia a proximidade com a estrutura de decisão de topo da nossa Companhia”.

A Ageas Seguros esteve com mais de 500 Mediadores, em seis cidades, durante o roadshow Creating Around que, segundo a seguradora, “permitiu confirmar o posicionamento da seguradora no que toca à proximidade com toda a sua rede de distribuição”.

“A nossa atividade é um negócio feito de pessoas e para as pessoas e o nosso canal de mediação privilegia a proximidade com a estrutura de decisão de topo da nossa Companhia e é isso que pretendemos continuar a fazer com estes fóruns de proximidade”, comenta Gustavo Barreto, Chief Commercial Officer do Grupo Ageas Portugal, explicando a realização durante o mês de outubro em Leiria, Évora, Guimarães, Ílhavo, Porto e Lisboa

Depois de realizar um evento digital, que juntou mais de 1.300 Mediadores com o objetivo de envolver toda a rede de distribuição nas principais novidades da marca, os road shows foram ocasião para comunicar os próximos passos da seguradora, onde se inclui a ativação de novos conceitos comunicacionais como é o caso do ‘Para propor um bom seguro, na Ageas Seguros conhecemos o mundo do Cliente’, que surge para reforçar a importância do papel do Mediador de seguros no serviço ao Cliente.

O aumento de utilização dos canais digitais acompanhado da constante preferência pelo formato presencial, permitindo “um contacto mais próximo e humanizado, cumprindo a premissa que o futuro passará por ser phygital, conclui a seguradora.

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Dielmar fecha portas. Trabalhadores podem transitar para a Valérius

Os credores da Dielmar aprovaram o encerramento da empresa de vestuário. Governo confirma que um grupo de Barcelos está interessado em recrutar 200 trabalhadores para nova empresa a criar em Alcains.

Os credores da Dielmar decidiram esta quarta-feira, por unanimidade, que a empresa de Alcains vai fechar portas. Mais de três meses depois do pedido de insolvência e de duas assembleias de credores adiadas, o desfecho final foi mesmo o encerramento da empresa de vestuário. A notícia foi avançada pelo Público e confirmada já pelo Governo.

No entanto, os mais de 240 trabalhadores podem não ficar sem emprego, tendo em conta que o grupo têxtil Valérius fez uma proposta, na véspera da reunião, no valor de 250 mil euros para ficar com a marca Dielmar, com parte dos ativos industriais e igualmente com cerca de 200 funcionários.

“Recebemos uma proposta de uma empresa muito respeitada e com grande experiência nestas operações de reestruturação de empresas, que é a Valérius. Apresentou uma proposta ao administrador de insolvência no sentido de ficar com os ativos da empresa e de contratar os trabalhadores da Dielmar para uma nova unidade industrial que quer manter em Alcains”, disse Pedro Siza Vieira, à margem da apresentação do programa Empresas Turismo 360, que decorre no Observatório Astronómico de Lisboa.

O ministro da Economia adiantou ainda que “os representantes dos trabalhadores votaram maioritariamente a favor desta proposta, o Estado também votará e os demais credores nos próximos cinco dias também se manifestarão de acordo com essa proposta”.

A Outfit 21 ficou primeiro fora da corrida por falta de financiamento, mas o empresário de Viseu, Cláudio Nunes, ainda garantiu esta semana ao ECO que “a proposta continuava firme e inalterada“. Porém, o administrador de insolvência referiu na reunião que a proposta não se concretizou e, citado pelo Público, que deveria ser “desconsiderada por não se afigurar credível”.

Depois da desistência da Outfit 21, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa, Marisa Tavares, já tinha reconhecido que “não havendo propostas para viabilizar a empresa, o único caminho é o encerramento definitivo”. A suspeita da dirigente sindical acabou mesmo por se confirmar.

Siza Vieira fala numa “lição”

A Dielmar era uma das maiores empregadoras da região da Beira Baixa e deixou uma dívida ao Estado de oito milhões de euros, à banca de cerca de seis milhões e ainda 2,5 milhões a fornecedores e 1,7 milhões à Segurança Social.

Logo no início do processo, a 2 de agosto, Pedro Siza Vieira avisou que “o dinheiro público não serve para salvar empresários” e reconheceu, que “se calhar” o Estado não [iria] recuperar o montante que tinha concedido à empresa.

Volvidos três meses, o responsável político declara que este desfecho “é uma lição”. “Às vezes é melhor assegurar que os ativos empresariais vão para melhores mãos para poderem prosseguir a atividade com maior valor, do que propriamente estarmos a tentar manter situações que às vezes são menos eficientes”, concluiu.

(Notícia atualizada às 17:05 com mais informações)

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Candidaturas para “Job Pitch Challenge” abertas até 5 de dezembro. Evento conta com 60 vagas

A iniciativa, integrada no evento "Building The Future", conta com um total de 60 vagas para as áreas de TI, finanças, marketing, programação, recursos humanos e e-commerce.

As candidaturas ao “Job Pitch Challenge” já estão abertas. Os interessados em participar na iniciativa — que pretende dar a estudantes e recém-licenciados a possibilidade de iniciarem a carreira em algumas das maiores empresas do país — podem candidatar-se até 5 de dezembro. Ao todo há 60 vagas.

“O ‘Job Pitch Challenge’ foi um meio fundamental para o início da minha carreira profissional. Tive a oportunidade de interagir com algumas das maiores empresas em Portugal, com entrevistadores espetaculares que não hesitaram em responder às minhas perguntas, dando também feedback de como podia melhorar o meu pitch. Ao candidatar-me, selecionei seis empresas para fazer entrevista, das quais cinco entraram em contacto comigo, ficando como substituto na sexta empresa”, diz João Silvestre, um dos candidatos selecionados na edição do “Job Pitch Challenge”, em 2021, e que integrou o programa de trainees no Grupo Pestana.

“No entanto, acabei por também ser convocado para essa última entrevista, que se revelou ser a que mais me cativou, pois tive a oportunidade de falar diretamente com o CEO e a CHRO do Grupo Pestana. E é precisamente nesta empresa que estou, neste momento, a realizar o programa de trainees“, conta, citado em comunicado.

Integrado no evento “Building The Future”, o “Job Pitch Challenge” conta com a presença de 18 empresas nacionais e internacionais, dos mais variados setores de atividade, desde tecnologia a hotelaria, passando por media ou cosmética. Microsoft, NTT DATA Portugal, Claranet, Grupo Pestana, Novobanco, L’Oréal e Cofina Media são algumas das companhias envolvidas na iniciativa, com as quais os participantes poderão realizar entrevistas de trabalho.

As oportunidades compreendem desde estágios profissionais, a contratos de trabalho, programas de trainees ou a integração em academias de desenvolvimento com a garantia de emprego. Ao todo há 60 vagas, direcionadas para as áreas de TI, finanças, marketing, programação, recursos humanos e e-commerce.

Para se candidatarem ao “Job Pitch Challenge”, os interessados terão de preencher o formulário, disponível na página da iniciativa e submeter o currículo atualizado. “Os candidatos selecionados pelas empresas associadas à iniciativa, farão depois um pitch de 15 minutos a CEO e top managers das empresas envolvidas, durante o qual terão de cativar, impressionar e provar porque merecem o passaporte final para as oportunidades da iniciativa”, detalha a organização do evento português.

Todos os candidatos selecionados terão ainda acesso garantido a uma certificação Microsoft. Além da licenciatura e do domínio de ferramentas de produtividade e colaboração, são valorizadas soft skills que reflitam audácia, criatividade, desempenho e flexibilidade.

Ao longo das últimas edições, o “Job Pitch Challenge” contou com a presença de 54 empresas, mais de 1.000 inscrições e mais de 720 entrevistas.

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Funcionários públicos vão ter aumentos de 0,9%, confirma o Governo

Apesar de a proposta de Orçamento ter sido chumbada, os funcionários públicos têm garantidos aumentos, a partir de janeiro de 2022, confirmou o Governo aos sindicatos.

Todos os funcionários públicos terão aumentos salariais de 0,9% a partir de janeiro do próximo ano, confirmou o Governo, esta quarta-feira, aos sindicatos. Já o anunciado reforço da remuneração inicial dos técnicos superiores não será posto em prática, por força do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

“Esta reunião não trouxe nada de novo em relação àquilo que tinha sido apresentado nas últimas reuniões negociais, isto é, mantém-se à atualização na remuneração mínima mensal garantida e à atualização de 0,9% para todos os trabalhadores da Administração Pública“, adiantou aos jornalista Maria Helena Rodrigues, líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), à saída do encontro desta quarta-feira.

No que diz respeito ao salário mínimo nacional, o valor ainda será negociado entre o Governo e os parceiros sociais — a primeira reunião para esse fim está marcada para a próxima terça-feira, dia 16 de novembro –, tendo António Costa já dito, repetidamente, que quer puxar o SMN para 705 euros em 2022. De acordo com o Código do Trabalho, o Executivo tem de ouvir a Comissão Permanente de Concertação Social antes de avançar com qualquer atualização da retribuição mínima mensal garantida, mas não precisa de conseguir um acordo nessa sede, isto é, cabe-lhe a última palavra.

Quanto à atualização de 0,9% prometida para todos os funcionários públicos, Maria Helena Rodrigues explicou que tal está em linha com a inflação esperada para 2022 pelo que não representa “qualquer valorização remuneratória”.

A sindicalista avançou, além disso, que o Governo explicou que, por força do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022, o anunciado reforço de 50 euros do salário inicial dos técnicos superiores e a diferenciação remuneratória dos quadros com doutoramento não serão, afinal, postas no terreno, ficando, pois, para “um Orçamento do Estado depois de termos a constituição de um novo Governo e de nova Assembleia da República”.

Funcionários com aumentos mantêm pontos para progressão na carreira

Ao contrário do que aconteceu em 2019, os funcionários públicos não vão perder os pontos da avaliação de desempenho que têm já acumulados com vista a futuras progressões por verem os seus salários crescerem em janeiro de 2022, avançou o líder da Federação dos Sindicatos da Administração Pública, José Abraão, após a reunião com o Governo.

Em declarações aos jornalistas, o sindicalista sublinhou que a proposta que foi apresentada esta quarta-feira fica “muito aquém” do pretendido e defendeu que, mesmo em duodécimos, há “espaço de manobra” para “corrigir algumas injustiças“. Uma delas, apontou José Abraão, é a diferença prevista entre o salário inicial dos assistentes operacionais e o salário inicial dos assistentes técnicos.

Atualmente, esse primeiro valor está fixado em 665 euros (o salário mínimo nacional) e o segundo em 703,13 euros. Ora, em 2022, o salário inicial dos assistentes operacionais deverá subir para 705 euros (à boleia do aumento previsto para o salário mínimo nacional), enquanto o salário inicial dos assistentes técnicos deverá subir apenas para 709 euros (com a atualização de 0,9%), ficando a cerca de quatro euros do primeiro valor. Tal compara com a diferença hoje em vigor de 38 euros.

O líder da FESAP espera que a próxima reunião, que está marcada para segunda-feira, dia 15 de novembro, traga algum avanço nesta matéria. “Fica alguma expectativa para as próximas reuniões”, afirmou o José Abraão, avançando também que pediu ao Governo que faça “algum esforço para acelerar os processos de concursos de promoção“.

Questionado, por outro lado, sobre a possibilidade de esta estrutura sindical convocar uma greve ainda durante esta legislatura — a FESAP chegou a ter marcada para 12 de novembro uma paralisação, mas desconvocou-a face ao chumbo do OE2022 –, o sindicalista atirou: “Cá estaremos com o Governo que resultar da vontade popular para discutir o Orçamento”.

Frente Comum mantém greve para dia 12

As reuniões desta quarta-feira aconteceram sob a sombra da greve marcada pela Frente Comum para o dia 12 de novembro, paralisação que será mantida, apesar da negociação em curso, salientou Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas.

Ao ECO, o sindicato já tinha explicado que, mesmo perante a antecipação das eleições, essa paralisação iria manter-se já que há um conjunto de problemas que continuam sem resposta. “É inaceitável que o Governo” opte por não responder a essas questões (como a atualização do subsídio de refeição e a revisão do sistema de avaliação de desempenho), sublinhou Sebastião Santana, à saída do encontro com a ministra da Administração Pública.

“Tínhamos esperança que houvesse processo negocial. Não é disso que se trata”, acrescentou o mesmo, avisando que na sexta-feira haverá, por isso, uma “grande greve“. Essa paralisação abrangerá todos os setores da Administração Pública, incluindo a Saúde, ao contrário do que aconteceu na última greve (o que foi explicou, nessa altura, pela crise pandémica).

(Notícia atualizada às 19h10)

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Exportações de componentes automóveis acentuam quebra para 5,8% até setembro face a 2019

  • Lusa
  • 10 Novembro 2021

"Somente durante os meses de fevereiro e março é que as exportações estiveram acima do nível verificado em 2019”, indica a a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.

As exportações de componentes automóveis caíram 12,6% em setembro face ao mesmo mês de 2019, para 753 milhões de euros, e acumulam uma quebra de 5,8% desde o início do ano, informou esta quarta-feira a associação setorial.

“Mais uma vez, e analisando as vendas ao exterior nos primeiros nove meses do ano, percebe-se que somente durante os meses de fevereiro e março é que as exportações estiveram acima do nível verificado em 2019”, isto é, do período anterior à pandemia de covid-19, refere a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) em comunicado.

Segundo a associação, no acumulado até setembro de 2021, as exportações de componentes automóveis atingiram os 6.809 milhões de euros, o que se reflete numa diminuição de 5,8% face ao mesmo período de 2019.

No que diz respeito aos países destino das exportações de janeiro a setembro de 2021, face ao período homólogo de 2019, Espanha mantém-se no topo, com vendas de 1.958 milhões de euros (+3,3%), seguida da Alemanha com 1.394 milhões de euros (-9,4%).

Em terceiro lugar surge a França, com um registo de 809 milhões de euros (-21,3%), em quarto lugar os EUA, com 340 milhões (25,7%), e, por último, o Reino Unido, que cai do quarto lugar para quinto, totalizando 327 milhões de euros (-48,2%).

No total, estes cinco países totalizam 71% das exportações portuguesas de componentes automóveis.

De acordo com a AFIA, “a falta de chips e componentes eletrónicos mantém-se, um pouco por todo o mundo, como um dos principais problemas nas cadeias de abastecimento, uma vez que levam a que as construtoras automóveis interrompam temporariamente a sua laboração”.

Também apontadas como causas para as quebras registadas no setor são a escassez das matérias-primas, a pandemia de covid-19 e o ‘Brexit’.

Ainda assim, a associação ressalva como “pontos positivos” o comportamento das exportações para Espanha, que até setembro se mantém como “o principal cliente dos componentes automóveis fabricados em Portugal”, com uma quota de 28,8% e valores 3,3% acima do nível pré-pandemia.

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Moedas pretende instalar Fábrica de Unicórnios no Hub Criativo do Beato

  • Lusa
  • 10 Novembro 2021

Para ajudar na concretização da Fábrica de Unicórnios, o empresário Nuno Sebastião, um dos fundadores da Feedzai, foi nomeado para alto comissário do município de Lisboa para a Ciência e Tecnologia.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, assumiu esta quarta-feira o compromisso de agilizar a aprovação de projetos para o Hub Criativo do Beato, onde decorrem obras para acolher empresas e onde “faz todo o sentido” instalar a Fábrica de Unicórnios.

“A primeira prioridade é a inovação, é o caminho que tenho feito na vida, trazer inovação para as cidades, a inovação é aquilo que nos traz emprego, que nos traz bem-estar”, afirmou o social-democrata Carlos Moedas, após uma visita ao Hub Criativo do Beato, acompanhado do vereador da Economia e Inovação da Câmara de Lisboa, Diogo Moura (CDS-PP), para fazer o reconhecimento do estado atual do projeto, através de uma visita guiada com os responsáveis da Startup Lisboa.

Para ajudar no Hub Criativo do Beato e na concretização da Fábrica de Unicórnios, o empresário Nuno Sebastião, um dos fundadores da tecnológica Feedzai, foi nomeado para alto comissário do município de Lisboa para a Ciência e Tecnologia, anunciou o autarca da capital, referindo que foi escolhido “por ser um homem que é inspirador e que, ao mesmo tempo, sabe o que é criar uma empresa e fazer dessa empresa uma grande empresa”.

“A questão não é a palavra unicórnio, a palavra quer dizer apenas que nós queremos ter a ambição em Lisboa, desenvolver grandes empresas começando do zero, e que isso é possível porque Portugal já provou que consegue fazê-lo, que hoje temos unicórnios portugueses e somos um país com uma dimensão relativa em relação ao mundo”, expôs o recém-eleito e empossado presidente da Câmara.

Com o objetivo de “marcar golos na inovação”, a Fábrica de Unicórnios, também designada como Fábrica de Empresas, ideia que integrou o programa eleitoral da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) e que foi também anunciada na recente edição da Web Summit, deve começar a funcionar no próximo ano, com a concretização da primeira parte do projeto, apontou Carlos Moedas.

“É já termos no concreto essa Fábrica a funcionar, não estará, obviamente, em pleno, porque ninguém conseguiria fazer um projeto dessa dimensão num ano, mas já ter uma primeira parte do projeto concluído”, referiu o social-democrata, adiantando que a primeira reunião com o empresário Nuno Sebastião é na segunda-feira, juntado todas as partes envolvidas, inclusive a Startup Lisboa e o Hub Criativo do Beato.

Questionado sobre a localização da Fábrica de Unicórnios, o presidente da Câmara defendeu que “faz todo o sentido” ser instalada no Hub Criativo do Beato, porque é onde se está a desenvolver “um grande projeto de inovação em Lisboa”, tendo, aliás, a sua visita ao espaço servido para perceber onde “encaixar essa ideia”.

Depois de ouvir queixas sobre os atrasos para a concretização do Hub Criativo do Beato, ideia que surgiu em 2016 e que passa pela reabilitação das antigas fábricas da Manutenção Militar no Beato para transformação do espaço num centro de inovação para empresas criativas e tecnológicas, o autarca disse que “são queixas normais em gestão de projeto”, em que pode como presidente da Câmara Municipal intervir para tentar resolver.

“Ver como é que podemos agilizar as aprovações, como é que podemos agilizar a capacidade de tomar determinadas decisões, que muitas vezes estão, eu diria, paradas por uma questão de comunicação entre os próprios serviços”, explicou.

Cinco anos após a apresentação da ideia, o Hub Criativo do Beato tem hoje vários edifícios com obras em conclusão, outros com obras que ainda não arrancaram e outros que estão à espera da aprovação de projeto, mas não há nenhum com obras já concluídas e a funcionar, indicou Miguel Fontes, ressalvando que esta situação era previsível desde o início, “porque isto é um puzzle gigante”.

Estamos a falar de uma área de 35 mil metros quadrados, composta por diferentes edifícios, com diferentes promotores envolvidos, portanto o esforço é precisamente conseguir alinhar todos estes interesses a um ritmo certo para o projeto”, sublinhou o diretor executivo da Startup Lisboa, revelando que, dos 18 edifícios que integram o espaço, há dois que ainda não foram atribuídos.

As primeiras aberturas de negócios estão devem ocorrer no primeiro trimestre de 2022, com o espaço alimentar A Praça e a empresa de projetos de reutilização adaptativa Factory, revelou Miguel Fontes, adiantando que não vai haver uma data de abertura oficial, porque os espaços vão sendo abertos à medida que vão estar concluídos.

“Este é um projeto que, obviamente, como outros sofreu atrasos e não os nego, alguns motivados pela circunstância nomeadamente da covid”, admitiu, reforçando que, apesar de não estar concluído, o espaço tem servido de palco para centenas de eventos culturais, pelo que “o Hub Criativo do Beato começou a entregar valor à cidade desde o primeiro dia”.

Sobre a Fábrica de Unicórnios, o diretor executivo da Startup Lisboa concordou com a instalação no Hub Criativo do Beato, aliás é “o sítio certo”, uma vez que “tem a inovação com uma ideia mobilizadora e de querer, mais uma vez, posicionar Lisboa como essa cidade capaz de atrair e reter talento de quem quer construir empresas alinhadas com este propósito de gerarem soluções inovadoras ao mercado”.

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Há mais cinco mortes e 1.654 casos de Covid-19 em Portugal. Rt sobe para 1,12

A incidência do vírus e o índice de transmissibilidade voltaram a subir. Portugal superou o patamar de risco dos 120 casos por 100 mil habitantes e o Rt acima de 1.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.654 novos casos de Covid-19, elevando para 1.100.961 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta quarta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram cinco pessoas com a doença, perfazendo um total de 18.222 óbitos. A incidência média no território nacional subiu para 125,4 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) avançou para 1,12.

Com estes números, Portugal fica acima do patamar de risco tanto na incidência (mais de 120 casos por 100 mil habitantes) como no Rt (mais de 1). Olhando para a matriz de risco, o país entra agora no quadrante vermelho.

Quanto ao número de pessoas hospitalizadas com a doença, este voltou também a aumentar, apesar da maioria dos infetados recuperar em casa. Atualmente, 380 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 19 nas últimas 24 horas), dos quais 62 em unidades de cuidados intensivos (mais dois).

O boletim da DGS dá também conta de um total de 1.048.211 recuperados, mais 864 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 34.528 casos ativos em Portugal, mais 785 face a terça-feira.

Boletim epidemiológico de 10 de novembro:

No que diz respeito à distribuição pelas regiões, a maioria das novas infeções passou a ser registada no Centro. Dos 1.654 novos casos confirmados, 460 localizam-se nesta região, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo, com 459 casos, e a região Norte, que contabilizou 372 novas infeções. Já o Algarve identificou 168 novos casos nas últimas 24 horas, o Alentejo 106, a Madeira 51 e os Açores 38.

Há ainda 25.951 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 687 relativamente a terça-feira.

(Notícia atualizada às 15h45)

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